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OPALA

O PRIMEIRO “CARRÃO”
ÍNDICE
A HISTÓRIA.................................................5
O Projeto 676 ....................................................5

A EVOLUÇÃO: AS VERSÕES DO OPALA ..7


O OPALA SS - 1973 ..............................................7
O MODELO GRAN LUXO - 1971 ...............................9
A CARAVAN - 1975...........................................12
O COMODORO - 1975 .......................................13
O DIPLOMATA - 1980 .......................................14
CARAVAN DIPLOMATA - 1985 ............................15

O QUE POUCA GENTE SABE….................17


UM CARRO QUE AMA AS PISTAS ..........................17
STOCK CAR .....................................................18
OLD STOCK RACE ............................................27
RECORDE DE VELOCIDADE EM ESTRADAS ..........28
QUASE NÃO TIVEMOS O OPALA ..........................30
UM CARRO TUPINIQUIM NO MUNDO ..................31
SUCESSO DE MKT............................................32
O LANÇAMENTO PARA A IMPRENSA ..................33
CRISE? QUE CRISE? .........................................34
CARRO DE POLÍCIA E ATÉ AMBULÂNCIA .............35
O OPALA EL CAMINO, OU OPALETE ...................36
OBJETO DE COLEÇÃO ......................................37
OPALA SILVER STAR ........................................38
OPALA LAS VEGAS ..........................................39

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A VERSÃO COR DE ROSA ..................................40
O OPALA CHÂTEAU..........................................41
O OPALA CUSTOMIZADO PELO CHIP FOOSE ........42

O OPALA NO CINEMA ..............................44


Muito Gelo e Dois Dedos d’Água ........................44
Nossa vida não cabe num Opala ........................ 45
Faroeste Caboclo ............................................46
Bingo: O Rei das Manhãs ..................................47
La Vingança ...................................................48
O sucessor do Opala ........................................ 49

A PAIXÃO PELO OPALA ..........................51


OS COLECIONADORES  ....................................51
CLUBES DE COLECIONADORES .........................52
OS 50 ANOS DO OPALA ....................................53

POR DENTRO DOS MOTORES ..................56


O MOTOR QUATRO CILINDROS .........................57
O MOTOR SEIS CILINDROS ................................59

CRONOLOGIA ............................................61

A MANUTENÇÃO.......................................65
OS CUIDADOS NECESSÁRIOS COM UM OPALA .....65
FINAL ...........................................................67
ORAÇÃO DO OPALA .........................................68
LISTA DE FIGURAS............................................69

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Se você procurar saber dos apaixonados
por carros a melhor definição do que era o
Chevrolet Opala vai ouvir de quase todos
eles: “esse sim foi um carro de verdade, um
carrão”.

Conhecido pela robustez, pelas linhas​


modernas e pela presença imponente, o
Opala desperta até hoje a admiração de
muitos brasileiros. Em grupos de amantes
de carros antigos e sites especializados,
há quem defenda a volta da produção desse
clássico automotivo, mesmo depois de
quase 30 anos fora da linha de montagem.

Se você ainda não se rendeu ao Opala, venha


conhecer a história do carro e entenda por
que ele ainda é uma das maiores paixões
nacionais.

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A HISTÓRIA
O Projeto 676
O Opala chegou para mudar o perfil da General Motors no Brasil. Até então, a marca só
comercializava caminhões e utilitários e sabia que havia chegado o momento de investir
na produção de carros de passeio.

A produção do modelo significou um divisor de águas para a história da Chevrolet no Brasil.


A marca que mais vende carros no país começou a mudar a sua imagem com o lançamento
do Opala há mais de 50 anos atrás.

O lançamento do projeto foi em 1966. Era o projeto 676, a primeira geração do mito. A
carroceria do modelo foi inspirada no alemão Opel Rekord. O lançamento para a imprensa
foi em 23 de novembro de 1966 no Clube Atlético Paulistano. A conclusão do projeto, no
entanto, demorou dois anos.

O apresentação para o público aconteceu no dia 19 de novembro de 1968, no Salão do


Automóvel de São Paulo, já com o nome OPALA, fusão do nome de dois produtos já exis-
tentes no exterior - o Opel e o Impala.

Ele chegava em quatro versões, todos quatros portas: Opala com 4 e 6 cilindros e Opala
De Luxo também 4 e 6 cilindros, todos excepcionalmente confortáveis para seis pessoas,
bancos dianteiros inteiriços, câmbio de três velocidades à frente com alavanca na coluna
de direção, painel com poucos instrumentos, amplo porta malas e boa dirigibilidade.

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O modelo ganhou rapidamente as ruas e foi um sucesso de vendas. Nos 23 anos de pro-
dução, o Opala foi produzido na sede da GM em São Caetano do Sul, região metropolitana
de São Paulo.

No período em que esteve em produção, o Opala sofreu atualizações estéticas e mecâni-


cas, mas manteve a identidade original, sempre considerado um veículo robusto e con-
fortável, com um bom espaço aos ocupantes

Em 1972, foi eleito o Carro do Ano pela Revista Autoesporte. A Caravan, modelo do station
wagon do Opala, recebeu a mesma honra em 1976.

O Opala teve uma trajetória de sucesso nas ruas, com quase 1 milhão de unidades em-
placadas até a saída de linha em abril de 1992. Nesta época, apenas Fusca e Kombi, da
concorrente Volkswagen, tinham números superiores. O modelo foi sucedido pelo Omega,
um projeto que também tinha como base o Opel.

Em 1992, seu último ano de produção, a fábrica de São Caetano do SUL fez 3.262 veículos.

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A EVOLUÇÃO: AS VERSÕES
DO OPALA
O OPALA SS - 1971
Essa foi uma das versões mais desejadas do Opala. O SS foi lançado em 1971 com faixas
esportivas largas sobre o capô e faixas finas nas laterais, um motor 4100 que rendia 138
cv, volante de 3 raios, rodas esportivas e câmbio de 4 marchas no assoalho. Um sonho
para os amantes de carros esportivos! O modelo também trazia bancos dianteiros individ-
uais, também conhecido como separated seats (que muitos afirmavam ser a origem da
sigla SS). Os modelos Opala SS foram feitos até 1981.

A curiosidade sobre o modelo SS é justamente o significado da sigla.

Tem aqueles que acreditam que o SS significa “Separated Seats” ou “bancos separados”,
diferencial que o modelo SS trazia. Na época, boa parte dos carros vinham com banco

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inteiriço e o Opala SS inovou com bancos
separados, uma característica dos esport-
ivos que dava um ar mais jovial e moderno.
Outra corrente acredita que a sigla SS sig-
nifique “Super Sport”.

A discussão continua até hoje. Por um lado,


o banco individual é chamado nos Estados
Unidos de “Bucket Seat” e não “separated”,
desmontando esse argumento sobre a sigla
do Opala. Também é fato que a GM nunca
usou esse apelo de Super Sport no Opala,
nem mesmo quando chegou ao mercado,
em 1974, o Opala SS4 (motor de quatro cil-
indros).

Cada um escolhe o significado que lhe


agrada.

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O MODELO
GRAN LUXO - 1971
O Gran Luxo foi a grande ofensiva da GM no
ano de 1971. O Opala tinha um grande desem-
penho no mercado brasileiro e resistia bem
aos concorrentes. A ideia em 1971 era lançar
um modelo requintado para concorrer com
modelos maiores e mais caros como Ford
Galaxie e Dodge Dart.

O Opala Gran Luxo foi o primeiro na versão


top de linha a trazer o câmbio de 4 marchas
no assoalho e com a configuração esportiva
SS, volante de três raios e faixas esporti-
vas.

A ausência de itens como direção hidráuli-


ca, ar condicionado e câmbio automático
era compensada pela nova grade com faróis
emoldurados e um padrão de acabamento
externo e interno muito superior às versões

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Especial e De Luxo. O teto de vinil, os em-
blemas de arabesco nas colunas traseiras
e friso preto entre as lanternas chamavam
a atenção dos consumidores e traziam dis-
tinção ao modelo.

Os detalhes do acabamento não paravam


por aí: carpete de buclê de náilon e esto-
famento de jérsei com detalhes em vinil,
jacarandá no volante, tampa do porta-luvas
e laterais da porta; o Gran Luxo era puro
requinte.

Como itens de série: rádio, relógio, desem-


baçador, luzes de cortesia no interior, porta
luvas, motor e porta malas. Entre os opcio-
nais: conta giros, calhas nos vidros e filtro
de ar.

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O modelo esportivo vinha em versões qua-
tro portas e cupê, de quatro e seis cilindros,
sendo que esta foi a primeira a receber o
icônico motor 250 de 4,1 litros.

Em 1974, o Chevrolet Gran Luxo deixou de


ser uma versão para se tornar um modelo
independente. Em 1975, o carro passou
o bastão para o Comodoro, apresentado
naquele ano depois de uma reestilização da
família Opala.

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A CARAVAN - 1975
Em 1975, saia uma reestilização mais abrangente do Opala, com o lançamento de uma
nova linha - a perua Caravan. O modelo foi desenvolvido a partir da station wagon do Opel
Rekord - o Opel Rekord C Caravan.
O projeto, iniciado em 1971, apresentava uma única versão 4 cilindros e podia receber
opcionais como transmissão automática, câmbio com 3 ou 4 marchas, direção hidráulica
e outros.

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O COMODORO - 1975
Em paralelo ao lançamento da Caravan, o
ano de 1975 também marcou o lançamento
da versão luxo (substituindo ao Opala Gran
Luxo), batizada de Comodoro.

O Comodoro trazia diferenciais que cham-


avam a atenção dos compradores: interior
com apliques de jacarandá, meio teto de
vinil e um filete pintado na linha de cintura
da carroceria.

Em 1980, com o lançamento do Diploma-


ta o Comodoro foi reposicionado como uma
opção de modelo intermediário na linha
Opala, mas ainda assim, uma versão top de
linha para a station wagon Caravan.

Em 1988, o Comodoro seria rebatizado de


Comodoro SL/E.

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O DIPLOMATA - 1980
Em 1980, a linha Opala passou por uma
remodelação mais profunda sendo lança-
do o Diplomata, assumindo a posição de
modelo top de linha. Ele vinha com direção
servo-assistida e condicionador de ar como
itens de série.

Rapidamente, o Diplomata ganhou a


preferência de executivos e aqueles que
procuravam conforto e elegância sobre ro-
das.

Em 1985, o Diplomata ganha modificações


mais profundas e um aspecto mais agres-
sivo. O modelo recebe largas molduras lat-
erais e faróis auxiliares de longo alcance.
Por dentro, os instrumentos ganham novo
design e a evolução elétrica para controles
dos vidros e retrovisores.

Em 1989, o Diplomata deixava de ser pro-


duzido na versão 2 portas e a partir de
1990, os modelos não foram mais fabrica-
dos na versão movida a álcool.

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CARAVAN DIPLOMATA - 1985
O modelo station wagon estreou sua versão mais luxuosa, com faróis auxiliares e lanter-
nas traseiras em três cores.

A Caravan vinha até então apenas na versão Comodoro. O que havia de mais luxuo-
so em opcionais e itens desejados estavam nessa station wagon derivada do Opala e
considerada caríssima!

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O QUE POUCA GENTE SABE…
(AS CURIOSIDADES)
UM CARRO QUE AMA AS PISTAS
O projeto do Opala era derivado do Opel Rekord C, um modelo europeu que precisava de
ajustes para se adaptar ao estilo brasileiro. Pensando nisso, a General Motors contratou o
piloto Ciro Cayres. Ele rodou muitos quilômetros com carros na fase pré-série entre 1966
e 1967.

O piloto percebeu a necessidade de algumas mudanças e recomendou que a fábrica


deixasse um conjunto mais confortável porque a suspensão do Opel era muito dura. Outra
mudança foi ajustar a relação do câmbio de três marchas com motor 2,5 litros para maior
aproveitamento.

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STOCK CAR
Ser desenvolvido por pilotos e testado em muitas pistas, deu ao Opala esse perfil
de carro forte e veloz. E foi na Stock Car que o carro fez sua marca na história do automo-
bilismo brasileiro.

Em 22 de abril de 1979, o Opala estreava na Stock Car. Fez tanto sucesso que a
competição se manteve até 1993 utilizando Opalas e modelos Chevrolet com exclusiv-
idade. O primeiro Opala que disputou a Stock Car, em 1979, tinha como base a configu-
ração 250-S.

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Old Stock Race
O Opala se deu tão bem nas pistas que permanece até hoje disputando competições nos
autódromos brasileiros em competições como a Old Stock Race, criado para resgatar o
espírito das antigas e apaixonantes corridas de automóveis.

Grandes nomes do automobilismo como Paulo Gomes, Ingo Hoffmann, Chico Serra, Zeca
Giaffone, Raul Boesel e Alencar Jr. já protagonizaram grandes pegas na Old Stock.

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RECORDE DE VELOCIDADE EM ESTRADAS
Carro veloz para as pistas e.. para as estradas.

O Opala bateu um recorde particular de velocidade em julho de 1970. O piloto Bird


Clemente dirigia seu Opala 4 portas na Rodovia Castelo Branco quando cravou
232,510 km/h, um recorde brasileiro de velocidade. O feito seguiu todos os regulamentos
da FIA. O carro tinha o motor preparado, com válvulas maiores e três carburadores Weber.

Outro recorde viria em 1991. O piloto Fábio Sotto Mayor atingiu 303,157 km/h com um
Opala 2 portas, num trecho da rodovia Rio-Santos. O carro também teve o motor preparado
(comando e tripla weber), a frente em cunha e menos peso, o que favoreceu o desempenho.

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QUASE NÃO TIVEMOS O OPALA
Em 1968, a General Motors do Brasil precisava definir
qual carro de passeio seria lançado no Brasil. Por muito
pouco, foi produzido o Opala que conhecemos e que foi
um grande sucesso.

Existiam duas correntes dentro da empresa que tinham


pensamentos diferentes sobre a escolha do modelo de lançamento.

Uma acreditava que a Chevrolet deveria lançar o Impala, que já era um modelo de sucesso
no Estados Unidos.

A outra, queria um modelo mais europeu e apostava num carro pequeno. A instabilidade da
economia brasileira acabou por fazer a Chevrolet escolher o projeto do Opel Rekord, uma
opção mais racional e que permitiria o uso de um motor menor, o que seria inviável com
o Impala.

O projeto com o carro pequeno ficaria para mais tarde, em 1974, com a produção do
Chevette.

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UM CARRO TUPINIQUIM NO MUNDO
O Opala fabricado em São Caetano do Sul ultrapassou as fronteiras.

A versão brasileira foi exportada para toda a América do Sul, chegando ao Chile, Paraguai,
Uruguai, Colômbia, México e outros países.

Particularmente no Chile, o Opala tem uma história curiosa. Até 1973, o modelo médio
da Chevrolet no Chile era o Nova, fabricado na Argentina e vendido com o nome de Chev-
rolet Chevy. Mas uma recessão na Argentina fechou as fábricas da GM por lá. Foi aí que
o chilenos passaram a importar o Opala brasileiro; e assim foi até o fim da sua produção,
em 1992.

O Opala preto foi o carro usado pela polícia secreta do governo militar de Augusto Pino-
chet, o DINA (Dirección de Inteligencia Nacional) que em 1977 passou a se chamar CNI
(Central Nacional de Informaciones). Muitas prisões na ditadura Pinochet foram feitas em
Opalas, que se tornaram o símbolo do regime autoritário no Chile.

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SUCESSO DE MKT
A estratégia de lançamento do Opala foi inovadora. As peças publicitárias mexiam com a
imaginação e despertavam a curiosidade. E a TV foi um importante canal de divulgação
com uma forte ação de marketing. A Chevrolet contratou grandes estrelas da época como
a atriz Tônia Carrero, o cantor Jair Rodrigues e até o jogador Rivelino, que diziam: “Meu
carro vem aí”.

O sucesso foi tão grande que acabou postergando o lançamento de outros carros que já
estavam prontos, como o Chevette.

A General Motors queria causar um grande impacto no lançamento do Opala, o primeiro


automóvel de passeio da montadora norte americana no Brasil. E para isso não poupou
esforços.

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O lançamento do modelo para a imprensa foi
impactante!
Para marcar o evento, o Opala foi içado por um helicóptero e posicionado sobre uma ilhota.
Colocar o carro num local tão instável, por conta da maré e do vento, foi um trabalho de
alto risco. No final, deu tão certo e as imagens eram tão impressionantes que foram usa-
das no comercial de lançamento do veículo.

Mesmo anos depois, os comerciais inovavam. Em 1975, promoveu a linha inteira de au-
tomóveis num comercial rodado em Ouro Preto, MInas Gerais. A cidade teve de ser toda
fechada por vários dias e o trânsito ficou interrompido completamente. No comercial, os
carros subiam as antigas alamedas até a Igreja na praça central. A divulgação naquela
época acabou por ajudar a promover o turismo em Ouro Preto.

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CRISE? QUE CRISE?
1980 foi um ano duro, de forte crise econômica no Brasil. Mas não para o Opala. Neste ano,
a economia tinha sofrido um baque e muitas concessionárias ainda tinham modelos 1978
parados nas lojas. O Chevrolet Opala - recém reestilizado - vendeu 76.915 unidades. Em
duas décadas de produção, 1980 foi melhor ano de vendas do carro no Brasil.

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CARRO DE POLÍCIA E ATÉ AMBULÂNCIA

No início da década de 1990, o Opala dava sinais de cansaço, mas ainda assim tinha seu
público fiel. A versão básica do carro, o Opala SL, era vendida a frotistas como a Polícia
Militar de São Paulo, os táxis de São Paulo e clientes apaixonados pelo carro, menos abas-
tados e que abriam mão das versões de luxo.

Opalas e Caravans especiais foram desenvolvidas para uso como ambulâncias. Até 1992,
foram produzidas, sob encomenda, ambulâncias Caravan com caixa manual de três mar-
chas e alavanca na coluna, uma solução que já havia sido abandonada na produção normal.

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O OPALA EL CAMINO, OU OPALETE

Em 1975, a GM havia decidido que a linha Opala deveria ser ampliada. A perua Caravan era
uma das vertentes dessa ampliação. A montadora queria também uma picape baseada no
sedã, com a estrutura do carro médio, motor seis cilindros e tração traseira.

A inspiração vinha do El Camino, picape derivada do Caprice (versão sedã do Impala, de


1959) nos Estados Unidos.

No fim, o sonho da picape acabou sendo abandonado. E o protótipo feito não não chegou
nem nos testes de durabilidade.

Como o projeto não avançou, ele nunca teve um nome. “Opalete” foi um apelido que veio
da imprensa que cobria o trabalho da montadora. O único protótipo feito foi destruído e por
fim a GM só lançou seu tão sonhado projeto de picape compacta no Brasil em 1983, com
a Chevy 500, derivada do Chevette.

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OBJETO DE COLEÇÃO
Já nos últimos anos de vida do Opala, o diretor de comunicação da General Motors no Bra-
sil, Luiz Cezar Fanfa, propôs a criação de uma série limitada, o Diplomata S/E Collectors.
A ideia foi inspirada na prática das montadoras estrangeiras que costumam lançar uma
série especial para celebrar as últimas unidades de um modelo de sucesso. São unidades
voltadas para colecionadores e museus, daí o nome “Collectors”.

A base era o luxuoso Diplomata S/E, que era o modelo top da linha da GM na época. Como
a proposta era oferecer o que o Opala tinha de melhor, o Diplomata S/E Collectors não
apresentava opcionais. Todos os acessórios vinham de série!

Como parte do pacote de exclusividade oferecido pelo modelo, o comprador recebia uma
pasta em couro contendo: uma fita VHS de 16 minutos contando a história do Opala, um
exemplar da revista oficial GM “Panorama” e uma carta timbrada, assinada por Richard
Wagoner Jr. e André Beer, presidente e vice da GMB com as “cordiais saudações” pela
compra do histórico modelo. Também vinham alguns itens “life style”: um relógio digital
de mesa, uma caneta tinteira azul, e um chaveiro. Todas as peças tinham inscrições em
dourado, com o nome do carro.

Foram produzidos 100 Opalas Diplomatas S/E “Collectors” entre março e abril de 1992. O
último Opala produzido, na quinta-feira, 16 de abril de 1992, foi um “Collector” Vermelho
Ciprius.

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OPALA SILVER STAR
Este foi um modelo vendido entre 1982 e 1983. O momento era de crise econômica e a
ideia era oferecer um modelo baseado na versão mais simples do Opala, mas com alguns
itens a mais no acabamento.

O Opala Silver Star vinha em duas cores: Prata Azulado ou Verde Claro Silver Star. O interior
era cinza e o motor era o 151 de 80cv com quatro cilindros. Em 1983, o modelo vinha com
5 marchas e retrovisor do lado direito e rádio. O modelo exibia também rodas pintadas na
cor do carro e o volante com a inscrição Silver Star ou Edição Limitada.

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OPALA LAS VEGAS

Este modelo brilhou no Salão de São Paulo de 1972. No evento, foi apresentado no estande
da Chevrolet o conceito Las Vegas, um estudo da marca baseado no Opala Gran Luxo. O
carro foi feito exclusivamente para o evento e foi o centro das atenções.

Sua influência foi tão grande que, apesar de não ter sido produzido em série, os itens que
ele apresentou foram usados na linha sedã que veio depois como: espelho retrovisor côni-
co, bancos dianteiros mais altos de encosto inteiriço e o meio teto de vinil branco.

O modelo trazia o que havia de mais inovador no mercado, como a cor Verde Menta aplica-
da em todo o painel e volante, luz de cortesia para os passageiros de trás e banco traseiro
com encostos de cabeça.

Há somente um Opala Las Vegas no Brasil.

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A VERSÃO COR DE ROSA
Em 1974, a GM decidiu inovar e lançou uma versão limitada do Opala numa cor bem
extravagante: o rosa-pantera. Esta foi a primeira tentativa da Chevrolet de agradar as mul-
heres e fazer com que um carro, que já tinha a preferência dos homens, também ganhasse
o público feminino.

Eles também aproveitaram a moda na época. As cores chamativas como o rosa, laranja,
amarelo e verde-limão faziam a cabeça dos compradores.

A ideia deu certo. Muitas maridos - apaixonados pelo Opala - compraram o carro como pre-
sente para as esposas. O problema veio no momento da revenda. Não era fácil encontrar
um comprador já que o modelo rosa não tinha aceitação entre os homens.

Hoje, o modelo é um clássico bastante raro. Quem tiver a sorte de encontrar um original
Opala Rosa 1974 à venda, vai ter que pagar caro. O preço pode superar o valor de carros
de luxo zero quilômetro.

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O OPALA CHÂTEAU
Na segunda metade dos anos 1970, a GM lançou o
Opala Château. O modelo chamava a atenção pelo
visual clássico, com revestimentos das portas e
carpetes em vermelho escuro, bancos em tecido pa-
drão navalhado e meio teto em vinil, itens bastante
raros. O volante e os painéis seguiam na cor preta.

O modelo não fez muito sucesso no mercado bra-


sileiro. Os consumidores do modelo eram muito
tradicionais e associavam interior colorido a mau
gosto.

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O OPALA CUSTOMIZADO PELO CHIP FOOSE
Chip Foose é conhecido mundialmente e cultuado entre os amantes de carros como um dos maiores
gênios da customização. O designer apresenta toda semana, seus projetos no programa Overhauling,
exibido no canal a cabo, Discovery Channel. Pois até Chip Foose tem a sua história com o Opala.

Em 2009, no X-treme Motorsports, Foose desenhou e orientou a customização de um Opala. O proje-


to foi inspirado em muscle cars americanos. O desenho feito por Chip Foose no evento mostrava um
carro elegante em duas cores e faixas laterais ao longo do veículo, que lembra os carros velozes da
Chevrolet nos anos 50 e 60.

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O OPALA NO CINEMA
O Opala, sendo um dos carros mais emblemáticos da história do automóvel no Brasil, não
poderia ficar de fora da cultura nacional. São muitas aparições em filmes, novelas, livros
e músicas em que o Opala aparece como personagem. Dentre os filmes nacionais, desta-
cam-se:

Muito Gelo e Dois Dedos d’Água


Filme de Daniel Filho de 2006, onde um Opala de luxo vermelho é usado por duas irmãs no sequestro
da avó. O filme mostra a viagem das irmãs - com a avó no porta malas - até a casa de praia da família.

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Nossa vida não cabe
num Opala
Filme de 2008, com Marília Pêra no elen-
co. O filme é uma adaptação da peça Nos-
sa Vida Não Vale um Chevrolet, escrita por
Mário Bortolotto. Foi a última aparição de
Dercy Gonçalves no cinema.

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Faroeste Caboclo
Filme de 2013, baseado na música do Legião Urbana. 1975 Chevrolet Opala SS-6 250/S.

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Bingo: O Rei das Manhãs - filme 2017. O filme é a cinebiografia de
Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo da
televisão brasileira durante a década de 1980.

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La Vingança - filme de 2017.
Dois amigos caem na estrada com des-
tino a Buenos Aires, a bordo de um Opala
72, com uma missão: conseguir ficar com o
maior número de mulheres possível.

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O sucessor do Opala
Em 1992 chegava ao fim a produção do Opala. A abertura do mercado nacional para os
carros importados acabou por encerrar a história de sucesso de 24 anos de fabricação do
modelo em solo brasileiro.

Ficou uma lacuna no mercado e a GM corria para preencher com um modelo à altura do
Opala. Eis que surge o Ômega, com itens e tecnologia, até então, só encontrados em car-
ros importados. A primeira geração foi produzida de 1992 a 1998. O Ômega trazia novas
tecnologias, um motor moderno e muito conforto no espaço interior. Tudo isso, o colocou
como um sucessor natural do Opala.

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E de fato, o Ômega assumiu uma posição de destaque no mercado nacional e ganhou mui-
tos prêmios pela qualidade de construção.

Entre 1999 e 2005, o Ômega passa a ser importado. Um modelo mais refinado, mas
também, mais caro. Sua última aparição foi em 2012, com a versão especial Fittipaldi.
O Ômega encerrou a sua história depois de 20 anos, ganhou o coração dos apaixonados
por carros e sucedeu o Opala à altura em qualidade, conforto, elegância e força.

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A PAIXÃO PELO OPALA
OS COLECIONADORES
O que não faltam são cultuadores do Opala. Já se passaram mais de 50 anos do lançamen-
to no Brasil e ele ainda carrega uma legião de admiradores por onde passa. Por isso, não
é difícil achar colecionadores apaixonados pelas suas peças, consideradas jóias raras.

O paulistano Claudio Szakal e seus Opalas ganharam matéria especial na Revista Quatro
Rodas. Ele guarda com todo cuidado na sua garagem uma incrível coleção de 12 Opalas
SS.

Claudio diz que a paixão pelo Opala começou na adolescência, lá pelo fim dos anos 80. “Os
Opalas eram os que mais chamavam atenção nas ruas, para mim eram os mais bonitos e
equipados”, disse ele na entrevista.

Na reportagem, ele também conta que a paixão pelo modelo é tanta que já teria feito
muitas loucuras: já comprou carros por foto, percorreu mais de 1.200 km para buscar o
veículo recém-adquirido, rondou por um ano uma casa que tinha na garagem uma versão
cobiçada e adquiriu seu primeiro automóvel sem freios nem faróis, só porque era um Opala
Diplomata.

Para ele, dirigir um Opala SS é melhor que terapia, mesmo no transito maluco de São Paulo.

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CLUBES DE COLECIONADORES
Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Sorocaba, Manaus, Marília…

Em diversos pontos do país, encontramos clubes de colecionadores de Opalas. Amantes


de carro que se reúnem para cultuar, mostrar e conversar sobre a paixão que tem em co-
mum: o Opala.

O maior deles é o Clube do Opala de São Paulo. Como eles mesmo definem, “visam dar
sustentação e preservação a estes veículos da linha GM General Motors, promovendo as-
sim, o reconhecimento como valores históricos, de grande valia para a memória e evolução
tecnológica de nossa indústria automobilística”.

Os participantes promovem encontros regulares: semanais e mensais, organizam um en-


contro anual , a “Noite do Opala” e até prestam serviços como vistorias e emissão do
Certificado de Originalidade, vinculado a FBVA - Federação Brasileira de Veículos Antigos.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre o Clube do Opala de São Paulo, veja a página
deles na internet: http://www.opalasp.com.br/

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OS 50 ANOS DO OPALA
Em 2018, o Opala comemorou 50 anos.
Para comemorar, a Chevrolet promoveu di-
versas festas pelo país. A maior delas, sem
dúvida, aconteceu em São Paulo. No dia 17
de julho, mais de 6 mil pessoas se reuniram
no Sambódromo do Anhembi. Foram apre-
sentadas cerca de 700 unidades, de todos
os anos, modelos e carrocerias.

Na festa de 50 anos do Opala, apaixonados


puderam ver e apreciar modelos mais anti-
gos, alguns detonados e até com ferrugem,
e exemplares em perfeito estado, com di-
reito a placa preta - com valor histórico e
com grande nível de originalidade.

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Um Opala que chamou bastante a atenção
dos visitantes foi uma antiga viatura da
Polícia Militar de São Paulo em perfeito es-
tado.

No mesmo ano, a Chevrolet Fan Store, em


parceria com uma empresa de produtos de
decoração, lançou uma linha de produtos li-
cenciados para celebrar os 50 anos do Opa-
la. Foram feitos 36 itens, desde objetos de
decoração até artigos de uso pessoal. São
desde utensílios de cozinha, porta copos,
garrafas, canecas, coqueteleira, kit chur-
rasco até placas decorativas.

As peças da coleção foram feitas com os


modelos mais emblemáticos do Opala,
como a versão esportiva SS.

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POR DENTRO DOS
MOTORES
Um caso à parte entre os automóveis nacionais, o “motorzão” do Opala sempre foi feste-
jado pelo mercado, desde o início da produção em 1968.

O que poucos sabem é que a essência era de propulsores antigos. O motor de seis cilin-
dros, por exemplo, era uma adaptação do bloco usado pela GM desde 1929.

Vamos então conhecer mais sobre a potência escondida sob o capô dos Opalas:

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O MOTOR QUATRO
CILINDROS
Nos primeiros anos do Opala, o motor qua-
tro cilindros, basicamente, era uma versão
4 cilindros do Stovebolt Americano, desen-
volvido originalmente para equipar a linha
básica do Chevrolet Nova de 1961.

Em 1974, para dar maior suavidade ao Opa-


la, o motor 4 cilindros recebeu alguns aper-
feiçoamentos: aumento do diâmetro dos
cilindros, com pistões mais leves, bielas
mais longas, virabrequim com menor cur-
so, e volante com maior massa. Com isso,
a cilindrada foi ligeiramente reduzida, tendo
maior giro.

Este motor ainda passou por mais alguns re-


finamentos, caracterizando-o como 151-S,
com novo coletor de admissão de alumí-
nio, carburador de corpo duplo. Essas al-
terações foram feitas para tornar o motor
mais eficiente na opção SS.

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A partir de 1980, foi oferecida a opção do motor a álcool como combustível. Novidade na
época, o etanol surgia como uma opção de biocombustível com menor poder calórico, mas
com mais potência que a gasolina e ser menos poluente. Com isso, os Opalas 4 cilindros
a álcool obtiveram acelerações mais rápidas e velocidade final superiores aos modelos a
gasolina.

Para manter a distinção entre as séries de motores, a GM aplicava uma pintura de difer-
entes cores aos motores em determinadas épocas. O verde indicava que o motor era o
151-S com carburação Weber 446 com corpo duplo; o azul indicava o motor 151 com car-
burador Solex H40 de corpo simples e o amarelo indicava o motor a álcool com carburador
Solex H34 de duplo estágio.

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O MOTOR SEIS CILINDROS
O motor de seis cilindros de 3.8L usado no Opala vem da 3a geração do veterano Stove-
bolt. Tinha por características um bloco leve e sete mancais no eixo virabrequim. Origi-
nalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova,
Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves. No Brasil, este motor seguiu pas-
sando por várias atualizações, inclusive após o encerramento da produção do Opala.

Em 1970, o motor de seis cilindros adotou virabrequim de maior curso, elevando seu des-
locamento para 4.1L. Ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves e bielas mais longas.
A Chevrolet desenvolveu em 1974, o motor 250-S. Nele, uma leve preparação era conferi-
da ao motor 4100, como tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com
maior duração de abertura e também taxa de compressão mais elevada.

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Sua principal desvantagem era o câmbio de transmissão que vinha de fabrica com
apenas 3 velocidades para os Opalas Normais e 4 marchas no assoalho para o 250S nas
versões manuais. Somente em 1992, recebeu o câmbio de 5 marchas no assoalho. Para
as versões automáticas, foi oferecido primeiro o Câmbio de 3 marchas e posteriormente
o de 4 marchas, o mesmo utilizado nas BMW’s contemporâneas.

Este motor e suas variantes, equiparam também o Chevrolet Omega, os


utilitários Chevrolet Bonanza, Chevrolet Veraneio, as caminhonetes Chevrolet A10,
Chevrolet A20, Chevrolet C20 e Chevrolet Silverado, e alguns utilitários pesados, como o
caminhão A60 (canavieiro).

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Cronologia:
1968 Início produção 2.5 e 3.8 três marchas

Teto de vinil 1970

1971 Versão SS – bancos separados, motor


4.1 e quatro marchas

Versão Cupê – 2 portas 1972

1972 Nova frente

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1973 Câmbio automático opcional

Mudanças estéticas, lanternas 1975


traseiras redondasl

1975 Versão top chama-se Comodoro e é


lançada a Caravan

Motor 250-S 1976

1977 Opala Gama 4 cilindros e 4 marchas

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1978 Nova grade dianteira

Mudanças estéticas, lanternas e


faróis retangulares 1980

1980 Versão Diplomata e fim do SS

Motor 250-S 1985

1986 Caravan Diplomata

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Mudanças estéticas e câmbio
1988 automático passa a ter 4 marchas

Fim da pintura saia-e-blusa 1989

1991 Mudanças estéticas, pára-choques


envolventes e câmbio 5 marchas

Término produção com a série Collector,


de 200 unidades, com certificado, fita de
vídeo com a história do carro e chaves 1992
banhadas a ouro (abril)

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A MANUTENÇÃO
OS CUIDADOS NECESSÁRIOS COM UM OPALA
Manter um carro antigo em pleno funcionamento e em perfeitas condições exige tempo,
dedicação e cuidados. Saiba que a maior dificuldade é encontrar peças de reposição e,
por isso, o ideal é manter a vida útil delas. Tenha um mecânico de confiança experiente e
especializado para fazer a manutenção do seu Opala. Mantenha seu carro sempre limpo e
brilhante e preste atenção nestas dicas do especialista Daniel Guerra, para ter o seu carro
sempre conservado:

Aquecer o motor
Ao ligar o motor do seu Opala, deixe-o aquecer antes de sair. Esta prática aumenta a vida
útil e o rendimento do carro é melhor com o motor na temperatura correta de funciona-
mento.

Após lavar
Após lavar o carro, trafegue com ele por alguns minutos, para que a água acumulada
nas juntas metálicas possa escorrer. Quando sair com seu Opala e se deparar com ruas
alagadas, pense duas vezes antes de enfrentar as enchentes. Se possível, escolha um
lugar seguro e aguarde as condições serem seguras para seguir seu destino.

Modo de direção
Ao dirigir, troque marchas de maneira suave nas acelerações. Arrancadas e aceleradas
bruscas são péssimas para o carro porque sobrecarregam o sistema de transmissão. Di-
rigir de modo suave é o melhor método para conservar freios, suspensão e pneus. Sair de
maneira suave economiza combustível e embreagem.

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Bateria
Para preservar a bateria, ligue o motor somente quando os faróis estiverem desligados.
Se você deixa seu Opala por muitos dias parado, desligue a chave geral (se tiver) ou o cabo
positivo da bateria, isso aumentará a vida útil. Certifique-se que a parte elétrica está em
dia, sem curtos ou dispositivos que “roubam” corrente.

Direção, longarinas e suspensão


Procure manobrar o carro sempre em movimento, esterçar com o carro parado diminui a
vida útil da bomba da direção hidráulica, caixa de direção e as buchas do sistema, além de
forçar as longarinas.

Use seu Opala


Carros que ficam muito tempo parados costumam apresentar problemas. Usar regular-
mente seu Opala garante a circulação do óleo pelo motor e da água no radiador, além de
contribuir para que a temperatura do motor atinja seu ponto de equilíbrio; auxilia também
para os pneus não deformarem e rolamentos não ressecarem. De modo geral, todos os
componentes do seu Opala precisam de “exercícios”, mantê-los ativos aumenta a vida útil
e traz menos dor de cabeça.

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FINAL
Depois de ler esse e-book você não deve ter mais dúvida: o Chevrolet Opala é mesmo o
carro da marca mais idolatrado no Brasil.

Sua evolução aos longos dos 23 anos de produção no país, o transformou no “carro de
desejo” (principalmente na década de 1970 e 1980) e num veículo inesquecível.

São tantos modelos: as versões quatro portas, o cupê, a perua Caravan, o luxo do
Diplomata, o esportivo SS… Cada um tem a sua versão preferida desse clássico da
General Motors. É só escolher aquele que combina com seu gosto e se apaixonar!

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ORAÇÃO DO OPALA
(autor desconhecido)

Opala nosso que


estáis na garagem

Envenenado seja o seu motor

Venha a nós o vosso ronco

E seja feita a sua velocidade

Assim na rua, como na


estrada

A alta performance de cada


dia nos dai hoje

E sempre, perdoai as nossas


arrancadas

Assim como nós perdoamos


aos nossos concorrentes

E não nos deixeis cair de giro

Mas livrai-nos de ter que te


vender

Amém!

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LISTA DE FIGURAS:
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Capoddano)
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Tulio Cerqueira)
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IMG 04 - www.carangoslegais.com.br, em 06/2020 PÁGINA 66 -
IMG 01 - www.carrocultura.com.br, em 06/2020
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IMG 01 - www.carrocultura.com.br, em 06/2020 PÁGINA 67 -
IMG 02 - www.twitter.com/opala_marrom, em 06/2020 IMG 01 - www.bestcars.uol.com.br, em 06/2020
IMG 03 - www.twitter.com/opala_marrom, em 06/2020
IMG 04 - www.mecanicaonline.com.br, em 06/2020 PÁGINA 68 -
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