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EXECUÇÃO
É a efetivação de qualquer prestação relacionada a dar algo, fazer, não fazer e pagar
quantia.
Processo é o conjunto de atos objetivando uma norma jurídica que pode ser:
administrativa, legislativa e jurisdicionada, através da sentença. A norma deve ser efetiva,
materializando o direito.
Não se executa sentença constitutiva (ex. Divórcio), o que se pode fazer é executar o
direito prestacional que venha surgir dela.
Direta ou Indireta
Execução Indireta o devedor realiza a prestação devida, por que o Estado se usou de
pressão psicológica ou oferecimento de vantagem. Ex.: Multa por descumprimento. A coerção
só pode ser aplicada se a pessoa pode fazer, no entanto, não quer fazer.
Definitiva ou Provisória
Ocorre sob o regime de responsabilidade civil objetiva, todo prejuízo suportado pelo
devedor pode ser suportado pelo credor, em caso de reversão. É ato fato objetivo processual
indenizatório, responsabilidade civil fundada em ato licito, art. 520, CPC.
Para a execução de títulos executivos judiciais em processo autônomo, de forma que a
parte, após a obtenção do título executivo no processo de conhecimento, via-se obrigado a
propor um novo processo, agora de natureza satisfativa. Ou seja, para formar a ação de
Execução era necessário um processo autônomo, onde a execução era inaugurada com a
petição inicial. O cumprimento de sentença é o Título Executivo Judicial, a decisão (que é o
Título de sentença).
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a
imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de
obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de
força policial.
De acordo com o anunciado 12 do FDPC traz que as medidas atípicas serão aplicadas em
qualquer obrigação e de forma subsidiária, vejamos:
O art. 139, CPC, está localizado na parte geral do código, o que significa que pode ser
aplicado em todas as fases, tal artigo traz o Princípio da atipicidade, ampliando as fases do
processo.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações
meramente protelatórias;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da
segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las
sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada
antes de encerrado o prazo regular.
O poder do art. 139 do CPC, deve ser limitado através da fundamentação; Além de
explicar os meios da efetivação da decisão do juiz. É preciso aplicar na Petição Inicial o art. 489,
&1º.
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
Princípio do Menor Sacrifício Possível do Executado, o art. 805 do CPC, é a proteção em favor
do devedor contra o abuso de direito do credor.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará
que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe
indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos
executivos já determinados.
Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando
agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Princípio da Utilidade de acordo com o art. 836 a execução deve utilizar seus meios
apenas quando for possível saná-la, caso o bem for igual ao pagamento das custas da execução
não se deve penhorar.
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução
dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
§ 2o Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário
provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.
I - frauda a execução;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de
ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não
superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em
proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções
de natureza processual ou material.
Princípio da Cooperação: Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para
que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Cooperação do Juiz:
- esclarecimento (das partes);
O juiz poderia auxiliar as partes mas não é aceito por grande parte da doutrina, é atípico.
- Cumprimento de sentença.
OBS.: Para o STJ essa delegação não está expressa na CF, como está a competência do STF
segundo o art. 102, I, CF, eis um caso raro de competência implícita, pois não está expressa na
CF, mas ele delega. Delegação de atos processuais pelo STJ.
- Pode recorrer do cumprimento de sentença mesmo que ainda esteja discutindo o Título?
Pode, a depender dos efeitos do recurso;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença
arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do
atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à
execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não
fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Estes foram os casos em que a arremessa dos autos será solicitada ao juízo de origem.
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo
competente, observando-se o seguinte:
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta
no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro
de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que
ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
- Ser certa (an debeatur), certeza significa a necessidade da vinculação expressa dos elementos
da prestação, deve estar expresso no Título: quem deve, a quem deve e o que deve;
- Liquidez (quantun debeatur): diz respeito à amplitude e determinabilidade; OBS.: a Liquidez
também trata do detalhamento da forma da realização da prestação;
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos
previstos neste Título:
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
aprovados por decisão judicial;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo
Superior Tribunal de Justiça;
OBS. Os Títulos de crédito não elencados neste inciso deste artigo também podem ser
executados, desde que tenham características de acordo com a lei própria.
Súmula 258 STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. RE: 261563;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
OBS. Basta assinatura do devedor (nota de empenho) sendo acompanhado pelo servidor;
OBS. Estas testemunhas conforme decisões do STJ elas não precisam ter acompanhado a
realização do ato (meramente instrumentais);
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o
credor de promover-lhe a execução.
- Provimentos Estruturais: é necessária uma atuação ativa do juízo, afim de mudar uma
situação grave, que mexe com a coletividade.
Qual o primeiro cuidado para participar do TAC? É preciso convocar para participar do TAC
todos os possíveis interessados do problema discutido, caso isso não aconteça o termo e o seu
objeto possa ser prejudicados por manifestação idôneas.
As penalidades por descumprimento não podem ser aplicadas a quem não participa da sua
criação.
Não podem ser objeto do TAC direitos indisponíveis ou assuntos tratados pela lei. Não é
obrigatório a participação.
Liquidação de Sentença
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua
liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
- A Liquidação como procedimento para integrar (tornar inteiro, completar) a decisão judicial,
nos elementos necessários para sua efetivação.
As sentenças ilíquidas são geradas pelas diversas contingencias, peculiaridades do caso,
devendo elas serem evitadas.
OBS. Princípio da Cooperação decorre da Boa-fé, trazendo uma série deveres anexos para as
partes. Gera para o Juiz uma serie de deveres (esclarecimento, prevenção, auxilio, consulta).
Se o Título Executivo é Extrajudicial, não é possível que a Execução se inicie na fase de
Liquidação, pois é necessário que o Título seja líquido, certo e exigível.
OBS.: é possível iliquidez superveniente? Gera liquidação incidental
Sim, quando na Execução se faz necessário a integralização (da decisão) quando por alguma
contingência prática, ela não permite sua Execução por não conter em seu bojo os elementos
que permitam seu cumprimento.
P.I. *________________Decisão=_________________________*.
P.I.*_____________________________________________________________*
(Cumprimento de sentença sem ser por processo sincrético, começa com P.I.)
P.I.*___________________*______________________*
Art. 509 Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia iliquida, proceder-se-á à sua
liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I – por arbitramento comum, quando determinado por sentença, convencionado pelas partes
ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
É utilizada em casos em que se faz necessário um conhecimento técnico, para arbitração dos
elementos da prestação (pericia), para conferir um parâmetro ao magistrado (sabe que tem
um dano mais não sabe o valor).
O parâmetro não vincula o magistrado, no entanto o magistrado tende a levá-lo em
consideração, sob pena de nulidade. OBS. O perito é escolhido pelas partes.
- Robert Alexi: quanto mais longe do parâmetro, maior a carga argumentativa. Arbitrariedade
vinculada.
II – pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
Nos casos em que a determinação do valor ou dos demais elementos da prestação exigir ou
mais do que a pericia ou instrução probatória diferente da pericia.
OBS.
Se precisar de pericia I.
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover
simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
Não é mais como era antigamente, hoje é um incidente (questões acessórias que devem ser
julgadas antes do final do processo) para quando for o caso calcular o valor.
Da Cognição da Liquidação:
Procedimentos
Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de
pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano,
nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do
requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado,
para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir,
no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos
apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças
processuais pertinentes.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
OBS.: Após decisão de conhecimento o processo não vai mais para o TJ, então não cabe
APELAÇÃO;
Sentença condicional não deve existir pois a finalidade é acabar uma incerteza.
Responsabilidade Patrimonial
Responsabilidade:
Essa responsabilidade diz respeito a uma possibilidade de uma demanda posicional Executiva:
OBS.: Em regra a forma de resolver uma Execução é dinheiro, mais também pode ser resolvida
com uma...
Responsabilidade em espécie
O código indica ao Exequente qual patrimônio ele deve buscar para ser executado.
1 – O Devedor ou Responsável
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento
de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
OBS.: é um bem que tem a viabilidade econômica. As impenhorabilidades são alegadas pelo
devedor, são normalmente matéria de defesa.
Débito e Reponsabilidade.
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação
respondem pela dívida;
Desconsideração:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade,
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.
Bibliografia:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm