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mos a incorporação da ilustre Dra. Alyxan- almejar contratação pelos clubes de primei-
dra Gomes Nunes, responsável pela revisão ra linha. O dossiê, reunindo artigos sobre
dos textos na língua inglesa. Sua presença é a escravidão atlântica, tem em seu escrete
igual à de um bom zagueiro, que não apa- “atletas de primeira grandeza”, como Thia-
rece tanto nos comentários esportivos, mas go Mota, da UFMG; Mairton Silva, da UFPI;
tem fundamental importância para o êxito Juliana Farias da UNILAB (BA) e colega de
de uma equipe. Maura Icléia Castro, biblio- nosso programa de pós-graduação; Mariza
tecária e responsável pelas indexações, é a Soares, da UFF e Maria de Fátima Pires, da
nossa ponta direita. Faz as jogadas, arma UFBA. Os comentários sobre o dossiê serão
o contra ataque e segura as oportunidades feitos logo a seguir, na apresentação do mes-
para o centroavante finalizar no fundo das mo, por seus organizadores.
redes. Com ela temos vencido jogos de go- O volume tem ainda a participação de ou-
leada! Lino Greenhalgh, nosso diagramador tros “atletas”, ao estilo de Josenildo Pereira,
e também revisor, é o ponta esquerda desta da UFMA, que traz uma instigante discussão
equipe, que junto com Maura garante sem- sobre a escravidão moderna, e os desdobra-
pre os três pontos na “casa do adversário”. mentos que culminaram na formação da so-
O time se completa com as ilustres figuras ciedade brasileira. O autor faz uma procla-
dos doutores Moiseis Sampaio e Raphael mação imperiosa: é preciso desracializar os
Rodrigues, editores desta revista, e centroa- estudos sobre o tráfico Atlântico. Na sequên-
vantes renomados, do calibre de ilustres cia, “sem deixar o jogo esfriar”, Pedro Leyva,
jogadores (como Grafite, Marcelo Ramos e da UNILAB (BA) e também integrante deste
Cláudio Adão, dentre outros), bem como de programa de pós-graduação, joga pelo meio,
nosso “meio campista” Cândido Domingues, com rapidez, e discute sobre as formas como
também editor e que no momento se encon- eram capturados homens e mulheres nas
tra em terras portuguesas, fazendo inveja a diferentes regiões do continente africano.
Cristiano Ronaldo e sendo cobiçado pelos O debate por ele entabulado mostra que as
técnicos Mourinho e Guardiola. A equipe representações sobre a escravidão atlântica
também tem neste missivista seu apoio nos ainda estão longe de se tornarem simples
bastidores, como uma boa torcida que apóia peças de análise, ou eventos ocorridos em
e incentiva nos momentos difíceis. Juntos, um passado distante. Estas representações
somos aqueles que seguram as pontas de ainda movem energias e emoções, tal qual
um “clube de futebol com poucos recursos”, o clube que está jogando para vencer, sem
e que ainda está galgando espaços nas di- dispor da condição simples do empate!
visões inferiores, mas que dispõe de muita Michelle Cirne, da UNILAB (campus
habilidade técnica e carisma junto a sua tor- Redenção – CE) nos brinda com excelente
cida. Somos a África(s)! trabalho sobre a análise da produção inte-
E como não deveria deixar de ser, para lectual de mulheres do continente africano
este volume trazemos mais um plantel de no âmbito dos Estudos Africanos e de gêne-
primeira, de deixar com inveja as torcidas do ro. Suas conclusões mostram como ocorrem
Santa Cruz, Bahia, Vitória e Corinthians. O os processos de invisibilização das questões
dossiê, organizado pelos craques Carlos Silva alusivas às mulheres africanas, e de como
e Cândido Domingues, traz os trabalhos de suas temáticas perdem visibilidade nestas
gente de peso, com expertise suficiente para áreas do conhecimento. Miki Sato, mestre