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SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL

CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA


ALEX FALCÃO RIBEIRO

RESUMO
ÉTICA CRISTÃ: ALTERNATIVAS E QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS –
NORMAN L. GEISLER

Resumo apresentado em cumprimento às


exigências da disciplina de Ética Cristã
como requisito parcial para a conclusão do
segundo semestre do terceiro ano do curso
de Bacharel em Teologia pelo Seminário
Presbiteriano Brasil Central, feito sob
orientação da prof. Rev. Ronaldo Crispim
Ribeiro.

GOIÂNIA
1°SEM/2020
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RESUMO
Alex Falcão Ribeiro – alex.falcao32@gmail.com
Bacharelando em Teologia
Seminário Presbiteriano Brasil Central
GEISLER, Norman L. Ética Cristã: Alternativas e Questões Contemporâneas. 1°. ed. São
Paulo: Vida Nova, 2006. 192 p.

O presente resumo tem por objetivo apresentar os principais pontos trabalhados pelo
autor Norman Geisler nos primeiros sete capítulos, que englobam a primeira parte da obra
Ética Cristã: Alternativas e Questões Contemporâneas. Essa parte irá tratar sobre as mais
variadas formas de éticas presente na sociedade contemporânea sobre a ótica cristã adotada
pelo autor. No final, o autor defenderá sua posição de que a visão hierárquica é a
representante da ética cristã.

O primeiro capítulo o autor faz uma introdução expondo um problema ético e como
cada alternativa ética lida com o problema. O problema consiste na seguinte situação real: o
comandante americano de uma tripulação de um navio espião foi capturado por norte-
coreanos. Sob ameaça de matar toda a tripulação os norte coreanos impuseram que o
comandante mentisse, assinando alguns documentos, alegando que estava espionando em
águas norte coreanas – algo que ele não estava fazendo. O comandante assina os documentos
para salvar a vida dos 23 tripulantes que estavam sob a sua responsabilidade. O autor levanta
a questão: Mentir para salvar vidas é moralmente justificado? É certo realizar uma ação tida
como errada para salvar vidas? A partir desse problema ético, Geisler irá introduzir seis
alternativas distintas que buscam apresentar soluções de acordo com seus fundamentos éticos.

A primeira reposta é apresentar que não há certo nem errado, essa posição é
denominada de antinomismo. Para essa posição, você pode apresentar várias justificativas
sobre mentira ser errada, mas nenhuma será objetiva e universal, portanto, não há como julgar
a ação do comandante como moralmente correta ou incorreta. A segunda resposta é que
mentir é geralmente errado, pois não há normas universais. Essa posição é chamada de
generalismo e tem como fundamento a existência de normas, contudo nenhuma delas podem
ser consideradas universais e absolutas. A norma que prevalecerá é que promover maior
bem. No caso apresentado a mentira deve ser considera somente uma norma geral que em
certos momentos podem ser quebrados em detrimento de uma outra norma. A terceira
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alternativa traz a resposta de que mentir, às vezes, é certo: há uma norma universal. Essa
posição é chamada de situacionismo. Ela responde dizendo que haverá somente uma norma
considerada universal quando há oposição de duas normas. De acordo com Geisler essa
posição defende que os fins justificam os meios. Então, já que o fim do comandante era salvar
vidas não há problema ele mentir, pois há uma norma mais alta e verdadeiramente universal
nessa situação de acordo com esse ponto de vista. A quarta proposta é que mentir sempre é
errado. Essa posição é chamada de absolutismo não conflitante. Nesse caso ele defende que
mentir será sempre errado e que não se pode mentir em nenhuma circunstância. Sendo assim,
o comandante deveria optar em não mentir e crer que a sua fidelidade a norma universal de
não mentir seria recompensada com alguma providência divina. A quinta resposta afirma que
mentir nunca é certo, mas que há muitas normas conflitantes. Essa posição afirma que as
duas situações seriam erradas mentir ou deixar as pessoas morrerem, mas que deve-se optar
pela que cause menos prejuízos e traga menos consequências. O autor denomina essa resposta
de absolutismo ideal. A sexta alternativa é chamada de hierarquismo, de acordo com ela a
resposta dada ao problema inicial é de que mentir às vezes é certo, pois há normas mais altas.
A diferença desta resposta para as demais é que ela afirma que há uma resposta certa para o
problema e que o homem deve fazer o máximo bem possível, contudo mantendo a
multiplicidade de normas universais.

Ainda no primeiro capítulo, Geisler faz uma distinção entre o que vem a ser
teleológico e deontológico. A primeira dá ênfase aos fins e o outro dá ênfase nas normas. Ele
faz diversas distinções entre essas duas visões tais como a diferença entre Regras vs
Resultados; Prescrição vs. Descrição e Emoção; Categórico vs. Hipotético; entre princípios,
normas e regras; e entre Universal vs. Geral. Por fim ele faz uma apologia da abordagem
teleológica ao invés da deontológica. Os pontos de seu argumento são que as normas são
inescapáveis, pois em todas as situações é necessário estabelecer normas, até entre os
utilitaristas e os não-normativos. Além disso ele defende que é necessário ter normas para se
ter um padrão, para se determinar o nível das consequências e avaliá-las. Por fim, ele conclui
sua apologia da perspectiva normativa alegando que elas são totalmente necessárias para a
vida de qualquer indivíduo.

Tendo feita a apresentação inaugural das alternativas, Geisler passa a discorrer em


cada capítulo apresentando detalhadamente cada proposta ética. Dessa forma, o segundo
capítulo é dedicado em expor o antinomismo. Essa tem como propósito defender que não há
norma ou pelo menos nenhuma norma objetiva. O autor começa expondo alguns defensores
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modernos desse ponto de vista: Kierkegaard, Nietzshe e Jean Paul Sartre. O primeiro é um
precursor do antinomismo, pois embora acreditasse na necessidade das normas em um sentido
ético, ele defendia que essas normas poderiam ser “quebradas” se fossem transcendidas pelo
religioso. De acordo com Norman Geisler (p.23, 2006) “Kierkegaard postula como superior o
dever de quebrar normas éticas universais sem ter uma razão superior ética ou racional para
assim fazer. Noutras palavras, nenhuma norma ética é realmente universal; pode e deve ser
quebrada por razões não-éticas (ou não-razões).”O segundo autor é Nietzsche e é um
antinomista, pois ele pretende transvalorizar o que é bom e ruim, ou seja, quebrar com
qualquer paradigma do que vem a ser bom ou ruim, pois para ele Deus está morto e junto com
ele está morto toda e qualquer norma. Por fim, temo Sartre que defende que se deve rejeitar
qualquer ideia sobre ética. Todas as coisas são completamente amorais. O autor conclui,
depois de fazer uma exposição detalhada sobre cada ponto de vista desses autores,
apresentando uma avaliação sobre os pontos positivo e negativos da posição antinomista. De
acordo com ele, pode-se destacar positivamente: a valorização dos relacionamentos pessoais,
pois a moralidade está centralizada nas pessoas. Os compromissos são assumidos em relação
a pessoas e invocam a responsabilidade dos atos de maneira individual. Além disso,
considera-se a parte emotiva das decisões e acrescentam os aspectos subjetivos. Como
aspecto negativo, está na exacerbada ênfase na subjetividade, com grande ênfase na
individualidade e sem qualquer padrão absoluto, o que torna ela extremamente relativista e
irreal. Dando-se uma apresentação muitas vezes irracional, pois está governada apenas pelo
aspecto existencial ou emotivo.

No terceiro capítulo, Geisler expõe a perspectiva do Generalismo. De maneira geral, o


generalismo é definido como utilitarismo e que não podem ser confundidos com os
antinomistas, pois eles creem no valor das normas éticas para auxiliar um indivíduo. Nem
com os absolutistas, pois ao contrário destes, os utilitaristas não defendem normas universais.
Eles defendem que um ato não deve ser julgado por sua norma, mas por seu resultado. Os
principais utilitaristas apresentados foram: 1) Jeremy Bentham – que propõe uma ideia de
utilitarismo quantitativo. Isso significa que uma ação deve calcular o máximo de resultados
positivos que ela pode proporcionar. Utilizando-se até de fórmulas matemáticas para se fazer
esse cálculo. 2) John Stuart Mill – que propõe uma correção na tese de Bentham, dizendo que
não é possível quantificar os resultados de uma determinada ação, mas que é possível
atribuir valor qualitivamente, ou seja, os prazeres são diferentes no seu tipo e há prazeres mais
altos que devem ser preferidos em relação aos inferiores. 3)G. E. Moore – defende a
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existência de regras gerais e obediência universal. Esse é denominado de utilitarista de regra,


pois afirma que as regras nunca devem ser quebras, pois a sua consequência de quebrar as
regras são de todas más. Essa é uma alternativa para lidar com as exceções do utilitarismo. 4)
John Austin – defende que nenhuma regra geral deve ser quebrada. Diferentemente de Moore
que argumentava que apenas “algumas regras nunca devem ser quebradas, por causa da sua
utilidade geral e porque a pessoa não poderia ter certeza de que seu caso fosse uma exceção
legítima, e ainda que fosse, outras más consequências e más influências, que a
contrabalançariam, resultariam fazer dela uma exceção. Austin, do outro lado, argumenta que
regras acerca de uma classe de ações, quando praticadas de modo geral, trouxessem bons
resultados, nunca deveriam ser quebradas.” A avaliação positiva que Geisler faz do
generalismo (utilitarismo) está no fato dessa alternativa propor uma solução para a questão de
normas conflitantes, uma vez que tendo o maior bem como seu principal fim, as normas serão
consideradas mais elevadas quando atingirem esse resultado. Além disso, eles mostram a
necessidade de haver normas e de que haja uma norma que seja inquebrável. Contudo,
Geisler aponta que o generalismo apresenta certos pontos negativos devido a sua insuficiência
em apresentar normas universais. Além disso, os atos utilitários não têm valor intrínseco
algum, pois estão condicionadas ao “bem maior”. O que demonstra que essa perspectiva
carece de uma necessidade de uma norma absoluta.

O capítulo 4 trata da perspectiva ética do situacionismo. A princípio, essa perspectiva


tratará de ser um meio termo entre o legalismo e o antinomismo. Isso decorre pelo fato de os
situacionistas terem apenas uma lei: a lei do amor. Geisler tenta demonstrar o motivo do
situacionismo ser considerado um meio termo. Primeiro ele mostra que o legalismo vê o amor
como um dever, já o situacionista defende o dever do amor. Além disso, ele se distancia do
antinomismo, pois ele possui uma lei o antinomista não possui lei alguma. Dessa forma,
Geisler propõe que a fundamentação do situacionista é: “O situacionista tem uma só lei (o
amor ágape), muitas regras gerais (sophia) que são mais ou menos fidedignas, e o kairos ou
momento específico da decisão "em que o próprio-eu responsável na situação decide se a
sophia pode servir ao amor ali, ou não.” Partindo desta fundamentação, o Norman Geisler irá
apresentar o autor que fundamenta esse ponto de vista ético: Joseph Fletcher. Fletcher
apresenta que o situacionismo tem quatro princípios fundamentais: pragmatismo, relativismo,
o positivismo e o personalismo. O pragmatismo situacionista defende que somente uma coisa
é intrinsicamente boa: o amor, nesse caso toda ação que resulte no amor será considerada boa
e com isso o que funciona e satisfaz deve ser feito em prol do amor. O relativismo é
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apresentado pela ideia de que todas as normas devem ter como fundamento último o amor,
sendo assim, elementos morais como a mentira ou adultério pode ser relativizado se for feito
em nome do amor. Os três últimos princípios são sustentados pela proposição de que o amor e
a justiça são os mesmos, porque a justiça é o amor distribuído e o amor deseja o bem do
próximo, quer gostemos dele ou não. Tudo isso leva a conclusão de que o fim justifica os
meios, pois se o fim é o amor todo ato se torna justificado. No aspecto prático as decisões da
ética situacionista são tomadas de acordo com a situação e não de acordo com as normas. Por
isso, Geisler apresenta situações que são consideradas imorais por outras éticas mais
normativas e legalistas, mas que para o situacionista se torna justificável, pois é feita em nome
da norma do amor. Por fim, o autor apresenta uma avaliação do situacionismo. Essa avaliação
entende que o situacionismo tem pontos positivos, pois trata de uma posição com uma norma
absoluta, que busca resolver questões de conflitos entre normas e dá valor as cada situação,
promovendo e ressaltando a importância do amor e do valor das pessoas. Negativamente, o
situacionismo apresenta uma norma extremamente generalizada que é o amor e que pode ser
substituída por outra coisa, não demonstrando um caráter universal. Além disso, torna o
conceito de amor abstrato e dependente da situação.
O capítulo seguinte irá tratar da primeira forma de absolutismo, na qual o autor chama
de absolutismo não conflitante. Essa posição defende a existência de muitas normas
universais contudo em nenhuma hipótese elas podem ser consideradas conflitantes. Dois
proponentes dessa visão ética destacados por Geisler são Platão e Kant. Platão se destaca pela
sua forma de conceber o mundo real e o mundo ideal. Para ele as formas são fixas no mundo
ideal e isso implica nas normas. Sendo assim, Platão concebe a ideia de virtudes absolutas,
tais como a coragem, a temperança, sabedoria e a justiça. O problema é que em alguns
momentos essas virtudes se contrapõem e Platão tenta resolver isso alegando que não há
como as Formas mudarem nem tão pouco se oporem por se tratar de esferas distintas. O
segundo proponente é Kant e o imperativo categórico. “Emanuel Kant argumentava em favor
de uma pluralidade de princípios morais tirados do senso do dever absoluto que a pessoa tem.
Acreditava que havia deveres incondicionais que os homens deviam cumprir, e aos quais
sempre era errado desobedecer.” Kant buscava apresentar que a ética sempre é baseada no
dever. Dessa forma, baseando-se nesses dois proponentes, podemos tirar as seguintes
conclusões das premissas absolutistas pluralistas: 1) O mal não resulta do cumprimento do
dever, isso quer dizer que será sempre moral cumprir o dever e que nenhuma ação pode ser
considerada má por se ter cumprido o dever. O bem maior sempre é resultado do
cumprimento do dever. 2) A primeira premissa acaba levando a uma mudança do que vem a
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ser falsidade, embora Kant não concordasse com essa ideia, outros absolutistas defendem que
uma falsidade não é necessariamente uma mentira e, portanto, não pode ser considerada uma
ação imoral. Geisler, propõe as seguintes avaliações sobre o absolutismo pluralista em seus
aspectos positivos: 1) A tentativa de salvar os absolutos morais é um ponto positivo que essa
visão ética tem, uma vez que não permite que eles sejam quebrados em nenhuma hipótese.
2)Há um desejo de conciliar princípios morais conflitantes, contudo sua tentativa leva ao uma
absolutização exacerbada e, às vezes, ilógica. 3) O absolutismo pluralista tem sua virtude
destacada quando tenta definir as normas com mais rigor. No aspecto negativo, destaca-se o
fato de uma aceitação ingênua dos absolutos, pois cedem as normas sem uma percepção
crítica, principalmente no nível de senso comum. Além disso, falham nas demonstrações de
interrelacionar os absolutos e com isso acabam não resolvendo os conflitos entre as normas. E
por fim, uma posição final do autor de que falta reconhecer a prioridade de algumas normas
sobre outras.
O penúltimo capítulo do livro trata do modelo ético que defende o absolutismo ideal.
Ao contrário do absolutismo não conflitante, essa posição ao contrário não crê que será
sempre certo obedecer a qualquer norma. Essa posição parte do pressuposto de que o que
deve ser feito é o menor mal possível. Geisler apresenta que essa posição é amplamente
apresentada no meio teológico, mas não há nenhum autor que possa ser considerado seu
proponente ou que defende esse sistema ético. Sendo assim, ele apresenta o que ele denomina
por Doutrinas básicas do Absolutismo Ideal. O primeiro ponto do absolutismo ideal está
centrado no fato de haver muitas normas absolutas e que estes nunca devem ser quebrados, o
que implica que sempre será errado quebrar qualquer norma. O pressuposto dessas afirmações
tem fundamentos teológicos. Primeiro, parte da ideia de que Deus não fez normas para
conflitarem entre si, contudo a maldade humana ocasionou esses conflitos. Isso indica que
todo conflito entre norma decorre da condição pecaminosa do homem. Sendo assim, em caso
de conflitos entre duas normas acredita-se que sempre se será pecado abdicar de uma norma
em detrimento da outra. Contudo, esse pecado será desculpável caso seja feito o menor mal
possível e depois o individuo confesse sua culpa. Geisler apresenta alguns exemplos práticos
sobre a aplicação do Absolutismo Ideal. Ele conclui apresentando as contribuições negativas e
positivas do absolutismo ideal. Segundo ele, o absolutismo ideal apresenta um desejo sincero
de gerar muitos absolutos e apresenta lampejos de graça e responsabilidade sobre as tomadas
de decisão. Além disso, apresenta uma solução que não permite exceções a ela. Entretanto, o
ele apresenta aspectos negativos muito fortes, como a tendência pelo legalismo, o erro na
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aplicação da doutrina da depravação ao afirmar que sempre iremos pecar. Isso torna até
mesmo Cristo pecador, uma vez que ele mesmo se deparou com conflitos de normas.
O último capítulo da primeira parte trata do Hierarquismo. Esse é o ponto de vista que
o autor defende como representante do cristianismo autêntico e bíblico. O hierarquismo, que
sustenta que sempre que as normas conflitam entre si, a pessoa está moralmente com a razão
ao quebrar a norma inferior a fim de guardar a superior. Esse ponto de vista defende a ideia de
que há normas mais elevadas do que outras, como se estivessem em um sistema hierárquico.
Isso faz com que a pessoa não seja culpada por quebrar uma norma inferior, mas tenha
isenção dela tendo em vista o dever sobrepujante a uma norma superior. Segundo Geisler o
hierarquismo é sustentado por sete princípios: 1°) As pessoas são mais valiosas do que as
coisas, em decorrência de serem dotadas de pessoalidade. 2°) A pessoa infinita é mais valiosa
que pessoas finitas, isso implica principalmente na relação Deus e criatura, nesse caso sendo
Deus uma pessoa infinita cumpre mais responder a ele positivamente nos deveres morais do
que a seres humanos. 3°) Uma pessoa completa é mais valiosa que uma pessoa incompleta. A
pessoa incompleta é aquela que tem menos capacidades de receber ou expressar amor. 4°)
Uma pessoa real tem mais valor do que uma pessoa em potencial. Uma pessoa real é uma
pessoa que existe; uma pessoa em potencial pode ser uma pessoa real. Um exemplo utilizado
pelo autor é entre o feto e sua mãe. A mãe é uma pessoa real, o feto pode ser uma pessoa real.
5°) As pessoas em potencial são mais valiosas do que coisas reais. Se aplica semelhante ao
primeiro princípio. 6) Muitas pessoas são mais valiosas do que poucas pessoas. Por fim, 7°)
Atos pessoais que promovem a personalidade são melhores do que os que não a promovem.
Após discorrer sobre os princípios o autor aplica em ilustrações e nas histórias bíblicas.
Geisler defende que a base para o hierarquismo é tanto intuitivo quanto revelacional, ou seja,
a base para determinar a hierarquia de valores é encontrada tanto nas Escrituras, que é a
Palavra revelada de Deus criador e as características inatas que já distinguem o amor do ódio
e pretere o primeiro ao invés do segundo, desde o começo da existência. Outra questão que é
respondida é que as normas superiores elas podem transcender as inferiores, contudo nunca
abole as normas inferiores. Como último ato de sua apresentação das teorias éticas ele mostra
como o hierarquismo faz síntese das demais posições, por exemplo, o hierarquismo ressalta a
responsabilidade pessoal amplamente defendida no antinomismo ou a manutenção das normas
absolutas do absolutismo pluralista. Assim ele apresenta uma por uma em que aspectos essa
teoria se sobressai e incorpora o melhor elementos das outras. O hierarquismo, segundo
Geisler, é a melhor síntese das tendências e ênfases das demais posições.

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