Juazeiro do Norte
2020
PORTFÓLIO - FISIOLOGIA DOS SENTIDOS ESPECIAIS
INTRODUÇÃO
É por meio dos sentidos que interagimos com o meio, seja o ambiente ou relacionamentos,
contribuindo para a integração com o meio e as pessoas, esses sentidos a visão, olfato, paladar,
audição e equilíbrio. Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de
captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por
células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou
nervosos que serão processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso
central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o
modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados são diversos.
Assim, o processo de sensibilidade começa em um receptor sensitivo, que é uma célula
especializada ou dendritos de um neurônio sensitivo. Um dado receptor sensitivo responde
intensamente a um tipo específico de estímulo, uma mudança no ambiente que ativa certos
receptores sensitivos. Um receptor sensitivo responde apenas fracamente, ou não responde de
forma alguma, a outros estímulos. Os tipos de receptores são; exteroceptores, interoceptores
ou visceroceptores, proprioceptores, mecanorreceptores, termorreceptores, nociceptores,
quimiorreceptores e fotorreceptores. Portanto, em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão
encarregados de receber estímulos externos. Esses órgãos são: Portanto, em nosso corpo os
órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos externos. Esses órgãos são: a
pele - para o tato; a língua - para a gustação; as fossas nasais - para o olfato; os ouvidos - para
a audição; os olhos - para a visão.
A visão responsável por transformar energia luminosa em imagem, a audição capaz de
transmitir os sons que exalam no meio, o paladar promove identificação do alimento, o gosto
seja ele doce, salgado, amargo ou azedo. O olfato que identifica os cheiros ou odores partículas
saídas dos alimentos, flores e líquidos, e por fim, o equilíbrio detecta a cabeça no espaço; isto
é, determina se ela está ereta com relação à força gravitacional da Terra.
VISÃO
Os olhos são órgãos responsáveis por converter energia luminosa em imagem, possuem como
função também de nutrição e proteção. As lágrimas, produzidas pelas glândulas lacrimais,
protegem os olhos de poeiras e corpos estranhos, o ato de pestanejar também contribui para
manter o olho sempre hidratado e limpo. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da
luz até a retina. No olho humano existem dois tipos de fotorreceptores: os cones e os bastonetes.
Os cones possibilitam a visão em cores, enquanto os bastonetes são usados para visão no
escuro em preto e branco. Podemos dizer que o olho é formado por três camadas: a mais
externa, formada pela esclera e pela córnea; a camada média, formada pela coroide, corpo ciliar
e íris; e a camada mais interna, que é constituída pela retina
• A etapa óptica, que depende basicamente dos sistemas de lentes do bulbo ocular
(córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo);
• A etapa fotoquímica, em que o estímulo luminoso convertido em impulso nervoso, em
nível das células fotorreceptoras;
A etapa neurossensorial, que representa o percurso que o estímulo nervoso atravessa ao longo
do sistema nervoso, desde as fibras do nervo óptico até os lábios do sulco calcarino do lobo
occipital.
Retina
A região de maior acuidade visual se faz na chamada fóvea central da retina, onde
encontramos a maior concentração das as células responsáveis pela captação da luz:
• Cones (6 milhões): células mais centrais, com baixa sensibilidade de luz, sendo
responsáveis pela percepção das cores. Apresentam alta acuidade e alta
concentração na fóvea.
• Bastonetes (125 milhões): células mais periféricas, com alta intensidade de luz, e
não são sensíveis a cor. Apresentam baixa acuidade e alta concentração na
periferia da retina.
Conhecendo a distribuição das células nas três principais camadas da retina, podemos
perceber que o trajeto do raio luminoso se faz de modo contrário ao trajeto do impulso nervoso:
as ondas luminosas passam por todas as camadas da retina para, só então, alcançarem a
camada dos fotorreceptores. Ao chegar nesta camada, ocorre a etapa fotoquímica da visão, em
que ‚ a transdução do sinal luminoso – a energia luminosa, convertida em impulso nervoso.
Daí, os cones e bastonetes funcionam como neurônio de 1° ordem e se conectam as
células bipolares, que funcionam como neurônios de 2° ordem e que se ligam as células
ganglionares, que funcionam como neurônios de 3°ordem e formam os axônios do nervo óptico,
que percorre toda a camada côncava da retina para convergir na papila óptica e deixar o globo
ocular e seguir o caminho da via óptica.
Acuidade Visual
Via Óptica
Todas as lentes que compõem o sistema de lentes do olho devem agir em conjunto e em
harmonia para que o feixe luminoso seja projetado exatamente sobre na retina. Para esta
função, disponibilizamos de vários meios refringentes, tais como: córnea, humor aquoso,
cristalino e humor vítreo. Cada um impõe uma unidade refrativa diferente.
Para que a luz oriunda do infinito seja projetada exatamente na retina, necessitamos de um
conjunto de lentes que, juntas, apresentem o poder de 59 dioptrias
Em resumo:
Responsável pela percepção do som, transmite e traduz os sons para o cérebro através do
ouvido, e também tem como função manter o equilíbrio do corpo. Está projetada na região lateral
da cabeça e é formada pelo pavilhão da orelha e o meato acústico externo. Os receptores
sensoriais desse sentido estão localizados em uma região da orelha denominada de cóclea.
Esses receptores são do tipo mecanorreceptores.
Orelha externa
A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente
denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato
auditivo. Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é
constituído por tecido cartilaginoso recoberto por pele, tendo
como função captar e canalizar os sons para a orelha média. O
canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha
média e o meio externo, tem cerca de três centímetros de
comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É
revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma
substância gordurosa e amarelada,
denominada cerume ou cera.
Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que
normalmente existem no ar e eventualmente entram nos ouvidos. O canal auditivo externo
termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada ao
conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico.
Orelha Média
Orelha interna
A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso temporal, revestidas por
membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a
redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol - relacionada com
a audição, e uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e
pelos canais semicirculares.
4- Gânglio espiral
O labirinto posterior (ou vestibular) é constituído pelos canais semicirculares e pelo vestíbulo.
Na parte posterior do vestíbulo estão as cinco aberturas dos canais semicirculares, e na parte
anterior, a abertura para o canal coclear.
Os canais semicirculares não têm função auditiva, mas são importantes na manutenção do
equilíbrio do corpo. São pequenos tubos circulares (três tubos em forma de semicírculo) que
contêm líquido e estão colocados, respectivamente, em três planos espaciais (um horizontal e
dois verticais) no labirinto posterior, em cada lado da cabeça. No término de cada canal
semicircular existe uma válvula com a forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura
contém tufos pilosos (cílios) que se projetam de células ciliares semelhantes às maculares.
Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade cheia de um líquido
chamado perlinfa - o vestíbulo. No interior dessa cavidade existem duas bolsas membranáceas,
contendo outro líquido – a endolinfa: uma póstero-superior, o utrículo, e um anteroinferior,
o sáculo. Tanto o utrículo quanto o sáculo contêm células sensoriais agrupadas em estruturas
denominadas máculas. Células nervosas da base da mácula projetam cílios sobre uma massa
gelatinosa na qual estão localizados minúsculos grânulos calcificados, semelhantes a pequenos
grãos de areia - os otólitos ou oogônios.
O utrículo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular.
Unidades de Medidas de Som
O som é transmitido por ondas sonoras. A intensidade do som é determinada pela sua
frequência (distância entre picos consecutivos) da onda: o número de ciclos de uma onda
sonora. A audição é determinada pela amplitude da onda, ou seja, pela altura da onda sonora.
O timbre (interação de ondas diferentes) é determinado pela complexidade e forma das ondas
sonoras, que confere ao som sua qualidade única. A frequência auditiva (se o som é grave ou
agudo) é medida em Hertz (Hz). A intensidade do som (se o som está “alto” ou “baixo”) é medida
em Decibel (dB).
Hidrodinâmica da Audição
Transdução Auditiva
EQUILÍBRIO
Aparelho Vestibular.
RESUMINDO:
OLFATO
O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com
seis pêlos sensoriais, os receptores olfativos são neurônios genuínos, com receptores próprios
que penetram no sistema nervoso central. O olfato é responsável por diferenciar e sentir os
odores e cheiros. O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto
mastigamos, sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. A cavidade nasal, que começa a
partir das janelas do nariz, está situada em cima da boca e debaixo da caixa craniana. Contém
os órgãos do sentido do olfato, e é forrada por um epitélio secretor de muco. Ao circular pela
cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta. O órgão olfativo é a mucosa que forra
a parte superior das fossas nasais - chamada mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la
da vermelha - que cobre a parte inferior.
O ar inalado, ao carrear moléculas aromáticas, é obrigado a circular por entre as conchas
nasais. Na região superior da fossa nasal, estão os cílios (com seus microrreceptores) das
células olfatórias mergulhadas em um muco próprio da mucosa nasal. As partículas aromáticas
mergulham neste muco que reveste a cavidade nasal. Receptores específicos (que variam de
pessoa para pessoa) se ligam a cada partícula aromática, gerando uma complexa transdução
de sinal químico em impulso nervoso, o qual alcança o bulbo olfatório, passando pela lâmina
crivosa (cribriforme) do osso etmóide.
A mucosa vermelha é dessa cor por
ser muito rica em vasos sanguíneos,
e contém glândulas que secretam
muco, que mantém úmida a região.
Se os capilares se dilatam e o muco é
secretado em excesso, o nariz fica
obstruído, sintoma característico do
resfriado.
A mucosa amarela é muito rica
em terminações nervosas do nervo
olfativo. Os dendritos das células
olfativas possuem prolongamentos
sensíveis (pêlos olfativos), que ficam
mergulhados na camada de muco
que recobre as cavidades nasais. Os
produtos voláteis ou de gases
perfumados ou ainda de substâncias
lipossolúveis que se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, entram nas
fossas nasais e se dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os
prolongamentos sensoriais.
Via olfatória
PALADAR
O paladar é um importante sentido do corpo humano que nos permite reconhecer os sabores,
além de sentir a textura dos alimentos ingeridos. A língua é o principal órgão desse sentido e é
capaz de diferenciar entre os gostos doce, salgado, amargo, azedo e umami. Esse último é o
sabor produzido por alguns tipos de aminoácidos. Os receptores do paladar são as papilas
gustativas que existem no epitélio da língua, sensíveis a quatro modalidades básicas de
sabores: doce, amargo, ácido e salgado. O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa.
É constituída por células epiteliais localizadas em torno de um poro central na membrana
mucosa basal da língua.
Componentes da língua:
Epiglote: estrutura localizada na
entrada da laringe que garante que
nenhum alimento entre no sistema
respiratório;
Arco palatofaríngeo: separa a
nasofaringe da orofaringe;
Tonsilas palatinas: são as amídalas,
estruturas constituídas por tecido
linfoide, ricas em glóbulos brancos,
localizadas na orofaringe, transição da
boca para a faringe;
Papilas foliadas: definidas como duas ou mais rugas paralelas divididas por sulcos na região
dorsolateral da língua, apresentando numerosos botões gustativos;
Papilas fungiformes: recebem esse nome por assemelharem-se a fungos, em especial a
cogumelos (aparência histológica).
Possuem poucos botões gustativos e estão distribuídas irregularmente entre as papilas da
língua;
Dorso: face superior da língua;
Tonsilas linguais: presentes na base na língua, atrás do V lingual até a epiglote;
Papilas circunvaladas: são papilas gustativas;
Sulco mediano: divide a língua em metades simétricas.
Até os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de papila
gustativa, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias particular. Sabe-se
agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma
das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de
sensibilidade para uma ou duas das sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto
pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila
que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que
respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação
como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas,
em menor extensão, ao mesmo tempo.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
Fisiologia do sabor
Para que uma substância possa ser sentida como sabor, ela deve ser dissolvida na saliva e
deve interagir com as terminações gustativas. A ligação de uma substância química despolariza
a membrana do receptor gustativo, que conduz a liberação do neurotransmissor e desencadeia
um potencial de ação, gerando um impulso nervoso que viaja até o córtex cerebral específico.
Todas as fibras gustatórias fazem sinapse nos núcleos do tracto solitário e enviam neurônios
de segunda ordem para uma área pequena do núcleo medial posterior ventral do tálamo,
localizado medialmente ao lemnisco medial (que traz informações táteis e proprioceptivas da
medula). A partir do tálamo, neurônios de terceira ordem são transmitidos para a ponta inferior
do giro pós-central no córtex parietal e do interior da área opérculo-insular. Esta situa-se
ligeiramente lateral, ventral e mostrar à área da língua.
REFERÊNCIAS