João Vianney
Patrícia Torres
IES/2003/ED/PI/12 Elizabeth Silva
Date of Publication: January 2003
Sumário
Agradecimentos 03
Apresentação 04
Bases de dados utilizadas 05
Qualificação dos autores 06
Resumo 07
Abstract 09
O Ensino superior no Brasil 11
Os Números do ensino superior a distância 14
Histórico da educação a distância (EAD) brasileira 17
O nascimento da “Universidade Virtual” no Brasil 20
Instituições credenciadas pelo MEC para EAD 23
Cursos implementados e número de alunos em 2002 27
Centros de apoio: A EAD em hibridismo com o ensino presencial 34
Conectividade: desafio para a Universidade Virtual 41
A pesquisa e o uso das NTIC na EAD 48
Redes de Cooperação: Consórcios em direção à Universidade Virtual 51
Os paradoxos da Universidade Virtual no Brasil 57
ANEXOS
Anexo I – Legislação brasileira de EAD 60
Anexo II – Cronologia da EAD no Brasil 74
Anexo III – Relatório da Comissão Assessora de EAD 101
3
Agradecimentos
Apresentação
Colaboradoras:
Resumo:
No entanto, o uso das NTIC para a oferta de cursos on-line, ainda não
se constitui como uma ferramenta suficiente para ampliar o atendimento e
promover a democratização do ensino superior, permitindo o ingresso de
parcelas da população até então impedidas de cursar a universidade. Em 2002,
87% das residências de classes média e média alta tinham acesso à Internet,
contra apenas 12% dos domicílios das demais faixas de renda. E, o uso da
videoconferência permanecia restrito a setores de ponta em empresas de
grande porte e a unidades de apoio educacional vinculadas a universidades.
8
Abstract
The Virtual University, known as distance higher education with the use
of New Information and Communication Technologies (NTIC), especially the
Internet and the videoconferencing arises in Brazil in the second half of 1990.
Until then, the distance education modality was mainly used to offer free
programs of vocational initiation, within the concept of open education and with
the mailing teaching resources, and to offer supplementary programs for the
studies complementation in the primary and high schools levels, using the TV
technology (one way video, two way audio).
Only from 1994 on, with the Internet expansion along with the Higher
Education institutions (IES), and with the publication of the Guidelines and
Bases Law for the National Education (LDB), in December 1996, when the EAD
is made official as a valid modality and equivalent to all teaching levels, that is
when the Brazilian universities dedicates itself to research and offer of distance
programs with the NTIC use.
In 1996 arise the first Masters programs offered with the use of
videoconferencing, integrating universities and company with digital technology
and complete interaction in audio and video. In 1997, universities and public
and private research centers complete the learning cycle to generate virtual
learning environments, starting in 1998 the offer of graduation programs via
Internet, demarcating the birth of the Virtual University in Brazil.
However, the use of NTIC for the programs on-line, do not constitute
itself as a tool to enlarge the service and promote the higher education
democratization yet, allowing the entry of the population until then impeded to
study at universities. The Internet access was concentrated in the medium and
higher classes, and the use of videoconferencing was restricting to sectors in
big companies, clienteles already served by the traditional University with the
presential teaching.
available in the schools where the enrolled teachers in the programs worked. In
the support centers with Internet access, it is used as an administrative
integration resource by the program coordination and as a complementary
media by the students.
1
Censo Brasileiro do Ensino Superior de 2001. Relatório completo no www.mec.gov.br
2
Ilustrações a partir do jornal O Estado de São Paulo, edição de 21 de novembro de 2002
12
3
Censo Demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. www.ibge.gov.br
4
Análise sobre as causas de não preenchimento de vagas feita por Cláudio Moura Castro, no III Fórum
Nacional do Ensino Superior Particular. São Paulo, outubro de 2002.
13
5
Veja a relação completa dos cursos e números de participantes no capítulo Cursos Implementados e
Número de Alunos.
15
6
Número não divulgado pela instituição.
16
8
Veja mais adiante o capítulo Redes de Cooperação
18
A maior parte das IES brasileiras mobiliza-se para a EAD com o uso de
Novas Tecnologias da Comunicação e da Informação somente na década de
1990. Em 1994 tem início a expansão da Internet no ambiente universitário.
Dois anos depois surge a primeira legislação específica para educação a
distância no ensino superior.
9
A legislação em vigor até dezembro de 2002 está no anexo I.
10
Veja a história completa da EAD no Brasil no anexo II.
20
11
Veja a íntegra do relatório da comissão assessora para EAD no anexo III.
21
Instituições públicas:
Instituições particulares:
Instituições autorizadas pelo MEC para a oferta de cursos específicos por EAD
instituição cursos nível ano
01 Universidade da Amazônia Gestão em Turismo; Seqüenciais 2002
Gestão Empresarial;
Www.unama.br UNAMA
Gestão de Órgãos Públicos;
Elaboração e Avaliação de
Projetos Econômicos;
Secretário de Unidade
Escolar;
Desenvolvimento de
Sistemas e de Software
02 Pontifícia Universidade Tecnologia da Informação Seqüenciais 2002
Católica de Campinas Aplicada a Instit.
Www.puccamp.br Financeiras; Gestão de
PUCCAMP Recursos da Produção
03 Universidade Federal de Matemática, Física, Química Complemen- 2002
Santa Catarina e Biologia tação
Www.ufsc.br UFSC Pedagógica
04 Projeto Veredas Pedagogia – Séries Iniciais Licenciatura 2002
Www.veredas.mg.gov.br
01
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais UFAL 961
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos e fitas de vídeo 04 Presencial
02
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Ciências Biológicas UENF / 200
CEDERJ
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos e Internet 13 Presencial e
via internet
03
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Matemática UFF / 600
CEDERJ
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos e internet 13 Presencial e
via internet
04
Curso Instituição alunos
a a
Licenciatura em Educação Básica: 1 a 4 Séries UFMT 2.219
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos e CD-ROM. 05 Presencial e
Acesso opcional à internet por telefone
05
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia UFPR 600
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos 05 Presencial
06
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries iniciais UDESC 14.230
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos, videocassete e 147 Presencial
teleconferências. Internet opcional.
28
07
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais UFMS 300
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos 04 Presencial
08
Curso Instituição alunos
Especialização em Arte e Novas Tecnologias UFMS 58
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Internet – ambiente virtual de Central virtual na on-line, via
aprendizagem internet internet
09
Curso Instituição alunos
Especialização em Orientação Pedagógica para EAD UFMS 119
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Internet – ambiente virtual de Central virtual na On-line, via
aprendizagem internet internet
10
Curso Instituição alunos
Bacharelado em Administração AIEC 630
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Internet 11 Presencial e a
distância
11
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais UFES 5.233
Mídias utilizadas centros de apoio Tutoria
Impressos 14 Presencial
Acesso opcional à internet se
disponível em centros de apoio.
12
Curso Instituição alunos
Bacharelado em Engenharia Química PUCRS Não
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria divulgad
Internet Programa “in Presencial e a o
company” distância
13
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Educação Básica – Séries Iniciais UFOP 3.600
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos 12 Presencial
Acesso opcional à internet se
disponível em centros de apoio
29
14
Curso Instituição alunos
Especialização em Educação Profissional em Saúde: FIOCRUZ 7.825
Enfermagem
Mídias utilizadas Centros de Tutoria
apoio
Impressos 34 instituições Presencial e
Impressos e Internet no curso em conveniadas em por telefone.
convênio com a UNISUL - SC todo o país Pres. e via rede
na UNISUL
15
Curso Instituição alunos
Especialização em Dependência Química UNIFESP 30
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
CD-ROM, vídeos, impressos, Central virtual, A distância,
animações, imagens e internet suporte via rede via internet
16
Curso Instituição alunos
Especialização em Nutrição em Saúde Pública UNIFESP 20
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
CD-ROM, vídeos, impressos, Central virtual, A distância,
animações, imagens e via internet suporte via rede via internet
17
Curso Instituição alunos
04 cursos de Complementação Pedagógica: Matemática; UFSC 1.000
Física: Química: e Biologia
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos, teleconferência, internet Programa “in Presencial e
company” com o via internet e
governo da Bahia telefone
18
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais VEREDAS 14.100
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos e vídeo 21 pólos Presencial e
Uso de internet, quando disponível, e 29 sub-pólos via e-mail
para tutoria.
19
Curso Instituição alunos
Seqüencial em Tecnologia da Informação Aplicado a PUCCAMP 154
Instituições Financeiras
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Internet Central virtual A distância
30
20
Curso Instituição alunos
Seqüencial em Gestão de Recursos e Produção PUCCAMP 47
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Internet 01 Pres. e via rede
21
Curso Instituição alunos
Licenciatura Plena em Magistério – Séries Iniciais UEMA 2.931
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos e CD ROM, com video- 08 Presencial e
conferência nos centros de apoio por telefone
22*
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais SED-SP - PUC, 7.000
USP e UNESP
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos, internet, 34 núcleos Presencial e
videoconferência e teleconferência via internet
23*
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais UECE 2.857
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos, telefonia, internet e vídeo 30 Presencial
24*
Curso Instituição alunos
Licenciatura Complementar para Bacharéis – Esquema 1 UECE 225
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Impressos, telefonia e internet e 01 Presencial
vídeo
25*
Curso Instituição alunos
Normal Superior - Educação Infantil e Séries Iniciais Universidade 2.577
Eletrônica-
UEPG
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Videoconferência, internet e impressos 18 presencial
26*
Curso Instituição alunos
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais UNITINS 8.707
Mídias utilizadas Centros de apoio Tutoria
Aulas via satélite com recepção nas 125 telesalas, em Presencial e
telesalas, impressos e telefone. 90 municípios por telefone
Uso opcional de internet
27
*
Cursos oferecidos com autorização dos Conselhos Estaduais de Educação.
31
13
http://www.apufsc.ufsc.br/site_apufsc/ , boletim 399, de abril de 2002.
33
14
Fundação Osvaldo Cruz. www.fiocruz.br
34
Curso instituição
01 Licenciatura em Matemática UFPA
02 Licenciatura em Pedagogia – Magistério UEMA
03 Especializações na área da Educação Fac. São Luís
04 Especialização em Direito Civil Univ. Braz Cubas
05 Especialização em Direito Penal Univ. Braz Cubas
06 Especialização em Direito Educacional Univ. Castelo Branco
07 Especialização em Educação Matemática UNISUL
08 Especialização em Governo Eletrônico UNISUL
09 05 Cursos Seqüenciais UNAMA
10 Curso Seqüencial na área de Gestão PUCCAMP
35
Centros de apoio:
A EAD em hibridismo com o modelo semi-presencial
15
www.ufms.br
37
16
www.cederj.edu.br
38
17
www.aiec.br
18
Guia Brasileiro de Educação a Distância – www.guiaead.com.br
19
Santos, João. A Criação de modelos de 3a Geração de EAD no Brasil. Qualificação de tese. UFSC.
Mimeo, 2000.
39
O E-Learning
20
Ver a topologia de rede e o mapa do projeto em www.nead.unama.br
21
www.univir.br
22
www.elearningbrasil.com.br
41
Conectividade e Inclusão :
Desafios para a Universidade Virtual no Brasil
parceria firmada em outubro de 1999 entre o MCT e o MEC, com duração até
2004. Esse programa assegura os recursos necessários ao custeio da infra-
estrutura nacional em operação atualmente e, principalmente, viabiliza os
investimentos necessários à sua evolução tecnológica (RNP2) a fim de dar
suporte às novas aplicações de Internet2.
23
Dados da Empresa Brasileira de Telecomunicações – Embratel. www.embratel.com.br
24
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD– 2001. www.ibge.gov.br
25
Pesquisa Ibope POP Internet 2002. www.ibope.com.br
45
26
Dados da ANATEL. http://noticias.uol.com.br/mundodigital/ultimas/ult1345u22.jhtm
27
Ilustrações da apresentação da audiência pública 372, da ANATEL. www.anatel.org.br
46
28
Mais informações no www.mec.gov.br .
48
Esta linha de atuação, com o uso dos recursos da EAD para agregar
valor ao ensino presencial está sendo difundida a partir do ano 2000 entre a
maior parte das universidades e centros universitários, sob a denominação de
“apoio on-line”. Trata-se, em essência, da virtualização da universidade, uma
vez que os recursos das NTIC estão sendo utilizados para realizar - a distância,
serviços on-line aos alunos já matriculados nas universidades tradicionais,
como o acesso a notas, salas de discussão, grupos de estudo, tira-dúvidas via
internet, conteúdos e exercícios. Até então, para realizar estas ações os alunos
necessitavam da presencialidade no câmpus.
51
Redes de Cooperação:
Os consórcios em direção à Universidade Virtual
O consórcio CEDERJ
O consórcio Unirede
O consórcio iuvb.br
João Vianney
Patrícia Torres
Elizabeth Farias
60
Anexo I - Legislação
DECRETA:
Art. 8º Nos níveis fundamental para jovens e adultos, médio e educação profissional,
os sistemas de ensino poderão credenciar instituições exclusivamente para a
realização de exames finais, atendidas às normas gerais da educação nacional.
Art. 12º Fica delegada competência às autoridades integrantes dos demais sistemas
de ensino de que trata o art. 80 da Lei 9.394, para promover os atos de
credenciamento de Instituições localizadas no âmbito de suas respectivas atribuições,
para oferta de cursos a distância dirigidos à educação de jovens e adultos e ensino
médio.
DECRETA:
(*)
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 1/2001. Diário
Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2001. Seção 1, p. 12.
69
I - relação das disciplinas, carga horária, nota ou conceito obtido pelo aluno e
nome e qualificação dos professores por elas responsáveis;
II - período e local em que o curso foi realizado e a sua duração total, em horas
de efetivo trabalho acadêmico;
Anexo II
superior
2001 Instituições Universidade Estadual do Norte Fluminense
Credenciadas pelo Universidade Federal Fluminense
Ministério da Educação
Universidade Federal do Mato Grosso
para educação a
distância no ensino Universidade do Estado de Santa Catarina
superior Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Faculdade de Administração de Brasília
Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Estadual do Maranhão
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
2002 Instituições Universidade Federal de Alagoas
Credenciadas pelo Universidade Federal de Ouro Preto
Ministério da Educação
Centro Federal de Ensino Tecnológico do Paraná
para educação a
distância no ensino Fundação Oswaldo Cruz
superior Faculdade de Educação São Luís
Universidade Castelo Branco
Universidade Federal de São Paulo
Universidade do Sul de Santa Catarina
Univ. para o Desenvolvimento da Região do Pantanal
Universidade da Amazônia
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade Federal de Santa Catarina
Cronologia elaborada por consulta a fontes primárias diretamente nas instituições citadas,
e por dados encaminhados pela colaboração dos amigos e educadores Antônia Petrowa,
Marlene Blois, Roberto Salvador; Nelly Moulin, Isaías Sidney, Morgana Barbieri, Viviane
Bernardo, Waldomiro Loyolla, Paulo Cunha, Kátia Morosov, Vera Salvador, Maria da
Graça Moreira, Celso Niskier, Carmem Sílvia Maia, Nádia Hatori, Celso Hatori, Marilena
Garcia e Dilsa Montoro; e pesquisa em material bibliográfico dos autores Terezinha
Saraiva, Arnaldo Niskier, Lina Barreto, Gabriel Mário Rodrigues, José Alves, Ivônio
Nunes, Maria de Fátima Guerra de Sousa, Cláudia Landim, Nara Pimentel, Elias de
Oliveira Motta, Cláudio Moura e Castro, João Roberto Moreira Alves, Ana Lúcia B. de
Castro, Lúcia Radler dos Guaranys e Oreste Preti.
101
Anexo III
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Agosto, 2002
102
INTEGRANTES DA COMISSÃO
ASSESSORA PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
- designados pelas Portarias 335 de 6 de fevereiro de 2002; 698 de 12 de março
de 2002 e 1786 de 20 de junho de 2002 -.
Presidência da Comissão:
Diretor de Política de Ensino Superior/SESu/MEC, Dr. Luis Roberto Lisa Curi,
de fevereiro a abril de 2002; e, Sra. Maria Aparecida Andrés Ribeiro, a partir de maio
de 2002.
Carlos Eduardo Bielschowsky, Carmem Maia, Celso José da Costa, Edson Raimundo
Pinheiro Souza Franco, Eduardo Martins Morgado, Elizabeth Rondelli, José Armando
Valente, José Manuel Moran Costas, Márcio Bunte de Carvalho, Roberto da Silva
Fragale Filho, Teófilo Bacha Filho
Representantes do MEC:
Aloylson Pinto, SEED; Carmen M. de Castro Neves, SEED; Denise Vellasco, SESu;
Eduardo Machado, SESu; Érika Fernandes Vieira Barbosa, SEMTEC; Gilberto Parrine
Santana, SESu; Maria Suely Carvalho Berto, SEMTEC; Orlando Pilati, INEP
APRESENTAÇÃO
PARTE I
O CONTEXTO ATUAL DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
E SEU QUADRO NORMATIVO
1. JUSTIFICATIVA
atendida. É, principalmente, por conta dessa oferta incipiente de vagas nas instituições
nacionais que as instituições estrangeiras vêm tentando ofertar cursos a distância no
Brasil.
Na verdade, o investimento em educação a distância e nos seus métodos e
técnicas aplicados ao enriquecimento da educação presencial é elevado: exige
capacitação dos profissionais envolvidos; produção de materiais didáticos; aquisição
de equipamentos e sua manutenção; assistência técnica e segurança; preparação dos
ambientes físicos e virtuais; desenvolvimento de sistemas de operacionalização e
gestão. Não se pode esquecer, também, que o avanço contínuo da ciência e da
tecnologia leva a uma periódica necessidade de atualização dos equipamentos e dos
conteúdos didáticos.
Para que uma mudança nas políticas, estratégias e procedimentos públicos de
supervisão e avaliação do ensino superior, incluindo-se aqui o chamado
semipresencial, o presencial-virtual ou o totalmente a distância, seja efetiva e
convergente com as necessidades, é necessário que estudos e debates qualificados
se intensifiquem e indiquem direções a seguir.
É preocupação do Ministério da Educação e da sociedade como um todo que
esse processo de incorporação de novos recursos e possibilidades, aliado àampliação
da oferta, aconteça de forma que não apenas restem preservados os melhores
padrões de qualidade já atingidos pela educação tradicional, mas que também eles
sejam aperfeiçoados. Dessa forma, a incorporação de tecnologias e metodologias
precisa conduzir a ofertas que atendam aos mesmos padrões de qualidade,
independentemente da combinação de recursos, presenciais, virtuais ou à distância,
em cada área de curso ou de cursos superiores oferecidos.
PARTE II
REFERENCIAIS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO
DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
108
INTRODUÇÃO
Na legislação atual, não basta uma instituição estar credenciada para trabalhar
com educação a distância, pois, em seu artigo 80, § 3º , a LDB estabelece que os
respectivos sistemas autorizarão a implementação dos programas de educação a
distância.
O projeto de cada curso ganha, assim, uma importância essencial, já que nele
está fundamentada a competência da instituição para o desenvolvimento da educação
a distância.
Embora haja, atualmente, uma crescente oferta de serviços e produtos
educacionais a distância, não se pode confundir esse tipo de transmissão de
informações, bem como a atualização e aperfeiçoamento de serviços por instituições
de ensino ou empresas, e o mercado em geral, com um curso superior que confira
diploma para o exercício profissional.
Em especial, os cursos de graduação a distância são de longa duração e de
formação. Eles exigem uma metodologia muito específica, não simplesmente baseada
no conteúdo, mas também na comunicação, na troca, no apoio e suporte aos alunos e
professores, a distância e também presencial. Sendo assim, não basta, portanto,
simplesmente contratar especialistas para desenvolver e preparar materiais, mas faz-
se também necessário pensar no processo de aprendizagem, desenvolvendo recursos
e metodologias de ensino que contemplem atividades individuais e coletivas e apoio
constante de professores e orientadores, tanto em atividades presenciais, como à
distância.
Um curso superior a distância - de graduação, seqüencial ou de pós-graduação
lato ou stricto sensu - está inserido nos propósitos da educação do país, com seus
objetivos, conteúdos, currículos, estudos, práticas e reflexões. O projeto deve ser
elaborado a partir de princípios filosóficos e pedagógicos explicitados nos guias e
manuais de orientação disponíveis ao longo do processo. Para resguardar seu nome e
credibilidade, a Instituição ofertante deve estar comprometida não apenas com um
simples ensino, mas na forma global da educação comprometida com a formação de
cidadãos éticos e competentes para o exercício de uma profissão.
O projeto de educação à distância desenvolvido deve ser coerente com o
projeto pedagógico e não pode ser uma mera transposição do presencial, pois possui
características, linguagem e formato próprios, exigindo administração, desenho, lógica,
acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos e pedagógicos
condizentes com esse formato. Em outras palavras, a educação a distância tem
identidade própria, não estando limitada a uma concepção supletiva do ensino
presencial.
Não há, porém, um modelo único de educação à distância. Os programas
podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e
recursos educacionais e tecnológicos. A natureza do curso e as reais condições do
cotidiano e necessidades dos alunos são os elementos que irão definir a melhor
tecnologia e metodologia a ser utilizada, bem como, a necessidade de momentos
presenciais em estágios supervisionados, laboratórios e salas de aula, ou a existência
de pólos descentralizados e outras estratégias.
O projeto de curso superior à distância precisa, como já foi enfatizado
anteriormente, estar integrado ao Plano de Desenvolvimento Institucional, contando
com o envolvimento do quadro administrativo e acadêmico, além do forte
compromisso institucional para garantir os resultados e objetivos de aprendizagem. É
preciso, também, que o projeto contemple o oferecimento de um processo de ensino-
111
(V) Avaliação
117
1) A Avaliação da Aprendizagem
(VIII) Custos
b) Custeio:
Equipe de professores coordenadores de curso e disciplinas
Equipe de professores orientadores/tutores
Equipe multidisciplinar
Equipe de gestão do sistema
Recursos de comunicação
Distribuição de material didático
121
Sistema de avaliação
Como parte desse item, a instituição deve apresentar uma planilha de oferta de
vagas, especificando claramente a evolução da oferta ao longo do tempo.
O número de alunos para cada curso deve apresentar-se em completa
consistência com o projeto político-pedagógico, os meios que estarão disponibilizados
pela instituição, o quadro de professores que irá trabalhar no atendimento aos alunos,
o investimento e custeio a serem feitos e outros aspectos indicados nesse documento.
PARTE III
UMA PROPOSTA DE
REGULAMENTAÇÃO PARA A
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONCLUSÃO
Decreto n. º , de de de 2002
DECRETA:
programas e cursos, quando estes forem propostos para atuação, oferta e certificação
em âmbito geográfico que inclua o território de mais de um Estado da Federação.
Educação.
§ 6º - A oferta de até vinte por cento da carga horária exigida para a integralização de
cursos superiores presenciais reconhecidos ou de cursos autorizados com essa
previsão por meio de disciplinas ministradas em forma não presencial não constitui
oferta de educação a distancia, para os efeitos deste Decreto.