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*

CRISE DE REPRESENTATIVIDADE
E NECESSIDADE DE AUTODISSOLUÇÃO
PERMANENTE

André Bechelanei

"Representar significa tornar visível e tornar presente um ser invisível mediante um ser publicamente presente. A
dialética do conceito repousa no fato de que o invisível é pressuposto como ausente e ao mesmo tempo tornado
presente"1.

Há aparentemente uma crise de representatividade política esboçada por diferentes


eventos em escala mundial. Não é aleatório associar os acontecimentos da chamada Primavera
Árabe, que tiveram sua expressão máxima na Praça Tahir, no Egito, com os distúrbios da
periferia parisiense, em 2011, e as manifestações de junho de 2013, no Brasil. Mais de um
analista chegou a abordar esta questão por este viés e, aqui entre nós, recentemente o filósofo e
professor da USP, Wladimir Safatle foi um deles. Para ele, no nosso país, a crise se deu porque
“a população já não se via mais representada pelos partidos políticos existentes e que o jogo político não
produziria reformas profundas e necessárias. Além disso, Safatle falou que a crise não seria apenas do
poder político, mas também com relação à imprensa: "A população não quer mais que alguém fale em seu
nome"2. Parece que muita gente não mais o quer já que "a democracia não goza no mundo de
ótima saúde” já se disse. A defesa das regras do jogo, entretanto, não perdeu sua importância e
é isto que parece evidenciar que a mesma “não está à beira do túmulo3". E, apesar de seus
defeitos, seu lado bom é que ela própria admite que se pense em formas constantes de
aperfeiçoamento.
Uma aposta intransigente no valor da política e da democracia é indispensável em
países como o Brasil, sobretudo, com passado republicano marcado por alguns períodos
ditatoriais. Por aqui, valeria a máxima de que o respeito às normas e às instituições da

1
C. Schtnitt, Verfassungslehre, Duncker & Humblot, München-Leipzig» 1928, p. 208.
2
http://www.espn.com.br/video/341790_filosofo-vladimir-safatle-afirma-brasil-vive-crise-de-representatividade-e-precisa-de-reforma-
politica
3
Bobbio, Norberto – O Futuro da Democracia – uma defesa das regras do jogo – Edit. Paz e Terra, 1984.

1
democracia é o primeiro e o mais importante passo para a renovação progressiva da sociedade,
inclusive em direção a uma possível reorganização socialista. Democracia tida, no essencial,
como um método de governo, um conjunto de regras de procedimento para a formação de
decisões coletivas, no qual está prevista e facilitada a ampla participação dos interessados4.

II

A Democracia é paradoxal 5 . Dificuldades objetivas encontram-se para uma correta


aplicação do método democrático exatamente nos locais em que continua a crescer a exigência
de democracia, caso evidente da própria USP. Para quem enxerga na democracia a realização
do ideal do "bom governo" (no sentido de que ela está melhor capacitada para realizar o bem
comum), um tema objeto de repetidos debates é o que se poderia chamar de os "erros" da
democracia. Boa parte do que hoje se discute sobre a democracia pode ser incluído na
abordagem, ora amargurada ora triunfante, destes insucessos. Nela cabem o tema da teoria das
elites e o tema do contraste entre democracia formal e democracia substancial ou o
recentemente popular tema da ingovernabilidade. Bobbio ainda nos lembra a questão do
"poder invisível" ou que a democracia é o governo do poder público em público, em notável
alusão ao fato de que este poder seja exercido, em numerosas circunstâncias, no máximo
segredo.
Como regime do poder visível, a democracia nos remete à imagem da reunião de todos
num lugar público com o objetivo de apresentar e ouvir propostas, denunciar abusos ou
pronunciar acusações, e de decidir, após terem apreciado os argumentos pró e contra
apresentados pelos oradores. Quando o povo era reunido, escreve Glotz, o arauto amaldiçoava quem quer
que procurasse enganar o povo, e para que os demagogos não abusassem de suas artes oratórias a assembléia
permanecia todo o tempo sob o "olhar" de Deus. Os magistrados sofriam uma vigilância contínua, e "nove vezes
por ano deviam renovar seus poderes por um voto de confiança, com votação por levantamento de mãos, e se não
o obtinham eram ipso facto remetidos de volta aos tribunais".
Não é sem razão que a assembleia tenha sido frequentemente comparada a um teatro
ou a um estádio, isto é, a um espetáculo público, onde existem espectadores chamados a
assistir a uma ação cênica que se desenrola segundo regras preestabelecidas e se conclui com
uma sentença.

III

E, a partir deste ponto, trata-se de delimitar o ambiente no qual nasce este discurso,
pois enfrentamos uma greve de parte dos estudantes da melhor universidade do Brasil, a
Universidade de São Paulo. No momento em que escrevo, alunos estão acampados dentro do
prédio da reitoria invadida. Esta imagem, a de um prédio invadido, foi tornada em lugar

4
Idem.
5
Esta parte II baseia-se em texto de Bobbio, Norberto – A Democracia e o poder invisível, in O Futuro da
Democracia – uma defesa das regras do jogo – Edit. Paz e Terra, 1984.

2
comum nas lutas políticas do país, tanto como última alternativa aos esforços por resultados e
tanto como falta de criatividade, consequência do método - ou da falta dele - da ação pela ação.
Instalada esta polarização no ambiente acadêmico, tem-se de um lado, a direção da
universidade, reclamando da violência dos manifestantes - a quem acusa de se negarem ao
diálogo maduro -, determinada a cumprir a lei e a manter a ordem; do outro, sindicatos,
associações e centros estudantis acadêmicos, determinados a avançar no desenvolvimento dos
mecanismos de participação nas decisões da universidade e nas políticas democratizantes6.
Note-se que ambos os lados lidam com diferentes efeitos do agarramento ao poder de
seus territórios e da negação constante da autodissolução. Se, por um lado, a reitoria – entidade
que, no limite, representa a todo o campus - não entende a razão daquilo que classifica como
violência e falta de espírito colaborativo, portanto, de não adesão; a união dos estudantes,
sobretudo esta, não compreende a cisão entre o próprio alunado a quem especificamente
representa, uma vez que parte expressiva do corpo discente não adere à paralisação pretendida
e decretada em assembleias, ou seja, nas instâncias democráticas onde as decisões são tomadas
– muito embora, a invasão do prédio não tenha sido votada. Instadas a responder a tais
questões, as respostas não se diferem. A união dos alunos defende a legalidade dos atos que
não foram votados em assembleias – como o primeiro ato de invasão, por exemplo; discute-se
apenas a sua manutenção – e, portanto, a descredibiliza. Embora, simultaneamente, defenda
que as reinvindicações sejam discutidas em assembleias, onde controla as maiorias votantes. A
reitoria, por sua vez, sente-se acuada justamente devido às consequências que enfrenta por suas
decisões não referendadas, obtidas a partir de reuniões fechadas às entidades que constituem o
campus que ela representa, condenando suas ações ao descrédito.
Não é que se condene as formas tradicionais de representação política, pelo contrário,
simplesmente elas não estão sendo sequer reconhecidas como existentes em função mesmo
daquilo a que se destinam. No Egito, em Paris, no Brasil e, agora, na USP, algo entrou em
ebulição e escapou ao controle das formas racionalizadas de mediação entre interesses pessoais
e coletivos; públicos e privados. O fenômeno, que se espalha como uma praga, ameaça minar
até as melhores e também as mais perversas intenções de facções que até hoje confiavam sua
solidez a um certo mecanismo democrático como instrumento de medida de credibilidade e
legitimação. Na exata proporção em que se produz um discurso que representa, torna-se
credível e, desde que se proceda em conformidade com o protocolo, atinge-se a legitimidade.
Esta lógica, nascida de mãe solteira, na estrada pavimentada por sangue e boas intenções,
trouxe consigo o veículo sem o qual a figuração fantasiosa jamais poderia se tornar efetiva: a
linguagem. Para ser mais modesto e panfletário; o discurso. E ainda mais simplório; a narrativa
dos fatos, a bicicleta do herói. As instituições narram os fatos, contam a história, elegem
inimigos, aliados, mitos, guerras, batalhas e conquistas, se justificam.
Um experiente veterano do curso de filosofia uspiana nos adverte em palestra rápida:
“vocês realmente sabem o que está se passando na faculdade? Eis os fatos atuais com que nos deparamos:”
entre expressões como “herança da ditadura” “fomos barrados”, “impedidos de participar”, “entulho

6 O CO (Conselho Universitário) da USP (Universidade de São Paulo) decidiu, em reunião, em 01/10/13, realizar mudanças no
processo eleitoral para os cargos de reitor e vice-reitor da universidade. Entre as mudanças aprovadas na reunião estavam o fim da
eleição em dois turnos e consulta prévia a estudantes, professores e funcionários. A principal solicitação do grupo de manifestantes, as
eleições diretas para os cargos, não foi acatada. Mais do que isso, o grupo invasor alega que tentava participar da reunião do CO e foi
barrado em sua tentativa. Houve protesto de estudantes do DCE, alguns professores e o Sintusp, o sindicato dos funcionários da USP.
Eles invadiram o prédio da reitoria para pedir por eleições diretas e maior participação no processo eleitoral. Pelo Facebook, o DCE
Livre da USP disse não aceitar mais que a escolha do reitor parta do governador do estado e pediu também participação mais efetiva
no CO – o Conselho Universitário, órgão máximo de decisões na instituição. O grupo decidiu ainda permanecer na reitoria e realizar
assembleias para decidir quais rumos a manifestação deveria tomar.

3
autoritário” etc., demonstrou como é justa a “luta” dos estudantes. A reitoria, ela própria,
enxergada como algo que não representa a quem deveria, não foi menos mistificadora; expediu
comunicado em que usava expressões como a pérola: “Não há, neste comunicado, qualquer
julgamento de ordem política ou moral a respeito da decisão dos estudantes”; “Estamos em uma ordem
democrática e as manifestações de expressão política são legítimas”; para concluir: “Não há, porém, como
negar seus possíveis desdobramentos e consequências”; e outras. O reitor, por sua vez, em entrevista a
jornal de circulação nacional, defende “reivindicações fortes em paralelo a posturas colaborativas, sem
invasões, sem violência”.
O quadro de divisão político e ideológico dentro da universidade segue mais ou menos
o que acontece na sociedade. Dentro da USP, a reitoria representa a centro direita, ou social
democracia; as organizações de alunos, professores e funcionários representam o pensamento
de origem ou influência marxista. Na visão destes, a reitoria se associa a tudo que é
conservador e seus métodos são “herança ditatorial”. Por seu lado, a direção da universidade
associa as mais proeminentes entidades representativas de alunos, professores e funcionários
com o dogmatismo e com atos de violência injustificada e espírito pouco solidário.
O que impressiona é a rigidez das expressões, o caráter de fixidez exposto pelas
atitudes institucionalizadas. É como se dissessem: “é isso e pronto”! E enquanto as partes se
fixam em suas posições belicistas, o importante notar é que ambos os lados não percebem que
seus atos refletem a maneira como eles se vêem a si próprios. Nem um lado nem o outro se
percebem como elementos móveis e dinâmicos. Agem como elites agarradas ao poder de seus
exércitos, à narrativa de suas batalhas e conquistas, protegendo a sala de troféus. Não são
capazes de perceber a natureza impermanente de sua utilidade e tentam se manter úteis em
função de um algo que precisa ser fabricado. Este algo traduz-se na própria razão de um porque
existo. Ou o círculo: Devo me justificar, pois existo e, se me justifico, existo, se existo, preciso me justificar.
Analisam o mundo em função daquilo que os justifica e assim por diante.

IV

Este tipo de rigidez e automanutenção encontra seu oposto na natureza mole e


provisória das mandalas orientais. Há nelas um caráter de total impermanência que nos oferece
um parâmetro para a análise 7 . O poder de uma mandala se constitui na essência de sua
constituição e desenvolvimento. A palavra tibetana para “mandala”, dkyil-‘khor, significa
literalmente “aquilo que circunda um centro.” Um “centro” é, aqui, um significado e “aquilo
que o circunda” – mandala – é um símbolo redondo que representa o significado. No entanto,
nem todas as mandalas são redondas. Adianto que esta compreensão das mandalas deve se
projetar num paralelismo com as próprias instituições tidas como racionais. Segundo este
raciocínio, o centro da mandala será tomado como a razão de ser e aquilo que circunda o
centro, o grupo de indivíduos.
Uma mandala externa (phyi’i dkyil-‘khor) é uma representação de um sistema de mundo.
É usada como uma oferta quando se busca dar ou receber um ensinamento, para conferir um
conjunto de votos ou para conferir um empoderamento tântrico. Nesta concepção um pouco
mais aprofundada, entende-se que a natureza que lhe garante a necessidade de

7
Berzin, Alexander – Introdução ao Budismo Tibetano -
http://www.berzinarchives.com/web/pt/archives/advanced/tantra/level1_getting_started/meaning_use_manda
la.html

4
existência/construção baseia-se na busca de um ensinamento, um conhecimento e um
investimento temporário de poder; uma necessidade provisória de ação. O sistema de mundo
representado pela mandala externa consiste numa representação complexa que instrui sobre o
sistema Kalachakra, que determina um tempo descontínuo, não linear e cíclico. O importante é
que a oferta da mandala representa a voluntariedade de dar tudo no universo para receber
ensinamentos, votos ou empoderamentos. E repare-se, a eficácia da mandala em acumular
força positiva depende da pureza da motivação, do nível de concentração e da profundidade da
compreensão da vacuidade de nós próprios – nosso próprio caráter provisório -, a fazer a
oferenda, dos objetos a quem nós a oferecemos, da própria mandala e da ação de oferecê-la.
Ou seja, a instituição que busca representar algo deve se enxergar como alguma coisa
que se valida na própria precariedade e transitoriedade sem nunca se investir de um caráter de
permanência e linearidade histórica. As mandalas são construídas na maior parte das vezes com
um pó finíssimo de várias cores, de manipulação extremamente delicada. Complexas, leva-se
dias até que fiquem prontas, tamanhas as dificuldades de execução. Sua elaboração dura todo o
período em que o ensinamento está sendo produzido – sendo este o próprio percurso
realizado – para, ao final - finalmente completas em seu apogeu - serem dissolvidas ao vento,
destruídas mesmo depois de tanto trabalho e sacrifício. O processo, por certo, é algo acerca do
qual nós ocidentais temos uma enorme dificuldade de compreensão. Mas isto ilustra que o que
destrói uma instituição é a sua fixidez e não o contrário, pois a autodissolução pressupõe que
se iniciará uma nova fase de ensinamento/aprendizagem, reconstituição.

Ao contrário estamos diante de instituições que desejam ardentemente um tempo


linear que narre suas histórias de lutas e conquistas; nas quais – em ambos os lados – os
personagens se mantém agarrados à beleza da primeira mandala executada, muito embora ela
esteja quase apagada num passado projetado. A própria repetição dos gestos – de um lado,
tudo sempre começa ou termina com a invasão da reitoria e paralisação; do outro, invoca-se a
publicidade das decisões privadas e do impedimento de novas conquistas diante da
instabilidade – tenta reproduzir a narrativa do passado, como forma externa da representação
de si próprio enquanto sistema de mundo. Interpreta-se cada evento do “mundo lá fora” como
uma peça do quebra-cabeça mandálico. E esta projeção fantasiosa traveste-se na linguagem
utilizada a partir dos jargões e das palavras de ordem. O doente repete seu canto de morte; da
morte de sua necessidade. A ação destas instituições é a ação dos zumbis, dos mortos vivos,
porque elas estão congeladas, travadas pela falta de aprendizado, pela não compreensão de que
o processo é de doação, oferecimento e desapego; mas também da autodissolução ao fim de
cada etapa, da necessária reconstrução, do reaprendizado, reconstituição, revaloração, da
obrigatória reinvenção da história descontinuada, não conectada ao evento imediatamente
anterior e assim sucessivamente até o primeiro motor.
Daí que entender os acontecimentos que levaram filósofos de peso a afirmar o não
autoreconhecimento de um espelho representativo nas instituições racionalizadas por parte dos
indivíduos que ali deveriam se ver passa a se configurar num processo de eutanásia dos
próprios círculos de representatividade política. O paralelo com o conceito de mandala vai
ainda longe a partir do momento em que se percebe que, se a mandala não cumpre seu papel
original e tenta se manter-se a si própria - como no caso de um grupo de elite, ou num
instrumento aparelhado que vive por sua própria automanutenção – ela não apenas não se

5
justifica, mas também estanca, bloqueia, recalca e perde sua autonomia e força orgânica. Neste
processo, em que a realidade dos agentes perde seu dinamismo e passa a apresentar a fixidez de
um ser inorgânico, atua contra a autoconsciência do coletivo, reificando8.
A repetição das narrativas anteriores tenta trazer os mortos da tumba, mas é a expressão do
discurso de morte que é requisitado pelo que foi recalcado. É a ponta do iceberg, é a patologia.
E a constante autodissolução é o remédio a este diagnóstico. A reificação é momento da
patologia no qual o represamento da natural necessidade de expressão do sujeito - que busca
na representatividade sua forma de expressão – retorna como uma objetificação de si mesmo.
E uma vez tornado objeto, o indivíduo ou agente passa, como coisa, a ser manipulável pela
ilusória figura da instituição que o “representa” – e esta instituição se confunde com a sua
própria narrativa. Descoisificar seria então o resultado de uma atuação que redinamiza,
dissolve-se e renasce.
A busca constante da renovação não coincide com a existência de mandatos tão longos,
mas com o julgamento do grupo de indivíduos ao término de cada jornada. É vitalizante que as
instituições promovam autodissoluções frequentes, num ritmo não programado e com duração
relacionada a processos específicos, tanto no caso de fenômenos eventuais ou aleatórios, como
no de eventos perenes previsíveis no tempo e no espaço. Se entendermos os processos como
aprendizados que não podem ser retidos no tempo - por se tornarem parte da galeria de
troféus e capítulos da narrativa patológica -, mas que duram e se relacionam apenas com os
eventos do tempo presente, teremos a oportunidade única de vivermos eventos da realidade
como rituais dinâmicos, com alargado quadro de experiências possíveis, além de maiores
chances de diálogo com os indivíduos representados. Nesta constelação, pode-se entender
porque a reitoria da universidade não consegue dialogar, mas, ao contrário, é antes dialogada
por quem a manipula; e também as entidades do campus, tornadas em peças ultrapassadas,
sem capacidade de renovação e real representatividade. São ambos coisas estranhas à própria
USP.

i
André Bechelane é jornalista e cineasta, atualmente é graduando de Filosofia, na Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo..

8
COISIFICAÇÃO [O conceito foi desenvolvido pelo filófoso George Lucács (1885-1971), tendo em mira uma crítica aos mecanismos do sistema
capitalista]

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