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À GLÓRIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

Aug.´. e Resp.´. L.´. Sim.´. Cavaleiros Demolay no. 29

GRANDE LOJA MAÇÕNICA

DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

TRABALHO COMPLEMENTAR

Experiência relatada por Daniel


Nicolau de Vasconcelos Pinheiro.

NATAL/2007
Sim.´./Rit.´./ Maç.´.

Sim.´.
Não há como estudar esoterismo sem possuir ou buscar familiaridade com o
simbolismo. O oculto está intimamente ligado ao simbolismo em qualquer que seja a
crença ou corrente filosófica, contudo, a alfabetização necessária para a leitura do
simbolismo não pode ser desenvolvida como se aprende a fazer as tarefas
corriqueiras. A correta interpretação dos símbolos requer um estado mental
diferenciado, conhecimento do assunto, poder criativo e imaginação. Cada uma destas
faculdades pode e deve ser desenvolvida em cada um de nós, uma pessoa que
estude artes, por exemplo, compreende que o simbolismo está presente em todos os
lugares e sabe utilizar bem as ferramentas para decifrar cada mensagem deixada
através de símbolos. Assim, é necessário ao adepto compreender o que Sim.´. é a
forma de comunicação por meio da qual a mensagem inserida em um desenho,
palavra, ato etc. pode ser lida e utilizada apenas o grupo que detêm conhecimento do
código e esteja alfabetizado no código estabelecido. A este conhecimento chamamos,
iniciação aos mistérios.

Dentro da maçonaria, encontramos o Sim.´. e a Rit.´. como instrumentos de


transmissão de conhecimento e compreensão aos seus membros, além de ajudar a
desenvolver as capacidades cognitivas superiores. Mantendo o código guardado e
passando-o de geração a geração de forma a tocar alguns poucos que realmente
estejam prontos é conseguirão compreender o que eles transmitem.

Neste contexto alguns mais apressados podem se perguntar: - Por que as mensagens
não são ditas com todas as letras dentro do T.´. e mesmo nas ruas, se elas são boas e
visão a evolução do homem?

A resposta invariavelmente seria: - Porque as mentes não processam somente as


mensagens intelectuais, mas também as cognitivas e em alguns casos, a alma,
processa as espirituais. Nem todos estão preparados para receber os ensinamentos
que a ordem maçônica tem para transmitir. Muitos têm preconceitos e apegos que os
impedirão de receber as mensagens sob os filtros adequados para que elas cheguem
em suas mentes de forma correta e rápida. Alguns outros tantos necessitarão
vivenciar situações específicas para que possam vir a compreender o que é cada
palavra, símbolo e ritual.
Dentro dos conceitos de cognição, existe a premissa de que a mente absorve as
informações mais profundas através de insights. Por este ponto de vista, as imagens e
simbolismo são instrumentos de acesso a esses momentos de destravar nosso
subconsciente. Estudos psicológicos demonstram que o aprendizado se dá de
maneira mais fácil e completa quando as informações estão associadas
simultaneamente a imagens, textos e sons. Se tiverem associados a uma história
envolvente, uma alegoria, são mais eficientes ainda. Assim, se demonstra a
necessidade do maçom respeitar a simbologia do seu grau, para que possa absorvê-la
e criar com ela a base para as instruções e conhecimentos superiores futuros.
Muitas escolas de mistérios utilizavam os graus mais básicos para testar a mente do
adepto, ver seus conceitos e seus preconceitos e a ele só era permitido galgar mais
um degrau quando estava realmente pronto para receber o conhecimento do grau
seguinte, sem pressa. Na maçonaria temos uma gama de simbolismo enorme e que
deve ser decifrada e, principalmente, praticada. Com a prática e exercício de leitura
permanente, as revelações e os insight’s vêm e abrem os olhos do estudioso.
Isso é o fato que garante que os segredos da maçonaria estejam sempre bem
guardados. Poucos maçons os compreendem realmente, mesmo estando seus
símbolos e textos jogados nas redes de comunicação mundiais. Poucos serão os
maçons e menos ainda os profanos que passarão do simples estudo do significado
dos símbolos e livros, apenas aumentando seu repertório dialético, e passaram a
praticar o que eles mandam, compreendendo realmente as mensagens esotéricas
incrustadas neles.

Rit.´.

Iniciando esta sessão, esclareço que eu entendo por ritual ou ritualística uma
sequência de atos, palavras, posturas, formalidades etc. com valor simbólico, que
possui a finalidade de canalizar energias e atenções com um fim específico, seja a
obtenção de conhecimento, curas, sortilégios, e ajuda para pessoas em necessidades
etc. Rituais são executados em intervalos regulares e/ou em situações específicas.
Podem ser praticados por uma única pessoa ou por um grupo, quanto maior o grupo
de pessoas que praticam o mesmo ritual com a mesma finalidade, mais forte esta
energia se torna. E o produto dessa energia, chamamos egregora.
Quando concentramos nossa atenção em objetos, palavras, formas etc., estamos
canalizando energia para eles e para os que estiverem em harmonia com sua
egrégora, esta energia será extremamente benéfica.
Mas o que vem a ser uma egrégora? Egrégora vem do grego "egrégoroi" e significa a
força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou
mais pessoas, quando reunidas com qualquer finalidade específica (ritual).

Uma egrégora pode tomar "vida própria” e fará de tudo para manter sua sacralidade,
nem que tenha que liquidar as energias intrusas que perturbam seu padrão energético.
Ela é como um filho coletivo, produzido pela interação das diferentes pessoas
envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, podemos ser vitimas delas, pois, as
egrégoras vão sendo criadas a esmo e seus objetivos podem ser diversos, inclusive
maudosos. Os seus criadores tornam-se logo seus servos, nos casos das egrégoras
negativas, já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que
caracterizaram a criação dessas entidades. Serão tanto mais escravos quanto menos
conscientes estiverem do processo e o alimentem. Se conhecermos sua existência e
as leis naturais que as regem, podemos utiliza-la para os fins superiores e alimenta-la
para que ela nos leve pelo caminho da escada superior.

Nossos corpos e mentes precisam estar em harmonia com a Egrégora Maçonica, para
que esta possa nos ajudar e nos fazer crescer. Para isso, existe a Sala dos Passos
perdidos, onde mesmo sendo permitido, quase, qualquer tipo de conversa, deve ser
um local de desaceleração de nossa vida diária e do início de nossos trabalhos. O
Atrio deve ser o local de oração e meditação que finaliza o processo de sintonização
com as energias do templo. Alertamos que não ser capaz de perceber físicamente as
energias que trabalham no templo não as impedem de agir sobre nós e nossas vidas.

A repetição dos rituais fortalece a egrégora, por isso a ritualistica deve ser executada
da melhor, suave e mais atenta forma possível. Convocando a presença do G.´.A.´.D.
´.U.´. para estar em nossa seção e para assistir nossos trabalhos, devemos nos
posicionar de forma a estar em condições espirituais de receber sua energia. Não
estar atento a isso pode fazer com que a energia da egrégora trabalhe contra nós ao
invés de nos ajudar.

Quando fomos iniciados recebemos o aviso muito claramente, ao bebermos do líquido


que pode ser doce quando estivermos de coração puro e bem intencionados ou
amargo quando formos falsos e desrespeitosos, estamos falando exatamente das
energias que emanam do nosso templo, reuniões e da grande egrégora maçonica que
é alimentada a séculos pelos pensamentos idealistas de tantos irmãos.
Conclusão:

Para absorver o conhecimento que nos é passado em loja e pela simbologia e


ritualistica maçonica, é preciso que os irmãos venham ao templo de mente aberta,
coração puro e com boa vontade de trabalhar, assim, tirando proveito máximo das
energias que circulam, emanam e chegam ao nosso templo. É preciso também
conhecer a linguagem e ser alfabetizado nas formas que o universo se apresenta e
mostra o caminho para a evolução.

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