Psiquiatría, Teoría Del Sujeto, Psicoanálisis 12 Braunstein PDF

psiquiatría,
teoría
d e l sujeto,
psicoanálisis
néstor a .
braunstein
SÍ9IO
veintiuno
editores
PSIQUIATRÍA,
T E O R l A D E L SUJETO,
PSICOANÁLISIS
por
NÉSTOR A. BRAUNSTEIN
Siglo
ventíuno
editores
siglo X X i editores, s . a. d e c. v.
C E R R O D E L A G U A 2 4 8 . R O M E R O D E T E R R E R O S , 0 4 3 1 0 , M E X I C O , D.F
s i g l o X Xi e d i t o r e s , s . a.
TUCUMÁN 1 6 2 1 , 7 N. C 10 5 0 A A G . BUENOS AIRES, ARGENTINA
s i g l o X X i d e españa e d i t o r e s , s . a .
MENÉNDEZ PIDAL 3 B IS . 2 8 0 3 6. MADRID, ESPAÑA
edición a l cuidado de jorge tula
primera edición, 1 9 8 0
duodécima reimfM-esión, 2 0 0 8
© siglo x x i editores, s,a. de c.v.
isbn: 9 7 8 - 9 6 8 - 2 3 - 0 9 8 4 - 7
derechos reservados conforme a la ley

impreso y hecho e n méxico/printed and made in mexico
impreso e n sevilla editores, s.a.

Vicente guerrero núm. 3 8
col. san antonio zomeyucan
naucalpan de Juárez,
edo. de méxico, cp. 5 3 7 5 0
octubre de 2 0 0 8
INDICE
PRÓLOGO: T R E I N T A M E S E S D E D O C E N C I A
P A R T E I
CLASIFICAR EN PSIQUIATRIA
1. C R Í T I C A D E E A C L A S I F I C A C I Ó N I N T E R N A C I O N A L
E N P S I Q U I A T R I A
2. C R Í T I C A D E L A I M P L T G N A C I Ó N A N T I P S I Q U I Á T R I C A
D E L A C L A S I F I C A C I Ó N
A ) C r í t i c a d e l a c r í t i c a a l m o d e l o m é d i c o , 30
[La antipsiquiatría c o n f u n d e a l m o d e l o médico
c o n e l v e t e r i n a r i o y h a c i a él d i r i g e s u s críti-
cas, 32]; B ) C r í t i c a d e l a i m p u g n a c i ó n a l a c t o
d e c l a s i f i c a r , 34
3. L A S F U N C I O N E S D E L A C L A S I F I C A C I Ó N D E L A D E -
M A N D A P S I Q L ^ I Á T R I C A ( C O N O C I D A C O M O C L A S I F I -
C A C I Ó N D E L O S T R A S T O R N O S M E N T A L E S )
P A R T E I I
HACIA UNA TEORIA DEL SUJETO

4. S U J E T O D E L A C O N C I E N C I A , S U J E T O D E L D I S C U R -
SO, S U J E T O
5. E L S U J E T O E N E L P S I C O A N Á L I S I S , E L M A T E R I A -
L I S M O H I S T Ó R I C O Y L A L I N G Ü I S T I C A
A . P r e f a c i o e p i s t e m o l ó g i c o , 80 [ a ) L a c u e s t i ó n
de l a u n i f i c a c i ó n - a r t i c u l a c i ó n d e l a s c i e n c i a s ,
80; b ) E l s u j e t o y e l d i s c u r s o , 88]; B . E l s u j e t o
e n e l psicoanálisis, 9 6 ; c. E l s u j e t o e n e l m a -
t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , 115; D . E l s u j e t o e n l a
lingüística, 130; E . P o s f a c i o f o u c a u l t i a n o , 152
P A R T E U I
LACAN Y EL PSICOANALISIS
6. A N T E C E D E N T E S Y C O N T E X T O D E L " D I S C U R S O D E
R O M A " D E J A C Q U E S L A C A N 161
7. A L G U N A S I N C I D E N C I A S D E L " P R I M E R L A C A N " SO-

B R E L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 171
A quién m e d i r i j o y p a r a qué, 171; F r e u d , l a

i n s t i t u c i ó n y L a c a n , 172; L a d e g r a d a c i ó n d e
l a t é c n i c a p s i c o a n a l í t i c a , 176; L a m e t a d e l aná-
l i s i s : l a r e s t i t u c i ó n d e l a h i s t o r i a , 186; E l a n a l i s -
t a , s o p o r t e d e l a función analítica, 193; A l l í ,
e n e l d i s c u r s o , estará l a r e s i s t e n c i a , 203; D e l
s a b e r d e l a n a l i s t a , 215
8. E L C A M B I O E N P S I C O A N Á L I S I S 219
PRÓLOGO
TREINTA MESES EN LA DOCENCIA
U n l i b r o es u n a t a ú d p a r a l a s p a l a b r a s . S u p o r t a d a
es u n a l á p i d a . E l d i s c u r s o q u e a l l í se e n c i e r r a e s t á
sellado, finado; nada puede e n t r a r n i salir.
E l l i b r o representa a u n a u t o r ante u n lector.
P e r o é l a u t o r , p o r f r e s c a q u e s e a l a e d i c i ó n , se h a
ya desidentificado c o n el texto. Lee sus propias
p a l a b r a s , las q u e cree p r o p i a s p o r q u e de s u b o c a
s a l i e r o n , y las h a l l a extrañas, c u a n d o n o vacías.
Y , s i n e m b a r g o , d e s d e e l l a s es i n t e r p e l a d o : " — ¿ C ó -
m o ? ¿ N o dice u s t e d en la página equis que...?"
Y es e l m o m e n t o d e l a s a c l a r a c i o n e s , d e l a s p u n -
t u a l i z a c i o n e s : " — N o . N o d i g o . Decía. O m e j o r , allí
dice q u e . . . " El libro dice y ya no puede decir
o t r a cosa. Es el t e s t i m o n i o de u n m o m e n t o fugaz.
L a r e p e t i c i ó n p o r a l g u i e n d e l o q u e é l d i c e es e l
decir de o t r o ; o t r o que h a b l a de o t r a cosa, s i m u -
lacro, fantasma del original. La palabra no puede
r e p r o d u c i r s e . Y r e p e t i r l a es r e p e t i r l a b a j o u n a d i -
f e r e n c i a . E n eso consistía, p r e c i s a m e n t e , l a o r i g i -
n a l i d a d de P i e r r e Ménard, a u t o r del Q u i j o t e .
L a p a l a b r a e s c r i t a n a c e m u e r t a . N o p u e d e res-
p o n d e r de sus razones p a r a e x i s t i r , n o p u e d e j u s -
t i f i c a r s e a sí m i s m a , n o p u e d e c o n t e s t a r p r e g u n -
t a s , n o p u e d e r e s o l v e r sus c o n t r a d i c c i o n e s . P o r eso
e l e s c r i t o r d e u n t e x t o d e b e , t r a s p u b l i c a r l o , sos-
t e n e r u n a enseñanza. C o n f r o n t a r a l t e x t o c o n la
impugnación de los o t r o s . D e b a t i r , r e b a t i r , com-
b a t i r . A b r i r s e a u n a p e r p e t u a reelaboración de su
decir. Sopesar el eco de s u p a l a b r a escrita e n el
c o n j u n t o dé s u d i s c i p l i n a . H a b l a r . P e r o s i n hacerse
tampoco muchas ilusiones. Porque la palabra di-
c h a (¿es d e l a p a l a b r a l a d i c h a ? ) t a m p o c o perte-
nece a quien la pronuncia. Y doblemente: uno,
p o r q u e v i e n e d e l O t r o e n t a n t o q u e es e n e l O t r o
d o n d e está l a m a t r i z q u e l a g e n e r a , y dos, p o r q u e
[7]
8 PRÓLOGO
v a a l O t r o q u e l a tomará y l a ligará vaya a saber

c ó m o n i c o n qué y le asignará el l u g a r q u e l a h a
de refrendar c o m o pertinente o impertinente. O
sea q u e t a n t o a l h a b l a r c o m o a l e s c r i b i r e l s u j e t o
se c o n s t i t u y e d i s o l v i é n d o s e . Q u e l a p a l a b r a l o r e -
presenta a l m i s m o t i e m p o que lo hace desapa-
r e c e r . T o d o d e c i r está, así, c o g i d o e n t r e e l a n c l a
i n m o v i l i z a d o r a de la palabra escrita y el vuelo i m -
p r e v i s i b l e de l a p a l a b r a h a b l a d a . E n t r e el bajo-
t i e r r a 3 e l é t e r . E s t e m i s m o p r e c a r i o e s t a t u t o de-
m a r c a e l l u g a r p r e c i s o d o n d e se i n s t a l a r á l a e n s e -
fianza. De la interlocución mayéutiea a l escrito y
de éste a u n a n u e v a interlocución. H a y q u e m a t a r
a l a p a l a b r a y encerrarla en u n l i b r o para q u e pue-
da de nuevo, libre, volar.
Así pasó c u a n d o , c i n c o años atrás y c o n o t r o s
a u t o r e s , p u b l i q u é Psicología: ideología y ciencia.
C o n c r e t a b a allí u n t r a b a j o d e i n t e r c a m b i o s i m b ó -
l i c o q u e n o tenía p r e t e n s i o n e s de o r i g i n a l i d a d . M e
colocaba —así c o m o m e coloco a h o r a — en el lugar
de u n escriba que asentaba u n discurso surgido del
e n f r e n t a m i e n t o de unas ciertas lecturas con u n
cierto g r u p o de interlocutores e n el seno de u n a
c o y u n t u r a histórico-social: A r g e n t i n a , 1974. Y el
d i s c u r s o llevaba, n o podía n o llevar, las marcas de
l a enunciación, d e l a situación q u e l o h i z o b r o t a r .
E d i t a d o e n M é x i c o e n 1975 ( o t r a , v e z l a h i s t o r i a ) e l
libro comenzó a representarme ante otros interlocu-
tores. C o r r e c t a m e n t e entendían q u e y o n o e r a y o sino
ese t e x t o , ese f é r e t r o c o n m i n o m b r e e n l a lápida,
q u e tenían e n t r e las m a n o s . Y m e e m p u j a b a n a ser
el m i s m o , reprochándome las desviaciones. O m e
r e p r o c h a b a n p o r n o ser o t r o y p o r n o decir otras
c o s a s , e m p u j á n d o m e a d e f e n d e r l o q u e seguía sos-
t e n i e n d o c o m o c o r r e c t o d e n t r o de lo escrito. O t r a
c i r c u n s t a n c i a histórica, o t r o s i n t e r l o c u t o r e s , o t r a s
lecturas. Necesariamente, o t r o d i s c u r s o . V i v i r es
ser m e t a m o r f o s e a d o siempre e n el discurso p o r el
d i s c u r s o d e l O t r o . L a r e p e t i c i ó n es l a m u e r t e . S o -
b r e v i v i r es d i f e r e n c i a r s e constantemente del que
u n o fue, sabiendo de la t r a n s i t o r i e d a d y de l o
imafTÍnario d e l c r e e r s e r d e c a d a momento.
T R E I N T A IVIESES D E D O C E N C I A 9
M é x i c o , 1980. E l g r a d u a l a l e j a m i e n t o d e m i d i s -
c u r s o c o n r e s p e c t o a l de h a c e seis años m e h a
h e c h o o t r o , crítico i m p l a c a b l e de "los q u e f u i "
( M i c h a u x ) q u e , a s u vez, d e s d e esos m i s i n t e r l o -
c u t o r e s i d e n t i f i c a d o s c o n e l q u e f u i , c o n ese t e x t o ,
m e asedian. M o m e n t o de asentar las p a l a b r a s de
h o y p a r a ser, e n a d e l a n t e , d e s d e ellas i n t e r p e l a d o .
Y así i n t e r m i n a b l e m e n t e , d e s a p a r e c i e n d o e n c a d a
a c t o de enunciación, p a r a ser h e c h o de n u e v o p o r
esa enunciación qué d e l O t r o v i e n e y a l O t r o va-
E s l a función d e l e s c r i t o a n t e l a evcinescencia d e l
decir y ante la f r a g i l i d a d de la m e m o r i a : dar
t e s t i m o n i o de u n i t i n e r a r i o d i s c u r s i v o ; ser posta
d e r e l e v o de l a p a l a b r a . T r e i n t a meses de docen-
cia quedan encerrados e n esta nueva caja de
p a l a b r a s . S a l i e r o n ellas de l a confrontación con
u n p e n s a m i e n t o q u e es, a l m i s m o t i e m p o , e l n o r t e
que organiza su derrotero: Lacan. Claro, n o la
p e r s o n a ; los textos que, fírmelos q u i e n los f i r m e ,
él m i s m o u o t r o , e n L a c a n se a u t o r i z a n . L a c a n ,
lugar de u n saber que sólo desde lo i m a g i n a r i o
o t r o podría reclamar. L u g a r desde donde u n o pue-
d e t r a n q u i l a m e n t e d e c i r : " n o sé L a c a n a u n q u e u s -
t e d e s , i n t e r l o c u t o r e s y l e c t o r e s , s u p o n g a n q u e sé;
eso v a p o r c u e n t a de u s t e d e s " . Situación q u e r e p i t e
l a d e l psicoanálisis c o n u n p a c i e n t e q u e supone
q u e el psicoanalista sabe y u n psicoanalista que
a c e p t a s e r p u e s t o a h í p e r o q u e n o se e n g a ñ a . S a b e
q u e n o s a b e y q u e e l q u e a h í sí s a b e es e s e b l o q u e
de textos abiertos a u n constante enriquecimiento
q u e se l l a m a F r e u d . Y é s e q u e sí s a b e , F r e u d , l e
dice el psicoanalista que n o debe confortarse en
u n a a n o d i n a repetición de l o y a d i c h o s i n o a b r i r s e
a u n saber nuevo, a u n a nueva palabra, que pro-
vendrá del que cree n o saber, del paciente.
P e r o — s e dirá—, ¿ p o r qué Lacan? Y aquí re-
a p a r e c e e l q u e f u i , e l d e Psicología: ideología y
ciencia. P o r c o n g r u e n c i a c o n u n a posición filosófi-
ca m a t e r i a l i s t a c o m p r o m e t i d a en la historia. Por
n e c e s i d a d de m a n t e n e r a b i e r t o s los c a m i n o s des-
pejados p o r M a r x y p o r F r e u d . Por oposición a
las ideologías r e c u p e r a d o r a s que, e n l a ciencia de
10 PRÓLOGO
l a h i s t o r i a y e n e l psicoanálisis, p r e t e n d e n r e t o r -
n a r a l p a s a d o . P o r s o s t e n e r l a c o n f i a n z a e n l a ca-
pacidad t r a n s f o r m a d o r a de la verdad.
E l enunciado, nuevamente^ lleva las m a r c a s de
la enunciación. P o r q u e l a ..enunciación se hace
desde el Otro, supuesto receptor del mensaje. Y
n o costará reconocer esa p r e s e n c i a : psiquiatras
e n u n caso, neurofisiólogos e n o t r o , p a r t i c i p a n t e s e n
u n s i m p o s i o sobre biosociología e n u n tercero,
psicoterapeut£is a d a p t a c i o n i s t a s m á s allá. E t c é t e r a .
S i a l g u n a v e r d a d e n e s t o s t e x t o s se f i l t r a s e , e l l a
debe buscarse en la m a t r i z del interdiscurso del
q u e p r o c e d e n y de ellos d e b e n b o r r a r s e , p a r a en-
c o n t r a r l a , las susodichas m a r c a s de l a enunciación.
E n c a d a l í nea se t r a s u n t a l a p r e s e n c i a d e l o s
i n t e r l o c u t o r e s . C a d a p a l a b r a está a s e n t a d a e n u n a
v e r t i e n t e polémica c o n las posiciones de las q u e
este d i s c u r s o debía d e s m a r c a r s e p e r o también e n
u n a vertiente de ofrenda a los compañeros que,
e n l a a l t e r n a n c i a c o n ellos y c o m o a l u m n o s i n q u i e -
t o s , l o h a c í a n p r o g r e s a r . S u p r e s e n c i a a q u í es c o n s -
t a n t e a u n q u e c a l l a d a . Así c o m o c o n s t a n t e es l a
presencia de Talila, c o a u t o r a de sólo u n o de los
escritos pero fuente de l a que b r o t a cada signo
p o r q u e n a d a d e l o q u e aquí q u e d a d i c h o h a esca-
p a d o a s u lúcida y crítica observación (y p a c i e n -
c i a ) . L a v i v a c i d a d d e s u p e n s a m i e n t o es e l c o m -
b u s t i b l e q u e necesitó este t r a b a j o p a r a e c h a r a
andar. Y, más en el fondo, menos perceptible,
está t a m b i é n e n c a d a m o m e n t o l a p r e s e n c i a de
Clea, d e s t i n a t a r i a — s i n h a b e r l o p e d i d o — de este
c o n j u n t o de consecuencias de u n a práctica psicoana-
lítica y d o c e n t e . P o r q u e también e l l a t i e n e , c o m o
sujeto, s u puesto e n e l saber.
México, D, F., marzo de 1980

r
PARTE I
CLASIFICAR E N PSIQUIATRÍA
" E n las r e m o t a s páginas de c i e r t a enci-

c l o p e d i a c h i n a q u e se t i t u l a Emporio ce-
lestial de conocimientos benévolos está
e s c r i t o q u e l o s a n i m a l e s se d i v i d e n e n
a] p e r t e n e c i e n t e s a l E m p e r a d o r , b ] e m -
b a l s a m a d o s , c] a m a e s t r a d o s , d ] l e c h o n e s ,
e] s i r e n a s , f ] f a b u l o s o s , g] p e r r o s s u e l t o s ,
h ] i n c l u i d o s e n e s t a c l a s i f i c a c i ó n , i ] q u e se
a g i t a n c o m o locos, j ] i n n u m e r a b l e s , k ] d i -
b u j a d o s c o n u n p i n c e l finísimo de pelo
d e c a m e l l o , 1] e t c é t e r a , m ] q u e a c a b a n d e
r o m p e r el jarrón, n] q u e de lejos parecen
moscas."
JORGE L. BORGES, Otras inquisicÍones.
"290-294: P s i c o s i s a s o c i a d a s c o n s í n d r o m e s
o r g á n i c o s c e r e b r a l e s , 295-299; p s i c o s i s n o
a t r i b u i d a s a c o n d i c i o n e s físicas p r e v i a -
m e n t e e n u n c i a d a s , 300: n e u r o s i s , 3 0 1 : t r a s -
t o r n o s d e l a p e r s o n a l i d a d , 302: d e s v i a c i o -
n e s s e x u a l e s , 303: a l c o h o l i s m o , 304; de-
p e n d e n c i a a d r o g a s , 305; t r a s t o r n o s p s i -
c o f i s i o l ó g i c o s , 306: s í n t o m a s e s p e c i a l e s n o
c l a s i f i c a d o s e n o t r a p a r t e , 307: p e r t u r b a -
ciones situacionales t r a n s i t o r i a s , 308:
trastornos del c o r p o r t a m i e n t o de la i n -
f a n c i a y d e l a a d o l e s c e n c i a , 309: síndro-
m e s orgánicos c e r e b r a l e s n o psicóticos,
310-315: o l i g o f r e n i a s , 316: d e s a j u s t e s s o c i a -
les s i n t r a s t o r n o p s i q u i á t r i c o m a n i f i e s t o ,
317: c o n d i c i o n e s n o e s p e c í f i c a s , 318: s i n
t r a s t o r n o m e n t a l , 319: t é r m i n o s n o d i a g -
nósticos p a r a u s o a d m i n i s t r a t i v o / '
American Psychiatric Association,

^Ml^QÍ Mental Disorders.
* L o s trabajos que integran e s t a parte surgieron de

u n a invitación p a r a p a r t i c i p a r e n u n simp>osio s o b r e
epistemología psiquiátrica e n l a V Reunión d e l a A s o -
[11]
ciación M e x i c a n a de Psiquiatría llevada a cabo en Gua-
n a j u a t o e n n o v i e m b r e d e 1977. E n a q u e l l a o p o r t u n i d a d
se p r e s e n t ó s o l a m e n t e e l p r i m e r c a p í t u l o d e Crítica d e
l a C l a s i f i c a c i ó n I n t e r n a c i o n a l . E l s e g u n d o c a p í t u l o , so-
b r e l a i m p u g n a c i ó n a n t i p s i q u i á t r i c a , a p a r e c i ó e n Dia-
léctica, «núm. 6, r e v i s t a e d i t a d a p o r l a U n i v e r s i d a d A u -
t ó n o m a d e P u e b l a , j u n i o d e 1979, p p . 35-44. fel t e r c e r
capítulo, d e d i c a d o a las f u n c i o n e s . de la clasificación,
fue p r e p a r a d o p a r a este v o l u m e n . L a o b r a debe, n o
obstante, considerarse como u n a unidad.
E l análisis d e l a C l a s i f i c a c i ó n I n t e r n a c i o n a l d e l o s
T r a s t o r n o s M e n t a l e s q u e p u e d e leerse e n este capítulo 1
está b a s a d o e n l a O c t a v a R e v i s i ó n d e esa C l a s i f i c a c i ó n ,
v i g e n t e e n el m o m e n t o de s u redacción. P o s t e r i o r m e n t e ,
e n e n e r o d e 1979, c o m e n z ó a u t i l i z a r s e l a N o v e n a Re-
visión, q u e m o s t r a b a múltiples c a m b i o s c o n respecto a
l a a n t e r i o r . N o o b s t a n t e , y m á s allá d e esas c o r r e c -
c i o n e s , l o s v i c i o s f o r m a l e s q u e aquí se ( d ) e n u n c i a n
s i g u e n p r e s e n t e s . P o r e l l o se e s t i m ó q u e n o e r a rele-
v a n t e l a corrección d e l capítulo 1 p a r a a d e c u a r l o a l a
n u e v a nosografía, a u n q u e a l g u n o s detalles carezcan h o y
d e l a a c t u a l i d a d q u e t u v i e r o n e n 1977.
1. C R I T I C A D E LA CLASIFICACIÓN
INTERNACIONAL E N PSIQUIATRÍA
A d e c i r l o s i n a m b a g e s . U n a clasificación interna-
c i o n a l m e n t e aceptada, r e c o n o c i d a , u t i l i z a d a y en-
s e ñ a d a r i o es, p o r f u e r z a , u n a b u e n a clasificación.
E l c o n s e n s o n o d i s p e n s a d e l análisis, Y e l análisis
puede llevar a l disenso.
T e n e m o s clasificación, u n a y única, d o n d e t o d o
cabe. H a s t a l o q u e e n ella n o e n t r a . ¿Clasificación
de qué? De los " t r a s t o r n o s mentales". Prudente
título. E s el único capítulo de la clasificación i n
ternacional de enfermedades de la Organización
M u n d i a l d e l a S a l u d ( O M S ) d o n d e n o se h a b l a d e
q u e sean e n f e r m e d a d e s las clasificadas. S o n " t r a s -
t o r n o s " , troiiblés, disorders. Pero aquellos a quie-
n e s l a c l a s i f i c a c i ó n se a p l i c a n o s o n , s i n e m b a r -
g o , " t r a s t o r n a d o s " , troubíés, disorders. Son "pa-
cientes" o "enfermos". Pregnancia del llamado
( m a l ) m o d e l o m é d i c o sobre las i n t e n c i o n e s cuida-
d o s a s . M á s aún. L a única traducción n a c i o n a l de
la Clasificación de la O M S a l español aparece e n el
Glosario cubano de la clasificacip}! internaciofial
de la enfermedades psiqidátricasÍL^B. idea de q u e
son enfermedades infiltra al c a m p o todo. Incluso a
los i m p u g n a d o r e s del vocablo, que, p o r precavi-
dos q u e sean, t e r m i n a n haciendo algunas conside-
r a c i o n e s "psicopatológicas". Y e n el m i s m o pró-
logo d e l G l o s a r i o de la O M S la p l u m a de s i r A u b r c y
L e w i s i n s c r i b e : " C o m o las enfermedades son en todo
c a s o c o n c e p t o s a b s t r a c t o s , n o es d e e x t r a ñ a r q u e
las e n t i d a d e s nosológicas c o n las q u e los p s i q u i a -
t r a s t r a b a j a n e s t é n m a l d e l i m i t a d a s y se e n t r e m e z -
clen. Las variaciones impvitablcs al observador son
t a n p a t e n t e s q u e r e s u l t a n d e s c o n c e r t a n t e s ; la pre-
m e d i t a d o p o r el H o s p i t a l Psiquiátrico de L a H a b a n a ,
L a H a b a n a , 1975.
13
14 C L A S I F I C A R E N P S I Q U I A T R Í A
c i s i ó n es i n s u f i c i e n t e p a r a l a s n e c e s i d a d e s cientí-
f i c a s [. .
¿Enfermedades o t r a s t o r n o s ? A l a l u z de l o cla-
s i f i c a d o es d i s c u s i ó n e s t é r i l . H a y a l l í d e l a s u n a s
y de los otros. Desde la demencia senil hasta el
" d e s a j u s t e c o n y u g a l " . D i f í c i l — y es n u e s t r o p r o -
y e c t o — es d e s c u b r i r q u é t i e n e n d e c o m ú n . E l s u s -
t a n t i v o es a m b i g u o y m ú l t i p l e . ¿ S e r á u n í v o c o e l
adjetivo?
" M e n t a l e s " . Y a W i i l i a m James había d e f i n i d o a
la psicología c o m o ciencia de l a v i d a m e n t a l . M a s
n o dejó definición de l a m e n t e . Y h o y , reconoce
G e o r g e M i l l e r @ q u e a d h i e r e a e s a definición, sabe-
m o s q u e " m e n t e " es a l g o d i s t i n t o d e l o q u e J a m e s
creía q u e era, p e r o t a m p o c o p o d e m o s definirla.
E l c o n c e p t o es i n a s i b l e . F u n c i o n a , s i n e m b a r g o ,
p o r q u e p e r t e n e c e a l l e n g u a j e v u l g a r y d e s d e allí
es q u e p a s a a l c a m p o m é d i c o . P e r t e n e c e , d e f i n i t i -
vamente, a l arsenal de las nociones ideológicas,
t e r r e n o d o n d e e l f e n ó m e n o es r e c o n o c i d o . Y des-
conocido.
L a p r e g u n t a sigue e n pie. ¿Qué clasifica l a clasi-
ficación? E l título q u e o s t e n t a : " d e los t r a s t o r n o s
mentales", nos deja ayunos. Quedan dos caminos
complementarios. L a recurrencia a la historia y
e l análisis d e l c o n t e n i d o . I n e l u d i b l e es t r a n s i t a r l o s .
L a m e d i c i n a c l a s i f i c a d o r a es l a d e l s i g l o x v i i i ,
la q u e p r e c e d e a l m é t o d o anatomo-clínico. S u pre-
tensión es l a d e a i s l a r a l a s e n f e r m e d a d e s como
especies naturales e i n c l u i r l a s e n u n espacio clasi-
f i c a t o r i o h o m o g é n e o . S u m o d e l o es l a c l a s i f i c a c i ó n
dé las especies vegetales efectuada por Linneo.
S u m é t o d o es l a d e s c r i p c i ó n d e l o s f e n ó m e n o s t a l
c o m o ellos se a p a r e c e n a l o s ó r g a n o s d e los senti-
dos, m u y p a r t i c u l a r m e n t e de l a vista. L a enfer-
m e d a d es c o n s i d e r a d a c o m o u n a e n t i d a d p e r f e c t a ,
c e r r a d a e n s í m i s m a , q u e se d a p l e n a m e n t e e n e l
medio natural de la vida familiar, especialmente
GeorgG A. M i l l e r , e n Introducción a la psicología,

M a d r i d , A l i a n z a , 1970.
C R Í T I C A D E L A C L A S I F I C A C I Ó M 15
entre los pobres y en ambientes rurales. E l hospi-

tal, l a c i u d a d , las características personales, los
r e f i n a m i e n t o s sociales, s o n o t r o s t a n t o s elementos
de perturbación q u e afectan a l a manifestación de
su íntima naturaleza. E l l u g a r de l a e n f e r m e d a d
es l a c l a s i f i c a c i ó n . A l l í se r e l a c i o n a c o n o t r a s e n -
fermedades s o b r e l a base de analogías formales.
E l c u e r p o es e l s i t i o d o n d e l a e n f e r m e d a d se m a -
nifiesta. E l e n f e r m o e n t u r b i a la l i m p i d e z d e l cua-
dro. Es necesario h a c e r a b s t r a c c i ó n d e él p a r a
poder reconocer a la enfermedad. La m i r a d a del
médico atraviesa e l cuerpo d e l paciente para po-
sarse e n l a taxonomía. D e j a n d o l a m e d i c i n a cla-
s i f i c a t o r i a se p a s ó d e l s í n t o m a a l a lesión y d e l a
lesión a l a etiopatogenia para constituir la me-
d i c i n a de n u e s t r o t i e m p o . O t r a característica de l a
m e d i c i n a c l a s i f i c a d o r a es s u d e s c o n f i a n z a o s u es-
c e p t i c i s m o ante t o d a p r e g u n t a p o r las causas de l o
o b s e r v a d o . P r o c e d e de m o d o " l ó g i c o " : o b s e r v a , des-
cribe, designa, clasifica.
E l s i g l o X I X es e l m o m e n t o e n q u e l o s l o c o s
pasan a ser p a t r i m o n i o y p r o b l e m a de la medicina.
A p a r e c e e l h o s p i t a l p s i q u i á t r i c o y se c o n f í a a l o s
médicos l a investigación y la definición de las
f o r m a s de l a locura. E n el t e r r i t o r i o del hospicio
y e n el m a r c o ideológico de la m e d i c i n a clasifica-
d o r a se p r o d u c e l a d i s t i n c i ó n d e m e l a n c o l í a , m a n í a
c o n delirio, manía s i n delirio, demencia e idiotis-
m o , h e c h a p o r P i n e l , y q u e está e n l a base d e
todas las clasificaciones ulteriores hasta c u l m i n a r
e n l a d e n u e s t r o epígrafe, d e n u e s t r o s e g u n d o epí-
g r a f e , c l a r o está.
L a esperanza, a l i m e n t a d a p o r el d e s c u b r i m i e n t o
d e B a y l e e n 1822 d e l a s l e s i o n e s m e n í n g e a s e n l a
parálisis c e r e b r a l , e r a l a de seguir o acompañar a l
c o n j u n t o de l a m e d i c i n a e n e l c a m i n o y a reseñada
de síntoma, lesión y etiopatogenia. E s t a esperanza
sigue e n l o f u n d a m e n t a l irrealizada en nuestros
días. P e r o l a clasificación f u e m o d i f i c á n d o s e p a u l a -
t i n a m e n t e , de m o d o p r i n c i p a l p o r el agregado de
n u e v a s c a t e g o r í a s . A s í , l a s i s t e m a t i z a c i ó n d e íCrae-
p e l i n , o r g a n i z a d o r a de l a psiquiatría d e l siglo x x .
i n c l u y e e n t r e s u s 14 c a t e g o r í a s a l a s p s i c o p a t í a s
y a las reacciones psicógenas.
Es interesante detenerse e n el sistema kraepe-
l i n i a n o p a r a h a c e r u n análisis c o m p a r a t i v o c o n l a
Clasificación I n t e r n a c i o n a l de E n f e r m e d a d e s ( C I E ) - 8 ,
c o m p r o b a r q u e las m o d i f i c a c i o n e s n o hacen sino
a los detalles y p r e g u n t a r s e luego p o r sus funda-
mentos, teniendo siempre e n vista la comprensión
del sistema actual.
Para comenzar, u n detalle, insignificante p o r el
m o m e n t o . L a s categorías están o r d e n a d a s de m o d o
n o m i n a l , c o r r e s p o n d i e n d o u n n ú m e r o r o m a n o , des-
de el i hasta el x i v a cada u n o . T e n e m o s en p r i m e r
l u g a r a las encefalopatías, c u b r i e n d o las 7 p r i m e -
r a s c a t e g o r í a s , s e g ú n s u c a u s a . O c t a v a c a t e g o r í a es
la esquizofrenia y novena la psicosis maniaco-de-
p r e s i v a . M á s allá s i g u e n l a s psicopatías, l a s reac-
ciones psicógenas (que i n c l u y e n a las n e u r o s i s ) , l a
p a r a n o i a y las oligofrenias. C i e r r a l a procesión u n a
clase X I V p a r a "casos oscuros". C o m p a r a n d o c o n
l a c l a s i f i c a c i ó n d e l e p í g r a f e se v e n a p a r e c e r , p r á c -
t i c a m e n t e e n e l m i s m o o r d e i i a las clases 290-301,
u n s i l e n c i o q u e c u b r e l o s o r d i n a l e s 302-309 y e l
X I I I d e l a s o l i g o f r e n i a s q u e c o r r e s p o n d e a l 310-315
s i n n a d a p r e v i s t o p a r a l o s a c t u a l e s 316-319 c o m o
n o sea e l x i v de casos o s c u r o s
L a a s o m b r o s a c o r r e s p o n d e n c i a es m o t i v o a v e c e s
de .a d m i r a t i v a s exclamaciones acerca de l a "esta-
b i l i d a d " del sistema y del " g e n i o " de s u propulsor.
Puede pensarse, s i n e m b a r g o , q u e la conclusión a
extraer de t a l supervivencia debe ser ^ e marcado
escepticismo, dado el carácter reconocidamente
d e s c r i p t i v o y sintomático de l a clasificación. L a
psiquiatría a l e m a n a de c o m i e n z o s d e l siglo siste-
matizó y ordenó u n c a m p o de fenómenos hasta
entonces r e l a t i v a m e n t e caótico. Es s u g r a n méri-
to. Pero h a y que agregar que, además de poner
o r d e n en el c a m p o fenoménico, p o r el mismo
h e c h o de a c o m o d a r l o todo, sistematizó la f o r m a -
ción de los p s i q u i a t r a s en t o d o el m u n d o . L a
clasificación n o s o l a m e n t e creaba a los objetos
s o b r e l o s q u e se a p l i c a b a s i n o q u e c r e a b a u n l e n -
C R Í T I C A D E LA C L A S I F I C A C I Ó N 17
g u a j e , u n m o d o d e p e n s a m i e n t o y u n a s r e g l a s se-
miológicas q u e , a s u vez, c r e a b a n a los p s i q u i a t r a s
c o m o agentes de aplicación d e l s i s t e m a p r o p u e s t o .
D u r a n t e más de m e d i o siglo, y prácticamente en
todo el m u n d o , p s i q u i a t r a ha sido quien manejaba
e l s i s t e m a k r a c p e l i n i a n o . L a ordenacicjn taxonómi-
c a se r e p r o d u c e a sí m i s m a a t r a v é s d e l a p r o d u c -
ción de agentes aptos p a r a utilizarla. E l p r o b l e m a
a c t u a l es e l d e l a e v e n t u a l t r a n s f o r m a c i ó n d e l o
que fue un momento nccc:saa:áiX.XXl^la^^ de
l a p s i q u i a t r í a e n u n >cíBstáculo e p i s t e m o l ó g i c a q u e
f r e n a s u d e s a r r o l l o y^^*WmT3§rmr^^
E s h a b i t u a l d e c i r q u e K r a e p e l i n es e l L i n n e o
d e l a psiquiatría. T a l vez r e s i d a ahí l a d i f i c u l t a d .
L a taxonomía botánica h a sido el m o d e l o i n s p i r a -
d o r . Se trató de d e s c r i b i r s o b r e l a base de las apa-
riencias, p e r o o l v i d a n d o q u e las especies botánicas
tienen u n carácter perceptual. L a m i r a d a kraepe-
l i n i a n a es u n a m i r a d a q u e o b j e t i v a , q u e d e s c r i b e
y q u e i n t r o d u c e a la e n f e r m e d a d d e n t r o de u n a
jerarquía de categoría, subcategoría y variedad
e q u i v a l e n t e a l a j e r a r q u í a d e c l a s e , g é n e r o y es-
pecie^ Pero, ¿ de dónde extraía L i n n e o los carac-
teres q u e le permitían u b i c a r a cada i n d i v i d u o
d e n t r o de l a clasificación? D e l a f o r m a de los
e l e m e n t o s , s u c a n t i d a d , l a m a n e r a e n q u e se d i s -
t r i b u y e n e n el espacio y la m a g n i t u d relativa de
cada u n o . L a descripción del botánico traspone
los c a r a c t e r e s f o r m a l e s de l a cosa. L a c o n f i a b i l i -
d a d d e l s i s t e m a se a c e r c a a l a b s o l u t o y p o r e s o
sirvió de m o d e l o p a r a t o d o t i p o de clasificaciones
de objetos visibles. ¿De dónde podía Kraepelin
e x t r a e r los c a r a c t e r e s q u e le p e r m i t i e s e n p a s a r d e l
i n d i v i d u o a l a especie e n el m a r c o de la clasifi-
cación psiquiátrica? N a d a podía darle la vista. E r a
menester algún a p a r a t o n o c i o n a l . Allí estaba la
psicología, l a psicología de l a b o r a t o r i o , empeñada
e n d i s t i n g u i r y e s t u d i a r las funciones elementales,
del a l m a , l a psicología de W u n d t , relegada hoy
unánimemente a l a p r e h i s t o r i a de l a psicología. A
e l l a se d i r i g i e r o n l o s p i q u i a t r a s a l e m a n e s y de
e l l a se d e r i v a l a a c t u a l s e m i o l o g í a p s i q u i á t r i c a q u e
t i e n d e a u b i c a i - a c a d a i n d i v i d u o d e n t r o d e l a es-
pecie m ó r b i d a q u e le pertenece. D e este suelo no-
c i o n a l de la vieja psicología de las facultades d e l
a l m a d e r i v a también el f a r d o más p e s a d o q u e debe
sobrellevar la psiquiatría de r a i g a m b r e k r a e p e l i -
n i a n a : la falta de c o n f i a b i l i d a d .
U n i m p o r t a n t e aspecto diferencial entre Kraepe-
l i n y L i n n e o es l a c o n s i d e r a c i ó n a c o r d a d a a l t i e m -
po.Para Linneo l a e s p e c i e es a t e m p o r a l . Para
K r a e p e l i n l a e n t i d a d clínica o e n f e r m e d a d m e n t a l
es u n . c o n j u n t o e v o l u t i v o q u e a l c a n z a s u m á x i m a
c l a r i d a d e n l a fase t e r m i n a l . E l saber clínico con-
siste entonces e n i d e n t i f i c a r a la e n f e r m e d a d antes
de s u p l e n o desarrollo y jíoder f u n d a r u n pro-
n ó s t i c o . E l m o d e l o s e g u i d o a q u í n o es e l d e l a b o -
tánica s i n o e l d e l a clínica d e las enfermedades
infecciosas. P e r o t a m b i é n c o n ésta h a y d i f e r e n -
c i a s . £ja L a — p s i q u i a t r í a n o h a y c o n o c i m i e n t o de
las c a u s a s . S ó l o d e s c r i p c i o n e s y alusión a las ca-
r a c t e r i s t i c a s c o n s t i t u c i o n a l e s e i n f l u e n c i a s lêreai--
y^}^ *r.^^Bl9.J2.9^^^ es-
p e c t r o q u e a t o r m e n t a a l a p s i q u i a t r í a a l e m a n a es
el de las l l a m a d a s psicosis endógenas y la tenta-
ción q u e éstas o f r e c e n a l p e n s a m i e n t o e s p e c u l a t i v o
y a las i n t e r p r e t a c i o n e s metafísicas. L a p r e o c u -
pación esencial de l a psiquiatría p r o c e d e n t e de l a
nosografía alemana es l a d e m a n t e n e r s e como
especialidad de la m e d i c i n a , d e n t r o de u n a concep-
ción científico-natural, e n t e n d i e n d o q u e sólo e n el
cuerpo puede encontrarse la base de u n a ciencia
m a t e r i a l i s t a . E y : " L a p s i q u i a t r í a se h a c o n s t i t u i d o
c o n t r a el p r e j u i c i o de la repugnancia a hallar u n a
causa n a t u r a l de la l o c u r a , " A c t i t u d q u e n o debe
s o r p r e n d e r y que debe l l a m a r a la cautela de los
c r í t i c o s : s i l a o p c i ó n es e n t r e c a u s a l i d a d n a t u r a l p o r
u n a p a r t e e i d e a l i s m o metafísico p o r la otra, j u s t i -
f i c a d o será e l m a n t e n e r l a e s p e r a n z a de t e r m i n a r
p o r e n c o n t r a r las lesiones, los t r a s t o r n o s metabó-
licos o las p a r t i c u l a r e s constelaciones genéticas
que siguen b u r l a n d o los empeños de los investiga-
dores. Paradójicamente, cabe contar a F r e u d entre
las víctimas d e este m i s m o p r e j u i c i o c o n t r a el
C R Í T I C A D E E A C L A S I F I C A C I Ó N 19
p r e j u i c i o . Todavía, y y a en el final de su vida, en

e s e b o r r a d o r q u e l l e v a e l t í t u l o d e Algunas lec-
ciones elementales de psicoanálisis, dice q u e el
p s i c o a n á l i s i s es p a r t e d e l a p s i c o l o g í a y q u e l a
psicología "es u n a ciencia n a t u r a l . ¿Qué o t r a cosa
p o d r í a s e r ? " ¿ í ^ S ó l o h o y , c u a n d o l o s d e s a r r o l l o s teó-
ricos y la crítica epistemológica h a n a l l a n a d o el
camino para comprender a/1a^ de^JÜ2«.,¿Íin-
b ó l i c o y 'a'"]^á'''^max^rTal^ posible
jgiensár é s a ^ ^ ' m F a c o que nos pexmaa..sal^^
ias^ éhcéri'Orta^ caer en los
r é f r f í á 3 o s a b i s m o s d e l i d e a l i s m o , ejr s u b j e t i v i s m o ,
la indeterminación.
E l e t e r n o d r a m a de la psiquiatría k r a e p e l i n i a n a
consiste en q u e , a diferencia del resto de la me-
d i c i n a , carece de u n espacio corjTOral e n el c u a l
p l a n t a r sus especies creadas según el m o d e l o b o -
tánico. E s p o r eso q u e sólo e n l a Sección v, l a d e
los " t r a s t o r n o s m e n t a l e s " , d e l a Clasificación I n -
t e r n a c i o n a l de las E n f e r m e d a d e s , los c r i t e r i o s diag-
nósticos s o n casi p u r a m e n t e sintomáticos, excep-
ción h e c h a de las encefalopatías.tÂ f a l t a de suelo
|^!feigmund F r e u d , Obras completas, B u e n o s A i r e s , San-
t i a g o R u e d a , 1955, t . x x i , p . 130.
^ ^ o b e r t C a s t e l {L'ordre psychiatrique, París, M i n u i t ,
1976) h£^ h e c h o n o t a r e s t a c o n t r a d i c c i ó n entre^ s a b e r
médico y saber psiquiátrico y a e n el o r i g e n m i s m o de
l a p s i q u i a t r í a m o d e r n a . S e ñ a l a ( p p . 111-112) q u e l a
orientación e m p i r i s t a ante l a l o c u r a , a d o p t a d a p o r
P i n e l , c o n d u c í a a éste a d i r i g i r l a a t e n c i ó n s o b r e l o s
signos o síntomas de l a e n f e r m e d a d , e n d e t r i m e n t o de
l a b u s c a d e s u a s i e n t o e n e l o r g a n i s m o . Así, l a r a c i o -
n a l i d a d f e n o m e n o l ó g i c a se a g o t a b a e n l a c o n s t r u c c i ó n
de nosografías. Posición paradójica de l a psiquiatría en
e l m o m e n t o m i s m o e n q u e l o s a n a t o m i s t a s abrían l o s
cadáveres e imponían u n n u e v o m o d e l o de c i e n t i f i c i d a d
p a r a l a m e d i c i n a , fundándose e n el hallazgo de los
s u s t r a t o s o r g á n i c o s . P a r a P i n e l , e n 18G0 (Nosographie
philosophique), " [ . . . ] sería u n a m a l a o p c i ó n t o m a r a l a
alienación m e n t a l c o m o u n o b j e t o p a r t i c u l a r de inves-
t i g a c i ó n , l i b r á n d o s e a v a g a s d i s c u s i o n e s s o b r e l a sede
d e l e n t e n d i m i e n t o y l a n a t u r a l e z a d e s u s d i v e r s a s le-
s i o n e s ; p u e s n a d a es m á s o s c u r o n i m á s i m p e n e t r a b l e ,
P e r o , s i u n o se m a n t i e n e d e n t r o d e l í m i t e s p r u d e n t e s .
20 C L A S I F I C A R E N P S T O I U A T R Í A
lesional, suelo nocional. A falta de espacio cor-

p o r a l , espacio taxonómico. A f a l t a de explicación,
clasificación. A f a l t a de r e s i d e n c i a , p a r e n t e s c o de
las e n f e r m e d a d e s .
Las enfermedades. Y a se e s c u c h ó , m u y a l c o -
m i e n z o , a s i r A u b r e y L e w i s : " C o m o las e n f e r m e -
d a d e s s o n e n t o d o c a s o c o n c e p t o s a b s t r a c t o s [. . . ] "
I m p o r t a n t e d i f e r e n c i a e n t r e la psiquiatría c o n t e m -
poránea y la aspiración k r a e p e l i n i a n a : las enfer-
medades n o s o n e n t i d a d e s n a t u r a l e s q u e habría
que e n c o n t r a r eh el miiñdo de la m a n e r a en q u e
se r e c o g e n h i e r b a s e n e l c a m p o . L a d e l i m i t a c i ó n
de c u a d r o s clínicos, s u designación y s u clasifica-
ción e n psiquiatría, s i n c o n o c i m i e n t o s etiológicos,
n i a n a t o m o p a t o l ó g i c o s n i f i s i o p a t o g é n i c o s , es u n a
a c t i v i d a d de r e c o n o c i m i e n t o de c o r r e l a c i o n e s e n t r e
fenómenos l l a m a d o s síntomas. Las "enfermedades
m e n t a l e s " sólo existen en el espacio c l a s i f i c a t o r i o
y, d e s d e él, i r r a d i a n h a c i a l o s s u j e t o s - s o p o r t e s y
agentes de la psiquiatría y h a c i a los r e f e r e n t e s ,
l l a m a d o s pacientes, q u e habrán de i n c l u i r s e en t a l
e s p a c i o . Q u e n o se e n t i e n d a m a l . S e d i j o q u e l a s
"enfermedades mentales" existen en el espacio
clasificatorio. N o que no existen. Su materialidad
s i u n o se l i m i t a a l e s t u d i o d e s u s c a r a c t e r e s d i s t i n t i v o s
m a n i f e s t a d o s p o r los signos exteriores, y si u n o n o adop-
ta o t r o s p r i n c i p i o s p a r a el t r a t a m i e n t o q u e los que resul-
t a n de u n a e x p e r i e n c i a esclarecida, u n o v u e l v e entonces
a l c a m i n o q u e se s i g u e e n g e n e r a l e n t o d a s l a s p a r t e s
de l a h i s t o r i a n a t u r a l " . E s así q u e B i c h a t (1868) c o m -
p r o b a b a l a i n c o m p a t i b i l i d a d de p r i n c i p i o s e n t r e los
alienistas y l a m e d i c i n a "científica". E s t a d i s t a n c i a e n t r e
" s a b e r " psiquiátrico y " c i e n c i a " médica n o fue n u n c a
a c e p t a d a d e b u e n g r a d o p o r l a p s i q u i a t r í a , q u e se a p l i c ó
c o n s t a n t e m e n t e a d e n e g a r l a h a c i e n d o r e s a l t a r algún
" n u e v o d e s c u b r i m i e n t o " sobre e l carácter orgánico de
algún t i p o de l o c u r a o a a f i r m a r l a i n m i n e n c i a de u n
s a b e r o d e u n a técnica t e r a p é u t i c a q u e i n t e g r a s e d e
hecho y de derecho a la especialidad e n l a c o r r i e n t e
p r i n c i p a l d e l r e s t o de l a m e d i c i n a . De esta denegación
de la d i s t a n c i a c o n el r e s t o de l a m e d i c i n a d e r i v a t a m -
b i é n l a o p o s i c i ó n a lá i n t e g r a c i ó n e n e l s a b e r psiquiá-
t r i c o de los hallazgos de las ciencias sociales.
CRÍTICA D E L A C L A S I F I C A C I Ó N 21
es s i m b ó l i c a . E x i s t e n a t r a v é s d e s u s e f e c t o s . No
existían antes_dg_gug_^^_^^^
jpJjîóiLê epistemología p s i q u i á t ^ ^
s a b e r c ó m o f u e r o n constítüídasTsegijm. q u é p r o c e s o s
f^é p r o d u c c i ó n , d e n t r o d e q u e c o y u n t u r a t e ó r i c a y
cómS"^^
_ d i s c u r s o p s i q u j ^ ^ ^ j Q ^ J L ^ ^ n o s o g r a f í a k r a e p e l i n i a n a se
pretendía descripción de l a r e a l i d a d . Hoy^'sabemos
q u e es u n a categorización de l a r e a l i d a d . C u m p l e
c o n la misión de fijar y poner o r d e n en u n m u n d o
e m b r o l l a d o p o r los casos s i n g u l a r e s , s i e m p r e dis-
t i n t o s d e esos " c o n c e p t o s a b s t r a c t o s " , d e esas e n -
tidades teóricas, q u e s o n las "enfermedades".
C l a s i f i c a r es r e c o n o c e r y d e s i g n a r u n a d i f e r e n c i a .
U n a e s p e c i e a n i m a l o v e g e t a l se d e f i n e p o r a q u e l l o
que n o s o n las o t r a s especies. L a r a c i o n a l i d a d de
l a clasificación d e p e n d e de l a existencia de u n
carácter q u e sea c o m ú n a t o d a s las especies i n -
c l u i d a s y , a l a vez, q u e p r e s e n t e d i f e r e n c i a s p a r a
j u s t i f i c a r l a s e p a r a c i ó n . E s e c a r á c t e r c o m ú n y des-
i g u a l es e l e j e d e l a c l a s i f i c a c i ó n , e l i n s t a u r a d o r
d e l e s p a c i o d o n d e l a s e s p e c i e s se d e s p l i e g a n . A l
comenzar d i j i m o s q u e ^^..el_¿¡dÍ^t^..4^Í^^ ^St...
r e n t e de significación c o n c e p t u a l , n o podía crear
en t o r n o de el sino u n espacio ilusorio. H a y q u e
preglll^^^ 1^ " ñ a l ü r a Í e z a " T c n ^ especies
i n c l u i d a s e n l a c l a s i f i c a c i ó n p a r a d e s c u b r i r ese
eje de c o n t i n u i d a d e s q u e d a h o m o g e n e i d a d a la
clasificación. S i n o aparece, o si a p a r e c e n varios
ejes disímiles, l a t o t a l i d a d terminaría pareciéndose
a l a clasificación b o r g i a n a d e l epígrafe, d e l p r i m e r
epígrafe.
L a c i t a d e B o r g e s n o es n i g r a t u i t a n i r e t ó r i c a .
S e p r o p o n e u n a c l a s i f i c a c i ó n d e l o s a n i m a l e s y se
pasa a ejecutarla sin haber definido previamente
el c o n c e p t o eje d e l a clasificación. T o d o l o q u e
t i e n e q u e v e r c o n l o s a n i m a l e s p u e d e e n c o n t r a r allí
s u l u g a r , t o d o s l o s p r e d i c a d o s c a b e n c u a n d o n o se
i m p o n e n restricciones al lenguaje. L o aparente, lo
real, lo fahulado, l o descriptivo, lo creado p o r la
p r o p i a clasificación ("etcétera", " i n c l u i d o s en esta
c l a s i f i c a c i ó n " ) , l o v i v o y l o m u e r t o , e n c u e n t r a allí
CLASIFICAR E N PSIQUIATRÍA
S U l u g a r . F o u c a u l t ^ s u p o d e s c u b r i r allí l a desapa-
rición d e l o r d e n convencional, desaparición q u e
queda enmascarada a la vez q u e i r r i s o r i a m e n t e
i n d i c a d a p o r l a sucesión d e las l e t r a s de n u e s t r o
a l f a b e t o : a), b), c) . . .n ^ , n categorías q u e pue-
den incluirse. Estallada la unidad del objeto, pro-
dúcese u n a u n i d a d nueva, i l u s o r i a , a l l i g a r cada
Ítem a alguna serie simbólica p o r todos compar-
t i d a . P u e d e e n t e n d e r s e a h o r a p o r q u é se s e ñ a l ó l a
i m p o r t a n c i a de los números r o m a n o s e n l a clasi-
ficación de K r a e p e l i n . Clasificación q u e e r a m u c h o
más homogénea y racional que l a actual c o n todas
las categorías a d i c i o n a d a s .
L a sucesión de los números n a t u r a l e s c r e a l a
i l u s i ó n , d e u n a s e r i e , d e u n c o n t i n u o , d o n d e se d i s -
tribuirían o b j etos homogéneos. Pareciera entonces
que hay continuidad entre los referentes y que hay
un eje q u e puede ligar, digamos, a l a psicosis
alcohólica, l a n e u r o s i s histérica, l a p e r s o n a l i d a d
p a r a n o i d e , el f e t i c h i s m o , los t r a s t o r n o s físicos d e
origen presumiblemente psíquico, los t r a s t o r n o s
de c o n d u c t a de- l a i n f a n c i a y e l d e s a j u s t e social
sin t r a s t o r n o psiquiátrico m a n i f i e s t o . JLjo__gue^_^
o c u l t a es y l n a ^ ^ .íiejesâ c o n t i i i ^ ^
3^miaTÍente=TC^'^^ los oambios 4 ^ . j r ^
^ t i i J ^ a ^ a T v r T r T " ? ! f > u i T riúmcro a o t r o se p a s a
d e l t e r r e n o d e l a biología a l d e l psicoanálisis, de
éste a l o jurídico-penal, d e allí a l o sociopolítico.
I n s e n s i b l e m e n t e . Se p r o d u c e así u n e f e c t o ideoló-
gico de b o r r a m i e n t o de las diferencias que pasa
d e s a p e r c i b i d o , q u e es i n c o n s c i e n t e , t a n t o e n e l d i a g -
nosticador c o m o en el diagnosticado- E l psiquiatra
es u n m é d i c o y es l a i n s t i t u c i ó n , l a c o r p o r a c i ó n , e l
a p a r a t o i d e o l ó g i c o , d e l a m e d i c i n a e l q u e se h a c e
c a r g o d e l p r o b l e m a . L a clasificación es, p o r s u par-
te, i n t e g r a n t e d e l a Clasificación I n t e r n a c i o n a l d e
las E n f e r m e d a d e s . E l p r o b l e m a se "medicaliza",
sale d e l á m b i t o específico d o n d e p o d r í a s e r cientí-
f i c a m e n t e c o m p r e n d i d o . L a sanción de l a O M S , de
< ^ M i c h e l F o u c a u l t , Lâs^palíihKas--y'îxis cosas, México,
S i g l o X X I , 1968.
CRÍTICA DE LA CLASIFICACIÓN: 21
la O N U , aparece promulgando el procedimiento a

los ojos del psiquiatra.
También e n l a ordenación se j u e g a u n efecto
ideológico- S e c o m i e n z a p o r l a s p s i c o s i s a s o c i a d a s
c o n síndromes orgánicos c e r e b r a l e s (números 290-
294). L a p e r t i n e n c i a y l a jurisdicción médicas s o n
e n este c a s o i n d i s c u t i b l e s n o sólo p a r a e l t r a t a -
m i e n t o s i n o también p a r a l a explicación d e l p r o -
c e s o - S o n encefalopatías q u e s e d i a g n o s t i c a n c o m o
cualquier otra enfermedad s e g ú n p a r á m e t r o s clí-
n i c o s d o t a d o s de u n a correlación anatómo y fi-
siopatológica c l a r o s y e l c r i t e r i o de l a clasificación
e s e t i o l ó g i c o . D e allí s e p a s a a l a s p s i c o s i s , q u e l o s
antiguos l l a m a b a n endógenas, q u e t i e n e n c i e r t a s
a n a l o g í a s c o n l a s p r i m e r a s e n e l c u a d r o clínico y
l a evolución, p e r o n o t i e n e n l o s e l e m e n t o s bioló-
g i c o s p o s i t i v o s q u e e l l a s tenían (295-299). Y l u e g o ,
de m o d o progresivo, la lista nos v a llevando pro-
gresivamente a afecciones determinadas cada vez
más p o r f a c t o r e s d e r i v a d o s p o r l a inclusión d e l s u -
j e t o d e n t r o d e l a s r e d e s simbólicas p a r a t e r m i n a r
e n l o s " d e s a j u s t e s s o c i a l e s s i n t r a s t o r n o psiquiá-
t r i c o m a n i f i e s t o " d e l D S M - I I (316) q u e i n c l u y e e l
desajuste conyugal, el desajuste social, el desajuste
ocupacional, la conducta disocial y otros desajustes
s o c i a l e s . Y m á s allá a ú n h a y o t r a categoría q u e
p a r e c e i n t r a s c e n d e n t e , u n m e r o r e l l e n o , a l g o así
c o m o e l 1] etcétera, d e l a clasificación borgiana,
p e r o q u e p a r a e l f i n q u e p e r s i g u e e s t a investigación
r e s u l t a e s e n c i a l : 3 1 8 . Sin trastorno mental. E l glo-
s a r i o d e l a D S M - I I o f r e c e l a definición: " S e u s a
este término c u a n d o , después d e l e x a m e n psiquiá-
trico, no se halla ninguno de los trastornos ante-
riores."
D e r e p e n t e t o d o s e e s c l a r e c e . S i l a clasificación
de l o s t r a s t o r n o s m e n t a l e s i n c l u y e u n a categoría
p a r a quienes n o tienen trastorno mental, es que
n o s e t r a t a d e u n a clasificación d e l o s t r a s t o r n o s
m e n t a l e s . S ó l o p u e d e s e r u n a clasificación d e l a s
consultas que pueden hacerse a u n psiquiatra con
l a e x p e c t a t i v a d e q u e éste d i a g n o s t i q u e u n t r a s -
t o m o mental, pudiendo suceder q u e no lo haga.
24 CLASIFICAR E N PSIQUIATRÍA
E l U S O de los n ú m e r o s e n l a clasificación apa-

rece racionalizado c o m o u n recurso inocente em-
p l e a d o c o n fines estadísticos y de comunicación
t r a n s c u l t u r a l y translingüística. E s i n d u d a b l e q u e
puede S e r v i r y ser legítimo p a r a tales fines. Pero,
además, c u m p l e u n a función e q u i v a l e n t e a l a serie
de las letras d e l a l f a b e t o e n l a clasificación de
B o r g e s . C r e a l a ilusión de u n a c o n t i n u i d a d y dé u n a
h o m o g e n e i d a d de l o c l a s i f i c a d o . D i s t r a e de l a exis-
tencia de saltos c o n g a r r o c h a de u n a problemática
a o t r a . L l e v a a s u p o n e r q u e l o s e s p a c i o s q u e se-
p a r a n a u n a categoría de l a siguiente s o n equiva-
lentes a los q u e s e p a r a b a n a la m i s m a categoría de
la q u e le precedía.
E l o r d e n de aparición hace q u e p a r e z c a lógica la
i n c l u s i ó n d e l a c a t e g o r í a toda d e n t r o de la Clasifi-
cación I n t e r n a c i o n a l de E n f e r m e d a d e s d e l a OA/is
y sirve de pasaporte p a r a la introducción discuti-
ble de " o b j e t o s " que pertenecen a problemáticas
diversas.
Caos de l a l o c u r a , caos de s u clasificación. Se
espera que ponga o r d e n , pero, ella, refleja el
d e s o r d e n . O t r a s l u c e u n o r d e n q u e está e n o t r a
p a r t e . Q u e , y a se d i j o y t o d a v í a se r e p e t i r á , es
clasificación d e las d e m a n d a s f o r m u l a d a s a l p s i -
quiatra, independientemente de su fuente y origen
o de s u p r o c e d e n c i a y p e r t i n e n c i a . E l capítulo 3
d e e s t e t r a b a j o e n c a r a r á ese p r o b l e m a . M a s , d e s d e
ya, p u e d e m i r a r s e de f r e n t e a l a Clasificación I n -
ternacional, p r o b a r q u e , allí, n o i m p e r a e l c o n -
-jcepto-JSÍno-4û-jexnpixia,^J[aIHe y n o la expji-
.cadón—Un último vistazo al abigarrado c o n j u n t o
del epígrafe segundo nos mostrará la v a r i a b i l i d a d
i n f i n i t a de los c r i t e r i o s empleados.
290-294: Psicosis asociadas c o n síndromes orgáni-

cos cerebrales. C r i t e r i o etiológico.
2 9 5 - 2 9 9 : P s i c o s i s n o a t r i b u i d a s a c o n d i c i o n e s físi-
cas p r e v i a m e n t e e n u n c i a d a s .
C r i t e r i o sintomático. C r i t e r i o descriptivo.
300 : N e u r o s i s . E l c r i t e r i o es s i n t o m á t i c o .
^íííriCA DE LA CLASIFICACIÓN- 25
301-304: Trastornos de la personalidad y ciertos

o t r o s t r a s t o r n o s m e n t a l e s n o psicóticos.
I n c l u y e t r a s t o r n o s d e l a p e r s o n a l i d a d , des-
viaciones sexuales, a l c o h o l i s m o y depen-
d e n c i a a drogas. L a clasificación d e las
personalidades se h a c e según criterios
subjetivos. L a de las perversiones p o r el
tipo de conducta. La del alcoholismo p o r
la cantidad y la frecuencia. L a d e l a de-
p e n d e n c i a a d r o g a s p o r e l nombre de .la
droga.
305 : Trastornos psicofisiológicos (de origen
presumiblemente psicogénico). Se subcla-
s i f i c a n s e g ú n el órgano afectado.
306 : Síntomas especiales n o clasificados en
o t r a p a r t e . C o n categorías t a n heterogé-
neas y pl*oteiformes c o m o , p o r e j e m p l o ,
trastornos del aprendizaje, trastornos del
sueño, cefalalgia.
307 : Perturbaciones situacionales transitorias.
A c á e l c r i t e r i o es la edad. Vale la pena
d e t e n e r s e u n i n s t a n t e . Se i n c l u y e n las
"reacciones de ajuste de [ - - ] " . l a infan-
cia, l a niñez, la adolescencia, l a v i d a a d u l -
t a y l a v i d a tardía. E s c l a r o q u e t o d a s
ellas s o n edades de l a v i d a . E l s u j e t o n o
tiene q u e " a j u s t a r s e " a ellas. S i m p l e m e n t e
las v i v e . A l o q u e t i e n e q u e " a j u s t a r s e " es
a las exigencias q u e p a r a c a d a u n a d e esas
edades f o r m u l a la e s t r u c t u r a social aten-
d i e n d o a s u sexo y posición de clase. E s t a
exigencia social queda d i s i m u l a d a c o n la
expresión "reacción de ajuste d e . . . " crean-
do la impresión puesto que e n el sujeto
se d i a g n o s t i c a , d e q u e se t r a t a d e u n p r o -
blema individual.
308 : Trastornos del comportamiento de la in-
fancia y de la adolescencia. E l c r i t e r i o de
i n c l u s i ó n es n u e v a m e n t e l a e d a d . I n c l u y e
problemas t a n heteróclitos c o m o "reac-
ción hiperkinética de l a i n f a n c i a " y "reac-
ción d e l i c t i v a de g r u p o d e l a i n f a n c i a " .
26 C L A S I F I C A R EN P S I Q U I A T R Í A
309 : S í n d r o m e s o r g á n i c o s c e r e b r a l e s n o psicó-
t i c o s ( a s o c i a d o s c o n e n f e r m e d a d e s somá-
t i c a s ) . Se s u b c l a s i f i c a n a t e n d i e n d o a la
enfermedad c o r p o r a l d e l a q u e s o n sín-
tomas.
310-315: R e t a r d o mental (oligofrenia): 310: l i m i -
n a r ; 3 1 1 : d i s c r e t a ; 312: m o d e r a d a ; 313:
s e v e r a ; 3 1 4 : g r a v e y 3 1 5 : d e g r a d o n o es-
p e c i f i c a d o . E l c r i t e r i o a c á es l a i n t e n s i d a d
del c u a d r o m e d i d o a través d e l cociente
intelectual.
316 : Desajustes s o c i a l e s s i n t r a s t o r n o psiquiá-
trico manifiesto. Aquí el criterio subclasi-
ficador depende del lugar donde el sujeto
se e n c u e n t r a " d e s a j u s t a d o " : el m a t r i m o -
nio, el trabajo, la sociedad, la ley y
"otros".
317 : Condiciones n o específicas. Según el glo-
sario, vale p o r u n etcétera.
318 : S i n t r a s t o r n o m e n t a l . Y a lo vimos. Plan-
t e a e x p l í c i t a m e n t e l a i n a d e c u a c i ó n d e l tí-
tulo de l a clasificación a lo que ella
clasifica.
319 : T é r m i n o s n o d i a g n ó s t i c o s para uso admi-
nistrativo.
A sintetizar: de Pinel a K r a e p e l i n y de K r a e p e l i n
a l a ciE-8 y a l D S M - I I , l a clasificación psiquiátrica
h a i d o p e r d i e n d o e n c o h e r e n c i a a l a vez q u e ga-
nando en cobertura. Actualmente, al igual que
a n t e s , se i n c l u y e n t o d o s l o s c a s o s e n l o s q u e e l
p s i q u i a t r a es l l a m a d o a o p i n a r o a i n t e r v e n i r . S u -
cede q u e el c a m p o de acción de la psiquiatría den-
t r o d e l c o n j u n t o s o c i a l se v a a m p l i a n d o y p o r e l l o
es m e n e s t e r incorporar nuevos departamentos al
e s p a c i o taxonómico: " L o s psicóticos y los neuró-
t i c o s g r a v e s n o s o n a h o r a l o s ú n i c o s q u e se v e n
c o m o pacientes: están también los desdichados,
los pobres, los m a r g i n a l e s , los despojados social-
m e n t e , los fracasados y los irrealizados.'tjF E n esta
:**vM. S t r a k c r , Schizophrenia and psychiatric diagnosis.
CRÍTICA D E L A CLASIFICACIÓN 27
e n u m e r a c i ó n s e hace e v i d e n t e l a relación q u e g u a r -
dan, actualmente más q u e n u n c a , la psiquiatría y
la política. Jbíiu3£â«*«a.Qte¿^^..^^
i x i e n t e q u e l a psiqUiatrí^^^^^^^^
''•'^^"^láBóT E s t a a m p l i a c i ó n d e l c a m p o h a c o n d u -
^"cido a ia psiquiatría lejos, e n m u c h o s casos, de
su suelo natal: l a m e d i c i n a . Pero s i n e m b a r g o es
necesario respaldar las intervenciones psiquiátricas
fuera de ese suelo c o n la fuerza, c o n el prestigio,
c o n las representaciones q u e a c o m p a f i a n a la prác-
tica médica.
Otra conclusión i m p o r t a n t e q u e se d e s p r e n d e d e l
análisis d e l a taxonomía, e s q u e l a psiquiatría n o
clasifica lo que quiere sino lo q u e le llega. Que
actúa s i e m p r e e n respuesta a u n a demanda, pro-
venga ésta del futuro clasificado o del conjunto
social. Porque clasifica lo q u e le llega es que la
psiquiatría n o es i m p u t a b l e p o r los defectos de la
clasificación. Esta afirmación p u e d e s o r p r e n d e r a
esta a l t u r a de la discusión. Y es, s o r p r e s a incluida,
el corolario lógico de c u a n t o v e n i m o s diciendo. La
clasificación, u n a v e z q u e s e h a e n t e n d i d o q u é es
lo clasificado, á p e s a r de s u estructura borgiana,
está b i e n h e c h a . Porque lo b o r g i a n o e s el u n i v e r s o
de fenómenos sobre los cuales el todo social otorga
jurisdicción a la psiquiatría. El análisis deberá
preguntarse, entonces, m á s q u e p o r la inclusión o
no de u n a categoría e n el espacio taxonómico, p o r
el p r o c e s o a través d e l c u a l s e d e m a n d a tal inclu-
sión. Será lícito p r e g u n t a r , pues, cómo se creó
esa representación, que es u n lugar común e n la
práctica jurídica institucionalizada, de qué h a y u n a
relación entre criminalidad y psieopatología, e n
otras palabras, c ó m o llegó el p s i q u i a t r a a incluir-
s e e n l o s a s u n t o s p e n a l e s . Será lícito preguntarse
cómo es que llegó a pensarse que el psiquiatra
debía intervenir e n la regulación del m o d o e n que
u n a d u l t o s a n o e n c u e n t r a p l a c e r s e x u a l , . L ^ p*>v
^^.1,1 t l j a ^ ^ c o m o (aP_arato i d e o l ó g i c o d e l estadQ^{AiE)
( e d ) American Journal of Psichiatry, vol, 131, 1974,

p p . 693-694.
28 CLASIFICAR EM PSIQUIATRÍA
^^SlQÍfe^_,2L_SU^
.deîeUQ3,* E l e s t u d i o c l í n i c o p u e d e d e t e c t a r e n e l l o s
u n a e n f e r m e d a d orgánica o no. E n caso negativo,
n o p o r ello d e j a n de ser o b j e t o de l a intervención
p s i q u i á t r i c a . L o s p r o c e s o s q u e se a t r i b u y e n a e s t o s
sujetos b a j o l a f o r m a de "diagnósticos" n o son
o b j e t o s n a t u r a l e s q u e e s t é n ya ahí, e s p e r a n d o q u e
e l p s i q u i a t r a l o s e n c u e n t r e así c o m o se e n c u e n t r a
u n a l e s i ó n o u n b a c i l o . L a p s i q u i a t r í a crea y, a n o
d u d a r l o , segt4Írd creando los objetos sobre los
c u a l e s b a b r á d e d i s c u r r i r . N o es i m p u g n a b l e p o r
este p r o c e d i m i e n t o . E l diagnóstico psiquiátrico n o
es n i será a d e c u a c i ó n d e u n a e t i q u e t a a u n a " c o s a " .
E l d i a g n ó s t i c o psiquiátrip,Q^je£L^m d i s r . u r j ± C - ^ ^ e r c a
u n o B j é f o dé:'<^^^
^ûia|^ía_ Lá tarea del epistemólog^
Consistirá e n á w cuáles s o n las " r e g l a s d ^
p r o d u c c i ó n " ( F o u c a u l t ) d e ese d i s c u r s o . E l m o d o ,
d e e m e r g e n c i a d e esos o b j e t o s . L a c o y u n t u r a teó-
r i c a y sociopolítica e n l a q u e surgen. L a armazón j
n o c i o n a l o c o n c e p t u a l e n l a q u e se i n c l u y e n
I
2. C R Í T I C A D E L A IMPUGNACIÓN
ANTIPSIQUIATRICA DE LA
CLASIFICACION *
La antipsiquiatría fue u n i n t e n t o de c o n t r a i d e o l o -
gización del c a m p o psiquiátrico q u e conoció sin^
g u i a r f o r t u n a e d i t o r i a l e n l o s años 60 y a l g u n o s
de cuyos ecos llegan h a s t a h o y . Las razones de
su fracaso s o n múltiples: d e b i l i d a d e s teóricas, i n -
comprensiones políticas, ausencia de propuestas
institucionales o contrainstitucionales realizables,
l i g a d u r a c o n ideologías utópicas, h e t e r o g e n e i d a d de
sus p r o p u l s o r e s . Pereció p o r sus p r o p i a s inconsis-
tencias más q u e p o r el e n c a r n i z a m i e n t o de sus ad-
versarios.
Y, s i n e m b a r g o . . .
Y, s i n e m b a r g o , después de l a n o t a necrológica
q u e le c o r r e s p o n d e , h a y q u e señalar el e f e c t o posi-
t i v o q u e e n m u c h o s sectores de l a psiquiatría con-
temporánea h a t e n i d o la revulsión antipsiquiátrica.
H a servido como aguijón, a u n q u e n o e n todas
partes, p a r a l a crítica y l a transformación de l a
institución psiquiátrica. H a e s t i r n u l a d o e l pensa-
m i e n t o de la relación psiquiatría-sociedad engen-
d r a n d o i n a u d i t a l u c i d e z a c e r c a d e l pa.pel a s i g n a d o
a l p s i q u i a t r a e n l a i n s t i t u c i ó n , t a n t o e n t r e e l pú-
blico como entre los propios psiquiatras. H a creado
u n a especie de p o l o de contradicción dialéctica e n
u n c a m p o d o n d e h a s t a e n t o n c e s se e s c u c h a b a s ó l o
u n a v o z , l a o f i c i a l . O b l i g a t o r i o es r e c o n o c e r , j u n t o
c o n s u s d e b i l i d a d e s , ese p a p e l f e c u n d a n t e e i n t e n -
tar, a m o d o de negación de l a negación, alcanzar
u n a síntesis s u p e r a d o r a .
L a antipsiquiatría, e n s u rechazo g l o b a l de la
d o c t r i n a a c a d é m i c a , n o se o c u p ó n u n c a d e l a c l a -
* E s t e t r a b a j o f u e p u b l i c a d o e n Dialéctica, r e v i s t a de
l a U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a d e P u e b l a , n ú m . 6, a ñ o i v ,
j u í i i o d e 1979, p p . 35-44.
29
s i f i c a c i ó n p s i q u i á t r i c a e n sí. S u c r í t i c a e r a e x t e r i o r
e incidía sobre el a c t o m i s m o de clasificar y diag-
nosticar. Su blanco era el llamado "modelo mé-
d i c o d e l a e n f e r m e d a d m e n t a l " . E s t e c a p í t u l o se
dividirá e n d o s p a r t e s : A] crítica de l a crítica a l
modelo médico y B] crítica de l a impugnación
al acto de clasificar.
A] CRÍTICA DE LA CRÍTICA AL MODELO MÉDICO
Aquí cabe c o m e n z a r p o r u n a definición dogmática

q u e d e r i v a d e u n análisis e p i s t e m o l ó g i c o d e l a
c u e s t i ó n q u e n o es d e l c a s o r e p r o d u c i r : l a m e d i -
c i n a n o es u n a c i e n c i a . L a m e d i c i n a es u n a p r á c -
t i c a social cuyas f u n c i o n e s y c u y a organización le
son conferidas p o r el todo social que la reglamenta,
la d e l i m i t a y la legitima. Cada sociedad tiene la
m e d i c i n a q u e corresponde a su m o d o de produc-
ción y a l a correlación e x i s t e n t e e n esa formación
social entre fuerzas de producción y relaciones de
producción. L a medicina, t a n t o en el m o d o de
producción capitalista c o m o en el socialista, uti-
l i z a a m o d o d e instrurfientos de s u práctica con-
c e p t o s c i e n t í f i c o s e m a n a d o s d e distintas disciplinas
p r e v i a m e n t e c o n s t i t u i d a s c o n el estatuto de cien-
c i a s . P a r a r e a l i z a r esa p r á c t i c a técnica q u e l e está
encomendada, la m e d i c i n a contemporánea produce,
en tanto que objetos de conocimiento, el concepto
de las enfermedades q u e luego deberá explicar.
E s t e p a s o es p u n t o d e p a r t i d a y f u n d a m e n t o d e
t o d a acción r a c i o n a l relacionada c o n la salud.
Así, las e n f e r m e d a d e s s o n efectos visibles, obje-
tos de reconocimiento, objetos cuyo mecanismo de
p r o d u c c i ó n se d e s c o n o c e , m a t e r i a p r i m a p a r a u n
t r a b a j o científico a realizar. L a e n f e r m e d a d repre-
senta, p a r a q u i e n l a padece, u n a pérdida, u n a
desventaja, u n s u f r i m i e n t o , u n a limitación en la
p o s i b i l i d a d de p r o d u c i r y gozar, de producirse y
gozarse, u n displacer, u n m o t i v o de demanda. L a
CRÍTICA DE LA IMPUGNACIÓN ANTIPSIQUIÁTRICA 31
e n f e r m e d a d es u n a d e m a n d a a d i l u c i d a r . L a s dis-
tintas ciencias deben aplicarse a este " o b j e t o con-
c r e t o , síntesis d e múltiples d e t e r m i n a c i o n e s " , q u e
es l a e n f e r m e d a d y , p a r t i e n d o d e s u r e c o n o c i m i e n -
to-desconocimiento, p r o d u c i r su conocimiento.
L a h i s t o r i a de la m e d i c i n a e n los últimos dos
siglos m u e s t r a la estrecha solidaridad que hay
e n t r e el d e s a r r o l l o de las d i s t i n t a s regiones de la
c i e n c i a física (física; química, b i o l o g í a ) y e l i n c r e -
mento del conocimiento y de las posibilidades
médicas de acción. N o podía ser de o t r a m a n e r a
p o r c u a n t o las l l a m a d a s ciencias sociales (materia-
l i s m o histórico, psicoanálisis, lingüística, a n t r o p o -
l o g í a ) s ó l o se d e s a r r o l l a r o n r e c i e n t e m e n t e y h a n
e n c o n t r a d o , e n c u e n t r a n , seguirán e n c o n t r a n d o aún,
obstáculos p a r a s u d e s a r r o l l o , transmisión y apli-
cación. E s t e d e s a r r o l l o d e s i g u a l de las ciencias
físicas y l a s c i e n c i a s sociales, q u e o b e d e c e a c a u -
sas h i s t ó r i c a s , h a d e t e r m i n a d o l a c r e a c i ó n d e u n a
i m a g e n f i s i c a l i s t a d e l a m e d i c i n a . M é d i c o es e l q u e
actúa c o n r e c u r s o s físicos y químicos s o b r e u n
cuerpo biológico. Es la imagen vulgar, la repre-
s e n t a c i ó n i d e o l ó g i c a , e l r e f l e j o d e l o q u e se v e q u e
s u c e d e a c t u a l m e n t e , q u e es e l e v a d o a l a c a t e g o r í a
de u n a relación esencial y e t e r n a . Se h a c r e a d o l a
n o c i ó n d e q u e l a m e d i c i n a es l o q u e l o s m é d i c o s
h a c e n y se h a d e s c o n o c i d o q u e l a práctica mé-
d i c a a c t u a l está históricamente d e t e r m i n a d a y , p o r
eso m i s m o , históricamente d e s t i n a d a a t r a n s f o r -
marse.
L o s p r o b l e m a s q u e m o t i v a n l a d e m a n d a psiquiá-
t r i c a , esos q u e se c l a s i f i c a n c o m o " t r a s t o r n o s m e n -
t a l e s " , s o n i n c l u i d o s d e n t r o de esa representación
ideológica, c o m p a r t i d a p o r el público y p o r l a m a -
yQría d e l o s m é d i c o s , d e l o q u e es l a m e d i c i n a .
P e r o , j u s t a m e n t e , e s a m e d i c i n a f i s i c a l i s t a es i n c a -
p a z d e d a r c u e n t a d e e l l o s . L a física, l a q u í m i c a y
la biología j u n t a s , n o p u e d e n explicar lo q u e lleva
a u n i n d i v i d u o a sentirse desdichado o fracasado.
Y la estructura social insiste en derivar al psiquia-
t r a esos p r o b l e m a s . E l p s i q u i a t r a debe entonces
transformarse para poder c u m p l i r c o n la demanda.
32 CLASIFICAR EN PSIQUIATRÍA
Debe incorporar herramientas conceptuales que

p r o c e d e n de las ciencias sociales. L o s m a l l l a m a d o s
trastornos mentales n o pueden oponerse a l modelo
médico de la enfermedad s i se e n t i e n d e q u e l a
m e d i c i n a n o es u n a c i e n c i a s i n o u n a práctica q u e
se u b i c a e n l a e n c r u c i j a d a d e l a s c i e n c i a s . L o s
" t r a s t o r n o s m e n t a l e s " n o c u e s t i o n a n e l m o d e l o mé-
d i c o s i n o e l r e m p l a z o d e é s t e p o r u n modelo vete-
rinario q^\jiG infiltra, b u e n a p a r t e de la m e d i c i n a de
nuestro tiempo. Y, siendo la p r i m e r a en plantear
ese obstáculo histórico q u e t r a b a s u d e s a r r o l l o , l a
psiquiatría hace o p u e d e hacer u n favor a la me-
d i c i n a en s u c o n j u n t o , a l l l a m a r la atención sobre
la transformación de l o que debe entenderse c o m o
u n m o d e l o médico de la enfermedad, del enfermo
y del hombre en u n modelo veterinario centrado
en la idea del h o m b r e como entidad reductible a
la biología.
E l c o n o c i m i e n t o d e l proceso de determinación
d e l s u f r i m i e n t o s u b j e t i v o n o se c o l o c a , p u e s , f u e r a
d e l m o d e l o m é d i c o s i n o q u e o b l i g a a s u crítica
i n t e r n a y a la emergencia de o t r o modelo médico
a l c u a l los conceptos de m a t e r i a l i d a d d e l signo, de
i n c o n s c i e n t e , d e f o r m a c i ó n social, etc., n o p u e d e n
s e r a j e n o s . L a o p o s i c i ó n n o es " m o d e l o psicoana-
lítico" o "jnodelo sociológico" de la enfermedad
m e n t a l versus modelo médico sino modelo médico
versus modelo veterinario.
E l m o d e l o v e t e r i n a r i o es i n s u f i c i e n t e e n t o d a s
las r a m a s d e l a m e d i c i n a . A l m a r g e n de los éxitos
parciales que puedan lograrse mediante su apli-
cación, a l m a r g e n de s u éxito social e i n s t i t u c i o n a l .
Y esto vale t a n t o p a r a la traumatología c o m o p a r a
l a psiquiatría.
La antipsiquiatria confunde al modelo médico

con el veterinario y hacia él dirige sus críticas
D e c u a n t o a n t e c e d e se d e r i v a l a conclusión d e q u e
nada puede objetarse al estudio y desarrollo del
c o n o c i m i e n t o de las técnicas biológicas e n n s i q u i a -
CRITICA D E LA IMPUGNACIÓN ANTIPSIQUIÁTRICA 33
tría. H a y q u e r e c o n o c e r s u e s c a s o é x i t o e n l a ex-
plicación de las e n t i d a d e s psiquiátricas y también
h a y q u e r e c o n o c e r q u e , a u n c u a n d o n o p u e d a n ex-
plicar el c o n j u n t o de los procesos, pueden influir
sobre s u m a r c h a . L a técnica biológica, física o
q u í m i c a n o es, e n sí, " b u e n a " n i " m a l a " s i n o q u e
su utilidad depende del contexto asistencial e n el
q u e se e n c u e n t r a i n c l u i d a . E p i s t e m o l ó g i c a m e n t e n o
c a b e f o r m u l a r n i n g u n a interdicción p a r a e l desa-
r r o l l o d e los aspectos biológicos relacionados c o n
l a p s i q u i a t r í a . Y e l d e l a a p l i c a c i ó n n o es u n p r o -
b l e m a e p i s t e m o l ó g i c o , es u n p r o b l e m a p o l í t i c o ,
^ ^ ^ ^ d r e s p r e n d c " tarnbiéri q u e "diagnostica:!:^' y ' " c l a -
¿Sificar" s o n l e g í t i m a s a c t i v i d a d e s d e l a p r á c t i c a
{psiquiátrica. S i e m p r e q u e e l a c t o m é d i c o n o se
l l i m i t e a e s a d e s c r i p c i ó n q u e se m a n t i e n e e n e l
jcírculo positivista del reconocimiento-desconoci-
Imiento. Siempre q u e e l diagnóstico n o sea con-/
Iclusión s i n o a p e r t u r a d e u n p r o b l e m a . L a v i g i l a n - ;
i c i a e p i s t e m o l ó g i c a se e j e r c e r á s o b r e l a p r o d u c c i ó n
I d e l o s o b j e t o s q u e se c l a s i f i c a n y s o b r e e l e q u i p o
^ c o n c e p t u a l u t i l i z a d o e n sü e x p l i c a c i ó n ^ ^ ^ t v .
'B^Targíngnoi^ es i m p o s i b l e q u e e l
p s i q u i a t r a p u e d a a l a vez diagnosticar e i n t e r p r e t a r
p o r q u e e l diagnóstico sería u n a "abstracción inútil
y peligrosa" que "reduce a los individuos sin-
g u l a r e s " a entidades nosológicas y bloquearía la.
p o s i b i l i d a d d e c o m ^ ^ n d e y - , Jg^j^^âa^ q n e ^1 jyj-^M^Á
m a n o r e s i d e e n / ^ T i d i a g n ó s t i c ^ sÜ3£í..3í*^^
hace^^^^ sirve para poner de .
relieve los caracteres estructurales q u e ligan a lo i
diagnosticado en u n paciente c o n l o de o t r o pa-
ciente, p e r m i t e f o r m u l a r hipótesis a v a l i d a r e n
f u n c i ó n d e l o y a a p r e n d i d o c u a n d o se e s t u d i ó a e s e
o t r o paciente y p e r m i t e , de esa m a n e r a , p r o f u n -
dizar e n l a región d e l sentido y e n la interpretacióp^
E n c u a n t o a l c a r á c t e r " r e d u c c i o n i s t a " d e l diagnflos-
r1\^r B ó ú r g ü i g n o n , " L ' A n t i d i a g n o s t i c " , e n L'Antipsy-
chiatrie, n ú m . 42 d e La Nef, Pa,rís, 1971, p p . 153-172. [ " E l
a n t i d i a g n ó s t i c o " , e n R e n e A n g e l e r g u e s et al.. La anti:^''
psiquiatría, M é x i c o , S i g l o X X I , 1975, p p . 161-184]. .
34 C L A S I F I C A R E N ' P S I Q U I A T R I A
tico, la objeción de B o u r g u i g n o n conduce ya al

segundo apartado de esta sección.
B] C R Í T I C A D E L A I M P U G N A C I Ó N A L ACTO D E
C L A S I F I C A R
"¡La c l a s i f i c a c i ó n p s i q u i á t r i c a c o m o u n a e s t r a t e g i a
d e c o a c c i ó n p e r s o n a l " es e l t í t u l o d e u n o d e l o s
c a p í t u l o s d e Idealogy and insanity d e T b . Szas¿.®
Se r e s u m e n allí l o s a r g u m e n t o s antipsiquiátricos
básicos y convendrá i r l o s a n a l i z a n d o u n o p o r u n o .
" E n psiquiatría, t o d a discusión d e l p r o b l e m a de

la clasificación d e s c a n s a s o b r e l a p r e m i s a f u n d a -
m e n t a l de q u e existen en la naturaleza afecciones
mentales o formas de conducta anormales y de
q u e es c i e n t í f i c a m e n t e v á l i d o y m o r a l m e n t e m e -
ritorio, u b i c a r a las personas q u e s u f r e n de tales
a f e c c i o n e s o q u e m a n i f i e s t a n esa c o n d u c t a e n ca-
tegorías a p r o p i a d a m e n t e designadas."
Se e q u i v o c a Szasz e n l a a t r i b u c i ó n d e esas p r e -
T i i s a s . L a psiquiatría puede r e n u n c i a r y de becho
rênuncia a c o n s i d e r a r a l o s t r a s t o r n o s m e n t a l e s
r o m o e n t i d a d e s n a t u r a l e s . Y a se v i o q u e e n e l p r o -
Dio p r ó l o g o a l g l o s a r i o d e l a O M S se d i c e q u e " l a s
enfermedades s o n en todo caso conceptos abstrac-
:os". B r i l l , e n l o s d o s t r a t a d o s norteamericanos
ie psiquiatría vigentes h o y , p o s t u l a q u e l a clasifi-
:ación p s i q u i á t r i c a es u n a clasificación artificial.
ello n o q u i t a n a d a ( n i agrega, claro está) al
l e c h o m i s m o d e q u e se c l a s i f i q u e . L a c r í t i c a d e
í z a s z se b a s a e n _ l a p r e m i s a d e u n a f a l s a a t r i b u -
:ión d e p r e m i s a .
\ T h . Szasz, Ideology and insanity, Londres, Calder &

3 o y a r s , 1973, p p . 190-217.
CRÍTICA DE LA IMPUGNACIÓlSÍ ANTIPSIQUIÁTRICA 35
21 " P o r s u p u e s t o , n o p o n g o e n d u d a l a e x i s t e n c i a
de a m p l i a s v a r i a c i o n e s e n l a c o n d u c t a p e r s o n a l , n i
la f a c t i b i l i d a d de a d h e r i r a ellas e t i q u e t a s diversas.
L o q u e c u e s t i o n o es l a b a s e l ó g i c a y e l e s t a t u t o
m o r a l d e l a p r e m i s a q u e está detrás d e t o d o s l o s
sistemas existentes de clasificación psiquiátrica:
Q u e l a c o n d u c t a h u m a n a es u n a c o n t e c i m i e n t o ^na-
t u r a l y que, c o m o o t r o s acontecimientos sernej^n-
tés, p u e d e
E s t a a f i r m a c i ó n d e s c o n o c e : a] q u e l a c l a s i f i c a -
ción psiquiátrica, p o r ese c a r á c t e r b o r g i a n o q u e
y a se h a v i s t o , i n c l u y e n o s ó l o a l a c o n d u c t a h u m a -
na sino también a enfermedades e n c e f á l i c a s des-
c r i t a s p o r l a m e d i c i n a b i o l o g i s t a , científico-natu-
r a l ; b] q u e t a m p o c o l a s e n f e r m e d a d e s de esa m e -
d i c i n a científico-natural e x i s t e n e n l a n a t u r a l e z a y
allí habrían s i d o e n c o n t r a d a s , s i n o q u e s u c o n c e p -
tualización y clasificación r e s u l t a n d e la práctica
teórica de agentes d e l c o n o c i m i e n t o t r a b a j a n d o e n
el s e n o d e f o r m a c i o n e s s o c i a l e s y e n c i e r t a s co-
yunturas particulares del saber y, lo más impor-
t a n t e , l o q u e h a c e n u l o e l r a z o n a m i e n t o ; c] q u e
n i n g u n a r e g l a lógica n i m o r a l sostiene q u e las cla-
sificaciones deban aplicarse únicamente a aconte-
c i m i e n t o s n a t u r a l e s . S i a s í f u e s e , n o se p o d r í a c l a -
s i f i c a r a las lenguas^ a los s i s t e m a s de p a r e n t e s c o , a
los s u j e t o s según s u p e r t e n e n c i a de clase (y t a m -
p o c o a las e n f e r m e d a d e s ) , porque no son "acon-
tecimientos naturales".
" E l señuelo d e l p o s i t i v i s m o p u e d e ser difícil de

resistir, pero el e s t u d i o s o d e l h o m b r e debe resis-
t i r l o o fracasar c o m o h u m a n i s t a . Pues en la ciencia
d e l c o m p o r t a m i e n t o l a l ó g i c a d e l f i s i c a l i s m o es m a -
n i f i e s t a m e n t e falsa: d e s c u i d a las diferencias e n t r e
personas y cosas y los efectos del lenguaje sobre
cada una.
E l " h u m a n i s m o " de Szasz l o lleva a r e n u n c i a r a

pensar científicamente c u a n d o " e l h o m b r e " o " l a
36 C L A S I F I C A R E M P S I Q U I A T R Í A
p e r s o n a " p a s a n a s e r e l o b j e t o d e ese p e n s a m i e n t o .
D e e s t a m a n e r a , p o r c o n s i d e r a r q u e n o es u n a e m -
presa " m o r a l m e n t e legítima", a b a n d o n a el t e r r e n o
de las ciencias sociales a los ideólogos de la m a -
nipulación q u e dice c o m b a t i r . S u crítica t i e n e u n
aspecto moralista abstracto que, p o r su rechazo
i n d i s c r i m i n a d o de l a áspera v i d a t e r r e n a l y p o r
presentarse c o m o ubicada en u n l i m b o de bien-
a v e n t u r a n z a c e l e s t i a l , h a c e e l j u e g o y es c ó m p l i c e
de las a r b i t r a r i e d a d e s d e acá a b a j o .
" E l ser u b i c a d o e n ciertas clases afecta a la

gente, m i e n t r a s que n o afecta a los animales y a
las cosas. U s t e d l l a m a ' e z q u i z o f r é n i c o ' a a l g u i e n y
algo le pasa; u s t e d l l a m a ' r a t a ' a u n a r a t a y 'gra-
n i t o ' a u n a r o c a y n a d a les pasa. E n o t r a s p a l a b r a s ,
e n p s i q u i a t r í a y e n l o s a s u n t o s h u m a n o s e n ge-
n e r a l , e l acto de clasificación es u n a c o n t e c i m i e n t o
excesivamente significativo."
E s c i e r t o q u e l a inclusión de u n ser h u m a n o e n u n a
clasificación a f e c t a a este ser. Y eso les p a s a n o
s o l a m e n t e a los seres h u m a n o s . H a y t a l i o p a r a t o d a s
las r a t a s y d i n a m i t a s u f i c i e n t e p a r a t o d a s las r o c a s
q u e se q u i e r a . P e r o e s o q u e les p a s a a l o s s e r e s
h u m a n o s n o es m o t i v o p a r a e x c l u i r l o s d e l a c l a -
s i f i c a c i ó n , y e l l o p o r t r e s m o t i v o s : a] n o se p u e d e
a m p u t a r a la ciencia de la posibilidad de entender
a los fenómenos h u m a n o s y a los procesos de su
d e t e r m i n a c i ó n . L a c l a s i f i c a c i ó n es u n m o m e n t o p r e -
v i o esencial en la práctica teórica. Después de al-
c a n z a d o el c o n o c i m i e n t o científico c o m o conoci-
m i e n t o de las d e t e r m i n a c i o n e s , este n u e v o saber
rcactúa s o b r e la clasificación precientífica, l a co-
rrige o la reestructura, sirve de base para p r e d e c i r
a c e r c a d e l o q u e p a s a r á c o n e l c l a s i f i c a d o s i se
m o d i f i c a n sus condiciones de existencia y organiza
la aplicación de p r o c e d i m i e n t o s q u e , p a r a b i e n o
p a r a m a l — y é s t e es o t r o p r o b l e m a — , pueden
c a m b i a r s u e s t a d o ; /?] p o r q u e l o s e f e c t o s q u e p r o -
d u c e l a clasificación s o b r e los s u j e t o s c o n s t i t u y e
CRÍTICA D E LA IAlPUGNACIÓN ANTIPSIQUIÁTRICA 37
u n n u e v o o b j e t o p a r a l a reflexión científica (pro-

b l e m a teórico) y u n m o t i v o p a r a v i g i l a r la ins-
cripción y l a producción d ^ efectos de lo simbólico
( p r o b l e m a político-ideológico) y, o t r a vez l o más
i m p o r t a n t e ; c] p o r q u e l a c o n d e n a m o r a l a n t e p u e s t a
al h e c h o de c l a s i f i c a r y a sus efectos n o alcanza
p a r a e l u d i r e l h e c h o m i s m o d e q u e se s i g a c l a s i -
f i c a n d o en función de r e q u e r i m i e n t o s científicos,
técnicos y políticos. A b s t e n e r s e de p a r t i c i p a r en
el análisis y l a aplicación d e c l a s i f i c a c i o n e s de
seres h u m a n o s n o i m p l i c a , sino de níodo mágico,
a b o l i r las clasificaciones. Es, de hecho, hacerse
cómplice de las clasificaciones y de los p r o c e d i -
mientos oficialmente reconocidos.
L a s p r e g u n t a s p e r t i n e n t e s n o se r e f i e r e n pues
al h e c h o m i s m o de c l a s i f i c a r . E l l a s serían:
—¿de dónde procede la d e m a n d a de clasificar?

—-¿quién — q u é aparato ideolóeico de estado
( A I E ) — clasifica?
—¿qué necesidades estructurales viene a cum-
p l i r u n a d e t e r m i n a d a clasificación?
— ¿ c u á l e s s o n l o s f u n d a m e n t o s e m p í r i c o s , políti-
cos y teóricos q u e r i g e n l a inclusión-exclusión d e
ciertas clases e n el espacio taxonómico?
— ¿ c u á l es e l e s t a t u s e p i s t e m o l ó g i c o d e c a d a c l a s e
incluida? ,
— ¿ d e n t r o de q u ^ problemática teórica^se i n s c r i -
b e c a d a u n a d e lás^^clases?
—¿que nivel de coherencia i n t e r n a y que nivel
de c o b e r t u r a t i e n e l a clasificación?
— ¿ c ó m o se i n s c r i b e e n e l s e n o d e l a p r á c t i c a d e l
A I E q u e r e c u r r e a esta clasificación p a r a estanda-
rizar sus p r o c e d i m i e n t o s ?
— ¿ c ó m o se a r t i c u l a l a p r á c t i c a d e e s a c o r p o r a -
c i ó n , d e esa i n s t i t u c i ó n , d e ese A I E , c o n e l c o n j u n t o
de la práctica social?
—-¿cuáles s o n l o s m o d o s y las p o s i b i l i d a d e s d e
transformación de esa práctica, e n función de c a m -
b i o s interjios e n el p r o p i o A I E , e n t r e los cuales la
modificación de la m i s m a clasificación j u e g a u n
cierto papel?
— ¿ cuáles s o n los m o d o s y las p o s i b i l i d a d e s de

t r a n s f o r m a c i ó n de esas prácticas e n función de
c a m b i o s históricos e n el c o n j u n t o d e l a práctica
social y que, al m o d i f i c a r la d e m a n d a , pueden
llegar a i m p o n e r c a m b i o s e n l a clasificación v i -
eente?
5] " N o h a y e s c a s e z d e e s q u e m a s n o s o l ó g i c o s e n p s i -
quiatría [ • • ] " Y , t r a s e n u m e r a r siété, p r o s i g u e :
" E n s u f o r m a a c t u a l , la n o m e n c l a t u r a o f i c i a l de
l a A s o c i a c i ó n P s i q u i á t r i c a A m e r i c a n a es u n a m e z -
cla de t o d o s esos e l e m e n t o s . P o r m u c h o q u e éstos
sistemas p u e d a n d i f e r i r e n el detalle, c o n c u e r d a n
en u n a característica f u n d a m e n t a l : e l a c t o de cla-
s i f i c a c i ó n no debe ser cuestionado. Los adherentes
a cada esquema nosológico coinciden en aceptar
q u e es t a r e a d e l p s i q u i a t r a e x a m i n a r y c l a s i f i c a r a
l o s pacientes. P o r qué o c u p a el p s i q u i a t r a el papel
d e c l a s i f i c a d o r y e l p a c i e n t e e l d e c l a s i f i c a d o es
a l g o q u e n u n c a se p r e g u n t a . T a m p o c o cuestiona
n a d i e el efecto de la clasificación s o b r e l a c o n d u c t a
s u b s i g u i e n t e de los pacientes y de los p s i q u i a t r a s .
E n r e s u m e n , los científicos del comportamiento
c l a s i f i c a n a la gen te c o m o si fuesen cosas."
Nío c a b e e l a s o m b r o a n t e l a m u l t i p l i c i d a d d e l o s
esquemas c l a s i f i c a t o r i o s e n psiquiatría. Se trata
de u n c a m p o e m p í r i c o , el de las d e m a n d a s de aten-
ción a p r o b l e m a s y a d i f e r e n c i a s p e r s o n a l e s , d o n d e
c o n f l u y e n múltiples problemáticas c intereses. E n la
p s i q u i a t r í a se e n f r e n t a n d e m o d o d e s i g u a l , d a d a
la d o m i n a c i ó n de l a ideología m e d i c a s o b r e las res-
tantes, d i s t i n t a s ideologías (médica, psicológica,
psicoanalítica, jurídica, tecnológica o i n t e r d i s c i p l i -
n a r i a , h u m a n i s t a , política y hasta religiosa). L a
clasificación o f i c i a l r e f l e j a b a s t a n t e e x a c t a m e n t e el
estado a c t u a l de la contradicción en q u e vive la
psiquiatría, y el a s p e c t o muí t i d i s c i p l i n a r i o que
p r e s e n t a es í n d i c e d e l p e s o r e l a t i v o d e c a d a u n a d e
las i d e o l o g í a s t r a b a d a s e n l u c h a .
T i e n e razón Szasz al señalar q u e todas las clasi-
CRÍTICA DE LA UVIPUCNTACIÓNT ANTIPSIQUIATRICA 39
^ÍGa«Qn,g^êscQa
mismOLJÍS-J«a«J^^ P e r o a s u vez él i g n o r a
la relacióa e n t r e t a l a c t o y l a d e m a n d a s o c i a l exis-
t e n t e p a r a q u e l a c l a s i r i c a c i o n se p r o d u z c a , se
^'jdñunS'^ y se a p l i q u e , P o r e s o , p o r i g n o r a r ^ E n e ^
c e s i d a d s o c i a l , es q u e p u e d e t e r m i n a r p r e s e n t a n d o
u n a p o s i c i ó n a n a r q u i z a n t e y n i h i l i s t a . Se i n d i g n a
p o r q u e las personas s o n t r a t a d a s c o m o cosas y re-
conoce q u e ello n o sucede p o r la p e r f i d i a de los
p s i q u i a t r a s , p e r o t e r m i n a atribuyéndolo " a l a fa-
lacia de pensar en términos de ciencia n a t u r a l " .
S u i d e a l i s m o , s u d e s c o n o c i m i e n t o de las d e t e r m i -
acicríg^^^'St^^ por dejar
f u e r a cieT* a n á l i s i s a l o p o l í t i c o , s u c o n v i c c i ó n d e
^ q u é s o n l a s i d e o l o g í a s ías d é t é r m i f i á ñ t é s d é t o s
pi-ocesos, le i r n p i d e r i c o m p r e n d e r , e l p r p c e s p de
S i e l l u g a r de u n o y o t r o están j e r á r q u i c a m e n t e
d i f e r e n c i a d o s , l o están d e n t r o de u n a distribución
d e p o s i c i o n e s q u e es a j e n a a e l l o s m i s m o s . P s i -
q u i a t r a y p a c i e n t e están j u g a d o s a m b o s e n u n a
situación q u e alcanza e l p a r o x i s m o d e l efecto ideo-
l ó g i c o e n e l e f e c t o t r a n q u i l i z a n t e iiULa».*por l o . c o -
m ú n , a m & o s e x p e r i r n e n t a n c u a n d o se a r r i b a a l " d i a g -
nósticct''..
" E s t a p o s i c i ó n ( l a d e l a p s i q u i a t r í a ) es p o r l o
m e n o s c l a r a : l a m e n t e es c o m o l a p i e l . A c a d a
u n a le a c o n t e c e n cosas. A a l g u n o s d e estos a c o n -
tecimientos los l l a m a m o s 'enfermedades', investi-
g a m o s s u s ' c a u s a s ' y , s i es p o s i b l e , l a s e l i m i n a m o s .
P e r o ¿ c u á l es e l e s t a t u t o d e l a a c c i ó n h u m a n a e n
este e s q u e m a ? L a r e s p u e s t a es: n i n g u n o . N o h a y
n a d a sêmejante a u n a acción p a r a alcanzar u n
o b j e t i v o — s ó l o c o n d u c t a d e t e r m i n a d a p o r causas.
Aquí reside el e r r o r f u n d a m e n t a l d e l e n f o q u e mé-
dico v mecanomórfico de la c o n d u c t a h u m a n a y de
la clasificación psiquiátrica."
A c á S z a s z se i n t e r n a d e c i d i d a m e n t e e n l a v í a d e l
i d e a l i s m o e s p e c u l a t i v o . S u p r i n c i p a l e n e m i g o es l a
40 C L A S I F I C A R E M P S I Q U I A T R Í A
posición q u e sostiene l a determinación de l a v i d a

psíquica. R e v e l a también el carácter a r c a i c o y f i -
losóficamente s u p e r a d o de s u posición. Pretende
r e t r o t r a e r el debate psicológico y psiquiátrico a la
oposición e n t r e "explicación" y "comprehensión", en-
tre "ciencia nomotética" y "ciencia idiográfica",
entre " c a u s a l i d a d " y "teleología". T o m a p a r t i d o p o r
l o s s e g u n d o s t é r m i n o s d e esas t r e s o p o s i c i o n e s y r e -
procha el mecanicismo —aquí, " m e c a n o m o r f i s m o " —
d e s u s c o n t r a r i o s f i l o s ó f i c o s . L o rriás i m p o r t a n t e
es e l e f e c t o q u e p u e d e t e n e r l a p o s i c i ó n i n d e t e r -
m i n i s t a e n este c a m p o . Crea u n debate maniqúeo
entre "humanistas buenos" y "mecanicistas ma-
los", e n t r e benevolentes filántropos q u e c o m p r e n -
d e n y m a l é v o l o s i n g e n i e r o s c o n d u c t u a l e s q u e ex-
plican reduciendo lo h u m a n o a lo animal. Lo
p a r a d ó j i c o es q u e , d e e s t a m a n e r a , a l a c a n t o n a r s e
en u n a n e b u l o s a búsqueda filosófica c e n t r a d a e n
la intuición y e n l a e m p a t i a , d e j a el c a m p o l i b r e
p a r a q u e las explicaciones sean, p r e c i s a m e n t e , de
t i p o m e c á n i c o . E l i n d e t e r m i n i s m o i d e a l i s t a es l a
pareja necesaria y c om p l e m e n t a r i a del materialis-
m o vulgar, r e d u c c i o n i s t a y mecánico.
N u e v a m e n t e h a y q u e señalar l a c o m p l i c i d a d de
este t i p o de antipsiquiatría c o n las f o r m a s más re-
trógradas de la práctica psiquiátrica. P r o d u c e u n a
falsa a n t i n o m i a entre o s c u r a n t i s m o y eficiencia
q u e n o p u e d e m e n o s q u e beneficiar a los p a r t i d a -
rios de esta última quienes p u e d e n , p o r lo menos,
m o s t r a r s u c a p a c i d a d de t r a n s f o r m a r y, p o r eso
m i s m o , de responder m e j o r a la d e m a n d a social
c o n r e l a c i ó n a l o s p a c i e n t e s o d e s v i a n t e s . ,i¿É.j@l¿.aaaar
idealismo-mecanÍQÍjiJ:a4»-««e^-êriê c o m o u a Qt>stáQulo
epi^stemologico^ q u e p r e t e n d e b l o q u e a r el. c o n o c i -
m i e n t o c i e B i i f i c o .de. 1 ^ d e t e r m i n a c i ó n d e l a c o n -
d u c t a y de la a n o r m a l i d a d . Concretamente, el "acto
p e r s o n a l " , ¿es manifestación d e l a " l i b e r t a d " de u n
h o m b r e q u e está d i r i g i d a p o r u n " p r o y e c t o " per-
sonal autónomamente seleccionado y sobre el que
n o se d e b e i n t e r v e n i r o es u n a r e a c c i ó n a d a p t a -
tiva biológica c o m a n d a d a p o r u n m e c a n i s m o de
e s t í m u l o - r e s p u e s t a ? E l d i l e m a es u n f a l s o d i l e m a
CRÍTICA DE LA IMPUGNACIÓN ANTIPSIQUIÁTRICA 41
y plantear el debate entre estos términos excluyen-
tes l l e v a a b l o q u e a r l a e x p l i c a c i ó n q u e d e b e r á p a s a r
n^S^Xtem^.^te conceptos surgidos de u n a
ttura_ epistemologT^^ Se t r a t a de d e s c u b r i r e n
" ^ ^ K n a las e s t r u c t u r a s i n v i s i b l e s e inconscientes
q u e r i g e n l a p r o d u c c i ó n d e l u g a r e s d e s u j e t o s so-
porte de los procesos sociales y los m o d o s de
acción de estas e s t r u c t u r a s . L a colusión o s c u r a n t i s -
m o - p o s i t i v i s m o t i e n d e a o b t u r a r esa p r o b l e m á t i c a .
7] " S a r t r e h a i l u m i n a d o e s t a c a e s t i ó n . ' E l h o m o s e -
xual' —señaló— 'reconoce sus faltas pero l u c h a
con todas sus fuerzas c o n t r a el t r i t u r a n t e c r i t e r i o
de q u e s u s e r r o r e s c o n s t i t u y a n p a r a él u n d e s t i n o .
N o q u i e r e dejarse c o n s i d e r a r c o m o u n a cosa. Tie-
ne u n a o s c u r a p e r o i n t e n s a sensación de - q u e u n
h o m o s e x u a l n o es u n h o m o s e x u a l d e l m o d o en
q u e e s t a m e s a es u n a m e s a o c o m o a q u e l p e l i r r o j o
es p e l i r r o j o ' [. . - ] L a e t i q u e t a d i a g n ó s t i c a i m p a r t e
una identidad personal defectuosa al paciente. De
allí e n a d e l a n t e e l l a l o i d e n t i f i c a r á a n t e o t r o s y
g o b e r n a r á l a c o n d u c t a d e e l l o s a n t e él y d e él a n t e
ellos. Así el nosólogo psiquiátrico n o sólo describe
l a así l l a m a d a e n f e r m e d a d d e s u p a c i e n t e s i n o q u e
t a m b i é n prescribe su futura conducta."
E n esto S a r t r e y Szasz c o i n c i d e n y a c i e r t a n . M a s ,
u n a v e z r e c o n o c i d o e l h e c h o , ¿ q u é h a c e r ? <^Dejar d e
designar homosexual al homosexual o t r a t a r de en-
tender s u d e m a n d a de ser reconocido corhp ser
singular sin r e d u c i r l o a la etiqueta? ¿Es c a m b i a n -
d o o a n u l a n d o l a clasificación c o m o mejorará l a
suerte d e l h o m o s e x u a l ? (cosa q u e , p o r o t r a p a r t e ,
y a h i z o e n 1974 l a A s o c i a c i ó n P s i q u i á t r i c a d e N o r -
t e a m é r i c a ) . ¿ O es, p o r e l c o n t r a r i o , a t r a v é s d e l a
transformación de las e s t r u c t u r a s q u e h a c e n de l a
clasificación u n i n s t r u m e n t o de descalificación,
d e s h u m a n i z a c i ó n y d e n i g r a c i ó n d e l c l a s i f i c a d o ?_ E l
^ s i s e n l a o p o s i c i ó n a^d^ c l a s i f i c a c i ó n - y d i
tico^parécé™*séT^^^^ dé n o m i n a l i s m o , de
responsabilizar a las palabras utilizadas, dejando
e n ^ J a sombra^3.Jj:LS^jQjdcí:cs q u e ^ u t U i z a n e s a s p a l a -
b r a sJaTêrvj^^ e n ese'ôcuTtaT
m i e n t o " dónde la posición de la a n t i p s i q u i a t r i a , al
m e n o s de l a q u e Szasz proponía, r e s u l t a b a enmas-
c a r a d o r a de l a r e a l i d a d y, p o r eso, c o n f o r m i s t a .
8] " N o c u e s t i o n o l a ' e x i s t e n c i a ' o ' r e a l i d a d ' d e l a s

d i f e r e n c i a s e n l a c o n d u c t a h u m a n a . P e r o e s e n o es
nuestro problema. E l problema que ha infestado
a la psiquiatría y a la sociedad y del que nos h e m o s
o c u p a d o a q u í n o es l a e x i s t e n c i a o l a r e a l i d a d d e
d i v e r s o s m o d o s d e c o n d u c t a p e r s o n a l s i n o el con-
texto, la naturaleza y el propósito del acto clasi-
ficatorio" (cursivas de Szasz).
A h o r a l a s c o s a s s o n c l a r a s e E l t e m a e n sí n o e x -
cluye la posibilidad de su estudio. Sólo que " n o
es n u e s t r o p r o b l e m a " . ¿ D e q u i é n e n t o n c e s ? A h í se
ve la r e n u n c i a d e l a u t o r a l t e r r e n o de la investiga-
ción y l a e n t r e g a d e l c a m p o a los t a n v i l i p e n d i a d o s
p s i q u i a t r a s . D e l o s t r e s e l e m e n t o s q u e Szasz des-
taca, el s e g u n d o , l a " n a t u r a l e z a " d e l a c t o de cla-
sificar, n o r e m i t e a n i n g u n a esencia. Si a l g u n a h u -
b i e s e , s e r í a p r e c i s a m e n t e é s a a l a q u e se a c a b a d e
r e n u n c i a r , el análisis r i g u r o s o de las d i f e r e n c i a s
e n l a e s t r u c t u r a s u b j e t i v a . S i n o es a s í , l a " n a t u -
raleza" r e m i t e al acto m i s m o y a sus efectos. E s t o
es, a l p r i m e r o y a l t e r c e r o d e l o s e l e m e n t o s . L a
" n a t u r a l e z a " depende del " c o n t e x t o " y de su " i n -
tención", o p a r a ser más estriétos, de la d e m a n d a
a la q u e viene, implícita o explícitamente, a satis-
f a c e r . E l p u n t o q u e d e b e a n a l i z a r s e n o es e n t o n a -
„^c^—''-ei-âeto—de-â^siB^QarJl^^
c<3yuntura intóiisul^^ y^ p o l í t i c a e n ^ a q u e _ e L _
aô.^liê_Jk¿ga£íí3^^^^
V Í u T o déT c a p í t u l o q u e se c o m e n t ó , l a c l a s i f i c a c i ó n ^
I p s i q u i á t r i c a es c o a c c i ó n , s í , c u a n d o l a r e l a c i ó n d e
1 poder entre el aparato que clasifica y el objeto
\de l a c l a s i f i c a c i ó n p e r m i t e y h a s t a e x i g e q u e a s í /
^•^^^b__X«^ anáJi-sis d ^ _ e s t . a situación escapa a l a /
CRÍTICA D E LA IMPUGNACIÓN ANTIPSIQUIATRICA 43
fgî<rsfCióh m i s m a p a r a r e q u e r i r u n e s t u d i o "pcíií-
tico-institucional de l a práctica psiquiátrica d e n t r o
d e l a c u a l se c l a s i f i c a , s e d i a g n o s t i c a , se p r o n o s ^
t i c a y se t r a t a a l o s p a c i e n t e s . D e b e v e r s e , p u e s a
íiü^B y^^^^ clasificación e n psiquiatría '
3. L A S F U N C I O N E S D E L A C L A S I F I C A C I O N
DE LA D E M A N D A PSIQUIÁTRICA
(CONOCIDA COMO CLASIFICACION
DE LOS TRASTORNOS M E N T A L E S )
Blashfield y Draguns,^ tras revisar la literatura

t a x o n ó m i c a , s o s t i e n e n q u e l a c l a s i f i c a c i ó n es a s u -
m i d a c o n cinco propósitos p r i n c i p a l e s : 1] c o m o
b a s e p a r a Ja c o m u n i c a c i ó n d e n t r o d e u n a c i e n c i a ;
2 ] p a r a l a a c u m u l a c i ó n {retrieval) de información;
3] c o m o s i s t e m a d e s c r i p t i v o d e l o s o b j e t o s d e es-
t u d i o e n u n a c i e n c i a ; 4] p a r a h a c e r p r e d i c c i o n e s , y
5] c o m o f u e n t e d e c o n c e p t o s a s e r u s a d o s d e n t r o
de u n a teoría científica. L o s a u t o r e s presuponen
— e i n c l u y e n explícitamente esa presuposición e n
tres de los p u n t o s e n u n c i a d o s — q u e l a clasifica-
c i ó n d e l a q u e h a b l a n es l a d e l o s o b j e t o s d e u n a
c i e n c i a . Y s u e x p o s i c i ó n se o r i e n t a d e s p u é s h a c i a
este a r d u o t e m a de clasificar e n psiquiatría. A h o r a
b i e n , s e g ú n se v i o y a e n e l c a p í t u l o 1 d e e s t e t r a -
b a j o , ^ l a c l a s i f i c a c i ó n v i g e n t e n o es l a d e i o s , o b j e s
^tas„ £ic u n a c i e n c i a s i n o l a d e l a s d e m a n d a s de
intervención f o r m u l a d a s a la psiquiafríá, vengan
de. -xionde v e n d a n . Q u e se t r a t a d e u n a p r á c t i c a , t a n
respetable o n o c o m o c u a l q u i e r o t r a : la práctica psi-
quiátrica. Práctica c u y a fundamentación científica
n o está r e s u e l t a de m o d o d e f i n i t i v o s i n o q u e q u e -
da c o m o u n o b j e t i v o a alcanzar. Práctica q u e , c o m o
t o d a o t r a , está o r g a n i z a d a p o r l o s o b j e t i v o s que
pretende lograr, objetivos que no pueden definirse
sino en u n m a r c o ideológico, de opciones a t o m a r ,
de elecciones personales q u e v e h i c u l i z a n m a n d a t o s
s o c i a l e s . E s t a s i t u a c i ó n es v á l i d a p a r a t o d a s l a s
especialidades médicas p o r i g u a l . E n síntesis, " c u -
y R. K . B l a s h f i e l d y J . G. D r a g u n s , " T o w a r d a t a x o -
n o m y of psychopathology: The purpose of psychiatric
c l a s s i f i c a t i o n " , British Journal of Psychiatry, v o l . 129,
1976, p p . 574-583.
[44]
. F U N C I O N E S D E L A C L A S I F I C A C I O N 45
' no es u n o b j e t i v o c i e n t í f i c o s i n o u n a t a r e a
que responde a demandas concretas y
> puede implementarse teniendo o no conoci-
Tpíeptos c i e n t í f i c o s p a r a e l l o . E l a g r a v a n t e e n e l
c¿íSO d e l a e s p e c i a l i d a d p s i q u i á t r i c a es q u e s i b i e n ,
y G o n dificultades, pueden definirse normafivida-
des biológicas e n función ^ de l a a d a p t a b i l i d a d a
m o d i f i c a c i o n e s ambientalesilíi tales d e f i n i c i o n e s s o n
s i e m p r e peligrosas y p o r t a d o r a s de valoraciones
sospechosas de colusión c o n el p o d e r en el caso
del " f u n c i o n a m i e n t o " personal y social.
, E l c a s o eá q u e l o s p r o p ó s i t o s q u e s u b t i e n d e n l a
clasificación dé los o b j e t o s d e u n a práctica n o p u e -
d e n c o n f u n d i r s e c o n los c i n c o reseñados p o r B l a s h -
f i e l d y D r a g u n s p a r a l a s c l a s i f i c a c i o n e s q u e se e f e c -
túan e n e l m a r c o d e u n a c i e n c i a y a e s t a b l e c i d a .
E s más, h a y q u e v e r q u é q u e d a d e esos c i n c o o b -
j e t i v o s después de c o n c e p t u a l i z a r la práctica par-
t i c u l a r e n d o n d e l a c l a s i f i c a c i ó n se u t i l i z a . L a t a r e a
i n m e d i a t a será, p u e s , reseñar las f u n c i o n e s de l a
clasificación de l a d e m a n d a psiquiátrica, t r a t a n d o
de ser exhaustivos a u n q u e , p o r las ambigüedades
d e l c a m p o , n o se p u e d a d e f i n i r u n n ú m e r o r e s -
t r i n g i d o de t a l e s f u n c i o n e s . E l análisis ulterior
podrá s o l d a r dos o más de ellas o i n c l u i r nuevas
con vistas a la e x h a u s t i v i d a d anhelada. L a expo-
s i c i ó n q u e s i g u e a c o n t i n u a c i ó n es p u r a m e n t e d e s -
c r i p t i v a . D e b e e n t e n d e r s e q u e cada u n a de estas
f u n c i o n e s c u m p l i d a s h o y e n día p o r l a práctica
psiquiátrica m e r c e d a los servicios p r e s t a d o s p o r
la clasificación d e p e n d e a s u vez de u n a d e t e r m i -
nación más g e n e r a l q u e p r o c e d e d e l c o n j u n t o de
la práctica social, telón de f o n d o de la economía
política, s o b r e el q u e habrá de leerse y e n t e n d e r s e
la a c t i v i d a d de la " m e d i c i n a de a l m a s " en cada
m o m e n t o de la historia.
L a p r i m e r a de las necesidades q u e v i e n e a lle-

n a r l a c l a s i f i c a c i ó n p s i q u i á t r i c a es l a d e delimitar
la Jurisdicción d e n t r o de la cual puede a c t u a r el
^S^êorge C a n g u i l h e m , Lo normal y lo patológico,
B u e n o s A i r e s , S i g l o X X I , 1971,
a p a r a t o ideológico de la psiquiatría o de l a salud

m e n t a l . T o d o s y c a d a u n o d e l o s i t e m s q u e se
i n c l u y a n serán o b j e t o d e l d i s c u r s o y d e l a i n t e r -
v e n c i ó n d e l o s a g e n t e s d e l a p r o d u c c i ó n psiquiá-
t r i c a . L a clasificación c o m i e n z a p o r m a r c a r u n a
frontera arrogándose el t e r r i t o r i o comprendido
e n t r e esas líneas. A h o r a b i e n , e n t r e l a soberanía
t e r r i t o r i a l y l a d e m a n d a e x i s t e c i r c u l a r i d a d . L a de-
m a n d a , al dirigirse al a p a r a t o ideológico de la
salud m e n t a l , define l o q u e h a de i n c l u i r s e c o m o
" t r a s t o r n o m e n t a l " e n l a clasificación y l a clasifi-
cación acoge l a d e m a n d a y s a n c i o n a c o n algún
dígito c o m p r e n d i d o e n t r e 290 y 319 l a c o r r e c c i ó n
d e l p r o c e d i m i e n t o de p l a n t e a r l a d e m a n d a a este
aparato ideológico.
P o r l o t a n t o , l a c l a s i f i c a c i ó n define y consagra
la legitimidad de las intervenciones del aparato
ideológico sobre el sujeto m o t i v o de la demanda,
s o b r e el " r e f e r e n t e " ( e n s e n t i d o lingüístico) q u e co-
r r e s p o n d e a ese d í g i t o t a x o n ó m i c o . P u e s t o q u e e l p r o -
b l e m a aparece i n c l u i d o e n l a clasificación de los tras-
t o r n o s m e n t a l e s , ese s u j e t o p a d e c e d e u n t r a s t o r n o
m e n t a l y está j u s t i f i c a d a l a aplicación de u n " t r a -
t a m i e n t o " correctivo de l a " e n f e r m e d a d " . Esta fun-
ción d e legitimación se e j e r c e t a n t o s o b r e los
sujetos-agentes como sobre los sujetos-objetos o
pacientes de esta práctica. L a l e g i t i m i d a d i m p l i c a
t a m b i é n l a legalidad. El ordenamiento jurídico-
p o l í t i c o d e l e s t a d o e n c u e n t r a así e n l a t a x o n o m í a
u n i n e s p e r a d o p u n t o de e n g r a n a j e c o n l a práctica
psiquiátrica. E s t o d o el a p a r a t o d e l estado e l q u e
es l e g i t i m a d o y l e g i t i m a d o r p o r u n c a m i n o q u e
atraviesa los o r g a n i s m o s técnicos ( m i n i s t e r i o s de
s a l u d p ú b l i c a ) , r e g u l a d o r e s d e los o r g a n i s m o s rec-
t o r e s d e lá a c t i v i d a d p s i q u i á t r i c a e n c a d a país q u e
tiene como p r o p i o el t e r r i t o r i o a t r i b u i d o p o r u n a
c l a s i f i c a c i ó n q u e es s a n c i o n a d a p o r l a O r g a n i z a c i ó n
M u n d i a l de la Salud.
L a clasificación, así p r o d u c i d a c o m o r e s p u e s t a a
la d e m a n d a p e r o también c o m o justificación de la
d e m a n d a y c o m o instigadora de nuevas demandas,
aparece c o m o u n c o n j u n t o a b i g a r r a d o de items.
FUNCIONES DE LA CLASIFICACIÓN 47
.objetos de l a investigación y de las tareas psiquiá-
'tricas- Por l o t a n t o , puede decirse q u e l a clasifi-
c a c i ó n designa y ubica a los objetos de la práctica
y idel discurso (cada u n o de los trastornos menta-
l e s ) dentro de un espacio topológico unificado (el
suyo). A l i n c l u i r s e en este espacio taxonómico e l
" o b j e t o " r e c i b e también u n a sanción q u e e q u i v a l e
a u n j u i c i o d e e x i s t e n c i a . P u e s t o q u e es c l a s i f i -
cado y q u e l a OAis le asigna u n dígito, el " o b j e t o "
(ejemplos: "esquizofrenia hebefrénica" o "pertur-
b a c i ó n n o s o c i a l i z a d a d é l a c o n d u c t a " ) e x i s t e y es
d a b l e f o r m u l a r p r e d i c a d o s a c e r c a de él.
O b v i a m e n t e , esto sucede c o n c u a l q u i e r clase de
o b j e t o d e c o n o c i m i e n t o q u e es i n c l u i d o e n c u a l -
q u i e r clasificación r e c o n o c i d a . P e r o el epistemó-
logo q u e necesita ser cada agente de la psiquiatría
debe estar a d v e r t i d o de este efecto de la clasifi-
cación s o b r e e l c o n o c i m i e n t o y d e b e e s t a r e n con-
diciones de f o r m u l a r la pregunta pertinente e i m -
p r e s c i n d i b l e : ¿ C ó m o se c o n s t i t u y ó e s t e o b j e t o d e l
discurso de m i disciplina? Debe p r e g u n t a r a cada
Ítem i n c l u i d o e n l a clasificación p o r sus títulos
para o c u p a r el l u g a r asignado, debe estar e n con-
d i c i o n e s d e r e c o n s t r u i r p o r r e c u r r e n c i a , p o r aná-
lisis de los p r o t o c o l o s de fundación de cada " o b -
j e t o " , p o r c o n o c i m i e n t o de las experiencias y las
reglas q u e p r e s i d i e r o n s u formación, la l e g i t i m i d a d
de s u inclusión e n el t e r r i t o r i o de s u práctica
y de s u d i s c u r s o . E s t a referencia a la o b r a de
F o u c a u l t es i m p r e s c i n d i b l e p o r q u e se c o r r e r í a e n
este m o m e n t o el riesgo de h a c e r a p a r e c e r a l a
clasificación, la de l a O M S o c u a l q u i e r o t r a , c o m o
u n s i s t e m a estático y c o s i f i c a d o r de los " o b j e t o s "
que ella incluye. A n o equivocarse. Basta c o n ver
las m o d i f i c a c i o n e s c o n s t a n t e s q u e v i e n e s u f r i e n d o
V é a s e e l c a p . 3 d e La arqueología del saber de

M i c h e l F o u c a u l t ( M é x i c o , S i g l o X X I , 1970), d o n d e se
define a l a psieopatología c o m o u n a rúbrica s e c u n d a r i a ,
r e f l e x i v a y c l a s i f i c a t o r i a respecto d e l c o n j u n t o de obje-
tos q u e ella i n c l u y e f o r m a n d o u n sistema d i s c u r s i v o
c o h e r e n t e q u e i n c l u v e sus p r o p i a s reglas de t r a n s f o r -
mación.
la clasificación de los t r a s t o r n o s m e n t a l e s para

c o m p r o b a r q u e n o es a s í . Y e s t o n o s o l a m e n t e e n
c u a n t o a l a designación d e l " o b j e t o " sino también
en lo que hace a l discurso elaborado en t o r n o a
esa designación. P r e c i s a m e n t e , u n a de l a s f u n c i o -
n e s m á s i m p o r t a n t e s d e l s i s t e m a t a x o n ó m i c o es l a
d e ofrecer un marco, un espacio común, ''donde
los diversos objetos se perfilan y constantemente
se transforman"configurándose de esta manera^
c o m o r e g l a d e t r a n s f o r m a c i o n e s , l a u n i d a d de esta
formación d i s c u r s i v a q u e es l a psiquiatría. E n
o t r a s p a l a b r a s , l a u n i d a d y l a vigencia de la psi-
q u i a t r í a se f u n d a n n o e n l a c o n s e r v a c i ó n s i n o e n
la c o n s t a n t e modificación y corrección de s u dis-
c u r s o , s i g u i e n d o de m o d o implícito ciertas reglas
de producción de sus objetos, de elaboración de
d e f i n i c i o n e s diferenciales de los m i s m o s , de e n u n -
ciación de s u d i s c u r s o , de sistematización de las
nociones y de elección de sistemas referenciales
para d a r cuenta de ellos. E l sistema taxonómico,
en t a n t o q u e n o m e n c l a t u r a , delinea el espacio tan-
t o d e l o s o b j e t o s q u e él i n c l u y e c o m o e l d e l o s
q u e habrán de p r o d u c i r s e p a r a l l e n a r los intersti-
cios q u e también f o r m a n s u t r a m a y q u e l a de-
m a n d a social hará o p o r t u n a m e n t e s a l t a r a la l u z
c o m o exigencias de pensar u n n u e v o o b j e t o o de
repensar, rebautizar, redefinir, u n objeto antiguo.
L a c l a s i f i c a c i ó n es u n p r o d u c t o h i s t ó r i c o , t e m p o r a l ,
sometido a presiones que e m a n a n de otros proce-
sos históricos.^ *
^- M i c h e l F o u c a u l t , op. cit,, p . 53.
' * U n e j e m p l o f u l g u r a n t e a p a r e c e en l a séptima i m -
presión d e l a s e g u n d a e d i c i ó n d e l M a n u a l D i a g n ó s t i c o
y Estadístico d e l o s T r a s t o r n o s M e n t a l e s p r e p a r a d o p o r
la Asociación Psiquiátrica ( N o r t e ) A m e r i c a n a y p u b l i -
c a d o p o r l a m i s m a institución. A l l í p u e d e v e r s e e n l a s
p r i m e r a s páginas d e l v o l u m e n , e x a c t a m e n t e e n t r e e l
índice y el p r e f a c i o , u n r e c u a d r o q u e o c u p a t o d a u n a
página y q u e l l e v a u n título c o n g r u e s o s c a r a c t e r e s :
NOTA i : s P f X i A L - s i ' : p T i M A IMPRESIÓN y c l s i g u i c n t e t e x t o :
*'Desde l a ú l t i m a i m p r e s i ó n d e e s t e M a n u a l , l o s r e p r e -
s e n t a n t e s de l a A s o c i a c i ó n P s i q u i á t r i c a A m e r i c a n a , e n
FUNCIONES DE LA CLASIFICACIÓN 49
; ^ A l fij^î* SU " e s p a c i o " l a c l a s i f i c a c i ó n e n c u a d r a e l
-íi^êno d e l a p r á c t i c a p s i q u i á t r i c a e n r e l a c i ó n c o n
él d e las d e m á s prácticas. L o s " o b j e t o s " p o r e l l a
^ n s i d e r a d o s e n t r a n e n relación, c o n f l i c t i v a o n o ,
cbn los " o b j e t o s " p r o p i o s de o t r a s prácticas. P o r
e j e m p l o , categorías c o m o " a l c o h o l i s m o " y " p e r s o -
n a l i d a d a s o c i a l " se l i g a n a " c r i m i n a l i d a d " e n l a
práctica jurídica, y " r e t a r d o m e n t a l " t i e n e relación
con las caracterizaciones pedagógicas de los p r o -
blemas del aprendizaje. ¿A quién c o r r e s p o n d e u n
caso p a r t i c u l a r ? L o s límites e n t r e las prácticas n o
siempre están claramente marcados y puede
h a b e r c o n f l i c t o s d e j u r i s d i c c i ó n así c o m o t r a n s f e r e n -
cias de u n a a o t r a . P o r e j e m p l o , e l " o b j e t o " " h o -
m o s e x u a l i d a d " puede pasar de la jurisdicción reli-
giosa a l a jurídica, d e ahí a l a psiquiátrica o a l a so-
c i o l ó g i c a a n t e s de^ q u i z á , d e s a p a r e c e r c o m o " o b j e t o "
específico de t o d a práctica. E s d e c i r q u e l a clasi-
f i c a c i ó n p s i q u i á t r i c a señala la articulación de esta
práctica con todas las demás y p u e d e s e r e l esce-
nario del conflicto o del acuerdo entre distintos
aparatos ideológicos del estado. A l o c u p a r u n a
c o m a r c a d e n t r o del c o n j u n t o de l a práctica social,
q u e es l a q u e l e a c u e r d a e s e " e s p a c i o " , l a c l a s i f i -
cación establece sus f r o n t e r a s y sus p u n t o s de
litigio. T a n t o u n a s c o m o o t r o s están históricamente
determinados. E n s u condición de objetos empí-
ricos p r o d u c i d o s p o r abstracción s i m p l e (nociones
q u e c o r r e s p o n d e n a l a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l a ex-
d i c i é h i b r e d e 1973, v o t a r o n p o r l a e l i m i n a c i ó n d e Ho-
mosexualidad per se c o m o u n t r a s t o r n o m e n t a l y sus-
t i t u i r l a consecuentemente p o r u n a n u e v a categoría i n t i -
t u l a d a Perturbación de la orientación sexual. E l c a m b i o
a p a r e c e e n l a página 44 d e ésta, l a s é p t i m a i m p r e s i ó n .
E n m a y o d e 1974 l a decisión d e l o s r e p r e s e n t a n t e s f u e
apoyada p o r u n a mayoría s u s t a n c i a l e n u n referéndum
de l o s m i e m b r o s c o n v o t o d e l a A s o c i a c i ó n . " S e r í a difí-
c i l p e n s a r q u e es u n p r o g r e s o h i s t ó r i c o i n t e r n o d e l a
psiquiatría e l q u e l l e v ó a l a c o n s a g r a c i ó n o f i c i a l ( ¡ d e -
mocráticamente!) de esta modificación. E s s i m p l e m e n t e
el m o d o e n q u e r e p e r c u t e n s o b r e e l l a l o s c a m b i o s p r o -
d u c i d o s e r i o t r a p a r t e y q u e se s a n c i o n a n c u a n d o y a n o
se p u e d e n i g n o r a r m á s .
p e r i e n c i a ) s o n p u n t o s de reunión s o b r e los cuales

c o n f l u y e n las p o s i b i l i d a d e s de acción y de conoci-
m i e n t o d e d i s t i n t a s d i s c i p l i n a s y l o s i n t e r e s e s con-
t r a d i c t o r i o s i d e o l ó g i c a m e n t e d e t e r m i n a d o s de dife-
r e n t e s a p a r a t o s i d e o l ó g i c o s d e l e s t a d o . D e n t r o de
este r u b r o de l a fijación de f r o n t e r a s c o n relación
a las demás prácticas h a y u n a q u e m e r e c e par-
t i c u l a r c o n s i d e r a c i ó n . E s l a d e l i m i t a c i ó n d e la fun-
ción y el campo de la psiquiatría dentro de la
práctica médica, d e n t r o d e l a p a r a t o ideológico y
t é c n i c o d e l a s a l u d . E s t a r e l a c i ó n n o es e n a b s o -
l u t o n a t u r a l . E n l a estructuración de s u discursó
la psiquiatría h a d e b i d o l u c h a r p o r s u reconoci-
m i e n t o , n o sólo c o n los demás aparatos sino tam-
b i é n d e n t r o d e l t e r r e n o d e l a m e d i c i n a , y h a de-
b i d o enfrentarse c o n los i n t e n t o s de relegarla a
la condición de u n discurso hueco ("charlatane-
r í a " ) , a l i m i t a r l a a s u función c u s t o d i a l y a ab-
sorberla dentro de la especialidad neurológica.
B u e n a parte del encarnizamiento actuado p o r la
psiquiatría académica c o n t r a sus críticos i n t e r n o s
d e r i v a d e l a n e c e s i d a d e n q u e se v e d ^ m o s t r a r
u n r o s t r o a c e p t a b l e p a r a e l c o n j u n t o de las de-
más especialidades médicas. Para hacerse recono-
c e r e n ese t e r r e n o es n e c e s a r i o s u b r a y a r y d e s t a c a r
t o d a v e z q u e se p u e d a l a i m p o r t a n c i a d e l a s a l t e -
raciones biológicas, s i e m p r e de t a n p r e c a r i a com-
probación e n este c a m p o , y atenerse a los c r i t e r i o s
de "objetivación" q u e p r o b a r o n ya s u validez en
la m e d i c i n a de r a i g a m b r e científiconatural. L a psi-
q u i a t r í a es, d e s d e e l s u f i j o m i s m o q u e l a d e s i g n a ,
i n t e g r a n t e d e l c a m p o m é d i c o p e r o , a l a vez, ese
c a m p o m é d i c o le d i s c u t e s u estatus y n o s i e m p r e
r e s u l t a fácil a l p s i q u i a t r a , p o r " o r g a n i c i s t a " q u e
sea, h a c e r s e r e c o n o c e r p o r s u s c o l e g a s m é d i c o s . L a
importancia otorgada a la clasificación de los
" t r a s t o r n o s " , el énfasis p u e s t o e n q u e s o n " e n f e r -
m e d a d e s " , l a r e f e r e n c i a c a s i c o m p u l s i v a a l a auto^-
r i d a d de la O M S y las reticencias p a r a hacer l u g a r
a otras fuentes de o b j e t i v i d a d d i s t i n t a s de la bio-
logía t i e n e n q u e v e r c o n esta necesidad de la psi-
quiatría, e n t a n t o q u e a p a r a t o ideológico, de o c u -
DE LA CLASIFICACIÓN 51
n lugar d e n t r o de la o r q u e s t a médica de pres-

supuestamente indiscutible.
las c o n d i c i o n e s d e l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a , esta
de u n c i e r t o s e c t o r d e a c t i v i d a d e s y ser-
^©¿os c o n r e l a c i ó n a o t r o s p r o v i s t o s p o r o t r o s
aparatos ideológicos y c o r p o r a c i o n e s implica la
delimitación de un mercado. L a inclusión de u n
itetii d e n t r o de l a clasificación c o n l l e v a l a j u s t i f i -
cación d e las p r e t e n s i o n e s s o b r e las p a r t i d a s p r e -
supuestarias destinadas a prevenir, controlar* ó
e i ^ a d i c a r ese " t r a s t o r n o " . I n c i d e i g u a l m e n t e s o b r e
e l p r e s t i g i o y el p o d e r d e l a c o r p o r a c i ó n q u e sus-
tente s u maestría s o b r e e l " o b j e t o " e n cuestión.
Piénsese e n l a p e r t i n e n c i a d e q u e sea o n o e l
psiquiatra el l l a m a d o a i n t e r v e n i r e n casos de alco-
holismo, p r o b l e m a s sexuales, conyugales, escolares
y laborales o e n los casos r e l a c i o n a d o s c o n e l de-
lito o las c o s t u m b r e s i r r e g u l a r e s . L o s m e d i o s m a -
sivos de difusión, a l d i r i g i r s e a l i n t e g r a n t e de l a
institución p s i q u i á t r i c a c o n s i d e r á n d o l o c o m o ex-
perto p a r a r e s p o n d e r a las p r e g u n t a s sobre tales
" t r a s t o r n o s " , r a t i f i c a n y amplían la atribución de
autoridad y territorio consagrada p o r la clasifi-
cación.
Por su tendencia expansiva y su cobertura cada
vez m a y o r l a clasificación psiquiátrica h a t e r m i -
nado p o r ser u n sistema q u e n o puede n o i n c l u i r
a u n s u j e t o q u e sea r e m i t i d o p a r a s u identificación-
inclusión c o m o c a s o . T a n t o es así q u e l a más-que-
borgiana categoría " s i n t r a s t o r n o m e n t a l " puede
resultar absolutamente i n ú t i l . L a clasificación
opera s i g u i e n d o u n a auténtica " e s t r a t e g i a de l a
araña" q u e fija el l u g a r d e l s u j e t o antes de llegar
él a o c u p a r l o . E l e s p a c i o t a x o n ó m i c o opera como
una red simbólica omnicomprensiva y preexistente
que incluye seguramente, y p o r anticipado, a todo
aquel que, p o r u n o u o t r o m o t i v o , llegue a ser
p r o b l e m a p a r a sí m i s m o o p a r a o t r o . E s t a r e d s i m -
^* ¿ S e r á p o r eso q u e y a n o se l a e n c u e n t r a e n l a
N o v e n a Revisión de l a Clasificación I n t e r n a c i o n a l de
las E n f e r m e d a d e s , v i g e n t e d e s d e e n e r o d e 1979?
b ó l i c a se d i s t i n g u e , s i n e m b a r g o , d e l a t e l a r a ñ a
p o r q u e n o está p a s i v a m e n t e a g u a r d a n d o q u e el
s u j e t o ( c o m o el insecto) llegue hasta ella sino que
permite localizctr y señalar a los " r e f e r e n t e s " del
d i s c u r s o psiquiátrico, encarnaciones del "objeto"
taxonómico. Es de destacar el refuerzo que ha
r e c i b i d o este e f e c t o i n f i l t r a n t e d e l a clasificación
p o r o b r a y g r a c i a de l a generalización y automa-
tización d e las p r u e b a s m e n t a l e s , e n p a r t i c u l a r de
los l l a m a d o s cuestionarios de p e r s o n a l i d a d auto-
a d m i n i s t r a d o s , q u e p e r m i t e n q u e la corporación
psiquiátrica b u s q u e a sus referentes en el t r a b a j o
o e n l a escuela. E l i d e a l parece ser el d e u n diag-
nóstico c o m p u t a r i z a d o p e r m a n e n t e de t o d a la po-
blación que p e r m i t a detectar precozmente toda
d i f e r e n c i a s i n g u l a r . . . y r e d u c i r l a . M á s allá d e los*
ecos apocalípticos y fantacientíficos de semejante
afirmación h a y q u e r e c o r d a r la frase y a citada de
Straker en la p r i m e r a parte (p, 261) y lo que
dice u n o de los teóricos más r e p u t a d o s e n el tra-
t a d o más i m p o r t a n t e de la psiquiatría c o n t e m p o -
ránea:^^ "Difícilmente q u e p a n d u d a s de q u e la
noción de 'enfermedad m e n t a l ' ha sido inflada
m u c h o m á s allá d e l a l e g í t i m a c i e n c i a y práctica
m é d i c a s , p o r e j e m p l o , c u a n d o se c o n s i d e r a a l a l -
c o h o l i s m o , la drogadicción y la delincuencia juve-
n i l c o m o 'enfermedades' más que c o m o u n a m a l a
conducta (misbehavior) q u e traspasa las reglas
sociales y c u l t u r a l e s vigentes. L a cuestión de si
ellas s o n o n o 'psiquiátricas' sigue s i e n d o de l o
más precaria c o m o lo demuestran los testimonios
contradictorios de respetables psiquiatras en cual-
q u i e r caso forense." Para p o d e r hacer pasar todos
estos p r o b l e m a s de la marginación a l c a m p o de
l a p s i q u i a t r í a se t i e n d e h o y a d e s p l a z a r l a a c t i v i -
d a d clínica o r i e n t a d a a l a búsqueda de signos y
síntomas de supuestos procesos mórbidos hacia
el t e r r e n o de las evaluaciones c u a n t i t a t i v a s cori ins-
L. V . B e r t a l a n f f y , " G e n e r a l S y s t e m t h e o r y a n d psy-
c h i a t r y " , e n A r i e t i S.: American Handbook of psychia-
try, N u e v a Y o r k , B a s i c B o o k s , 1974, p . 1111.
:N-ClONES DE EA CLASIFICACIÓN 53
i t o s q u e se a u t o c a l i f i c a n d e c o n f i a b l e s . E l
a s e v e i n u n d a d o d e "rating scales*\-
evaluación de l a a n s i e d a d , d e l a depresión^
lo, q u e t i e n d e n a " m e d i r " e l m a l e s t a r y e l
^^^ínáento pasando p o r e n c i m a de los problemas
C(3^ce^tuales, p o r e n c i m a d e l s e n t i d o de los "sín-
tOJiaas" y h a s t a p o r e n c i m a d e l o s f u n d a m e n t o s d e
la . p r o p i a psiquiatría de r a i g a m b r e kraepeliniana
función de u n a r e s p u e s t a p r o n t a a l a d e m a n d a
individual y social. L a opulenta i n d u s t r i a de los
- m a c o s n o es a j e n a a e s t e c a m b i o contem-
poráneo.
L a c l a s i f i c a c i ó n abre la posibilidad y exige la
producción de un glosario, de u n catálogo de defi-
niciones de los términos q u e ella incluye. Este
g l o s a r i o se p r e s e n t a c o m o c o n j u n t o d e d e f i n i c i o -
nes " o b j e t i v a s " , es d e c i r c o m o a b s t r a c c i ó n d e l a s
cualidades p r o p i a s y de las m u t u a s diferencias q u e
p r e s e n t a n esos " o b j e t o s " q u e son los trastornos
mentales. L a definición oficial supone u n observa-
d o r ingenuo, desprovisto de presupuestos teóricos
q u e se l i m i t a a r e g i s t r a r " d a t o s " q u e e s t a r í a n t a m -
bién o b j e t i v a m e n t e presentes en la h i s t o r i a y en
e l e s t a d o a c t u a l d e l c a s o . Se l o g r a r í a así, s o b r e
la base de u n común d e n o m i n a d o r o b s e r v a c i o n a l , el
acuerdo y l a u n a n i m i d a d de los clínicos p o r enci-
m a de las diferencias d o c t r i n a r i a s q u e l o s sepa-
ran. Esta p o s t u r a e m p i r i s t a y descriptivista pre-
tende i g n o r a r q u e t o d a a c t i v i d a d semiológica está
comandada p o r u n a c i e r t a c o n c e p c i ó n d e l o s fe-
n ó m e n o s q u e se a n a l i z a n . E n l o s h e c h o s , s e t r a d u -
ce p o r u n a r a t i f i c a c i ó n e n e l n i v e l d e l a práctica
psiquiátrica de u n a psicología e l e m e n t a l , elemen-
talista, decimonónica, q u e ya nadie sustenta e n el
plano de l a psicología m i s m a y p o r u n a convali-
dación de los c r i t e r i o s ideológicos de n o r m a l i d a d /
a n o r m a l i d a d e i n t e g r a c i ó n / d e s v i a c i ó n social.^^ Q u e -
1^ U n ú n i c o e j e m p l o e n t r e m u c h o s . E l D S M - I I d e l a
Asociación Psiquiátrica ^s[orteamericana define s u i t e m
308.4 Reacción delicti\â grupal de la infancia (o ado-
lescencia): " L o s i n d i v i d u o s c o n este t r a s t o r n o h a n a d -
q u i r i d o los valores, c o n d u c t a y capacidades de u n
d a n implícitas también l a abstracción y l a renun-

c i a a l o s d e s a r r o l l o s científicos q u e p u d i e s e n ya
e x i s t i r p a r a l a c o m p r e n s i ó n y l a e x p l i c a c i ó n d e las
d e t e r m i n a c i o n e s d e l caso, los q u e d e b e n b o r r a r s e
en aras de la " o b j e t i v i d a d " entendida c o m o actitud
f e n o m e n o l ó g i c a y m í n i m o c o m ú n d e n o m i n a d o r pa-
r a l a comunicación. E n este s e n t i d o , l a clasifica-
ción c o a d y u v a a d e s c o n o c e r l a s i n g u l a r i d a d psico-
h i s t ó r i c a , e l p r o c e s o d e s u j e t a c i ó n p o r e l c u a l se
p a r t i c u l a r i z a l a r e l a c i ó n d e l i n d i v i d u o c o n e l sis-
t e m a d e r e f e r e n c i a s s.irnbólicas, c o n l a L e y , l u g a r
de s u inclusión e n t a n t o q u e s u j e t o .
E l s i s t e m a de los o b j e t o s de l a clasificación y
d e l a s d e f i n i c i o n e s d e l g l o s a r i o i n t e g r a ese s i s t e m a
simbólico ( c o m p a r a d o c o n u n a telaraña) descrito
e n u n o de l o s últimos párrafos. Se establece de
este m o d o u n a primacía d e l " o b j e t o " sobre el "re-
ferente", de la categoría gnoseológica presente en
el espacio clasificatorio sobre el sujeto concreto
q u e h a b r á d e s e r s o p o r t e d e e s a c a t e g o r í a . Se
o b s e r v a e n a c c i ó n a u n e f e c t o q u e P é c h e u x ^' h a c e
n o t a r respecto de l a ideología jurídica: u n sistema
g r u p o o b a n d a de delincuentes a los cuales ellos son
l e a l e s y c o n l o s c u a l e s c a r a c t e r í s t i c a m e n t e (?) r o b a n ,
faltan a la escuela y se quedan tarde en la noche. Tal
afección es m á s c o m ú n e n l o s m u c h a c h o s q u e e n l a s
chicas. Cuando l a d e l i n c u e n c i a g r u p a l sucede én
las chicas, i n c l u y e h a b i t u a l m e n t e d e l i n c u e n c i a sexual
i?), a u n q u e el hurto e n l o s n e g o c i o s es t a m b i é n c o m ú n "
(cursivas e interrogaciones del a u t o r ) .
M i c h e l P é c h e u x : Les vérités de La Pólice, París,
M a s p e r o , 1975, p . 143: " P o r e n c i m a d e l a e v i d e n c i a e n
la cual 'ciertamente y o soy y o ' (con m i n o m b r e , m i
f a m i l i a , m i s a m i g o s , m i s recuerdos, m i s ideas, m i s i n -
tenciones y m i s c o m p r o m i s o s ) , existe e l proceso de la
i d e n t i f i c a c i ó n - i n t e r p e l a c i ó n q u e produce a l sujeto en el
l u g a r d e j a d o v a c í o : ' a q u é l q u e . . . ' , es d e c i r X , e l quí-
d a m q u e se encontrará allí; y e s t o b a j o d i v e r s a s f o r -
m a s , i m p u e s t a s p o r l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s jurídico-ideo-
l ó g i c a s . E l f u t u r o a n t e r i o r d e l a l e y j u r í d i c a 'aquél q u e
haya causado u n d a ñ o . . . ' (y l a ley encuentra siempre
alguien a quien echarle el diente, u n a 'singularidad' a
la cual aplicar s u 'universalidad'), produce a l sujeto
b a j o l a f o r m a d e l sujeto de derecho
'UNCIONES DE LA CLASIFICACIÓN 55
lugares vacíos q u e deberán ser ocupados p o r

[iiél q u e . . . " c o n r e l a c i ó n a l o s c u a l e s s e u b i c a
la s u j e t o . E n e l p l a n o d e l o s c ó d i g o s e s t a s e s p e -
^gcaciones producen y delimitan al sujeto de
acecho. E n este t e r r e n o de la s a l u d m e n t a l , el
^ t i j u n t o d e d e f i n i c i o n e s d e l g l o s a r i o produce el
concepto de un sujeto de la psiquiatría c o n rela-
ción a c u y a u n i v e r s a l i d a d d e b e p o s i c i o n a r s e y s e r
j u z g a d o c a d a s u j e t o s i n g u l a r . Se d e s i g n a así d e
m o d o implícito a l sujeto qué " d e b e s e r " como
aquel carente de los a t r i b u t o s q u e c o n f i g u r a n las
distintas definiciones del glosario (cosa p o r o t r a
p a r t e i m p o s i b l e , s e g ú n y a se v i o ) . A l c a n z a así l a
clasificación, d e l m i s m o m o d o e n q u e l o h a c e e l
sistema de las leyes y de los códigos, u n carácter
norrriativo.
L a c l a s i f i c a c i ó n e j e r c e u n efecto de engendra-
miento sobre los agentes de la psiquiatría. L o hace
al d e l i m i t a r l e s s u jurisdicción, s u terminología, s u
i d e n t i d a d , s u m e r c a d o y sus relaciones c o n las de-
más p r o f e s i o n e s . E l ser social, d e t e r m i n a n t e d e l a
conciencia d e l p s i q u i a t r a , pasa p o r s u inclusión en-
tre los q u e p u e d e n y deben m a n e j a r el sistema
c l a s i f i c a t o r i o . L a i d e n t i d a d p s i q u i á t r i c a es l a d e u n
sujeto más o menos identificado c o n el sistema
taxonómico u n i v e r s a l . P o r s u u n i v e r s a l i d a d ese
sistema n o sólo engendra a los psiquiatras sino
q u e t a m b i é n los unifica en su lenguaje y en su
práctica. L a m e t a f ó r i c a t e l a r a ñ a a l a q u e se h i z o
referencia n o sólo p r e f i g u r a el l u g a r de l a m o s c a
sino q u e también d e t e r m i n a el l u g a r y las acciones
d e l a a r a ñ a . E s m á s , l a a r a ñ a s ó l o es a r a ñ a e n
la m e d i d a e n q u e aparezca en el puesto q u e le
c o r r e s p o n d e d e n t r o d e s u t e l a . Y q u e n o se c e d a
a l a e v i d e n c i a de p e n s a r q u e c a d a araña teje p o r
sí m i s m a s u p r o p i a r e d . E l l a e s s i m p l e m e n t e e l
agente d e u n p l a n q u e l a t r a s c i e n d e . Así c o m o l a
araña, a l n a c e r c o m o araña, está y a d e t e r m i n a d a
p a r a t e j e r esa t e l a y n o o t r a y p a r a a c t u a r d e esa
manera y n o de o t r a cuando algo cayere en el
t e j i d o , así t a m b i é n e l p s i q u i a t r a c u a n d o "nace"
c o m o p s i q u i a t r a l o hace ya en la r e d de los " o b -
56 CLASIFICAR EM PSIQUIATRÍA
jetos" de l a psiquiatría y de sus definiciones,

d o n d e l o único c o n t i n g e n t e será e l r e f e r e n t e , " a q u e l
q u e . . . " presentare tales y cuales manifestaciones
de trastorno mental, sabiendo siempre q u e rio
f a l t a r á q u i e n se i n c l u y a e n e l l u g a r p r e v i s t o . A n o
p e n s a r a h o r a e n e l p s i q u i a t r a c o m o agente dé u n a
a c t i v i d a d p e r v e r s a . É l es s i m p l e m e n t e e l s o p o r t e
d e u n d i s c u r s o q u e l o h a c o n s t i t u i d o c o m o psi-
q u i a t r a . P e r o es t a m b i é n e l l u g a r s o b r e e l q u e r e -
c a e l a d e m a n d a d e a l i v i a r s u f r i m i e n t o s , u n a de-
m a n d a m u c h a s veces a b r u m a d o r a p o r l a indefen-
s i ó n e n q u e se e n c u e n t r a . A n o r e p r e s e n t a r s e a l
p s i q u i a t r a c o m o u n p é r f i d o g e n d a r m e . É l es e l s i t i o
de u n a contradicción e n t r e discursos contrapues-
t o s . E)e l o q u e a q u í se h a b l a n o es d e l p s i q u i a t r a
c o m o p e r s o n a s i n o d e l p s i q u i a t r a c o m o función en
t a n t o es d e f i n i d a p o r e l d i s c u r s o p s i q u i á t r i c o . V a l e
r e c o r d a r a q u í q u e " e l s i g n i f i c a n t e es a q u e l l o q u e
r e p r e s e n t a el s u j e t o a n t e o t r o s i g n i f i c a n t e " (La-
can) p a r a evitar las t r a m p a s del s u b j e t i v i s m o y
de l a atribución de buenas o malas intenciones.
E s t o q u i e r e d e c i r q u e l a clasificación n o sólo
f u n c i o n a c o m o i n s t r u m e n t o p a r a la producción de
l a s p r e s t a c i o n e s p s i q u i á t r i c a s s i n o q u e a d e m á s se-
íialcL el camino para la reproducción de sus agen-
tes. L a formación de los p s i q u i a t r a s , p u n t o de
contacto entre el aparato ideológico escolar y el
de l a s a l u d m e n t a l , está d e h e c h o r e g u l a d a p o r l a
c l a s i f i c a c i ó n y ésta, a s u v e z y c o m o y a se v i o ,
está c o n f i g u r a d a p o r l a d e m a n d a e n u n a relación
c i r c u l a r d e m u t u a r e m i s i ó n d e u n a a o t r a . A s í es
c o m o las d e m a n d a s d i r i g i d a s a l a psiquiatría orga-
n i z a n l a f o r m a c i ó n p s i q u i á t r i c a . E l p s i q u i a t r a de-
berá estar en condiciones de reconocer y t r a t a r a
l o s c a s o s q u e s e l e d e r i v a n : é s o es l o q u e h a y q u e
enseñarle. N u e v a m e n t e e l p r e j u i c i o e m p i r i s t a feno-
menológico encaminado a u n a falsa objetividad
guiará l a a c t i v i d a d , esta vez l a d e l m a e s t r o . L o s
ejes f u n d a m e n t a l e s habrán de ser el c o n o c i m i e n t o
(necesario, q u e n a d i e l o d u d e ) de la a c t i v i d a d ner-
viosa, l a esterilizante psicología decimonónica c o m o
guía semiológica y u n c i e r t o saber d i f u s o y asis-
fOJNClONBS DE LA CLASIFICACIÓN 57
lîaaático d e t é c n i c a s p s i c o t e r a p é u t i c a s objetivado-
y adaptacionistas basadas en el p r e j u i c i o de
i|tie e l p a c i e n t e , c u a n d o n o e s o r g á n i c o , e s p a c i e n t e
p^^qixe e n a l g o está e q u i v o c a d o y q u e l a función
^ 1 p s i q u i a t r a , s a c e r d o t e laico, es l a d e "hacerle
v^" su error y reubicarlo en la buena senda para
q u e c o n o z c a q u é es l o " a d e c u a d o " y l o " m a d u r o "
en s u situación. L o s p r e j u i c i o s o b j e t i v i s t a s y des-
criptiyistas o b r a n aquí p o n i e n d o e n t r e paréntesis
y e q u i p a r a n d o a todas las d o c t r i n a s psicológicas
< F r e u d es u n c a p í t u l o , R o g e r s . es o t r o , t o d o d a
iûal) y excluyendo, fuera de algunas referencias
anodinas, los conceptos fundamentales de la lin-
^ í s t i c a , l a a n t r o p o l o g í a y e l m a t e r i a l i s m o hi^tó-
lico. E l estudiante, m a n e j a n d o u n a epistemología
espontánea d e t i p o c o n t i n u i s t a llega a sentir q u e
sólo h a y certeza e n e l c a m p o d e l a biología m i e n -
tras q u e e n el c a m p o de los fenómenos de con-
c i e n c i a y c o n d u c t a t o d o es c o n j e t u r a l y d e b a t i b l e .
E n l a p r á c t i c a e s t o se m a n i f e s t a r á c o m o u n a c o n -
fianza i l i m i t a d a e n los cada vez más costosos ins-
t r u m e n t o s de l a m e d i c i n a científiconatural y p o r
xma d e s c o n f i a d a i n d i f e r e n c i a a n t e las e x p l i c a c i o n e s
metapsico lógicas de los p r o c e s o s s u b j e t i v o s . U n
e x t r e m o se o b s e r v a c u a n d o , p e s e a l a n e g a t i v i d a d
de l o s m á s r e f i n a d o s e s t u d i o s n e u r o l ó g i c o s , se s i -
gue p e n s a n d o e n l a o r g a n i c i d a d d e casos c u y a ex-
plicación e n términos d e h i s t o r i a p e r s o n a l y d e
c o n f l i c t o es e v i d e n t e , sencilla y completa. Otro
e x t r e m o es e l q u e se a l c a n z a e n l a r e d u c c i ó n d e l a
problemática del paciente a l t r a s t o r n o orgánico
c u a n d o e s t e p u e d e s e r d e t e c t a d o o es p r e s u m i b l e .
A s í , se d i r á q u e t a l p a c i e n t e " e s u n l ó b u l o t e m p o -
r a l " y se l e t r a t a r á c o n e l f á r m a c o q u e l a p u b l i c i d a d
t r a s n a c i o n a l señala c o m o a d e c u a d o , dejando de
lado la posición v i t a l d e l sujeto e n q u i e n aparecen
p r e c i s a m e n t e esos síntomas y n o o t r o s e n relación
con ciertas personas y n o otras y en ciertas situa-
os N é s t o r A . B r a u n s t e i n , M a r c e l o P a s t e r n a c , Gloria
B e n e d i t o y F r i d a S a a l , Psicología: ideología y ciencia,
M é x i c o , S i g l o X X I , 1975, c a p . i .
58 CLASIFICAR E N -PSIQUIATRÍA
ciones q u e n o son todas. E n estos casos de flagran-

te d e s c o n o c i m i e n t o o p e r a n p r e m i s a s filosóficas in-
v i s i b l e s : l a s d e l m a t e r i a l i s m o v u l g a r q u e d e f i n e la
" o b j e t i v i d a d " e x c l u s i v a m e n t e e n relación c o n l a ma-
t e r i a l i d a d d e l o s c u e i r p o s físicos y q u e es i n c a p a z
de r e c o n o c e r el carácter o b j e t i v o de las relaciones
sociales o de l a estructuración s u b j e t i v a . E l obje-
t i v i s m o d e l a s d e s c r i p c i o n e s p u e d e c u m p l i r así la
función d e e n m a s c a r a r t o d a o b j e t i v i d a d n o corpó-
r e a . E l f u t u r o p s i q u i a t r a es i n c o r p o r a d o p o r s u s
maestros a l m i s m o discurso p o r t a d o r de l a m i s m a
i g n o r a n c i a s o b r e estos t i p o s n o cientificonatúrales
de d e t e r m i n a c i ó n . L a ausencia de c r i t e r i o s episte-
mológicos discontinuistas p e r m i t e considerar en
u n m i s m o n i v e l a los d e s a r r o l l o s científicos y a
las f o r m u l a c i o n e s ideológicas respecto d e l psiquis-
m o y de l a sociedad. E s t a i g n o r a n c i a enseñada p o r
e l s i s t e m a d e e d u c a c i ó n u n i v e r s i t a r i a n o es sólo
ausencia de c o n o c i m i e n t o sino también oblitera-
ción de la p o s i b i l i d a d de c o n o c i m i e n t o .
L a afirmación, c o n criterios pragmatistas, de la
supremacía de l a descripción o b j e t i v a p o r sobre
l a t e o r í a q u e i g n o r a q u e h a y otra teoría detrás de
e s e m i s m o p r e j u i c i o o b j e t i v i s t a , actúa como guía
y estructurante de la percepción del agente de la
psiquiatría. F o r m a d o e n e l c o n o c i m i e n t o de l a cla-
sificación y e n l a d i s c i p l i n a de h a c e r e n t r a r los
casos concretos d e n t r o d e l sistema d i g i t a l univer-
s a l m e n t e aceptado, el p s i q u i a t r a escucha a sus pa-
cientes c o n u n a cuadrícula de especificación q u e
l e es a p o r t a d a p o r e l s i s t e m a d e l a s d e f i n i c i o n e s
del glosario. L a semiología realizada c o n intención
clasificatoria busca los signos " o b j e t i v o s " de los
^® J a c q u e s L a c a n , " P r o p o s s u r l a causalité p s y c h i q u e "

( 1 9 4 6 ) , e n ^crits, P a r í s , S e u i l , 1966, p p . 151-193. E s t e
i m p o r t a n t e t r a b a j o s o b r e el t e m a de l a relación e n t r e
e l p s i c o a n á l i s i s y l a p s i q u i a t r í a o r g a n i c i s t a n o está
i n c l u i d o e n l a e d i c i ó n e n e s p a ñ o l d e l o s Escritos apare-
c i d a en dos volúmenes b a j o el sello de Siglo X X I .
A p a r e c i ó , sí, e n u n a v e r s i ó n p r e s u m i b l e m e n t e n o a u t o -
r i z a d a e n B u e n o s A i r e s , e n 1977 c o n e l t í t u l o d e Notas
sobre la causalidad psíquica, ediciones H o m o Sapiens.
tMS FUNCIONES DE LA CLASIFICACIÓN 59
trastornos de las funciones psíquicas y desatiende
a ' sus p r o c e s o s de determinación. E l diagnóstico,
la identificación d e l dígito más a d e c u a d o según el
glosario, pasa a ser el m o m e n t o más i m p o r t a n t e de
la práctica psiquiátrica, e l eje de los empeños
d e l o s m a e s t r o s d e p s i q u i a t r í a . E l d i a g n ó s t i c o es
el m o d o c o n c r e t o d e e x i s t e n c i a d e l a clasificación.
L a r e l a c i ó n e n t r e a m b o s es c o m p a r a b l e a l a q u e
existe e n t r e l e n g u a y h a b l a e n l a lingüística saus-
s u r i a n a . P e r o e l p s i q u i a t r a se s i e n t e n ; i o l e s t o c o n l a
p o l i s e m i a de las categorías diagnósticas y c o n la
ambigüedad de las situaciones q u e o b l i g a n o per-
m i t e n considerar desde u n a doble perspectiva al
paciente. E l m o m e n t o de u n diagnóstico n o am-
b i g u o d e n t r o d e u n a c a t e g o r í a m o n o s é m i c a se p r e -
senta c o m o el i d e a l de l a situación t r a n q u i l i z a d o r a .
L a a s i g n a c i ó n d e u r v d í g i t o n o es u n a c t o p u r a m e n t e
f o r m a l . E s el m o m e n t o en q u e el n o saber del
p a c i e n t e a c e r c a d e l o q u e l e s u c e d e es r e m i t i d o a
la ilusión de u n s a b e r q u e está i n t e r n a c i o n a l m e n t e
consagrado p o r la máxima a u t o r i d a d . E l descono-
cimiento del paciente encuentra su contrapartida
c o n f o r t a b l e e n el s u p u e s t o saber de l a institución
p s i q u i á t r i c a . Q u e n o se e n t i e n d a a q u í u n a d e s c a l i -
f i c a c i ó n d e l a c t o d i a g n ó s t i c o . P e r o q u e se t e n g a
e n c u e n t a q u e e l d i a g n ó s t i c o es u n m o m e n t o e n e l
c a m i n o h a c i a e l s a b e r , n u n c a u n s a b e r e n sí. E s
i m p o r t a n t e p o d e r decir " h i s t e r i a de conversión",
p e r o e n l a m e d i d a e n q u e se s e p a q u e c o n t a l e t i -
queta u n o n o alcanzó u n c o n o c i m i e n t o sino apenas
u n enigma. Sólo c o n el diagnóstico alcanzado se
plantea el p r o b l e m a de r e c o n s t r u i r el p r o c e s o q u e
conduce desde u n a cierta c o y u n t u r a subjetiva a
l a a p a r i c i ó n d e l o s s í n t o m a s . E n t a l s e n t i d o es
ejemplar recordar el i t i n e r a r i o freudiano cuando,
e n t r e 1893 y 1 8 9 6 , p r o p o n e l a s c a t e g o r í a s n o s o l ó g i -
cas d e h i s t e r i a d e d e f e n s a , n e u r o s i s a c t u a l , n e u r o -
sis o b s e s i v a , neurosis de angustia e h i s t e r i a de
angustia, bases de la a c t u a l n o s o t a x i a de las n e u r o -
sis p e r o , n o q u e d á n d o s e e n ese n i v e l c l a s i f i c a t o r i o
y d e s c r i p t i v o , pasa a i n t e r r o g a r s e sobre las c o n d i -
ciones de producción y de m a n t e n i m i e n t o de las
e s t r u c t u r a s psicopatológicas y alcanza l a dimensión

metapsicológica q u e h o y l l e v a e l n o m b r e d e psico-
análisis c o m o integración d e u n a teoría, u n m é t o d o
y u n a técnica. Y es t a m b i é n e j e m p l a r señalar la
e x i s t e n c i a d e l m i s m o i t i n e r a r i o e n L a c a n , discípulo
d e C l é r a m b a u l t , q u e p a s a d e s d e l a p s i q u i a t r í a más
organicista a interrogarse sobre " l a psicosis para-
n o i c a e n sus relacioiies c o n l a p e r s o n a l i d a d " y
d e a l l í a l o q u e es " f o r m a d o r d e l a f u n c i ó n d e l y o "
(el estadio d e l espejo) p a r a acabar s u b r a y a n d o la
dépendériciá d e l h o m b r e r e s p e c t o d e l m u n d o sim-
bólico y , a p a r t i r de esa tesis, reconceptualizar
t o d a l a psieopatología.
P a r a a r r i b a r a l d i a g n ó s t i c o e n l a psiquiatría cla-
s i f i c a t o r i a es m e n e s t e r a b s t r a e r l a s c i r c u n s t a n c i a s
vitales históricas y c o n s i d e r a r l a s c o m o l o acciden-
tal y contingente. L a búsqueda del médico debe
p e r f o r a r la masa de los acontecimientos singulares
p a r a alcanzar el estrato de los objetos clasificados.
E l m é t o d o psicoanalítico p r o c e d e e n s e n t i d o i n -
verso, t r a t a n d o de r e c o n s t r u i r el p r o c e s o de elabo-
ración del d i s c u r s o del a n a l i z a n d o ; p a r a ello debe
p o n e r e n t r e paréntesis a l síntoma, a l síndrome, a
la e n f e r m e d a d , p a r a r e d e s c u b r i r a l paciente o c u l t o
por la mirada objetivadora del clasificador y poder
e x p l i c a r las fuentes de la a n g u s t i a y d e l s u f r i m i e n -
t o . E l p s i c o a n á l i s i s se p r o p o n e m a r c h a r e n f o r m a
r e c u r r e n t e desde el diagnóstico hacia el conoci-
m i e n t o . E s t a vía n o p u e d e d e j a r d e p a r e c e r extraña
e n m o m e n t o s e n q u e las f o r m a s d o m i n a n t e s de l a
p r á c t i c a p s i q u i á t r i c a se c a r a c t e r i z a n p o r o c u l t a r ese
proceso bajo la f o r m a de u n a prescripción psicofar-
macológica q u e " t r a n q u i l i c e " c u a n t o antes a l pa-
c i e n t e y a s u m é d i c o c o n la ilusión de u n a eficien-
cia práctica y c e r r a n d o los ojos ante l o p r e c a r i o
J a c q u e s L a c a n , De la psicosis paranoica en sus rela-

ciones con la personalidad (1932), M é x i c o , S i g l o X X I ,
1976; J a c q u e s L a c a n , " E l e s t a d i o d e l e s p e j o c o m o f o r -
m a d o r d e l a función d e l y o t a l c o m o se n o s r e v e l a e n
l a e x p e r i e n c i a p s i c o a n a l í t i c a " , e n Écrits c i t . , p p . 93-100
{Escritos /, M é x i c o , S i g l o X X I , 1971].
ÍUKGIONES DE LA CLASIFICACIÓN 61
CíELsitorio d e t a l e s " m e j o r í a s " . L a p r i s a p o r i n -
qûímicamente s o b r e las f u n c i o n e s psíquicas
leva l a r e n u n c i a a l a p o s i b i l i d a d d e influir
IB. e s t r u c t u r a , e s t r u c t u r a q u e es siempre
¡etiva e h i s t ó r i c a . P a r a p o d e r r e c o r r e r ese
d i a l é c t i c o es n e c e s a r i o desembarazarse
obstáculo epistemológico c o n f i g u r a d o p o r l a
f ¿ ^ , p r o p i a del discurso médico, del i n d i v i d u o
lo c o m o s e d e d e l a e n f e r m e d a d .
U n efecto n o t a b l e a la vez q u e i n e v i t a b l e de la
formación psiquiátrica a l r e d e d o r d e u n a clasificá-
cié¿i i n t e r n a c i o n a l m e n t e r e c o n o c i d a es q u e e s t a
t m i f i c a c i ó n l i n g ü í s t i c a n o se e j e r c e s o l a m e n t e s o b r e
ImS' u s u a r i o s a c r í t i c o s d e l g l o s a r i o s i n o q u e t a m -
b i é n infiltra el lenguaje de los críticos, haciendo
difícil t o d o e s f u e r z o d e d e s c e n t r a m i e n t o c o n re-
lación a l a i d e o l o g í a d e s c r i p t i v i s t a v i g e n t e . Se ase-
g u r a así l a c o n s e r v a c i ó n d e l a p r o p i a t e r m i n o l o g í a
y ésta e j e r c e u n e f e c t o d e r e s i s t e n c i a f r e n t e a l o s
intentos renovadores. Blashfield y Draguns ha-
b l a n a l r e s p e c t o d e " i n e r c i a p o r hábitos lingüísti-
c o s " y señalan, r e c o r d a n d o a D e u t s c h , q u e los
c a m b i o s d e p e n d e n del poder de quienes r e c u r r e n
a u n a terminología d i s t i n t a , q u e las m o d i f i c a c i o n e s
taxonómicas c o m i e n z a n c o m o la j e r g a i n f o r m a l de
u n grupúsculo q u e p u e d e llegar a i m p o n e r u n a
n u e v a t e r m i n o l o g í a e n l a m e d i d a e n q u e ese g r u -
púsculo a u m e n t e s u p o d e r político y s u i n f l u e n c i a
social. L a existencia/conservación /transformación
d e u n s i s t e m a t a x o n ó m i c o es, p u e s , u n a r e s u l t a n -
te de u n p r o c e s o social y d e p e n d e de l a d i s t r i b u -
ción d e l p o d e r . H a y q u e h a c e r n o t a r — e s esen-
cial-— q u e los pequeños g r u p o s q u e u t i l i z a n u n a
cierta j e r g a n o " t i e n e n " o " g a n a n " el p o d e r s i n o
q u e l o reciben, q u e l e ^ es a s i g n a d o u n p o d e r p o r
parte del c o n j u n t o de la estructura social, y ello
en la meclida e n q u e satisfagan las e x p e c t a t i v a s y
las d e m a n d a s d e t a l e s t r u c t u r a . E n ese s e n t i d o , l a
institución psiquiátrica n o t i e n e s i n o q u e r e c i b e
V é a s e " E l c a m b i o e n p s i c o a n á l i s i s " , infra, p . 219.

R. K . B l a s h f i e l d y J . G . D r a g u n s , op. cit.
su c a p a c i d a d de i n f l u e n c i a de u n a e s t r u c t u r a com-
p l e j a q u e f u n c i o n a d i s t r i b u y e n d o las áreas de in-
f l u e n c i a y de p e r t i n e n c i a de cada práctica.
Y s ó l o a h o r a es c u a n d o s e p u e d e l l e g a r a l a re-
d e f i n i c i ó n p r o m e t i d a e n e l p r i m e r p á r r a f o d e este
c a p í t u l o r e s p e c t o d e l o s p r o p ó s i t o s e x p r e s a d o s de
l a c l a s i f i c a c i ó n p s i q u i á t r i c a . E s e l m o m e n t o d e re-
c o r d a r l o s : 1] Como base para la comunicación den-
tro de una ciencia. Sí. S u p o n i e n d o q u e se t r a t e
d e u n a c i e n c i a c o n s t i t u i d a y n o , c o m o es e l c a s o dé
la psiquiatría, de u n a práctica u b i c a d a e n l a con-
f l u e n c i a d e v a r i a s c i e n c i a s y d e c o n t r a d i c t o r i a s de-
m a n d a s ideológicas. E n este caso, l a unificación
de los términos de la comunicación p u e d e designar
a terrenos de i g n o r a n c i a bajo la f o r m a de aparien-
cias de saber. C a d a t é r m i n o , y h a s t a l a clasificación
c o m o c o n j u n t o ( s e g ú n se v i o e n e l c a p í t u l o 1 ) ,
p u e d e l l e g a r a f u n c i o n a r c o m o u n obstáculo epis-
temológico precisamente e n la m e d i d a en que tenga
vigencia u n i v e r s a l y sea a c e p t a d a acríticamente
c o m o u n p a r a d i g m a (en el sentido k u h n i a n o ) p o r
l a c o l e c t i v i d a d p s i q u i á t r i c a . L a t a x o n o m í a es b a s e
p a r a l a c o m u n i c a c i ó n , sí, p e r o e l l a n o a l c a n z a p a r a
c o n f e r i r estatus científico a los términos c o m u n i -
cados. E n otras palabras, la taxonomía n o exime
de l a crítica epistemológica de c a d a u n a de las
e x p r e s i o n e s c o n s a g r a d a s p o r el u s o y p o r la ley.
2 ] Para la acumulación (retrieval) de información:
con respecto a lo cual puede decirse lo m i s m o que
del propósito anterior. Codificar y conservar la
i n f o r m a c i ó n es u n a i n t e n c i ó n p l a u s i b l e , p e r o e n
la m e d i d a en que los encabezamientos utilizados
r e s p o n d a n a l c o n o c i m i e n t o científico posible en u n
c i e r t o m o m e n t o . Si las categorías clasificadas re-
s u l t a n ser nociones ideológicas q u e o b s t r u y e n la
posibilidad de saber u n i e n d o lo heterogéneo, o
disolviendo lo homogéneo o delimitando impreci-
samente los objetos de c o n o c i m i e n t o , la a c u m u l a -
ción d e i n f o r m a c i ó n e n l o s a r c h i v o s se c o n v i e r t e
en u n a r e m o r a q u e p u e d e elevar el costo a d m i n i s -
t r a t i v o y d e i n v e s t i g a c i ó n u n a v e z q u e se e s t 4 e n
c o n d i c i o n e s d e s u b s a n a r e l d é f i c i t t e ó r i c o . 31 Como
^CJfstCIONES DE LA CLASIFICACIÓM 53
rna descriptivo de los objetos de estudio de

ciencia: d o n d e se p r e s u p o n e q u e l a c l a s i f i c a -
; es e l s i s t e m a d e l a s d e s c r i p c i o n e s y d o n d e se
el p r i n c i p i o d i s c o n t i n u i s t a de la h i s t o r i a de
jjs^ciencias. Las ciencias n o e n c u e n t r a n ( p o r lo
tanto n o describen) sus objetos sino q u e los p r o -
d u c e n (es d e c i r , l o s e s c r i b e n y l o s i n s c r i b e n ) a
través d e u n t r a b a j o t e ó r i c o h e c h o a p a r t i r d e l o
que resulta inexplicable p a r a los sistemas descrip-
t i v o s . C o m o y a se a d e l a n t ó , l o s o b j e t o s descritos
(y t a n t o más c u a n t o m á s e x h a u s t i v a m e n t e d e s c r i -
tos) n o s o n l a concreción d e l saber de u n a ciencia
sino, p o r el c o n t r a r i o , el e n i g m a d e l c u a l l a ciencia
tendrá q u e d a r c u e n t a . D e m o d o q u e l a c l a s i f i c a -
c i ó n e n b a s e a d e s c r i p c i o n e s es u n a c l a s i f i c a c i ó n
precientífica q u e deberá ser s o m e t i d a a revisión
en el m o m e n t o de constitución de l a ciencia. Y e n
e l c a s o d e l a p s i q u i a t r í a es d o n d e l a s i t u a c i ó n e s
m á s c o n f u s a p o r q u e , c o m o y a se d i j o , e s u n a p r á c -
tica sobre la que convergen ciencias diversas d o n d e
cada u n a h a p r o d u c i d o o deberá p r o d u c i r los ob-
jetos teóricos q u e actuarán c o m o caracteres (en
el s e n t i d o t a x o n ó m i c o d e l a p a l a b r a ) ordenadores
d e l a c l a s i f i c a c i ó n . 4 ] Para formular predicciones,
elemento considerado p o r m u c h o s c o m o la justi-
ficación p r i m o r d i a l de l a clasificación psiquiátrica,
de s u u t i l i d a d y de sus i n c o n v e n i e n t e s (en t a n t o
que falla). E l obstáculo aquí reside e n l a c o n t i n -
g e n c i a h i s t ó r i c a d e l a s p r e d i c c i o n e s q u e se p u e d e n
f o r m u l a r acerca de los casos psiquiátricos. L a evo-
lución de l o s p a d e c i m i e n t o s s u b j e t i v o s depende
de u n c o m p l e j o d e f a c t o r e s d o n d e l a " h i s t o r i a n a -
t u r a l " r e s u l t a difícil o i m p o s i b l e de e s q u e m a t i z a r -
Porqué n o h a y h i s t o r i a n a t u r a l . L a evolución apa-
rece m u c h a s veces d e t e r m i n a d a p o r l a asignación
de u n l u g a r d e " e n f e r m o m e n t a l " a l s u j e t o y n o
p o c a s v e c e s es l a p r o p i a i n c l u s i ó n d e n t r o d e u n a
c i e r t a categoría de l a clasificación l o q u e actúa
c o m o self-fulfilling prophecy. L o s diagnósticos de
" h o m o s e x u a l " , " h i s t é r i c o " o " e s q u i z o f r é n i c o " gene-
ran predicciones sobre la evolución u l t e r i o r q u e
sólo p u e d e n t e n e r validez e n relación c o n l a f o r m u -
lación d e e x p e c t a t i v a s s o c i a l e s a c e r c a d e l o s suje-
tos q u e s o p o r t a n tales diagnósticos y e n relación
c o n los " t r a t a m i e n t o s " q u e el m o m e n t o histórico
i m p o n e p a r a esas c o n d i c i o n e s . P o r o t r a p a r t e , el
énfasis p u e s t o e n l a c a p a c i d a d p r e d i c t i v a d e l cua-
d r o n o s o l ó g i c o t i e n d e a d i s i m u l a r l a a u s e n c i a de
c o n o c i m i e n t o s sobre las d e t e r m i n a n t e s f u n d a m e n -
tales d e l p a d e c i m i e n t o e i n s t a a e q u i p a r a r las en-
t i d a d e s e n función de sus m o d a l i d a d e s evolutivas^
L a m i s m a f o r m a d e a p a r i c i ó n d é ürí p r o c e s o y l a
m i s m a evolución e n el t i e m p o pueden e n c u b r i r
d i f e r e n c i a s f u n d a m e n t a l e s e n c u a n t o a etiología,
p a t o g e n i a y c a p a c i d a d d e r e s p u e s t a a d i s t i n t a s te-
rapéuticas. L a h o m o g e n e i d a d d e las clases psiquiá-
t r i c a s es a l t a m e n t e d i s c u t i b l e p r e c i s a m e n t e por
estar basada e n l a descripción de las m o d a l i d a d e s
de aparición y e n este " c r i t e r i o o p e r a t i v o " de la
c a p a c i d a d de p r e d e c i r . C a d a vez r e s u l t a más c l a r o
a l o s i n v e s t i g a d o r e s q u e n o s e p u e d e h a b l a r d e 7¿z
e s q u i z o f r e n i a o d e la n e u r o s i s c o m o c u a d r o s h o m o -
g é n e o s e n t o r n o a l o s c u a l e s se p u e d e n f o r m u l a r
p r o p o s i c i o n e s v á l i d a s . 5] B l a s h f i e l d y D r a g u n s c o n -
c l u y e n h a c i e n d o c o n s t a r l a u t i l i d a d de la clasifica-
c i ó n p s i q u i á t r i c a como ftA-cnte de conceptos para
ser utilizados dentro de una teoría científica. Aquí
el acuerdo podría ser total en c u a n t o a l o enun-
ciado. L a clasificación de los fenómenos p r e c e d e
y n o sigue a l a teoría. L a teoría debe d a r c u e n t a
de la caracterización taxonómica y ofrecer c r i t e r i o s
para su reformulación en base a conceptos p r o d u -
c i d o s p o r la p r o p i a teoría, c o n c e p t o s q u e n o s o n
engendrados p o r l a clasificación. E s t o significa
que e n el d e s a r r o l l o de u n a d i s c i p l i n a deben dis-
tinguirse c o n claridad dos m o m e n t o s del proceso
d e * clasificación: e l p r e c i e n t í f i c o , b a s a d o e n des-
c r i p c i o n e s de las a p a r i e n c i a s , y el científico, cen-
t r a d o en t o r n o a los conceptos producidos p o r la
p r á c t i c a t e ó r i c a . Y e s d e h a c e r n o t a r q u e e s e se-
gundo momento no puede tener lugar mientras
n o se h a y a n d e l i m i t a d o l a s p r o b l e m á t i c a s a l a s
que refiere el a b i g a r r a d o m u n d o de los fenómenos.
E n e l c a m p o d e l a p s i q u i a t r í a n o p o d r á h a b e r cía-
F U N C I O N E S D E L A C L A S I F I C A C I Ó N
65
si^cación m i e n t r a s n o s e d i f e r e n c i e n netamente-
las problemáticas biológica, sociológica y p s t S a n a
lítica q u e c o n f i g u r a n s u c a m p o a c t u a l . Y a e s t o n o
se Uega m s e llegará p o r r e f i n a m i e n t o s taxonó-
micos. "
i;
.i
PARTE I I
HACIA UNA TEORIA D E L SUJETO

4 SUJETO D E LA CONCIENCIA,
SUJETO D E L DISCURSO, SUJETO *
E s el ser social el q u e d e t e r m i n a la concien-

cia y n o l a c o n c i e n c i a l a q u e d e t e r m i n a el
ser social,
KARL MARX
M í e x p o s i c i ó n es e l r e s u l t a d o d e l a interpenetraí-
ción d e c o n c e p t o s que provienen principalmente
de d o s f u e n t e s . P o r u n a p a r t e , recurriré a las
posiciones teóricas q u e h e d e s a r r o l l a d o c o n algu-
n o s c o l a b o r a d o r e s e n Psicología: ideología y cien-
cia, p u b l i c a d a h a c e y a t r e s a ñ o s . P o r o t r a , r e c u -
rriré a l o s q u e p u e d o a p o r t a r a a q u e l l a s tesis
gracias a l reciente d e s a r r o l l o d e l m a t e r i a l i s m o his-
tórico, l a lingüística y e l psicoanálisis, lúcidamente
ubicados y abordados en el fecundo texto de M i -
c h e l P é c h e u x , Les veriles de La Palice [Las ver-
dades de P e r o g r u l l o ] .
E n Psicología: ideología y ciencia decíamos q u e la
conciencia, c o m o versión laica del a l m a (psique),
fue el p r i m e r o b j e t o de e s t u d i o de la psicología y
le fijábamos u n a fecha arbitraria de nacimiento, a
p a r t i r d e l " p i e n s o , l u e g o e x i s t o " c a r t e s i a n o . Seña-
lábamos l a v a r i e d a d y l a ambigüedad de las defi-
niciones propuestas p a r a este objeto y la referencia
final a u n a experiencia más o menos inasible, más
o m e n o s i n e f a b l e , q u e c a d a q u i e n t i e n e d e sí m i s -
m o y de l o q u e le rodea, y q u e cada u n o supone
c o n características s i m i l a r e s e n s u prójimo. M o s -
trábamos l a oposición t r a d i c i o n a l e n t r e las tesis
empiristas de la conciencia, que avalan su estudio
* Este t r a b a j o fue leído e n u n s i m p o s i o sobre " L a con-
c i e n c i a " o r g a n i z a d o p o r l a Asociación M e x i c a n a de
Epistemología e n el I n s t i t u t o N a c i o n a l de Neurología,
e n f e b r e r o d e 1978. P o s t e r i o r m e n t e f u e p u b l i c a d o e n u n
v o l u m e n t i t u l a d o La conciencia: el problema mente-ce-
rebro, M é x i c o , E d i t o r i a l T r i l l a s , 1979, p p . 227-234.
[69]
70 H A C I A UNTA T E O R Í A D E L S U J E T O
de " l a b o r a t o r i o " p o r e l m é t o d o de l a introspección,

a p t o para alcanzar los " c o n t e n i d o s " de la concien-
cia y las " f u n c i o n e s de l a m e n t e " , y las posiciones
i n t u i c i o n i s t a s i d e a l i s t a s , q u e acentúan el carácter
i n t e n c i o n a l de la conciencia, s u condición de " a c t o "
a t r a v é s d e l c u a l e l s u j e t o se m a n i f i e s t a e n y se
d a u n m u n d o . T a l vez n o destacábamos c o n sufi-
c i e n t e c l a r i d a d y d e s d e u n p r i n c i p i o q u e estas dos
p o s i c i o n e s , l a c o n c i e n c i a c o m o c o n t e n i d o y l a con-
c i e n c i a c o m o acto, c o i n c i d e n e n l o f u n d a m e n t a l : la
afirmación de q u e al m e n o s el eje y el centro
de l a v i d a psíquica del sujeto, sino toda, pasa p o r
la conciencia. Coincidencia q u e d e s l u m b r a cuando
se o y e l o q u e n o s e h a d i c h o : q u e e s t a c o n c i e n c i a
es s i e m p r e c o n c i e n c i a d e u n s u j e t o p r o d u c i d o h i s -
tóricamente en el seno de u n a formación social
d a d a y e n u n a c i e r t a c o y u n t u r a histórica, ideoló-
gica, política y económicosocial, y qué l a concien-
cia (o m e j o r d i c h o , p a r a n o s u s t a n c i a l i z a r l a , los
fenómenos conscientes) n o podría ser a b o r d a d a al
m a r g e n o i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l p r o c e s o de cons-
t i t u c i ó n d e ese s u j e t o , d e q u i e n l o s f e n ó m e n o s
conscientes f o r m a n parte.
N u e s t r a exposición c o n t i n u a b a c o n e l análisis y
el d e s c e n t r a m i e n t o de l a noción de conciencia, que
s e i n i c i a r a e n 1 9 0 0 c o n l a p u b l i c a c i ó n d e La inter-
pretación de los sueños. Y es q u e e n e s t e c a m p o ,
d e s d e e l p u n t o d e v i s t a t e ó r i c o , n u e s t r o s i g l o se
h a c a r a c t e r i z a d o p o r e l c u e s t i o n a m i e n t o c a d a vez
más r a d i c a l de la noción de conciencia, enfren-
t a n d o ese p a r d e o p u e s t o s s o l i d a r i o s q u e s o n e l
e m p i r i s m o y el trascendentalismo de la conciencia
(roguemos p o r s u eterno descanso e n la h i s t o r i a
de la filosofía).
E n l a a c t u a l i d a d , l a c o n c i e n c i a h a d e j a d o d e ser
o b j e t o de l a psicología ( p e r o , ¿es q u e l a psicología
tiene o b j e t o ? ) y, lejos de estar e n el c e n t r o de la
v i d a psíquica, lejos de ser el p u n t o de p a r t i d a
p a r a e x p l i c a r a través de ella la v i d a d e l s u j e t o
("pienso, luego existo") es, p o r e l c o n t r a r i o , u n
e f e c t o . L a c o n c i e n c i a es, e n t o n c e s , a l g o q u e a p a r -
t i r de la existencia del sujeto c o m o integrado en
S U J E T O D E L A C O N C I E N C I A 71
una formación sociohistórica, puede llegar a en-
tenderse en s u proceso de determinación, t a n t o si
se l e c o n s i d e r a d e s d e l a p e r s p e c t i v a e m p i r i s t a d e
la psicología t r a d i c i o n a l , d e s d e la p e r s p e c t i v a tras-
cendentalista de la fenomenología o desde la pers-
pectiva reduccionista del emergentismo fisicista.
¿ O es q u e h a y t o d a v í a q u i e n n e c e s i t a q u e se l e
recuerde que "es el ser social el que d e t e r m i n a
la c o n c i e n c i a " y n o a l revés?
Por c i e r t o , l a t a n traída y llevada frase de M a r x
que he elegido c o m o epígrafe, t a n a p r o p i a d a p a r a
esta c i r c u n s t a n c i a , n o s i g n i f i c a q u e esa c o n c i e n c i a
d e t e r m i n a d a p o r el ser social s u r j a de la nada. L a
a c t i v i d a d biológica de las e s t r u c t u r a s nerviosas su-
periores, sobra decirlo, constituye el i m p r e s c i n d i -
ble s o p o r t e p a r a q u e p u e d a h a b e r fenómenos cons-
c i e n t e s . P e r o sí es n e c e s a r i o d e c i r q u e t o d o el
saber q u e p u e d a alcanzarse sobre el f u n c i o n a m i e n
t o n e r v i o s o , c o n t o d o l o útil y c o n t o d o l o necesa
r i o q u e es ese s a b e r e n e l c a m p o d e l a b i o l o g í a , n o
hace y n o p u e d e h a c e r a v a n z a r el c o n o c i m i e n t o
de la. determinación d e l a c o n c i e n c i a . P u e d e res-
p o n d e r a l a p r e g u n t a d e l c ó m o se p r o d u c e n e s t o s
f e n ó m e n o s y c ó m o p u e d e n s e r m o d i f i c a d o s , es d e -
c i r d e l o s presupuestos de la actividad y del mo-
v i m i e n t o de las representaciones. Pero n a d a puede
decir sobre la motivación y l a organización de tales
representaciones.
Puesto q u e la c o y u n t u r a de este s i m p o s i o parece
exigirlo, m e permitiré u n a analogía mecánica: e n t r e
el c e r e b r o y l a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l s u j e t o e x p r e -
sadas c o m o d i s c u r s o e x i s t e l a m i s m a relación q u e
h a y e n t r e l a c á m a r a cinematográfica y l a película
filmada. ¿Querría alguien entender la producción
de u n a película a p a r t i r d e l e s t u d i o d e la cámara
empleada y de s u a c t i v i d a d ? Arriesgaría u n a luxa-
ción de los h e m i s f e r i o s pensando si la cámara
produce l a p e l í c u l a , s i e l p r o y e c t o r produce los
m o v i m i e n t o s d e l a c á m a r a , s i se p u e d e reducir la
comprensión de la película a l f u n c i o n a m i e n t o d e
l a c á m a r a , s i l a p e l í c u l a emerge de la cámara, si
h a y u n paralelismo e n t r e c á m a r a y p e l í c u l a , sí l a
72 HACIA UNA TEORÍA DEL SUJETO
p e l í c u l a es u n epifertómeno d e l a c á m a r a o s i es
inmanente a s u f u n c i o n a m i e n t o , o bien, si deben
c o m p r e n d e r s e monís ticamente, c o m o u n a s o l a cosa
o dtialís ticamente c o m o d o s cosas d i s t i n t a s , etc.
Discusión inútil y a r c h i v a d a . Escuchándola, e l pen-
sador mínimamente a d v e r t i d o p o r l a dialéctica
m a t e r i a l i s t a se d a c u e n t a d e q u é se t r a t a : d e e l u d i r
y de e s c a m o t e a r l a h i s t o r i a . L a discusión e n t r e los
p a r t i d a r i o s de l a cámara y los p a r t i d a r i o s de la
p e l í c u l a , e n t r e las fans d e l c u e r p o y l o s fdns ÓG l a
m e n t e y l o s fans d e l a síntesis c u e r p o - m e n t e , t i e n d e
a o b t u r a r , a escotomizar el hecho de que, dejando
de l a d o el q u e s i n cámara n o h a y película y que
s i n c u e r p o n o h a y f e n ó m e n o s c o n s c i e n t e s , es la
historia, el proceso que tiene lugar en u n a forma-
ción s o c i a l , l a q u e d e t e r m i n a q u e sea ésa y n o o t r a
la película p r o d u c i d a , q u e sea ése y n o o t r o e l
funcionamiento requerido de la cámara para pro-
d u c i r esa película. E s ese t e r c e r t é r m i n o , c o n s t i -
t u i d o p o r l a formación social y los p r o c e s o s his-
tóricos q u e e n ella t i e n e n lugar, el q u e d e t e r m i n a
y p o n e e n a c c i ó n a l o s o t r o s d o s . Y e l q u e se o c u l t a
t r a s u n d e b a t e d o n d e l o f a l s o n o está e n l a s res-
puestas sino en los términos de la pregunta, hoy
ociosa, acerca del c u e r p o y l a mente.
Pero el estudio de la conciencia c o m o efecto n o
sólo debe p a r t i r de l a presuposición epistemológica
de l a a c t i v i d a d biológica de las e s t r u c t u r a s ner-
v i o s a s s u p e r i o r e s . H a y u n p r o b l e m a t e ó r i c o d e so-
l u c i ó n m á s d i f í c i l , q u e es e l s i g u i e n t e : a s í c o m o
es i m p o s i b l e c o n c e b i r l o s f e n ó m e n o s conscientes
s i n e l c e r e b r o , es t a m b i é n i m p o s i b l e c o n c e b i r l o
consciente h u m a n o s i n la integración d e l sujeto a
u n s i s t e m a l i n g i l í s t i c o q u e o r d e n a p a r a él e l m u n -
do y su percepción. Es decir que existir, existir
c o m o h o m b r e , significa existir en u n m u n d o donde
los objetos n o tienen existencia " n a t u r a l " sino q u e
s o n p r o p u e s t o s p o r l a c u l t u r a , e n y a través d e l
lenguaje, del s i s t e m a de la lengua. P o r t a n t o , la
conciencia d e t e r m i n a d a p o r el ser social presupo-
ne también la existencia de u n sistema de signos
sin los cuales n o podría h a b e r fenómenos conscien-
;^ÊTG DE LA CONCIENCIA 73
tes h u m a n o s . D e e s t a m a n e r a , y p a s a n d o d e s d e l a
comprobación empírica a u n p u n t o de vista gno-
seológico, e l análisis d e l a determinación d e tales
Jeiaómenos c o n s c i e n t e s h u m a n o s p r e s u p o n e e l s a b e r
de> l a c i e n c i a l i n g ü í s t i c a . ( E l p r o b l e m a t e ó r i c o q u e
XH> p o d e m o s s i n o d e j a r p l a n t e a d o e s e l d e l á m e -
dida en q u e esta e s t r u c t u r a del sistema de l a lengua
i m p o n e sus leyes a los procesos conscientes, inci-
diendo de alguna m a n e r a en s u curso y en sus
características.)
E l h e c h o es q u e l o s f e n ó m e n o s c o n s c i e n t e s no
p u e d e n t e n e r e x i s t e n c i a e m p í r i c a s i n o bajo l a f o r -
m a de asociaciones entre representaciones de p a -
labra. S u existencia es u n a e x i s t e n c i a de len-
guaje y n o p u e d e abordársele s i n o a p a r t i r de s u
objetivación como discurso. Y el discurso es
siempre discurso áe u n sujeto, l o que nos r e m i t e
ineluctablemente d e l " s u j e t o de la conciencia", d e l
sujeto de esa abstracción n o c i o n a l , e f e c t o d e l ser
social, a la cuestión d e l sujet» d e l d i s c u r s o c o m o
Corpus concreto, a p a r t i r del cual podremos abor-
d a r a l s u j e t o q u e y a n o será el s u j e t o de l a c o n -
ciencia n i t a m p o c o el sujeto del discurso sino el
s u j e t o a secas, e n t o d a s u c o m p l e j i d a d , q u e h a c e
de sus f e n ó m e n o s c o n s c i e n t e s y d e l o q u e d i c e e n
su d i s c u r s o aspectos m e r a m e n t e parciales, p o r c i o -
nes f l o t a n t e s d e l i c e b e r g d e u n a e s t r u c t u r a c o m -
pleja, donde lo inconsciente y lo n o dicho de s u
discurso aparecen como condicionantes y delimi-
t a d o r e s d e l o c o n s c i e n t e y d e l o sí d i c h o .
Así, e l p r o b l e m a q u e se p l a n t e a es e l d e l a i m -
prescindible conceptualización d e l sujeto e n sus
d e t e r m i n a c i o n e s . O b v i a m e n t e , esta teoría d e l suje-
to n o puede hacerse desde l o consciente, desde el
discurso y desde la representación q u e el sujeto
t i e n e d e sí m i s m o . C o n t r a l a s p s i c o l o g í a s , t o d a s
ellas s u b j e t i v i s t a s , es n e c e s a r i o c o n s t i t u i r u n a teo-
ría d e s c e n t r a d a y d e s c e n t r a d o r a d e l a s u b j e t i v i d a d .
" U n a teoría n o s u b j e t i v a de l a s u b j e t i v i d a d " (Pé-
chci fX ) , donde la conciencia, la conducta y el
d i s c u r s o aparezcan c o m o e s t r u c t u r a d o s , c o m o da-
74 tTACIA UNA TEORÍA DEL SUJETO
tos fenoménicos que h a n de ser trascendidos por

l a teoría m a t e r i a l i s t a .
E s e l m o m e n t o d e v o l v e r a n u e s t r a s t e s i s de
Psicología: ideología y ciencia. P l a n t e á b a m o s allí
q u e l o s p r o c e s o s s o c i a l e s e h i s t ó r i c o s q u e tenían
lugar e n d e t e r m i n a d a formación social, dominada
p o r u n c i e r t o m o d o de producción y c o n u n cierto
d e s a r r o l l o de las fuerzas de producción, emitían
u n r e q u e r i m i e n t o de sujetos q u e debían integrarse
a d i c h a e s t m c t u r a s o c i a l p a r a l l e v a r a c a b o esos
procesos ( p o r e j e m p l o , el t r a b a j o , la guerra, la
e d u c a c i ó n ) . H a c í a m o s n o t a r q u e l o s p r o c e s o s so-
ciales, procesos s i n sujeto, c r e a b a n los lugares don-
de todos los sujetos habrían de i n s c r i b i r s e y que
ese r e q u e r i m i e n t o exigía l a p r o d u c c i ó n ( s o c i a l ) de
l o s s u j e t o s a p t o s , es d e c i r c o n e l a d e c u a d o s i s t e m a
de representaciones (conciencia) y de comporta-
m i e n t o s ( c o n d u c t a ) ; d e l o s s u j e t o s i d e o l ó g i c o s , ca-
paces de ubicarse en el lugar de sujeto existente.
P a r a ello e r a necesario u n t r a b a j o de constitución
d e l s u j e t o a p a r t i r d e esa r e a l i d a d empírica, más
m í t i c a q u e b i o l ó g i c a , q u e es e l i n d i v i d u o h u m a n o
o, c o n m a y o r p r o p i e d a d , e l s u j e t o - s o p o r t e de la
ideología. A l t h u s s e r h a establecido q u e la ideolo-
gía i n t e r p e l a a l o s i n d i v i d u o s c o m o s u j e t o s y q u e
e s t a i n t e r p e l a c i ó n es c o n s t i t u y e n t e d e l s u j e t o y d e l
efecto ideológico elemental, a p a r t i r del cual podrá
hacerse posible c u a l q u i e r o t r o efecto ideológico.
T o d o m o d o de producción exige l a producción de los
s u j e t o s c a p a c e s d e p r o d u c i r e n ese m o d o d e p r o -
ducción. Tesis f u n d a m e n t a l : el s u j e t o n o llega a
serlo p o r unas experiencias singulares n i p o r su
desarrollo autónomo, n i p o r la maduración neuro-
lógica n i p o r el despliegue de u n a l i b e r t a d esencial,
s i n o q u e está c o n s t i t u i d o c o m o t a l a p a r t i r de re-
q u e r i m i e n t o s emitidos p o r la e s t r u c t u r a social y
ejecutados p o r las i n s t i t u c i o n e s , p o r los aparatos
ideológicos del estado, siendo los fundamentales e n
el m o d o c a p i t a l i s t a de producción la f a m i l i a , l a
educación, l a religión y los m e d i o s de difusión de
masas.
H e m o s l l e g a d o así a l s u j e t o i d e o l ó g i c o u b i c a d o
SUJETO DE LA CONCIENCIA 75
e n su. l u g a r c o r r e s p o n d i e n t e y m á s o m e n o s a d a p -
t a d o a é L E s t e s u j e t o i d e o l ó g i c o se e x p r e s a a t r a v é s
de u n a c a n t i d a d prácticamente i n f i n i t a d e p r o p o -
siciones, puestas g r a m a t i c a l m e n t e e n p r i m e r a per-
sona, t a n t o d e l s i n g u l a r c o m o d e l p l u r a l , que
e x p r e s a n l a relación i m a g i n a r i a q u e él m a n t i e n e
con sus condiciones reales de existencia. A este
c o n j u n t o d e a f i r m a c i o n e s s u b j e t i v a s l o designába-
mos c o n el n o m b r e de ideología de sujeto, m e -
d i a n t e l a c u a l se e x p r e s a l a i d e n t i f i c a c i ó n o, e n
su caso, l a contraidentificación d e l s u j e t o c o n e l
l u g a r a él a s i g n a d o e n l a e s t r u c t u r a sociohistórica.
V o y a p e r m i t i r m e e n este m o m e n t o u n a b r e v e
digresión. L a f a l a c i a m a y o r d e l c o n d u c t i s m o c o n -
siste e n p o s t u l a r a l a c o n d u c t a c o m o resultado
de u n a interacción o r g a n i s m o - m e d i o , q u e se ex-
presaría c o n s t a n t e m e n t e a través d e l p a r estímulo-
r e s p u e s t a . L a e v i d e n c i a d e a m b o s p a r e s se p r e s e n t a
c o m o i n d i s c u t i b l e , p e r o l o q u e se d e j a d e l a d o , e l
v e r d a d e r o s e c r e t o d e e s t e p a r o r g a n i s m o - m e d i o , es
q u e d i c h o o r g a n i s m o , c u a n d o d e l h o m b r e se t r a t a ,
es u t i s e r h i s t ó r i c o p r o d u c i d o n o p o r u n " m e d i o "
n a t u r a l sino p o r c i e r t a organización social h u m a -
n a . T a l o r g a n i z a c i ó n s o c i a l es e s t r u c t u r a n t e d e l o s
sujetos h u m a n o s y de sus c o m p o r t a m i e n t o s . P o r
t a n t o , l a e v i d e n c i a d e l p a r o r g a n i s m o - m e d i o es e l
o c u l t a m i e n t o d e l p r o c e s o a través d e l c u a l se r e a -
lizan los p r o c e s o s sociales. L a relación e x t e r i o r - i n -
t e r i o r n o e s , c o m o se p l a n t e a s i e m p r e , u n a r e l a c i ó n
de oposición sino u n a relación de c o n t i n u i d a d ,
según e l m o d e l o de l a c i n t a d e M o e b i u s . E s l a
sociedad c o n s u determinación en última instancia
p o r l o e c o n ó m i c o l a q u e actúa a través d e las c o n -
ductas (y de los fenómenos conscientes) d e l s u j e t o
que ella m i s m a h a p r o d u c i d o .
E s t a d i g r e s i ó n es p e r t i n e n t e y a q u e a s í s u c e d e
también c o n el discurso e n p r i m e r a persona, t a n t o
del s i n g u l a r c o m o d e l p l u r a l . L a ideología de l a
conciencia y también l a ideología f u n d a d a en l a
l i n g ü í s t i c a s u p o n e n q u e e l s u j e t o es f u e n t e y o r i g e n
d e l d i s c u r s o , q u e e l y o es a u t ó n o m o y q u e p u e d e
expresarse recurriendo a la infinita variabilidad
76 MACIA UNA TEORÍA I>EL SUJETO
morfológica, fonológica, sintáctica y semántica que

e l s i s t e m a d e l a l e n g u a p o n e a s u disposición. Aquí,
e n e l p a r s u j e t o h a b l a n t e - s i s t e m a l i n g ü í s t i c o , se
p r o d u c e el m i s m o efecto ideológico q u e e n el par
o r g a n i s m o - m e d i o . A l n o c u e s t i o n a r s e l a categoría
de s u j e t o y el proceso de constitución d e l sujeto,
esas o p o s i c i o n e s o c u l t a n e l h e c h o d e q u e e l su-
j e t o h a b l a n t e está l i m i t a d o e n s u d e c i r p o r l o n o
d i c h o y p o r l o n o decible de s u inserción e n la
sociedad h u m a n a e n general y e n esa formación
s o c i a l e n p a r t i c u l a r . E x t r e m a n d o u n p o c o más las
cosas, p e r o s i n i n c u r r i r e n u n a i n e x a c t i t u d , afir-
m a r í a q u e él n o h a b l a s i n o q u e "es h a b l a d o " p o r
el lugar de sujeto ideológico q u e h a venido a
ocupar. Y, sin embargo, desde u n a perspectiva
c o n d u c t i s t a o fisiológica, h a b l a . P e r o h a b l a consi-
derándose a u t o r de s u d i s c u r s o , desde u n a posición
imaginaria, desde u n p u n t o de referencia al que
aludía e l m a e s t r o X i r a u : " E s e q u e está ahí, en-
frente mío, y que hace lo m i s m o que yo pero al
revés q u e y o , s o y y o / ' H a b l a d e s d e esa i m a g e n
e s p e c u l a r d o n d e se r e c o n o c e a sí m i s m o y d o n d e
e s p e r a s e r r e c o n o c i d o p o r e l o t r o h u m a n o así c o m o
fue reconocido en los p r i m e r o s meses de su vida
e n el m o m e n t o de alcanzar l a integración de las
sensaciones cinestésicas de s u c u e r p o f r a g m e n t a d o ,
de l a i m a g e n que el espejo le devuelve, de la con-
firmación que le da q u i e n lo sostiene y del n o m b r e
p r o p i o q u e l e h a n puesto de u n a vex y p a r a siem-
p r e e n lel m o m e n t o e n q u e nació. Asunción de
u n a i m a g e n h u m a n a i n t e g r a d a e n e l e s p e j o q u e se
vacía sobre el m o l d e p r e e x i s t e n t e de l a i m a g e n h u -
m a n a u n i f i c a d a d e l o t r o . Gestalt pregnante que
p e r m i t e i d e n t i f i c a r s e c o m o u n yo a n t e u n tú, q u e l o
r e c o n o c e c o m o tú p a r a e s e yo, q u e l o c o n f i r m a
y q u e l o consagra e n esa i m a g e n d e l espejo d o n d e
r m o n o está n i es.
E n síntesis, q u e t o d a proposición r e f e r i d a a u n
f e n ó m e n o c o n s c i e n t e i n c l u y e u n e l e n i e n t o q u e se
p r e s e n t a c o m o evidencia, c o m o fuente de t o d a evi-
d e n c i a , q u e e s e l e l e m e n t o yo e n e l c u a l e l s u j e t o
se r e c o n o c e a sí m i s m o d e s c o n o c i e n d o s u aliena-
^mrO D E L A C O N C I E N C I A 77
Ción o r i g i n a r i a . E s t e t é r m i n o yo, e j e , y a e n D e s -
cebes y s i e m p r e después e n la psicología de l a
conciencia, opera c o m o u n " p r e c o n s t r u c t o " (utili-
z a n d o l a e x p r e s i ó n á& P a u l H e n r y ) , c o m o una
evidencia lingüística s a n c i o n a d a p o r el u s o que
ítnplica l a i r r u p c i ó n d e o t r o d i s c u r s o , d e l d i s c u r s o
del O t r o , en el discurso i m a g i n a r i a m e n t e a s u m i d o
por el sujeto c o m o propio. Y d e s d e ese punto
p r i v i l e g i a d o se l i g a c o n e l r e s t o d e las r e p r e s e n t a -
ciones preconscientes a disposición del sujeto.
E s t o es l o q u e c a r a c t e r i z a a l o s f e n ó m e n o s c o n s -
c i e n t e s h u m a n o s . S ó l o e l h u m a n o es u n yo d e d i s -
curso que puede acceder a la reversibilidad c o n
u n tu, p l a n t e á n d o s e a m b o s c o m o eventualmente
e x c l u i d o s c o n r e l a c i ó n a u n éL V o l v i e n d o a l a f r a s e
tan usada en este s i m p o s i o p a r a d i r i g i r s e a la
c o n c i e n c i a , " t e n g o u n d o l o r " , f r a s e q u e se a n a l i z a
s i e m p r e o b v i a n d o l a r e f e r e n c i a a l t é r m i n o yOj, c o m o
s i se t r a t a s e d e u n a m e r a e x p e r i e n c i a d e dolor,
tal c o m o p u e d e padecerla u n a n i m a l y o l v i d a n d o
q u e ese d o l o r e x p r e s a d o p u e d e ser presagio de
u n a g r a v e e n f e r m e d a d q u e se t e m e , c o m o r e s p u e s t a
a la i n g r a t i t u d del a m i g o o c o m o m o d o de m a n -
tener a distancia a u n i n v i t a d o indeseable pero
q u e , e n t o d o c a s o , es i n c o m p r e n s i b l e s i n l a r e f e -
r e n c i a a l yo q u e a s í se e x p r e s a y a l c o n j u n t o d e
sus c i r c u n s t a n c i a s sociales.
A b u n d a n d o e n este a s p e c t o , e l s u j e t o q u e se r e -
c o n o c e e n e l e s p e j o y q u e s e r e c o n o c e a sí m i s m o
e n e l r e c o n o c i m i e n t o d e l o t r o h u m a n o es u n s u -
jeto que, c o m o dice Pécheux, h a sido o b j e t o de
d i s c u r s o a j e n o y d e s t i n a t a r i o d e ese d i s c u r s o a n t e s
de q u e él p u d i e s e , p o r s u c u e n t a , h a b l a r . C u a n d o
el s u j e t o llega a h a b l a r l o h a c e y a desde u n a
identificación ( l i b i d i n a l y jurídica) alcanzada con
un cierto lugar de sujeto y con u n cierto signifi-
cante, s u n o m b r e p r o p i o , q u e le f u e r o n i m p u e s t o s
p o r l a e s t r u c t u r a f a m i l i a r ( y s o c i a l ) e n l a q u e él,
queriéndolo o n o (y l a p r e g u n t a p o r l a " v o l u n t a d "
está a q u í f u e r a d e l u g a r ) , h a b r á d e i n c l u i r s e y s i n
saberlo, sin p o d e r l o pensar, sin p o d e r l o decir. Es
e s t e n o d e c i b l e s o b r e sí m i s m o l o q u e c o n s t i t u i r á
78 HACTA UNA TEORÍA DEL SUJETO
el núcleo de l a represión o r i g i n a r i a q u e t a n difícil

d e a s i r r e s u l t a p a r a t o d o e l q u e se a c e r c a a l a m e -
tapsicología psicoanalítica. E s t o r e m i t e a l a cues-
tión de q u e el s u j e t o , antes de ser sujeto del deseo,
es y está s u j e t a d o e n e l d e s e o d e l o t r o q u e h a b r á
de r e c o n o c e r l o en s u s u b j e t i v i d a d . Y que, a r r i b a d o
a la condición de deseante, s u deseo n o puede dejar
de p a s a r p o r e l d e s e o d e l o t r o . Se p l a n t e a aquí l a
cuestión d e l s u j e t o e n s e n t i d o psicoanalítico, d e l
sujeto radicalmente enajenado del objeto de su
deseo, d e l sujeto t a c h a d o p o r el significante, q u e
n o es e l t e m a d e l a p r e s e n t e d i s e r t a c i ó n y q u e , e n
consecuencia, suspendo en el m o m e n t o m i s m o de
enunciarla.
N o puedo extenderme como quisiera, en torno a
la tesis de l a constitución d e l i n d i v i d u o c o m o su-
j e t o p o r l a ideología a través de los aparatos ideo-
lógicos d e l e s t a d o y de l a configuración de éstos
p o r l a l u c h a d e clases, así c o m o de l a s c o n d i c i o n e s
p a r a s u transformación. Sí q u i e r o h a c e r n o t a r q u e
la c o y u n t u r a ideológica e n u n cierto espacio y
t i e m p o históricos d e t e r m i n a u n c a m p o , e n m a r c a lo
que puede ser pensado y lo q u e puede ser dicho
p o r c a d a s u j e t o h a b l a n t e d e n t r o de esa c o y u n t u r a
e s p a c i o t e m p o r a l , a t e n d i e n d o a s u p o s i c i ó n , e s t o es
al lugar de sujeto ideológico que ocupa. Y que el
s u j e t o , c o n l a c o r r e s p o n d i e n t e ilusión de y o autó-
n o m o y a u t o r de s u discurso, n a d a sabe de estos
l í m i t e s q u e se e x t i e n d e n , d i c h o d e m o d o e s q u e m á -
t i c o , por fuera, o c u p a n d o el t e r r i t o r i o de lo que la
i d e o l o g í a e n c u b r e y d e l o q u e l a c i e n c i a aún n o
h a p r o d u c i d o , y por dentro, llenando todo el cam-
p o d e l o i n c o n s c i e n t e s o m e t i d o p o r e l Yo ( e n s e n -
t i d o psicoanalítico) a l a represión.
S e produce» así e s t e e f e c t o d e l a f o r m a - s u j e t o
que aparece c o m o eje v e r t e b r a d o r de todos los dis-
c u r s o s a u t o r i z a d o s p o r l a i d e o l o g í a y q u e se p r e -
s e n t a n c o m o t r a n s p a r e n t e s , c o m o p o r t a d o r e s e n sí
de s u p r o p i o sentido, c o m o ventanas abiertas p o r
las p a l a b r a s s o b r e las cosas. L a utilización de u n a
l e n g u a común, s u p u e s t o i n s t r u m e n t o de la c o m u n i -
cación, c o n s a g r a esos efectos c o t i d i a n o s d e l reco-
SUJETO DE LA CONCIENCIA 79
nocimiento de los objetos y de las situaciones c o n
d e s c o n o c i m i e n t o de s u p r o c e s o d e constitución E l
yo se e x p r e s a c o m o f u e n t e d e l d i s c u r s o , i g n o r a n t e
de las d e t e r m i n a c i o n e s discursivas. Lo indecible
proporciona el m a r c o de referencia en el que
puede u b i c a r s e l o d i c h o . Y el y o n a d a sabe de
ello.
Q u e d a n d o s p r o b l e m a s q u e p o r r a z o n e s de espa-
cio n o podré d e s a r r o l l a r :
1] ¿ C ó m o se p r o d u c e e s t a i l u s i ó n d e a u t o n o m í a
d e l y o , c u á l e s s u f u n d a m e n t o y cuál es e l l u g a r
de l a " l i b e r t a d " e n este p l a n t e a m i e n t o d e l a s d e t e r -
minaciones discursivas?
2] ¿ C ó m o p u e d e l l e g a r a d e c i r s e a l g o " n u e v o " s i
lo d e c i b l e está y a e n m a r c a d o p o r l o i n d e c i b l e ?
P r e f e r i r í a r e f o r m u l a r l a s e g u n d a p r e g u n t a e n es-
tos términos: ¿qué p a p e l t i e n e n las r u p t u r a s epis-
temológicas, l a producción de nuevas verdades, e n
la transformación d e las s u b j e t i v i d a d e s h u m a n a s ?
De n u e v o , esta p r e g u n t a n o p u e d o responderla
ahora, p e r o t a l vez p o d a m o s empezar a pensar
entre todos a p a r t i r de u n a sentencia de Lacan,
que quisiera q u e quedase como epílogo de m i
exposición r e s p e c t o de l a f r a s e de M a r x q u e t o m é
como epígrafe.
E s q u e a u n a n u e v a v e r d a d , n o es p o s i b l e
contentarse c o n darle s u lugar, pues de lo
q u e se t r a t a es d e t o m a r n u e s t r o l u g a r e n
ella.23
23 J a c q u e s L a c a n . écrits, c i t . , p . 521 [Escritos /, c i t . ,

P- 206].
5. E L S U J E T O E N E L P S I C O A N A L I S I S ,
E L MATERIALISMO HISTORICO Y
LA LINGÜISTICA*
FRIDA SAAL Y NÉSTOR BRAUNSTEIM
T o d o está l i g a d o a l o r d e n s i m b ó l i c o , d e s d e
q u e b a y h o m b r e s e n e l m u n d o y que e l l o s
h a b l a n , Y eso q u e se t r a n s m i t e y t i e n d e a
c o n s t i t u i r s e es u n i n m e n s o m e n s a j e donde
t o d o l o r e a l es p o c o a p o c o r e t r a n s p o r t a d o ,
recreado, rehecho. L a simbolización de lo
r e a l tiende a ser equivalente a l u n i v e r s o y
l o s s u j e t o s n o s o n allí m á s q u e r e l e v o s , so-
portes.
JACQUES LACAN. L.e moi dans la théorie de

Freud et dans la technique de la psycha-
nalyse.
A- PREFACIO EPISTEMOLÓGICO
a\ cuestión de la unificación-articulación de
las ciencias
D e s d e el título m i s m o , este s i m p o s i o parece indi-

car la p o s i b i l i d a d de a r t i c u l a r los discursos de
* De este t r a b a j o escrito e n colaboración c o n F r i d a
S a a l se l e y e r o n l a i n t r o d u c c i ó n y l a c o n c l u s i ó n e n u n
simposio sobre el tema "Biosociología" organizado p o r
l a Coordinación de H u m a n i d a d e s de l a U n i v e r s i d a d N a -
c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o , e n a g o s t o d e 1979, b a j o l a
coordinación de E n r i q u e Leff. A l carácter p r e t e n d i d a -
m e n t e i n t e r d i s c i p l i n a r i o q u e t o m ó l a reunión e n c i e r t o s
m o m e n t o s responde l a argumentación epistemológica
d e l a s p r i m e r a s páginas. E s t e c a p í t u l o a p a r e c e r á e d i -
t a d o p o r l a U n i v e r s i d a d Autónoma de México j u n t o c o n
los demás t r a b a j o s presentados en el simposio. Agra-
decemos a l a Coordinación de H u m a n i d a d e s de l a
U N A A i l a autorización c o n c e d i d a p a r a r e p r o d u c i r aquí
los o r i g i n a l e s a s u disposición.
[80
^'^¿TETO E L PSICOANÁLISIS 81
j^^^cias diferentes y de engendrar nuevas disci-
a g ^ a s trabajando e n las fronteras de las y a exis-
iê^tes. E n e s t e c a s o s e t r a t a r í a d e l i g a r e l d i s c u r s o
^ ^ ; w s a oiencia natural c o n el de u n a cienoia social.
timaría así u n t e r r i t o r i o d e p a s a j e d e u n a a
y s e establecería de t a l m o d o u n a c o n t i n u i d a d
=en e l c a m p o d e l c o n o c i m i e n t o q u e c o r r e s p o n d e r í a
y ^ adecuaría a u n a s u p u e s t a c o n t i n u i d a d e n e l
csu^po d e l o r e a L E l logro definitivo de este pro-
yectodependería de superar u n problema que no
êî^ i n t r í n s e c o a l d e s a r r o l l o m i s m o d e l a s c i e t i -
^cias s i n o q u e d e p e n d e r í a d e l a n e c e s i d a d e n q u e
éstas s e v e n d e r e c u r r i r a l l e n g u a j e p a r a e x p o n e r
y transmitir sus descubrimientos. Pero al recurrir
a l l e n g u a j e t r o p e z a r í s m c o n l a s l i m i t a c i o n e s d e éste,
particularmente l a ambigüedad en las proposicio-
nes, l a p o l i s e m i a de los significantes y los a r r a s -
t r a connotativos. D e d o n d e l a aspiración a c r e a r
un l e n g u a j e " b i e n h e c b o " , p u r a u n e n t e d e n o t a t i v o y
dotado de u n i v o c i d a d e n todos s u s elementos. S u r -
g e .así l a b ú s q u e d a d e u n m e t a l e n g u a j e u n i f i c a d o r ,
de u n e s p e r a n t o d e l a s c i e n c i a s , y s e r e c u r r e a l a s
matemáticas c o n l a e s p e r a n z a d e q u e l o o f r ^ c a n .
L a idea es: a u n a realidad unificada, u n lenguaje
unificado q u e dé c u e n t a d e e l l a .
N o s p r e g u n t a m o s , ¿reminiscencias d e l a p i e d r a
filosofal?
C o l o c a d o s e n ixna epistemología discontinuista,
en tanto q u e postula l a existencia de u n a r u p t u r a
e n t r e 4 o r e a l y s u c o n o c i m i e n t o , y materialista, por
postular que el conocimiento es el resultado de u n
p r o c e s o históricamente c o n d i c i o n a d o d e práctica
social que n o tiene sujeto n i fin, consideramos que
esos p r e s u p u e s t o s s o n d i s c u t i b l e s . P e n s a m o s c o n
B a c h d L a r d q u e l a fantasía d e l a unificación c o n s -
tituye u n v e r d a d e r o obstáculo epistemológico y
S 4 " P a r a e l espíritu científico l a u n i d a d es u n p r i n c i -
pio s i e m p r e d e s e a d o , s i e m p r e r e a l i z a d o c o n p o c o es-
fuerzo. N o h a c e f a l t a m á s q u e u n a mayúscula. L a s
d i s t i n t a s a c t i v i d a d e s n a t u r a l e s s e c o n v i e r t e n así e n m a -
n i f e s t a c i o n e s v a r i a d a s d e u n a única y m i s m a N a t u -
r a l e z a . N o se p u e d e c o n c e b i r q u e l a e x p e r i e n c i a se c o n -
82 HACIA UNA TEORÍA. D E L SUJETO
estimamos que, m u y p o r el c o n t r a r i o , la historia

de las ciencias m u e s t r a u n a t e n d e n c i a constante
h a c i a e l e s t a b l e c i m i e n t o d e d i s c o n t i n u i d a d e s , ha-
cia la diferenciación de los métodos y de las juris-
d i c c i o n e s de las ciencias. C o i n c i d i m o s e n q u e "esta
d e m a n d a de unificación correspondía más a u n
i m p e r a t i v o ideológico y tecnológico q u e a u n pro-
blema interno del conocimiento" y q u e e s t o es
p a r t i c u l a r m e n t e sensible en e l c a m p o de las ciencias
sociales.
L á a m b i c i ó n d e l d i s c u r s o u n i f i c a d o r es t a n v i e j a
c o m o l a s c i e n c i a s m i s m a s , p e r o l o s p r o g r e s o s se
h a n hecho siempre t r a b a j a n d o en t o r n o a objetos
de c o n o c i m i e n t o específicos y e l u d i e n d o las solu-
c i o n e s v e r b a l i s t a s y e s p e c u l a t i v a s . E l t r i s t e prece-
dente del freudomarxismo ilustra acabadamente
este t i p o de fracasos. L o q u e n o q u i e r e decir, p o r
supuesto, q u e los científicos t r a b a j e n e n sus disci-
p l i n a s s o m e t i d o s a u n t a b i c a m i e n t o y q u e n o lle-
g u e n a ellos ecos d e l c o n c i e r t o d e l saber. E l uso
c o n s t i t u t i v o d e l a s m a t e m á t i c a s a l a física o d e la
lingüística a l a a n t r o p o l o g í a , o l a s r e l a c i o n e s de
aplicación técnica c o m o sería e l c a s o d e l o s rayos
X en el t e r r e n o de la biología, o l a importación
c o n c e p t u a l p a r a la producción de nuevos objetos
d e c o n o c i m i e n t o c o m o es e l c a s o d e l a t e r m o d i n á -
m i c a c o n relación a l psicoanálisis, e j e m p l i f i c a n esta
situación de n o a i s l a m i e n t o a l a vez que de
p r o g r e s i v a distinción en el n i v e l de los c o n o c i m i e n -
tos p r o d u c i d o s .
E s t a ilusión ( " c r e e n c i a a n i m a d a p o r u n d e s e o " :
F r e u d ) u n i f i c a d o r a d e l s a b e r se v e s o p o r t a d a p o r
l a e x i s t e n c i a d e l o b j e t o r e a l e m p í r i c o , "síntesis de
t r a d i g a y t a m p o c o q u e se s e p a r e e n c o m p a r t i m e n t o s
[. . .] E s t a e x i g e n c i a d e u n i d a d p l a n t e a u n a c a n t i d a d de
f a l s o s p r o b l e m a s . " ( G a s t ó n B a c h e l a r d , La formación
del espíritu científico, B u e n o s A i r e s , S i g l o X X I , 1972,
p . 103.)
E n r i q u e Leff, " S o b r e l a articulación de las ciencias
e n l a r e l a c i ó n n a t u r a l e z a - s o c i e d a d " , e n Biosociología y
articulación de las ciencias, México, N u e v a I m a g e n (en
prensa).
-SUJETO EM E L PSICOANÁLISIS 83
múltiples d e t e r m i n a c i o n e s " . C o m o s o b r e c a d a o b -
jeto real empírico p u e d e recaer el d i s c u r s o de
d i f e r e n t e s d i s c i p l i n a s q u e se h a n i d o d i f e r e n c i a n d o
e n e l c u r s o d e l a h i s t o r i a , se g e n e r a l a i l u s i ó n , p o r
un lado, de u n a partición del o b j e t o e n tantos
fragmentos c o m o ciencias puedan d i s c u r r i r sobre
él, y por e l o t r o , s e p a s a a s u p o n e r q u e l o s o b j e t o s
formales y abstractos u objetos de c o n o c i m i e n t o
se l i a n a n u d a d o o s e h a n a r t i c u l a d o e n e l o b j e t o
real. L a m e s a p u e d e ser o b j e t o e x p l i c a d o desde l a
física y d e s d e l a e c o n o m í a p o l í t i c a , d i g a m o s , p a r a
tomar u n ejemplo banal; ello n o significa q u e
h a y a o q u e se p u e d a m a r c a r n i e n l a m e s a n i e n
ningún e s p a c i o t e ó r i c o u n l í m i t e o u n a a r t i c u l a -
ción e n t r e l a física y l a e c o n o m í a p o l í t i c a . L a
m u e r t e d e u n h o m b r e es u n f e n ó m e n o concreto
que i m p l i c a u n a transformación biológica, fisico-
química, lingüística, económica, psicoanalítica, etc.,
de esa p o r c i ó n d e m a t e r i a . E l c a m b i o e n u n o d e l o s
sectores de l a r e a l i d a d , o b j e t o de e s t u d i o de u n a
disciplina específica, r e p e r c u t e s o b r e l a p o s i b i l i d a d
m i s m a d e d i s c u r r i r s o b r e ese o b j e t o c o n c r e t o d e s d e
o t r a s c i e n c i a s . ¿ S i g n i f i c a e l l o q u e e n ese h o m b r e
se u n e n o a r t i c u l a n l o s d i s p o s i t i v o s teóricos de
esas c i e n c i a s ? ¿ O p u e d e e n t e n d e r s e q u e l a a r t i c u l a -
ción se p r o d u c e e n e l n i v e l d e l o s e f e c t o s s o b r e
el o b j e t o e m p í r i c o , p e r o q u e c a d a d i s c i p l i n a i n t e -
resada, c o n s u p r o p i o c u e r p o c o n c e p t u a l , m e t o d o -
logía y c a m p o e x p e r i m e n t a l , e n t a n t o q u e e n t i d a d
teórica q u e p e r m i t e l a a p r o p i a c i ó n d e l o r e a l h a
quedado incólume y q u e los objetos de conoci-
m i e n t o n o se m o d i f i c a n p o r las t r a n s f o r m a c i o n e s
que s u f r e n los objetos reales? V a de suyo q u e si
el o b j e t o r e a l es " s í n t e s i s d e m ú l t i p l e s d e t e r m i n a -
c i o n e s " n a d a d e l o q u e s u c e d a e n ese o b j e t o r e a l
a m o d o de transformación podrá ser explicado p o r
u n a s o l a c i e n c i a y q u e d e ese e f e c t o d e t r a n s f o r -
mación allí o p e r a d o d e b e r á n d a r c u e n t a d e u n m o -
do d i f e r e n c i a d o d i s t i n t a s d i s c i p l i n a s . P e r o , soste-
nemos, ello n o j u s t i f i c a h a b l a r de la articulación
teórica d e tales d i s c i p l i n a s n i c r e a r n u e v o s c a m -
pos teóricos p o r esa yuxtaposición d e efectos. P o r
84 HACIA UNA TEORÍA D E L SUJETO
s u p u e s t o q u e e s t a t e s i s n e g a t i v a n o es d e f e n d i b l e
desde u n a perspectiva positivista.
S o m o s legión l o s q u e h e m o s c o n t r i b u i d o d e mo-
d o a p r e s u r a d o a d a r p o r r e s u e l t a e s t a c u e s t i ó n de
l á a r t i c u l a c i ó n a l r e c u r r i r a l a m e t á f o r a geográ-
fica. Así, h e m o s d i f u n d i d o l a i m a g e n de u n mapa
de las ciencias c o n sus c o n t i n e n t e s , sus comarcas,
sus r e g i o n e s y h a s t a sus islas e i s l o t e s . S i n tener
en cuenta que estábamos suponiendo u n universo
esférico y c e r r a d o del saber donde s ó l o cabía
d i s t i n g u i r e n t r e l o c o n o c i d o y l o i n e x p l o r a d o , entre
l o s l í m i t e s l e g í t i m o s y l o s l i t i g a d o s , p e r o s i n po-
n e r n u n c a e n d u d a l a c o n t i n u i d a d u n i f i c a d a de
este t e r r i t o r i o de la c i e n c i a . L a única diferencia
posible era e n t r e la postulación de " c o n t i n e n t e s "
s e p a r a d o s e n t r e sí, p a r t i c u l a r m e n t e e n t r e l a s c i e n -
cias n a t u r a l e s y las c i e n c i a s sociales, y l a defen-
sa d e u n a p o s i c i ó n d e c o n t i n u i d a d a b s o l u t a a través
de r e d u c c i o n e s sucesivas c o m o l o i l u s t r a l o que
d i c e J e a n P i a g e t . P a r t i e n d o d e u n a e x p r e s i ó n de
L é v i - S t r a u s s s e g ú n l a c u a l " l a e t n o l o g í a es a n t e
t o d o u n a p s i c o l o g í a " , P i a g e t a f i r m a : " p u e s l a psi-
c o l o g í a e s a n t e t o d o u n a b i o l o g í a . Y q u i z á se p o -
dría c o n t i n u a r , p e r o c o m o las ciencias f o r m a n u n
círculo y n o u n a serie l i n e a l , d e s c e n d e r de l a bio-
l o g í a a l a física es r e m o n t a r s e l u e g o d e éstas a
las matemáticas y f i n a l m e n t e r e g r e s a r . . . digamos
al h o m b r e , para no decidir entre su organismo y
su espíritu".
Pero el proceso m i s m o d e l a acumulación del
saber lleva a la desmultiplicación de los objetos
y de los métodos. Para p o n e r u n e j e m p l o : cuando
F r e u d e s t u d i ó l o s s u e ñ o s e n 1900 y l a s e x u a l i d a d
e n 1905, a l b e r g a b a l a e s p e r a n z a d e q u e l o s e n i g m a s
últimos q u e le p l a n t e a b a n esos o b j e t o s empíricos
f u e s e n i n a c c e s i b l e s p a r a él p o r q u e serían r e s u e l t o s
después, n o p o r l a aplicación d e l m é t o d o psicoana-
lítico, s i n o p o r l a biología. Suponía q u e el saber
-** J e a n P i a g e t , Le structuralisnie, P a r í s , P U F , 1968,
p . 119. [El estructiiralisfiio, B u e n o s A i r e s , P r o t e o , 1972,
p p . 118-119]
SITJETQ E N E L PSICOANÁLISIS
85
MQI^&^^ s o b r e l o s sueños y l a s e x u a l i d a d acabaría
s u s i n c e r t i d u m b r e s y q u e , f i n a l m e n t e , se d e s -
cutorirí^ri l a s s u s t a n c i a s q u í m i c a s i m p l i c a d a s en
^ doCTuir, e n e l s o ñ a r y e n l a s e x u a l i d a d . S u s
expectativas f u e r o n llenadas y p o d e m o s d e c i r q u e
están h o y r e s u e l t a s t o d a s l a s m a y o r e s i n c ó g n i t a s
sobre esos p r o c e s o s e n el c a m p o d e l a biología.
Pero, ¡oh s o r p r e s a ! t o d o este s a b e r n o a g r e g ó n a d a
n i t u v o ningún efecto c o n s t i t u t i v o s o b r e el saber
psicoanalítico y , a l a i n v e r s a , e l d i s c u r s o p s i c o a n a -
lítico s o b r e l o s s u e ñ o s y l a s e x u a l i d a d n o influía
sobre e l s a b e r b i o l ó g i c o . G r a d u a l m e n t e se f u e lle-
gando a l a conclusión de q u e América n o e r a n las
ladias y de que cuando u n psicoanalista hablaba
sobre el sueño n o estaba h a b l a n d o de l o m i s m o
que h a b l a b a e l electrofisiólogo. Y q u e e l c o n o c i -
miento de las últimas m i n u c i a s s o b r e las gonado-
trofinas n o tenía n i n g u n a i n f l u e n c i a s o b r e el cono-
cimiento de la determinación del deseo h u m a n o .
Sucedió s i m p l e m e n t e q u e e l o b j e t o r e a l había s i d o
c o n f u n d i d o c o n e l o b j e t o t e ó r i c o , es d e c i r q u e l a
fascinación p o r el objeto había a c t u a d o como
obstáculo e p i s t e m o l ó g i c o .
E n t r e t a n t o , e n la m i s m a t e m p o r a l i d a d cronoló-
gica e n q u e se p r o f u n d i z a b a n l o s conocimientos
psicoanalí t i c o s y b i o l ó g i c o s , p e r o c o n s u p r o p i a
t e m p o r a l i d a d epistemológica, s i n ser i n f l u i d a n i p o r
unos n i p o r o t r o s , aparecía l a lingüística c o n s u
propia problemática.
E l saber lingüístico t u v o , p o r s u p a r t e , u n efecto
t r a n s f o r m a d o r s o b r e las relaciones teóricas e n t r e
el psicoanálisis y l a biología. E l psicoanálisis f r e u -
d i a n o se h a b í a c o n f i g u r a d o a p a r t i r d e l a i m p o r -
tación d e c o n c e p t o s p r o c e d e n t e s d e l a física ( p r i n -
cipios de i n e r c i a y de constancia) y de l a biología
(teoría d e l a n e u r o n a ) de s u t i e m p o finisecular.
E n la teoría y a c o n s t i t u i d a estos proxiuctos i m p o r -
tados q u e p e r m i t i e r o n la r u p t u r a epistemológica
habían y a d e s a p a r e c i d o , a u n q u e n o s i n d e j a r s u s
rastros e n l a cóncepcióii d e l a pulsión y e n el
p u n t o de vista económico d e la metapsicología.
E r a n e n p a r t e esos r a s t r o s l o s q u e a v a l a b a n l a
86 H A C I A U M A T E O R Í A D E L SUJETQ,
esperanza f r e u d i a n a de u n a respuesta final pro.

c e d e n t e d e l a b i o l o g í a . P e r o l a t e o r í a lingüística
del s i g n i f i c a n t e , a través de la o b r a de Lacan ^
t u v o e l e f e c t o d e d e s p l a z a r l a p r o b l e m á t i c a psi- |
coanalítica. E l inconsciente pasó a ser conce-
b i d o c o m o t e n i e n d o l a e s t r u c t u r a de u n lenguaje
e s m á s , " e s a q u e l l a p a r t e d e l d i s c u r s o c o n c r e t o erí
c u a n t o t r a n s i n d i v i d u a l q u e f a l t a a l a disposición
del sujeto para restablecer la c o n t i n m d e su
discurso consciente".
V o l v e r e m o s s o b r e l a cuestión m á s a d e l a n t e . Por
a h o r a , l o q u e n o s i n t e r e s a s e ñ a l a r es e s t a n u e v a
importación de conceptos que, a c t u a n d o sobre una
d i s c i p l i n a y a c o n s t i t u i d a , p r o d u c e e n e l l a u n des-
p l a z a m i e n t o d e l a p r o b l e m á t i c a y h a s t a l a aper-
t u r a d e u n a n u e v a p r o b l e m á t i c a . T o d o s l o s con-
ceptos frendíanos deben ser entonces repensados
y el psicoanálisis d e b e b u s c a r a h o r a s u f u n d a m e n -
tación e n el p l a n o de las ciencias sociales ("con-
jeturales" prefiere designarlas Lacan) y abandonar
el t e r r e n o hasta entonces especulativo de la fun-
d a m e n t a c i ó n b i o l ó g i c a . ¿ S e t r a t a e n e s t e c a s o de
una "articulación" d e l psicoanálisis c o n la lin-
güística? D e n i n g u n a m a n e r a . L o s c o n c e p t o s y los
m é t o d o s de l a lingüística, p o r u n a p a r t e , y los del
psicoanálisis, p o r la o t r a , r e t u v i e r o n s u especifi-
c i d a d . N o se p u d o e s t a b l e c e r l a c o r r e l a c i ó n o l a
c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e u n o s y o t r o s m á s allá de
señalar — y esto fue d e t e r m i n a n t e p a r a p o d e r plan-
tear que el inconsciente estaba e s t r u c t u r a d o como
u n l e n g u a j e — q u e los mecanismos fundamentales
del proceso p r i m a r i o descrito p o r F r e u d , la con-
densación y el d e s p l a z a m i e n t o , e r a n equivalentes
a la metáfora y la m e t o n i m i a c o m o procedimientos
retóricos. L a f e c u n d i d a d de esta importación de la
teoría d e l s i g n i f i c a n t e a l t e r r e n o d e l psicoanálisis
podía c o m p r o b a r s e , p o r l o demás, en l a práctica
c o t i d i a n a d e l p s i c o a n a l i s t a y en la reconsideración,
b a j o esta n u e v a luz, de los protocolos dejados p o r
F r e u d d e s u p r o p i a e x p e r i e n c i a . Allí surgía, c o n
J a c q u e s L a c a n , Écrits c i t . , p . 258 [Escritos p . 79].

JETO EN E L PSICOANALISIS 87
i a n a c l a r i d a d , q u e t o d a la a c t i v i d a d d e l psico-
transcurría e n el c a m p o d e l lenguaje,
importación t r a s c e n d e n t a l p a r a l a teoría
ilítica producía, d e r e b o t e , sus e f e c t o s e n
S u a m p o lingüístico a l p o n e r de m a n i f i e s t o l a d i -
mensión d e l d e s e o i n c o n s c i e n t e y d e las leyes d e l
proceso p r i m a r i o e n t o d a p a l a b r a q u e antes era
atribuida al sujeto hablante.
. P e r o n o sólo " a n t e s " e r a a t r i b u i d a a l s u j e t o ha-
blante. L o s lingüistas, salvo c o n t a d a s excepciones,
no h a n t o m a d o n o t a de lo q u e p a r a ellos m i s m o s
importan estos efectos que su disciplina p r o d u j o
e n e l p s i c o a n á l i s i s . Y e s t o se c o m p r e n d e , p u e s e s t a
dimensión d e l deseo i n c o n s c i e n t e s u b t e n d i e n d o a
todo e n u n c i a d o los obligaría, a s u vez, a refplan-
tearse t o d a l a p r o b l e m á t i c a d e l a lingüística. P e r o
ello t a m p o c o podría resolverse b a j o la f o r m a de
u n a " a r t i c u l a c i ó n " s i n o q u e se t r a t a r á e n t a l c a s o
de l a a p l i c a c i ó n d e l o s o b j e t o s t e ó r i c o s d e l p s i c o -
análisis a o t r a c i e n c i a . É s t a a s u v e z se v e r á f o r z a d a
a refinar sus p r o p i o s conceptos e n busca de u n a
m a y o r y más n e t a diferenciación teórica, a aguzar
sus h e r r a m i e n t a s m e t o d o l ó g i c a s y a d e f i n i r c o n
m a y o r precisión s u c a m p o experimental.
Nos negamos, pues, a p r e s u p o n e r l a articulación
de las c i e n c i a s y d e j a m o s a b i e r t a l a cuestión d e
su p o s i b i l i d a d , u n a cuestión q u e n o podrá z a n j a r s e
en el t e r r e n o de l a especulación sino en el de la
práctica c o n c r e t a d e las c i e n c i a s y p a r a e l q u e ,
h o y p o r h o y , y e n el t e r r e n o de las ciencias socia-
les, n o p o d e m o s a p o r t a r u n e j e m p l o e s p e c í f i c o q u e
no plantee serias dudas sobre la l e g i t i m i d a d de la
e m p r e s a . L o q u e sí p l a n t e a m o s d e s d e l a p o s i c i ó n
epistemológica a n t i p o s i t i v i s t a q u e h e m o s d e f i n i d o ,
es q u e t a l a r t i c u l a c i ó n t e ó r i c a , d e s e r p o s i b l e , n o
p r o v e n d r á d e l r e c o n o c i m i e n t o d e i n t e r a c c i o n e s so-
b r e los objetos empíricos reales.
Si n o t e m e m o s recaer e n lo i m a g i n a r i o de las
topografías p o d e m o s a n i m a r n o s a p e n s a r q u e las
relaciones entre los objetos teóricos de ciencias d i -
f e r e n t e s se d a r í a n , n o c o m o l í m i t e s m á s o m e n o s
imprecisos y disputados entre comarcas diferentes.
I
88 H A C I A U^XA T E O R Í A D E L SUJETQJ
s i n o c o m o l a s p o s i c i o n e s r e s p e c t i v a s , e n u n mo-
m e n t o dado, d e p l a n e t a s q u e n o g u a r d a n relaciones:
de vecindad pero que constituyen entre todos una
e s t r u c t u r a d o n d e l a ubicación de c a d a u n o n o deja
d e t e n e r e f e c t o s s o b r e l a s p o s i c i o n e s d e l o s demás.
L a " a r t i c u l a c i ó n " p a s a r í a a s e r e l p r o c e s o d e re-
construcción teórica de e s a e s t r u c t u r a d e objetos
teóricos, d e f i n i d o s únicamente p o r s u relación c o n
los demás objetos teóricos d e l a m i s m a
(soberanía d e l a epistemología r e g i o n a l d e cada
disciplina sobre s u p r o p i o " p l a n e t a " ) , y de los
m o d o s e n q u e e s t o s o b j e t o s teóricos, c o m o c o n j u n -
to, a f e c t a n a l a órbita d e t o d o s l o s d e m á s inte-
grantes d e l s i s t e m a a l a vez q u e sufren l a influen-
cia de ellos.
S e generaría así u n a extraña lógica c a p a z d e d a r
r e s p u e s t a a l a i n q u i e t u d epistemológica d e algu-
n o s q u e s e a t e r r o r i z a n f r e n t e a l a p r o d u c c i ó n la-
c a n i a n a : "¿ E n q u é lógica a r t i c u l a r , e n efecto, que
F r e ú d s e a leído según S a u s s u r e , y éste leído se-
g ú n F r e u d ? " ^» S e v e d e q u é s e t r a t a : d e h a c e r
jugar los conceptos de u n a ciencia y sus descu-
brimientos e n u n terreno ajeno y v e r qué producen
e n él, e n t e n d i e n d o q u e , a s u v e z , e s o s c o n c e p t o s
que se trasladan h a n sufrido previamente correc-
ciones procedentes de los conceptos d e l c a m p o al
q u e l u e g o s e a p l i c a n . Y l a complicación lógica e s
m a y o r aún s i este trabajo, q u e n o es interdiscipli-
n a r i o sino transdisciplinacTO, se h a c e entre más de
dos n o m b r e s y a los de F r e u d y S a u s s u r e se
agrega el de Marx.
Z?] E l sujeto y BI discurso
P a r a n u e s t r a aportación a e s t e s i m p o s i o h e m o s ele-
g i d o c o m o e j e p a r a u n a e v e n t u a l desarticulación
a u n o d e e s o s o b j e t o s r e a l e s e m p í r i c o s ''síntesis
de múltiples d e t e r m i n a c i o n e s " . A u n a de e s a s e v i -
^® P. L a c o u e - L a b a r t h e P. y J . N a n c y , Le titre de la
lettre, París, Galilée, 1973. p. 87.
JP^ÊTOIET®^ E N E L PSIGOANÁLISTS 89
de^cias i n t u i t i v a s que, p o r s e r t a n obvias, llegan
a^jâeaaastituirse e n o b s t á c u l o e p i s t e m o l ó g i c o . A l a
yiîaición q u e t i e n e e l q u e e n f r e n t a t o d a s l a s a p a -
]f£@llicias, e l q u e s e p i e n s a p r o d u c t o r d e t o d o s l o s
c o n o c i m i e n t o s : q u e él, q u e p i e n s a y d i c e l o q u e
^ n s a , e s . E s t e s u j e t o e s e l d e l a civilización
científica c o n t e m p o r á n e a , u n s u j e t o q u e , a u n q u e
no tenga otra, tiene e s a c e r t i d u m b r e q u e depende
t a n s ó l o d e l a e x i s t e n c i a d e u n EMos n o t r a m p o s o .
E s el sujeto dueño de u n d o m i n i o interior, dueño
de u n a c o n c i e n c i a , q u e l e p e r p i i t e r e l a c i o n a r s e c o n
^ m i m d o . ¿Qué satánico i m p u l s o podría i n d u c i r -
nos a d e s a r t i c u l a r l o ? P o r n u e s t r a p a r t e , p o d e m o s
a&marlo, ninguno. Pero no podemos dejar de
reconocer q u e y a h a s i d o d e s a r t i c u l a d o y q u e sólo
l a c o n c i e n c i a i n g e n u a s e a f e r r a a él, e s d e c i r a sí
m i s m a . N o r e p e t i r e m o s a c á 2» l a r u i n a q u e q u e d a
de l a c o n c e p c i ó n d e l s u j e t o p s i c o l ó g i c o . P e r o sí
veremos qué sucede con nuestro objeto/sujeto
cuando se a p l i c a n los conceptos de tres disciplinas
arbitrariamente elegidas: e l m a t e r i a l i s m o históri-
co, l a l i n g ü í s t i c a y él p s i c o a n á l i s i s , q u e p r e t e n d e n
a b o r d a r a l s u j e t o c o n títulos q u e l e g i t i m a n s u
e m p r e s a . C r e e m o s q u e n o s o n l a s únicas c a p a c e s
de h a c e r l o . L a a n t r o p o l o g í a n o s m u e s t r a Gf% C l a u d e
Lévi-Strauss q u e " e l s u b c o n s c i e n t e e s e l léxico i n -
dividual e n el q u e c a d a u n o de nosotros a c u m u l a
el v o c a b u l a r i o d e s u h i s t o r i a p e r s o n a l , p e r o este
v o c a b u l a r i o s o l a m e n t e a d q u i e r e significación -—pa-
ra nosotros m i s m o s y para los demás— si el in-
consciente lo o r g a n i z a según s u s leyes y c o n s t i t u y e
así u n d i s c u r s o " y , p o r s u p a r t e , " e l i n c o n s c i e n t e
deja de s e r el refugio inefable de particularidades
individuales, el depositario de u n a historia singu-
lar que h a c e de c a d a u n o de n o s o t r o s u n s e r i r r e m -
plzizable. E l i n c o n s c i e n t e s e r e d u c e a u n t é r m i n o
p o r e l c u a l d e s i g n a m o s u n a función: l a función
simbólica, específicamente h u m a n a , s i n d u d a , p e r o
29 Véase N é s t o r A . B r a u n s t e i n , M a r c e l o P a s t e r n a c , G l o
r i a B e n e d i t o G . y F r i d a S a a l , Psicología: ideología y
ciencia, c i t .
90 HACIA UNA TEORfA D E L SUJETO
que en todos los h o m b r e s s e e j e r c e s e g ú n las

m i s m a s l e y e s ; q u e se r e d u c e d e h e c h o a l c o n j u n t o
d e esas leyes".^^
Y l a biología, de ser convocada, podría decirnos
q u e e l l a d e l s u j e t o n o h a b l a ; q u e h a b l a , sí, d e l
individuo —que n o es l o m i s m o — , y e s t o p a r a
e n c o n t r a r e n él l a encarnación t r a n s i t o r i a de u n
t i p o p a r t i c u l a r , d e u n a e s p e c i e , q u e c o n s t i t u y e , ella
sí, u n o d e l o s o b j e t o s d e s u d i s c u r s o .
O s e a q u é é n é s t a e m p r e s a e v e n t u a l m e n t e des-
a r t i c u l a d o r a d e l s u j e t o ernpírico l a antropología
y l a b i o l o g í a p o d r í a n a y u d a r n o s , p e r o h e m o s pre-
ferido, para recortar el campo, dejarlas de lado y
a t e n e r n o s a e x p o n e r m u y s u m a r i a m e n t e l a visua-
lización d e l s u j e t o d e s d e el m a t e r i a l i s m o histórico,
la lingüística y el psicoanálisis, c u y a c i e n t i f i c i d a d
d a m o s p o r e s t a b l e c i d a a u n c u a n d o n o s e n o s esca-
pe el debate que existe en t o r n o a l tema-
Adelantaremos y a l a conclusión q u e l u e g o ha-
b r e m o s de f u n d a r : las tres disciplinas escogidas
c o i n c i d e n e n c o n s i d e r a r a l sujeto c o m o u n efecto
d e e s t r u c t u r a s a n t e r i o r e s a —^y f u n d a n t e s d e — s u
existencia.
Desde los conceptos de ideología, lengua e i n -
consciente resulta i m p o s i b l e pensar, sin caer en
flagrante contradicción, la presencia de u n sujeto
q u e les sería e x t e r i o r y q u e llegase a s e r el s u j e t o
de l a ideología, de l a lengua o d e l inconsciente p o r
algún t i p o d e asimilación o interiorización d e esas
e s t r u c t u r a s ^ T e n e m o s acá u n p u n t o d e c o i n c i d e n c i a
de las tres disciplinas: el sujeto al que cada u n a
s e r e f i e r e n o e s e l s u j e t o " c o n c r e t o " (whatever it
means) conio s u j e t o autónomo e i n d e p e n d i e n t e de
ellas s i n o l a c r i a t u r a e n g e n d r a d a p o r la acción de
la e s t r u c t u r a específica s o b r e u n c i e r t o s u s t r a t o o
soporte que no tiene, p o r su parte, existencia em-
pírica e n ningún m o m e n t o . Q u e q u e d e c l a r o : el
sujeto-soporte de las e s t r u c t u r a s (ideología, len-
g u a e i n c o n s c i e n t e ) n o es e l o r g a n i s m o biológico
C l a u d e L é v i - S t r a u s s , Antropología estructural, Bue-
n o s A i r e s , E u d e b a , 1961, p p . 183-184.
JJETO EN E L PSICOANÁLISIS 91
^Îgún m o m e n t o d e s u m a d u r a c i ó n . E l s u j e t o -
i o r t e es e l q u e h a b r á d e , y e l q u e n o p o d r á d e j a r
¿é i n s e r t a r s e e n l a e s t r u c t u r a q u e existe antes
él y qi-i^ asignado u n lugar en su
^ ^ o . E l s u j e t o - s o p o r t e es u n p r e s u p u e s t o a b s t r a c -
to condición d e existencia de l a e s t r u c t u r a . E s t r u c -
tura que, sobra el decirlo, n o podría existir sino
env y ^ t r a v é s d e , e s t o s s u j e t o s ^ s p p o r t e s q u e c o r -
porizan sus posibilidades de f u n c i o n a m i e n t o .
Si p o d e m o s e x p r e s a r n o s así: l a e s t r u c t u r a , c u a l -
quiera d e l a s t r e s , p r e s u p o n e a l o s s u j e t o s q u e
serán s u s s o p o r t e s y , a l a v e z , n o e x i s t e c o n c r e t a -
mente fuera de ellos, q u e son, siempre, todos ellos.
N o se t r a t a e n t o n c e s d e u n a r e l a c i ó n d e e x t e r i o -
ridad-interioridad. L a e s t r u c t u r a , c o n u n a existen-
cia a n t e r i o r ( p u e s t o q u e e t e r n a ) , r e c l u t a a t o d o s
l o s s u j e t o s q u e p a s a n a f o r m a r p a r t e d e e l l a se-
gún u n m o d e l o q u e n o es e l d e l a i n t e r a c c i ó n , p o r
dialéctica q u e se q u i e r a , s i n o s e g ú n e l m o d e l o i l u s -
trado p o r la b a n d a de M o e b i u s c o n sus enervantes
continuidades.
Coincidencia inicial en cuanto a l m o d o de ubicar
al sujeto. C o i n c i d e n c i a también en c u a n t o a l o e m -
pírico d e l r e c o n o c i m i e n t o i n i c i a l de q u e el s u j e t o
está s o m e t i d o a d e t e r m i n a c i o n e s q u e p r o v i e n e n d e
las o t r a s e s t r u c t u r a s . E l s u j e t o d e l a i d e o l o g í a es
también u n o r g a n i s m o biológico, u n s u j e t o h a b l a n - .
te, u n s u j e t o d e s e a n t e , u n agente de prácticas
económicas, u n s o p o r t e de c i e r t o t i p o de relaciones
c u l t u r a l e s , e t c . Y así p a r a c a d a u n a d e las c i e n c i a s
que q u i e r a d i s c u r r i r sobre el sujeto. N i n g u n a pue-
de u s u r p a r e l d e r e c h o de m o n o l o g a r s o b r e el t e m a
pretendiendo decirlo todo, ninguna puede arrogar-
se u n a p r i o r i d a d j e r á r q u i c a s o b r e l a s d e m á s y d e -
c i r q u e las o t r a s le están s u b o r d i n a d a s y t o d a s
p u e d e n soñar el sueño de l a articulación de los
objetos teóricos a p a r t i r d e l hecho c o n c r e t o del
a n u d a m i e n t o de los efectos en el objeto real. Es
p o s i b l e q u e ningún e p i s t e m ó l o g o esté a u t o r i z a d o
a ponerles u n veto y decirles " n o l o lograréis",
p e r o sí p o d r í a d e c i r l e s : " e l p r o y e c t o v u e s t r o d e
constituir u n discurso unitario sobre el h o m b r e
92 H A C I A U N A T E O I S A D E L S U J E T
es u n p r o y e c t o i d e o l ó g i c o , c o n t r a r i o a l o q u e liastg.
a h o r a h a v e n i d o s u c e d i e n d o e n l a h i s t o r i a de la¿
ciencias.
"Más q u e a soñar c o n u n i f i c a r , a r t i c u l a d a m e n t e
v u e s t r o s s a b e r e s sería de d e s e a r q u e os dediquéis
a d i f e r e n c i a r cada vez m e j o r vuestros conceptos y
a h a c e r l u g a r p a r a n u e v a s e i m p r e v i s i b l e s estruc-
t u r a s científicas d e l a s q u e ese h o m b r e q u e queréis
i n t e g r a r será e l r e f e r e n t e " .
Y a h o r a d e b e m o s m a r c a r u n a t e r c e r a , última y
f u n d a m e n t a l coincidencia entre las tres discipli-
n a s . É s t a es d e c a r á c t e r m e t o d o l ó g i c o : e n l o s tres
c a s o s e l s u j e t o s ó l o es a b o r d a b l e a p a r t i r d e l len-
g u a j e o, m á s c o n c r e t a m e n t e , d e l d i s c u r s o . E l su-
j e t o n o tiene, c o m o objeto empírico, o t r a materia-
lidad q u e la del lenguaje, la de las proposiciones
q u e él e m i t e , l a s q u e p o d r í a l l e g a r a e m i t i r . Su
s e r es i n a b o r d a b l e f u e r a d e e s t e o r d e n d e l dis-
curso. Fuera del discurso que lo propone y lo im-
p o n e c o m o s u j e t o de l a enunciación n a d a podría
s a b e r s e s o b r e é l . E l r e f e r e n t e s u j e t o se p a r t i c u l a -
r i z a p o r s e r el ú n i c o r e f e r e n t e q u e h a b l a , y sólo
p o r s u práctica d i s c u r s i v a p o d e m o s l l e g a r a dis-
t i n g u i r l o d e l resto de los objetos. E n consecuen-
cia, y a t o d o l o largo de n u e s t r a exposición, debe
e n t e n d e r s e e l t é r m i n o sujeto como sujeto/discur-
so. M á s allá d e e s t o h a b r á q u e d e m o s t r a r q u e esta
restricción r e c o n o c e u n a p r o f u n d a razón teórica:
e l s u j e t o es s u j e t o / d i s c u r s o p o r q u e e s , e n t o d o , u n
efecto de prácticas d i s c u r s i v a s .
E s t e p o s t u l a d o m e t o d o l ó g i c o es e l ú n i c o c a p a z
de d e f i n i r l a m a t e r i a l i d a d d e l t e m a q u e a b o r d a m o s .
M a t e r i a l i d a d d e l l e n g u a j e . N o está d e m á s . recor-
d a r q u e e l l e n g u a j e n o es e l o b j e t o d e n i n g u n a
ciencia y n o son pocos los que consideran impo-
s i b l e s u d e f i n i c i ó n . P a r a c i t a r a a l g u n o s q u e así
l o e s t i m a n : S a u s s u r e e n s u Cours, D u c r o t y To-
d o r o v e n s u L>iccioriario * llamado precisamente
* Véase O s w a l d D u c r o t y Tzvetan Todorov, Diccio-

nario enciclopédico de las ciencias del lenguaje, México,
s i g l o X X I , 1974. [E.]
EK E L PSICOANÁLISIS 93
ciencias del lenguaje y L a c a n e n sus Écrits.

^-.^ p r o p o n e r , p e s e a e l l o , u n a d e f i n i c i ó n q u e ,
fâr, m u e s t r e p o r qué el lenguaje n o puede ser
de u n a ciencia, r e c u r r i r e m o s a Lévi-Strauss:
i^^njunto de operaciones destinadas a asegurar,
j& l o s i n d i v i d u o s y l o s g r u p o s c i e r t o t i p o d e
, ^ 0 ^ u n i c a c i o n .^^ t i l l e n g u a j e e s , p u e s , u n a f u n c i ó n
j ^ ^ a la comunicación i n t e r h u m a n ^ . Y el discurso
l a f o r m a s u p e r i o r q u e integra y organiza, desde
^ mayor complejidad, a las formas inferiores
^ i ^ o los códigos o l a articulación de imágenes.
.^^1 <iiscursp supone la existencia de l a lengua
X20mo c o n j u n t o d e e s t r u c t u r a s f o n o l ó g i c a s , m o r f o -
l ó g i c a s y s i n t á c t i c a s , q u e es e l o b j e t o d e e s t u d i o d e
ala i i n g ü í s t i c a . D e d o n d e p o d r í a m o s a p r e s u r a r n o s a
c o n c l u i r q u e l a lingüística sería c a p a z d e d a r n o s
3:^ón de los discursos y, p o r este atajo, d e l su-
j e t o . P e r o n o e s a s í . E l d i s c u r s o es l a p u e s t a e n
lujación d e l a s e s t r u c t u r a s d e l a l e n g u a p e r o , a d e -
más, e l d i s c u r s o está a b i e r t o a l s e n t i d o . Sentido
que n o podría existir sino para u n sujeto. Sentido
y sujeto que constituyen, c o m o habremos de ver,
los p u n t o s de t r o p i e z o d e l a lingüística, los s i t i o s
donde s u arsenal teórico y metodológico n o pue-
den penetrar.
L a t e s i s d e l s u j e t o / d i s c u r s o es d i f í c i l m e n t e d i s -
c u t i b l e e n l a p e r s p e c t i v a d e l m a t e r i a l i s m o histó-
r i c o d o n d e e l s u j e t o es p r i m e r a m e n t e s u j e t o d e l a
i d e o l o g í a ( a n t e s d e q u e se l o p u e d a d e f i n i r c o m o s u -
j e t o jurídico-político o e c o n ó m i c o ) y , a s u vez, la
ideología n o t i e n e o t r a m a t e r i a l i d a d q u e l a de las
prácticas d i s c u r s i v a s , s i e n d o s u e f e c t o e l e m e n t a l ,
el de i n t e r p e l a r a los i n d i v i d u o s c o m o s u j e t o s ("en
su jets": A l t h u s s e r ) . E s a través d e l a i n s t a n c i a
ideológica c o m o el s u j e t o e n g r a n a e n l a e s t r u c t u r a
social de cada m o d o de producción. E l sujeto ideo-
l ó g i t o es e f e c t o y a g e n t e d e p r á c t i c a s d i s c u r s i v a s
q u e r e g u l a n s u representación i m a g i n a r i a d e l a re-
lación c o n sus c o n d i c i o n e s reales de e x i s t e n c i a .
L a u n i ó n s u j e t o - d i s c u r s o n p es t a n s e n c i l l a c o m o
^1 C l a u d e L é v i - S t r a u s s , ap. cit., p . 56.
i.
p a r e c e e n e l t e r r e n o de l a lingüística, p r e c i s a m e n t e
p o r q u e , y e s t o es l o d i f í c i l d e a d m i t i r , l a c i e n c i a
de l a l e n g u a d a p o r s u p u e s t o a l s u j e t o a l a vez que
es p o c o l o q u e p u e d e d e c i r n o s s o b r e él e n t a n t o
q u e s u j e t o de l a enunciación. Y esto, necesariamen-
t e t i e n e q u e s e r así e n u n a p o s t u l a c i ó n m a t e r i a l i s t a .
E l l i n g ü i s t a n o p u e d e o c u p a r s e m á s q u e d e l o efec-
t i v a m e n t e d i c h o y escrito y n o tiene medios para
a c e r c a r s e a l a c u e s t i ó n d e q u i é n es e l q u e a s í se
e x p r e s ó y q u é es l o q u e s i g n i f i c a b a n s u s p r o p o -
siciones. C o m o dice M a n n o n i : " v e m o s n a c e r a la
lingüística a p a r t i r de l a b a r r a q u e S a u s s u r e ha
i n s t a u r a d o e n t r e s i g n i f i c a n t e y s i g n i f i c a d o , y pare-
cería q u e c o r r e p e l i g r o de m o r i r a causa de su
reunión".^^ E l lingüista está f o r z a d o a a t e n e r s e a
la m a t e r i a l i d a d de la cadena significante. Acerca
de las c o n d i c i o n e s de l a enunciación sólo puede
registrar los indicios q u e h a n pasado al enunciado
(los p r o n o m b r e s personales, los a d v e r b i o s de l u g a r
y t i e m p o y poco más que eso).
E l s u j e t o / d i s c u r s ó d e l a l i n g ü í s t i c a es e l q u e
p o r t a / s o p o r t a las e s t r u c t u r a s lingüísticas y e l q u e
realiza las operaciones q u e el sistema de la lengua
p e r m i t e y e n m a r c a . L a lingüística e s t u v o siempre
e m b a r a z a d a a n t e l a cuestión de quién e r a ei sujeto
h a b l a n t e , y las s o l u c i o n e s clásicas h a n s i d o l a de
r e m i t i r e l p r o b l e m a a l c a m p o d e l a p s i c o l o g í a , sea
d e l a c o n c i e n c i a sea de l a c o n d u c t a , y l a de supo-
ner u n sujeto abstracto, u n lugar de permutacio-
nes. T a n t o la eyección psicologista c o m o l a for-
malista coinciden en desconocer al sujeto como
i n c l u i d o en la h i s t o r i a (en la lucha de clases) y e n
el r e g i s t r o d e l d e s e o y de l a d e m a n d a . E n síntesis,
l a lingüística se m a n t i e n e e n l a c i e n t i f i c i d a d e n l a
m e d i d a q u e r e c h a z a f u e r a d e sí a e s t o s i m p e r t i -
nentes: el sujeto y el sentido.
Tampoco es fácil l a síntesis suj eto/discurso
c u a n d o se l a p i e n s a d e s d e e l c a m p o p s i c o a n a l í t i c o .
E s t o p o r q u e la tarea de los divulgadores del psi-
32 o . M a n n o n i , La otra escena, Buenos Aires, A m o r r o r -
t u , 1973, p . 29.
£L SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS 95
coanálisis, a p o y á n d o s e e n c i e r t o s t e x t o s e q u í v o c o s
de F r e u d , h a d i s e m i n a d o l a idea de q u e el s u j e t o
d e l a n á l i s i s es u n s e r b i o l ó g i c o , i n s t i n t i v o , q u e i r í a
m a d u r a n d o p r o g r e s i v a m e n t e h a s t a a l c a n z a r la ple-
n i t u d g e n i t a l . L o q u e d e s p u é s r e t o m a r e m o s es p r e -
cisamente la argumentación contraria. Toda la
experiencia de F r e u d y la de sus c o n t i n u a d o r e s
se c a r a c t e r i z a j u s t a m e n t e p o r e s c e n i f i c a r s e y r e -
solverse e n el p l a n o de la p a l a b r a . E l psicoanálisis
h o es u n a c i e n c i a n a t u r a l . E l s u j e t o d e l q u e h a b l a
t i e n e u n c u e r p o , sí, p e r o u n c u e r p o h e c h o p o r e l
discurso y p o r el deseó del o t r o q u e h a i d o ins-
c r i b i e n d o s u s h u e l l a s e n él. E l c u e r p o d e l q u e
h a b l a e l p s i c o a n a l i s t a n o es e l o r g a n i s m o s i n o e l
cuerpo c o m o organización l i b i d i n a l , c o m o sistema
de r e p r e s e n t a c i o n e s c e n t r a d o i m a g i n a r i a m e n t e e n e l
" y o " del enunciado, el efecto i m a g i n a r i o i n d u c i d o
por el o r d e n simbólico a p a r t i r de la represión
originaria
Podríamos a h o r a r e s u m i r : a b o r d a m o s tres dis-
ciplinas cuyos discursos desembocan — n o parten
de é l — e n ese o b j e t o c o n c r e t o q u e es e l s u j e t o .
Y las t r e s c o i n c i d e n e n d e m o s t r a r q u e el s u j e t o
es u n e f e c t o d e e s t r u c t u r a s a n t e r i o r e s a é l y q u e
lo i n c l u y e n asignándole u n l u g a r en s u funciona-
miento. Lengua, ideología e inconsciente s o n tres
d e l o s n p o l o s a p a r t i r d e l o s c u a l e s se v a l o g r a n d o
la apropiación teórica d e l o b j e t o r e a l .
S i e n d o así l a s cosas, c a b e p r e g u n t a r s e p o r l a
validez de la e m p r e s a m i s m a de c o n s t i t u i r u n a
''teoría d e l s u j e t o " . C a b e también u n a sospecha:
¿no habrá detrás de los i n t e n t o s d e unificación
disciplinaria a l r e d e d o r del sujeto u n a esperanza de
reagrupar los efectivos q u e h a n q u e d a d o dispersos
tras la d e s b a n d a d a q u e siguió al fracaso de todas
las " t e o r í a s d e l h o m b r e " ? ¿ N o e s t a r e m o s a n t e el
riesgo de ser r e c a p t u r a d o s p o r la ideología h u m a -
nista, siempre t a n tenaz y obcecada?
96 HACIA UNA TEORIA D E L SUjfi!
B. E L SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS
E l q u e t o m e m o s c o m o p u n t o d e p a r t i d a d e este^
a p a r t a d o u n a elaboración que pertenece a uiak
c a m p o e x t e r i o r a l p s i c o a n á l i s i s es a l g o q u e p u e d e •
p a r e c e r p a r a d ó j i c o . L o h a c e m o s , según se verá en
l a conclusión, p o r necesidad; p o r u n a necesidad
q u e n o s i m p o n e u n m a l e n t e n d i d o f u n d a m e n t a l en
c u a n t o a l o b j e t o d e l p s i c o a n á l i s i s : e l d e q u e el
p s i c o a n á l i s i s , s i e n d o c o m o es u n a e x p e r i e n c i a i n d i -
v i d u a l , tiene al i n d i v i d u o ó a algo q u e pertenece
a l i n d i v i d u o c o m o p u n t ó d e d e s t i n o d e s u acción.
Y sostendremos, vayamos a d e l a n t á n d o l o , q u e el
psicoanálisis se r e f i e r e a a l g o , e l i n c o n s c i e n t e p o r
d e c i r l o r á p i d o , d e l o q u e e l i n d i v i d u o es e l efecto.
Y q u e a s í , c u e s t i o n a n d o l a n o c i ó n d e i n d i v i d u o , es
c o m o e l p s i c o a n á l i s i s se l a b r a s u t e r r e n o .
Y v a y a m o s a l g r a n o . Z a r p a r e m o s d e u n a d e las
t e s i s c e n t r a l e s d e l a t e o r í a d e l a s i d e o l o g í a s de
L o u i s A l t h u s s e r , l a q u e a f i r m a q u e " l a ideología
interpela a los i n d i v i d u o s c o m o s u j e t o s " y foca-
l i z a r e m o s n u e s t r a p r i m e r a y n u e s t r a última inte-
rrogación sobre lo que aparentemente presenta
menos dificultades: los i n d i v i d u o s .
A l i g u a l q u e las nociones de sujeto, persona,
etcétera, l a d e i n d i v i d u o está s o b r e c a r g a d a p o r la
evidencia que nos hace s e n t i m o s s i e m p r e unos,
idénticos a n o s o t r o s m i s m o s , i n d i v i s i b l e s . P o r q u e
p a r e c i e r a s e r q u e e l i n d i v i d u o está, t a n t o e n la
ideología vigente c o m o e n la tesis de A l t h u s s e r ,
dado de entrada, y que r e m i t e a alguna entidad
n a t u r a l c o r r e s p o n d i e n t e , t a l vez, a l c a m p o teórico
de l a b i o l o g í a y q u e , d e s d e allí, llegaríc n a o p e r a r s e
e n él e s p e c i f i c a c i o n e s o d i v i s i o n e s q u e l o c o n f i g u -
rarían c o m o o t r a cosa (en sujets, par ejemplo).
P e r o s i a a l g u i e n ( s u j e t o , i n d i v i d u o , e t c . ) se l e
L o u i s A l t h u s s e r , "Ideología y a p a r a t o s ideológicos
d e l e s t a d o " , e n La filosofía como arma de la revolución.
C u a d e r n o s d e P a s a d o y P r e s e n t e n ú m . 4, M é x i c o , 1974.
E n e l a p a r t a d o s i g u i e n t e C*E1 s u j e t o e n e l m a t e r i a l i s m o
histórico") a b o r d a r e m o s críticamente t a l tesis también
e n ese c a m p o .
TO EN E L PSICOANÁLISIS 97
g^ffl^tan las m a n o s , ¿sigue s i e n d o q u i e n es?; ¿y s i
^ ^ ^ ^ a m p u t a n l a s p i e r n a s ? ; ¿ y s i es e l s e x o l o
^ ^ ^ l á d o ? L a pesadilla descuartizadora pone de
^ ^ ^ e s t o q u e e l c u e r p o b i o l ó g i c o n o es i n d i v i s i -
bÉÍ^^^"*^ l a p o s i b i l i d a d d e l a f r a g m e n t a c i ó n l l e v a
l ó ^ i a m e n t e a p r e g u n t a r : ¿hasta qué p u n t o seguirá
s i e n d o ese i n d i v i d u o ? P o d r í a d e c i r s e e n p r i n c i p i o
q^víipientras t e n g a v i d a , y d e f i n i r l a v i d a según
xin a t r i b u t o b i o l ó g i c o . A l o q u e s e o p o n d r á q u e
n o Jiay c o n t r a s e n t i d o e n h a b l a r d e u n i n d i v i d u o
n i ^ ^ t o . Y r e c o n o c e r q u e es n e c e s a r i o d a r u n s a l t o ,
abandonar la biología y decir, p a r a a n d a r rápido,
que, .será u n i n d i v i d u o m i e n t r a s h a y a q u i e n l o n o m -
bre y a través d e l n o m b r e le asigne u n l u g a r e n
la d i f e r e n c i a de l o s sexos y e n l a sucesión de las
generaciones (idej:itificación libidinal sancionada
por la c u l t u r a ) y e n l a distribución de los lugares
de s u j e t o i d e o l ó g i c o y p o l í t i c o ( i d e n t i f i c a c i ó n c i -
v i l ) . P u d i e n d o h a b l a r s e , c l a r o está, d e u n " i n d i v i -
duo n o i d e n t i f i c a d o " e n el s e n t i d o de q u e s u i d e n -
t i d a d sea d e m o m e n t o d e s c o n o c i d a , p e r o siempre
se p r e s u p o n e e s a i d e n t i d a d .
Un personaje de B e r t o l t B r e c h t p r o c l a m a :
" M i m a d r e hizo u n a c r u z en el c a l e n d a r i o
el día e n q u e nací, y y o e r a e l q u e g r i t a b a :
ese p e q u e ñ o m o n t ó n d e c a b e l l o s , d e uñas y d e carne
soy y o , s o y y o . "
Y poco más adelante:
" S o l o n o e r e s n a d i e . E s p r e c i s o q u e o t r o t e n o m b r e . " ^*
C o n l o q u e se p l a n t e a l a d i f e r e n c i a e n t r e o r g a -
nismo e i n d i v i d u o . E n t a n t o que el organismo se
constituye c o m o u n a e s t r u c t u r a anatómica, efecto
de l a a c c i ó n d e l a s l e y e s d e h e r e n c i a W o l ó g i c a , e l
individuo llega a serlo en u n a m a t r i z discursiva
q u e l e p r e e x i s t e , y e n t a l s e n t i d o es, d e s d e s i e m p r e ,
sujeto, p o r q u e según l o dice el p r o p i o A l t h u s s e r ,
B e r t o l t B r e c h t , Un hombre es tm hombre.
98 H A C I A U N A T E O R Í A D E L SUJETO
desde antes de nacer, en el seno de la estructura

f a m i l i a r el " a n t i g u o - f u t u r o sujeto debe encontrar
' s u ' s i t i o , es d e c i r , ' c o n v e r t i r s e ' e n e l s u j e t o se-
x u a d o (niíío o niña) q u e y a e r a anticipadamente",35
É s a q u í d o n d e l a e s t r u c t u r a f a m i l i a r e n t r a en
j u e g o c o n s u c a r á c t e r p o l i f a c é t i c o : a p a r a t o ideoló-
gico del estado, cristalización de la estructura
s i m b ó l i c a d e l a s l e y e s d e l p a r e n t e s c o , e s c e n a r i o en
el c u a l el s u j e t o asumirá s u relación consigo mismo
y c o n s u deseo, f r a g u a de los rieles dé sii demanda.
Organización n a t u r a l , n u n c a .
E n r i g o r , c l psicoanálisis d e j a f u e r a de s u campo
l a p r e g u n t a a c e r c a d e c ó m o s e d e s a r r o l l a e l su-
j e t o , t e r r e n o de las l l a m a d a s psicologías evolutivas
q u e v a n d e s d e e l e m p i r i s m o d e s c r i p t i v o d e Gesell
a l c u l t u r a l i s m o n o r m a t i v i z a n t e de E r i k s o n pasando
p o r l a e p i s t e m o l o g í a genética d e P i a g e t , de inspi-
r a c i ó n b i o l o g i s t a . I n t e r e s a e n c a m b i o a l psicoaná-
l i s i s l a c o n s t i t u c i ó n d e l s u j e t o d e l d e s e o y sus
relaciones/diferenciaciones c o n el s u j e t o d e la
i d e o l o g í a , e l d e l a a n t r o p o l o g í a , e l d e l a lingüística,
etcétera.
E s t e p l a n t e o n o s i e m p r e es c l a r o , y es c i e r t o
q u e p u e d e n c i t a r s e m u c h o s t e x t o s d e F r e u d , de
A b r a h a m , de M . K l e i n , p a r a m o s t r a r q u e también
e l p s i c o a n á l i s i s es u n a t e o r í a d e l a e v o l u c i ó n del
s u j e t o q u e e s t a r í a m a r c a d a p o r l a a d q u i s i c i ó n gra-
d u a l d e p r o p i e d a d e s a l o l a r g o d e s u v i d a bioló-
gica y e n u n a línea cronológica. E n esta perspec-
t i v a , e l psicoanálisis sería o t r a psicología e v o l u t i v a .
P e r o v e a m o s e s t o e n d e t a l l e : c r e e m o s q u e las psi-
cologías evolutivas pueden d i s t i n g u i r s e e n t r e sí
según a d o p t e n p o s i c i o n e s monádicas o diádicas.
L l a m a m o s c o n c e p c i o n e s monádicas a aquellas que
p r e s u p o n e n u n i n d i v i d u o a r m a d o desde el huevo
c o n u n c a u d a l de p o t e n c i a l i d a d e s q u e irá d e s a r r o -
l l a n d o e n u n p r o c e s o n a t u r a l d e " m a d u r a c i ó n " , sea
esta neurológica, i n s t i n t i v a o p u l s i o n a l , siguiendo
u n esquema predeterminado y en u n a correspon-
dencia también más o m e n o s fija c o n el t i e m p o
L o u i s A l t h u s s e r , op. cit., p . 134.
^^ÛJETO EN E L PSICOANÁLISIS 99
c a l e n d a r i o q u e v a t r a n s c u r r i e n d o . E s t a es l a
f o r m a v u l g a r e n q u e se t r a n s m i t e l a e n s e ñ a n z a
jj-gûdiana d e l a s f a s e s o e s t a d i o s l i b i d i n a l e s : o r a l ,
anal, fálico, d e l a t e n c i a y g e n i t a l . E n estas c o n c e p -
ciones se s u p o n e c i e r t a m e n t e l a p r e s e n c i a d e u n
" m e d i o a m b i e n t e " físico, f a m i l i a r y s o c i a l q u e i n -
terviene a p o r t a n d o o n e g a n d o l o s r e c u r s o s nece-
s a r i o s p a r a q u e e s t e p r o c e s o e n d ó g e n o se d e s a r r o -
lle s i n t r o p i e z o s . E s t e t i p o d e r a z o n a m i e n t o no
sólo l i a s i d o s o s t e n i d o e n e l c a m p o f r e u d i a n o p a r a
explicar el procesó de l a supuesta maduración p u l -
sional s i n o q u e t a m b i é n se h a i n t e n t a d o e x t e n d e r l o
al c a m p o d e l a génesis d e las a c t i v i d a d e s i n t e l e c -
tuales p o s t u l a n d o u n a i n t e l i g e n c i a q u e estaría t a m -
bién p r e f o r m a d a y q u e i r í a d e j a n d o a t r á s d i s t i n t o s
estadios h a s t a a l c a n z a r u n b u e n c o n t r o l d e l a rea-
lidad.3«
Frente a estas concepciones "monádicas" de u n
sujeto q u e iría p r o g r e s a n d o espontáneamente y
desarrollando las potencialidades de s u o r g a n i s m o
biológico p a r a v i v i r e n e l m u n d o h u m a n o se a l z a n
otras f o r m u l a c i o n e s q u e podríamos l l a m a r diádi-
cas y q u e s e d a n a b a j o c o s t o e l l u j o d e h a c e r
entrar a la sociedad y la cultura postulando u n a
interacción e n t r e l a r e a l i d a d s o c i a l y a e s t r u c t u r a d a
que posee sus m e c a n i s m o s de aculturación o de
socialización y ese i n d i v i d u o q u e g r a d u a l m e n t e iría
incorporando normas y comportamientos a partir
del i n t e r c a m b i o . E n e s t a línea se privilegiarían
dentro de la o b r a f r e u d i a n a los textos relacionados
con el c o m p l e j o de E d i p o , l a identificación y el
Superyo, a u n q u e apartándose d e l sentido mismo
de l a i n v e s t i g a c i ó n f r e u d i a n a t a l c o m o é s t a s e r e -
vela e n l o s c a s o s clínicos.
Hay que ver, en l a existencia de presupuestos
comunes a estos dos t i p o s de f o r m u l a c i o n e s , cier-
tas i n v a r i a b l e s q u e s o n c o n s t i t u t i v a s d e 1^ p s i c o l o -
36 S. F e r e n c z i , " S t a g e s i n t h e d e v e l o p m e n t o f t h e s e n s e
of r e a l i t y " , e n Sex in psychoanalysis, Nueva York, Dover,
1956, p p , 181-203. E s e l p r i m e r o p e r o n o e l ú n i c o i n -
t e n t o e n esa línea.
100 H A C I A U K A T E O R Í A D E L S U J E T Q
gía académica y q u e p a r e c e n n o ser conmovidas

p o r e l d e s c u b r i m i e n t o f r e u d i a n o , es m á s , q u e se ^
p r e t e n d e q u e sean las bases m i s m a s d e l discurso
f r e u d i a n o . JSTos r e f e r i m o s a l o q u e H e n r y l l a m a '*el
c a m p o de l a c o m p l e m e n t a r i e d a d " , ^ " p a r a designar
el c o n j u n t o de elucubraciones q u e acepta como
i n d i s c u t i b l e a l a s e n c i l l a p r e m i s a d e q u e h a y d o s rea-
l i d a d e s d i f e r e n t e s y o p u e s t a s , l a s d e l i n d i v i d u o y la
s o c i e d a d , y e l p r o b l e m a p a r a e l p e n s a d o r es e l de
los m o d o s de adecuación e n t r e a m b o s términos.
P l a n t e a r l o a s í es t e n e r y a p r e p a r a d o e l c o n j u n t o de
las respuestas c o m o e n el caso de la i n t e r m i n a b l e
polémica entre el sujeto y el objeto o e n t r e el
c u e r p o y l a m e n t e . P l a n t e a d o s dos términos, A y B,
y e l a x i o m a d e s u i n t e r a c c i ó n , q u e d a e l t e r r e n o abo-
n a d o p a r a d i s c u t i r él p r e d o m i n i o , l a d e t e r m i n a c i ó n ,
la subordinación, la emergencia, la i n f l u e n c i a , la
interacción o la i n d e p e n d e n c i a de u n o respecto
del o t r o y viceversa.
Clásico c a m p o de los e n f r e n t a m i e n t o s especulares
con tomas de p a r t i d o más o menos apasionadas
p o r A o p o r B . H a s t a q u e a p a r e c e e n e l t e r r e n o el
pensamiento verdaderamente dialéctico q u e parte
de l a ubicación de A, de B y d e l a especulación q u e
los r e p r e s e n t a y los e n f r e n t a e n l a h i s t o r i a (enten-
d i d a c o m o h i s t o r i a d e l a l u c h a de clases, d e t e r m i -
n a n t e de l a organización c p n t r a d i c t o r i a de las for-
maciones sociales c o n su proceso de producción/
r e p r o d u c c i ó n / t r a n s f o r m a c i ó n de l a calificación de
la fuerza de t r a b a j o ) y que lanza la i m p e r t i n e n t e
p r e g u n t a p o r l a sujetación y sus m e c a n i s m o s . Apa-
rece e n t o n c e s u n a p r e g u n t a q u e sale d e l e s q u e m a
A-B y q u e d e n u n c i a el carácter ideológico n o de
las r e s p u e s t a s s i n o d e l a p r e g u n t a m i s m a q u e en-
c i e r r a y a b a r c a a todas las respuestas posibles.
^'^ P. H e n r y , Le mauvais outil, P a r í s , K l i n c k s i e c k , 1977.

^8 N é s t o r A. B r a u n s t e i n , M a r c e l o P a s t e r n a c , G l o r i a Be-
n e d i t o y F r i d a S a a l , op. cit., p . 256.
'^^ N é s t o r A . B r a u n s t e i n , v é a s e infra " S u j e t o d e l a c o n -
ciencia. . . o p . cit., (véase también este v o l u m e n ,
p p . 71-72).
ÍETO EN E L PSICOANALISIS 101
i n m e d i a t o se e n t i e n d e q u e e l d i s c u r s o f r e u -
sobre el i n c o n s c i e n t e viene a u b i c a r s e e n el
^ , > de esta nueva p r e g u n t a y q u e la p r e g n a n c i a
viejo modelo individuo-sociedad estaba actuan-
dolicomo obstáculo epistemológico q u e , respuestas
mi^nádicas y d i á d i c a s m e d i a n t e , i m p e d í a s a c a r l a s
consecuencias s u b v e r s i v a s d e l f r e u d i s m o e n t a n t o
que base i n d i s p e n s a b l e p a r a u n a t e o r í a n o s u b j e -
tiyista de l a s u b j e t i v i d a d .
Siguiendo las ideas f r e u d i a n a s respecto de los
comienzos d e l i n d i v i d u o e n l a v i d a p o d e m o s re-
pi?CHÍücir l a y a s a b i d a s e c u e n c i a c r o n o l ó g i c a qué
atraviesa p o r : u n i d a d a n t e r i o r a t o d a necesidad
( n a r c i s i s m o p r i m a r i o a b s o l u t o ) , sensación de ne-
cesidad c o r p o r a l p r i n c i p a l m e n t e c o m o necesidad
dp a l i m e n t o , s a t i s f a c c i ó n d e e s a n e c e s i d a d p o r e l
auxilio d e l o t r o , repetición de la necesidad, ausen-
cia d e l o b j e t o s a t i s f a c t o r , e x c i t a c i ó n r e g r e s i v a d e
las h u e l l a s m n é m i c a s d e l a e x p e r i e n c i a d e s a t i s -
facción, r e p r o d u c c i ó n a l u c i n a t o r i a d e l a s a t i s f a c -
ción o r i g i n a r i a c o n u n o b j e t o d e f i n i t i v a m e n t e p e r -
dido (deseo), establecimiento de las pulsiones par-
ciales c o n s a g r a d a s a l p l a c e r d e ó r g a n o , a n a r q u í a
pulsional, establecimiento de u n a i m a g e n u n i f i c a d a
del y o ( n a r c i s i s m o p r i m a r i o r e l a t i v o ) , c a r g a s de
objeto p a r t i c u l a r m e n t e en el carnpo edípico, ame-
naza d e castración, i n t r o y e c c i ó n d e l a s i m a g o s p a -
rentales ( S u p e r y o ) , acceso (simultáneo c o n estos
últimos a c o n t e c i m i e n t o s ) d e l n i ñ o a l a función d e l
lenguaje, formulación de l a d e m a n d a c o m o de-
manda de a m o r que n o puede designar, p o r efectos
de l a r e p r e s i ó n , a l o b j e t o d e l d e s e o , d e s p l a z a r n i e n t o
del o b j e t o d e l deseo s o b r e o b j e t o s s u s t i t u t i v o s ca-
paces d e r e s p o n d e r a l a d e m a n d a , d e m a n d a q u e es
l a q u e sí p u e d e p a s a r p o r l o s d e s f i l a d e r o s del
lenguaje, de las representaciones-palabra precons-
cientes.
Así, e l e s q u e m a sería: necesidad-pulsión-deseo-
castración-demanda.
Pero creemos que el p r o p i o F r e u d da los elemen-
tos q u e p e r m i t e n s u p l a n t a r este e s q u e m a t a n a p t o
para ser i n c l u i d o en el c a m p o de la c o m p l e m e n -
102 HACIA UNA TEORÍA DEL SUj^T
t a r i e d a d , t a n c l a r o e n s u e v i d e n c i a de q u e el indi
v i d u o e x i s t e c o m o o r g a n i s m o b i o l ó g i c o e n u n prin-
c i p i o y a c a b a f i n a l m e n t e c o m o u n i n t e g r a n t e ca-
b a l d e l a s o c i e d a d , t a n c o n s e c u e n t e c o n l a s evi-
dencias f u n d a n t e s de la s u b j e t i v i d a d de todos
t a n o b v i a m e n t e c o i n c i d e n t e c o n la ideología domi'
n a n t e , t a n f á c i l m e n t e a c e p t a d o y r e p e t i d o e n el
discurso universitario.
Y este n u e v o p l a n t e o , f u n d a d o también en Freud
es e l q u e p a r t e n o d e l m í t i c o p a r a í s o d e l narci-
c i s m o p r i m a r i o a b s o l u t o d e l f e t o e n l a m a t r i z de
u n a m u j e r , tabula rasa c a r e n t e de representacio-
n e s y d e n e c e s i d a d e s s i n o d e u n a m u j e r q u e "es-
p e r a " u n h i j o y d e u n h i j o q u e e x i s t e p a r a ella
a n t e s q u e n a z c a y a n t e s d e q u e s e a f e c u n d a d a en
f u n c i ó n d e s u p r o p i a u b i c a c i ó n a n t e l a p a r e j a de
s u s p a d r e s , a b u e l o s d e l n i ñ o , y e n r e l a c i ó n c o n sus
h e r m a n o s , y de l a relación q u e este h i j o guarda
c o n e l d e s e o d e l p a d r e d e l n i ñ o , y e n e l d e s e o de
l a m a d r e d e l d e s e o d e e s t e h o m b r e . ¿ Q u é s e r á el
h i j o q u e " e s p e r a " ? Y e s t o t a n t o e n e l n i v e l pre-
conscienté (¿Lo q u i e r e o n o ? ¿ L o prefiere varón o
m u j e r ? ) c o m o en el inconsciente (¿De qué manera
se u b i c a ese n i ñ o e n s u fantasía y e n s u fantasía
s o b r e l a fantasía d e l o s o t r o s ? ¿Qué r e p r e s e n t a su
p r e ñ e z e n e l c a m p o v e c t o r i a l d e s u c o m p l e j o d e cas-
t r a c i ó n ? ¿ C ó m o se r e l a c i o n a e l n i ñ o e n c i e r n e s c o n
s u e s t r u c t u r a n a r c i s í s t i c a ? ) . P u e s d e b e n t e n e r s e eñ
c u e n t a las respuestas a estas p r e g u n t a s — q u e son
e s c a s a s p o r a f á n s i n t é t i c o , p e r o q u e d e b i e r a n ser
muchas más— para tener u n marco situacional
q u e n o s s a q u e r á p i d a m e n t e de l a i d e a de q u e el
n a c i m i e n t o d e u n s e r h u m a n o es u n a c o n t e c i m i e n t o
" n a t u r a l " . N a c e , sí, p e r o n o n a t u r a l m e n t e . N a c e
d e la. m a d r e , c l a r o , p e r o l a m a d r e está h a b i t a d a
p o r e l l e n g u a j e , H s e l r e s u l t a d o d e u n a u n i ó n se-
xual entre macho y hembra, p o r supuesto, pero
c u a n d o m a c h o y h e m b r a s o n h o m b r e y m u j e r ese
es u n a c o n t e c i m i e n t o l e g i s l a d o , r e g u l a d o p o r el
l e n g u a j e . U n m a r c o s i t u a c i o n a l q u e n o s d a las abs-
cisas y las ordenadas p a r a entender la presencia
d e l a r e a l i d a d c o m o efecto de prácticas signifi-
ÊTO EN E L PSICOANALISIS 1()3
js, de l a Wirklichkeit, e n ese m o m e n t o — p a r a

r f n a u g u r a l — de l a e x p e r i e n c i a de satisfacción,
esta consideración n o s l l e v a a p l a n t e a r q u e
al o r i g e n d e l s u j e t o n o h a y origen, q u e
_ se p i e r d e e n l a n o c h e d e l o s t i e m p o s y
_ d e allí r e t o r n a b a j o l a f o r m a d e l m i t o .
P u e s s i g u i e n d o c o n l a e x p e r i e n c i a d e s a t i s f ac-
cléiíi ^ s ^ ^ c l a r o q u e e s a m a d r e q u e d e s c u b r e l o s
p¿c¡ips p a r a o f r e c é r s e l o s a s u l a c t a n t e es u n a m u -
j e r q u ^ b i e n p o d r í a d e c i r q u e se n i e g a a h a c e r l o .
^ el a n i m a l , l a m a d r e , o e v e n t u a l m e n t e en algunas
espacies, e l p a d r e , actúa p o r u n p r o c e s o i n s t i n t i v o ;
su c o n d u c t a , d e s e n c a d e n a d a p o r ciertos mecanis-
mos d i s p a r a d o r e s v i n c u l a d o s a l a percepción, t i e n e
el parácter d e u n a s e c u e n c i a i n m o d i f i c a b l e d e a c t o s
de c o n d u c t a q u e se i m b r i c a n c o n l o s d e l r e c i é n
na^cido. I n c l u s o c u a n d o e s a s e c u e n c i a desemboca
en l a d e v o r a c i ó n d e l a p r o l e . P a r a l a m u j e r , y n o
otra cosa m u e s t r a l a e x p e r i e n c i a analítica, e l niño
c o m o o b j e t o es u n c a m p o c o n t r a d i c t o r i o d e d e s e o s
y fantasías a m b i v a l e n t e s e n r e l a c i ó n c o n u n a h i s t o -
r i a de esa m u j e r c o m o d e s e a n t e q u e se a r t i c u l a so-
bre l a l i i s t o r i a de los deseos de sus padres, abuelos
del niño, y d e l h o m b r e , p a d r e d e l niño. L a expe-
riencia de satisfacción d e l b e b é es p o s i b i l i t a d a
entonces d e s d e a f u e r a d e él y t a m b i é n d e s d e a f u e r a
de l a s r e p r e s e n t a c i o n e s p r e c o n s c i e n t e s d e l a m a -
dre en u n c a m p o m a r c a d o p o r el lenguaje, p o r el
i n c o n s c i e n t e y p o r l a h i s t o r i a q u e d e t e r m i n a ese
hecho e n a p a r i e n c i a e l e m e n t a l . De hecho, y e n l o
estadística, n a d a t i e n e d e e x c e p c i o n a l e l f i l i c i d i o ,
ora c o m o intervención realizada antes d e l naci-
miento, o r a después d e l n a c i m i e n t o e n las f o r m a s
del c r i m e n , d e l a b a n d o n o , d e l a cesión, de l o s
accidentes p o r d e s c u i d o o d e esas v a r i a d a s f o r m a s
de m u e r t e p s í q u i c a q u e o b s e r v a m o s e n l o s c a s o s
de p s i c o s i s o n e u r o s i s i n f a n t i l e s .
De este h e c h o de q u e l a satisfacción de l a nece
sidad e n l a cría de h o m b r e pase p o r los s e n d e r o s
del deseo m a t e r n o , y éste p o r las e s t r u c t u r a s his-
t ó r i c a s , l i n g ü í s t i c a s y p s i c o a n a l í t i c a s , se d e r i v a n
consecuencias f u n d a m e n t a l e s sobre el resto de la
104 HACIA UNA TEORfA D E L SUJEX(>
c a d e n a , s o b r e l a organización de l a pulsión, sob

l a e s t r u c t u r a c i ó n d e l d e s e o i n c o n s c i e n t e , s o b r e la
c o n s t i t u c i ó n d e l n a r c i s i s m o p r i m a r i o r e l a t i v o (cons-
t i t u c i ó n d e l Y o I d e a l ) , s o b r e l a i n s t a u r a c i ó n secun-
d a r i a d e l I d e a l d e l Y o y s o b r e l o s m o d o s d e ejer-
cicio de la represión p o r u n lado y de la formula-
ción de la d e m a n d a p o r o t r o .
E n este proceso h a y o t r o s supuestos q u e diluci-
d a r . E n p r i m e r t é r m i n o , e l h i j o q u e h a n a c i d o es
el r e s u l t a d o de u n i n t e r c a m b i o a n t e r i o r presidido
p o r l a s leyes d e l a a l i a n z a y d e l a p r o h i b i c i ó n del
i n c e s t o ( a u n c u a n d o tales leyes h a y a n s i d o trans-
g r e d i d a s , cosa q u e n o dejará de t e n e r e f e c t o sobre
l o s s u j e t o s q u e s o n s i e m p r e s u j e t o s d e esas leyes).
Y l a s l e y e s q u e r e g u l a n e l p a r e n t e s c o s o n leyes
q u e s u p o n e n e l l e n g u a j e , ú n i c a e s t r u c t u r a c a p a z de
f i j a r los niveles d e l p a r e n t e s c o y de r e g u l a r los in-
t e r c a m b i o s c o m o m e c a n i s m o s de cesión de mujeres.
E s t a posición i n c o n s c i e n t e de los sujetos en el uni-
verso de la ley y del lenguaje e x p e r i m e n t a modi-
ficaciones e n el c u r s o de las d i s t i n t a s organizacio-
n e s h i s t ó r i c a s , m o d i f i c a c i o n e s q u e r e p e r c u t e n so-
b r e l a relación i m a g i n a r i a q u e los sujetos g u a r d a n
c o n sus condiciones reales de existencia. E l hijo,
p o r s e r l o d e h o m b r e y m u j e r , l o es d e s u j e t o s
del deseo, d e l lenguaje y de la ideología, estruc-
t u r a s t o d a s e l l a s i n c o n s c i e n t e s d e s d e u n p u n t o de
vista descriptivo y que presiden su nacimiento.
Y volviendo al c a m p o t r a d i c i o n a l de la proble-
mática " A - B " , en este caso " i n d i v i d u o - s o c i e d a d " ,
p o d e m o s v e r q u e , u n a vez p r o d u c i d o s los objetos
teóricos correspondientes, inconsciente, lengua,
i d e o l o g í a , t a n t o " A " c o m o " B " se d i s u e l v e n y q u e d a n
d e n u n c i a d o s e n su carácter de objetos empíricos
q u e o c u l t a n el secreto de s u constitución. E l psi-
coanálisis f r e u d i a n o p e r m i t e h a c e r c o n el " s u i e t o "
de l a psicología u n t r a b a j o semejante a l q u e M a r x
r e a l i z a r a c o n l a " m e r c a n c í a " de l a e c o n o m í a po-
lítica. L a categoría s u j e t o deberá s e r e n t e n d i d a
a h o r a m á s allá d e t o d a r e f e r e n c i a e m p í r i c a y d e las
ideologías psicológica y sociológica.
Y a h e m o s v i s t o q u e l a r e l a c i ó n m a d r e - h i j o es
lUÊTO E N E L PSICOANÁLISIS 105
menos n a t u r a l debido al proceso de constitu-

i d deseo y de la s u b j e t i v i d a d de la m a d r e
V aTios m o d o s e n q u e e l h i j o v i e n e a i n s e r t a r s e e n
i m a g i n a r i o de los padres. O b j e t o real q u e llega
^^pqupar s u l u g a r e n u n a constelación d o n d e s u
âvenimiento debe ser r a t i f i c a d o e n l o simbólico,
ffijo q u e se d a a u n l e n g u a j e , a u n a c u l t u r a , a
formación social q u e tiene ya desde antes
^¿n l u g a r p a r a é l s a n c i o n a d o p o r l a i m p o s i c i ó n d e
¿¿j. n o m b r e p r o p i o a t r a v é s d e l c u a l selâ r e c o n o -
c$¿Lo y h a b r á d e r e c o n o c e r s e . Nombre propio que
€ ^ t a m b i é n , e n s u m a t e r i a l i d a d s i g n i f i c a n t e , e l lü-
de c o n f l u e n c i a de reglas, expectativas e identi-
fíiâciones a n t i c i p a d a s d e s d e e l O t r o .
tíijo del h o m b r e , que, en tanto significante,
está s o m e t i d o a l a d e t e r m i n a c i ó n d e l a s l e y e s d e
la c u l t u r a : " n o cohabitarás c o n t u m a d r e " , p e r o
también p a r a ésta: " n o reintegrarás t u p r o d u c t o " .
Una doble prohibición q u e consagra a l h i j o a la
separación, separación d e l a m a d r e y separación d e
sí m i s m o e n t a n t o q u e é l es l o d a d o a l O t r o . E s
desde esta p e r s p e c t i v a d e s d e d o n d e c a b e i m p u g n a r
a los d i s c u r s o s de carácter b i o l o g i s t a s o b r e e l s u -
j e t o h u m a n o , a u n q u e e l l o s se a p o y e n e n n u t r i d a s
c i t a s d e F r e u d . L a p u l s i ó n e s , sí, e l c o n c e p t o b á -
sico d e l psicoanálisis, p e r o a condición d e conce-
birlo íntegramente d e n t r o del c a m p o psicoanalí-*
tico, a r r a i g a d o e n e l deseo d e l o t r o y n o separán-
dose d e l i n s t i n t o p o r a p u n t a l a m i e n t o (Antehnung)
a p a r t i r d e l a e x p e r i e n c i a de satisfacción c u a n d o
ésta, a s u v e z , e s e n t e n d i d a e n l o s t é r m i n o s m o -
nádicos d e u n s u j e t o q u e sacia s u h a m b r e . H a y
q u e r e n u n c i a r , p u e s , a l a i d e a d e q u e se t r a t a " d e
u n concepto límite e n t r e la biología y la psicolo-
gía".^*^ Y n o c u e s t a d a r e s e p a s o , p u e s s e t r a t a r í a
de u n m u y c u r i o s o " c o n c e p t o límite", del cual
u n a d e las dos ciencias, e l psicoanálisis, n o podría
d a r u n p a s o s i n a p e l a r a él, m i e n t r a s q u e l a o t r a ,
la biología, h a p o d i d o p r o s e g u i r s i e m p r e s u p r o -
^" S i g m u n d F r e u d , Las pulsiones y sus destinos, en
Metapsicología (1915).
106 HACIA UNA TEORÍA DEL SUJETO í
ceso de apropiación d e l o r e a l s i n r e c u r r i r jamás

a él y s i n q u e l a f a l t a p a r e z c a preocuparle en
absoluto.
D e s p u é s q u e F r e u d l o e n u n c i ó se h a h e c h o u n
l u g a r común d e c i r que el psicoanálisis constituye
una revolución copernicana que descentra radi-
c a l m e n t e a l h o m b r e de s u c e n t r o i m a g i n a r i o que
e r a l a c o n c i e n c i a . Se r e c o r d a r á a d e m á s q u e así
e x p l i c a b a F r e u d l a o p o s i c i ó n e n c o n t r a d a p o r el
psicoanálisis t a n t o e n t r e l o s l e g o s c o m o e n t r e los
científicos.^^ L a r e v o l u c i ó n c o p e r n i c a n a d e l des-
c u b r i m i e n t o del i n c o n s c i e n t e constituía u n a herida
narcisística de l a q u e e r a difícil r e p o n e r s e como
antes lo habían sido el d e s c e n t r a m i e n t o coper-
n i c a n o d e l p l a n e t a y el d a r w i n i s t a de la especie.
E s s a b i d o también q u e esta revolución teórica fue
saboteada desde d e n t r o m i s m o d e l psicoanálisis
por concepciones naturalistas, adaptacionistas y
p s i c o l o g i s t a s q u e p r o m o v i e r o n e n él e l r e t o r n o d e l
c e n t r o d e l a s u b j e t i v i d a d b a j o l a f o r m a de las
concepciones g r o s e r a s , a u n q u e e x i t o s a s e n l o aca-
d é m i c o , d e l y o a u t ó n o m o y de las e s f e r a s l i b r e s de
conflictos en la adaptación a la realidad. Sobre
e s t a s d e s v i a c i o n e s m u c h o se h a d i c h o y a . P e r o e l
copernicismo f r e u d i a n o está a m e n a z a d o n o sólo
desde afuera y a través del c a b a l l o de T r o y a de
l a ego psychology sino también p o r u n desgaste
i n t e r n o , e f e c t o de l a vulgarización d e l s a b e r ana-
l í t i c o , q u e l o l l e v a r í a n o a d e s c o n o c e r s e s i n o a de-
tenerse en la m a r c h a de su c u e s t i o n a m i e n t o ra-
d i c a l de la s u b j e t i v i d a d . E n efecto, s i n despren-
derse en l o l i t e r a l de los textos de F r e u d puede
s o s t e n e r s e q u e e l desoentramiento psicoanalítico
c o n s i s t e e n u n desplazamierito del eje de la v i d a
psíquica desde l a conciencia a u n inconsciente con-
cebido c o m o instancia subjetiva, c o m o u n algo que
f u n c i o n a e n c a d a s u j e t o p r o d u c i e n d o s u e ñ o s y sín-
t o m a s y q u e sería e l p a t r i m o n i o d e ese s u j e t o a d -
q u i r i d o en el c u r s o de su v i d a p o r u n desarrollo
S i g m u n d F r e u d , Las resistencias contra el psicoaná-
lisis (1925).
EL SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS 107
n a t u r a l de las p u l s i o n e s , r e s u l t a d o de l a primacía
del o r g a n i s m o biológico y sus actividades instinti-
vas y s o m e t i d o más o m e n o s a las c o n t i n g e n c i a s
de l a v i d a f a m i l i a r q u e actuarían b l o q u e a n d o u n o s
caminos, abriendo otros, favoreciendo u obstaculi-
zando u n " d e s a r r o l l o " . U n " d e s a r r o l l o " q u e supone
u n s u j e t o p r e v i a m e n t e " a r r o l l a d o " y q u e se des-
arrollaría p o r e f e c t o de u n a f u e r z a e v o l u t i v a i n -
terna, constitucional, p r o p i a de todos los i n d i v i d u o s
de l a e s p e c i e . U n a p a r t e d e esos i m p u l s o s i n n a t o s
estaría d e s t i n a d a a s e r o b j e t o d e r e p r e s i ó n y q u e -
daría así a l o j a d a e n ese i n c o n s c i e n t e , n u e v o c e n -
t r o d e l s u j e t o . D e este m o d o , y según esta concep-
ción, F r e u d h a b r í a o p e r a d o n o u n d e s c e n t r a m i e n t o
sino u n desplazamiento d e l c e n t r o de gravedad del
sujeto. D o n d e Y o estaba E l l o habría p u e s t o , p e r o
s i e m p r e E l l o de a l g u i e n q u e seguiría s i e n d o t i m o -
nel d e l b a r c o de s u vida, a u n q u e a h o r a u n t i m o n e l
i m p r e v i s i b l e y m e d i o loco q u e debería ser super-
visado y regulado p o r el Superyo y p o r el Yo. Es
c l a r o q u e a s í l a persona sigue siendo el o b j e t o de
la p s i c o l o g í a q u e a h o r a se c a r g a r á c o n e l c o m p l e -
m e n t o de " p r o f u n d a " : psicología p r o f u n d a . L a teo-
ría p s i c o a n a l í t i c a s e g u i r í a s i e n d o s u b j e t i v i s t a . A s í
F r e u d s e r í a e l T y c h o B r a h e d e l a p s i c o l o g í a y es-
taría aún e l psicoanálisis e s p e r a n d o s u C o p é r n i c o .
O s i se q u i e r e g a n a r e x a c t i t u d e n l a a n a l o g í a h i s -
tórica, sería u n C o p é r n i c o q u e s o s t u v i e s e q u e e l
s o l es e l c e n t r o , n o d e l s i s t e m a s o l a r , s i n o d e l u n i -
v e r s o . P e r o , y e s t a es l a t e s i s d e e s t e t r a b a j o , l a
revolución f r e u d i a n a trasciende los estrechos lí-
mites en q u e la vulgarización q u i e r e encerrarla.
Q u i t a r las represas opuestas al d e s c u b r i m i e n t o d e l
i n c o n s c i e n t e es l a t a r e a q u e a s u m i ó e l psicoanáli-
sis f r a n c é s c o n t e m p o r á n e o a p a r t i r d e l o s t r a t ^ a j o s
de J a c q u e s Lacan.
Para e n t r a r de l l e n o e n esta concepción, habría
que decir que el sujeto n o tiene centro porque
el i n c o n s c i e n t e f r e u d i a n o n o es u n a " c o s a " q u e l e
pertenezca. E l inconsciente lacaniano, desarrollan-
do los núcleos m a t e r i a l i s t a s de l a o b r a de F r e u d ,
es d e f i n i d o c o m o " e l d i s c u r s o d e l O t r o " . E l l e n -
g u a j e es c o n d i c i ó n d e s u e x i s t e n c i a y s u m a t e r i a -
l i d a d n o es o t r a q u e l a d e l l e n g u a j e . L a r e p r e s i ó n
m i s m a , f u n d a n t e de la distinción de los sistemas,
es u n h e c h o d e l e n g u a j e , s i e n d o l o r e p r i m i d o a q u e -
llo que el sujeto n o puede i n t e g r a r de su historia
y d e s u s e r e n l a c a d e n a d i s c u r s i v a p o r l a q u e se
h a c e r e p r e s e n t a r y a s p i r a a s e r r e c o n o c i d o p o r el
otro. " D i s c u r s o concreto que falta a su disposi-
c i ó n . " Se le r e c o n o c e a t r a v é s d e s u s e f e c t o s m a t e -
riales, de i r r u p c i o n e s sintomáticas en l a superficie
d e l d i s c u r s o c o n s c i e n t e . N o está o r g a n i z a d o desde
e l i n t e r i o r d e l i n d i v i d u o b i o l ó g i c o q u e e s é l so-
p o r t e de sus operaciones s i n o desde u n a e s t r u c t u r a
simbólica t r a n s i n d i v i d u a l , desde el O t r o , que defi-
n e y u b i c a a l s u j e t o e n u n s i t i o de esa secuencia
significante, discursiva.
N o q u e r e m o s n i n g u n a conclusión d e esta expo-
sición i n t r o d u c t o r i a al t e m a d e l s u j e t o e n psico-
análisis s i n a n t e s v o l v e r a n u e s t r a p r e g u n t a i n i c i a l
s o b r e l a e v i d e n c i a d e l individuo, ¿ C u á n d o ese m o n -
tón de pelo, c a r n e y uñas del q u e había p a r t i d o
e l p e r s o n a j e d e B r e c h t se c o n f i g u r a c o m o e s a f o r -
m a c i ó n i m a g i n a r i a q u e se c o n s i d e r a a sí m i s m a y
p i d e s e r r e c o n o c i d a p o r l o s d e m á s c o m o un indi-
v i d u o ? P o r q u e , y a l o d i j i m o s , es uno desde el mo-
m e n t o e n q u e h a y q u i e n l o n o m b r e . Se c o n s t i t u y e
como uno en el d i s c u r s o de esos o t r o s q u e lo
d e s i g n a n , le a t r i b u y e n u n sexo, lo e x c l u y e n del o t r o
sexo, a t i e n d e n a las necesidades q u e s u estado de
i n m a d u r e z e i n c o m p l e t u d o r g á n i c a l e i m p i d e n sa-
tisfacer y lo i n c l u y e n en u n sistema de parentesco
q u e c o n l l e v a p r o h i b i c i o n e s y p r o m e s a s . P e r o , ¿cuán-
d o y c ó m o es q u e é l a s u m e s u l u g a r e n e l O t r o
c o m o e l p r o p i o , e l d e él m i s m o ?
E l t r a b a j o c l á s i c o d e L a c a n d e 1936, r e e s c r i t o
e n 1949,^- s o b r e e l e s t a d i o d e l e s p e j o c o m i e n z a a
p r o p o r c i o n a r l a r e s p u e s t a p a r t i e n d o de l a expe-
r i e n c i a psicoanalítica. A n t e s de la aparición del
Jacques Lacan, " E l estadio del espejo c o m o forma-
d o r d e l a función d e l y o ['je*] t a l c o m o se n o s r e v e l a
e n l a e x p e r i e n c i a a n a l í t i c a " , e n Écrits, p . 93, [Escritos
1. P. 11].
EL SUJETO EN EL PSICOANÁLISIS 109
l e n g u a j e c o m o función ( c o m o estructura existió

desde s i e m p r e ) , a p a r t i r de l o s seis m e s e s de la
vida d e l niño, p u e d e el o b s e r v a d o r a s i s t i r a u n
e s p e c t á c u l o q u e r e q u i e r e q u e se r e f l e x i o n e e n él
para d e s c u b r i r s u significación. E l bebé, q u e n o
puede s i q u i e r a p a r a r s e s o b r e sus pies y d e b e ser
sostenido p o r o t r o , festeja alegremente el recono-
c i m i e n t o q u e h a c e d e s u p r o p i a i m a g e n e n e l es-
p e j o y j u e g a c o n ese s e r s o n r i e n t e q u e t i e n e a n t e
su m i r a d a ; j u e g a a m i r a r l o y a verse m i r a d o p o r
él, a h a c e r l o a p a r e c e r y d e s a p a r e c e r d e s u c a m p o
v i s u a l , a c o n t r o l a r l o . P r o n t o , m u y p r o n t o , se le
c o n f i r m a q u e detrás d e l e s p e j o n o h a y n a d a . Se
t r a t a dé u n a i m a g e n ; p e r o l a f o r m a de esta i m a -
g e n es l a f o r m a d e u n s e r h u m a n o c o m p a r a b l e a
l o s o t r o s q u e l e r o d e a n . L a Gestalt que reconoce
e n e l e s p e j o se a s i m i l a a l a Gestalt del resto de
los seres h u m a n o s . E l o t r o , e l q u e le s o s t i e n e , le
r a t i f i c a q u e é s e q t i e se v e t r a s e l c r i s t a l es " é l " ,
q u e a s í es c o m o es v i s t o d e s d e a f u e r a , q u e es a
esa f o r m a a l a q u e se d i r i g e n c u a n d o l o l l a m a n
por su propio nombre. Identificado por el otro con
esa f i g u r a q u e se a g i t a y s o n r í e a n t e s u s o j o s ,
t a m b i é n él s e i d e n t i f i c a , es m á s , se e n a m o r a de
sí m i s m o . E s N a r c i s o , y e s t e p r i m e r r e c o n o c i m i e n t o
d e sí es t a m b i é n e l p r i m e r e n a m o r a m i e n t o a l q u e
luego habrá de r e f e r i r s e el c o n j u n t o de su expe-
riencia: n a r c i s i s m o p r i m a r i o . Es el m o m e n t o e n
q u e t o d o se j u n t a , q u e e l " m o n t ó n d e p e l o , c a r n e
y u ñ a s " se v e m i r a d o d e s d e e l e s p e j o p o r u n o s
ojos q u e son los suyos y q u e i n t e g r a n u n a u n i d a d ,
la s u y a ; l a c o n s t i t u y e n , l a h a c e n a esa u n i d a d . E s t o
es p o s i b l e p o r q u e l a p e r c e p c i ó n \ásual se a d e l a n t a
c o n r e s p e c t o a l a m a d u r a c i ó n d e l r e s t o d e l a s es-
t r u c t u r a s s e n s o r i o m o t r i c e s . Allí el s u j e t o , nueva-
m e n t e p o r identificación de s u f o r m a c o n la de
los o t r o s , a n t i c i p a esa c o m p l e t u d q u e n u n c a a n t e s
había t e n i d o y q u e v e í a s i e m p r e a f u e r a d e él: él
es y s e r á c o m o l o s o t r o s . L a i m a g e n l o s a l v a d e l a
dispersión; p o r eso l o c a u t i v a . Es más, a p a r t i r
d e e s a u n i f i c a c i ó n , r e t r o a c t i v a m e n t e , es c o m o p u e -
de d a r s e n t i d o a l a c o n f u s a e x p e r i e n c i a de f r a g -
110 HACIA UNTA TEORÍA DEL SUJExo
m e n t a c i ó n q u e h a b í a a n t e s d e e l l a . T o d o e s o qê
sentía d e s p e r d i g a d o e r a l o q u e a h o r a p u e d e reu-
n i r s e e n d e r r e d o r d e e s t a p r o t o n o c i ó n d e " y o " , de
este m o l d e i m a g i n a r i o en el c u a l habrá de vaciarse
e l " y o " u l t e r i o r . Y , a l a vez, t o d o l o q u e a m e n a c e a
e s e e s b o z o d e y o , a ese l u g a r d o n d e r e c o n o c e su
p r o p i a f o r m a , a m e n a z a c o n d e v o l v e r l o a l a frag-
mentación de la q u e partió; a m e n a z a c o n disol-
v e r l o . L a s e g u r i d a d a l c a n z a d a es p r e c a r i a . E l y o
es, llegará a ser, d e b e r á ser; esa representación
c l a v e , ese b a s t i ó n f o r t i f i c a d o e n e l q u e e l s u j e t o
se p r o t e g e r á c o n t r a e l r i e s g o d e u n d e s v a n e c i m i e n t o
d e s u e x i s t e n c i a . E s v i d a q u e se c o n s t i t u y e s o b r e
el telón de f o n d o de l a m u e r t e . P o r o t r a parte,
l a i d e n t i f i c a c i ó n p r o d u c i d a l o es c o n u n a f o r m a y
n o p u e d e i n t e g r a r s e de este m o d o v i s u a l el con-
j u n t o d e l a e x p e r i e n c i a . A l a s u m i r e l s u j e t o esa
i m a g e n e s t r u c t u r a n t e , e s a imago, algo — m u c h o —
de su experiencia queda afuera, no representable
e n e l l a . E s a i m a g e n u n i f i c a p e r o , a l a vez, s e c c i o n a
y deja afuera. L o que h a y en el espejo representa
a l s u j e t o p e r o n o es é l , n o es t o d o é l . E s m á s , es
a l g o e x t e r i o r a él, a l g o q u e , c u a n d o a p r e n d a a
h a b l a r , llegará a l l a m a r " y o " y que, p o r ser " y o " ,
t e n d e r á a r e p r e s e n t a r l o a n t e e l m u n d o y a n t e sí
m i s m o c o m o si fuese l a síntesis de s u ser y de su
experiencia. I g n o r a n t e de lo que quedó afuera,
d e ese n ú c l e o d e l i n c o n s c i e n t e q u e h a b r á d e a t r a e r
después al r e s t o de las r e p r e s e n t a c i o n e s a r e p r i -
m i r , a t o d o eso q u e el " y o " n o p u e d e i n t e g r a r en
la c a d e n a d i s c u r s i v a y q u e p o r eso d e s c o n o c e al
r e c o n o c e r s e a sí m i s m o .
L o q u e se a n t i c i p a e n e l j ú b i l o a n t e e l e s p e j o
es l a c a p t a c i ó n d e l a f o r m a p e r c e p t u a l y e l d o m i -
n i o de los m o v i m i e n t o s del c u e r p o c o m o u n a u n i -
d a d . T o d a la e x p e r i e n c i a s u b j e t i v a aparecerá, de
aquí en más, r e f e r i d a a esta e s t r u c t u r a . Los m o v i -
m i e n t o s c o r p o r a l e s serán r e a l i z a d o s , n o desde el
c o n j u n t o de las e s t r u c t u r a s n e u r o m u s c u l a r e s q u e
reconoce la biología, sino desde esta representa-
ción p r i v i l e g i a d a del yo que marcará con su i m -
p r o n t a , desde la r e a l i d a d psíquica, el e s t i l o perso-
^L SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS 111
n a l dG l o s m o v i m i e n t o s . D e d o n d e se d e d u c e e l
sinsentido de e n t e n d e r l a m o t r i c i d a d h u m a n a c o m o
oigo " p r e v e r b a l " o c o m o algo "extralingüístico" o
cpiTio expresión d e u n a r e a l i d a d f u n d a m e n t a l d e l
s u j e t o q u e estaría m á s allá d e l o s i n t e r c a m b i o s
simbólicos.
L a e x p e r i e n c i a e s p e c u l a r , a l a vez q u e f u n d a a l
sujeto en su u n i c i d a d , lo conduce al desconoci-
m i e n t o d e sí m i s m o e n t a n t o q u e a l g o — m u c h o —
de s u e x p e r i e n c i a n o puede ser r e f e r i d o a la
imagen.
R e c o r d a m o s esto q u e t e r m i n a m o s de d e c i r p a r a
a g r e g a r a l g o m á s : l a u n i f i c a c i ó n d e sí e s , a l m i s -
m o t i e m p o , confirmación de u n a separación defi-
nitiva e i r r e v e r s i b l e respecto d e l cuerpo, del ser y
de l a i m a g e n d e l a m a d r e . A p a r t i r de aquí, y a
no h a y r e t o r n o posible a l seno m a t e r n o más q u e
en l a fantasía y e n e l sueño. L a relación c o n l a
m a d r e podía ser v i v i d a hasta entonces en la i n -
mediatez; e r a relación d u a l d o n d e los límites e r a n
a m b i g u o s e i m p r e c i s o s . D e aquí e n más la m a d r e
está p e r d i d a . Y t a m b i é n e l p a d r e e n t a n t o q u e n o
sólo c o n l a m a d r e había u n a identificación o r i g i -
naria. Recordemos que para F r e u d (El yo y el
dio) l a más p r i m a r i a y decisiva de las i d e n t i f i -
c a c i o n e s e r a l a q u e se p r o d u c í a c o n l a i m a g e n
prototípica d e l p a d r e primitivo.^'^
Así, l a s u p e r f i c i e d e l e s p e j o , el c r i s t a l azogado,
realiza el corte d e n t r o del sujeto entre la f o r m a ,
e s b o z o d e l y o , y e l s e r q u e q u e d a d e l l a d o d e acá
y e l c o r t e e n t r e e l y o y e l o t r o . E s t a b a r r e r a , está
barra, puede ser asimilada a la que en el concepto
d e l signo consagra l a escisión e n t r e el s i g n i f i c a n t e
y el significado. E l sujeto, c o m o significado, n o
puede ya ser r e p r e s e n t a d o s i n pérdida en el signi-
ficante. P o r eso el significante debe u n i r s e c o n
o t r o s i g n i f i c a n t e y l u e g o c o n o t r o y o t r o m á s ; es
el i n t e n t o de d a r c u e n t a e n l a c a d e n a s i g n i f i c a n t e ,
siempre abierta e inconclusa, del ser del sujeto.
*3 S i g m u n d F r e u d , El yo y el ello, e n Obras completas,

B u e n o s A i r e s , S a n t i a g o R u e d a , 1954, t . i x , p . 212.
T a m b i é n e n l a m e d i d a e n q u e efectúa e l c o r t e , la
separación c o n el o t r o , l a experiencia especular
aparece c o m o a n t i c i p o de l a castración simbólica.
E l s u j e t o e n t r a a f u n c i o n a r c o m o uno e n u n s i s t e -
m a de i n t e r c a m b i o c o n los demás, con el padre y
c o n l a m a d r e e n p r i m e r término. " L a constitución
d e l c i r c u i t o d e l i n t e r c a m b i o n o es o t r a c o s a q u e l a
puesta e n l u g a r de la e s t r u c t u r a edípica."
Se t r a t a d e l a p r i m e r a identificación d e l s u j e t o ,
d e l e s b o z o d e l o q u e habrá d e s e r s u " y o " . A este
p r i m e r a m o r p o r sí m i s m o h a b r á n d e r e f e r i r s e l o s
e n a m o r a m i e n t o s , las i n v e s t i d u r a s l i b i d i n a l e s masi-
vas. Y luego, c u a n d o la ley y l a experiencia obli-
g u e n a r e n u n c i a r a esos o b j e t o s , ese y o se i d e n t i -
f i c a r á c o n l o s o b j e t o s p e r d i d o s y r e c u p e r a r á así
esas i n v e s t i d u r a s . D e e s t e m o d o se irá c o n s t i t u y e n -
d o e l y o d e l n a r c i s i s m o s e c u n d a r i o , c o n j u n t o he-
teróclito de identificaciones.
Además la experiencia especular cumple con otra
función esencial. Habíamos d i c h o q u e el niño juega
a aparecer y desaparecer e n l a superficie bruñida
del espejo. E n este juego, ¿no v e m o s c ó m o el su-
j e t o s e a u s e n t a d e s u i m a g e n , s e r e p r e s e n t a a sí
m i s m o c o m o n o estando ? Y luego en todos los
j u e g o s de ocultación y reaparición ante l a m i r a d a
d e l o t r o , t r a s l a sábana, t r a s l a p u e r t a , t r a s el
m u e b l e , escondiéndose y reapareciendo ¿no tene-
m o s u n a a l t e r n a n c i a d e e s t o y y n o e s t o y , estás y n o
estás, eres y n o eres, t u p r e s e n c i a y m i p r e s e n c i a
son contingentes? Es el juego de la v i d a y de la
m u e r t e , u n i n t e n t o de conceptualización y c o n t r o l
de ese l í m i t e d e l a e x i s t e n c i a .
E n t a l e s j u e g o s e l n i ñ o s e p r e s e n t a y se a u s e n t a
haciendo de su ausencia la condición de u n a nue-
v a p r e s e n c i a c o n e l e s t a t u t o de re-presentación e n
el o t r o . Se i n t r o d u c e así e n e l o r d e n d e l s i g n i f i -
c a n t e , a l l í d o n d e l a p a l a b r a es l a a u s e n c i a , y l a
m u e r t e d e l a c o s a . É s e q u e a p a r e c e y se e s c o n d e
4* L . I r i g a r a y , " C o m m u n i c a t i o n l i n g u i s t i q u e e t s p e c u -
l a i r e " , e n Cahiers pour Vanalyse, n ú m . 3, P a r í s , 1966,
p p , 39-55.
SUJETO EN E E PSICOANÁLISIS 113
es c l q t i e p a r a l o s o t r o s e s t á r e p r e s e n t a d o p o r u n
n o m b r e p r o p i o , el n o m b r e q u e e n p r o p i e d a d le
pertenece y q u e l o significa e n la r e d simbólica
a n t e e l O t r o . Y a s í l l e g a a s e r sí m i s m o y a r e p r e -
sentarse c o m o " y o " e n relación c o n u n " t ú " y c o n
i¿n " é l " , s i e n d o " é l " e s o d e l o q u e l o s otros^^ d o s
h a b l a n c u a n d o se c o m u n i c a n e n t r e sí e x c l u y é n d o l o .
D e s e á n d o s e e n t r e sí s i n d e s e a r l o a é l . A n i < i u i í á n -
d o l o e n l a fantasía d e l a escena sádica d e l c o i t o
de l o s p a d r e s y c o l o c á n d o l o e n s i t u a c i ó n d e de:sean-
te^ o r a d e u n o . o r a d e l o t r o . A l l í p a s a p o r t o d a s
las p o s i c i o n e s p o s i b l e s e n e s a e s t r u c t u r a d é t r e s
y se c o n s t i t u y e , e n e s a m a t r i z i n t e r s u b j e t i v a , s u
propia i d e n t i d a d fantasmática sexual y l i b i d i n a l .
De t o d o eso saldrá c o m o u n " y o " q u e h a b l a e n u n
c i r c u i t o d e i n t e r c a m b i o s . " A p a r e c e allí esta ilusión
f u n d a m e n t a l d e l a q u e e l h o m b r e es s i e r v o ; m u c h o
más q u e d e t o d a s l a s ' p a s i o n e s d e l c u e r p o ' e n e l
sentido c a r t e s i a n o , esta pasión de ser u n h o m b r e ,
d i r í a y o , q u e es l a p a s i ó n d e l a l m a p o r e x c e l e n c i a ,
e l narcisismo, el cual i m p o n e s u e s t r u c t u r a a to-
dos s u s deseos, a u n a los m á s elevados."*"'
L a f o r m a c i ó n , de este y o n a r c i s i s t a , de esta re-
p r e s e n t a c i ó n l i b i d i n a l m e n t e c a r g a d a , es e l r e s u l t a -
do de u n a integración de l o r e a l d e l c u e r p o c o n
lo simbólico de u n a asignación de ser y u n a desig-
nación d e l s e r q u e o t r o s , q u e e l O t r o , h a c e . L o
i m a g i n a r i o d e l s u j e t o se e s t r u c t u r a e n esa j u n t u r a
de l o r e a l d e l c u e r p o y d e l d e s e o c o n l o simbó-
lico q u e preexiste y preside a la existencia del
s u j e t o . Y l o q u e se p r o d u c e e n e s a j u n t u r a t i e n e
u n n o m b r e específico e n psicoanálisis: fantasma.
E l f a n t a s m a n o es o t r a c o s a q u e l a i n t e g r a c i ó n d e l
c u e r p o d e s e a n t e s o b r e e l q u e se h a i n s c r i p t o l a
marca del deseo d e l O t r o en u n a e s t r u c t u r a ima-
g i n a r i a i n d u c i d a p o r l o s i m b ó l i c o q u e es l o q u e
asigna los lugares y los m o d o s y las b a r r e r a s d e l
c u m p l i m i e n t o d e l deseo y que, e n t a n t o ley, f u n d a
la p o s i b i l i d a d d e s u transgresión.
J a c q u e s L a c a n , " P r o p o s s u r l a causalité p s y c h i q u e " ,
e n Écrits, p . 188 ( a r t í c u l o n o t r a d u c i d o e n l a v e r s i ó n
española d e l o s Escritos).
E l s u j e t o n o p u e d e o t o r g a r s e l a identificación
n a r c i s í s t i c a a sí m i s m o . R e q u i e r e d e u n r e c o n o c i -
m i e n t o q u e s ó l o d e l O t r o p u e d e p r o v e n i r . L a re-
p r e s e n t a c i ó n d e l i n d i v i d u o se c o n s t i t u y e f u e r a de
sí, e n u n e s p a c i o v i r t u a l q u e es e l d e l a m i r a d a
del otro (diremos q u e el espejo m u e s t r a al in-
f a n t e l o q u e p a s a d e t r á s d e l a c ó r n e a d e l o j o del
otro, su semejante) y p o r i d e n t i f i c a c i ó n c o n el
o t r o ( p u e s t o q u e e l s u j e t o se v e a sí m i s m o d e s d e
ese o j o a j e n o ) . P u d i e n d o e n t o n c e s h i p o t é t i c a m e n t e
e n u n c i a r : " y o s o y I p . q u e tú m i r a s y r e c o n o c e s
c o m o s i e n d o y o ; p o r e s o es d e s d e e s e l u g a r d e t u
i n t e r i o r q u e t e h a b l o " , b a s a m e n t o s o b r e e l c u a l se
s o s t i e n e l a r e i t e r a d a f ó r m u l a l a c a n i a n a d e q u e el
e m i s o r recibe s u p r o p i o m e n s a j e desde el receptor
y e n f o r m a invertida.**^
Decíamos que la i d e n t i d a d depende del reconoci-
m i e n t o del o t r o ("Solo n o eres nadie. Es preciso
q u e o t r o te n o m b r e " . ) P e r o este o t r o q u e puede
n o m b r a r a l a s p i r a n t e es t a m b i é n u n s u j e t o , s u j e -
t a d o a u n o r d e n e s t a b l e c i d o , s u j e t a d o a las estruc-
t u r a s d e l l e n g u a j e , f o r m a d o p o r esa L e y q u e viene
a r e p r e s e n t a r ante el q u e d e m a n d a r e c o n o c i m i e n t o .
E l o t r o ( p a d r e , m a d r e o q u i e n s e a ) es e l q u e m e -
diatiza u n r e c o n o c i m i e n t o que e m a n a de u n a red
d e r e l a c i o n e s s i m b ó l i c a s q u e a s i g n a l o s l u g a r e s de
u n o (el q u e p i d e ) y de o t r o (el q u e o t o r g a ese
r e c o n o c i m i e n t o ) . E s d e c i r q u e e l y o s ó l o p u e d e ser
p r o d u c i d o y ratificado c o m o siendo, como siendo
único, i n d i v i d u a l y d i s t i n t o , p o r el O t r o . E l ser del
s u j e t o está a l i e n a d o d e e n t r a d a e n e l m u n d o sim-
b ó l i c o . Y e s a a l i e n a c i ó n se c o n s a g r a d e s d e e l n a -
c i m i e n t o en los m o m e n t o s cruciales de la atribu-
ción del sexo y en la imposición de u n n o m b r e
p r o p i o , p a s a p o r t e d e l s u j e t o a n t e e l O t r o . A s í es
q u e l l e g a r á él a c o n t a r y a s e r c o n t a d o ( e n l a s
dos acepciones de l a p a l a b r a ) , a ser considerado
como u n componente i n d i v i d u a l i z a d o de la cul-
t u r a . Se l o c o n s t i t u y e e n s u i n d i v i d u a l i d a d . Y , si
se n o s a u t o r i z a l a e s c a n s i ó n , e n s u
4c J a c q u e s L a c a n , Écrits, p . 9, 4 1 , 298, e t c . [Escritos i,
p p . 69, 116, 265, etc.]
EL SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 115
in-divid'dualidad, incluso en su in-di-ví-dualidady
Y es e l m o m e n t o de t e r m i n a r insistiendo en
que esta p e r s o n a l identificación c o m o a l g u i e n q u e
c u e n t a e n e l m u n d o s i m b ó l i c o es l a p r e c o n d i c i ó n
para la puesta en m a r c h a del proceso de sujela-
ción c o n s u e f i c a c i a ideológica**"
C. E L SUJETO E N ÉL MATERÍ^^^ HISTÓRICO
Hace y a más de u n siglo que l a m a t e r i a l i d a d n o

puede definirse p o r l a presencia dé u n a substancia
sensible subyacente a l o b j e t o d e l discurso. E x p l i -
car e n términos materialistas n o puede ser encon-
t r a r s u b s t r a t o s físicos p a r a los procesos. E n estos
casos se c o n f u n d e e l m a t e r i a l i s m o c o n r e d u c c i o n i s -
m o s d e d i s t i n t o t i p o y se c o n t i n ú a u n c i e n d o l a
c i e n t i f i c i d a d a l m o d e l o exitoso p e r o n o e x c l u y e n te
de l a física.
M a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o es c o m p r o b a c i ó n d e l a
m a t e r i a l i d a d de la h i s t o r i a , y esta m a t e r i a l i d a d
n o es v i s i b l e s i n o a t r a v é s d e l o s e f e c t o s d e l a
lucha de clases sobre las fuerzas de producción,
las r e l a c i o n e s d e producción, las i n s t i t u c i o n e s d o n -
S e n t i m o s e s t a r aún l e j o s d e h a b e r a c a b a d o d e p u n -
t u a l i z a r s i q u i e r a lo e l e m e n t a l q u e podría decirse sobre
la cuestión d e l s u j e t o e n psicoanálisis. S i n e m b a r g o , i n -
t e r r u m p i m o s aquí u n d e s a r r o l l o q u e d e b i e r a l l e v a r n o s
p o r l a r u t a de los a p o r t e s q u e p r o c e d e n de l a , de nues-
t r a , e x p e r i e n c i a psicoanalítica y p o r l a conceptualización
d e l s e n t i d o de esa e x p e r i e n c i a . E l e q u i l i b r i o q u e quere-
m o s g u a r d a r e n t r e las p a r t e s de esta ponencia, de este
c a p í t u l o , así n o s l o a c o n s e j a n . M í n i m a m e n t e , p o d r í a m o s
a c o n s e j a r l a l e c t u r a , a q u i e n e s se i n i c i a n e n e l t e m a ,
de " E l e s t a d i o d e l e s p e j o . . . " de L a c a n (ya c i t a d o ) y de
Topología de Jacques Lacan de Américo Vallejo, Buenos
A i r e s , H e l g u e r o , 1979. C r e e m o s q u e e l c a m i n o d e l e c t u -
r a s , p a r a l o s q u e y a l e y e r o n l o s Escritos de L a c a n , po-
d r í a p a s a r p o r e l s e m i n a r i o s o b r e L'identification (mi-
m e o g r a f i a d o , s i n p i e de i m p r e n t a ) y p o r e l artículo
^'Le c l i v a g e d u s u j e t e t s o n I d e n t i f i c a t i o n " , a p a r e c i d o
e n Scilicet n ú m . 2-3, P a r í s , 1970, p p . 103-136.
116 HACIA UNA TEORfA DEL S U J E T Q
d e s e o r g a n i z a l a v i d a s o c i a l d e l o s h o m b r e s , los
o b j e t o s p r o d u c i d o s y las ideologías de t o d o tipo
q u e c o r r e s p o n d e n a ese m o d o d e p r o d u c c i ó n . La
cultura, s i se q u i e r e l l a m a r a e s t e c o n j u n t o c o n
u n solo v o c a b l o . C u a n d o d e c i m o s " l o s o b j e t o s pro-
d u c i d o s " n o n o s r e f e r i m o s , c l a r o e s t á , a l a s cosas
e n s u e x i s t e n c i a f e n o m é n i c a s i n o a l a m e r c a n c í a en
t a n t o q u e r e l a c i ó n s o c i a l q u e l l e v a , s i n s a b e r l o , el
p r o c e s o y el t i e m p o d e t r a b a j o e m p l e a d o s e n su
producción y q u e , p o r eso m i s m o , lleva la historia
d e l m o d o d e p r o d u c c i ó n s o b r e s u s e s p a l d a s c o n el
c o n j u n t o de r e l a c i o n e s económicas, jurídicopolíti-
cas e ideológicas q u e le s o n p e r t i n e n t e s . M a t e r i a l i -
d a d q u e e n c u e n t r a s u f u n d a m e n t o pues en el pro-
ceso de transformación de u n a m a t e r i a prima,
p r e v i a m e n t e e l a b o r a d a , p o r p a r t e d e u n a g e n t e , él
también e l a b o r a d o p r e v i a m e n t e , dotado de u n pro-
yecto p a r a alcanzar u n p r o d u c t o , p r o d u c t o del que
se h a n b o r r a d o l a s h u e l l a s d e l p r o c e s o d e p r o -
ducción.
R e c o r d e m o s esta n u e v a idea de la m a t e r i a l i d a d
c o n c i t a s d e l c a p í t u l o i d e El capital: " A l prescin-
d i r d e s u v a l o r d e u s o prescindimos t a m b i é n de
l o s e l e m e n t o s materiales y de las f o r m a s q u e los
c o n v i e r t e n e n t a l v a l o r de u s o . . . Todas sus propie-
d a d e s materiales se h a b r á n evaporado.., ¿ C u á l es
e l r e s i d u o d e l o s p r o d u c t o s así c o n s i d e r a d o s ? Es
l a m i s m a materialidad espectral, u n s i m p l e coágu-
l o de t r a b a j o h u m a n o i n d i s t i n t o . . . Pues b i e n , con-
s i d e r a d o s c o m o c r i s t a l i z a c i ó n d e e s t a sustancia so-
cial común a todos ellos, estos objetos son valores,
valores-mercancías."
^» K a r l M a r x , El capital, M é x i c o , F C E . 1946, p p . 5-6
(las c u r s i v a s s o n n u e s t r a s ) . L a edición de Siglo X X I ,
t r a d u c i d a p o r P e d r o S c a r o n , d i c e así: " S i h a c e m o s abs-
tracción de s u v a l o r de u s o , a b s t r a e m o s también los
c o m p o n e n t e s y f o r m a s c o r p ó r e a s q u e h a c e n d e él u n
v a l o r d e u s o [. . .] T o d a s s u s p r o p i e d a d e s s e n s i b l e s se
h a n e s f u m a d o [. . ] E x a m i n e m o s a h o r a e l r e s i d u o d e
los p r o d u c t o s d e l t r a b a j o . N a d a h a quedado de ellos
s a l v o u n a m i s m a o b j e t i v i d a d e s p e c t r a l , u n a m e r a ge-
l a t i n a d e t r a b a j o h u m a n o i n d i f e r e n c i a d o [. . .] E n c u a n -
SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS 117
. M a t e r i a l i d a d , p u e s , q u e se e n t i e n d e c o m o t r a b a j o
transformación realizado p o r agentes h u m a n o s
constituidos c o m o tales e n y p o r la l u c h a de clases
^ d e t e r m i n a d a c o n t i n g e n c i a histórica. M a t e r i a l i -
dad d e l a p r o d u c c i ó n d e m e r c a n c í a s ( p r á c t i c a eco-
0Óinica), m a t e r i a l i d a d d e l a p r o d u c c i ó n d e ^cono-
ciHiientos (práctica teórica), m a t e r i a l i d a d de las
i d e o l o g í a s q u e se o b j e t i v a e n p r á c t i c a s d i s c u r s i v a s
(práctica i d e o l ó g i c a ) . D e ellas d e b e d a r c u e n t a e l
niáteriálisítló^^^M c i e n c i a e n p r o c e s o de cons-
titución, d e r e v i s i ó n p e r m a n e n t e d e s u s f u n d a m e n -
tos, de v i g i l a n c i a epistemológica de sus p r o p i o s
protocolos, de crítica i n t e r n a de las imágenes y
analogías q u e t i e n e n v a l o r p e d a g ó g i c o p a r a l a p r e -
sentación a n t e e l m u n d o e x t e r i o r , e n l a l u c h a ideo-
lógica. S i e m p r e q u e s e e j e r z a u n a v i g i l a n c i a c o n s -
t a n t e s o b r e e s t a s i m á g e n e s , p u e s e l l a s p e r m i t e n des-
lizamientos de sentido capaces de llegar a consti-
t u i r s e e n t r a b a s intrínsecas p a r a e l u l t e r i o r desa-
rrollo de la ciencia. Si, c o m o dice Báchelard, el
c o n c e p t o d e " á t o m o " de l a física contemporánea
es e l c o n j u n t o d e l a s c r í t i c a s q u e p u e d e n h a c e r s e
a la imagen del átomo en el modelo planetario
de N i e l s B o h r , p u e d e d e c i r s e t a m b i é n q u e e l c o n -
cepto de " s o c i e d a d " e n el m a t e r i a l i s m o histórico
es e l c o n j u n t o d e l a s c r í t i c a s q u e p u e d e n h a c e r s e
al m o d e l o d e l " e d i f i c i o " de M a r x c o n s u postula-
ción d é u n a i n f r a e s t r u c t u r a e c o n ó m i c a y u n a su-
perestructura asentada sobre ella, especialmente
c u a n d o íos d i v u l g a d o r e s p r e t e n d e n h a c e r p a s a r a l a
base c o m o e l s o p o r t e m a t e r i a l d e p r o c e s o s ¿inma-
t e r i a l e s ? q u e se d e s a r r o l l a r í a n p o r e n c i m a . Y q u e ,
lejos d e a c l a r a r s e , se a g r a v a e n s u c a r á c t e r d e o b s -
t á c u l o e p i s t e m o l ó g i c o c u a n d o se e m p i e z a a h a b l a r
de l a s " i n f l u e n c i a s " r e c í p r o c a s d e l o d e a b a j o y
lo de arriba- C o n o t r o agravante, e l de pretender
avalar este i n t e r a c c i o n i s m o c o n e l rótulo todavía
prestigioso de l a "dialéctica".
t o c r i s t a l i z a c i o n e s d e esa s u s t a n c i a socied c o m ú n a
ellas, s o n v a l o r e s " (Él capital, M é x i c o , S i g l o X X I , 1975.
t. i / l , p . 4 7 ) .
V o l v i e n d o a l capítulo sobre l a mercancía: " E n

s u v a l o r o b j e t i v a d o n o e n t r a ni un átomo áe ma-
teria natural. . . s u m a t e r i a l i d a d c o m o v a l o r e s es
puramente social, y s ó l o p u e d e r e v e l a r s e e n l a re-
lación social de u n a s mercancías c o n o t r a s . " o
s e a q u e l a c o s a - m e r c a n c í a es e l s o p o r t e d e u n a
relación s o c i a l q u e sólo a p a r e c e e n el i n t e r c a m b i o
y que n o tiene materialidad natural. S u materia-
lidad social se c o n s t i t u y e e n e l p r o c e s o d e i n t e r -
c a m b i o y l a relación social n o es d e u n o s h o m b r e s
c o n o t r o s s i n o de u n a s mercancías c o n o t r a s . Quie-
r e d e c i r e n t o n c e s q u e l a consideración d e l a rela-
c i ó n s o c i a l y q u e e l p r o c e s o d e p r o d u c c i ó n d e su-
j e t o s y de asignación d e l u g a r e s a l o s s u j e t o s en
función de los r e q u e r i m i e n t o s de l a e s t r u c t u r a
s o c i a l es u n p r o c e s o q u e n o t r a n s c u r r e e n l a sub-
j e t i v i d a d de nadie. C o m o dice M a r x : " E n esta obra,
las f i g u r a s d e l c a p i t a l i s t a y d e l t e r r a t e n i e n t e n o
. a p a r e c e n p i n t a d a s , n i m u c h o m e n o s , d e c o l o r de
rosa. P e r o adviértase q u e aquí sólo n o s r e f e r i m o s
a l a s personas e n c u a n t o personificación de cate-
gorías económicas, corno representantes ['portado-
r e s ' e n l a t r a d u c c i ó n d e P. S c a r o n ] de determinados
intereses y relaciones de clase. Q u i e n c o m o y o con-
c i b e e l desarrollo de la formación económica de
la sociedad c o m o u n proceso hist ó rico-natural, no
p u e d e h a c e r a l i n d i v i d u o r e s p o n s a b l e d e l a exis-
t e n c i a d e r e l a c i o n e s d e q u e é l es s o c i a l m e n t e c r i a -
t u r a , a u n q u e s u b j e t i v a m e n t e se c o n s i d e r e m u y p o r
e n c i m a de ellas."
Ibid., p p . 14-15 ( l a s c u r s i v a s s o n n u e s t r a s ) . E n l a
e d i c i ó n d e S i g l o X X I se lee [. . .] n i u n s o l o á t o m o d e
s u s t a n c i a n a t u r a l f o r m a p a r t e de s u o b j e t i v i d a d e n
c u a n t o v a l o r e s [. , .] s u o b j e t i v i d a d e n c u a n t o v a l o r e s ,
p o r t a n t o , es d e n a t u r a l e z a p u r a m e n t e s o c i a l , se c o m -
prenderá de suyo, a s i m i s m o , q u e d i c h a o b j e t i v i d a d
c o m o v a l o r e s sólo p u e d e p o n e r s e d e m a n i f i e s t o e n l a re-
lación social e n t r e diversas mercancías" (t. i / 2 , p . 58).
K a r l M a r x , " P r ó l o g o a l a p r i m e r a e d i c i ó n " , e n El
capital c i t . , p . X V (las c u r s i v a s s o n de M a r x ) . L a t r a d u c -
ción de S c a r o n reza de l a siguiente m a n e r a : " N o p i n t o
c o l o r de rosa, p o r cierto, las figuras d e l c a p i t a l i s t a y
e l t e r r a t e n i e n t e . P e r o a q u í s ó l o se t r a t a d e personas
La s u b j e t i v i d a d aparece pues c o m o u n efecto,

como u n p r o d u c t o , c o m o u n a c r i a t u r a , de u n a cier-
práctica social. Comprend,er este proceso de p r o -
d u c c i ó n d e s u j e t o s , d e s u j e t a c i ó n , es u n a s p e c t o y
^ m o m e n t o e s e n c i a l d e l m a t e r i a l i s m o histórico..
N u e s t r o p u n t o de p a r t i d a f u e e n u n c i a d o ante-
riormente : u n m o d o de producción, c u a l q u i e r a
de l o s h a b i d o s y p o r h a b e r , r e q u i e r e d e l a p r e s e n -
cia d e s u j e t o s c a p a c e s d e p r o d u c i r e n ese m o d o d e
producción. Y esta p r e m i s a i m p l i c a q u e , p u e s t o
que esos s u j e t o s n o s o n l o s o r g a n i s m o s biológicos,
naturales, debe haber u n proceso (social) de pro-
ducción/reproducción de los sujetos capaces de
ser s o p o r t e s o a g e n t e s d e l a p r o d u c c i ó n .
B l p r o b l e m a q u e a c á c o n s i d e r a m o s es e l d e l a
producción/reproducción de las relaciones de pro-
ducción, c o m o r e p r o d u c c i ó n d e l a c o m p e t e n c i a / c a -
lificación/diversificación/sumisión/de la fuerza de
t r a b a j o . P r o c e s o q u e , s e g ú n m o s t r ó e l b r i l l a n t e aná-
l i s i s d e A l t h u s s e r , ^ ^ se d a f u e r a d e l a e m p r e s a , e n
los A I E y m u y e s p e c i a l m e n t e e n e l a p a r a t o e s c o l a r .
Por donde se m a n i f i e s t a l a p r e s e n c i a m a t e r i a l ,
eficaz e i m p r e s c i n d i b l e de l a ideología, n o c o m o
una i n s t a n c i a i n d e p e n d i e n t e o separada de la pro-
ducción d e mercancías s i n o c o m o u n c o m p o n e n t e
indispensable p a r a la efectuación m i s m a de los pro-
cesos d e l t r a b a j o ,
e n l a m e d i d a e n q u e s o n la personificación de categorías
económicas, portadores de determinadas relaciones e
intereses de clase. M i p u n t o de v i s t a , c o n a r r e g l o a l
c u a l c o n c i b o c o m o proceso de historia natural el desa-
rrollo de la formación económico-social, menos que
ningún o t r o p o d r í a r e s p o n s a b i l i z a r a l i n d i v i d u o p o r re-
l a c i o n e s d e l a s c u a l e s él s i g u e s i e n d o s o c i a l m e n t e u n a
c r e a t u r a p o r más q u e s u b j e t i v a m e n t e pueda elevarse
sobre las m i s m a s " (t. i / l , p. 8).
••'^ N é s t o r A. B r a u n s t e i n , " S u j e t o d e l a c o n c i e n c i a , su-
j e t o d e l d i s c u r s o , s u j e t o " , e n A. F e r n á n d e z G u a r d i o l a ,
La conciencia, M é x i c o , T r i l l a s , 1979, p . 227. V é a s e supra,
p. 69.
•"'2 L o u i s A l t h u s s e r , " I d e o l o g í a y a p a r a t o s i d e o l ó g i c o s
d e l e s t a d o " , e n La filosofía como arma de la revolución
cit.
120 MACIA UNA TEORÍA DEL SUJETO
D e d o n d e r e s u l t a q u e l a i d e o l o g í a n o es u n a su-
p e r e s t r u c t u r a m á s o m e n o s s u p e r f i n a o engañosa
s i n o q u e es l a c o n d i c i ó n d e r e a l i z a c i ó n d e t o d a s
l a s p r á c t i c a s q u e e n s u c o n j u n t o c o n s t i t u y e n la
práctica s o c i a l y están s u p e d i t a d a s a ésta. L a ima-
g e n d e l e d i f i c i o d e b e c e d e r e n t o n c e s a n t e e l con-
cepto de práctica social c o m o c r i t e r i o de distri-
b u c i ó n y d e l i m i t a c i ó n d e las prácticas específicas
d e n t r o d e l a s o c i e d a d . S e d i r á q u e c a d a u n a de
e s a s p r á c t i c a s es e l r e s u l t a d o d e l a a c c i ó n d e l o s
h o m b r e s , d e l o s s u j e t o s . S í , p e r o a c o n d i c i ó n de
r e c o n o c e r , a s u vez, qtié esos s u j e t o s s o n hechos
p o r , son efectos de las prácticas. Y siempre a
t r a v é s d e l a p r á c t i c a i d e o l ó g i c a q u e , u t i l i z a n d o co-
m o m e d i o a l l e n g u a j e , t i e n e l a f u n c i ó n e s e n c i a l de
i n t e r p e l a r y c o n s t i t u i r a los ¿individuos? c o m o suje-
t o s , a l a v e z q u e e s a c a t e g o r í a d e s u j e t o s es el
e l e m e n t o f u n d a m e n t a l y c o n s t i t u t i v o d e t o d a ideo-
l o g í a p a r t i c u l a r ( p o r e j e m p l o , d e l a i d e o l o g í a jurí-
d i c a o de l a ideología: p r o l e t a r i a ) .
L a s i d e o l o g í a s n o s o n t a m p o c o e s t r u c t u r a s eté-
reas o i n m a t e r i a l e s p o r c u a n t o e x i s t e n e n el seno
d e l o s a p a r a t o s i d e o l ó g i c o s , s o l a m e n t e allí, y en
t a n t o prácticas m a t e r i a l e s q u e , s o b r e l o s ¿indivi-
d u o s ? y a c o n s t i t u i d o s c o m o s u j e t o s , m a n t i e n e n , en-
gendran, t r a n s f o r m a n , sistemas singulares de repre-
sentaciones y comportamientos. Estos aparatos
ideológicos t i e n e n u n a e s t r u c t u r a c o n t r a d i c t o r i a en
la m e d i d a en que son el p r o d u c t o y el escenario
de l a l u c h a de clases.
Por este c a m i n o de los A I E a l c a n z a m o s a detectar
el m e c a n i s m o de e n g r a n a j e de l a l u c h a de clases
c o n l a s u b j e t i v i d a d s i n g u l a r d e l s u j e t o s o p o r t e de
l a i d e o l o g í a q u e es a l a v e z p r o d u c t o , a g e n t e y r e -
p r o d u c t o r de las prácticas ideológicas en c u y o seno
fue c o n s t i t u i d o .
A h o r a , podría decirnos u n i m a g i n a r i o i n t e r l o c u -
tor, hay que m a r c a r que, a u n reconociendo la pre-
sencia de las ideologías m a t e r i a l i z a d a s e n prácti-
cas d i s c u r s i v a s y a través d e l o s A T E e n t o d o s l o s
procesos que tienen lugar en la sociedad, son pro-
cesos físicos l o s p r o c e s o s p r o p i a m e n t e materiales
donde las ideologías v i e n e n a insertarse. P o r ejem-
p l o , e n l a p r o d u c c i ó n d e m e r c a n c í a s , se t r a t a d e l
consumo de u n a fuerza de trabajo mensurable
como c a n t i d a d d e energía i n v e r t i d a p o r el t r a b a -
j a d o r e n u n t i e m p o q u e es e l t i e m p o d e l a física
tal c o m o p u e d e ser m e d i d o p o r u n r e l o j . E s d e c i r
que encontraríamos a los c u e r p o s h u m a n o s reali-
zando los procesos sociales y n u e v a m e n t e podría-
nlos r e p r e s e n t a r n o s a l a ideología c o m o procesos
m e n t a l e s q u e se s o b r e a g r e g a r í a n a l a a c t i v i d a d p r o -
p i a m e n t e m a t e r i a l . Y ese i n t e r l o G u t o r p o d r í a d e c i r -
nos q u e es así c o m o él e n t i e n d e e l p o s t u l a d o m a t e -
rialista básico de la primacía de lo r e a l sobre el
pensamiento. N o s o t r o s p o r n u e s t r a p a r t e le con-
testaríamos q u e e l t i e m p o d e l a producción es
t i e m p o f í s i c o , sí, p e r o q u e a s u v e z ese t i e m p o f í s i c o
está d e t e r m i n a d o p o r l a s c o n d i c i o n e s históricas,
por el n i v e l de d e s a r r o l l o de las fuerzas de p r o -
ducción, q u e , a s u vez, está b a j o l a p r i m a c í a d e
las r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n . ^ ^ Q u e e s , t a m b i é n , u n
efecto de l a l u c h a d e clases. Y e n c u a n t o a l o s
c u e r p o s , e l l o s sí, c o n s u m e n energía p e r o l o h a c e n
en y b a j o u n a ideología q u e d e m u e s t r a s u m a t e -
r i a l i d a d e n esa p o t e n c i a p a r a m a n t e n e r a los cuer-
pos t r a b a j a n d o d u r a n t e m i l e n i o s b a j o condiciones
o p r e s i v a s . Q u e n o se n o s r e p r o c h e e l i d e a l i s m o d e l
i n c o n f u n d i b l e a u t o r de estas frases: " M e producía
l a i m p r e s i ó n d e u n h o m b r e q u e d i j e s e : [. . . ] q u e
hoy, p o r e j e m p l o , e s t o y aquí s e n t a d o s o b r e m i le-
cho p o r q u e m i c u e r p o está c o m p u e s t o d e h u e s o s
y d e n e r v i o s ; q u e l o s h u e s o s , s i e n d o d u r o s y sóli-
dos, están s e p a r a d o s p o r j u n t u r a s , y q u e los ner-
vios capaces de c o n t r a e r s e y de extenderse u n e n
los h u e s o s c o n l a c a r n e y l a p i e l q u e l o s e n c i e r r a
y recubre a unos y a otros; que, p o r estar libres
los h u e s o s y l o s n e r v i o s , y p o d e r s e e x t e n d e r y
contraer, h a c e n q u e y o p u e d a d o b l a r las p i e r n a s ,
y é s t a es l a ú n i c a c a u s a p o r l a q u e e s t o y s e n t a d o
de e s t e m o d o . O a u n f u e r a c o m o s i , p a r a e x p l i -
É t i e n n e B a l i b a r , Cinq études de materialisnie his-

toriqiie, P a r í s , M a s p e r o , 1974, p . 232.
122 HACIA XJMA TEORÍA DEL SUJETO
c a r o s l a c a u s a d e n u e s t r a c o n v e r s a c i ó n , sefíalase
y o causas tales c o m o l a voz, el aire, el oído y otras
cosas s e m e j a n t e s y n o os dijese u n a sola p a l a b r a
d e l a c a u s a v e í ^ d a d e r a q u e es é s t a : q u e l o s a t e -
nienses h a n c r e i d o ^ q u e l o m e j o r p a r a ellos era
c o n d e n a r m e a m u e r t e > y q u e , p o r l a m i s m a razón,
c r e o m e j o r p a r a mí estar s e n t a d o sobre esta c a m a
y esperar tranquilamente la pena que me han im-
p u e s t o . P o r q u e y o os j u r o , p o r el C a n , q u e estos
n e r v i o s y estos huesos estarían hace m u c h o t i e m p o
en Megara o en Beocia, y h u b i e r a pensado que
eso e r a l o m e j o r p a r a ellos si n o estuviese con-
v e n c i d o d e q u e es m u c h o m e j o r y m á s j u s t o q u e -
d a r m e aquí p a r a s u f r i r el s u p l i c i o a q u e m e con-
denó m i patria, que escapar y h u i r . Aquellas ra-
zones m e parecen c o m p l e t a m e n t e ridiculas.
" Q u e se d i j e r a q u e s i n o t e n í a n e r v i o s n i h u e s o s
n i o t r a s cosas semejantes n o podría hacer lo que
m e pareciera, b u e n o ; p e r o d e c i r q u e estos huesos
y estos n e r v i o s son la causa de l o que hago y no
l a d e c i s i ó n m í a d e q u e es l o m e j o r , m e p a r e c e e l
m a y o r a b s u r d o . " ^*
Aquí el i d e a l i s m o n o pasa p o r reconocer la pre-
lación de la ideología sobre el c u e r p o sino en con-
s i d e r a r c o m o d e t e r m i n a n t e a " l a decisión mía de
q u e e s l o m e j o r " , es d e c i r l a r e f e r e n c i a a l a s u b -
j e t i v i d a d a u t ó n o m a , a u n a s u b j e t i v i d a d q u e des-
conoce s u d e p e n d e n c i a respecto de las c o n d i c i o n e s
históricas d e e x i s t e n c i a . E n síntesis, e l c u e r p o de
q u e h a b l a e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o n o es u n c u e r -
p o biológico s i n o u n c u e r p o histórico-social c o m o
l o s o n t a m b i é n s u s n e c e s i d a d e s y l o s m o d o s d e sa-
tisfacerlas ("el o b r e r o inglés necesita cerveza y el
o b r e r o francés n e c e s i t a v i n o " ) . E l c u e r p o l l e v a ade-
lante s u existencia en y b a j o u n a ideología p o r q u e
la ideología i n t e r p e l a a los ¿individuos? c o m o su-
j e t o s y l o s r e c l u t a a t o d o s y p o r q u e e l s u j e t o es
s u j e t o antes de ser i n d i v i d u o . T a m b i é n esto e r a
y a s a b i d o p o r Platón. D i c e n las leyes dirigiéndose
P l a t ó n , Fedón, e n Diálogos, B a r c e l o n a , I b e r i a , 1947,

p . 83.
SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 123
a - S ó c r a t e s e n e l Critan: " A nosotras nos debes
j ^ ^ y i d a , p u e s p o r n o s o t r a s se c a s ó t u p a d r e c o n l a
q u e t e d i o a l u z [. . - ] y t a m b i é n p o r n o s o t r a s s e
j^qe l a alimentación y la educación de los hijos.
y,'<Íespués d e d e b e r n o s . e l n a c i m i e n t o , e l s u s t e n t o y
la enseñanza, ¿te a t r e v e r á s a s o s t e n e r q u e n o e r e s
nuestro h i j o y servidor, l o m i s m o q u e t u s pa-
dres?"
Toda l a concepción d e l m a t e r i a l i s m o histórico
que p o n e p o r d e l a n t e a l a l u c h a d e clases y a l o s
procesos de i n t e r c a m b i o hace p a s a r a u n a c o n d i -
ción d e r i v a d a a l a p r o b l e m á t i c a q u e p a r a l a c o n -
cepción l i b e r a l b u r g u e s a d e l m u n d o és, d e s d e u n
punto de vista lógico, p r i m o r d i a l : l a d e l sujeto
i n d i v i d u a l . M a r x se b u r l a d e W a g n e r p o r n o e n t e n -
der " q u e m i m é t o d o analítico n o a r r a n c a d e l h o m -
bre [en general], sino de u n período social con-
creto".^^ L o q u e n o s i g n i f i c a d e s c u i d a r a los
hombres concretos sino encontrarlos al término
d e l análisis. Y q u e s i g n i f i c a , sí, a b r i r u n n u e v o
p r o b l e m a , el de las f o r m a s históricas d e existen-
c i a d e l a s u b j e t i v i d a d d e l a s c u a l e s es d o m i n a n t e
e n n u e s t r o t i e m p o h i s t ó r i c o ( q u e se r e p r e s e n t a a
sí m i s m a s u p r o p i a c o n c e p c i ó n c o m o n a t u r a l y
eterna) l a forma-sujeto caracterizada p o r la ideolo-
gía d e l y o a u t ó n o m o q u e s e r e c o n o c e - d e s c o n o c e e n
el e s p e j o y e n l a p r i m e r a p e r s o n a d e l s i n g u l a r d e
los e n u n c i a d o s q u e r e p r e s e n t a n a l s u j e t o e n t a n t o
q u e e n ese m o m e n t o h a b l a .
Cada m o d o de producción p r o d u c e a los sujetos
que necesita y, luego, estos sujetos h a b l a n , escriben,
se c o m u n i c a n , a p a r e c e n a r i t e sí c o m o f u e n t e y o r i -
gen de sus discursos y d e l s e n t i d o q u e s u p o n e n
que sus p a l a b r a s vehicularizarán. Para ellos el sen-
5^ P l a t ó n , Critón, e n Diálogos, c i t . , p . 38.

^® K a r l M a r x , El capital, c i t . , p . 720. P u e d e v e r s e t a m -
bién l a v e r s i ó n d e l a s Glosas marginales al "Tratado de
economía política" de Adolph Wagner incluidas en Mau-
r i c e D o b b et al.. Estudios sobre "El capital", México,
S i g l o X X I , p . 179, d o n d e se d i c e ; . .] m i m é t o d o ana-
lítico, q u e n o p a r t e del ' h o m b r e ' s i n o d e t m p e r í o d o
e c o n ó m i c o d a d o d e l a s o c i e d a d [. .
124 HACIA UNA TEORfA DEL SUJETO
t i d o b r o t a de s u s i n g u l a r i d a d , de s u persona. Para
e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , e l s e n t i d o es y a u n e f e c t o
d e l a h i s t o r i a y l o s s u j e t o s s o n s u s s o p o r t e s y efec-
tos. E l sentido n o aparece en el discurso sino que
e l d i s c u r s o m i s m o es e l e f e c t o d e u n c a m p o c o n t r a -
d i c t o r i o d e d i s c u r s o s p r e e x i s t e n t e s , d e u n a c i e r t a co-
y u n t u r a d i s c u r s i v a q u e e n g e n d r a la p o s i b i l i d a d de
aparición d e n u e v o s d i s c u r s o s de los q u e sus suje-
t o s se c o n s i d e r a r á n l o s a u t o r e s . ( P o r s u p u e s t o , e s t o
v a l e t a m b i é n p a r a e s t e m i s m o d i s e u r s o q u e se está
leyendo.) Y a esa c o y u n t u r a d i s c u r s i v a p u e d e consi-
derársela b a j o los términos de "archivo",^^3 "geno-
texto" o "interdiscurso".^^^
Cabe aclarar aquí u n posible equívoco. De
esta partición y atomización del sujeto en t a n t o
q u e yo, de esta división i n t e r i o r c o n s t i t u t i v a del
ser e n t a n t o q u e h a b l a n t e , de esta incapacidad
d e l s u j e t o p a r a i n s c r i b i r d e m o d o i n t e g r a l s u de-
seo e n el discurso, de esta r a d i c a l dependencia
del sujeto respecto de las redes significantes, de
t o d o esto n o h a b l a el m a t e r i a l i s m o histórico p o r q u e
e s t e t e m a l e es a j e n o . A j e n o a sus intenciones,
a j e n o a sus posibilidades, ajeno a sus métodos.
É s t e es e l t e r r e n o t e ó r i c o d e l p s i c o a n á l i s i s , d i s c i -
p l i n a q u e t o m a a esta división c o m o p u n t o de
p a r t i d a señalando q u e esta fragmentación o r i g i n a r i a
e n g e n d r a u n a restitución i m a g i n a r i a de u n a u n i d a d
q u e n u n c a existió, a p a r t i r de l a c u a l el sujeto
s e r e p r e s e n t a r á a sí m i s m o c o m o U n o , c o m o ' y o ' ,
c o m o h a b l a n t e . C o n u n a precisión más d e innega-
ble trascendencia: q u e l a división teórica de los
territorios de pertinencia n o implica u n a alteridad
inexpugnable. P o r q u e l a constitución d e l sujeto e n
s e n t i d o psicoanalítico c o m o sujeto de l a carencia
y como sujeto escindido con u n reconocimiento
d e sí e n e l e s p e j o q u e c o n l l e v a u n a a l i e n a c i ó n o r i -
g i n a r i a e n l a i m a g e n d e o t r o , e s l a condición de
posibilidad de existencia del sujeto de la ideología
t e m a , e s t e sí, p r o p i o d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o .
M i c h e l F o u c a u l t , La arqueología del saber c i t .
J u l i a K l r i s t e v a , Matiére, sens, dialectique,
M i c h e l P é c h e u x , Les vérités de la Palice c i t .
Vale decir q u e l a ideología, c o m o proceso q u e
existe m a t e r i a l m e n t e e n prácticas d i s c u r s i v a s , e n
y p a r a los sujetos, n o hace a estos sujetos sino
que r e c i b e u n a m a t e r i a p r i m a p r e f i g u r a d a p o r u n
proceso generativo q u e o c u r r e fuera de ella, antes
de e l l a ( e n u n a t e m p o r a l i d a d l ó g i c a y n o c r o n o -
lógica) e i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e e l l a q u e es l o
que la teoría psicoanalítica designa c o m o represión
o r i g i n a r i a (Urverdrdngung). L o que significa t o m a r
distancia respecto de la tesis, c a u t i v a n t e pero i n -
e x a c t a , d e q u e es l a i d e o l o g í a l a q u e i n t e r p e l a /
constituye a los i n d i v i d u o s - (¿in-dividuos?) como
sujetos ('en sujets': Louis A l t h u s s e r ) . S i n recba-
zarla, p e r o r e f o r m u l á n d o l a así: " L a ideología i n t e r -
pela/constituye a los sujetos del deseo inconsciente,
a los sujetos e s c i n d i d o s p o r e l s i g n i f i c a n t e , a los ya-
dividuos, c o m o sujetos ideológicos." A p a r t i r de lo
c u a l d e b e r e v i s a r s e l a t e s i s d e M i c h e l T o r t ^' d e -
f e n d i d a p o r n o s o t r o s ^® d e q u e e l p s i c o a n á l i s i s e s
la c i e n c i a r e g i o n a l d e l a i n s t a n c i a ideológica e n e l
continente d e l m a t e r i a l i s m o histórico.
E s t a p r e c i s i ó n t e ó r i c a es a l t a m e n t e s i g n i f i c a t i v a
para el m a t e r i a l i s m o histórico p o r q u e evita u n
malentendido f u n d a m e n t a l cargado de consecuen-
cias p r á c t i c a s . E n e f e c t o , s i n o se a c e p t a e s t a d i -
visión i n t e r n a d e l s u j e t o c o n relación a s u deseo,
c o n l a c o n s i g u i e n t e d i m e n s i ó n c o n f l i c t i v a q u e es
c o n s u s t a n c i a l a l a e x i s t e n c i a h u m a n a , s i n o se a d -
mite esta presencia de la n e g a t i v i d a d c o m o algo
que t r a b a j a desde a d e n t r o d e l sujeto, d e t o d o su-
jeto, c o m o u n a fuerza impelente que engendra u n
c o n s t a n t e c u e s t i o n a m i e n t o r a d i c a l d e sí, d e l o t r o y
d e l m u n d o , s i n o se a c e p t a e s t o se a c a b a p o r p r o -
yectar hacia el exterior esta i n c o m p l e t u d , haciendo
aparecer a u n h o m b r e , a u n a clase o a l a h u m a -
M i c h e l T o r t , " L a psychanalyse dans le matérialisme
h i s t o r i q u e " , e n Nouvelte Revue de Psychanalyse n ú m . 1,
1970 [El psicoanálisis en el materialismo histórico, Bue-
nos A i r e s , JMoé, 1974].
s« N é s t o r A . B r a u n s t e i n , M a r c e l o P a s t e r n a c , Gloria
B e n e d i t o y F r i d a S a a l , Psicología: ideología y ciencia
cit.
126 H A C I A U N A T E O R Í A D E L S U J E T O
n i d a d e n s u c o n j u n t o c o m o u n i f i c a d a e n s u lucha
contra la naturaleza o contra u n a sociedad opre-
s i v a . S a l t a acá u n a r a z ó n d e m á s p a r a p e n s a r la
n e c e s i d a d i r r e f r e n a b l e d e l c o n c e p t o d e p u l s i ó n de
m u e r t e e n e l psicoanálisis y las consecuencias que
tiene para la ciencia de la historia: al postular a
la negatividad c o m o interior, insoluble y constitu-
t i v a d e l s u j e t o , se p l a n t e a t a m b i é n a l a h i s t o r i a
c o m o inacabable proceso r e v o l u c i o n a r i o q u e no
e n c u e n t r a nüricá úh p u n t o d e f i n i t i v o d e a n c l a j e .
P o r q u e n o se t r a t a t a n s ó l o d e l l e g a r a u n d e s a r r o -
l l o d e l a s f u e r z a s d e p r o d u c c i ó n qiue p e r m i t a la
e x i s t e n c i a y sea c o n g r u e n t e c o n r e l a c i o n e s de pro-
d u c c i ó n e x e n t a s d e e x p l o t a c i ó n , es d e c i r a u n o r d e n
q u e asegure l a satisfacción de l a necesidad, para
q u e se e s t é y a e n e l r e i n o d e l a l i b e r t a d y p o r q u e
ese r e i n o d e l a l i b e r t a d p r o m e t i d o p o r e l m a r x i s m o
clásico n o debe entenderse más q u e c o m o l i b e r t a d
política y de n i n g u n a m a n e r a c o m o l a imposible
sustracción a l deseo, a s u coerción r e p e t i t i v a y
a s u d e f i n i t i v o i n c u m p l i m i e n t o é n t a n t o q u e es
d e s e o iWunsch) y n o c o n c u p i s c e n c i a , g a n a s , ape-
t i t o de algún f r u t o t e r r e n a l .
Sería fácil h a b l a r aquí d e l p e s i m i s m o q u e alle-
garía l a concepción freudiana-lacaniana a l a idea
d e l a h i s t o r i a . F á c i l y s i m p l i s t a . P o r q u e n o se t r a -
ta de f u n d a r u n o p t i m i s m o i l u s o r i o e i r r a c i o n a l sino
de m a n t e n e r la idea de u n a transformación perma-
nente en el enfrentamiento contra u n enemigo
ineludible, la muerte (por darle u n nombre), in-
c l u i d o e n l a n a t u r a l e z a m i s m a d e l a pulsión, resis-
t i e n d o así a l a i d e a d e c o a g u l a r l a h i s t o r i a h u m a n a
a l r e d e d o r d e l a búsqueda de l a satisfacción d e la
necesidad p o r p a r t e de sujetos h u m a n o s unifica-
dos y r e d u c i d o s a l a condición de átomos más o
menos prescindibles e n el i n t e r i o r de u n proceso
" o b j e t i v o " e n el m a l sentido de la palabra, en el
s e n t i d o de u n a liquidación d e l deseo.
Se v e así q u e , p a r a d ó j i c a m e n t e , l a i d e a d e u n a
totalización de l a h i s t o r i a , cara a l a tradición he-
g e l i a n a , sea e n e l e s t a d o burgués, sea e n u n a socie-
d a d s i n clases, a m p u t a a l p e n s a m i e n t o dialéctico
^ r S U J E T O E N E L PSICOANÁLISIS 127
u n o d e s u s m o t o r e s q u e es e l c o n f l i c t o d e l s u -
jeto consigo m i s m o , c o n f l i c t o q u e n o espera p a r a
j t i a n i f e s t a r s e a q u e se r e s u e l v a n l a s c o n t r a d i c c i o n e s
soci^l^^ s i n o q u e se m a n i f i e s t a y a e n ellas como
sustrato de u n a l u c h a q u e enfrenta a los h o m b r e s
y a. l a s c l a s e s e n t r e s í (-dialéctica d e j a m o y e l
esclavo) y también e n el i n t e r i o r de cada s u b j e t i -
v i d a d q u e a l c a n z ó ese e s t a t u t o a l t e n e r q u e a t r a -
vesar p o r l o s s e n d e r o s n o r m a t i v o s d e l E d i p o y l a
castración.
De este m o d o viene el p e n s a m i e n t o f r e u d i a n o a
i n s c r i b i r s e e n l a teoría denlas ideologías. L a abo-
lición d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a d e l o s m e d i o s d e
producción y el n u e v o m o d o de distribución de los
bienes p r o d u c i d o s q u e asegure q u e de cada u n o
se r e c i b a s e g ú n s u c a p a c i d a d y a c a d a u n o se
e n t r e g u e según s u n e c e s i d a d n o restituirá a ningún
s u j e t o esa mítica u n i d a d p e r d i d a .
Es e l m o m e n t o de r e c o r d a r q u e , sobre este pun-
t o , F r e u d t a c h a b a d e i d e a l i s t a a l p e n s a m i e n t o so-
cialista: " L a ética b a s a d a e n l a religión, p o r su
p a r t e , n o s p r o m e t e u n m á s allá m e j o r , p e r o p i e n s o
que predicará e n el desierto m i e n t r a s la v i r t u d n o
rinda sus f r u t o s y a e n esta tierra. También y o con-
sidero i n d u d a b l e q u e u n a modificación objetiva de
las r e l a c i o n e s d e l h o m b r e c o n l a p r o p i e d a d sería,
en este sentido, más eficaz q u e c u a l q u i e r p r e c e p t o
ético; p e r o l o s socialistas m a l o g r a n t a n j u s t o re-
c o n o c i m i e n t o , desvalorizándolo e n s u realización,
al i n c u r r i r en u n nuevo desconocimiento idealista
d e l a n a t u r a l e z a h u m a n a . " ^® A f i r m a c i o n e s q u e s e
hacen comprensibles a p a r t i r de l o asentado unas
páginas a n t e s : " S e r í a i n j u s t o r e p r o c h a r a l a c u l -
tura el que pretenda excluir la lucha y la compe-
tencia de las actividades h u m a n a s . Esos factores
seguramente son imprescindibles; pero la rivalidad
no significa necesariamente h o s t i l i d a d : sólo se
a b u s a d e e l l a p a r a j u s t i f i c a r ésta.
"Los comunistas creen haber descubierto el ca-
S i g m u n d F r e u d , El malestar en la cultura (1930),
e n Obras completas c i t . , t . x i x , p . 88.
m i n o h a c i a l a redención d e l m a l . Según ellos, el

h o m b r e sería b u e n o d e t o d o c o r a z ó n , a b r i g a r í a las
m e j o r e s i n t e n c i o n e s p a r a c o n e l p r ó j i m o , p e r o la
institución de l a p r o p i e d a d p r i v a d a habría c o r r o m -
p i d o s u n a t u r a l e z a . L a p r o p i e d a d p r i v a d a d e bie-
nes c o n c e d e a u n o s el poderío, y c o n ello l a tenta-
c i ó n d e a b u s a r d e l o s o t r o s ; l o s e x c l u i d o s de la
p r o p i e d a d d e b e n s u b l e v a r s e h o s t i l m e n t e c o n t r a sus
PPr^spTes. S i se a b o l i e r a l a p r o p i e d a d p r i v a d a , si
se h i c i e r a n c o m u n e s t o d o s l o s b i e n e s , d e j a n d o q u e
todos p a r t i c i p a r a n de su. provecho, desaparecería
l a m a l q u e r e n c i a y l a h o s t i l i d a d e n t r e los seres h u -
m a n o s . D a d o q u e t o d a s las n e c e s i d a d e s quedarían
s a t i s f e c h a s , n a d i e t e n d r í a m o t i v o d e v e r e n e l pró-
j i m o a u n enemigo; t o d o s se p l e g a r í a n d e b u e n
grado a la necesidad del trabajo. N o m e concierne
l a crítica económica d e l s i s t e m a c o m u n i s t a ; n o m e
es p o s i b l e i n v e s t i g a r s i l a a b o l i c i ó n d e l a p r o p i e -
d a d p r i v a d a es o p o r t u n a y c o n v e n i e n t e ; p e r o e n
c a m b i o p u e d o r e c o n o c e r c o m o v a n a ilusión s u h i -
pótesis psicológica. E s v e r d a d q u e a l a b o l i r l a pro-
p i e d a d p r i v a d a se s u s t r a e a l a a g r e s i v i d a d h u m a n a
u n o de sus i n s t r u m e n t o s , s i n d u d a u n o m u y fuerte,
p e r o de ningún m o d o el más f u e r t e de todos. S i n
e m b a r g o , n a d a se h a b r á m o d i f i c a d o c o n e l l o e n las
d i f e r e n c i a s d e p o d e r í o e i n f l u e n c i a , qu-e l a a g r e s i -
v i d a d a p r o v e c h a p a r a s u s p r o p ó s i t o s ; t a m p o c o se
h a b r á c a m b i a d o l a e s e n c i a d e ésta. E l i n s t i n t o agre-
s i v o n o es u n a c o n s e c u e n c i a d e l a p r o p i e d a d , s i n o
q u e regía casi s i n restricciones e n épocas p r i m i t i -
vas, c u a n d o l a p r o p i e d a d aún e r a b i e n p o c a cosa;
y a se m a n i f i e s t a e n e l niño, a p e n a s l a p r o p i e d a d
h a p e r d i d o s u p r i m i t i v a f o r m a a n a l ; c o n s t i t u y e el
s e d i m e n t o de t o d o s los vínculos cariñosos y amo-
r o s o s e n t r e l o s h o m b r e s , quizá c o n l a única excep-
ción d e l a m o r q u e l a m a d r e siente p o r s u h i j o
v a r ó n . S i se e l i m i n a r a e l d e r e c h o p e r s o n a l a p o s e e r
b i e n e s m a t e r i a l e s , aún subsistirían los p r i v i l e g i o s
d e r i v a d o s d e las r e l a c i o n e s sexuales, q u e necesa-
r i a m e n t e deben convertirse e n fuente de l a más i n -
tensa e n v i d i a y de l a más v i o l e n t a h o s t i l i d a d entre
los seres h u m a n o s , e q u i p a r a d o s e n t o d o l o restante.
El, S U J E T O E N E L P S I C O A N Á L I S I S 129
Si t a m b i é n se a b o l i e r a e s t e p r i v i l e g i o , d e c r e t a n d o
la c o m p l e t a l i b e r t a d d e l a v i d a s e x u a l , s u p r i m i e n d o ,
pues, l a f a m i l i a , célula g e r m i n a l de l a c u l t u r a , en-
t o n c e s , es v e r d a d , sería i m p o s i b l e p r e d e c i r qué
nuevos c a m i n o s seguiría l a e v o l u c i ó n d e ésta, p e r o
cualquiera q u e ellos fueren, p o d e m o s aceptar q u e
las i n a g o t a b l e s t e n d e n c i a s i n t r í n s e c a s d e l a n a t u -
raleza h u m a n a t a m p o c o dejarían de s e g u i r l o s . " Y
r e m a t a estas c o n s i d e r a c i o n e s poco más adelante
al d e c i r : . .] n o s p a r e c e j ^ a r t o c o m p r e n s i b l e e l
que l a t e n t a t i v a d e i n s t a u r a r e n R u s i a u n a n u e v a
cultura c o m u n i s t a r e c u r r a a l a persecución de los
burgueses c o m o apoyo psicológico. Pero nos pre-
guntamos, p r e o c u p a d o s , qué harán los soviets u n a
vez q u e h a y a n e x t e r m i n a d o t o t a l m e n t e a s u s b u r -
gueses."
L a cita debió ser extensa p a r a p o d e r tranquila-
m e n t e a b s t e n e m o s de g l o s a r l a . E l psicoanálisis n o s
enseña — y n o p o d e m o s p r e s c i n d i r de esa ense-
ñanza— q u e los j u s t o s anhelos de transformación
social a través de l a transformación d e l régimen
de p r o p i e d a d d e l o s m e d i o s de p r o d u c c i ó n d e b e n
reconocer u n límite en el plano de las t r a n s f o r m a -
ciones s u b j e t i v a s q u e los acompañarían. U n límite
que está d a d o p o r l a e s t r u c t u r a m i s m a de l a p u l -
sión y d e l d e s e o c o m o nec plus ultra de la meta-
morfosis. Pero cabe preguntarse si el desairollo
de l a s c i e n c i a s sociales q u e p e r m i t e n e l c o n o c i -
m i e n t o de los procesos o b j e t i v o s a través d e los
cuales se p r o d u c e n , m a n t i e n e n y t r a n s f o r m a n l o s
sistemas de representaciones y comportamientos
no p a v i m e n t a el c a m i n o p a r a u n a apropiación de
lo real de l a h i s t o r i a , p a r a l a "sustracción a l a
agresividad h u m a n a de u n o de sus i n s t r u m e n t o s " ,
para l a organización n o a u t o r i t a r i a de los aparatos
i d e o l ó g i c o s d e l e s t a d o y p a r a q u e se p u e d a , así,
reconocer el estallido de las identidades imagina-
rias a través de u n a práctica r e v o l u c i o n a r i a p e r m a -
nente realizada sobre la m a t e r i a simbólica de la
q u e e s t a m o s h e c h o s . Se t r a t a — ¡ q u é fácil es d e -
eo Ibid„ p p . 57-59.
c i r i o ! — d e v e n c e r los obstáculos p a r a l a manifes-

tación n o r e p r e s i v a d e esa n e g a t i v i d a d consustan-
c i a l a l a e x i s t e n c i a ; de l a a p e r t u r a a ese infinito
q u e e l m u n d o d e los sueños, q u e c i e r t a s experien-
cias psicóticas, q u e las revoluciones e n l a historia
d e l a r t e , c o n e p i f a n í a d e n u e v o s p r o c e d i m i e n t o s de
simbolización, p e r m i t e n avizorar. ( R i m b a u d : J'écri-
vais des silences, des nuits, je notáis Vinexprimable,
J e fixais des vertiges,)
D. E L SUJETO E N LINGÜÍSTICA
Empecemos p o r reconocer que nuestro acerca-

m i e n t o a l a lingüística h a e s t a d o y está m o v i d o p o r
preocupaciones extralingíiísticas, de o r d e n psico-
analítico u n a s , p r o v e n i e n t e s otras de l a i n q u i e t u d
p o r u n a p o s i b l e teoría de las ideologías.
P a r t i e n d o d e allí, d e l a práctica psicoanalítica
e j e r c i d a t o t a l m e n t e e n e l c a m p o d e l l e n g u a j e y de
l a p r e g u n t a a c e r c a d e l a e f i c i e n c i a de las prácticas
d i s c u r s i v a s e n l a producción de sujetos ideológicos,
níiestro c a m i n o nos llevaba i n e l u d i b l e m e n t e hacia
l a lingüística, c o n e x p e c t a t i v a s q u e d e b e m o s apun-
t a r e n l a c u e n t a d e n u e s t r a s i l u s i o n e s . E s así q u e
l a d e c e p c i ó n p o r l a s r e s p u e s t a s e n c o n t r a d a s n o es
i m p u t a b l e , p o r s u p u e s t o , a l a lingüística m i s m a ,
a j e n a c o m o está a las d e m a n d a s de respuestas p a r a
p r e g u n t a s q u e e l l a m i s m a n o se f o r m u l a o n o
puede formularse.
E s t a e x p l i c i t a c i ó n d e n u e s t r a p o s i c i ó n e n l a bús-
q u e d a q u e i n i c i a m o s es, t a l vez, u n a m a n e r a d e
aclarar también que nuestras pretensiones son l i -
m i t a d a s y q u e l a r e v i s i ó n q u e h a r e m o s n o será
exhaustiva.
E n u n p r i m e r abordaje, que ubicamos en u n ni-
vel p u r a m e n t e d e s c r i p t i v o , podríamos decir q u e las
m a n e r a s e n q u e a p a r e c e l a cuestión d e l s u j e t o e n
l i n g ü í s t i c a s o n t r e s : a\l s u j e t o c o m o c a t e g o r í a
g r a m a t i c a l ; í?] e l s u j e t o e n l a d i s t i n c i ó n e n u n c i a d o /
enunciación, y c] e l s u j e t o c o m o h a b l a n t e , c o m o
o p e r a d o r d e l lenguaje. Pasamos a reseñar a conti-
HL S U J E T O E N E L PSICOANÁLISIS 131
nuación e s t a s t r e s m o d a l i d a d e s * d e a p a r i c i ó n d e l a
problemática d e l sujeto.
¿La primera h a c e d e l s u j e t o u n a categoría sin-
t á c t i c a : e l s u j e t o es e l o b j e t o a c e r c a d e l c u a l s e
predica. E s l a clásica oposición e n t r e el s u j e t o y
el p r e d i c a d o . A q u í e l s u j e t o a p a r e c e c o m o u n a ca-
tegoría d e e x t e n s i ó n i n f i n i t a , p u e s t o d o l o e x i s t e n t e
y todo l o imaginable puede ser objeto de predica-
dos. P a r e c i e r a q u e e s t a a c e p c i ó n d e l " s u j e t o " e n
el d i s c u r s o l i n g ü í s t i c o n o t i e n e r e l a c i ó n c o n n u e s -
tro tema. Pero n o nos apresuremos a descartarla.
E l s u j e t o es a q u e l l o d e l o q u e se h a b l a , u n a l g o q u e
existe i n d i f e r e n c i a d o p e r o q u e llega a ser, a ser
p a r a a l g u i e n , e n l a m e d i d a e n q u e es o b j e t o de
u n d i s c u r s o , e n q u e es h a b l a d o . S e r h a b l a d o l o
d i s t i n g u e , h a c e d e él e l a s i e n t o d e u n a d i f e r e n c i a ,
l o p a r t i c u l a r i z a , p u e s l o q u e d e él se d i g a m a r c a l a
d i f e r e n c i a e n t r e él y t o d o s l o s d e m á s predicados
que n o s o n c o n v o c a d o s e n e l d i s c u r s o s o b r e este
" s u j e t o " , q u e es " o b j e t o " d e j u i c i o s d e e x i s t e n c i a
y atribución. E n l a categoría sintáctica y g r a m a -
tical del sujeto, ¿no estaremos h a l l a n d o el secreto
de l a s u b j e t i v i d a d , u n s e c r e t o q u e t r a s c e n d e r í a e n
m u c h o l a p e r s p e c t i v a lingüística?
Cabe pensar a l sujeto c o m o el c o n j u n t o de los
p r e d i c a d o s d e l o s q u e es s u j e t o . S i n q u e e s t a d e -
finición, c l a r o está, sea r e s t r i c t i v a .
N o se n o s e s c a p a n e n e s t a p r i m e r a c i r c u n s c r i p -
ción d e l s u j e t o e n lingüística l a s p o s i b l e s i m p l i c a -
ciones metafísicas. H a b l a r d e l s u j e t o c o m o el con-
j u n t o d e l o s p r e d i c a d o s d e l o s q u e es s u j e t o p u e d e
hacer pensar en posturas idealistas acerca de la
Idea generando la existencia o d e l t i p o de las d e l
p o s i t i v i s m o l ó g i c o : e l m u n d o es e l m u n d o d e l l e n -
guaje. Posturas estas q u e n o c o m p a r t i m o s .
L a filosofía t r a d i c i o n a l h a t r a b a j a d o este p r o -
b l e m a b a j o l a rúbrica de l a "cuestión gnoseoló-
gica", alternándose los d i s t i n t o s sistemas filosófi-
cos q u e p o s t u l a n d e s d e l a s p o s i c i o n e s s u b j e t i v i s t a s
e x t r e m a s , d o n d e e l m u n d o es d e t e r m i n a d o p o r l a
I d e a , h a s t a l a s p o s t u r a s d e l e m p i r i s m o , d o n d e es
el o b j e t o el q u e d e t e r m i n a l a conciencia. Hemos
desarrollado en otra parte y d e m a n e r a esque-

m á t i c a e s t e d e s p l i e g u e a l o l a r g o d e l a h i s t o r i a de
l a filosofía, p o s t u l a n d o allí q u e p a r a u n a p r e g u n t a
m a l p l a n t e a d a n o podía h a b e r b u e n a s respuestas.
H o y q u i s i é r a m o s a g r e g a r u n a consideración no
e x p l i c i t a d a e n t o n c e s y q u e se r e f i e r e a l a t r a s p o s i -
ción de u n m a t e r i a l i s m o i n g e n u o ( a t e n i d o a lo
o n t o l ó g i c o ) , p a r a a c c e d e r a l r e c o n o c i m i e n t o d e la
m a t e r i a l i d a d e f i c i e n t e d e l o r d e n simbólico. Desde
e s t a p o s i c i ó n e s d a b l e p e n s a r a l s u j e t o c o m o el
c o n j u n t o d e l o s p r e d i c a d o s d e l o s q u e es s u j e t o
sin q u e esto i m p l i q u e posiciones idealistas.
E n e s t e s e n t i d o es n e c e s a r i o r e c a l c a r l o s p o s t u -
lados de u n a epistemología m a t e r i a l i s t a distin-
g u i e n d o el p l a n o de la r e a l i d a d , d o n d e l o r e a l existe
a n t e r i o r e i n d e p e n d i e n t e m e n t e de su conocimien-
t o , y e l p l a n o g n o s e o l ó g i c o , d o n d e es l a p r i m a c í a
d e l s i g n i f i c a n t e l a q u e rige las relaciones d e l hom-
b r e c o n s u m u n d o . Es esta l a posición de Lacan,
t a n t a s veces r e p r o c h a d o de i d e a l i s t a p o r quienes
sólo c o n o c e n s u o b r a d e s d e a f u e r a : " L a relación
d é l o r e a l c o n l o p e n s a d o n o es l a d e l s i g n i f i c a d o
c o n el s i g n i f i c a n t e y el p r i m a d o q u e lo r e a l tiene
s o b r e l o p e n s a d o se i n v i e r t e d e l s i g n i f i c a n t e a l sig-
n i f i c a d o . " ^2
E s s a b i d o q u e m á s allá o m á s acá d e c u a l q u i e r
consideración mítica sobre el o r i g e n del lenguaje,
y a n o es p o s i b l e c o n c e b i r l a e x i s t e n c i a d e g r u p o s
h u m a n o s anteriores o al margen del lenguaje. E n
la "eficacia simbólica" (Lévi-Strauss) reside la ma-
t e r i a l i d a d d e l l e n g u a j e , q u e p e r m i t e p e n s a r ésta
nuestra p r i m e r a aproximación al t e m a del sujeto
e n l a lingüística. E l c o n j u n t o de los p r e d i c a d o s
d e l o q u e a l g o es s u j e t o es su materialidad, ya
q u e e s t o s p r e d i c a d o s , a l d a r l e u n l u g a r e n l a ca-
Néstor A. B r a u n s t e i n , M a r c e l o Pasternac, G l o r i a
B e n e d i t o y F r i d a S a a l , Psicología: ideología y ciencia
cit-, cap. X.
J a c q u e s L a c a n , " E n m e m o r i a d e E r n c s t J o n e s : so-
b r e l a t e o r í a d e l s i m b o l i s m o " , e n Écrits, p . 705 [Escritos
2, p . 315].
^^ÜJETO E N E L PSICOANÁLISIS 133
¿dna d i s c u r s i v a , l o u b i c a n e n e l o r d e n s i m b ó l i c o ,
î¡ei m u n d o h u m a n o , al tiempo que lo producen
corno s u j e t o d e ese l u g a r p r e e s t a b l e c i d o . Soporte
de 1^ a p e l a c i ó n i d e o l ó g i c a p o r l a i d e n t i f i c a c i ó n q u e
lo c o n s t i t u y e : " A m e r i c a n o s . . . h a l l e g a d o e l m o -
m e n t o d e . . . u b i c a c i ó n s u b j e t i v a e n esa catego-
ría, p a r a n a d a " n a t u r a l " d e l o s a m e r i c a n o s , q u e
podrá s e r a s u m i d a i d e n t i f i c a t o r i a m e n t e c u a n d o e l
s u j e t o a s u m i é n d o s e c o m o yo p u e d a d e c i r : "noso-
troslos a m e r i c a n o s . . . " o " . . . yo, c o m o todos los
a m e r i c a n o s . . . " , y s e r así e l s o p o r t e d e s u p r o p i a
representación, i l u s i ó n d e a m o y d u e ñ o d e s u de-
cir, d e s c o n o c e d o r d e l p r o c e s o d e s u constitución,
para s i e m p r e a j e n o a él.
Y también c o m o s o p o r t e d e l deseo de o t r o que
encarna e n l a l i t e r a l i d a d de s u c a r n e , a través de
su n o m b r e , a t r a v é s d e s u c o n d i c i ó n d e h i j o d e X ,
o de Y , o h i j o d e p a d r e d e s c o n o c i d o , s i g n i f i c a n t e s
que l o r e p r e s e n t a n s i n s i g n i f i c a r l o y q u e m a r c a n
d e r r o t e r o s a los q u e c i e g a m e n t e tratará de a f e r r a r -
se o d e r o m p e r , p e r o q u e c u a l q u i e r a s e a a q u é l d e
los d o s m o v i m i e n t o s q u e r e a l i c e , e l l o s s o n i g u a l -
mente d e t e r m i n a n t e s de su ser. . . o de su deber
ser.
L a segunda m o d a l i d a d de aparición d e l sujeto en
l i n g ü í s t i c a es l a q u e c o r r e s p o n d e a l a d i s t i n c i ó n
e n t r e e l sujeto de la enunciaciófi y e l su jeto del
enunciado. Distinción que opera en el interior
del c a m p o m a t e r i a l de las cadenas d i s c u r s i v a s y
que n o r e m i t e e n n i n g u n o de los dos casos a u n
sujeto psicológico.
E s q u e m á t i c a m e n t e , e l enimciado remite a u n
texto, o r a l o e s c r i t o , q u e es u n e n c a d e n a m i e n t o
significante analizable i n d e p e n d i e n t e m e n t e de to-
d a c i r c u n s t a n c i a ; y l a enunciación r e m i t e a las
condiciones de producción del enunciado y no al
t e x t o q u e es p r o d u c i d o . L a e n u n c i a c i ó n trabaja
en l a relación d e l l o c u t o r y l a l e n g u a , e n el l u g a r
donde los caracteres lingüísticos d e l enunciado
p r o d u c i d o a p o r t a n las m a r c a s de esta relación. L a s
personas ( n o m b r e s o p r o n o m b r e s ) , el t i e m p o , el
l u g a r , e t c . E l s u j e t o d e l e n u n c i a d o es a s i m i l a b l e
134 H A C I A U N A T E O R Í A D E L SIÍJETQ
a l s u j e t o g r a m a t i c a l q u e v i m o s e n l a p r i m e r a acep-
c i ó n d e " s u j e t o " , a q u e l l o s o b r e l o q u e se p r e d i c a
a l g o . E l s u j e t o d e l a e n u n c i a c i ó n , p a r a l a lingüís.
t i c a , es e l e m i s o r e n l a m e d i d a e n q u e d e j a u n a
h u e l l a d e s u p r e s e n c i a e n e l i n t e r i o r d e l enun-
ciado.
L a f o r m a más p l e n a de esta p r e s e n c i a d e l sujeto
d e l a e n u n c i a c i ó n es l a q u e se m a t e r i a l i z a a través
d e l p r o n o m b r e d e l a p r i m e r a p e r s o n a . E s t o per-
m i t e d i s t i n g u i r d o s t i p o s f u n d a m e n t a l e s de enun-
c i a d o s : l o s s u b j e t i v o s , q u e d e p e n d e n p a r a s u com-
p r e n s i ó n d e l c o n o c i m i e n t o d e l a s c i r c u n s t a n c i a s de
l a e n u n c i a c i ó n ( p o r e j e m p l o : " A q u í t e n g o e l perió-
d i c o d e a y e r " , d o n d e n a d a se t r a n s m i t e s i n o se
i n d i c a q u i é n es e l a u t o r d e l a f r a s e , d ó n d e e s t a b a
y c u á n d o l a d i j o ) , y l o s o b j e t i v o s , q u e s o n inde-
p e n d i e n t e s de esas c i r c u n s t a n c i a s ( e j e m p l o : "Ben-
jamín F r a n k l i n inventó el p a r a r r a y o s " o "cuatro
m á s n u e v e es i g u a l a o n c e " ) . E l ú l t i m o d e los
enunciados sirve para ilustrar que la " o b j e t i v i d a d "
d e l m i s m o e n l i n g ü í s t i c a es i n d e p e n d i e n t e d e su
condición de v e r d a d e r o o falso.
A h o r a b i e n , d e l a e n u n c i a c i ó n a l a lingüística
sólo le i n t e r e s a n sus r a s t r o s e n el e n u n c i a d o ; como
l o señalan D u c r o t y T o d o r o v : " L o s a s p e c t o s lin-
g ü í s t i c o s d e l a e n u n c i a c i ó n n u n c a h a n s i d o e l cen-
t r o d e a t e n c i ó n d e l o s lingüistas","'^ y a t r i b u y e n a
este h e c h o la imprecisión terminológica c o n que
e s t r a t a d o e l p r o b l e m a d e l a e n u n c i a c i ó n e n las
formulaciones de diferentes estudiosos d e l len-
guaje.
P e r o c u n d e e n n o s o t r o s l a s o s p e c h a d e q u e esta
exclusión e imprecisión c o n c e p t u a l e n el a b o r d a j e
d e l e s t a t u t o de l a enunciación e n l a lingüística no
es e l r e s u l t a d o d e n i n g u n a n e g l i g e n c i a . E s , m á s
bien, u n elemento i n d i c a d o r de las constricciones
q u e la definición m i s m a de la m a t e r i a y el o b j e t o
de e s t u d i o de la lingüística i m p o n e a q u i e n e s tra-
b a j a n en su c a m p o . N o s a t r e v e m o s pues a adelan-
O s w a l d D u c r o t y T z v e t a n T o d o r o v , Diccionario en-
ciclopédico de las ciencias del lenguaje c i t . , p . 364.
S U J E T O E N E L P S I C O A N Á L I S I S 135
t a r u n a h i p ó t e s i s : la necesidad de exclusión del
sujeto, es para la lingüística, condición de garantía
para conservar la U N - I C I D A D de la lengua.
E s p o r e l l o , c r e e m o s , q u e u n a v e z q u e e l Fin-
güista h a s e ñ a l a d o l a s m a r c a s d e l a r e l a c i ó n d e l
h a b l a n t e c o n l a l e n g u a , s ó l o q u e d a p a r a él e l p e n -
sar e n " e l a p a r a t o f o r m a l d e l a e n u n c i a c i ó n " , ^ *
q u e es u n i n t e n t o s e r i o d e t r a b a j a r l a e n u n c i a c i ó n
en e l i n t e r i o r d e l c a m p o d e l a lingüística sujetán-
dose a l a s r e s t r i c c i o n e s i m p u e s t a s p o r l o s m é t o d o s
d i s p o n i b l e s , p a r a e l a n á l i s i s : se d e l i n e a n a l l í l a s
relaciones d e l " y o " y el " t ú " e n las condiciones de
p r e s e n c i a i m a g i n a r i a ; se a c e n t ú a l a p r e s e n c i a d e l
i n t e r l o c u t o r e n e l o r d e n d e l m o n ó l o g o o d e l diá-
l o g o , se m a r c a l a i n s t a u r a c i ó n e n e l a c t o d e l a
e n u n c i a c i ó n d e l o t r o , p a r a q u i e n t a l e n u n c i a d o es
e m i t i d o . ( N o t e m o s aquí l a subversión q u e v a de l o
a p a r e n t e a l o e s e n c i a l c u a n d o se f o r m u l a e l plan-
teo l a c a n i a n o de q u e el s u j e t o r e c i b e d e l o t r o s u
propio mensaje i n v e r t i d o . P o r l o q u e psicoanalí-
t i c a m e n t e m á s q u e p r e g u n t a r n o s , ¿a q u i é n h a b l a ? ,
d e b e m o s p r e g u n t a r n o s , ¿ q u i é n es e l q u e p o r s u
b o c a h a b l a ? ) E l o r d e n a m i e n t o d e l t i e m p o se r e a l i -
za a p a r t i r - d e l p r e s e n t e d e l a e n u n c i a c i ó n r e a l i -
z a d a y c o n r e l a c i ó n a e s t e p r e s e n t e se o r d e n a n e l
pasado y e l f u t u r o . L a enunciación, en t a n t o e n u n -
ciación r e a l i z a d a , m o d a l i z a e l f l u i r d e l t i e m p o q u e
no c o r r e s p o n d e a la coagulación d e l ' t i e m p o crista-
lizada e n el e n u n c i a d o (también aquí n o s encon-
tramos c o n u n t i e m p o q u e n o puede ser más q u e
lineal, e l d e l e n u n c i a d o , m i e n t r a s q u e e l psicoaná-
l i s i s p o d r í a s e ñ a l a r n o s las c o n s t r i c c i o n e s r e s u l t a n -
tes d e u b i c a r e n c a d e n a s u c e s i v a l o c o e x i s t e n t e , l a s
resignificaciohes a p o s t e r i o r i , l a presencia del pa-
sado e n el presente, etc.). E s t a coexistencia y d i -
reccionalidad reversible del tiempo, revelada por
el psicoanálisis, y esa constricción d e l t i e m p o e n
el h a b l a a l a l i n e a l i d a d d e l e n u n c i a d o g e n e r a n u n a
t e n s i ó n i n t e r n a q u e d e j a s u m a r c a y se h a c e p r e -
É m i l e B e n v e n i s t e , Problemas de lingüística gene-

ral II, M é x i c o , S i g l o X X I , 1977, p p . 82-91.
senté e n e l d i s c u r s o b a j o l a f o r m a v a r i a d a de
r u p t u r a s d e l a c o n c o r d a n c i a , l a s q u e , s i b i e n des-
de u n a c i e r t a perspectiva, la gramatical, pueden
ser c o n s i d e r a d a s c o m o " e r r o r e s " e n e l e n u n c i a d o ,
evidencian e n la enunciación l a p o s i t i v i d a d de otra
lógica. Psicoanalíticamente, m a r c a n l a e m e r g e n c i a
de u n a v e r d a d d e s c o n o c i d a p a r a el h a b l a n t e ; la
suya p r o p i a .
F i n a l m e n t e , el a p a r a t o f o r m a l d e l a enunciación
i n c l u y e l o s m o d o s d e a p a r i c i ó n d e l o t r o e n l a ca^
dena discursiva, bajo la forma de la apelación
(¿interpelación d e l i n d i v i d u o c o m o sujeto?), de la
interrogación, d e l a admonición, del imperativo,
etcétera.
Hemos delineado sucintamente las categorías
p r o p u e s t a s p o r B e n v e n i s t e e n t r e t e j i e n d o e n l a ex-
p o s i c i ó n a c o t a c i o n e s p s i c o a n a l í t i c a s a p o r t a d a s úni-
c a m e n t e p a r a señalar l a d i f e r e n c i a de p e r s p e c t i v a
puesta en juego p o r cada disciplina para trabajar
la m i s m a m a t e r i a discursiva.
A h o r a bien, al a b o r d a r la problemática de la
enunciación y d e f i n i r l a c o m o " e l acto individual
de apropiación de l a l e n g u a q u e i n t r o d u c e a l q u e
h a b l a e n s u habla",®^ n o s v e m o s y a i n t r o d u c i d o s
en lo que hemos caracterizado a l c o m e n z a r este
a p a r t a d o c o m o la t e r c e r a m o d a l i d a d de aparición
de l a cuestión d e l s u j e t o e n el t e r r e n o de l a lin-
güística: l a q u e d e r i v a de l a distinción saussuria-
n a e n t r e lengua y h a b l a . E n c u a n t o a l a definición
recién c i t a d a de "enunciación" p o d e m o s pregun-
t a r n o s , c o m o p s i c o a n a l i s t a s , q u é es e s t o d e l a a p r o -
piación i n d i v i d u a l s i r e c o r d a m o s l a crítica h e c h a
en el a p a r t a d o s o b r e el s u j e t o e n el psicoanálisis
a la noción de " i n d i v i d u o " . ¿Apropiación de quién?
s i es q u e e^ e m i s o r r e c i b e d e l r e c e p t o r s u p r o p i o
m e n s a j e eñ f o r i f i a i n v e r t i d a y s i l a p a l a b r a s u r g e
desde el O t r o , estando el h a b l a n t e c o g i d o e n las
r e d e s d e l s i g n i f i c a n t e y d e ese d e s e o a j e n o .
La lengua era definida por Ferdinand de Saus-
Émile Benveniste, op, cit,, p . 85.

£L SUJETO EN E L PSICOANÁLISIS 137
sure c o m o el tesoro de los signos socialmente
compartidos p o r u n a comunidad, c o m o u n a tota-
l i d a d e n sí y c o m o u n p r i n c i p i o d e c l a s i f i c a c i ó n ,
como u n sistema de diferencias entre los signos
que s o n s i e m p r e ajenos e n c i e r t a m e d i d a a la vo-
l u n t a d i n d i v i d u a l y s o c i a l ; y en esto está su carác-
ter esencial, a u n q u e sea e l m e n o s evidente. El
habla, e n c a m b i o , e r a definida c o m o u n "acto i n -
dividual de v o l u n t a d e inteligencia". E l sujeto en
lingüística a p a r e c e , p u e s , s i g u i e n d o ésta, n u e s t r a
tercera aproximacrón, c o m o la c o n t r a p a r t i d a indi-
vidual y psicológica de u n a e s t r u c t u r a social y ob-
jetiva. E l h a b l a a p a r e c e c o i h o l a acción q u e rea-
liza u n s u j e t o i n t e n c i o n a l m a n e j a n d o los e l e m e n t o s
fonológicos, sintácticos y semánticos o f r e c i d o s p o r
el s i s t e m a i m p e r s o n a l d e l a l e n g u a .
Esta noción de h a b l a r e m i t e a u n sujeto al que
Saussure hizo c u a n t o p u d o p o r excluir de la lin-
güística — l u e g o d e s e f i a l a r s u p r e s e n c i a — , r e m i -
tiéndolo a u n a psicología q u e p u d i e r a (¿en sus
expectativas t a n i l u s i o n a d a s c o m o las n u e s t r a s a l
a c e r c a r n o s a l a lingüística?) d a r c u e n t a d e él. P e r o
el s u j e t o e x c l u i d o r e t o r n a i n e l u c t a b l e m e n t e e n l a
p r o b l e m á t i c a d e l a enunciación, y n o s ó l o allí.
Nos p r e g u n t a m o s si a l d e s t e r r a r a l s u j e t o Saus-
sure n o estaba m a r c a n d o límites necesarios para
que l a lingüística c o m o d i s c i p l i n a autónoma p u e d a
existir. L a lingüística p r o p o n e a l a l e n g u a como
su o b j e t o d e e s t u d i o y c r e a así s u s p r o p i o s l í m i t e s .
L á p o s i c i ó n d e l s u j e t o r e s p e c t o d e l a l e n g u a es
excéntrica; él a p a r e c e c o m o s u o p e r a d o r , i m p r e s -
cindible presuposición de u n sujeto h a b l a n t e p a r a
que la lengua pueda existir y encarnarse, abrien-
do l a p o s i b i l i d a d de respuestas a l t e r n a n t e s a la
p r e g u n t a d e s i usará él l a l e n g u a o s i será u s a d o
por ella. Saussurre i n t e n t a e x c l u i r l o : ¿habrá en
ello, quizás, e l c u m p l i m i e n t o de u n a condición q u e
es f u n d a n t e d e l a p o s i b i l i d a d d e u n s a b e r l i n g ü í s -
tico? ¿ Y será e l r e t o r n o de los p r o b l e m a s d e l h a b l a
66 F e r d i n a n d d e S a u s s u r e , Curso de lingüística general,
B u e n o s A i r e s , L o s a d a , 1945, p p . 49 ss.
y d e l a enunciación u n m o d o d e m a n i f e s t a r la
a p o r í a e n q u e se e n c i e r r a l a Mngüística a l i n s t a u r a r
e s e c o r t e e n s u c a m p o ? ^" L o s p r o p ó s i t o s d e F e r d i -
n a n d de Saussure de e x c l u i r a l sujeto, c o n el cierre
d e l c a m i n o a u n a lingüística d e l l i a b l a , r e s u l t a b a n
insuficientes d e n t r o de s u sistema p o r q u e el proble-
m a q u e d a b a a d e n t r o e n l a definición m i s m a d e l con-
c e p t o f u n d a n t e d e l a d i s c i p l i n a : e l s i g n o . Así sucedía
p o r e s t a r éste c o n s t i t u i d o c o m o u n a m o n e d a d e do-
ble faz: u n a , e l significado, y o t r a , el significante.
Pero c o m o para de Saussure a m b o s e r a n de natura-
leza psicológica y dependían p a r a u n a correcta
caracterización teórica d e l d e s a r r o l l o de la psico-
l o g í a g e n e r a l , se d e j a b a a b i e r t o e l p r o b l e m a d e las
s i g n i f i c a c i o n e s sociales e i n d i v i d u a l e s , e l c a m p o de
l a s e m á n t i c a , p o r d o n d e ese s u j e t o t a n c u i d a d o s a -
m e n t e desterrado volvía a hacer irrupción. Es decir
q u e l a lingüística p r e s u p o n e s i e m p r e , explícita o
irrjplícitamente, a u n s u j e t o p a r a p o d e r e x i s t i r .
L a l i n g ü í s t i c a d e C h o m s k y se p r o p o n e c o m o u n a
solución a los a t o l l a d e r o s en q u e d e s e m b o c a n los
i n t e n t o s de f o r m u l a r u n a lingüística d e l h a b l a y
se o r i e n t a h a c i a u n a f o r m a l i z a c i ó n q u e , s u p e r a n d o
el campo d e s c r i p t i v o , se d a l a m e t a d e ofrecer
aproximaciones explicativas.
Se p r o p o n e n n u e v o s enfrentamientos dicotómi-
c o s , pas de deux f i l o s ó f i c o s q u e se r e p i t e n c o n
diferentes figuras en u n laberinto comparable a
los q u e describe Borges, q u e quizá n o tenga salida
p o r q u e el h i l o de A r i a d n a h a sido r e m p l a z a d o p o r
u n a cinta de M o e b i u s en la que el adentro y el
a f u e r a se continúan e n u n a sucesión i n f i n i t a .
E n c o n t r a m o s e n los e s q u e m a s de C h o m s k y las
e s t r u c t u r a s superficiales y las e s t r u c t u r a s p r o f u n -
das relacionadas p o r las reglas de la generatividad.
L a c r e a t i v i d a d i n f i n i t a e s p r o p i e d a d <íle l a l e n g u a ,
n o d e l sujeto. E n ei c a m p o específico de l a u t i l i -
A l g u i e n d i j o q u e l a O N U e r a u n a institución i m p o -
sible p o r q u e s i n el derecho de v e t o de las grandes
p o t e n c i a s n o p o d í a e x i s t i r y c o n él n o p o d í a f u n c i o n a r .
P u e d e q u e sea ése e l p r o b l e m a d e lá lingüística c o n e l
sujeto.
^ SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 139
zación, d e l u s o , d e l a l e n g u a se v e a p a r e c e r u n a
nueva pareja: l a de l a competencia y l a de l a per-
formance, que n o son superponibles estrictamente
c o n las categorías d e F e r d i n a n d de Saussure de
lengua y habla.
¿ D ó n d e se u b i c a a q u í e l s u j e t o y c u á l e s s o n s u s
características?
A q u í e l s i s t e m a se e n c u e n t r a c e n t r a d o e n l a
"intuición lingüística d e l l o c u t o r " . L o s estudios
t r a n s f o r m a c i o n e s , , l o ^ de l a lingüística c h o m s k y a -
na, r e t o m a n las reflexiones de los gramáticos d e l
siglo X V I I / d e l a escuela c a r t e s i a n a f r a n c e s a de P o r t -
Royal- Ellos y a destacaban los aspectos creativos
de l a l e n g u a e n oposición a l o s i n t e n t o s d e e x p l i -
cación m e c a n i c i s t a y b i o l o g i s t a , y a p u n t a b a n a l a s
diferencias esenciales e n t r e los lenguajes h u m a n o s
y a n i m a l e s s i g u i e n d o líneas e m p a r e n t a d a s c o n e l
racionalismo cartesiano. "Partiendo de la presunta
i m p o s i b i l i d a d de u n a explicación m e c a n i c i s t a p a r a
el a s p e c t o c r e a d o r d e l u s o n o r m a l d e l lenguaje, con-
c l u y e D e s c a r t e s q u e , a d e m á s d e l c u e r p o , es n e c e -
sario atribuir l a mente, sustancia cuya existencia
es e l p e n s a m i e n t o , a o t r o s h u m a n o s . " ®®
E l c o n t e x t o e n e l q u e se u b i c a l a p o l é m i c a d e l o s
gramáticos de Port-Royal n o difiere e n m u c h o de
aq]uél a l q u e C h o m s k y s e e n f r e n t a e n s u p r o p i o
c o n t e x t o , q u e es e l d e l m e c a n i c i s m o y b i o l o g i s m o
de l a psicología-- c o n d u c t i s t a n o r t e a m e r i c a n a a b -
solutamente descartada en el contexto teórico e n
que nosotros nos estamos moviendo.
P o r q u e e l s u j e t o de l a lingüística de C h o m s k y
es e l d e l a " i n t u i c i ó n d e l h a h l a n t e " . N o t a m o s a q u í
la reproducción especular de las alternativas q u e
antes habíamos señalado e n el c a m p o de l a filo-
sofía, d o n d e a l o s d e s a r r o l l o s e m p i r i s t a s se o p o n í a n
sistemas idealistas. A l a mecánica c o n d u c t i s t a de
W a t s o n ¿ l o ú n i c o q u e q u e d a p o r o p o n e r l e es e l
m e n t a l i s m o de Descartes?
E n C h o m s k y l a i n t u i c i ó n d e l h a b l a n t e es u n a
función i n n a t a y general de los seres h u m a n o s más
«8 N o a m C h o m s k y , Lingüística cartesiana, Madrid,
C r e d o s , 1972, p . 2 1 .
140 HACIA UNA TEORfA DEE SUJETO
a l l á ele s u s d i f e r e n c i a s particulares. ^Las reglas

de transformación v a n de las e s t r u c t u r a s p r o f u n -
das a las s u p e r f i c i a l e s , d e las e s t r u c t u r a s semánti-
cas a las e s t r u c t u r a s fonéticas. S o n s o l i d a r i a s de
u n a p s i c o l o g í a m c n t a l i s t a , l a d e l cogito cartesiano:
el p e n s a m i e n t o c o m o e v i d e n c i a p r i m e r a d e l a exis-
tencia. ¿Será necesario r e c o r d a r aquí la "Subver-
s i ó n d e l s u j e t o " , d o n d e L a c a n n o s e n s e ñ a a des-
c e n t r a r n o s de las i l u s i o n e s c o n s t i t u t i v a s d e l su-
Ícto> p r i m e r a s e v i d e n c i a s , q u e s ó l o s o n p r i m e r a s
en su o r d e n de aparición en la conciencia, y que
sin embargo son segundas (proceso secundario)
p o r q u e se m a n i f i e s t a n e n u n t i e m p o l ó g i c o p o s t e -
r i o r a la represión p r i m a r i a , de q u e toda concien-
c i a es e l p r o d u c t o , y a q u e n o l a p r o d u c t o r a ?
E n lo q u e llevamos reseñado p o d e m o s r e s u m i r
los a t o l l a d e r o s q u e la ubicación d e l s u j e t o p l a n t e a
a la lingüística de l a s i g u i e n t e m a n e r a :
a\n d e S a u s s u r e l a e x c l u s i ó n d e l s u j e t o i m p l i c a
u n a p o s t e r g a c i ó n d e l a c i e n t i f i c i d a d de l a lingüís-
t i c a e n t a n t o q u e está l i m i t a d a a l a l e n g u a y u n i -
ficada p o r el concepto de signo. Esa c i e n t i f i c i d a d
q u e d a c o n d i c i o n a d a a l a inclusión de l a lingüística
e n u n a c i e n c i a d e l o s s i g n o s por construirse: l a se-
mántica. Q u e d a pues, r e m i t i d a a l f u t u r o .
/?] E n C h o m s k y , l a f a c u l t a d d e l a l e n g u a sólo
puede ser c o m p r e n d i d a en..relación c o n u n a psi-
cología, psicología q u e sólo p u e d e ser m e n t a l i s t a
en tanto ligada al conocimiento (conocimiento
c o n c i e n c i a l i s t a q u e es d e s c o n o c i m i e n t o d e s u s c o n -
d i c i o n e s d e c o n s t i t u c i ó n ) ; y a u n q u e se h a b l e d e l
carácter inconsciente d e l m a n e j o de las e s t r u c t u r a s
p r o f u n d a s , de q u e el sujeto puede decir infinitas
cosas a p a r t i r de u n número f i n i t o de elementos
y reglas de composición, n o nos debemos dejar
c o n f u n d i r p o r l o s t é r m i n o s . A h í se r e f i e r e C h o m s k y
a u n "inconsciente" descriptivo asimilable en todo
a los p l a n t e o s p r e f r e u d i a n o s . E s t a alusión a l " i n -
consciente" debe ser entendida c o m o u r i a r g u m e n -
to antiempirista: en la performance lingüística
f u n c i o n a n p r i n c i p i o s y reglas de la generatividad
que no son aprendibles, que son "inconscientes";
e m b a r g o ellas s o n p a r a C h o m s k y las que hacen
^sible cualquier aprendizaje. " A l atribuir tales
. p r i n c i p i o s a l a m e n t e c o m o p r o p i e d a d i n n a t a , es
ip^tsáble e x p l i c a r e l h e c h o c l a r í s i m o d e q u e q u i e n
^j^bla u n a l e n g u a sabe m u c h o más de lo q u e h a
aprendido."
M E s a q u í d o n d e se d a l o q u e a p u n t á b a m o s a l co-
mienzo d e l capítulo sobre n u e s t r a decepción fren-
426 a l o q u e l a l i n g ü í s t i c a o f r e c e p a r a e n f r e n t a r e l
t e r n a d e l s u j e t o : a] l o s e ñ a l a ; b] l o e x c l u y e ; c ] l o
r e m i t e a l a p s i c o l o g í a d e l cogito, de las evidencias
primeras.
P e r o es é s t e t a m b i é n e l p u n t o d o n d e l a i n c i d e n -
cia de los d e s a r r o l l o s d e l psicoanálisis y d e l mate-
rialismo histórico p u e d e n ser de u t i l i d a d para
r e u b i c a r l a p r o b l e m á t i c a d e l s u j e t o e n l a lingüís-
tica.
Comencemos p o r señalar a l g u n a s de las conver-
gencias e n l o s s e n d e r o s r e c o r r i d o s p o r e l psicoaná-
lisis, e l m a t e r i a l i s m o histórico y l a lingüística e n
l a h i s t o r i a , d e s d e s u s o r í g e n e s h a s t a e l p l a n t e o ac-
tual de l a cuestión d e l sujeto.
E l p s i c o a n á l i s i s se f u n d a y se c o n s t i t u y e d e s c e n -
trándose de l a e v i d e n c i a de l a c o n c i e n c i a en los
puntos de irrupción d o n d e la conciencia, al fallar,
p l a n t e a p r o b l e m a s : síntomas, lapsus, sueño; y e n
u n m i s m o m o v i m i e n t o p r o m u e v e l a n e c e s i d a d teó-
r i c a d e l c o n c e p t o d e i n c o n s c i e n t e a l a v e z q u é se-
ñala e l e s c o t o m a , e l p u n t o c i e g o , l o e x c l u i d o , e l
a g u j e r o s o b r e e l c u a l se s o p o r t a b a l a e v i d e n c i a d e
l a c o n c i e n c i a . É s t a a p a r e c í a c o m o c a u s a d e sí a
c o s t a d e i g n o r a r q u e sus d e t e r m i n a c i o n e s le e r a n
externas y q u e l o q u e aparecía c o m o d a t o p r i m e r o
era u n efecto s e c u n d a r i o de la represión, la que,
al i n s t a u r a r l a diferencia, el corte, el límite entre
los s i s t e m a s , p r o m o v í a a l a e x i s t e n c i a a l a c o n
ciencia.
E n e l c a s o d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o , e l des-
c e n t r a m i e n t o d e l a s i d e o l o g í a s " e s p o n t á n e a s " es
condición y r e q u i s i t o p a r a pensar los m o d o s de
69 N o a m C h o m s k y , op. cit., p . 125.
producción y la determinación en última instancia

p o r l o económico de las representaciones q u e los
s u j e t o s se d a n d e s u s c o n d i c i o n e s d e e x i s t e n c i a
( i d e o l o g í a ) . Y á p a r t i r d e allí l a conceptualización
de los aparatos ideológicos d e l estado e n cuanto
l u g a r e s q u e e n e l t o d o d e l a e s t r u c t u r a s o c i a l están
encargados de la producción-reproducción, tanto
d e ía i d e o l o g í a c o m o d e l o s s u j e t o s q u e i r á n a o c u -
p a r s u l u g a r p r e f i g u r a d o e n ese t o d o . Y q u e estos
A I E llegan a ser, en t a n t o q u e escenarios de l a l u c h a
de clases, l u g a r e s también d e transformación y n o
sólo de producción-reproducción de las relaciones
de producción.
¿ Y e n l a lingüística? C a b e aquí l a p r e g u n t a acer-
c a d e cuál es e l e l e m e n t o e x c l u i d o , o b t u r a d o p o r
l a lingüística, y q u é r e l a c i ó n — s i es q u e e x i s t e t a l
e l e m e n t o y s i es q u e g u a r d a a l g u n a relación—
t i e n e c o n esas o t r a s d o s c i e n c i a s , c u y a v e c i n d a d t o -
pológica insinúa s i n o l a superposición de l o s p r o -
blemas p o r l o menos la incidencia de los desarrollos
de u n a s e n las otras.
P o r eso n o q u e r e m o s d e j a r de c i t a r , a l p r o m e -
d i a r esta s o m e r a incursión p o r el c a m p o de la
lingüística, q u e , i n s i s t i m o s , n o s es a j e n o , a l o s a p o r -
tes de lingüistas o ex lingüistas c o m p r o m e t i d o s c o n
l a e x p e r i e n c i a psicoanalítica o c o n e l m a r x i s m o .
C o n v o c a r e m o s p a r a e l l o a J . A . M i l l e r , J . C. M i l n e r
y J . Kristeva.
R e s u m i r e m o s de sus respectivas o b r a s los p u n -
tos q u e nos parecen relevantes en l o q u e nos pre-
ocupa, a saber: situación d e l s u j e t o e n l a l i n -
güística, p u n t o s de t r o p i e z o e n l a lingüística t o d a s
las veces q u e el p r o b l e m a d e l suj e t o hace emer-
gencia en su campo, y finalmente la pregunta
acerca de s i esos t r o p i e z o s n o s o n l a c o n s e c u e n c i a
de alguna aporía f u n d a n t e d e l t e r r i t o r i o m i s m o de
l a lingüística c o m o d i s c i p l i n a autónoma.
J a c q u e s - A l a i n M i l l e r , e n Théorie de lalangue,^^ re-
visa los planteos que, de Leibniz a Frege, ponen
Jacques-Alain M i l l e r , "Théorie de l a l a n g u e (rudi-
m e n t s ) " , e n Ornicar, n ú m . 1, 1975. p p . 16-34.
EL SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 143
en evidencia los problemas de "imperfección" de

las l l a m a d a s l e n g u a s n a t u r a l e s , a l i m e n t a n d o e l l o s l a
esperanza de c o n s t r u i r u n a l e n g u a s i n ambigüe-
dades, s i n equívocos, s i n p o l i s e m i a . E s t e suefio de
u n a l e n g u a a r t i f i c i a l se b a s a e n u n a e x i g e n c i a p r e -
via e x t e m a a l a lingüística y a las lenguas m i s m a s
en el sentido de que llegue a disolverse la distin-
ción e x i s t e n t e e n t r e g r a m á t i c a y lógica.
Se t r a t a de c e r r a r l a p o s i b i l i d a d s i q u i e r a d e q u e
el s i n s e n t i d o f u e r a forrriüláble, p a r a q u e e l d e c i r
que n o c u a d r a a la razón n o tenga n i derecho a
la existencia. ¿ N o e n c o n t r a m o s aquí u n a p r e t e n -
sión s e m e j a n t e a l a d e l a c o n c i e n c i a q u e q u i s i e r a
b o r r a r sus " i m p e r f e c c i o n e s " a n u l a n d o los olvidos,
desterrando los lapsus, prohibiendo quizá los
sueños ?
H e aquí d o n d e l a revolución f r e u d i a n a deja t a m -
bién s u m a r c a , d a d o e l a b o r d a j e e j e m p l a r q u e h a c e
de estos h e c h o s d e l e n g u a j e , y c u y o s e n t i d o h a
sido insistentemente destacado p o r Lacan. " D e c i r
m á s d e l o q u e se s a b e , n o s a b e r l o q u e s e d i c e ,
d e c i r o t r a c o s a q u e e s a q u e se d i c e , h a b l a r p a r a
no decir nada, n o s o n en el c a m p o freudiano los
d e f e c t o s de l a lengua, q u e j u s t i f i q u e n la creación
d e l e n g u a s f o r m a l e s . S o n propiedades ineíiminables
y positivas d e l a c t o d e h a b l a r . Psicoanálisis y ló-
gica^ l a u n a s e f u n d a e n l o q u e l a o t r a e l i m i n a . . .
más aún: e l análisis desencadena l a que la lógica
domestica."
C u e s t i o n a r esta pretensión de i d e n t i d a d entre la
lengua y l a lógica, t r a b a j a r l a p o s i t i v i d a d de la
imperfección, destacarla e n l u g a r de descartarla
ha sido el privilegio de l a p r o d u c t i v i d a d psicoana-
lítica; s u r i q u e z a r a d i c a e n l o q u e l a lógica r e p e l e .
Construir u n lenguaje sin ambigüedad n i poli-
semia: p a r a d o j a y espejismos de l a razón. H o y e n
día se c o n s i g u i ó y a c r e a r a l g u n o s l e n g u a j e s arti-
ficiales . . . p a r a e n c o n t r a r q u e ellos n o p u e d e n
ser h a b l a d o s p o r n a d i e , q u e n o t i e n e n l o c u t o r po-
sible, q u e sólo p u e d e n existir c o m o escrituras. Q u e
'^^ Ibid,, p p . 23-24 ( l a s c u r s i v a s s o n n u e s t r a s ) .
l o f u n d a n t e de los lenguajes efectivamente habla-

d o s es p r e c i s a m e n t e q u e c o n e l l o s se p u e d e h a b l a r
p a r a n o decir n a d a o p a r a d e c i r m u c h o más y
o t r a cosa que lo q u e el h a b l a n t e p r e t e n d e decir
a l " u s a r " l a p a l a b r a . Q u e está e n l a condición,
triste si n o fuese u n i v e r s a l , de ser s i e m p r e usado
p o r ella, de ser s u efecto.
E l eje q u e o r i e n t a las p r e t e n s i o n e s logicoforma-
l i s t a s e n e l c a m p o d e l l e n g u a j e e n s u d e s e o de
c o n s t i t u i r u n l e n g u a j e p e r f e c t o , u n e s p e r a n t o nó
a m b i g u o , es l a i d e a d e q u e e x i s t e , y a d a d o , u n
u n i v e r s o d e l o d e c i b l e y q u e e l d e s a f í o a l q u e se
e n f r e n t a e l l ó g i c o es e l d e e n c o n t r a r e l i n s t r u -
m e n t o i d ó n e o p a r a d e c i r ese d e c i b l e y a e s t r u c t u -
r a d o : " H e aquí p u e s l o q u e s u p o n e l a n o c i ó n de
u n i v e r s o d e d i s c u r s o : q u e e x i s t e e l c o n j u n t o de
l o s o b j e t o s d e l d i s c u r s o , q u e e s t e c o n j u n t o está
unificado, t o t a l i z a d o , y q u e e l d e c i r es r a z o n a -
m i e n t o , incluso cálculo."
Q u e d a claro, pues, de dónde p r o v i e n e la pre-
t e n s i ó n l o g i c i s t a , y c u á l es e l m e c a n i s m o d e l a
operación p o r la c u a l esta pretensión, a l estable-
cerse, e n t r a a f u n c i o n a r c o m o exigencia de igual-
d a d , c o n l o q u e se p a s a a b u s c a r e s t a i g u a l d a d e n
l a l e n g u a y a r e p u d i a r t o d o l o q u e e n e l l a n o se
pliega a la i g u a l d a d b u s c a d a : la i g u a l d a d d e l fun-
c i o n a m i e n t o de l a l e n g u a c o n l a lógica.
De esta m a n e r a también las o p e r a c i o n e s d e l len-
g u a j e se u n i f i c a n b a j o l a r ú b r i c a d e l a c l a s i f i c a -
c i ó n . É s t e es e l e j e v e c t o r q u e o r d e n a l o s i n t e n t o s
de C h o m s k y de f o r m a l i z a r las l e n g u a s n a t u r a l e s ,
p e r o q u e c h o c a s i e m p r e c o n el h e c h o de q u e exis-
te e n l a l e n g u a u n p l u s , u n resto, u n r e a l rebelde
a la formalización. Este resto c o n el q u e choca
o b l i g a , én l o s i n t e n t o s t r a n s f o r m a c i o n a l e s , a m u l -
t i p l i c a r h a s t a el i n f i n i t o l a i n c o r p o r a c i ó n d e nue-
vas reglas de g e n e r a t i v i d a d . " ' '
íhid., p. 24.
" ' P o d r í a a p l i c a r s e a e s t a situación l a d i v e r t i d a anéc-
d o t a , q u e r e l a t a K u h n , de lo q u e pasó a n t e s de l a revo-
lución c o p e r n i c a n a c o n c l s i s t e m a d e P t o l o m c o , q u e
r e q u e r í a t a n t a s r e c t i f i c a c i o n e s q u e l a s d i s c r e p a n c i a s co-
^ SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 145
Es pues pensable q u e este tope infranqueable

e^n q u e t r o p i e z a l a f o r m a l i z a c i ó n s e d e b a a q u e
en l a l e n g u a n o h a y r é p l i c a d e l d e c i r , q u e l a r e -
l ^ t i c i ó n es s i e m p r e C E u n b i o , s i e m p r e u n d e c i r n u e -
^p, u n d e c i r d i f e r e n t e . P o r e s o s i l a i d e a d e u n i -
v^rso de discurso reduce la lengua a las operacio-
nes c l a s i f i c a t o r i a s , t o d a c l a s i f i c a c i ó n s e b a s a e n la^
aiiulación d e l a s d i f e r e n c i a s , e n l a c o n s e r v a c i ó n
ele l o i d é n t i c o , e n l a u n i c i d a d d e l o e e l e m e n t o s c o -
rtespondientes.
P o r q u e s i " e n l a lengua sólo h a y diferencias",
c o m o e n s e ñ ó d e S a u s s u r e , e l c o n t r a s e n t i d o se e n -
cuentra reinando en el i n t e r i o r d e l f o r m a l i s m o
coTnó c o n s e c u e n c i a d e s u p u n t o d e p a r t i d a q u e p r e -
tende a n u l a r las diferencias p a r a p o d e r clasificar.
Al a n u l a r d i f e r e n c i a s , ¿ n o se a n u l a t a m b i é n l a
l e n g u a ? L a d i f e r e n c i a , l a n o r e p e t i c i ó n , es l o q u e
hace q u e c u a l q u i e r p a l a b r a p u e d a q u e r e r decir
algo y también o t r a cosa, p o r q u e s i l a polisemia'^*
es e l c a r á c t e r u n i v e r s a l d e l a s l e n g u a s , n o h a y i m i -
vocidad. P o r n o h a b e r univocidad! semántica, y por-
que los significantes r e m i t e n a otros significantes,
n o h a y p o s i b i l i d a d d e d e f i n i r un s i g n i f i c a n t e ; h a -
c e n f a l t a p o r l o m e n o s d o s , q u e se p l a n t e e n e n
su d i f e r e n c i a , y ^por e l l o c u a l q u i e r d i f e r e n c i a i m -
plica la totalidad del sistema. Cada signo remite
a l s i s t e m a d e l o s s i g n o s , q u e es er q u e l e d a s e n -
t i d o . lÉsta e s t a m b i é n l a r a z ó n p o r l a q u e l a l i n -
güística se e n c u e n t r a c o n e l h a b l a n t e y c o n l o s
usos cada vez qué i n t e n t a p e n s a r la semántica.
E s t e m e c a n i s m o de supresión de las diferencias,
dé anulación d e l o h e t e r ó n o m o , está e n e l c o n -
r r e g i d a s e n u n p u n t o tendían a a p a r e c e r e n e l o t r o , l o
que permitió q u e e n el siglo x i i i A l f o n s o X p u d i e r a
decir que si Dios lo h u b i e r a consultado a l crear e l U n i -
v e r s o , h u b i e r a r e c i b i d o d e él u n b u e n c o n s e j o . ( T h o m a s
K u h n , L,a estructura de las revoluciones científicas,
M é x i c o , F C E , 1971, p . 11.)
E s l o q u e O. M a n n o n i d e s a r r o l l a b a j o e l c o n c e p t o
d e " p o l i s e m i a u n i v e r s a l " ; v é a s e d e e s t e autca:" " L a e l i p s e
y l a b a r r a " , e n La otra escena-Claves de lo imaginario,
B u e n o s A i r e s , A m o r r u r t u , 1973, p p . 28-58.
c e p t o m i s m o d e l e n g u a y e n l a r e l a c i ó n d e encas-
t r a m i e n t o de la serle: liabla, lengua, lenguaje;
c o m o l o s e ñ a l a M i l n e r e n L,'amour de la langue,'^^
c u a n d o n o s d i c e q u e esas r e a l i d a d e s q u e desig-
n a m o s l e n g u a s suporten las propiedades definito-
r i a s comunes a todos los elementos que reciben
e l n o m b r e d e l e n g u a . Se t r a t a o t r a vez de l a exi-
g e n c i a de i d e n t i d a d e n l a función c l a s i f i c a t o r i a , de
la necesidad de isotopía a b s o l u t a en q u e l a lengua
se f u n d a parai c o n s t i t u i r u n a c l a s e o u n a serie, y
que si n o la c u m p l e corre el riesgo de desaparecer,
M i l n e r continúa señalando q u e c u a n d o a esas pro-
piedades definitorias comunes de las lenguas se
l e s c o n f i e r e e x i s t e n c i a a u t ó n o m a s e o b t i e n e el len-
guaje,
" U n a lengua, c o m o o b j e t o posible de u n a pro-
posición v a l i d a b l e p a r a t o d o s , y e n m a y o r razón
de l a m á s m í n i m a e s c r i t u r a científica, r e c l a m a ser
s i e m p r e d i s t i n g u i b l e d e l o q u e n o es u n a l e n g u a ,
s i e m p r e d i s t i n g u i b l e d e o t r a l e n g u a , s i e m p r e idén-
t i c a a sí m i s m a , s i e m p r e i n s c r i b i b l e e n l a e s f e r a
de l a u n i v o c i d a d y s i e m p r e isótopa. E n u n a pala-
b r a , d e b e s e r Una,*' ^®
E s t o q u i e r e d e c i r q u e l a l e n g u a , p a r a p o d e r ser
p e n s a d a — y es l a r e s t r i c c i ó n c o n l a q u e l o s l i n -
güistas h a n c h o c a d o — , t i e n e q u e r e s p o n d e r a la
d e m a n d a d e q u e n o s e a e q u í v o c a . ¿ P e r o c u á l es
el f u n d a m e n t o de l a d e m a n d a sino l a pretensión
logicista, o t a l vez la inadecuación metodoló-
gica p a r a u n a b o r da j e diferente ? Porque frente
a esta exigencia de u n i c i d a d l o real de la lengua
resiste, t o d a alocución conserva la dimensión de lo
n o idéntico. Ser ella m i s m a y estar a b i e r t a a la
v e z a d i f e r e n t e s s e n t i d o s , es l o p r o p i o d e t o d a a l o -
cución, atravesada s i e m p r e p o r el equívoco, p o r el
sentido otro, p o r el sentido del Otro.
Esto que venimos exponiendo: la exigencia de
isotopía, el r e q u i s i t o m e t o d o l ó g i c o q u e constriñe
• J . C. M i l n e r , L'amour de la langue, París, Seuil,
1978.
Ibid., p . 20.
glÛJETO E N E L PSICOANÁLISIS 147
a^la l i n g ü í s t i c a a d e s c a r t a r l a p o l i s e m i a y e l s o b r e -
^ááamiento c o n s t a n t e d e e s t e l í m i t e q u e se m a n i -
fiesta e n e l d e c i r es l a r a z ó n y l a n e c e s i d a d d e u n
ifiievo c o n c e p t o f o r j a d o p o r L a c a n y q u e t a n t o M i -
llar c o m o M i l n e r iíitentan t e o r i z a r : e l c o n c e p t o d e
lalangue. P o r q u e este r e a l q u e insiste, y q u e t a n t o
los l i n g ü i s t a s c o m o l o s g r a m á t i c o s i n t e n t a n n e g a r ,
está s e ñ a l a d o e n s u s p r o p i a s t e o r í a s p o r u n a a u -
s e n c i a , p o r u n a c a r e n c i a , q u e e s la falta de una
designación univoca para el equívoco, constituyen-
te i n f a l t a b l e d e t o d o e n u n c i a d o . '
"Lalangue es l o q u e b a c e q u e u n a l e n g u a n o sea
comparable a ninguna otra, en tanto que n o tiene
otra, e n t a n t o también q u e eso q u e l a hace i n -
comparable n o podría decirse."
Lalangue es s i e m p r e ú n i c a y s i n g u l a r ; e n t o d a
l e n g u a e l r e g i s t r o d e lalangue es e l q u e l a a b r e
al e q u í v o c o y es e l psicoanálisis e l q u e o f r e c e e l
método d e s u a b o r d a j e e n l a suspensión de t o d o
sentido, desestratificando incesantemente, c o n f u n -
diendo sistemáticamente el s o n i d o y el s e n t i d o
p a r a q u e se p r o d u z c a n o t r o s " e f e c t o s d e s e n t i d o " ,
siempre nuevos.
E l m o t o r d e lalangue es l a h o m o f o n í a . Lalangue
está h e c h a d e l a m i s m a m a t e r i a l i d a d q u e l a l e n -
gua, l a d e l o s s o n i d o s , y e l t é r m i n o e l e g i d o p a r a
d e s i g n a r l a es é l m i s m o e q u í v o c o , d e s c o m p o s i c i ó n
f ó n i c a , r e p e t i c i ó n , i n c l u s o a l b u r , Witz-
M i l n e r o r d e n a l a serie: lengua, habla, lenguaje,
y se p r e g u n t a p o r l a l ó g i c a q u e o r d e n a e s t a s e r i e .
Él n o s r e c u e r d a q u e e n c u a l q u i e r s e r i e l a lógica
que las o r d e n a p r o v i e n e n o de los términos seria-
dos d e l a sucesión s i n o d e l t é r m i n o e x o r b i t a n t e ,
del t é r m i n o e x c l u i d o , d e l t é r m i n o de l a d i f e r e n c i a ,
del término que, p o r n o pertenecer a l a serie, l a
organiza. E n este caso e l término q u e q u e d a e n t a l
p o s i c i ó n d e e x c e n t r i c i d a d e s e l d e lalangue, al que
la s e r i e se a p l i c a i n s i s t e n t e m e n t e e n o b l i t e r a r , e n
excluir (para seguir con u n ejemplo ya dado en
la p r i m e r a p a r t e d e este a p a r t a d o p o d r í a m o s d e c i r
^7 Ibid., p . 22.
148 H A C I A U N A T E O R Í A D E L SUJETQ ^
q u e l a clase d e l o s a m e r i c a n o s , c o n l a s subseries
q u e l a i n t e g r a n , c o m o p u e d e n s e r : m e x i c a n o , oaxa-
queño, etc., a d q u i e r e n s u s e n t i d o de l a clase externa
d e l t é r m i n o e x o r b i t a n t e q u e l e s q u e d a e x c l u i d o , es
d e c i r de l o n o a m e r i c a n o ) ; y el término excluido
q u e d a s e n t i d o a l a s e r i e sería lalangue.
. .] e l h e c h o d e l e n g u a c o n s i s t e e n q u e e n /a-
langue h a y a a l g o d e i m p o s i b l e : i m p o s i b l e de decir
i m p o s i b l e de n o decir de u n a cierta m a n e r a . "
C o n e s t a a p r o x i m a c i ó n a lalangue q u e n o s da
M i l n e r , l o i m p o s i b l e d e d e c i r p e r o q u e es t a m b i é n
i m p o s i b l e d e n o d e c i r , e s o q u e se e s c a p a y c i r c u l a
en el d i s c u r s o c o r r e s p o n d e a l a irrupción del in-
consciente, hecho de m a t e r i a fónica, circulando
l i b r e m e n t e e n el d i s c u r s o , f a l t a n d o a l a disposi-
c i ó n d e l h a b l a n t e y q u e , s i n e m b a r g o , (eso) habla,
y habla siempre.
L a c a n n o s dice q u e h a y más cosas e n lalangue
q u e l a s q u e l a l e n g u a s a b e . Lalangue es entonces,
y p a r a c e r n i r m á s d e c e r c a e l c o n c e p t o q u e aquí
se n o s p r o p o n e , e l t é r m i n o p o r e l q u e e n u n único
m o v i m i e n t o h a y l e n g u a (o seres h a b l a n t e s ) y hay
inconsciente.
L a c o n s e c u e n c i a d e e s t a l ó g i c a , q u e n o es a u s e n -
c i a d e l ó g i c a s i n o e l c e n t r a m i e n t o e n u n a lógica
d i f e r e n t e , es q u e e l l e n g u a j e es s e c u n d a r i o c o n
r e l a c i ó n a lalangue, y q u e e l lenguaje recibe su
m a r c a de lo que lo diferencia de lalangue.
Porque si recordamos el requisito de Unicidad
de las lenguas q u e era el r e q u i s i t o logicoforma-
lista p a r a p e r m i t i r s e p r o m o v e r l a s a u n a existencia
c o n c e p t u a l autónoma; caemos e n la c u e n t a de que
e s t a u n i c i d a d es b o r r a m i e n t o d e l a d i f e r e n c i a , ex-
clusión (¿represión?) de lalangue.
E s l o q u e h a p e r m i t i d o q u e L a c a n y a l g u n o s teo-
rizadores de s u escuela expresen q u e el lenguaje
e s u n r e s u l t a d o d e u n t r a b a j o s o b r e lalangue; que
l a l i n g ü í s t i c a es e l d i s c u r s o c i e n t í f i c o y u n i v e r s i t a -
r i o s o b r e lalangue; el m o d o de i n t e n t a r compren-
derla.
"8 Ibid., p . 27.
^^^tJTETO EN E L PSICOANÁLISIS 149
?:ôr v í a p o s i t i v a i n v e r s a t a m b i é n p o d e m o s decir
el lenguaje a p o r t a los hechos y las r e a l i d a d e s
j^^ÚG lalangue viene a insertarse c o n insistencia:
llls t i e c h o s d e l e n g u a j e .
ijíl^^de q u e i n t r o d u j i m o s e n l a e x p o s i c i ó n e l t e m a
fXe t^^^^S^^ y analizamos la pretensión logicofor-
iâl de u n i v o c i d a d e isotopía p a r a l a l e n g u a h a n
estado r e s o n a n d o d e m a n e r a p e r s e v e r a n t e e l uno
y, l a unicidad, que nosotros nos hemos encargado
de d e s t a c a r . N u e s t r a i n t e n c i ó n a l d e s t a c a r l o s es l a
ílê t r a e r a l u z c i e r t o p a r a l e l i s m o q u e se d a e n t r e
e i ^ ^ i ^ P ^ psicoanalítico y- esta constitución de la
l^í^gua c o m o m o m e n t o s e c u n d a r i o a l a p r o d u c c i ó n
(ie u n a u n i d a d f u n d a n t e . M o s r e f e r i m o s a l o q u e
Lacan n o s enseñó- a c o n c e p t u a l i z a r e n s u lúcido
trabajo sobre aquel t a n citado "estadio del espejo",
cuando, a pesar de la i n s u f i c i e n c i a de l a capacidad
motriz el niño a n t i c i p a , c o n júbilo, e n la imagen,
una u n i d a d q u e aún n o t i e n e . E s a este m o m e n t o
a l q u e M i l n e r n o s r e m i t e : " e l s e r h a b l a n t e se c o n -
c i b e c o m o u n todo, q u e se d i s t i n g u e p o r e l h e c h o
de q u e h a b l a : e l g é n e r o h u m a n o c u y o a t r i b u t o
e s e n c i a l es e l l e n g u a j e . E s m u y fácil, p a r a q u i e n
la q u i e r a , señalar aquí l a d e r i v a c i ó n i m a g i n a r i a .
E n efecto, ¿se s o s t i e n e e l l e n g u a j e p o r o t r a cosa
que p o r ese m o m e n t o e n q u e e l s e r h a b l a n t e se
capta r e f l e x i v a m e n t e como teniendo congéneres,
que f o r m a n c l a s e c o n él y se d i s t i n g u e n e n u n u n i -
verso? E n síntesis: ¿hay o t r o f u n d a m e n t o q u e e l
espejo y l a i m a g e n del semejante q u e allí se
construye?"
Se t r a t a d e q u e e n e l e s t a d i o d e l e s p e j o e l s u -
j e t o se e s t r u c t u r a y c o n s t i t u y e c o m o u n i f i c a d o , y
alcanza allí l a u n i c i d a d a p a r t i r d e l a c u a l e l l e n -
guaje será p o s i b l e p a r a él; p e r o a l m i s m o t i e m p o
c o n s t i t u y e a l o s o t r o s " u n o s " e n t r e l o s c u a l e s se
reconocerá c o m o p e r t e n e c i e n d o a esa clase, l a de
los c o n g é n e r e s , l a d e l o s o t r o s e n t r e l o s q u e él es
un " u n o " .
Es e n este p u n t o d o n d e e n c o n t r a m o s l a con-
Ibid., p . 27.
150 H A C I A UNÍA T E O R Í A D E L S U J E T Q
fluencia c o n los planteos de J u l i a K r i s t e v a ,

d e s d e e l t í t u l o m i s m o d e s u t r a b a j o , " L e s u j e t en
linguistique",**^ sigue, p o r vías u n t a n t o diferentes
los d e s a r r o l l o s q u e n o s o t r o s v e n i m o s exponiendo
aquí. K r i s t e v a también destaca el p a p e l constitu-
t i v o d e l estadio d e l espejo, y agrega u n elemento
i m p o r t a n t e p a r a señalar c o r r e c t a m e n t e e l porqué
d e l p r i v i l e g i o d e l a s i n t a x i s e n l a ]leoría d e C h o m s -
k y . K r i s t e v a i n d i c a y r e c u e r d a q u e l a adquisición
d e l a f u n c i ó n d e l l e n g u a j e es p o s t e r i o r a l e s t a d i o
d e l e s p e j o . Y q u e e l " y o " e s p e c u l a r es p r e c o n d i -
c i ó n p a r a e l u s o n o r m a t i v o d e l l e n g u a j e ; q u e este
uso n o r m a t i v o depende de u n yo clivado. Es por
eso q u e lo q u e K r i s t e v a a p u n t a c o n e x a c t i t u d y
s u t i l e z a e s q u e l a s i n t a x i s v i e n e a consolidar el
clivaje del sujeto en el significante.
Ha llegado el m o m e n t o de r e s u m i r los linca-

m i e n t o s d e l i t i n e r a r i o a t r a v e s a d o e n e s t a incursión
p o r e l t e r r i t o r i o d e l a l i n g ü í s t i c a . G u i a d o s p o r la
p r e g u n t a s o b r e e l e s t a t u t o d e l s u j e t o é n l a lingüís-
t i c a , h e m o s c o m e n z a d o p o r señalar los p u n t o s que
en el i n t e r i o r de l a disciplina constituyen problema,
p r e c i s a m e n t e todos aquellos e n los q u e el sujeto
h a c e i r r u p c i ó n : l a t e o r í a d e l a e n u n c i a c i ó n y la
cuestión d e l a inclusión y d e l o s m o d o s d e inclusión
del hablante en la lengua. H e m o s hecho referencia
a l o s a u t o r e s q u e n o s m u e s t r a n q u e es j u s t a -
m e n t e c o n estos p u n t o s q u e l a lingüística topa,
y es t a l p r o b l e m á t i c a l a q u e d e c i d i ó a L a c a n , m o -
viéndose e n el t e r r e n o de las prácticas discursivas,
a p a r t i r d e l a e x p e r i e n c i a psicoanalítica, a p r o m o -
v e r u n n u e v o c o n c e p t o : lalangue (a t r a d u c i r c o m o
lalengua, s u s t a n t i v o q u e a d m i t e l a p r e c e d e n c i a de
artículos y a d jetivos: l a lalengua, esta lalengua).
C o n c e p t o d e difícil a s i m i l a c i ó n p a r a l o s lingüistas
p o r q u e el requisito de la u n i c i d a d como funda-
m e n t o de la conceptualización d e l lenguaje obliga
J u l i a K r i s t e v a , " L e süjet e n l i n g u i s t i q u e " e n Lan-
gage n ú m . 24, P a r í s , 1971, p p . 107-126,
SUJETO EN EL PSICOANÁLISIS 151
a e x c l u i r a lalangue. A h o r a b i e n , ese r e q u i s i t o d e
u n i c i d a d se p r e s e n t a c o m o e l e s t r i c t o c o r r e l a t o d e
la u n i d a d i m a g i n a r i a p o r l a q u e e l y o se c o n s t i t u y e ,
Único y e n t e r o , e n l a m e d i d a e n q u e b o r r a l a s
huellas de su t a c h a d u r a o r i g i n a r i a pagando el pre-
cio de s u enajenación e n u n c i e r t o i n d e c i b l e e n e l
yo d e l e n u n c i a d o p a r a a l c a n z a r así u n p r e c a r i o
acceso a l ser e n el deseo de los o t r o s .
L a relación d e l s u j e t o c o n el lenguaje sólo p u e d e
ser p e n s a d a e n l a f i g u r a c i ó n q u e se d e s p r e n d e d e
la b a n d a d e M o e b i u s . E n e l l a n o e x i s t e d e u n l a d o
el h a b l a n t e y d e l o t r o e l l e n g u a j e , s i n o q u e h a y
una inquebrantable continuidad que ubica al su-
jeto c o m o i n c l u i d o en el lenguaje y n o c o m o en-
f r e n t a d o a él. P o r q u e s i b i e n l a a d q u i s i c i ó n d e l a
f u n c i ó n d e l l e n g u a j e es p o s t e r i o r a l a c o n s t i t u c i ó n
de l a u n i d a d i m a g i n a r i a y narcisística q u e o f r e c e
la i m a g e n especular, n o d e b e m o s o l v i d a r q u e el
niño está y a y d e s d e s i e m p r e e n u n m u n d o de l e n -
guaje q u e estipula s u n a c i m i e n t o y q u e lo consti-
t u y e . " E l h o m b r e h a b l a p u e s , p e r o es p o r q u e e l
símbolo lo h a hecho hombre."
Frente a l p a n o r a m a descrito, varias s o n las p r o -

puestas teóricas efectuadas:
¿z] J a c q u e s - A l a i n M i l l e r , p r e g u n t á n d o s e a c e r c a d e
la p o s i b i l i d a d d e u n a topología de l a lingüística,
c u e s t i o n a q u e l a lingüística d e b a i n c l u i r s e e n l a
topología de l a lógica y p r o p o n e darle p o r f u n d a -
m e n t o l a topología psicoanalítica. P o r n u e s t r a par-
t e n o s p r e g u n t a m o s s i n o es e s t a u n a p o s i c i ó n d e
" i m p e r i a l i s m o psicoanalítico" q u e arriesgaría co-
meter u n e r r o r simétrico y de signo c o n t r a r i o al
que h a s t a a h o r a c o m e t i e r o n lógicos y gramáticos,
y si n o significaría también l a anulación de u n a
81 Écrits c i t . , p . 276 [Escritos 1 c i t . , p . 96]. C a b e r e -
c o r d a r aquí l a definición q u e p r o p o n e H e n r y de l o
simbólico y de s u relación c o n e l l e n g u a j e : " L o simbó-
l i c o es l o q u e d e l l e n g u a j e es c o n s t i t u y e n t e d e l s u j e t o
c o m o e f e c t o , " P. H e n r y , Le mauvais outil, París, K l i n c k -
s i e c k , 1977.
152 HACIA UNA TEORÍA D E L SUJETO
d i f e r e n c i a , c o n l o q u e e l v a l o r h e u r í s t i c o d e l con-
c e p t o d e lalangue se p e r d e r í a .
¿?] K r i s t e v a p r o p o n e l a a r t i c u l a c i ó n d e l a s t o p o -
logías teóricas d e las c i e n c i a s q u e t i e n e n q u e ver
c o n e l t e m a d e l s u j e t o . Según n u e s t r a opinión, lo
q u e s i g u e s i e n d o p r o b l e m á t i c o es q u e h a y q u e d i f e -
r e n c i a r los o b j e t o s teóricos, y a q u e los fenómenos
s e d a n e n r e a l i d a d e s e m p í r i c a s m ú l t i p l e m e n t e de-
t e r m i n a d a s , y q u e , además, la p r o p u e s t a de una
articulación d e t o p o l o g í a s t e ó r i c a s p o d r í a a l i m e n -
t a r l a ilusión, c o n q u e l a ideología i n s i s t e , de u n a
articulación de las ciencias.
Por nuestra parte, nos p e r m i t i m o s modestamen-
t e p r o p o n e r q u e s ó l o e l p s i c o a n á l i s i s es c a p a z de
i n d i c a r e l p u n t o d o n d e c o m i e n z a l a i n c i d e n c i a d e las
o t r a s c i e n c i a s . E s t e p u n t o es e l d e l a r e p r e s i ó n
o r i g i n a r i a y el de l a integración i m a g i n a r i a y nar-
cisística d e l y o , d o n d e l o s i m b ó l i c o d e l lenguaje
p u e d e p r o d u c i r y e n c o n t r a r después a " s u s u j e t o " ;
e s d e c i r q u e t a l e s t r u c t u r a n a r c i s í s t i c a es e l p r e r r e -
q u i s i t o q u e ofrece el soporte m a t e r i a l sobre el cual
la ideología producirá y reproducirá y transformará
a sus sujetos.
E s t e c o m i e n z o q u e pasa p o r l a unificación ima-
g i n a r i a es u n t i e m p o l ó g i c o a n t e r i o r a t o d a i n t e r -
pelación c o n s t i t u t i v a d e l sujeto. Esta propuesta
q u e señala e l p u n t o d e a n u d a m i e n t o i n i c i a l d e lo
real, l o simbólico y lo i m a g i n a r i o p e r m i t e articular,
a l a vez q u e m a n t e n e r , l a e s p e c i f i c i d a d y l a dife-
r e n c i a d e cada u n a de las ciencias sobre las que
hemos venido discurriendo.
E, POSTFACIO FOUCAULTIANO
N o podríamos t e r m i n a r esta exposición fragmen-

t a r i a y p r o v i s i o n a l s o b r e las v i s c i s i t u d e s d e l su-
j e t o e n l a ( s ) teoría (s) s i n a d e l a n t a r n o s a mencio-
n a r l a oposición q u e h a b i t u a l m e n t e g e n e r a e l dis-
curso antisubjetivista. Y decimos que u n discurso
s e m e j a n t e es a n t i s u b j e t i v i s t a , n o p o r q u e se o p o n g a
al r e c o n o c i m i e n t o de l a r e a l i d a d empírica d e l su-
i'SUJETO E N E L PSICOANÁLISIS 153
^$tt>, s i n o p o r q u e c o n t r a d i c e l a p o s i c i ó n c e n t r a l q u e
-fá^ i d e o l o g í a o t o r g a a l s u j e t o , e n t e n d i d o c o m o i n t e -
r i o r i d a d d e l i n d i v i d u o , e n e l p e n s a m i e n t o , en el
j i ^ g u a j e , e n l a acción y e n l a h i s t o r i a .
T^^'ârece q u e c o n s i d e r a r a l s u j e t o c o m o u n e f e c t o
derivado de prácticas discursivas, e i n c l u i d o e n
^jna m a t r i z d e r e l a c i o n e s s i m b ó l i c a s c o n e x i s t e n c i a
anterior y exterior a su existencia singular, ofende
^ que escucha y atenta contra su dignidad. L o que,
o h v i a m e n t e , n o facilita f i i l á t r a n s m i s i ó n n i l a
discusión d e estas tesis, q u e s o n , s i n e m b a r g o , u n a
Consecuencia d i r e c t a de l a práctica teórica e n el
c a m p o de las t r e s d i s c i p l i n a s q u e o c u p a r o n estas
páginas. E s q u e t o d a reflexión q u e v a c o n t r a u n a
evidencia i n t u i t i v a tropieza c o n l a oposición d e l
que n o h a c o m p a r t i d o la m a r c h a de la investiga-
ción; a h o r r a m o s los e j e m p l o s p o r d e m a s i a d o sabi-
dos. Pero, c o n u n a excepción s o l i d a r i a de esta, n u n -
c a t a l a n i m a d v e r s i ó n c o n t r a l a c i e n c i a es m a y o r
q u e c u a n d o l a e v i d e n c i a c u e s t i o n a d a es e l s u j e t o .
P r o b l e m a d e l n a r c i s i s m o , d i c e F r e u d . Sí, p r o b l e m a
del n a r c i s i s m o — y a lo r e t o m a r e m o s — , pero t a m -
bién p r o b l e m a de u n a concepción l i b e r a l b u r g u e s a
del m u n d o q u e alcanzó s u apogeo c o n el i l u m i n i s -
m o y s u consagración c o n las psicologías de t o d o
c u ñ o y q u e se n i e g a a d e s a p a r e c e r , q u e n o p u e d e
desaparecer, e n l a m e d i d a e n q u e sigue siendo
necesaria para el sostenimiento del o r d e n de la
d o m i n a c i ó n . P o r q u e n o se p u e d e d e j a r d e r e c o r -
dar q u e la concepción del i n d i v i d u o autónomo,
l i b r e y r e s p o n s a b l e d e s u s a c t o s es l a d e l d i s c u r s o
juridicopolítico, q u e lo iguala ante la ley en t a n t o
q u e s u j e t o de l a polis, a l a vez q u e consagra l a
d e s i g u a l d a d e n el o r d e n de las relaciones de p r o -
d u c c i ó n . N u n c a s o b r a r e c o r d a r q u e l a l e y es i g u a -
litaria porque prohibe tanto al pobre como al rico
d o r m i r b a j o los puentes. Y q u e la ideología do-
m i n a n t e r e f e r i d a a l a s u b j e t i v i d a d es s o l i d a r i a d e
esa i d e o l o g í a jurídica, e f e c t o a s u v e z de d e t e r -
m i n a d a s relaciones de producción preexistentes de
h e c h o y l e g i t i m a d a s así e n e l d e r e c h o .
A l pasar a l u d i m o s recientemente a u n a excep-
154 HACIA UNA TEORÍA D E L SUJETO Í
c i ó n , l a <ie o t r a c u e s t i ó n q u e d e s p i e r t a t a n t a pasión
c o m o l a crítica a l a posición c e n t r a l d e l a subje-
t i v i d a d en l a vida y en la historia de la h u m a n i d a d
E s a excepción, c a s i i n d i s t i n g u i b l e d e l a q u e veni-
m o s t r a t a n d o , es e l c u e s t i o n a m i e n t o d e l c a r á c t e r
r a c i o n a l , necesario y e t e r n o de l a p r o p i e d a d pri-
v a d a de l a t i e r r a y d e los m e d i o s d e producción.
L a posición crítica a n t e l a s u b j e t i v i d a d conmueve
d e s d e u n t e r r e n o i n e s p e r a d o l a l e g i t i m i d a d del
ó f d é h juridicopolítico y sus pretensiones de natu-
r a l i d a d y e t e r n i d a d . E s t o r e p e r c u t e sobre la fun-
d a m e n t a c i ó n d e l r é g i m e n d e p r o p i e d a d y también
s o b r e l a ideología de l a d e m o c r a c i a l i b e r a l en su
función de e n m a s c a r a m i e n t o de las contradicciones
reales de l a sociedad. E s e n este s e n t i d o q u e la
profundización teórica e n el psicoanálisis y en
l a l i n g ü í s t i c a , p o r n o h a b l a r d e l m a t e r i a l i s m o histó-
r i c o d o n d e r e s u l t a o b v i a , t i e n e s i g n i f i c a c i ó n polí-
t i c a , p u e s l a i d e o l o g í a d e l s u j e t o p s i c o l ó g i c o es
c o n s t i t u t i v a n o sólo de las r e l a c i o n e s ideológicas
s i n o t a m b i é n d e l a s j u r i d i c o p o l í t i c a s y d e l a s eco-
nómicas en el m o d o de producción capitalista.
P o r o t r a p a r t e , i m p u g n a r la ilusión de l a trans-
p a r e n c i a d e l l e n g u a j e y t r a b a j a r l a cuestión de la
p r o d u c c i ó n s o c i a l d e l s e n t i d o es p o n e r s o b r e e l
t a p e t e a los i n s t r u m e n t o s d e l a e f i c a c i a simbólica
e n n u e s t r a s c o n d i c i o n e s históricas.
Pues t a n t o la escuela c o m o los medios de difu-
sión d e m a s a s , o r g a n i s m o s d o m i n a n t e s e n l a suje-
tación (en los procesos contemporáneos de sujeta-
c i ó n ) , t i e n e n c o m o p r e s u p u e s t o de s u acción a esta
ilusión de q u e las p a l a b r a s t r a n s m i t e n l a r e a l i d a d
o b j e t i v a . É s t e es u n p r e s u p u e s t o b á s i c o d e l o s
procesos de inculcación ideológica q u e obedecen a
la necesidad de l a reproducción de las relaciones
de producción e n el seno de cada formación social.
Y q u e r e c o n o c e n c o m o m e c a n i s m o a l de l a relación
d e l a p a l a b r a d e l o t r o c o n l a v e r d a d d e l a q u e se
s u p o n e q u e e s a p a l a b r a p r o c e d e , s e g ú n se e j e m -
plifica c o n p a r t i c u l a r c l a r i d a d e n el caso de l a hip-
nosis. Situación hipnotizador/hipnotizado deriva-
d a de la relación e n t r e el d i s c u r s o d e l p a d r e y
el d i s c u r s o d e l h i j o , e n l a q u e F r e u d s u p o a d v e r t i r
los a u g u r i o s d e l a s f o r m a s m o d e r n a s d e l t o t a l i -
t a r i s m o . Asimetría q u e se m a n t i e n e e n l a relación
discurso del maestro/discurso del a l u m n o , discurso
del televisor/discurso del televidente, discurso del
Big Brother c o m o d i s c u r s o d e l Big Other. Son
éstos l o s m o d o s d e i n d u c c i ó n d e l a s p o s i c i o n e s d e
sujeto, de formación de los sujetos ideológicos q u e
luego de i d e n t i f i c a r s e c o n quienes enfáticamente
a f i r m a n " t e l o d i g o yó'^', p u e d e n f i n a l m e n t e d i r i -
girse a o t r o s diciéndoles " t e l o digo y o " . Sujetos
ideológicos, sujetos de l a c e r t i d u m b r e , sujetos de
la v e r d a d r e p r i m i d a .
E n e s t e " i n t e r d i s c u r s o " , q u e es e l c o n j u n t o d e
l o s d i s c u r s o s p r e v i a m e n t e e n u n c i a d o s , se a b r e e l
c a m p o de los discursos posibles p a r a cada " y o "
que h a sido c o n s t i t u i d o p o r el o r d e n simbólico
c o m o s u j e t o deseante y a l a vez i n c a p a z de n o m -
b r a r el o b j e t o p a r a s i e m p r e f a l t a n t e de s u deseo.
Y q u e n o p u e d e s i n o h a c e r p a s a r ese d e s e o p o r l o s
c a r r i l e s d e u n a d e m a n d a q u e es d e m a n d a d e r e c o -
n o c i m i e n t o e n ese l u g a r i n d i v i d u a l d e s u i m a g e n ,
q u e l e d e v u e l v e e l e s p e j o , a l l í d o n d e n o es n i e s t á .
A r t i c u l a n d o u n a c a d e n a s i g n i f i c a n t e d e l a q u e él
m i s m o es, s i n s a b e r l o , e l e f e c t o . C o n v e n c i d o d e l a
i n d i v i d u a l i d a d de sus procesos de p e n s a m i e n t o p o r
i g n o r a r la coerción, la presión a q u e los m i s m o s
están, s o m e t i d o s . E x p r e s a n d o s u d e m a n d a a través
de los códigos sociales h a b i l i t a d o s p o r l a ideología.
Pasión d e l deseo q u e n o tiene o t r a salida q u e l a
de esos d e s f i l a d e r o s forzosamente procustianos,
a m p u t a d o r e s . Ilusión de l a i n d i v i d u a l i d a d de los
procesos del p e n s a m i e n t o que, avalada para cada
u n o p o r l a p o s i b i l i d a d de selección paradigmática,
por la p o s i b i l i d a d en que nos encontramos de uti-
lizar o t r a p a l a b r a e n el l u g a r de cada u n a de las
que a r t i c u l a m o s , p o r la aparente l i b e r t a d de decir
" n o x " en l u g a r de " x " , o " m " e n l u g a r de " n " ,
e n m a s c a r a así e l p r o c e s o d e d e t e r m i n a c i ó n d e " x " ,
" n o x " , " m " y " n " , c o m o los discursos posibles y
o b t u r a la p r e g u n t a p o r los discursos imposibles^
p o r los discursos q u e el i n t e r d i s c u r s o n o habili-
ta, p o r aquellos q u e la represión bloquea, por

aquellos q u e l a ideología i m p i d e p r o n u n c i a r . La
i d e o l o g í a e n s e n t i d o e p i s t e m o l ó g i c o , es d e c i r ese
s a b e r e n e l q u e v i v i m o s y q u e será d e s p l a z a d o p o r
él d i s c u r s o d e l a s c i e n c i a s f u t u r a s q u e revelarán
s u c a r á c t e r i l u s o r i o . Y l a i d e o l o g í a e n s e n t i d o po-
lítico, e n t a n t o q u e c a d a d i s c u r s o aparece como
p r o d u c t o de u n c i e r t o s u j e t o d e l a enunciación,
más o menos presente en el enunciado, pero que
s i e m p r e o c u p a u n l u g a r de s u j e t o ideológico, deter-
m i n a d o p o r s u h i s t o r i a , p o r s u posición d e clase y
p o r s u ubicación e n el seno del i n t e r d i s c u r s o .
De m o d o que los discursos efectivamente exis-
tentes, " x " , " n o x " , " m " y " n " , q u e generan la
ilusión de l a i n d i v i d u a l i d a d de los procesos del
p e n s a p i i e n t o , e n g r a n a d a a s u vez e n l a ilusión de
la transparencia del lenguaje, aparecen enmarca-
d o s p o r u n i n d e c i b l e , u n i m p r o n u n c i a b l e p a r a mí,
p o r s e r y o y p o r v i v i r e n e s t e m o m e n t o d e la ideo-
logía en su condición de negatividad, comprome-
tedor objeto de conocimiento del que poco o nada
se h a h a b l a d o .
T o d o s estos son m o t i v o s p a r a q u e el discurso
a n t i s u b j e t i v i s t a sea p e r c i b i d o c o m o u n a agresión,
p o r el sujeto soporte de la representación d o m i -
nante de la i n d i v i d u a l i d a d burguesa. Razones que
se s u m a n a l a s c o n s i d e r a c i o n e s f r e u d i a n a s sobre
l a h e r i d a narcisística p o r q u e l a c o n c i e n c i a tiene
q u e a b a n d o n a r el lugar de c e n t r o del universo, y
q u e e n c u e n t r a n , p o r el m o m e n t o , u n a última j u s t i -
ficación en la pretensión de i n m o r t a l i d a d transfe-
r i d a a l d i s c u r s o p e r s o n a l . Y s i i m p u g n a m o s a l su-
j e t o m a l podrá criticársenos p o r a c a b a r c o n frases
n o p r o p i a s , c o n frases ajenas, a u n q u e sean m u -
chas y conocidas:
" S é lo que puede tener de aspereza el t r a t a r los
d i s c u r s o s n o a p a r t i r de l a d u l c e , m u d a e íntima
c o n c i e n c i a q u e e n e l l o s se e x p r e s a , s i n o d e u n o s -
c u r o c o n j u n t o de reglas anónimas. L o q u e h a y de
desagradable e n hacer aparecer los límites y las
n e c e s i d a d e s d e u n a p r á c t i c a , a l l í d o n d e se t e n í a l a
c o s t u m b r e de v e r desplegarse, e n u n a p u r a trans-
EL SUJETO EN ÉL PSICOANÁLISIS 157
carencia, l o s j u e g o s d e l g e n i o y d e l a l i b e r t a d . L o
que b a y d e p r o v o c a t i v o e n t r a t a r c o m o u n h a z d e
ta^nsformaciones esta h i s t o r i a de los discursos q u e
ge h a l l a b a a n i m a d a h a s t a a h o r a p o r l a s m e t a m o r -
fosis t r a n q u i l i z a d o r a s de l a v i d a o l a c o n t i n u i d a d
ifxtencional de l o v i v i d o . L o q u e h a y de insopor-
table e n f i n , h a b i d a c u e n t a de lo que cada u n o
quiere p o n e r , piensa poner, de "sí m i s m o " en su
pjTOpio d i s c u r s o , c u a n d o c o m i e n z a a h a b l a r , l o q u e
d e i n s o p o r t a b l e én r e c o r t a r , a n a l i z a r , c o m b i -
nar^ r e c o m p o n e r t o d o s esos t e x t o s v u e l t o s a h o r a
^ s i l e n c i o , s i n q u e j a m á s se d i b u j e e n e l l o s e l
r o s t r o t r a n s f i g u r a d o d e l a u t o r : ¡Cómo! T a n t a s pa-
l a b r a s a m o n t o n a d a s , t a n t a s m a r c a s d e p o s i t a d a s so-
br^ t a n t o p a p e l y o f r e c i d a s a i n n u m e r a b l e s m i r a -
das, u n c e l o t a n g r a n d e p a r a m a n t e n e r l a s m á s allá
del gesto q u e las a r t i c u l a , u n a piedad t a n p r o f u n -
da p u e s t a e n conservarlas e i n s c r i b i r l a s en la me-
m o r i a de los h o m b r e s : ¿todo eso p a r a q u e n o que-
de n a d a de esa p o b r e m a n o q u e las h a trazado,
de esa i n q u i e t u d q u e t r a t a b a de apaciguarse en
ellas y de esa v i d a t e r m i n a d a q u e y a n o tiene
más q u e a ellas p a r a sobrevivir? E l discurso, en
su d e t e r m i n a c i ó n más p r o f u n d a , ¿no sería ' r a s t r o ' ?
Y s u m u r m u l l o , ¿ n o sería e l l u g a r d e las i n m o r -
talidades s i n sustancia? ¿Habría que a d m i t i r que
e l t i e m p o d e l d i s c u r s o n o es e l t i e m p o d e l a c o n -
ciencia l l e v a d o a las d i m e n s i o n e s de la h i s t o r i a ,
o el t i e m p o de la h i s t o r i a presente en la f o r m a
de l a c o n c i e n c i a ? ¿ Y q u e a l h a b l a r n o c o n j u r o m i
m u e r t e , sino q u e la establezco, o más bien que
a n u l o t o d a i n t e r i o r i d a d e n e s e e x t e r i o r q u e es t a n
i n d i f e r e n t e a m i v i d a , y t a n Jieuíto, q u e n o csta-
tjlece d i f e r e n c i a a l g u n a e n t r e m i v i d a y mí m u e r t e ?
" E n c u a n t o a todos ésos, c o m p r e n d o bien su
malestar. Les h a costado, sin duda, bastante tra-
b a j o r e c o n o c e r q u e s u h i s t o r i a , s u economía, sus
prácticas sociales, l a lengua q u e h a b l a n , la m i t o -
logía d e s u s a n t e p a s a d o s , h a s t a las fábulas q u e
les c o n t a b a n e n s u i n f a n c i a , o b e d e c e n a u n a s re-
g l a s q u e n o h a n s i d o d a d a s t o d a s e l l a s a svi c o n -
ciencia; n o desean en m o d o a l g u n o q u e se l e s
158 HACIA UKA TEORÍA DEL SUJETO
d e s p o s e a , a d e m á s y p o r a ñ a d i d u r a , d e ese d i s c u r s o
en el que q u i e r e n p o d e r decir i n m e d i a t a m e n t e , sin
distancia, lo que piensan, creen o imaginan; preferi-
rán n e g a r q u e e l d i s c u r s o sea u n a práctica c o m -
pleja y diferenciada, q u e obedece a reglas y a
transformaciones analizables, antes que verse pri-
v a d o s d e esa t i e r n a c e r t i d u m b r e , t a n c o n s o l a d o r a
de p o d e r c a m b i a r , y a q u e n o el m u n d o , y a q u e n o
la vida, al menos s u 'sentido' p o r el solo frescor
de u n a p a l a b r a q u e n o p r o c e d e r í a s i n o d e ellos
niisnriios, y p e r m a n e c e r í a l o m á s c e r c a d e l o r i g e n ,
i n d e f i n i d a m e n t e . ¡ T a n t a s c o s a s , e n s u l e n g u a j e , íes
h a n e s c a p a d o y a ! . . . N o q u i e r e n q u e se les e s c a p e
a d e m á s , lo que dicen, ese p e q u e ñ o f r a g m e n t o de
discurso — p a l a b r a o escritura, poco i m p o r t a — cuya
frágil e i n s e g u r a e x i s t e n c i a d e b e l l e v a r s u v i d a más
lejos y p o r más largo t i e m p o . N o p u e d e n s o p o r t a r
( y se l o s c o m p r e n d e u n p o c o ) o í r s e d e c i r : ' E l d i s -
c u r s o n o es l a v i d a : s u t i e m p o n o e s e l v u e s t r o ;
en él, n o os reconciliaréis c o n l a m u e r t e ; puede
m u y b i e n o c u r r i r q u e hayáis m a t a d o a D i o s b a j o
el p e s o d e t o d o l o q u e h a b é i s d i c h o ; p e r o n o p e n -
séis q u e p o d r é i s h a c e r , d e t o d o l o q u e d e c í s , u n
h o m b r e que viva más que él'."
Michel Foucault, La arqueología del saber cit.,

p p . 353-354,
PARTE I I I
LACAN Y E L PSICOANALISIS
^gftBJTECEDENTES Y C O N T E X T O D E L
«DISCURSO D E R O M A " D E
•ÎACQUES LACAN *
26 y 2 7 dG s e p t i e m b r e d e 1 9 5 3 . L a c a n l e e e n R o m a
la p o n e n c i a q u e b a b í a p r e p a r a d o p a r a l a C o n f e -
rencia de Psicoanalistas de Lenguas Romances:
^'Función y c a m p o d e l a p a l a b r a y d e l l e n g u a j e
en p s i c o a n á l i s i s . " ^ ^ E l t e x t o , c o n s i d e r a d o c o m o u n
m a n i f i e s t o , se c o n o c e d e s d e e n t o n c e s c o m o " D i s -
curso d e R o m a " y m a r c a l a r u p t u r a d o c t r i n a r i a de
su a u t o r c o n l o s m a r c o s i m p u e s t o s p o r l a i n s t i t u -
ción p s i c o a n a l í t i c a o f i c i a l . S e t r a t a , s i n d u d a , d e l a
mayor conmoción v i v i d a e n el psicoanálisis desde
los t i e m p o s d e F r e u d .
P a r a l a p r i m e r a e d i c i ó n d e ese t e x t o (1956) L a c a n
agregó u n p r e f a c i o i n a u g u r a d o c o n las p a l a b r a s :
" E l d i s c u r s o q u e se e n c o n t r a r á a q u í m e r e c e s e r i n -
troducido p o r sus circunstancias. P o r q u e lleva sus
marcas." Sin embargo, t a l p r e f a c i o , útil t a l v e z
para el lector p s i c o a n a l i s t a francés y c o n l a me-
moria fresca p o r lo reciente del pleito, resulta in-
suficiente p a r a quién, a b o r a , i g n o r a las t r a p i s o n d a s
y los entretelones d e e n t o n c e s y allí. U n c u a r t o
de s i g l o d e s p u é s " l a m a r c a " a f l o r a u n a y o t r a v e z
en e l a b o r a capítulo d e l o s " E s c r i t o s " , E s a " m a r c a "
es b o y u n e f e c t o , u n a c i c a t r i z , e n e i t e x t o . P e r o .el
l e c t o r e n c u e n t r a q u e está b o r r a d o e l p r o c e s o d e
preparación y de imposición de i a ^'marca". Para
alíyiar s u s u e r t e p u e d e r e c u r r i r a u n a p u b l i c a c i ó n
reciente, aparecid.a c o m o s u p l e m e n t o a l n ú m e r o 7
d e l b o l e t í n Ornicar?, y que presenta el mérito de
revivir las circunstancias q u e precedieron a l "Dis-
c u r s o d e Roma".®* Se r e ú n e allí u n g r a n n ú m e r o
* E s t e opúsculo apareció t a l c o m o aquí p u e d e leerse
en l a r e v i s t a Lust, n ú m . 1, M é x i c o , 1978, p p . 103-110.
J a c q u e s L a c a n , Écrits cit., p p . 237 s s [Escritos 1.
p p . 59 S5.].
J a c q u e s - A l a i n M i l l e r ( e d . ) , L.a soission de 1953, Pa-
[161]
162 UACAN Y E L PSICOANÁLISIS
d e d o c u m e n t o s i n é d i t o s o i n a c c e s i b l e s q u e escla-
r e c e n e l p r o c e s o q u e c o n d u j o a l a s e p a r a c i ó n de
l a a n t i g u a S o c i e d a d d e P s i c o a n á l i s i s d e P a r í s (spp)
y c o n s i g u i e n t e m e n t e de la Asociación Internacional
de Psicoanálisis ( i P A ) , de la q u e pasó a llamarse
Sociedad F r a n c e s a de Psicoanálisis ( S F P ) integra-
da p o r Jacques Lacan, Daniel Lagache, Franôise
D o l t o y c i n c o p s i c o a n a l i s t a s m á s a l o s q u e se su-
m a b a n 4 5 e s t u d i a n t e s q u e r e s p o n d í a n a l a s ense-
ñanzas del p r i m e r o .
Es i n d u d a b l e q u e si estos papeles q u e comien-
z a n a a m a r i l l e a r p u e d e n i n t e r e s a r b o y e n d í a es
p o r lo q u e el p e n s a m i e n t o y la c o r r i e n t e lacanianos
h a n l l e g a d o a r e p r e s e n t a r d e n t r o d e l psicoanálisis
c o n t e m p o r á n e o . Se p u e d e c o m p r o b a r q u e el lector
desapasionado d e 1953 n o h u b i e s e p o d i d o e n c o n -
t r a r en ellos sino el relato de u n a t o r p e rencilla
entre ambiciones contrapuestas. Y tampoco el
l e c t o r d e 1977 p u e d e e v i t a r e l g e s t o d e d i s g u s t o
ante la m e z q u i n d a d y la torpeza de los protago-
nistas de la h i s t o r i a . L o reconoce Lacan cuando,
prologando la recopilación, acota dramáticamen-
t e : " T o d o l o q u e a q u í se p u b l i c a , e s p e c i a l m e n t e de
m i p l u m a , m e h o r r o r i z a . A t a l p u n t o q u e creía
h a b e r l o o l v i d a d o . N o q u e r e r p e n s a r más e n ello
n o es e l o l v i d o . ¡ A y ! " P e q u e ñ a h i s t o r i a , s i n d u d a , s i
n o f u e s e p o r q u e e l p s i c o a n á l i s i s a c t u a l se d e f i n e ,
e n p r o o e n c o n t r a , e n relación c o n l o s t e x t o s la-
c a n i a n o s de l o s q u e e l " D i s c u r s o d e R o m a " cons-
t i t u y e el comienzo de la independencia procla-
m a d a . L a i m p o r t a n c i a de lo q u e entonces pasó
d e b e leerse, c o m o n o podría ser de o t r a m a n e r a ,
t r a t á n d o s e d e p s i c o a n á l i s i s , a l a l u z d e l o q u e des-
p u é s o c u r r i ó [nachtrüglích]. Se j u s t i f i c a n así estas
otras palabras introductorias: " H e ganado sin duda.
Pues hice o i r lo q u e pensaba del inconsciente,
p r i n c i p i o de l a práctica."
¿ C ó m o llegó L a c a n a ser d i s i d e n t e de la organi-
zación i n t e r n a c i o n a l de los psicoanalistas, t a n poco
rís, B i b l i o t h e q u e d ' O r n i c a r ? , 1977 ( d e aquí, e n a d e l a n t e
t o d a s l a s r e f e r e n c i a s e n t r e c o m i l l a s se r e f i e r e n a este
t e x t o , salvo indicación e n c o n t r a r i o ) .
r'^DlSCTJRSO D E R O M A " DE LACAM 163
^ m p o después de a l c a n z a r d i s t i n c i o n e s de las m a -
î-es? E n m a y o d e 1951 había p r o n u n c i a d o u n a
c o n f e r e n c i a e n L o n d r e s q u e f u e p u b l i c a d a e n 1953
^ e l I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l o f Psychoanalysis.**"^ E l
d e e n e r o d e 1953 f u e e l e c t o p r e s i d e n t e d e l a
S p c i e d a d d e P s i c o a n á l i s i s d e P a r í s y e l 16 d e j u n i o
de ese m i s m o a r i o f u e o b l i g a d o a r e n u n c i a r . E l 6
¿0 j u l i o se l e c o m u n i c a q u e s e l o c o n s i d e r a t a m b i é n
díiTiitente e n l a I P A y q u e n o p o d r á h a b l a r e n d e -
fensa p r o p i a e n l a r e u n i ó n a d m i n i s t r a t i v a ^ q u e t e n -
dría l u g a r e n L o n d r e s e l d í a 2É>. T a m b i é n e n j u l i o
se l e r e h u s a l a p a r t i c i p a c i ó n e n e l C o n g r e s o d e
Roma de s e p t i e m b r e . Sus a l u m n o s rechazan este
liltin^c) v e t o , v i a j a n a R o m a y , c o n e l a p o y o de
psicoanalistas italianos, el " D i s e u r s o de Roma"
pudo ser p r o n u n c i a d o . Seis meses p a r a pasar del
t r o n o a l e x i l i o . ¿ C ó m o ? ¿ Q u é se m o v í a d e t r á s d e l
c u e s t i o n a m i e n t o a/de J a c q u e s L a c a n ? E n las líneas
s i g u i e n t e s i n t e n t a r e m o s l a r e c o n s t r u c c i ó n d e l a s lí-
neas d e f r a c t u r a .
I ] L a acusación m a n e j a d a p o r q u i e n e s q u e d a r o n
finalmente c o n el gobierno de la S P P , prácticamente
l a ú n i c a a c u s a c i ó n , se r e f e r í a a u n c a m b i o d e t é c -
nica p r o p u e s t o y llevado a c a b o sólo p o r L a c a n de
e n t r e l o s d i s i d e n t e s . E r a l a cuestión del acorta-
miento de las sesiones y sus efectos, p a r t i c u l a r -
m e n t e s o b r e l o s análisis didácticos.
Es i m p o s i b l e detectar l a fecha e n q u e L a c a n
c o m e n z ó a a c o r t a r l a s s e s i o n e s . L o c i e r t o es q u e
su c o n d u c t a generó l a d e s c o n f i a n z a y alimentó las
sospechas d e h e r e j ía e n t r e s u s c o l e g a s d i d a c t a s .
Lagache, s u codimisionarió, decía e n c a r t a a l a
I P A e n 1953 q u e t o d o e l m u n d o e s t a b a d e a c u e r d o
e n r e c h a z a r l a técnica d e L a c a n . Y a e n 1951 y e n
1952 é s t e h a b í a t e n i d o q u e e x p l i c a r s e a n t e e l p r e s i -
d i u m de l a spp y , p a r a ser electo p r e s i d e n t e e n
e n e r o d e 1953, se c o m p r o m e t i ó ( " l e a r r a n c a r o n e l
c o m p r o m i s o " , escribe M i l l e r ) a atenerse a la nor-
Jacques Lacan, " S o m e reflections o n the Ego", en
International Jovirnal of Psychoanalysis, t . x x x i v , 1953
[ " A l g u n a s r e f l e x i o n e s s o b r e e l Y o " , e n Revista Uruguaya
de Psicoanálisis, t . x i v ( 2 ) , 1975, p . 175].
164 L A C A N Y E L P S I C O A N Á L I S I S
n í a : d i d á c t i c o s d e n o m e n o s d e 12 m e s e s , c o n n o
m e n o s d e t r e s s e s i o n e s s e m a n a l e s d e n o m e n o s de
45 m i n u t o s c a d a u n a .
E n c a r t a a s u ex a n a l i s t a , R u d o l p h L o e w e n s t e i n
d e l 14 d e j u l i o d e 1 9 5 3 , E a c a n l e d i c e : " P ú b l i c a '
m e n t e h e a c e p t a d o q u e , s o m e t i é n d o m e a l regla-
m e n t o p r o f e s i o n a l [-.-] n o v o l v e r í a n u n c a a esta
p r á c t i c a , c u a l q u i e r a m e p a r e c i e s e s u i n t e r é s , y el
a ñ o p a s a d o h e r e g u l a r i z a d o p r o g r e s i v a m e n t e y pues-
t o d e f i n i t i v a m e n t e én él t i e m p o r e g l a m e n t a r i o todos
m i s análisis d i d á c t i c o s d e s d e f i n e s d e ese año, sin
q u e se h a y a p o d i d o d e s d e e n t o n c e s señalar e n m i
c o n t r a la m e n o r transgresión."
E l 26 d e l m i s m o m e s , e n L o n d r e s , e n l a reunión
de l a I P A , M a r i e B o n a p a r t e , p r o t a g o n i s t a p r i n c i p a -
lísima y p r i n c i p e s c a en t o d a la t r a m a , sostuvo que
l a e s c i s i ó n se p r o d u j o a c a u s a d e u n a d i v e r g e n c i a
s o b r e l a t é c n i c a , a f i r m a n d o q u e u n o d e l o s cis-
m á t i c o s " p r o m e t i ó h a c e d o s años m o d i f i c a r su
técnica, p e r o n o c u m p l i ó l a p r o m e s a " .
¿ D a L a c a n l a r a z ó n a l a p r i n c e s a y se c o n t r a -
d i c e a sí m i s m o c u a n d o , e n n o t a d e p i e d e p á g i n a
a g r e g a d a e n 1966 a l " D i s c u r s o d e R o m a " , defen-
d i e n d o el p r o c e d i m i e n t o de las sesiones cortas,
expresa: "Piedra de desecho o p i e d r a angular,
n u e s t r o f u e r t e es n o h a b e r c e d i d o sobre este
p u n t o " ? ^«
i i ] Gobierno de la S P P y del futuro Instituto de
Psicoanálisis: l a S P P v e n í a r e e l i g i e n d o d e s d e 1947
h a s t a 1952 a S a c h a N a c h t c o m o p r e s i d e n t e . L a c r i -
s i s q u e c u l m i n ó c o n l a d i v i s i ó n c o m e n z ó e l 17 d e
j u n i o d e 1952 c u a n d o N a c h t h i z o a p r o b a r e l r e -
g l a m e n t o d e u n f u t u r o i n s t i t u t o de enseñanza y
se h i z o e l e g i r p r e s i d e n t e d e l m i s m o p o r u n p e r í o d o
de c i n c o años, d e s i g n a n d o a sus acólitos L e b o v i c i
y Bénassy c o m o secretarios científicos. L o s obje-
tivos del estatuto que promueve en noviembre
a p u n t a n a lograr el reconocimiento oficial de u n
d i p l o m a de psicoanalista reservado a los médicos,
s*'» J a c q u e s L a c a n , Écrits, cit., p . 315 [Escritos 1 cit.,
p . 132].
^ * ' D I S C U R S O D E R O M A " D E L A C A N 165
princesa B o n a p a r t e , n o médica, encabeza la
c ^ ^ s i c i ó n y o b l i g a a N a c h t a r e n u n c i a r y se e l i g e
a L a c a n c o m o p r e s i d e n t e d e l i n s t i t u t o . Éste acepta
a título p r o v i s o r i o .
E l proyecto de estatuto de N a c h t de n o v i e m b r e
de 1 9 5 2 l l e v a c o m o e p í g r a f e l a f r a s e d e v o n TVlo-
nakow y M o u r g u e q u e luego retomará también
L a c a n e n e x e r g o — e s t a v e z c o n i n t e n c i ó n sarcás-
tica— en el prefacio d e 1956 a l " D i s c u r s o de
Roma".
Dos meses después, y antes de ser elegido pre-
s i d e n t e d e lar S P P , L a c a n p r o p o n e , c o n i n t e n c i ó n
aparentemente conciliadora, otros estatutos: "Sien-
t o q u e n o se o p o n e n e n n a d a a l o s p r i n c i p i o s
del e s t a t u t o p r o p u e s t o por nuestro presidente
( N a c h t ) . " P e r o e n s u p r o y e c t o e l epígrafe será
de F r e u d , r e p r o d u c i e n d o e l f a m o s o t e x t o d e " E l
análisis p r o f a n o " s o b r e l o q u e d e b e r í a s e r u n a
f a c u l t a d d e psicoanálisis. Allí L a c a n p l a n t e a el ca-
rácter " i n t e r m i n a b l e " d e l a f o r m a c i ó n teórica d e l
psicoanalista y p r o p o n e u n m o d o de ensefianza ten-
diente a " r e s t a u r a r e n e l e j e r c i c i o de l a maestría
la primacía de l a p a l a b r a y r e c o n o c e r e n sus efectos
s o b r e e l a u d i t o r l a i n s t i t u c i ó n , aún a l a c h i t a ca-
llando, de u n diálogo". Y agrega más adelante, en
referencia p o c o m e n o s q u e explícita a l epígrafe de
von M o n a k o w y Mourgue: " E s p o r e s o qxie e l
p s i c o a n á l i s i s n o es r e d u c t i b l e n i a l a n e u r o b i o l o g í a ,
ni a l a m e d i c i n a , n i a la pedagogía, n i a l a psicolo-
gía, n i a l a s o c i o l o g í a , n i a l a c i e n c i a d e l a s i n s t i -
tuciones, n i a l a etnología, n i a la mitología, n i a
la c i e n c i a d e l a s c o m u n i c a c i o n e s , así c o m o t a m p o c o
a l a lingüística." C a b e r e c o n o c e r e n esta p a r t i c u l a -
rización f i n a l de l a lingüística u n a r e f e r e n c i a pre-
m o n i t o r i a a las acusaciones u l t e r i o r m e n t e recibi-
das p o r L a c a n d e r e d u c c i o n i s m o lingüístico.
Pero l a relación de fuerzas d e n t r o de la S P P e r a
ahora desfavorable para Lacan p o r haber perdido
el apoyo de M a r i e B o n a p a r t e y s u g r u p o . Electo
pese a e l l o — ¡y a p r o p u e s t a d e N a c h t ! — para
el c a r g o d e p r e s i d e n t e d e b e v e r c ó m o e n m a y o d e
1953 e l g r u p o N a c h t r e g l a m e n t a e l a n á l i s i s d i d á c -
166 LACAN Y E L PSICOANALISIS
t i c o y l a e s c o l a r i d a d e n e l i n s t i t u t o . S e f i j a en.
2 5 0 / 3 0 0 s e s i o n e s d e 3 / 4 d e l i o r a c a d a u n a e l tér-
m i n o m e d i o d e u n a n á l i s i s d i d á c t i c o . Y " s e re-
c u e r d a q u e e l e j e r c i c i o d e l p s i c o a n á l i s i s q u e d a so-
m e t i d o a l a s r e g l a s q u e r i g e n e l e j e r c i c i o de la
m e d i c i n a " , Y q u e " l a e n s e ñ a n z a q u e d i s p e n s a el
i n s t i t u t o es o n e r o s a " .
A partir de entonces los alumnos comienzan a
r e b e l a r s e y L a c a n a s e r a c u s a d o de esa instiga-
ción;Jenny Roudinesco, en carta dirigida conjun-
tamente a Lacan y Nacht, a f i r m a que "gracias al
análisis u n g r a n n ú m e r o d e l o s a l u m n o s h a n al-
c a n z a d o u n a p l e n a m a d u r e z y l a expansión de su
p e r s o n a l i d a d . N o p u e d e n m e n o s q u e s u f r i r p o r ser
tratados indefinidamente c o m o menores y alum-
n o s " . L o s a l u m n o s r e c h a z a n las exigencias autori-
t a r i a s y las c a r g a s e c o n ó m i c a s . Se r e s p o n s a b i l i z a
a L a c a n p o r e l m o t í n y e l 5 d e j u n i o se m o c i o n a
e l r e t i r o d e s u i n v e s t i d u r a p r e s i d e n c i a l e n l a spp
p o r a p l i c a c i ó n d e l a r t í c u l o 35 d e l o s e s t a t u t o s . E l
s e c t o r l a c a n i a n o a r g u y e q u e los e s t a t u t o s de la
s o c i e d a d c o n s t a n d e 3 3 a r t í c u l o s y n a d i e p u e d e en-
c o n t r a r textos e d i t a d o s de artículos siguientes. N o
o b s t a n t e , e l 16 d e j u n i o s e l e , r e c h a z a l a c o n f i a n z a
y L a c a n deja s u m a n d a t o . E s seguido p o r Lagache,
Dolto, Favez-Boutonnier, Reverchon-Jouve, Hes-
n a r d , Berge y Laforge q u e adherirán a l a nueva
S o c i e d a d F r a n c e s a de Psicoanálisis j u n t o c o n unos
40 a n a l i s t a s e n f o r m a c i ó n .
T r a s l a e s c i s i ó n e l p l e i t o se t r a s l a d a a l a I P A , ins-
tancia internacional, donde los nachtobonapartis-
tas, b i e n instalados j u n t o a l teléfono y e l t r o n o
de A n a F r e u d d e c i d e n q u e L a c a n y sus compañeros
n o p o d r á n t o m a r l a p a l a b r a e n l a i n m i n e n t e sesión
administrativa de Londres q u e trataría e l caso
francés. E n esa reunión a b o g a n L o e w e n s t e i n y Ba-
l i n t p o r los secesionistas, p e r o están solos. E l resto,
a instancias de l a princesa, de A n n a F r e u d (dolida
p o r l o s e s t u d i a n t e s q u e a s i s t e n i m p o t e n t e s a l des-
g a r r a m i e n t o d e l d i v o r c i o de los padres), y de H ,
H a r t m a n n , n o hace lugar a la palabra de la S F P y
n o m b r a u n a comisión investigadora p r e s i d i d a p o r
" D I S C U R S O D E R O M A " D E L A C A N 167
TyyinniGOt p a r a q u e i n v e s t i g u e s o b r e e l t e r r e n o . L a
c^îsión v i a j a a Francia, entrevista a los protago-
nistas y c o n c l u y e a c o n s e j a n d o el rechazo d e l p e d i -
do d e c o n t i n u a r e n l a I P A d e l " g r u p o L a g a c h e " , a d u -
ciendo las desviaciones técnicas de los d i m i s i o n a -
rios, de L a c a n e n p a r t i c u l a r . F i n a l m e n t e , e n j u n i o
de 1 9 5 4 , se i n a u g u r a o f i c i a l m e n t e e l I n s t i t u t o d e
Psicoanálisis, p r e s i d i d o p o r N a c h t , a n t e las a u t o r i -
dades e d u c a c i o n a l e s f r a n c e s a s a l a s q u e a q u é l ase-
gura q u e t i e n e n "todo el derecho de m i r a d a sobre
nuestra acción".
i i i ] L,a ctA.estion del ingreso de no médicos a la
práctica y a la institución psicoanalítica. E l pri-
mer p r o y e c t o p a r a l a fundación de u n i n s t i t u t o
francés d e psicoanálisis f u e e l a b o r a d o p o r L a c a n
en 1949. E n e l m i s m o se p r i v i l e g i a b a a l t í t u l o m é -
dico c o m o condición p r e v i a al ingreso y al antece-
dente de la práctica h o s p i t a l a r i a " m e j o r q u e la
del i n t e r n a d o " . N o o b s t a n t e , agregaba: "Pero el
psicoanálisis, pieza m a e s t r a de t o d a psicología c o n -
creta, i n t e r e s a a h o r a a casi t o d a s las técnicas q u e
van desde las f o r m a s m o d e r n a s de la asistencia
social, p a s a n d o p o r l a racionalización d e l t r a b a j o ,
hasta los confines de la antropología. S u formación
es n e c e s a r i a p a r a l o s n o m é d i c o s [ . - ] N i n g u n a
presentación, a u n c u a n d o tuviese aspecto a u t o d i -
dáctico, podría ser d e s c a r t a d a e n p r i n c i p i o . " Y con-
tinúa a c l a r a n d o q u e l a f o r m a c i ó n p s i c o a n a l í t i c a n o
implica prohibición alguna para i n t e r v e n i r en la
práctica a los p s i c o a n a l i s t a s n o médicos, a u n q u e
ellos n o podrán t o m a r a s u c a r g o la c u r a de u n
p a c i e n t e q u e n o les h a y a s i d o c o n f i a d o p o r u n
médico psicoanalista.
E s t a línea d e división será c o n s t a n t e . T o d o s los
p r o y e c t o s d e N a c h t a p u n t a n a l a l i m i t a c i ó n d e lá
práctica psicoanalítica a los médicos. T o d o s los de
Lacan tienden a p e r m i t i r l a a los profanos o laicos
(laien, decía F r e u d ) . L a razón de la d i f e r e n c i a
puede verse a h o r a c o n c l a r i d a d : el g r u p o laca-
n i a n o tendía a l a e s p e c i f i c i d a d teórica y a la a u t o -
nomía d e l a p r á c t i c a p s i c o a n a l í t i c a . E l g r u p o d e l a
Sí>p a p u n t a b a a l r e c o n o c i m i e n t o o f i c i a l . " S e r e c u e r d a
168 L A C A N Y E L P S I C O A N A L I S I S
que el e j e r c i c i o -del psicoanálisis q u e d a some-

t i d o a las reglas q u e r i g e n el e j e r c i c i o de la medi-
cina" ( d e l p r o y e c t o N a c h t d e e s t a t u t o s d e l ins-
tituto).
i v ] Acusaciones de "estalinismo" por parte del
sector disidente hacia el grupo de Nacht. E l comu-
n i c a d o o f i c i a l d e c o n s t i t u c i ó n de l a S F P (de Laga-
che y Lacan) establece de m o d o t a j a n t e q u e la
línea d i v i s o r i a n o p a s a p o r ningún a s p e c t o i m p o r -
t a n t e : " C o n r e l a c i ó n a l a S P P , q u e t e r m i n a m o s de
dejar, n o c o n o c e m o s n i n g u n a d i f e r e n c i a de doctri-
n a e n l o q u e c o n c i e r n e a l a teoría y la técnica del
p s i c o a n á l i s i s . " Y e n j u l i o , c u a n d o L a g a c h e se d i r i g e
a la I P A , p i d e que "se reconozca, p u r a y simple-
m e n t e , el d e r e c h o de e x i s t i r de la S F P , p u e s t o que
n o hay c o n el o t r o g r u p o ningún debate n i diver-
g e n c i a d e p r i n c i p i o s o b r e e l p s i c o a n á l i s i s o s u prác-
tica, i n c l u y e n d o el a c u e r d o en lo r ef er ente a la du-
r a c i ó n d e l a c u r a y l a f r e c u e n c i a y la duración de
las sesiones" (cursivas nuestras).
Expresamente salvada toda diferencia concep-
t u a l , los términos . d e l desacuerdo p a r a los disi-
d e n t e s se r e d u c e n a d i s c u r s o s d e l a é p o c a d e l a
g u e r r a fría: ellos s o n " d e m o c r á t i c o s " , " r e s p e t u o -
s o s " y " s o l i d a r i o s " , los o t r o s son " a u t o r i t a r i o s " ,
son " u n a fracción s i n p r i n c i p i o s que a p u n t a p r i n -
c i p a l m e n t e a la c o n q u i s t a y la conservación del
p o d e r " , que h a n t o m a d o a L a c a n y sus v a r i a n t e s
técnicas c o m o u n " c h i v o e m i s a r i o p o r s u incapa-
c i d a d de r e c o n o c e r sus p r o p i o s e r r o r e s y de reajus-
tar su c o n d u c t a " . Las diferencias —se ^ d u c e — no
son d o c t r i n a r i a s s i n o de " o r d e n m o r a l " . E l m a n i -
fiesto t e r m i n a c o n estas frases, c o n m o v e d o r a s y
generadoras de sonrisas h o y ; " C o m b a t i m o s p o r la
l i b e r t a d de la ciencia y p o r el h u m a n i s m o . E l h u -
m a n i s m o es d é b i l s i n o es m i l i t a n t e . " N o c u e s t a
r e c o n o c e r e n ese t e x t o a l a r e t ó r i c a d e Lagache.
P e r o también el p r o p i o L a c a n en s u c a r t a a Loe-
w e n s t e i n d e j u l i o d e 1953 l e d i c e : " H e v i s t o c o n
t e r r o r u n a concepción de las relaciones h u m a n a s
q u e se h a m a n i f e s t a d o e n e l e s t i l o y l a s f o r m a s
q u e v e m o s f l o r e c e r e n las d e m o c r a c i a s populares.
:i^ÎSCURSO D E R O M A " D E L A C A N 169
^ a n a l o g í a e r a asombrosa y los efectos de g r u p o

^ é de ello r e s u l t a r o n m e h a n enseriado más sobre
^ ' p r o b l e m a , q u e s i e m p r e m e fascinó, d e l t i p o de
^&CGSO l l a m a d o de Praga, q u e todas m i s reflexio-
sin e m b a r g o bastante avanzadas sobre esté
fema." Y Lagache, a l presentar a Lacan el 8 de
j M l i o d e 1953 p a r a l a p r i m e r a a c t i v i d a d c i e n t í f i c a
Jé l a n u e v a S F P , d i c e : " H e m o s e l e g i d o l a l i b e r t a d . "
v ] Las cuestiones personali^s. P^TGCGTI haber sido
las d e t e r m i n a n t e s f u n d a m e n t a l e s . E l p a p e l d e a r -
bitro y de factor decisivo fue jugado p o r la prin-
cesa M a r i e B o n a p a r t e . A p o y ó p r i m e r o a L a c a n p o r
su c o n d i c i ó n d e p s i c o a n a l i s t a n o m é d i c a . P e r o , e n
el d e c i r d e L a c a n , s u f r a c a s o se d e b i ó a q u e c u a n d o
presentó s u p r o y e c t o de e s t a t u t o " n o h i c e m e n -
ción d e l a p r i n c e s a n i d e s u s f u n c i o n e s h o n o r a r i a s ,
y ese s o l o h e c h o b a s t ó p a r a d e c i d i r l o t o d o " , t a n t o
e n e l n i v e l l o c a l , p u e s se p a s ó a l b a n d o d e N a c h t ,
como en el nivel i n t e r n a c i o n a l , p o r sus estrechas
vinculaciones c o n A n n a F r e u d , factótum de la I P A .
E l p r i n c i p a l apoyo de L a c a n fue D a n i e l Lagache,
con s u ideología l i b e r a l , q u e o p u s o u n d i q u e de i n -
dignación a l o s m a n e j o s de N a c h t , a u n q u e n u n c a
adhirió t o t a l m e n t e a las p o s t u r a s d e L a c a n , " a
q u i e n t o d o s a d m i r a m o s pese a sus pequeños de-
fectos".
La f i g u r a de N a c h t aparece c o m o la de u n o s c u r o
nibelungo empeñado en menoscabar el brillo y la
influencia de s u hasta entonces a m i g o Lacan.
E l 14 d e j u l i o d e 1953 L a c a n e s c r i b e u n a e x t e n -
sísima c a r t a p i d i e n d o a p o y o a n t e l a I P A a R. L o e -
w e n s t e i n , s u ex a n a l i s t a , t a n d e n i g r a d o después e n
su o b r a c o m o u n o d e los e l e m e n t o s d e l a t r o i c a
( j u n t o a H a r t m a n n y K r i s ) teórica d e l análisis d e l
Y o . E n esa c a r t a a f l o r a l a pasión d e L a c a n , las a c u -
saciones personales y los epítetos c o n t r a N a c h t , e l
c h i s m o r r e o de la época, s u r a b i a c o n t r a la p r i n -
cesa, c a l i f i c a d a d e n e f a s t a , y s u a c t i t u d afectuosa
hacia el gruóô d e los a l u m n o s q u e l o siguió en el
c a m i n o del ostracismo.
Finalmente, consideremos a S e r g e L e b o v i c i , se-
c r e t a r i o d e N a c h t . C o s i g n a t a r i o e n 1949 d e u n a r -
170 L A C A K Y E L P S I C O A K Á L I S I
t í c u l o t i t u l a d o " E l p s i c o a n á l i s i s , i d e o l o g í a reacción
nariaÂutocrítica", a p a r e c i d o e n u n a revista del
P a r t i d o C o m u n i s t a F r a n c é s . E s u n a v i o l e n t a dia-
t r i b a c o n t r a l a teoría y l a práctica psicoanalítica,
d e ésas q u e se oían e n t i e m p o s d e S t a l i n , p e r o
aderezada e n este caso c o n u n c o n o c i m i e n t o del
p s i c o a n á l i s i s d e s d e a d e n t r o . E s i n t e r e s a n t e señalar
q u e e n u n a o p o r t u n i d a d e n l a S P P se r e c h a z ó l a
s o l i c i t u d d e i n g r e s o d e u n c a n d i d a t o p o r h a b e r fir-
m a d o también esa "autocrítica". E n l a o p o r t u n i d a d
Eébovici guardó silencio. P e r o t a l vez más intere-
s a n t e r e s u l t e h o y c o n s i g n a r q u e S e r g e L e b o v i c i es
el presidente d e l a A s o c i a c i ó n I n t e r n a c i o n a l de
Psicoanálisis.
7. ALCUNAS INCIDENCIAS DEL
PRIMER LACAN" SOBRE LA
TÉCNICA PSICOANALÍTICA *
E l arte d e l psicoanalista debe ser el de

suspender las certidumbres subjetivas hasta
q u e se c o n s u m a n s u s ú l t i m o s e s p e j i s m o s . Y
es e n e l d i s c u r s o d o n d e d e b e e s c a n d i r s e s u
resolución.
JACQUES LACAN, Écrits, p . 251
[Escritos I, p p . 72-73].
El yo es l a teología de l a l i b r e empresa
JACQUES LACAN, Écrits, p . 335
[Escritos II, p . 103],
A QUIÉN M E DIRIJO Y PARA QUÉ
Partiré de dos suposiciones q u e , m e consta, s o n

i n e x a c t a s . L a d e q u e e n e s t e a u d i t o r i o n o se t i e n e
idea a l g u n a sobre la o b r a de L a c a n y l a de que,
t a m b i é n a q u í , s e e s v í c t i m a d.el p r e j u i c i o d e q u e
se t r a t a d e u n a o b r a h e r m é t i c a e i n a c c e s i b l e p a r a
un público u n i v e r s i t a r i o n o preparado especial-
mente.
Y d e f i n o m i o b j e t i v o : n o el de t r a t a r d e e x p o n e r
los f u n d a m e n t o s d e l s i s t e m a l a c a n i a n o , t a r e a q u e
sería i m p o s i b l e d e r e a l i z a r s i n c a e r e n i m p e r d o n a -
* E s t a s ref^lexiones s u r g i e r o n c o n m o t i v o d e u n a m e s a
r e d o n d a s o b r e e l psicoanálisis l a c a n i a . n o e n u n <;iclo d e
r e u n i o n e s s o b r e l a s d i s t i n t a s o r i e n t a c i o n e s dêl p s i c o -
análisis c o n t e m p o r á n e o q u e o r g a n i z a r o n l o s d ó c t o f e s
Jaime W i n k l e r y Jorge Cappon bajo los auspicios de la
D i v i s i ó n d e E s t u d i o s S u p e r i o r e s d e l a F a c u l t a d d e Psi-
cología d e l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é -
x i c o , y q u e t u v o l u g a r e n n o v i e m b r e d e 197J3u E l t e x t o
ha sido c o n s i d e r a b l e m e n t e corregido y a m p l i a d o .
[171]
172 LACAN Y E L PSICOANALISIS^
b l e s v u l g a r i z a c i o n e s e n e l t i e m p o a s i g n a d o ; n o el
de relatarles l a técnica psicoanalítica de Lacan, a
l a q u e c o n o z c o s o l a m e n t e p o r l a vía d e l r u m o r -
n o e l d e e x p o n e r u n a i m p o s i b l e " t e o r í a d e l a téc-
n i c a " p s i c o a n a l í t i c a c e n t r a d a e n L a c a n , s i n o e l de
a c l a r a r u n o s p o c o s p u n t o s e n r e l a c i ó n c o n l a prác-
t i c a d e l p s i c o a n á l i s i s ( d e b e r í a d e c i r : c o n m i prác-
t i c a p s i c o a n a l í t i c a ) , q u e h a n s i d o i n f l u i d o s p o r ese
v a s t o s i s t e m a q u e es h o y l a e s c u e l a , n o p o r nada
l l a m a d a freudiana, de Lacan. P u n t u a l i z a r inciden-
c i a s , n i i n c i d e n t e s n i a c c i d e n t e s , p a r a q u e quie-
n e s e s t a n d o a q u í p r e s e n t e s y r e c o n o z c a n allí, e n
ese s i s t e m a , s u v o c a c i ó n y s u interés, p u e d a n a b r i r -
se a U n m u n d o , e l d e l psicoanálisis, e l d e ellos
m i s m o s , p o r l o tanto, q u e merece ser explorado.
Donde pueden ser exploradores.
Pues si l a i n a c c e s i b i l i d a d de l a o b r a de Lacan
es u n p r e j u i c i o , c o s a q u e m i s a l u m n o s s a b e n , n o
e s m e n o s c i e r t o q u e a c e r c a r s e a e l l a e x i g e u n es-
fuerzo. Cosa q u e también saben.
FREUD, LA INSTITUCIÓN Y LACAN
Toda la obra del " p r i m e r L a c a n " puede leerse

c o m o u n i n m e n s o c o m e n t a r i o e n t o m o a l descu-
b r i m i e n t o freudiano del inconsciente y a los modos
de a b o r d a r l o . ¿ P a r a qué? ¿ N o d i j o F r e u d l o que
8 ^ M e c o n s t a d e l o a r b i t r a r i o q u e es h a b l a r d e u n
" p r i m e r " y u n " s e g u n d o " L a c a n . S i n e m b a r g o , y reco-
nociendo que no hay r u p t u r a sino continuidad rigurosa,
d e b o señalar u n p u n t o — u n a é p o c a — d e g i r o e n s u p r o -
d u c c i ó n : Y f e c h a r l o : 1964, f u n d a c i ó n d e l a E s c u e l a F r e u -
d i a n a d e P a r í s , y S e m i n a r i o x i s o b r e Les qttatre con-
cepts fondamentaux de la psychanalyse; 1966, p u b l i c a -
c i ó n d e l o s Écrits. ¿Cómo caracterizar el giro? Por u n
a b a n d o n o c a d a v e z m á s v i s i b l e d e l a técnica e x p o s i t i v a
de comentar a F r e u d y p o r u n a progresiva tendencia
a manejarse c o n conceptos generados p o r el p r o p i o
L a c a n d u r a n t e e l d i s c u r s o d e l o s años a n t e r i o r e s . L a
referencia a F r e u d n u n c a desaparece, pero, desde esta
jp£, "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 173
Ijábía q u e d e c i r a l r e s p e c t o ? Sí. L o d i j o . Y d e f i n i ó
jt3:ipiemente a l psicoanálisis c o m o l a articulación
jde u n a t e o r í a a c e r c a d e c i e r t o s o b j e t o s d e c o n o c i -
j p i e n t o , u n m é t o d o p a r a e x p l o r a r esos o b j e t o s teó-
rioos y u n a técnica p a r a o p e r a r t r a n s f o r m a c i o n e s ,
para la cura. Sabemos también l o sucedido a la
revolución f r e u d i a n a . Se l a i g n o r ó p r i m e r o . C u a n -
d o n o s e p u d o i g n o r a r l a y a , se l a c o m b a t i ó . Y
c u a n d o e l c o m b a t e acabó también e n d e r r o t a y se
v i o q u e y a n o se p o d í a s i l e n c i a r a l i n c o n s c i e n t e
q u e había e m p e z a d o a hacerse oír ( h a b l a r había
hablado siempre)... se p a s ó a l a i n f i l t r a c i ó n d e l
psiconálisis c o n esa m i s m a psicología d e l a l m a y
de l a c o n c i e n c i a q u e él debía d e s t e r r a r y a a s i g n a r -
le m e t a s pedagógicas y a d a p t a t i v a s e n t o d o ajenas
a s u esencia. Y esta m a n i o b r a , antídoto de l a re-
vulsión f r e u d i a n a , contó c o n e l c a b a l l o de T r o y a
de l o s p r o p i o s p s i c o a n a l i s t a s , q u e se s i n t i e r o n fe-
l i c e s d e s e r r e c o n o c i d o s p o r e l establishment y co-
r r i e r o n a sus brazos creyendo (creyendo hacer
creer q u e creían) q u e eran ellos los q u e l o con-
q u i s t a b a n . P o r q u e aquí e n t r a b a a a c t u a r u n c u a r t o
elemento d e f i n i t o r i o de "psicoanálisis" q u e n o f i -
g u r a b a e n l a definición f r e u d i a n a . H l psicoanálisis
es t a m b i é n u n a " i n s t i t u c i ó n " e n c a r g a d a d e s d e e l
c o n j u n t o de l a práctica social de la jurisdicción
s o b r e u n c i e r t o territorio,^» P e r o este a s p e c t o i n s -
t i t u c i o n a l d e l p s i c o a n á l i s i s n o es u n m e r o agre-
é p o c a , se h a c e m á s i n c i d e n t a l , m a t i z a d a y c r í t i c a . L o s
ú l t i m o s s e m i n a r i o s , p u b l i c a d o s e n Ornicar, y textos
conao Mi-dirG [Decir a medias], llegan incluso a trans-
currí r í n t e g r a m e n t e s i n q u e se m e n c i o n e a F r e u d . A
c o m i e n z o s d e 1980 L a c a n d i s o l v i ó " s u " E s c u e l a F r e u -
d i a n a d e P a r í s , ¿ S e a b r í a así e l c a m i n o h a c i a u n " t e r -
cer Lacan"?
M u c h o s de los conceptos v e r t i d o s e n e l capítulo 3
d e ^'Clasificar en psiquiatría", e n este m i s m o v o l u m e n ,
SG a p l i c a n t a m b i é n a l psicoanálisis e n t a n t o a p a r a t o
i d e o l ó g i c o d e e s t a d o . N o e s t i m o c o n v e n i e n t e r e p e t i r ese
d e s a r r o l l o , y e l l e c t o r p u e d e h a c e r l a s pequeñas correc-
c i o n e s q u e se n e c e s i t a n p a r a p a s a r d e l a institución
p s i q u i á t r i c a a lá p s i c o a n a l í t i c a m a n t e n i e n d o e l g r u e s o
d e l a a r g u m e n t a c i ó n allí e x p u e s t a .
174 LACAN Y E L PSICOANAUsis
g a d o c o n el f i n de c o m p l e t a r u n a definición. Más
q u e eso. E s t e c u a r t o p n i n t o , d e l q u e podríamos
d e c i r q u e es u n p u n t o c i e g o e n F r e u d , es e l p u n t o
d e c i s i v o p o r q u e d e é l d e p e n d e l o q u e s u c e d e e n los
o t r o s t r e s . L a h i s t o r i a d e l p s i c o a n á l i s i s se i n c l u y e en
u n a h i s t o r i a de las f o r m a c i o n e s sociales y del modo
de producción capitalista. S u objeto, s u método y
s u técnica, los t r e s e l e m e n t o s i n c l u i d o s e n la defini-
ción d ^ d a p o r F r e u d , q u e d a n s o m e t i d o s a factores
a j e n o s a l p s i c o a n á l i s i s m i s m o . P a r a s e r institución
d e b í a i n t e g r a r s e . a u n j u e g o d e l p o d e r p o l í t i c o que
regulaba s u estatuto, sus procedimientos de p r o
ducción y r e p r o d u c c i ó n , s u s c a p a c i d a d e s de difu-
s i ó n , s u d i s c u r s o m i s m o . E l p s i c o a n á l i s i s , q u e había
h e c h o o í r l a v o z d e l d e s e o r e p r i m i d o , debía inte-
grarse en u n a estructura destinada a perpetuar
l a o p r e s i ó n . I n s t i t u c i ó n p s i c o a n a l í t i c a es u n a ex-
presión c o n t r a d i c t o r i a , cargada de u n a antinomia
l i n d a n t e c o n e l e s c á n d a l o . L a i n s t i t u c i ó n es l a m u e r -
t e d e l p s i c o a n á l i s i s . E l p s i c o a n á l i s i s es l a m u e r t e
de l a institución. P u e d e q u e sólo l a m a r g i n a l i d a d ,
e s a m a r g i n a l i d a d e n l a q u e se o r i g i n ó , c o n v e n g a
al descubrimiento freudiano. O una institucionali-
z a c i ó n i n e s t a b l e , e x p u e s t a s i e m p r e a l a di-solución,
opuesta s i e m p r e a l a centralización y el dogmatismo,
ataúdes d e l deseo.
Cabe r e c o r d a r a M a u d M a n n o n i : " E s t e polémico
l l a m a d o d e a t e n c i ó n es n e c e s a r i o p a r a s u b r a y a r q u e
[. . .] e n l a a c t u a l i d a d l o q u e a s u m e e l l u g a r d e l
c r i t e r i o científico s o n las i m p l i c a c i o n e s pasionales y
las i n t r i g a s d e t o d o t i p o . Se r e i v i n d i c a a l psicoaná-
lisis c o m o ciencia, Pero en los hechos n o hay lugar
p a r a l a ciencia. L a organización de las institucio-
nes, d e l a enseñanza, los c r i t e r i o s de selección y
de formación, s o n p u r a m e n t e políticos," Y poco
más adelante: " E n esta situación, e l psicoanálisis
c o m o c i e n c i a está l l a m a d o a d e s a p a r e c e r . S i sobre-
M a u d M a n n o n i , Le psychiatre, son "fou" et la psy-

chanalyse, P a r í s , S e u i l , 1970, p . 219 [El psiquiatra, su
"loco" y el psicoanálisis, M é x i c o , S i g l o X X I , 1976,
p . 206].
" P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 175
vive, e l l o sólo será a l p r e c i o d e n o i n t e g r a r s e a l

a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o d e l e s t a d o . V i v i e n d o ál m a r -
g e n d e t o d o r e c o n o c i m i e n t o , e n u n l u g a r e n q u e se
lo considerará m a l d i t o c o m o a l a peste, llegará a
recuperar el v e r d o r del comienzo de la era freu-
diana (y a escapar a l a e r a menopáusica q u e h o y
l o a q u e j a ) . " ^«
Y u n o s a ñ o s d e s p u é s : " E l p s i c o a n á l i s i s e s a-so-
c i a l : a p a r t i r d e allí, e l p r o b l e m a q u e se p l a n t e a
n o ^s t a n t o d e f o r m a r c o m o d e d e s h a c e r . L o q u e
a s o m b r a es l a m a n e r a e n q u e e l p s i c o a n á l i s i s h a
sido recuperado p o r los p r o p i o s analistas desde
el m o m e n t o én q u e se p l a n t e a r o n c o m o e s p e c i a l i s -
tas. E l psicoanálisis, p a r a s e g u i r s i e n d o o p e r a n t e ,
parece deber v i v i r a c o n t r a c o r r i e n t e . Desde q u e
a b a n d o n a u n a posición de m a r g i n a l i d a d , llega a
a l i m e n t a r las ciencias anexas a l p r e c i o de p e r d e r
su p r o p i a dimensión de v e r d a d . Y e s t o n o deja de
i n f l u i r s o b r e u n a práctica q u e a r r i e s g a así e n c o n -
trarse pervertida o esterilizada."
E s t a situación político-institucional e x p l i c a p o r
qué F r e u d f u e r e d u c i d o a u n a serie de fórmulas
contrarias a l o que explícitamente F r e u d decía.
Fue d i g e r i d o . Y los desechos d e esa digestión ofre-
cidos a las nuevas generaciones de analistas. I n a d -
v e r t i d a m e n t e el psicoanálisis volvió a l a psicolo-
gía g e n e r a l . E n t o n c e s y a n o d e l a c o n c i e n c i a , s i n o
d e l Y o , D e ahí e l g r i t o l a c a n i a n o , s u c o n s i g n a :
v o l v e r a F r e u d , es d e c i r a s u d e s c u b r i m i e n t o , a
ese c o n j u n t o d e t e x t o s q u e l l a m a m o s F r e u d . Y n o
para repetirlo. Para desarrollarlo. Para profundi-
zar la revolución c o p e r n i c a n a de F r e u d : el sujeto
descentrado de s u p r o p i o yo.
.^"^ Ibid., p . 221 [ p . 208],

M a u d M a n n o n i , La théorie comme fiction, París,
Séuil, 1979, p . 9 1 .
LA DEGRADACIÓN D E LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA
E l o l v i d o O , m e j o r , la forclusión de l a r u p t u r a
f r e u d i a n a n o podía q u e d a r e n u n s i m p l e empolva-
m i e n t o d e c i e r t o s t e x t o s . A l g u a r d a r e n l o s ana-
q u e l e s l o s l i b r o s e n l o s q u e F r e u d p r o t o c o l i z a el
" p u n t o d e n o r e t o r n o " a l p a s a d o d e l a psicología,
l o s l l a m a d o s p o r E a c a n l i b r o s c a n ó n i c o s (Zâ inter-
pretación de los sueños, Psieopatología de la vida
cotidiana y El chiste y su relación con el incons-
ciente), s e a r c h i v a b a t a m b i é n l a o r i g i n a l i d a d de
ésta e x p e r i e n c i a q u e definía a l psicoanálisis e n el
c a m p o d e l lenguaje. L a consecuencia necesaria era
l a distorsión de l a técnica q u e t r a b a j a b a p a r a hacer
c o n s c i e n t e l o i n c o n s c i e n t e p o n i e n d o e n j u e g o la
función de l a p a l a b r a . L a s nociones centrales en
F r e u d d e transferencia, resistencia y síntoma son
r e d e f i n i d a s y p u e s t a s a c o n s i d e r a b l e d i s t a n c i a de
s u d e f i n i c i ó n c o n c e p t u a l ; o t r a s c o m o libido y deseo
s o n o l v i d a d a s ; o t r a s m á s c o m o pulsión son mal
t r a d u c i d a s y derivadas a l t e r r e n o de u n a ideolo-
g í a b i o l ó g i z a n t e . C o n c e p t o s e s p e c í f i c o s d e l a técni-
c a c o m o repetición o reacción terapéutica negativa
son t r a n s f o r m a d o s en simples términos descrip-
t i v o s . L a regresión es e l e v a d a a l r a n g o d e m e c a -
nismo de la cura. E l encuadre propuesto por
F r e u d p a r a l i b e r a r l a p a l a b r a es a h o r a e s c e n a r i o
d o n d e se r e p r e s e n t a u n r i t u a l o b s e s i v o , a n á l o g o a
u n c e r e m o n i a l r e l i g i o s o . Se p r o m u e v e l a alianza
e n t r e el y o r a z o n a b l e d e l p a c i e n t e y el y o analítico
del analista.
E l o l v i d o de l a función de l a p a l a b r a lleva a
s u b r a y a r l a interpretación de los gestos y las acti-
t u d e s c o m o cosas dadas d i r e c t a m e n t e a la " i n t u i -
c i ó n ' ' d e l a n a l i s t a y se s u p o n e q u e t o d o l o m u s c u -
l a r y v e g e t a t i v o es " p r e v e r b a l " , e q u i v a l e n t e a l o s
m o v i m i e n t o s afectivos inconscientes de u n ser que
r e g r e s ó a u n m o m e n t o a n t e r i o r a l l e n g u a j e . Se b u s -
ca así l a v e r d a d d e l i n c o n s c i e n t e e n u n a c o m p r e n -
sión e m p a l i c a d e l estado e m o c i o n a l d e l sujeto y
se r e f u e r a a l a infantilización d e l a n a l i z a n d o c o n e l
peso de la p a l a b r a i n t e r p r e t a t i v a dada e n el seno
^ / ' P R I M E R LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 177
4fi l a s i t u a c i ó n t r a n s f é r e n c i a l . V o l v i e n d o así a l
¿¡ampo d e l a s u g e s t i ó n d e l c u a l e l p s i c o a n á l i s i s
, ^ e r g i ó c u a n d o F r e u d privilegió e n él l a acción
^ l a p a l a b r a . D e s c u i d a n d o a las asociaciones' l i -
feÉes, c o r a z ó n d e l m é t o d o . S e j e r a r q u i z a e l p a p e l
del " o b j e t o g e n i t a l t o t a l " y s e l o e l e v a a l a c o n -
dición d e m e t a d e l análisis: l l e v a r a l p a c i e n t e a
una relación m a d u r a de o b j e t o . G o m o si F r e u d n o
j ^ b i e s e marcado desde el p r i n c i p i o de s u o b r a el
carácter d e r a d i c a l i n a c c e s i b i l i d a d d e l o b j e t o d e l
deseo, p e r d i d o desde l a experiencia originaria,
íâando e l s u j e t o s e c o n s t i t u y ó p r e c a r i a m e n t e c o m o
Uno a p a r t i r d e u n a fragmentación a n t e r i o r . Se
p o n e así u n a z a n a h o r i a d e l a n t e d e l p a c i e n t e y se
le d i c e q u e d e b e m a r c h a r t r a s e l l a h a s t a a l c a n -
zarla e n el m o m e n t o d e l a identificación c o n - e l
a n a l i s t a . Y se o l v i d a q u e e l e s t a t u t o d e l a b ú s q u e d a
del o b j e t o d e l deseo p a r a e l s u j e t o psicoanalítico
es e l d e c o r r e r d e t r á s d e u n e s p e j o q u e r e f l e j a
delante de los ojos d e l metafórico b u r r o a u n a
z a n a h o r i a e m p l a z a d a detrás de él. U n : "Desearás,
y p o r q u e desearás correrás detrás d e l o b j e t o d e t u
deseo q u e p a r a s i e m p r e se t e e s c a p a r á . "
Se destaca c o m o u n a d e l a n t o e l r e t r o c e s o a l a
más a r c a i c a psicología d e las e m o c i o n e s y l a lite-
r a t u r a psicoanalítica se a p r e s u r a a desembarazarse
del v o c a b u l a r i o p u l s i o n a l f r e u d i a n o . U n a u t o r t a n
lúcido c o m o M i c h a e l B a l i n t p u e d e j a c t a r s e : " P a r a
empezar, l a expresión 'fuente de u n a pulsión' y a
c a s i n o se u t i l i z a e n n u e s t r o s días n i v e r b a l m e n t e
ni p o r escrito; igualmente, el término ' f i n de la
p u l s i ó n ' se h a c e c a d a v e z m á s r a r o e n n u e s t r a s
consideraciones teóricas; i n c l u s o la expresión ' i n -
hibido en s u fin-o meta', m u y frecuentemente uti-
l i z a d a e n o t r o s t i e m p o s se e m p l e a r a r a m e n t e ; l o s
o b j e t o s y r e l a c i o n e s d e o b j e t o están e n el p r i m e r
p l a n o d e s d e h a c e u n t i e m p o y , h e c h o caracterís-
t i c o q u e es i m p o r t a n t e p a r a m i t e s i s , n o se l a s
u t i l i z a prácticamente n u n c a e n relación c o n s u ad-
jetivo de origen, 'objeto pulsional'; nunca he visto
u oído l a expresión 'relación c o n u n o b j e t o pulsio-
n a l ' . A d e m á s , c a d a v e z s e e m p l e a n m e n o s l o s tér-
m i n o s m u y c o n o c i d o s d e a n a l , o r a l , g e n i t a l , etc
p a r a i n d i c a r el o r i g e n o el f i n de las pulsiones y
se l o s u s a c a d a vez m á s a m e n u d o , p a r a i n d i c a r
r e l a c i o n e s d e o b j e t o e s p e c í f i c a s , p o r e j e m p l o 'avi-
d e z o r a r , ' d o m i n a c i ó n a n a l ' , ' a m o r g e n i t a l ' , etc
F i n a l m e n t e , el término 'sádico' h a pasado progre-
s i v a m e n t e d e m o d a , l o q u e se d e b e , e n m i opinión
a q u e sus implicaciones son demasiado libidinales
y se r e l a c i o n a n e s t r e c h a m e n t e c o n las gratifica-
c i o n e s y c o n l o s f i n e s p u l s i o n a l e s ; e ñ s u l u g a r se
u t i l i z a n expresiones tales c o m o ' h o s t i l ' , 'agresivo',
'destructivo' q u e tienen u n a a f i n i d a d evidente con
las relaciones de objeto."^^ L a técnica c o m o proce-
d i m i e n t o p a r a l o g r a r c a m b i o s es c o n s i d e r a d a c o m o
s o b e r a n a e n relación c o n el m é t o d o analítico que
pretende llegar a la verdad invirtiéndose l a rela-
ción e n t r e a m b o s q u e d a b a s u o r i g i n a l i d a d y su
carácter i n n o v a d o r a l psicoanálisis.
P a r a F r e u d , d e s d e e l m o m e n t o e n q u e h u b o de-
f i n i d o a l " i n c o n s c i e n t e " c o m o o b j e t o teórico, la
técnica psicoanalítica f u e u n m o m e n t o s u b o r d i n a -
d o a l a c o r r e c t a aplicación d e l método. U n proce-
d i m i e n t o era técnicamente correcto en l a medida
e n q u e n o obstaculizase el c a m i n o hacia el conoci-
m i e n t o de l a v e r d a d . L a preocupación p o r l a me-
j o r í a y l a desaparición d e l o s síntomas cedía el
p a s o a l interés p o r e l e s c l a r e c i m i e n t o de l a estruc-
t u r a d e t e r m i n a n t e d e esos síntomas. P e r o e n esta
d e g r a d a c i ó n d e l a t é c n i c a se p r e t e n d e q u e e x i s t e
u n a teoría de la técnica que " t a l como lo hemos
d e s c r i t o es c l a r a m e n t e n o c o n g r u e n t e c o n l a t e o -
ría psicoanalítica del funcionamiento mental".®*
C l a r a m e n t e , u n a teoría de l a técnica i n c o n g r u e n t e
c o n l a t e o r í a d e l i n c o n s c i e n t e . E n e s e c o n t e x t o es
q u e se r e d e f i n i e r o n l o s c o n c e p t o s de resistencia
®2 M i c h a e l B a l i n t , Amour primaire et technique psy-

chanalytique, P a r í s , P a y o t , 1972, p p . 245-246.
®^ V é a s e e l c a p í t u l o s i g u i e n t e d o n d e se a b o r d a especí-
f i c a m e n t e l a cuestión d e l " c a m b i o " e n psicoanálisis.
^* K . A . M e n n i n g e r y P h . S. H o l z m a n , Theory of psy-
choanalytic technique, N u e v a Y o r k , B a s i c B o o k s , 1973,
p . 184.
^^^RXMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 179
^Pransferencia, fundamentos del método, y el psi-
^^^lálisis llega a ser técnica d e modificación de
^p^ducta e n l a q u e e l " h m h m m " d e l a n a l i s t a a c -
como elemento reforzador i n d i c a n d o a l pa-
^ ^ ^ t e q u e v a bien, q u e cuenta c o n l a aprobación
^^^respaldo d e s u m e n t o r y q u e t i e n e q u e s e g u i r
3^í. A d e m á s , y p a r a c o l m o d e m a l e s , se l l e g a a d e s -
éÜ|3TÍr q u e e n l a o b r a d e F r e u d e s t á i m p l í c i t o tin
'S^turitode vista adaptativo" que tiene en cuenta,
0ff la práctica analítica, a " l a relación c o n el m e d i o
^ ^ b i e n t e , los objetos de a m o r y odio, las relacio-
ipy^ c o n l a s o c i e d a d , etc."®^ P o d r í a s e g u i r e n u m e -
i^ndo impropiedades y acumulando referencias,
^ r o m e limitaré a r e c o r d a r las tres orientaciones
que d o m i n a b a n e l c a m p o e n e l m o m e n t o e n q u e
comenzó a oírse l a p r o t e s t a de Lacan.
L a p r i m e r a y m á s e s c a n d a l o s a es l a d e l I n s t i t u t o
d,e C h i c a g o , q u e l l e g a a d e c i r : " D e f i n i m o s a l p s i -
coanálisis, según c r i t e r i o s m á s esenciales, como
t o d a t e r a p i a basada en principios psicodinámicos
y c u y o i n t e n t o es c o n d u c i r a l p a c i e n t e h a c i a un
ajuste más satisfactorio con su ambiente, y ayudar
a l desarrollo armónico de sus capacidades."^^ Y
t r a s e s a d e f i n i c i ó n , c o h e r e n t e m e n t e se p r o p o n e e n
el p l a n o t é c n i c o e l m a n e j o d e l a t r a n s f e r e n c i a y
la o r i e n t a c i ó n d e l a v i d a e x t e r i o r d e l p a c i e n t e .
L a s e g u n d a es l a d e l a s t é c n i c a s q u e se r e c l a m a n
como ortodoxas freudianas aun cuando han rem-
plazado la metapsicología del fundador por la
psicología d e l y o . E s d e c i r q u e n o s o n s i g m u n d -
f r e u d i a n a s s i n o a n a f r e u d i a n a s . " L a técnica psico-
analítica está d i r e c t a m e n t e a p u n t a d a h a c i a e l Y o ,
p o r q u e sólo éste t i e n e acceso d i r e c t o a l E l l o , a l
S u p e r y o y a l m u n d o e x t e r i o r . N u e s t r o f i n es h a c e r
que el Y o r e n u n c i e a sus defensas patógenas o
que halle otras más p r o p i a s {proper)"^'^
R a l p h R. G r e e n s o n , Técnica y práctica del psico-
análisis, M é x i c o . S i g l o X X I , 1976, p . 40.
F. A l e x a n d e r y T h . F r e n c h , Terapéutica psicoana-
lítica, B u e n o s A i r e s , P a i d ó s , 1965, p . 45 ( c u r s i v a s d e
los a u t o r e s ) .
R a l p h R. G r e e n s o n , op. cit., p . 43.
180 LACAN: Y E L P S I C O A N Á L I S I S '
L a t e r c e r a y ú l t i m a es l a q u e d e r i v a d e l a obra
d e M e l a n i e K l e i n , E n e s t e c a s o se c o n s i d e r a qug
t o d o a c t o y t o d a p a l a b r a , p r o d u c i d o s e n l a sesión
analítica s o n l a expresión d e u n a fantasía incons-
c i e n t e d e l a n a l i z a n d o , s i e n d o l a fantasía inconscien-
te " e l r e p r e s e n t a n t e psíquico d e l i n s t i n t o " y "gj
c o n t e n i d o p r i m a r i o de los p r o c e s o s psíquicos in-
c o n s c i e n t e s [ - . .] q u e se r e f i e r e n p r i m e r a m e n t e a
c u e r p o s [ - - -] y q u e n o d e p e n d e n d e l a s p a l a b r a s
a u n q u e p u e d a n , b a j o c i e r t a s c o n d i c i o n e s , s e r ca-
p a c e s d e e x p r e s a r s e e n p a l a b r a s " . ® ^ A p a r t i r de
ésta concepción, c l a r o está, " l a l a b o r d e l analista
es d e s c u b r i r e i n t e r p r e t a r q u é c o n t e n i d o incons-
c i e n t e está e x p r e s a n d o e n e l m o m e n t o e l paciente
a q u í y a h o r a , e n l a sesión".®» A s í e l análisis t r a n s -
c u r r e e n m e d i o d e f r e c u e n t e s i n t e r p r e t a c i o n e s de
las proyecciones e introyecciones q u e constante-
m e n t e hace el paciente e n la p e r s o n a d e l analista
y q u e éste está e n c o n d i c i o n e s d e i n t e r p r e t a r p o r
s u c o n o c i m i e n t o de l a v i d a i n s t i n t i v a . E s t a asom-
b r o s a f a c u l t a d es p o s i b l e p o r " n u e s t r a capacitación
d e comprender y reconocer el proceso inconsciente
q u e s u b y a c e e n cada frase d e l a n a l i z a n d o , e n cada
movimiento mental, c a d a s i l e n c i o , c a d a c a m b i o de
r i t m o y v o z , y c a d a u n a d e s u s actitúdes".^^**
E n t o d a s estas f o r m a s d e degradación d e l psico-
a n á l i s i s l a m e t a a a l c a n z a r p o r l a t é c n i c a es e l Y o
m a d u r o , r o b u s t o , q u e h a s u p e r a d o f e l i z m e n t e las
etapas pregenitales d e l d e s a r r o l l o , q u e establece
b u e n a s r e l a c i o n e s d e o b j e t o y l o g r a u n " a m o r ge-
nital a r m o n i o s o " ( B a l i n t ) , q u e sabe d i s t i n g u i r sin
c o n f u n d i r s e l a r e a l i d a d y l a f a n t a s í a y q u e se h a
i d e n t i f i c a d o a f o r t u n a d a m e n t e , o r a c o n e l Yo,^®^ o r a
^® S. I s a a c s , " N a t u r a l e z a y f u n c i ó n d e l a fantasía",
e n M e l a n i e K l e i n et at.. Desarrollos en psicoanálisis,
B u e n o s A i r e s , H o r m é , 1971, p p . 73-115 ( e n e s p e c i a l
109-110).
J. Riviere, "Introducción general", en Melanie
K l e i n et al., op. cit. p . 32.
i « « H . R a c k e r , 'Êstudios sobre técnica psicoanalítica",
B u e n o s A i r e s , P a i d ó s , 1960, p . 32 ( c u r s i v a s d e l a u t o r ) .
R. F, S t e r b a , " T h e d y n a m i c s o f t h e d i s s o l u t i o n o f
PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 181
e l Superyó,^*>2 psicoanalista. Es a l i m -
a r t o d a s estas m e t a s y a l r e c o n o c e r s u ca-
e r i d e o l ó g i c o y c o n f o r m i s t a q u e c o m e n z ó , se
rtó y prosigue en la actualidad el desarrollo
iano, d e s m o n t a n d o el m e c a n i s m o esencial de
operación r e c u p e r a d o r a , d e n u n c i a n d o l a escan-
o s a d i s c o r d a n c i a e n l a c o n s i d e r a c i ó n d e Le moi
i^ns ta théorie de Freud et dans la technique de
psychoanalyse [ E l Y o e n l a teoría d e F r e u d y
¿a l a t é c n i c a d e l psicoanálisis].^''^
j¿f*orque e l Y o f u e s i e m p r e p a r a F r e u d l a i n s -
^ n e i a d e l a q u e procedían l a s r e s i s t e n c i a s q u e él
^ c o n t r a b a e n e l p r o c e s o d e l a c u r a analítica c o m o
(SEpxelato d e l a r e p r e s i ó n . L o s m i s m o s elevados
sistemas q u e habían rechazado anteriormente la
iíKrlusión d e l o s r e p r e s e n t a n t e s p u l s i o n a l e s e n e l
caunpo d e l d i s c u r s o ; l o s m i s m o s q u e habían c o n -
siderado q u e esos s i g n i f i c a n t e s e r a n i n c o n c i l i a b l e s
con el y o d e l e n u n c i a d o , s o n los q u e e n este m o -
m e n t o e n q u e l a p a l a b r a es l i b e r a d a p o r l a c o n -
signa analítica continúan oponiéndose a l a e m e r -
gencia d e l a v i e j a p e r o n u n c a a d m i t i d a v e r d a d e n
el n u e v o d i s c u r s o , y así l o p e r c i b e e l a n a l i z a n d o :
c o m o u n a situación a f e c t i v a m e n t e d i s p l a c e n t e r a ; y
también l o p e r c i b e así e l a n a l i s t a : c o m o u n b l o -
queo, u n t r a s t a b i l l a r de l a cadena asociativa.
Lo inconsciente n o tiende sino a abrirse paso
i r r u m p i e n d o d e u n a m a n e r a c i e g a y r e p e t i t i v a ; es
la c o m p u l s i ó n d e repetición, Y l a función d e l Y o
es l a d e p r o t e g e r u n a i m a g e n — h e c h a d e p a l a b r a s —
de sí m i s m o m a n t e n i e n d o a l e j a d o a e s t e saber.
R e s i s t e n c i a es a c t u a l i z a c i ó n e n l a c u r a d e l a r e -
presión. Represión y resistencia son procesos
sinónimos espaciados e n t r e e l t i e m p o d e l a signi-
t h e t r a n s f e r e n c e r e s i s t a n c e " , e n PsvchoanaWtic Quar-
terly, t . 9, 1940, p . 363.
J. Strachey, " T h e nature o f the therapeutic action
o f p s y c h o a n a l y s i s " , e n International Journal of Psy-
choanalysis, t . 15, 1934, p . 127.
lo.-í T í t u l o d e l l i b r o i i d e l s e m i n a r i o d e L a c a n d i c t a d o
e n 1954-1955 y e d i t a d o p o r S e u i l , P a r í s . 1978. E n ade-
l a n t e : Le fnoi dans la théorie...
i.
182 LACAN Y EL PSICOANÁLISIS
ficación y el t i e m p o de l a evocación. Y ambos

son e f e c t o s d e l a m i s m a i n s t a n c i a . C o n l o que
q u e d a s e l l a d a l a a c c i ó n d e l Y o c o m o f u n c i ó n de
desconocimiento. Desconocimiento que no debe
confundirse con la ignorancia, pues la ignorancia
es a p e r t u r a a u n s a b e r p o s i b l e , m i e n t r a s q u e el
d e s c o n o c i m i e n t o i m p l i c a r e c o n o c i m i e n t o d e l a ver-
d a d y d e s f i g u r a c i ó n o n e g a c i ó n d e l a m i s m a con
f i n e s d e f e n s i v o s . P o r e s o p u e d e L a c a n d e c i r q u e el
Y o e s t á e s t r u c t u r a d o c o m o u n s í n t o m a , q u e " e s el
s í n t o m a h u m a n o p o r e x c e l e n c i a , es l a e n f e r m e d a d
m e n t a l d e l h o m b r e " , y d e s c r i b i r l o c o m o " e s a se-
rie de defensas, de negaciones, d e b a r r e r a s , de
inhibiciones, de fantasmas fundamentales que
o r i e n t a n y d i r i g e n a l sujeto".^'^"^ Y e s t e y o , l e j o s de
s e r e l m o t o r d e l a n á l i s i s , es a q u e l l o q u e e l d i s c u r s o
d e l a n a l i z a n d o d e b e r o d e a r y e l u d i r p a r a l o g r a r su
p r o p i o r e c o n o c i m i e n t o . E l Y o es e s p e j i s m o c o n s t i -
t u i d o e n e l s u j e t o a p a r t i r d e l r e c o n o c i m i e n t o de
l a i m a g e n d e sí m i s m o e n e l e s p e j o c o m o d o t a d a
d e u n a f o r m a d e c o m p l e t u d e q u i v a l e n t e a l a for-
m a del o t r o h u m a n o . Y esto sucede en u n m o m e n t o
en q u e s u i n m a d u r e z m o t o r a y v i t a l n o permitiría
n i autorizaría n i n g u n a unificación. P o r eso, p o r
s e r u n espejism^^ r i v e le p e r m i t e s a l i r de s u frag-
m e n t a c i ó n , e l n i ñ o , a n t e s a ú n d e h a b l a r , se p r e c i -
p i t a á v i d a m e n t e s o b r e e s t a i m a g e n d e sí q u e el
o t r o s a n c i o n a d i c i é n d o l e : " e s o e r e s t ú " , y se ena-
m o r a de ella. Es el m o m e n t o del n a r c i s i s m o pri-
m a r i o e n q u e e l s u j e t o se s i e n t e representado,
s i g n i f i c a d o p o r esa i m a g e n v i r t u a l q u e está detrás
de u n c r i s t a l a z o g a d o y a la q u e l l a m a " y o " . U n yo
q u e de t o d o s m o d o s está s i e m p r e más o menos
d e s f a s a d o c o n r e s p e c t o a l o q u e él p u e d e p e r c i b i r
d e sí m i s m o . P o r e s o es q u e e l y o u n i f i c a d o y u n i -
f i c a n t e d e l e s p e j o , a p a r t i r d e l c u a l el s u j e t o creerá
s a b e r q u i é n es é l , n o es p l e n a m e n t e e l Y o sino
u n Y o i d e a l , i m á n q u e a t r a e r á d e ahí e n más, y a
t o d o lo l a r g o de su v i d a , a sus aspiraciones y que
Jacques Lacan, J^c séminaire, Livre I, L.es écrits
techniques de. Freud, P a r í s , S e u i l , 1975, p. 22.
Ihid., p. 24.
" P R I M E R LACAM" Y LA TÉCNICA PSICOAMALÍTICA 183
determinará también sus elecciones amorosas y

su búsqueda sexual. P e r o esa i m a g e n de
acción y o m n i p o t e n c i a d e l Y o i d e a l e n t r a e n
icción — c o m o acabamos de a p u n t a r — con
yo real. E l sujeto n o puede —psicosis y m u e r t e
excluidos— asimilarse lisa y llanamente c o n su ima-
g e n e s p e c u l a r . E l n a r c i s i s m o n o es a m o r poi» e l y o
ineal s i n o " p o r e l Y o i d e a l a d o r n a d o c o m o e l i n -
fantil, c o n todas las perfecciones". Pero esta per-
fección y esta o m n i p o t e n c i a n o p u e d e n m a n t e n e r s e .
L a l u n a n o se a l c a n z a e s t i r a n d o l a m a n o . L o s o t r o s
t i e n e n a s i g n i f i c a r l e a l n i ñ o q u e n o es q u e r i d o
p o r e l s ó l o , h e c h o d e e s t a r ahí s i n o q u e d e b e c o m -
portarse de u n a cierta manera para lograr y con-
s e r v a r e l a m o r q u e l e es e s e n c i a l p a r a l a s o b r e -
vivencia c o m o ser h u m a n o .
Renuentemente el niño debe alejarse de este
objeto que lo enamoraba y q u e quedará como
n o r t e de la brújula de s u deseo. C o m o " n o q u i e r e
r e n u n c i a r a l a perfección n a r c i s i s t a d e s u niñez y
ya que n o puede m a n t e n e r l a ante las admoniciones
recibidas de los otros d u r a n t e s u desarrollo y ante
el despertar de su p r o p i o j u i c i o crítico, i n t e n t a re-
conquistarla bajo la f o r m a nueva de u n Ideal del
Y o . A q u e l l o q u e p r o y e c t a a n t e sí c o m o s u i d e a l
es l a s u s t i t u c i ó n d e l p e r d i d o n a r c i s i s m o d e l a n i -
ñez, e n e l c u a l e r a él m i s m o s u p r o p i o ideal".^^^
" E l estímulo p a r a l a formación d e l I d e a l del Y o
c u y a v i g i l a n c i a está e n c o m e n d a d a a l a c o n c i e n c i a
( m o r a l ) , t u v o su p u n t o de p a r t i d a en la influen-
cia crítica ejercida, de v i v a voz, p o r los padres, a
l o s c u a l e s se a g r e g a r o n , c o n e l c o r r e r d e l t i e m p o ,
aquellos q u e l o p r e p a r a r o n y le enseñaron y l a i n -
conmensurable e indefinible m u l t i t u d de todo el
r e s t o de la gente de s u a m b i e n t e — s u s c o n t e m -
poráneos— y la opinión pública."
S i g m u n d F r e u d , Introducción al narcisismo, en
Obras completas c i t . , t . x i v , p . 189 [Standard Bdition,
t, X I V , p . 94; t o d a v e z q u e se h a g a m e n c i ó n a l a e d i c i ó n
i n g l e s a , es p o r q u e p r e f e r i m o s esa v e r s i ó n a l a espa-
xiola q u e u s a m o s ] .
lo" S i g m u n d F r e u d , p . 190 [Standard Edition, p . 96].
Y e s t e I d e a l d e l Y o n a r c i s i s t a es e l q u e r e g u l a
d e s d e e l S u p e r y o q u e es s u s o p o r t e , a e s a " m a s a
ideacional" q u e es c o m o c o n s i d e r a b a F r e u d al
Y o d e s d e e l p r i n c i p i o . E s d e c i r q u e es l a v o z de
l o s p a d r e s y , a t r a v é s d e e l l a , es l a o r g a n i z a c i ó n
s o c i a l l a q u e c o m a n d a las p a l a n c a s de l a represión
s i e n d o l a e n f e r m e d a d u n a r e b e l i ó n c o n t r a l a ins-
t a n c i a censora " q u e e m a n a d e l deseo d e l sujeto
de liberarse de todas estas influencias, comenzan-
d o p o r l a parental".=^^^ E s e n t o n c e s " s ü c o n c i e n c i a
m o r a l (el S u p e r y o ) l a q u e se e n f r e n t a c o n él d e
m o d o regresivo c o m o u n a i n f l u e n c i a h o s t i l que pro-
v i n i e s e d e l exterior".^^'^ Está c l a r o después d e estas
c i t a s d e l t r a b a j o princeps d e F r e u d s o b r e e l nar-
c i s i s m o cuál es, p a r a l a d o c t r i n a psicoanalítica, el
o r i g e n de l a represión de los representantes pulsio-
nales y e l m o t o r d e las r e s i s t e n c i a s . Se t r a t a de
la organización social, de s u mediatización p o r la
v ¿ v a voz d e l o s p a d r e s y d e l a i n t r o y e c c i ó n d e ésta
c o m o S u p e r y o q u e Se e n f r e n t a e n e l i n t e r i o r d e l a
estructura subjetiva mostrando la inconciliabilidad
d e e s o s r e p r e s e n t a n t e s p u l s i o n a l e s c o n e l Ideal del
Yo, nueva forma a -través d e l a c u a l e l s u j e t o t r a t a
de m a n t e n e r s u p r i m i t i v o n a r c i s i s m o y de recu-
p e r a r l a i m p o s i b l e fusión c o n el Y o ideal.
Es p o r todo esto que Lacan puede hablar con
e s t r i c t a p r o p i e d a d d e l Y o c o m o el r e s u l t a d o de
u n a alienación d e l s u j e t o e n l a i m a g e n y e n la
p a l a b r a de o t r o q u e está c o n s a g r a d o a l desconoci-
m i e n t o del s u j e t o en e l s u j e t o . Y e s t a represen-
t a c i ó n imaginaria q u e es e l Y o t i e n e t a m b i é n u n a
e x i s t e n c i a real q u e es e l c u e r p o d e l s u j e t o , é s e
q u e está d e l l a d o d e acá d e l e s p e j o , y u n a e x i s t e n c i a
simbólica, pues el lenguaje ofrece el n o m b r e p r o p i o
y el p r o n o m b r e , el " y o " gramatical, el " y o " del
enunciado, p a r a que el sujeto aparezca represen-
t a d o e n l a c a d e n a d i s c u r s i v a . E l y o representa al
s u j e t o e n e l e n u n c i a d o , s í , pero no lo significa por-
q u e este vocablo designa a la representación ima-
Loe. cit.
iôc. cit.
' " P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 185
^^^âria q u e e l s u j e t o t i e n e d e sí. E n l a c u r a a n a -
j É ^ c a e s t e " y o " es l o q u e e l s u j e t o n o s t r a e c o m o
! ^ á s c a r a q u e m u e s t r a según u n a i d e a q u e él, o q u e
^^g; d e m á s , t i e n e n d e l o q u e é l e s . E s e " y o " es r e -
jjfeKtp p s i c o l ó g i c o , r e l a t o d e u n a n o v e l a , o b j e t o d e
« ^ e s t i m a narcisística o de l a compasión n o m e n o s
..jj^rcisística d e l h a b l a n t e . O b s t á c u l o a r e m o v e r p a -
qgia q u e e l s u j e t o p u e d a t o m a r d i s t a n c i a r e s p e c t o d e
•.sus c e r t i d u m b r e s ( v é a s e e l e p í g r a f e ) . E s e l y o d e l
téogito c a r t e s i a n o , b l a n c o s o b r e e l q u é se d i s p a r ó
leLe u n a v e z y p a r a s i e m p r e e l a r m a f r e u d i a n a . E s
yo que reclama la "comprensión" y la "simpa-
íâ" d e l o t r o , d e l a n a l i s t a . Q u i e n será a n a l i s t a e n l a
m e d i d a e n q u e se a b s t e n g a de hacer nada que
¡pueda r a t i f i c a r a l y o e n e l l u g a r d e l e s p e j i s m o e n
q u e h a b i t a . Y d e b e q u e d a r c l a r o : t a m p o c o es e l
;an:álisis u n a e x p e r i e n c i a d e " c o r r e c c i ó n d e l a s e q u i -
v o c a c i o n e s " d e ese y o p a r a c a m b i a r l o p o r o t r o y o
m^nos i m a g i n a r i o . E l y o n o puede r e n u n c i a r a
su vocación de d e s c o n o c i m i e n t o m e r c e d a . u n p r o -
ceso q u e , l l á m e s e c o m o se l l a m e , p s i c o a n á l i s i s i n -
cluso, sería u n p r o c e s o p e d a g ó g i c o .
E s y será, s i e m p r e u n a f u n c i ó n i m a g i n a r i a , e x -
céntrica a l s u j e t o , q u e p r e t e n d e y pretenderá ha-
cerse p a s a r c o m o s u núcleo. N ú c l e o q u e n o p u e d e
c o r r e s p o n d e r a n i n g u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e .sí, p u e s
el e j e d e l a v i d a d e l s u j e t o está f u e r a d e él, e n e l
m u n d o de l a p a l a b r a , e n el O t r o . Allí d o n d e se
d i s t r i b u y e n l o s l u g a r e s d e s u j e t o y se d e l i n e a n l a s
alienaciones imaginarias que a cada u n o corres-
p o n d e n según las c o o r d e n a d a s q u e v e n g a a o c u p a r
en el deseo de los demás y c o m o consecuencia de
s u d ^ s e o d e ese d e s e o . E n t o d o e s t e p r o c e s a m i e n t o
teórico puede verse el a p a r t a m i e n t o freudiano de la
ideología o f i c i a l y e l r e t o r n o de esa ideología reac-
c i o n a r i a ( " e l y o es l a t e o l o g í a d e l a l i b r e e m p r e -
sa"), e n el d i s c u r s o de quienes p r e t e n d e n ser sus
c o n t i n u a d o r e s . E l Y o n o es e s t r u c t u r a n t e d e l m u n -
d o o b j e t a l c o m o p r e t e n d e el psicoanálisis h o y ofi-
cial, e l Y o está e s t r u c t u r a d o p o r e l m u n d o s i m -
bólico e n el que el hablante viene a insertar su
p a l a b r a . E l Y o e s u n o b j e t o d e e s e m u n d o . N o es
186 LACAN Y E L PSICOANÁLISIS
e l s u j e t o p o r q u e e l s u j e t o está e x c l u i d o d e l enun-
c i a d o . E l y o es u n shifter, u n eslabón, u n punto
d e e m b r a g u e d e l a c a d e n a d i s c u r s i v a q u e se o r i -
g i n a m á s a l l á d e l a é l . L a p a l a b r a " y o " d i c h a p o r el
a n a l i z a d o es l a m a n e r a e n q u e é l a p a r e c e r e p r e -
s e n t a d o e n el o r d e n simbólico. Y la m a n e r a e n que
a p a r e c e r e p r e s e n t a d o es s i e m p r e l a d e u n a s e u d o -
e v i d e n c i a d e t r a n s p a r e n c i a ( " c l a r o , h o m b r e , se l o
d i g o y o " ) q u é o c u l t a l a f u n c i ó n d e o b s t á c u l o y de
f i l t r o q u e ese " y o " c o n s t i t u y e p a r a e l p a s a j e de la
v e r d a d a l e n u n c i a d o . P o r eso, p o r q u e l a v e r d a d del
sujetó ^ s í d , f i l t r a d a , denegada, o s c u r e c i d a y disfra-
z a d a , pero no en el yo, e s q u e l a t é c n i c a a n a l í t i c a n o
p o d r í a c o n c e n t r a r s e e n el Y o s i n o e n el l u g a r don-
d e e s a v e r d a d a p a r e c e : e n e l d i s c u r s o . P o r e s o el
a n á l i s i s n o es a n á l i s i s d e l Y o ( q u e n o p o d r í a h a c e r -
s e s i n o d e s d e o t r o y o , e l d e l a n a l i s t a ) , n i análisis
d e l a s r e s i s t e n c i a s ( v o l v e r é s o b r e e s t o ) s i n o aná-
lisis del discurso.
P o r q u e es e n e l d i s c u r s o d o n d e e l s u j e t o se m a -
n i f i e s t a y es e n e l d i s c u r s o d o n d e d e b e n resol-
v e r s e los e s p e j i s m o s d e l Y o . E s ahí d o n d e podrá
s a l d a r s e l a c u e n t a d e l o s r e z a g o s d e las múltiples
i d e n t i f i c a c i o n e s d e las q u e e l Y o , creyéndose dueño
d e sí m i s m o y d e s u d e s t i n o , es e l r e s u l t a d o . P u e s
é s a es
LA META D E L ANÁLISIS: LA RESTITUCIÓN DE LA

triSTORIA
Sí, es v e r g o n z o s o q u e 8 0 a ñ o s d e s p u é s d e l a p u -
b l i e a c i ó n d e La interpretación de los sueños haya
q u e r e p e t i r , c o m o s i se t r a t a s e d e p a n f r e s c o , q u e
e n F r e u d n o t i e n e e l análisis o t r o o b j e t i v o q u e el
d e r e s t i t u i r l a c o n t i n u i d a d e n ese t e j i d o d e s g a r r a -
d o q u e es l a r e p r e s e n t a c i ó n q u e e l s u j e t o t i e n e de
s u p r o p i a h i s t o r i a , a n u d a m i e n t o d e m i t o s , fábulas,
l e y e n d a s , fantasías y r e c u e r d o s e n c u b r i d o r e s . No-
vela. A p e r t u r a , pues, de la dimensión d e l sentido
e n el a p a r e n t e s i n s e n t i d o d e l sueño, de l a equivo-
'•"PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 187
^ c i ó n y d e l s í n t o m a p o r d o n d e se f r a g u ó e l s e n -
j ^ r o d e l psicoanálisis a l h a c e r a p a r e c e r a l s u j e t o
pomo efecto de la secuencia discursiva,
^ ^ e t a a l a q u e se a p u n t a d e s d e e l m o m e n t o e n
£jue s e i n v i t a a l a n a l i z a n d o a q u e h a b l e , a q u e r e v e l e
ese y o - r e p r e s e n t a c i ó n (en el t r i p l e sentido de la
p a l a b r a : d] a l g o q u e e s t á a u s e n t e y s e r e - p r e s e n t a ;
¿>] u n a t e a t r a l i z a c i ó n q u e a c t u a l i z a c o m o presente
4in s u c e s o p a s a d o e n l a r e a l i d a d o é n l a i m a g i n a -
ición d e u n a u t o r , y c ] u n a d e l e g a c i ó n d e u n poder
f>ara q u e a l g u i e n q u e n o es o n o t i e n e ese p o d e r
ê i n v i s t a d e l p a p e l d e d e l e g a d o , e m b a j a d o r o re-
p r e s e n t a n t e ) . Q u e e l Y o h a b l e d e l o q u e es, t i e n e ,
piensa, le pasó, p r o y e c t a . Q u e j u e g u e a l q u i t a y
p o n d e l a s m á s c a r a s e n e l d i s c u r s o . Q u e se m u e s -
tre en todo su esplendor y en toda su miseria.
Que r e p i t a y reactúe e n l a t r a n s f e r e n c i a aquellos
segmentos de s u h i s t o r i a q u e creer i g n o r a r , q u e
p o n g a e n l a b o c a d e s u p e r s o n a j e e l p e r s o n a l sis-
tema de racionalizaciones y denegaciones, que
desempeñe s u p a p e l . . . y q u e alcance en el pro-
ceso d e l d i s c u r s o e l s e n t i d o d e las a s o c i a c i o n e s , d e
las f a l l a s , d e l o s sueños, d e l o s síntomas, d e l a
historia. Podrá hacerlo p o r la falta de objetivación
de ese d i s c u r s o q u e le p e r m i t e e l b o r r a m i e n t o d e l
yo de s u i n t e r l o c u t o r y gracias a las o p o r t u n a s
puntuaciones e interpretaciones del que, p o r ha-
c e r e s o , es a n a l i s t a . U b i c a r s e e n u n a h i s t o r i a q u e
n o es e l p a s a d o — p u e s t o q u e y a p a s ó y p a r a n u n c a
v o l v e r - — s i n o l a s h u e l l a s d e j a d a s p o r ese pasado
en el sistema simbólico singular del presente. U n
p a s a d o q u e n o es g é n e s i s s i n o h i s t o r i z a c i ó n p r e -
sente, resignificación de u n a experiencia vivida.
H i s t o r i a q u e se v i v e e n u n i n s ó l i t o t i e m p o v e r b a l :
el d e l f u t u r o a n t e r i o r , el de lo q u e "habrá sido".
A q u í se j u e g a o t r a i n t e r p r e t a c i ó n e q u í v o c a y o t r a
adición m a l i n t e n c i o n a d a e n el p e n s a m i e n t o de F r e u d ,
S a b i d o es q u e , p a r a él, l a m e t a p s i c o l o g í a d e u n
proceso p s í q u i c o c u a l q u i e r a — l o q u e está meta,
m á s a l l á — , se e x p l i c a m e r c e d a u n t r i p l e e n f o q u e :
tópico, dinámico y económico, Y y a se v i o q u e e n
l o s E s t a d o s U n i d o s se a g r e g ó u n c u a r t o p u n t o d e
v i s t a , e l adaptativo, suponiendo que todo proceso

p s í q u i c o t i e n e u n a f i n a l i d a d a d a p t a t i v a ( ¡ ? ) a las
exigencias del m u n d o exterior.
P e r o , a d e m á s , se q u i s o c o m p l e t a r a F r e u d agre-
gando u n q u i n t o p u n t o de vista metapsicológico:
el genético, a p a r t i r d e l o c u a l se p o d í a p o s t u l a r
u n a e x p l i c a c i ó n s e c u e n c i a l d e l d e s - a r r o l l o d e l ser
h u m a n o desde el pasado hacia el presente. E n u n a
l í n e a d e c o n t i n u i d a d t e m p o r a l q u e es s u b s i d i a r i a
de u n pensamiento causal mecanicista alejado en
t o d o d e l m é t o d o f r e u d i a n o y s u concepción (aquí
p l e n a m e n t e coinciderité c o n l a m a r x i s t a ) de l a his-
t o r i a . P o r q u e l a h i s t o r i a n o es s u c e s i ó n d e a c o n -
tecimientos fijos en u n pasado i n m o d i f icable sino
sucesión de significaciones hechas nachtrdglich,
aprés coup, a posteriori (parece no haber palabra
española p a r a d a r c u e n t a de m o d o suficientemente
gráfico de la o r i g i n a l i d a d de esta concepción mar-
xista y también freudiana de la h i s t o r i a ) .
L a h i s t o r i a n o t r a n s c u r r e e n l o real d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , n i e n l o imaginario de las representa-
c i o n e s i n t e r e s a d a s q u e c a d a u n o se h a c e d e e l l o s ,
s i n o e n l o simbólico de u n discurso o de u n texto,
d e u n a c a d e n a s i g n i f i c a n t e . H i s t o r i a es s i g n i f i c a -
ción a b i e r t a y a p e r t u r a a l a significación de las
huellas dejadas p o r los acontecimientos.
A b i e r t a p o r q u e n o t i e n e c i e r r e y p o r q u e es s i e m -
p r e pasible de ser resignificada. R e c o n s t i t u i r la
h i s t o r i a , p o r l o t a n t o , n o es r e h a c e r u n e s q u e m a
de maduración pulsional para i r viendo cómo el
s u j e t o d e j ó a t r á s — o n o — l a s f a s e s o r a l , a n a l , fá-
lica, etc. Pese a t o d a l a p r o f i c u a descendencia de
la caracterización de los períodos, hecha p o r Abra-
h a m y r e i n s c r i t a p o r F r e u d e n las ediciones su-
c e s i v a s d e Tres ensayos para una teoría sexual,
puede verse c o n c l a r i d a d en todos los testimonios
dejados p o r el p r o p i o F r e u d de s u a c t i v i d a d psico-
analítica q u e l o o r a l , a n a l , fálico, etc., n o e r a n p a r a
él é p o c a s d e l a v i d a s i n o s i s t e m a s d e i n s c r i p c i o n e s ,
de transcripción, de la experiencia subjetiva en
t o r n o de ciertos significantes fundamentales: pe-
c h o , heces, p e n e o clítoris, e n l a m e d i d a e n q u e
EL "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 189
ellos remitían a l a castración y a l c o n s i g u i e n t e

<X)mplejo, ley del E d i p o . Y q u e el E d i p o n o era
p a r a F r e u d u n a é p o c a o e t a p a s i n o u n m i t o es-
t r u c t u r a n t e d e l a i d e n t i d a d s u b j e t i v a . E l E d i p o es
el e l e m e n t o decisivo q u e , c o m p l e j o de castración
m e d i a n t e , decide de la vectorización del deseo y
d:e l a a s u n c i ó n d e l s e x o . E s t a m b i é n e l m o d o e n
que el sujeto aparece ocupando u n lugar en la red
de los deseos e n c u y o seno nació.
L a h i s t o r i a , así, es u n a d i m e n s i ó n e n l a q u e
e m e r g e l a v e r d a d q u e n o es l a d e l o s a c o n t e c i -
mientos transcurridos en la vida de u n individuo
sino q u e es' v e r d a d t r a n s u b j etiva, n o sensible n i
perceptiva, puesto q u e alcanza a l a h i s t o r i a de los
deseos e n d o n d e este s u j e t o a n a l i z a n d o fue cons-
t i t u i d o . P o r e j e m p l o , ¿coincide o n o s u sexo c o n
el d e l niño q u e s u m a d r e quería d a r a l padre, abue-
l o d e l niño, c u a n d o niña aún, e l a b o r a b a s u c o m -
p l e j o d e c a s t r a c i ó n ? E n e s t e c a s o ; ¿ C u á l es e l o r d e n
de r e a l i d a d d e l s e x o d e ese n i ñ o f a n t a s m á t i c o exis-
tente, n o e n u n o , sino en el otro? Y, s i n embargo,
e l s u j e t o e s e l e f e c t o material d e esos deseos, n u n -
ca d e l t o d o satisfechos, de sus padres q u e r e m i t e n
a las exigencias, expectativas y deseos, formulados-
y n o , d e l m u n d o e n q u e e s o s o t r o s , , e l l o s , se f o r -
m a r o n . Y así, d e d e s e o d e u n o e n d e s e o d e o t r o
h a s t a t e r m i n a r e n e l d e s e o d e n a d i e , es d e c i r e l
deseo de todos, el deseo d e l O t r o , m a t r i z del i n -
consciente. D e s c u b r i m i e n t o del p r o c e s o de sujeta-
c i ó n q u e es e l p o s i c i o n a m i e n t o d e l s u j e t o e n u n a
r e d t r a n s i n d i v i d u a l q u e alcanza los significantes
q u e m a r c a r o n s u existencia desde antes q u e lle-
g a r a él a l m u n d o a d e c i r " y o " . P o r eso e l análisis
no tiene tampoco c o m o meta la rememoración, el
r e c u e r d o , l a revivencia de l o y a v i v i d o . Porque t o d o
e s t o es n e c e s a r i o p e r o es s i m p l e m e n t e u n p u n t o
de paso, u n m i n u t o , en u n t r a b a j o q u e persigue
u n a m e t a más ambiciosa. Los recuerdos q u e el su-
j e t o trae y los q u e alcanza gracias a la h i p e r m n e s i a
analítica i m p o r t a n c o m o u n a m a t e r i a p r i m a q u e
deberá ser trabajada y retrabájada [working
throtigli] h a s t a a l c a n z a r e l p l a n o de las construc-
ciones analíticas, h e c h a s c o n l o s l a d r i l l o s d e l o re-

c o r d a d o p e r o u n i d a s c o n la argamasa del sentido
q u e o r g a n i z a e l c o n j u n t o d e l o s m a t e r i a l e s q u e se
e x t r a j e r o n d e l e n t e r r a m i e n t o r e p r e s i v o . L a cons-
t r u c c i ó n es l a e l a b o r a c i ó n d e u n t e x t o q u e rees-
t r u c t u r a y s i g n i f i c a e l p a s a d o v i v i d o . E s u n a re-
e s c r i t u r a de l a h i s t o r i a q u e l a saca d e l t e r r e n o del
m i t o y q u e n o se a s i e n t a e n l a s e g u r i d a d d e l o q u e
f á c t i c a m . e n t e o c u r r i ó . E l p a s a d o n o es r e c o r d a d o ,
c l a r o está, p o r él a n a l i s t a . S u t a r e a " e s l a d e i n -
f e r i r l o o l v i d a d o p a r t i e n d o de los r a s t r o s subsis-
t e n t e s , é s d e c i r , l a d e construirlo".^^^ L a construc-
c i ó n es u n e f e c t o d e s e n t i d o q u e c o h e r e n t i z a y
o r g a n i z a u n r e l a t o . U n a descomposición de l a no-
vela personal y u n a recomposición transindividual,
i n c l u y e n d o e l e m e n t o s q u e jamás podrán ser recor-
dados o revividos, del decurso vital. L a construc-
ción, a l r e e s c r i b i r l a h i s t o r i a , n o refleja a l sujeto;
lo constituye. " F r e u d h a descubierto en el h o m b r e
el peso y el eje de u n a s u b j e t i v i d a d q u e supera la
o r g a n i z a c i ó n i n d i v i d u a l e n t a n t o q u e línea d e desa-
r r o l l o i n d i v i d u a L Les d o y u n a definición posible
de l a s u b j e t i v i d a d a l f o r m u l a r l a c o m o sistema or-
ganizado de símbolos, q u e pretende c u b r i r la tota-
l i d a d d e u n a e x p e r i e n c i a , a n i m a r l a , d a r l e s u sen-
tido. ¿Y qué intentamos nosotros realizar, sino
una subjetividad?" Pues aquí y e n todas partes
l a v e r d a d n o s e e n c u e n t r a : se h a c e .
Se tropieza e n este i t i n e r a r i o de pensamientos
c o n l a equiparación, l a equivalencia incluso, de
t r e s t é r m i n o s q u e l a r a z ó n r e p r e s i v a m a n t i e n e es-
cindidos : verdad, historia e inconsciente. Comen-
zando p o r descosificar y despersonalizar al incons-
ciente puesto que no tiene otra materialidad que
la d i s c u r s i v a . E s d i s c u r s o d e l O t r o y está e s t r u c -
t u r a d o c o m o u n l e n g u a j e . N o es u n a r e a l i d a d i n -
d i v i d u a l . S u e x i s t e n c i a está h e c h a d e p a l a b r a s , de
S i g m u n d F r e u d , Construcciones en el análisis, e n
Obras completas c i t . , t . 2 1 , p . 356 ( l a s c u r s i v a s s o n d e
F r e u d ).
J a c q u e s L a c a n , Le moi dans la théorie.., cit.,
p . 56.
"PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 191
unas palabras que el " y o " n o puede hacer propias.

"Es aquella parte del discurso concreto en cuanto
t r a n s i n d i v i d u a l q u e f a l t a a l a disposición d e l su-
jeto para restablecer la continuidad del discurso
consciente." A h o r a b i e n , s u constitución c o m o
i n c o n s c i e n t e se a s i e n t a e n u n a e x p e r i e n c i a q u e n o
es l a d e l o r g a n i s m o b i o l ó g i c o s i n o l a d e u n s u j e t o
al q u e le p a s a n cosas p o r e s t a r i n c l u i d o d e s d e antes
de n a c e r e n u n a t r a m a d e r e l a c i o n e s s i m b ó l i c a s .
Las cosas q u e le pasan, q u e le p o n g a n u n n o m b r e
u o t r o , qiie le asignen u n sexo, q u e l o a l i m e n t e n
o n o , etc., n o s o n h e c h o s físicos s i n o aconteci-
m i e n t o s históricos, efectos de la presencia d e l O t r o ,
h e c h o s d e l e n g u a j e . E l c u e r p o n o es s u r e a l i d a d
originaria en tanto que, desde u n principio, el
O t r o se h a c e c a r g o d e ese c u e r p o e i n s c r i b e e n él
sus deseos y e x p e c t a t i v a s . E l c u e r p o d e l n e o n a t o
es l a p á g i n a e n b l a n c o d o n d e q u e d a r á n l a s i m p r o n -
tas d e l deseo a j e n o , v e r d a d i m b o r r a b l e d e l a teoría
de l a seducción, q u e F r e u d h i z o r e t r o c e d e r e n el
tiempo hasta llegar a la eternidad en la que ya n o
hay tiempo. Porque " l o que ensenamos al sujeto a
r e c o n o c e r c o m o s u i n c o n s c i e n t e es s u h i s t o r i a ; es
d e c i r q u e le a y u d a m o s a p e r f e c c i o n a r l a h i s t o r i z a -
ción a c t u a l de los hechos q u e d e t e r m i n a r o n y a e n
su existencia c i e r t o número de 'vuelcos' históricos.
P e r o s i h a n t e n i d o e s e pa|>el h a s i d o y a e n c u a n t o
h e c h o s d e h i s t o r i a , es d e c i r e n c u a n t o r e c o n o c i d o s
en cierto sentido o censurados en cierto o r d e n " .
H i s t o r i z a r n o es, p o r s u p u e s t o , u b i c a r l o s a c o n -
tecimientos en el o r d e n cronológico en que tuvie-
r o n lugar, porque bien pudiera suceder incluso que
nunca hubiesen tenido lugar y, sin embargo, p o r
estar u b i c a d o s e n la j u n t u r a de l o simbólico y l o
imaginario, hayan tenido efectos estructurantes
sobre el sujeto. C o m o lo i l u s t r a c u a l q u i e r a de los
c a s o s q u e F r e u d t r a n s m i t i ó . H i s t o r i z a r es c o l o c a r
los acontecimientos, reales o fantaseados, en el
J a c q u e s Lacan» Écrits c i t . , p . 258 [Escritos 1 p . 79].
11** J a c q u e s L a c a n , . " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a b r a
y d e l l e n g u a j e e n p s i c o a n á l i s i s " , e n Écrits, p . 261 [Es-
critos 1, p . 82].
o r d e n d e l a significación. Y e s t o será h a c e r l a ver-

d a d , l a única v e r d a d q u e c u e n t a p a r a el s u j e t o , la
q u e d a c u e n t a de s u r e a l i d a d psíquica. E s a v e r d a d
n u e v a p a l a b r a q u e f a l t a b a a l a disposición del
s u j e t o , p a l a b r a p l e n a , v e n d r á a o c u p a r e l l u g a r de
esa o t r a v e r d a d q u e , i n c a p a z d e h a c e r s e o í r e n el
d i s c u r s o , se e x p r e s a b a e n e l s í n t o m a . D o n d e se
concreta materialmente la solidaridad ya apuntada
del inconsciente, la verdad y la historia.
Y es e n e s t e p u n t o d o n d e s e u b i c a e l p r o b l e m a
de l a técnica psicoanalítica. L a v e r d a d , eso, h a b l a .
P e r o a l m i s m o t i e r n p o eso q u e h a b l a , esa v e r d a d
q u e es a g u j e r o e n e l e n u n c i a d o , d e b e s e r c o n s t r u i -
d a , h e c h a , e n l a situación analítica. E s c l a r o q u e
ella n o puede s u r g i r p o r partenogénesis desde
a d e n t r o d e l sujeto, p o r u n a suerte de generación
e s p o n t á n e a . S i e l l o fuese p o s i b l e e l análisis n i sería
n e c e s a r i o n i existiría. E s q u e e l s u j e t o se c o n s -
tituyó c o m o " y o " alienándose e n l a i m a g e n del
o t r o . Y es e l O t r o e l q u e , s e g ú n s e v i o , p a s i ó n n a r -
cisística m e d i a n t e , c o m a n d a las p a l a n c a s de l a re-
p r e s i ó n d o n d e se c o n s t i t u y e e s a p a r t e d e l d i s c u r s o
inaccesible p a r a el sujeto. Razón p o r la q u e la
v e r d a d n o p u e d e s u r g i r sola desde el i n t e r i o r (al
m e n o s s i n a n g u s t i a ) y razón también p o r la q u e
t o d o d i s c u r s o q u e v e n g a d e o t r o está condenado
de a n t e m a n o a u n o de dos destinos posibles: o
es d e s c a r t a d o p o r e l s u j e t o c o m o a l g o e x t e r i o r a
él e i r r e l e v a n t e p a r a él, e n c u y o c a s o c a r e c e de
e f e c t o s o , l o q u e es m á s p e l i g r o s o , es aceptado
p o r él c o m o s u v e r d a d q u e e l o t r o l e h a e n t r e g a d o
c o n s u m á n d o s e así u n a n u e v a a l i e n a c i ó n , u n a i d e n -
tificación c o n ese n u e v o d i s c u r s o q u e l l e g á n d o l e de
afuera y supuestamente i l u s t r a d o p o r u n saber,
s a b e r q u e a s u vez está r e s p a l d a d o p o r l a i n s t i t u -
c i ó n p s i c o a n a l í t i c a , se h a c e c a r g o d e r e p r e s e n t a r
a l s u j e t o . E n e s t e c a s o se h a b r á c o r r e g i d o a l " y o "
remplazándolo p o r u n nuevo " y o " , el y o d e l ana-
l i s t a . D e m o d o q u e l a p a l a b r a q u e será c a p a z d e
r e s t i t u i r la v e r d a d de la h i s t o r i a , l a q u e hará cons-
ciente lo inconsciente, n o podrá p r o v e n i r del yo
d e l a n a l i s t a so p e n a de r e a l i e n a r a l s u j e t o , a h o r a
EL "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 193
^ el saber analítico, e n u n a p a r a n o i a c o n conte-

^ ^ o s p s i c o a n a l í t i c o s , Y es p o r e s t o q u e e l psico-
analista debe poner s u Y o en conserva.
EL ANALISTA, SOPORTE DE LA FUNCIÓN ANALÍTICA
"Si se forma a los analistas, es para que haya

sujetos tales que en ellos el yo esté ausente. Éste
es el ideal del análisis que, claro está, queda como
virtual. Nunca Hay un sujeto sin yo, un sujeto ple-
namente realizado, pero es ciertamente esto lo que
es necesario tratar de obtener siempre del sujeto
en análisis,"
T e s i s i r r i t a n t e ^ c o m o l a q u e m á s ésta d e L a c a n
sobre el y o d e l a n a l i s t a . Pocas a f i r m a c i o n e s laca-
nianas despiertan e n el lego y también en m u c h o s
analistas más oposición "¿ ¡ C ó m o ! ? ¿Despersonali-
zarse, d e s h u m a n i z a r s e , mecanizarse, computarizar-
se, b o r r a r s e c o m o i n d i v i d u o ? ¡ S e m e j a n t e a s c e s i s
es n o s ó l o a b s u r d a s i n o i m p o s i b l e ! S e convierte
así l a p r á c t i c a a n a l í t i c a e n u n a a c t i v i d a d descar-
nada e intelectualizada que h a excluido al afecto
del c a m p o de l a acción p a r a t r a b a j a r sobre u n
discurso m u e r t o . . . ! " (siguen los i m p r o p e r i o s ) . . .
¡ E s q u e es t a n d i f í c i l a c e p t a r l a h e r i d a n a r c i -
sística q u e i n f i e r e e l psicoanálisis y r e n u n c i a r a l
querido Y o para comprender el descenrramiento
freudiano y la noción de inconsciente! Ante la tem-
pestad pasional q u e desata l a empresa freudola-
caniana de i m p u g n a r a l Y o hay que pedir p r i m e r o
c a l m a p a r a t r a t a r de e n t e n d e r ol sentido de l a
tesis.
E n t e n d e r desde e l p r i n c i p i o . L a anulación d e l
Y o d e l a n a l i s t a q u e se p r e t e n d e es r e c o n o c i d a p o r
el a u t o r , de e n t r a d a , c o m o u n a misión i m p o s i b l e .
E s u n o b j e t i v o jgLue m a r c a e l d e r r o t e r o d e l a p e r -
sona y de la acción d e l analista. Sabiendo q u e , de
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie. . . cit.,
p . 287.
194 LACAN y E L PSICOANÁLISIS
t o d o s m o d o s , e l Y o quedará allí c o m o límite de la

e m p r e s a . Y q u e ese Y o ¡ay! seguirá s i e n d o l o q u e
siempre fue: función de desconocimiento, obs-
táculo, r e s i s t e n c i a e n e l c a m i n o g e r m i n a l de la
palabra verdadera.
P a r a e l a n a l i s t a se t r a t a , así, d e r e c o n o c e r e n
s u p r o p i o y o a l o q u e puede t r a b a r el proceso
analítico después d e h a b e r a d m i t i d o q u e l a s resis-
tencias son lo p r o p i o del paciente, tanto que, no
t e n i é n d o l a s , n o sería p a c i e n t e n i h a b r í a anáhsis.
A s í es q u e , a d m i t i d a l a s i t u a c i ó n d e l e n c u e n t r o
c o n s u paciente,, h a y allí, d e l l a d o d e l p a c i e n t e , u n
s u j e t o c o m p u e s t o p o r u n a v e r d a d q u e b u s c a ex-
p r e s a r s e (eso. E l l o ) y p o r u n Y o q u e es r e s i s t e n c i a
a l pasaje de esa v e r d a d a l e n u n c i a d o ; y d e l lado
d e l a n a l i s t a u n Y o q u e es t a n i m a g i n a r i o como
el d e l paciente y u n sujeto q u e p o r s u formación
analítica (análisis didáctico, e x p e r i e n c i a clínica y
c o n o c i m i e n t o t e ó r i c o ) es l u g a r p a r a u n r e c o n o c i -
m i e n t o p o s i b l e de l a v e r d a d d e l o t r o . E n esta con-
d i c i ó n , c o n e s t o s d o s p e r s o n a j e s d e c a d a l a d o , se
pone e n m a r c h a el proceso. Está c l a r o que, no
pudiéndose p e d i r a l p a c i e n t e q u e sea o t r o q u e el
q u e es, n o h a y e n e l p r o c e s o así d e f i n i d o o t r a s
r e s i s t e n c i a s q u e l a s d e l a n a l i s t a , p o r q u e e s e l úni-
co q u e puede o debiera p o d e r estar e n condiciones
de- r e f r e n a r l a i n t e r v e n c i ó n d e s u y o , e s d e c i r d e
"hacerse e l m u e r t o , c a d a v e r i z a n d o s u posición",ii^
p r i n c i p a l m e n t e a través d e l silencio. S i l e n c i o que
habrá de ser significado p o r el paciente c o m o u n a
r e s p u e s t a a l d e s p l i e g u e q u e él h a c e d e s u y o : " N o
t e r e c o n o z c o allí d o n d e c r e e s y d i c e s q u e estás."
O b l i g a n d o así a u n d e s p l a z a m i e n t o s u b j e t i v o , a l a
promoción de u n a p r e g u n t a e n el sujeto: "¿Quién
es e n t o n c e s e l q u e e n v e r d a d s o y ? " P u e s é s t e e s e l
m o d o f u n d a m e n t a l d e t r a b a j o d e l a n a l i s t a e n el
c a m i n o hacia el descentramiento del sujeto y la
restitución de l a h i s t o r i a . Para cada y o h a b l a n t e
e x i s t e n o r m a l m e n t e u n p u n t o d e a p o y o q u e es l a
11"' J a c q u e s Lacan, " L a cosa freudiana", en Écrits,
p . 430 [Escritos 1, p . 173].
P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 195
í^glación e s p e c u l a r y dialéctica c o n e l o t r o h u m a n o ,
^ ^ ^ n s t i t u i d o i m a g i n a r i a m e n t e a l i g u a l q u e él. E n
^^â s i t u a c i ó n q u e t o m a m o s c o m o " n o r m a l " c a d a
^ ^ i o se r a t i f i c a e n e l r e c o n o c i m i e n t o q u e l e d a e l
^^^^ro, t a n t o a t r a v é s d e s u a s e n t i m i e n t o c o m o d e
oposición, de s u a m o r c o m o de s u odio. L o que
h a c e l a o r i g i n a l i d a d d e l a s i t u a c i ó n analítica es,
|>recisamente, e l b o r r a m i e n t o de u n o de los d o s i n -
terlocutores como " y o " . Todo depende de la pro-
f u n d i d a d de este d e s v a n e c i m i e n t o d e l Y o d e l ana-
l i s t a . P u e s e l a n a l i s t a ise d e f i n e c o m o a l g u i e n q u e
r e h u s a a i n t e r v e n i r e n l o real d e l a v i d a d e l o t r o
^cosa q u e más o m e n o s los psicoanalistas h a n
aprendido a hacer), pero que debe renunciar tam-
b i é n a p o n e r e n j u e g o s u p r e s e n c i a imaginaria, sus
idea.s, s u s c r e e n c i a s , s u p r e s t i g i o , s u s b l a s o n e s , s u
p e r s o n a j e , p a r a l l e g a r a h a c e r d e l análisis " u n a
e x p e r i e n c i a s i m b ó l i c a p a r t i c u l a r m e n t e pura".^^®
De esta economía d e l Y o del analista dependen
t o d o s los d i s p o s i t i v o s técnicos p r o p i o s d e l a c u r a
y l a uniformización d e l encuadre. Para el sujeto,
el b o r r a m i e n t o de l a p e r s o n a real e i m a g i n a r i a de
su analista lo deja confrontado con el ordena-
m i e n t o simbólico q u e presidió s u inclusión e n e l
m u n d o h u m a n o . L o a r r o j a a l a búsqueda de s u
ser quitándole las a m a r r a s q u e n o r m a l m e n t e l o
sujetan en lo imaginario- Le quita la esperanza
de u n a intervención sugestiva, salvadora de s u y o , e n
l a m e d i d a e n q u e sería expresión d e l deseo d e l
analista de suplantar u n yo p o r el otro.
C l a r o , e l y o d e l p a c i e n t e n o se r e s i g n a f á c i l m e n t e
a levar anclas. P i d e u n a y o t r a vez l a intervención,
la aprobación, el rechazo, el reproche, la manifes-
tación de simpatía o conmiseración, la p a l a b r a
cálida, e l gesto afectuoso, e l ' i n d i c a d o r d e l o q u e
el a n a l i s t a haría e n s u situación o de l o q u e e l
a n a l i s t a desea q u e él sea. Allí, e l a n a l i s t a l o es
t o d o el t i e m p o en q u e sabe y puede resistir a u n a
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie. . . cit.,

p . 50.
196 LACAN Y E L PSICqANÁLlSlS
i n t e r v e n c i ó n d e ese o r d e n . P u e s c u a l q u i e r respues-
t a q u e n o sea l a interpretación o p o r t u n a de la
situación transférencial p r e c i p i t a a l s u j eto eri u n a
identificación o c o n t r a i d e n t i f i c a c i ó n c o n l a posición
d e l t e r a p e u t a , cosa t a n j u s t i f i c a d a e n c i e r t a lite-
r a t u r a c o n pretensión psicoanalítica, a l h a c e r jugar
l o q u e se l l a m a , s i n m u c h a p r o p i e d a d , l a c o n t r a -
t r a n s f e r e n c i a . P o r eso es q u e e l a n a l i s t a j u e g a a
n o s e r e l o t r o d e l a n a l i z a d o . P o r e s o él se p r e g u n t a
s i e m p r e : ¿ D ó n d e está e l y o d e l p a c i e n t e aquí y
a h o r a ? Para e m i t i r u n silencio o u n a respuesta
q u e n o sea " d e y o a y o " . U n a r e s p u e s t a q u e pone
s i e i t i p r e d e r e l i e v e l a r e l a c i ó n i m a g i n a r i a q u e allí
se r e p r e s e n t a c o m o e l e f e c t o d e u n a p a l a b r a orde-
n a d o r a , de u n t e r c e r término, d e l O t r o simbólico,
de l a h i s t o r i a t a l c o m o f u e e n t e n d i d a e n e l apar-
tado anterior.
A l l l e g a r a e s t e p u n t o se o y e s i e m p r e a l g u n a voz
q u e dice: i n t e l e c t u a l i s m o , intelectualización, racio-
nalización i n c l u s o , d e l a a v e n t u r a analítica. C o m o
c o n s e c u e n c i a de n o h a b e r e n t e n d i d o e l p l a n t e o y de
p e n s a r q u e l a p r o p u e s t a es l a d e h a c e r l l e g a r a l
i n d e f e n s o " e n c o n c h a d o " u n a s e r i e d e s a b i a s y se-
s u d a s e x p l i c a c i o n e s s o b r e l o q u e f u e y es. P o r q u e
la e x p e r i e n c i a analítica t a l c o m o se desprende
de" l a o b r a f r e u d i a n a y d e l a p r o p u e s t a l a c a n i a n a
no apunta a constituir u n perico psicoanalítico
cargado de explicaciones ajenas sino a facilitar al
s u j e t o e l acceso a s u p r o p i a v e r d a d m e d i a n t e el
recurso de q u i t a r l e los soportes imaginarios que
h a b i t u a l m e n t e le p e r m i t e n reconocerse descono-
ciéndose- Y p a r a e l l o e l p s i c o a n a l i s t a calla e inter-
viene solamente para p u n t u a r el discurso y para
testimoniar del c a m i n o del suj eto e n l a aproxi-
mación a s u v e r d a d . " C u a n d o l a cuestión d e l su-
jeto ha tomado la f o r m a de la verdadera palabra,
la sancionamos con nuestra respuesta, pero tam-
bién hemos m o s t r a d o que u n a verdadera palabra
contiene ya su respuesta y que n o hacemos sino
r e d o b l a r c o n n u e s t r o p o e m i t a s u e s t r i b i l l o . ¿Qué
significa esto sino q u e n o h a c e m o s o t r a cosa q u e
d a r a l a p a l a b r a d e l s u j e t o s u p u n t u a c i ó n dialéc-
' ' P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 197
^2t?" P o r eso l a a c t i v i d a d d e l a n a l i s t a n o con-

ste e n i l u s t r a r s i n o e n a p o r t a r l a " p u n t u a c i ó n
órtunada" después de h a b e r r e c q f i o c i d o " a q u e
- r t e ' d e l d i s c u r s o está c o n f i a d o e l t é r m i n o sig-
icativo".^^»
^ í E l a n a l i s t a r e n u n c i a a s u Y o , es d e c i r a l s i s t e m a
%e representaciones q u e , p a r a s u p r o p i a salvaguar-
^lia, l o l i g a narcisísticamente a l m u n d o h u m a n o ,
- l l a n t o c o m o p u e d e l o q u e , c l a r o e s t á , n u n c a es
,¿odo y r n t i c h a s v e c e s , s i n o s i e m p r e , e s r n e n o s q u e
¿o q u e s e n e c e s i t a . R a z ó n p a r a q u e q u e p a a l p s i c o -
,^lanálisis s u e n c u a d r a m i e n t o c o m o " p r o f e s i ó n i m p o -
^ b l e " . Y que justifica a q u i e n dice que " n u n c a hay
.^Lpia sujeto sin yo, u n sujeto plenamente realizado",
f^n s u j e t o c u r a d o d e e s a " e n f e r m e d a d m e n t a l d e
.|a h u m a n i d a d " . P e r o q u e n o q u i t a q u e s e b u s q u e
^gor t o d o s l o s m e d i o s l a a p r o x i m a c i ó n a s i n t o t i c a a
eê i d e a l c u y o c o r r e l a t o e s l a n e u t r a l i d a d a n a l í t i c a .
'Otra fuente de malentendidos. N e u t r a l i d a d que n o
es n e u t r a l i z a c i ó n d e l p s i c o a n a l i s t a c o m o persona
ante el m u n d o sino n e u t r a l i d a d ante el deseo i n -
consciente d e s u p a c i e n t e q u e se v a develando
^ e n t e a sus ojos e n e l p r o c e s o analítico. N e u t r a -
l i d a d q u e es ne-uter, no otro, n i u n o n i otro. Neu-
tralidad que comanda su silencio puesto que " s i
Jél] s e c a l l a , e s p a r a d e j a r l e l a p a l a b r a [ - - . ] a e s e
O t r o m á s allá d e l o t r o " . i i »
Porque si aparece fuera de l a ne-otralidad pasa
automáticamente a incluirse e n el linaje de las
figuras que h a n trabado el destino del analizando
enajenándolo, Y d a los elementos p a r a el engan-
che narcisístico d e l paciente sobre los elementos
p e r s o n a l e s d e l a n a l i s t a q u e se o f r e c e n c o m o p a s t o ,
p a r a s u v o r a c i d a d . Allí d o n d e n o cabrán y a las i n -
terpretaciones esclarecedoras de la transferencia
^^'^ J a c q u e s L a c a n , " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a -
b r a . . . " , e n Écrits, p . 310 [Escritas 1, p . 127]. E n e s t e
c a s o l a t r a d u c c i ó n es n u e s t r a .
Jacques Lacan, "Función y c a m p o de l a pala-
b r a . . . " , e n Écrits, p . 252 [Escritos 1, p . 73]. I
11^ J a c q u e s L a c a n , " E l p s i c o a n á l i s i s y s u e n s e ñ a n z a " ,
e n Écrits, p . 439 [Escritos 2, p . 162].
198 LACAN Y EL
PSICOANALISIS
c u a n d o sobrevengan el a m o r y el odio inevitables

Y d o n d e correrá el m á x i m o p e l i g r o — p a r a algunos
l a m e t a d e l p s i c o a n á l i s i s — , e l d e q u e e l p a c i e n t e le
c r e a , s e c o n v e n z a , se i d e n t i f i q u e c o n é l , t r a t e de
r e a l i z a r s u s d e s e o s , se t r a s p a s e e n é l y s o b r e él,
p o r esto que debe j u g a r en el lugar del muerto
P o r q u e " t a l es e l n e x o , d i g a m o s l a a b n e g a c i ó n qué
i m p o n e a l a n a l i s t a l a p r e n d a de l a p a r t i d a e n el
a n á l i s i s [. . .] L o q u e es s e g u r o es q u e s u s s e n t i -
m i e n t o s s ó l o t i e n e n u n l u g a r p o s i b l e én e s t e j u e g o ,
e l d e l m u e r t o ; y q u e s i se l o r e a n i m a , e l j u e g o
se p r o s i g u e s i n q u e se s e p a q u i e n l o c o n d u c e " , i 2 o
E s t a m e t á f o r a d e l m u e r t o , t o m a d a d e l j u e g o de
bridge, tiende a m a r c a r l a posición del analista
c o m o l a de q u i e n hace a p a r e c e r en e l saber del
o t r o , p o r m e d i o d e s u s b a z a s , l o q u e e s e o t r o des-
c o n o c e . E n e l m i s m o t e x t o L a c a n señala q u e pre-
f i e r e esta m e t á f o r a a l a d e l a n a l i s t a c o m o espejo,
t a n d i f u n d i d a . Y se e n t i e n d e . P u e s t o q u e s i e l a n a -
l i s t a es e s p e j o n u n c a p o d r á m á s que aspirar a
r e d o b l a r l a p e r c e p c i ó n q u e e l o t r o t i e n e d e sí, es
d e c i r de s u i m a g e n . Y y a t u v o suficiente con el
espejo inaugural del estadio del espejo c o m o para
t e n e r q u e r e c u r r i r a o t r o más. Pero, de todos
m o d o s , la metáfora del espejo puede sostenerse
p a r a i m a g i n a r i z a r la posición del analista. Pero la
de u n e s p e j o m u y p a r t i c u l a r , el espejo de los v a m -
p i r o s que — c o m o c u a l q u i e r a s a b e — n o los refleja
y , p o r n o r e f l e j a r l o s , les p e r m i t e v e r s i n obstáculos
e l l u g a r d o n d e están u b i c a d o s . L a i m a g e n está su-
g e r i d a p o r L a c a n m i s m o ; " D u r a n t e t o d o el t i e m p o
d e l análisis, c o n esta única condición de q u e el
y o d e l a n a l i s t a q u i e r a n o e s t a r ahí, c o n e s t a única
c o n d i c i ó n d e q u e e l a n a l i s t a n o sea u n e s p e j o v i -
v i e n t e , s i n o u n e s p e j o v a c í o [. - - ] S e t r a t a d e q u e
el sujeto descubra progresivamente a q u é O t r o se
d i r i g e s u v e r d a d , aurique n o sabiéndolo, y que
asuma progresivamente l a relación de transfe-
Jacques L a c a n , " L a dirección de l a c u r a . . . " , en

Écrits, p . 589 [Escritos 1, p . 221].
L "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 199
r e n c i a e n e l l u g a r d o n d e él está, y d o n d e a l p r i n -
c i p i o él n o sabía q u e e s t a b a . " ^î
E n t o d o e s t o se t r a t a s i e m p r e d e u n a y l a m i s m a
Ijosa: q u e e l p s i c o a n a l i s t a c u m p l a l a difícil t a r e a
renunciar a ser alguien, q u e pueda ningunearse,
ûe r e n u n c i e a las metas espurias d e l a c t i v i s m o
terapéutico, q u e d i m i t a de l a pretensión de ser e l
d u e ñ o d e u n s a b e r . Q u e se s u b o r d i n e a l c u m p l i -
m i e n t o d e u n a función, l a función analítica, q u e
le e x i g e c o n d u c i r s u e x p e r i e n c i a e n e l p l a n o s i m -
bólico y a b d i c a r de t o d a pretensión e n l o real y
en l o i m a g i n a r i o . Y n o p o r q u e n o v a y a n a p r o d u -
cirse c a m b i o s e n l o real y l o i m a g i n a r i o d e l pa-
ciente sino p o r q u e estos c a m b i o s deberán p r o d u -
cirse e n el sujeto c o m o consecuencia secundaria
del reacomodamiento significante.
P a r a c u m p l i r c o n esa función analítica q u e l o
define c o m o u n f u n c i o n a r i o de l a v e r d a d histórica
del inconsciente, debe el psicoanalista realizar u n
t r a b a j o q u e , p a r e c i e n d o t a n fácil, f u e c a l i f i c a d o p o r
F r e u d de imposible. A l d a r la regla f u n d a m e n t a l
d e l análisis, l a n z a e l p r o c e s o . I n a u g u r a u n d i s c u r s o
q u e se d a e n l l a m a r d e l a s a s o c i a c i o n e s l i b r e s , t a l
vez p a r a o c u l t a r q u e n a d a h a y de más f o r z a d o e n
t a n t o q u e se s u s p e n d e n l a s d e t e r m i n a c i o n e s habi-
tuales del discurso cotidiano. E l yo, h a b i t u a d o a
controlarla, queda a m e r c e d de l a cadena signifi-
cante. Y n o deja, p o r supuesto, de vigilarla y de
i n t e r f e r i r e n e l l a , es d e c i r d e r e s i s t i r a s u l i b r e
f l u i r . P o n i e n d o d e l a d o , c u a n d o se c o n s i g u e y s i s e
c o n s i g u e , a e s t a a c t i v i d a d o b s t r u c t o r a d e l y o , se
a b r e e l c a m i n o a eso q u e t i e n e q u e p o n e r s e de
m a n i f i e s t o e n el análisis: e l i n c o n s c i e n t e . Q u e apa-
recerá de m o d o privilegiado e n las grietas d e l
d i s c u r s o , allí d o n d e l a c a d e n a se t r a b a . E l a n a l i s t a
está allí, v e l a n d o e l c u m p l i m i e n t o d e l a c o n s i g n a ,
l e y d e l análisis p a r a e l p a c i e n t e . Y correspondien-
do a las asociaciones de s u paciente c o n u n t r a b a j o
equivalente (su contrapartida) de puesta entre
paréntesis d e l p r o p i o y o : l a atención f l o t a n t e . A l
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie, . . cit.,
p . 288.
d e s p e r s o n a l i z a r s e , e n f u n c i ó n d e " e s a m e t a q u e es
representar para el o t r o u n ideal de impasibili-
ciad'V^^ se t r a n s f o r m a e n e l o b j e t o privilegiado
p a r a l a s p r o y e c c i o n e s d e l a n a l i z a n d o , e s t o es p a r a
u n a acción i m a g i n a r i a , l a transferencia, q u e no
d e b e e n c o n t r a r a p o y o s e n l a situación o e n la
p e r s o n a r e a l d e l p s i c o a n a l i s t a . C o n l o q u e surgirán
— - p r i m e r o e l a m o r y l u e g o , p o r c a r e n c i a d e res-
p u e s t a , e l o d i o — , las t r a n s f e r e n c i a s l l a m a d a s posi-
tiva y negatiya del analizando. Y considerando
s i e m p r e q u e e s t a t r a n s f e r e n c i a n o s e d i r i g e á él
s i n o a l a i m a g e n e s p e c u l a r q u e d e él se h a c e e l
paciente c o m o consecuencia de su silencio y que
l a t r a n s f e r e n c i a es f o r m a d e l a r e s i s t e n c i a q u e
a p a r e c e c o m o u n m o v i m i e n t o de péndulo d e l dis-
c u r s o d e s u p a c i e n t e h a c i a l a p e r s o n a d e él e n el
m o m e n t o e n q u e ese d i s c u r s o se a p r o x i m a a e n u n -
ciar la verdad que hasta entonces era " d i c h a " como
s í n t o m a neurótico.^^^ \
O b j e t o y a de l a t r a n s f e r e n c i a , i n s t a l a d o y a el
paciente en su neurosis de transferencia, xormula
e l a n a l i s t a las i n t e r p r e t a c i o n e s y e n u n c i a las cons-
trucciones en los m o m e n t o s e n que el discurso del
a n a l i z a n d o h a y a e n t r e g a d o los m a t e r i a l e s q u e per-
m i t a n concretarlas. Interpretaciones entonces que
n o p r o v i e n e n de su Y o n i de s u concepción de la
r e a l i d a d s i n o d e l c u m p l i m i e n t o d e ese p a p e l de
s o p o r t e de l a función analítica, h e c h o f u n d a m e n -
t a l m e n t e de u n m o d o de escuchar, de respetar la
secuencia discursiva del paciente y de escandir
ese d i s c u r s o c o n sus i n t e r v e n c i o n e s . E n l a técnica
p r o p u e s t a p o r L a c a n , m u y p a r t i c u l a r m e n t e , deci-
d i e n d o d e l m o m e n t o d e interrupción d e l a sesión
c o m o m o d o de p r e c i p i t a r l a comprensión de los
e f e c t o s d e l s i g n i f i c a n t e j u g a d o s e n e l discurso.^^*
J a c q u e s L a c a n , " L a a g r e s i v i d a d e n psicoanálisis",
e n ÉcHts, p . 106 [Escritos 2, p . 7 0 ] .
123 Jacques Lacan, Les écrits techniques. . . cit.,
p p . 13-84; " I n t r o d u c c i ó n a l c o m e n t a r i o d e J e a n H y p p o -
l i t e " , e n Écrits, p . 373 [Escritos 2, p p , 133-134].
Jacques L a c a n , "Función y c a m p o de l a pala-
bra. . e n Écrits, p p . 309-314 [Escritos 1, p p . 127-132].
f ^'PRIMER L A C A N " Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 201
^ E n t o d o e s t o él n o es e l d u e ñ o d e l a situación,
*!el representante de u n saber ya constituido, n i
I agente de l a r e a l i d a d o de u n deseo ajeno, n i el
; ^ ^ t u l a n t e de u n deseo p r o p i o que el paciente haya
r e a l i z a r . S ó l o así, c o n t o d a s las r e n u n c i a s a l a s
^^tf'errogativas i m a g i n a r i a s y r e s e r v á n d o s e sólo l o s
¿erechos de c o b r a r p o r sus servicios y de f i j a r l u -
^ a r y h o r a de los e n c u e n t r o s según u n a c u e r d o p r e -
S|ió c o n e l p a c i e n t e , p o d r á a s p i r a r a r e u b i c a r d e s d e
|¿f s i m b ó l i c o l o s e s p e j i s m o s y l a s a l i e n a c i o n e s d e
éste ú l t i m o . T o d o e s o q u e es v i v i d o s u b j e t i v a m e n t e
í^pmo s u f r i m i e n t o , r i g i d e z c a r a c t e r i a l , e n f e r m e d a d ,
¿fetradojas d e l a n a l i s t a : s ó l o p o d r á c u r a r e n l a m e -
dida e n q u e r e n u n c i e a l deseo de c u r a r y, c o n s u
paciente, sólo podrá saber si a p r e n d e a i g n o r a r .
Nuevamente surge el m m o r de quienes ven en
esto u n a i n d i f e r e n c i a o u n a r e d u c c i ó n d e l análisis
a u n a e x p e r i e n c i a i n t e l e c t u a l q u e d e s p r e n d e d e sí
lo emocioiial. V a n a esta oposición del intelecto y
del afecto.^ E l a n a l i s t a está a p a s i o n a d o . . . p o r e l
análisis. Y e l p a c i e n t e p o d r á e s t a r l o o n o , m o s t r a r á
sus desbordes de m i l m a n e r a s , c o n m i l objetos, e l
analista incluido. Recordará, repetirá, actuará.
E l a n a l i s t a estará e n el c e n t r o de l a vorágine. L a pa-
sión analítica será l a q u e h a r á s u r g i r u n o r d e n n u e v o
e i m p r e s c i n d i b l e e n t o d o e l l o . L o s e f e c t o s se i r á n
d e s p l a z a n d o d e o b j e t o . L a a n g u s t i a se c o l o c a r á s o b r e
las r e p r e s e n t a c i o n e s q u e l e c o r r e s p o n d e n a n t e s d e
desaparecer. Y l a resignación de l a h i s t o r i a del su-
j e t o n o tendrá l u g a r e n u n a m b i e n t e de válvulas y
t r a n s i s t o r e s . Pues l a t o r t u r a , e l p l a c e r y e l goce i m -
posible serán también personajes e n esta n u e v a his-
toria. Vendrán a ocupar su lugar.
E l proceso será zigzagueante, abierto en cada
m o m e n t o a las desviaciones. L o s i n t e n t o s de acor-
tar e l c a m i n o , h a c i e n d o rodeos, arriesgarán siem-
pre c o n hacer fracasar el viaje. E l analista deberá
tener s i e m p r e presentes las acechanzas (¿hace
chanzas?) y guiarse p o r unas pocas estrellas fijas
que le impedirán e x t r a v i a r s e . L a p r i m e r a de ellas
es l a r e g l a d e l a s a s o c i a c i o n e s l i b r e s y s u c o n t r a -
p a r t i d a d e atención f l o t a n t e . E s t e p u n t o f i j o e s
esencial p o r q u e u b i c a de e n t r a d a t o d o paso del

análisis f u e r a de l o r e a l y de l o i m a g i n a r i o . E n lo
simbólico. Focalizará s u atención sobre la cadena
d i s c u r s i v a d e l p a c i e n t e . Se n e g a r á a t o d a p o s i b l e
i n t e r v e n c i ó n c o s i f i c a d o r a d e l p a c i e n t e o d e l a si-
tuación analítica. N o esperará q u e e l p r o g r e s o del
análisis v e n g a c o m o e f e c t o de u n a m e j o r o de u n a
m a y o r o b j e t i v a c i ó n d e l p a c i e n t e a n t e sí m i s m o ,
p o r q u e t o d a objetivación f o r m u l a d a p o r éste del
t i p o d e : " y o s o y así o d e e s t a o t r a m a n e r a " n o
es m á s q u e e x d e a p r o b a c i ó n o des-
aprobación con respecto a u n d e t e r m i n a d o orden
axiológico. N a d a podría d e c i r el a n a l i s t a sobre la
f o r m a de ser o los rasgos c a r a c t e r i a l e s de s u pa-
ciente que n o t u v i e r a c o m o m a r c o de referencia
a su p r o p i o yo. Toda formulación objetivante
del t i p o de las q u e p r o d u c e la aplicación de prue-
b a s psicológicas le está v e d a d a . Serían i n t e r v e n c i o —
nes del yo a y o destinadas s i e m p r e a conservar/
t r a n s f o r m a r l a r e p r e s e n t a c i ó n d e sí q u e t i e n e e l
sujeto c o m o r e c o n o c i m i e n t o / d e s c o n o c i m i e n t o . Cual-
q u i e r a puede hacer la p r u e b a de decirle a o t r o :
" l o q u e p a s a c o n u s t e d es q u e es u n a p e r s o n a m u y
sensible", y v e r qué pasa. Que el r e c e p t o r del
m e n s a j e s e s i e n t e i n m e d i a t a m e n t e r e c o n o c i d o , se-
d u c i d o , enajenado en e l e m i s o r de este enuncia-
do-^2^ A p a r t i r d e l o c u a l , c l a r o e s t á , p u e d e prose-
g u i r s e o p e r a n d o s o b r e ese Y o h a s t a t r a n s f o r m a r l o
m á s o m e n o s e n l o q u e se q u i e r e q u e s e a . S i e l
narcisismo del analista n o encuentra barreras, en
u n a i m a g e n d e él m i s m o . E x p e r i m e n t a n d o a l f i n a l
del proceso u n v e r d a d e r o t r a n c e de exaltación j u -
b i l o s a c u a n d o c a d a u n o se r e c o n o c e e n e l o t r o
( B a l i n t ) . V a l e d e c i r q u e n o se t r a t a d e r e c o n o c e r
la eficacia d e t a l e s p r o c e d i m i e n t o s . Se t r a t a , s i m -
p l e m e n t e , d e impugnar esa e f i c a c i a p a r a r e c u p e r a r
el sentido de la o b r a de F r e u d . " H a y que p a r t i r
d e l t e x t o , y p a r t i r d e él, t a l c o m o F r e u d l o h a c e
y l o a c o n s e j a , c o m o d e u n t e x t o s a g r a d o [. . - ] Y
E s t o , a u n q u e n o se r e a l i c e d e m o d o t a n b u r d o , es
l o q u e se d a e n l l a m a r " f a v o r e c e r e l d e s a r r o l l o d e u n a
t r a n s f e r e n c i a p o s i t i v a c o m o base p a r a e l análisis".
EL "PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 203
c u a n d o se t r a t a d e n u e s t r o s p a c i e n t e s , y o Ies p i d o
que p r e s t e n más atención al t e x t o q u e a l a psico-
logía d e l a u t o r ; ésa es t o d a l a o r i e n t a c i ó n d e m i
enseñanza." A s í , v o l v e r a F r e u d , es c e n t r a r s e
e n e l d i s c u r s o , Y eso p o r q u e
ALLÍ, E N E L D I S C U R S O , ESTARÁ LA RESISTENCIA
L a resistencia t a l c o m o aparece desde u n p r i n c i p i o

en la h i s t o r i a d e l psicoanálisis. Y a l o d i j e a n t e s :
c o m o resistencia al paso de la v e r d a d en el e n u n -
c i a d o . A s í a p a r e c e e n l o s Estudios sobre la histeria,
d o n d e e l n ú c l e o p a t ó g e n o q u e es e l r e c u e r d o t r a u -
m á t i c o está r o d e a d o p o r u n a sucesión de capas q u e
son estratos de la m i s m a resistencia, que va cre-
ciendo al aproximarse al nodulo hasta tropezar
c o n esos r e c u e r d o s q u e e l e n f e r m o n i e g a a u n a l
r e p r o d u c i r l o s . E s t a i d e a tópica d e l a p a r a t o psíqui-
co ( c o m o u n a suerte de cebolla) organizado en
f u n c i ó n d e l a i n t e n s i d a d d e l a s r e s i s t e n c i a s se m a n -
tendrá e n las tópicas u l t e r i o r e s . Así l a teoriza
F r e u d e n e l Proyecto de una psicología científica-
e n 1895: e n e l s e n t i d o de r e s i s t e n c i a eléctrica q u e
b l o q u e a e l p a s o de u n a n e u r o n a a o t r a ; allí, e l
sistema de neuronas impermeables, resistentes, al
p a s o d e l a e x c i t a c i ó n es e l s i s t e m a psi, predecesor
d e l Yo d e l a s e g u n d a t ó p i c a . A s í a p a r e c e e n La
interpretación de los sueños: " R e s i s t e n c i a es t o d o
lo q u e p e r t u r b a el t r a b a j o analítico." Es d e c i r l o
q u e n o d e j a q u e l a p a l a b r a pase. Y allí está, e n
p r i m e r í s i m o l u g a r , l a e s t r u c t u r a narcisística d e l Y o .
D e l Y o , c l a r o está, c o m o representación i m a g i -
n a r i a d e l a i n e x i s t e n t e u n i c i d a d d e l s u j e t o q u e se
arroga al derecho de hablar en n o m b r e de la tota-
lidad. No, p o r supuesto, del yo en tanto que orga-
n i s m o s e n s o r i o m o t r i z d e organización y síntesis d e
las a c t i v i d a d e s c o r p o r a l e s . P o r q u e este y o c o r p o r a l
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie... cit.,
p . 184.
204 LACAIsT Y E L PSICOANÁLISIS
n o es e l q u e r e s i s t e s i n o e l q u e p a d e c e d o l o r o s a -
m e n t e p o r l a acción d e l p r i m e r o c u a n d o , e n el
c u r s o d e l aná-lrsis, e l d i s c u r s o s e a c e r c a a l a p a l a -
b r a verdadera. A u n a n u e v a v e r d a d q u e significa-
ría e l d e s c e n t r a m i e n t o d e l s u j e t o r e s p e c t o de su
p r o p i o y o . R e s i s t e n c i a q u e es e l m o v i m i e n t o c a s i
automático que emerge ante el saber para poder
seguir siendo el que era, p a r a m e l l a r el efecto del
c o n o c i m i e n t o . R e s i s t e n c i a es t a m b i é n l o q u e hace
d e s p e r t a r j a d e a n t e y s u d o r o s o a l soñante cuando
el disfraz d e l sueño h a sido i n s u f i c i e n t e p a r a i m -
p e d i r q u e e n él se r e c o n o z c a a l d e s e o .
Y p o r este c a m i n o , p o r el d e l sueño de angustia
que revela u n deseo inaceptable p a r a el Y o , en
t a n t o q u e masa de representaciones; inaceptable
p a r a el S u p e r y o , e n t a n t o q u e entronización e n el
sujeto de u n a ley desconocida; e inaceptable para
el E l l o m i s m o , e n t a n t o q u e l a realización de t a l
d e s e o c o n l l e v a r í a l a m u e r t e , p o r e s t e c a m i n o , de-
cía, h a y q u e p l a n t e a r q u e e l c o r r e l a t o d e l a resis-
t e n c i a es e l d e s e o y q u e l a v e r d a d q u e n o p u e d e
i n c l u i r s e e n e l e n u n c i a d o es l a v e r d a d d e l d e s e o .
P u e s e s a es l a f u n c i ó n d e l s u e ñ o ; h a c e r p a s a r , s u -
f r i e n d o u n a serie de m o d i f i c a c i o n e s i m p u e s t a s p o r
la censura, u n a cierta p a l a b r a hasta el c a m p o de la
c o n c i e n c i a y d e l e n u n c i a d o . La^ r e s i s t e n c i a e n e l
análisis d e l o s sueños, e n e l t r a b a j o q u e c o n d u c e a l a
i n t e r p r e t a c i ó n , es c o n s e c u t i v a a l i n t e n t o d e d e s h a c e r
los efectos de l a c e n s u r a onírica e n el c l i m a de la
relación transférencial, p a r a h a c e r l u g a r a esa pa-
labra bordeando la angustia que, al despertar, h u -
b i e r a p r o d u c i d o e n e l s o ñ a d o r . P o r e s o es q u e l a
resistencia n o puede ser v i s t a c o m o u n a oposición
del sujeto a la intervención d e l analista sino c o m o
a l g o q u e s u c e d e entre los dos c u a n d o se p o n e n a
explorar e intentan designar, articular, hacer pa-
s a r a l a e x i s t e n c i a a l d e s e o . Et deseo: tema olvidado
p o r los a u t o r e s q u e e s c r i b e n s o b r e l a técnica ana-
lítica d e s d e e l m o m e n t o e n q u e , h a b i e n d o p l a n t e a d o
l a oposición e n t r e análisis d e l c o n t e n i d o y análisis
de las resistencias y h a b i e n d o d e c i d i d o de la con-
veniencia de dedicarse al segundo en d e t r i m e n t o
^ ^'PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 205
ijel p r i m e r o , c o n s i d e r a d o h o y e n día c o m o a n t i c u a -
¿o, l o d e s c a r t a n d e s u s p r e o c u p a c i o n e s . 'É.l es — s i -
s i e n d o — lo que busca hacerse reconocer me-
nguante t o d a l a o b r a r e t ó r i c a d e l i n c o n s c i e n t e . Y , p o r
l o t a n t o , e l a n á l i s i s t o m a s o b r e sí, c o m o s u t a r e a , ,
ía d e h a c e r a d v e n i r l o s s i g n i f i c a n t e s d e e s e d e s e o
I r r e c o n o c i d o a p a r t i r de las v i c i s i t u d e s q u e expe-
r i m e n t a e n l a h i s t o r i a , e s t o es e n e l d i s c u r s o y , p a r -
t i c u l a r m e n t e , e n el d i s c u r s o onírico.
D e s e ó q u e es d e s e o d e d e s e o , d e s e o d e s e r r e c o -
nocido p o r o t r o , deseo q u e n o recae sobre u n ob-
j e t o n a t u r a l p o r q u e , e n ú l t i m a i n s t a n c i a , es d e s e o
q u e n o t i e n e o b j e t o , q u e está f u n d a d o e n u n a ca-
rencia en el ser q u e consagra a l deseante a b u s c a r
e n e l O t r o l o q u e v e n g a a p o n e r f i n a esa c a r e n c i a .
D e s e o q u e se e x t r a v í a e n e l m o m e n t o e n q u e e l
otro, si hace de psicoanalista, pretende i n d i c a r el
objeto y o r i e n t a r al sujeto e n s u búsqueda hasta
que lo encuentre. C o m o l o ilustra el fracaso de
F r e u d c u a n d o , de m o d o t a n " n a t u r a l " , le i n d i c a
a D o r a q u e e l o b j e t o d e s u d e s e o es e l s e i i o r K .
A l l í , c l a r o , D o r a se o p o n e a F r e u d y l e d e p a r a u n
destino equivalente a la bofetada q u e y a había
recibido el tal K.
Resistencias de D o r a , diría el d i s c u r s o d e l psi-
coanálisis o f i c i a l . " N o h a y más r e s i s t e n c i a s q u e las
del p s i c o a n a l i s t a " , dirá L a c a n , p o r q u e , a l p r e t e n d e r
o b j e t i v a r a l s u j e t o señalándole u n o b j e t o , lo e m -
p u j a h a c i a ese o b j e t o y a u b i c a r s e i m a g i n a r i a m e n t e
c o m o u n s u j e t o q u e c o n é l se c o m p l e t a r í a ; a l
d e s c o n o c e r s e a s í e l r e a l d e s e o d e l s u j e t o se g e n e r a
u n a o p o s i c i ó n q u e es a f i r m a c i ó n c i e g a e i n c o n s -
c i e n t e d e l d e s e o . L a r e s i s t e n c i a d e D o r a es r e s i s -
tencia a u n psicoanalista q u e pretenderá " n o r m a -
l i z a r l a " asignándole u n o b j e t o " n o r m a l " p a r a s u
deseo c o n vistas a c o n d u c i r l a a la e n c o m i a d a reali-
zación g e n i t a l . F r e u d aprendió l a lección q u e D o r a
l e d i o , p e r o l o s p s i c o a n a l i s t a s q u e se d i c e n s u s
sucesores, los apóstoles de la relación de objeto
genital, m a d u r a , c o m p l e t a , etc., la h a n o l v i d a d o . L a
m e t a d e l análisis eé q u e e l s u j e t o p u e d a d i s c e r n i r
e l o b j e t o d e su d e s e o y l a r e s i s t e n c i a a p a r e c e r á é n
c u a n t o se p r e t e n d a o f o r z a r l a m a r c l i a p a r a hacér-
selo reconocer ( p s i c o a n á l i s i s s a l v a j e g e n e r a d o r de
a n g u s t i a ) o d e s v i a r l o h a c i a e l o b j e t o q u e e l psico-
a n a l i s t a s u p o n e q u e él d e b e r í a d e s e a r (psicoaná-
l i s i s d e l y o y psicoanálisis c e n t r a d o e n l a relación
d e o b j e t o ) . L a p r e g u n t a d e l p s i c o a n a l i s t a a s u pa-
c i e n t e es, p u e s , ¿ q u é q u i e r e s ? , s a b i e n d o q u e n i n -
g u n a r e s p u e s t a q u e e l y o d é a t a l p r e g u n t a será
la correcta. Interpretándola como desviación a
través de los c a r r i l e s de l a d e m a n d a verbalizable
de u n deseo n o verbalizable. Las respuestas que
el y o daría s o n las q u e d e l e x t e r i o r h a r e c i b i d o
como respuestas valederas p a r a s u deseo. A u n
c u a n d o ellas i m p l i q u e n transgresión de la ley con-
v e n c i o n a l , p e r v e r s i ó n . P o r q u e e l s u j e t o hablará de
su s u f r i m i e n t o c o m o fatalidad, c o m o fracaso en
la b ú s q u e d a d e sus f i n e s . Y e l análisis, cuestionán-
d o l o e n sus c e r t i d u m b r e s , i m p u g n a n d o esta posi-
ción d e l a l m a b e l l a , h a c i e n d o oídos s o r d o s a este
r e l a t o de los i n f o r t u n i o s de l a v i r t u d , llevará a l
sujeto a p r e g u n t a r s e p o r el l u g a r de s u deseo en
este f u n e s t o d e s t i n o y p o r l a constitución de este
d e s e o e n l a s r e d e s d e l d e s e o d e l O t r o . ¿ C ó m o estás
p r e s e n t e tú, J u s t i n e , e n e s t o q u e t e p a s a ?
L a p r e g u n t a , c l a r o e s t á , n o se f o r m u l a . S i m p l e -
m e n t e se e s p e r a a q u e e s t e o b j e t o d e l d e s e o d e l
p a c i e n t e p u e d a s e r r e c o n o c i d o p o r él m i s m o a p a r -
t i r de la repetición de la d e m a n d a , i n f a n t i l en el
m a r c o de la transferencia. Para l o g r a r lo cual el
psicoanalista no necesita usar palabras. Le basta
c o n s e r v i r d e g a n c h o p a r a q u e d e él se p r e n d a l a
p a l a b r a d e l o t r o , ser el s o p o r t e de la p a l a b r a d e l
o t r o . Pues, al callar, podrá p e r m i t i r que el o t r o
reconozca en su lugar al personaje hasta entonces
silencioso de u n deseo. Y, de i n t e r v e n i r , evitará
l a m a t e r i a l i z a c i ó n d e ese n u e v o d i s c u r s o p o r l a
concreción en lo i m a g i n a r i o o en lo real q u e ofre-
c e r í a p a r a q u e se m a n t e n g a e l d e s c o n o c i m i e n t o d e l
p a c i e n t e . P u e s é s t e es e l s e c r e t o d e l a t r a n s f e r e n c i a :
Hberadas las a t a d u r a s de la p a l a b r a e n u n s u j e t o
que h a b l a p a r a o t r o , si este o t r o acepta n o ser na-
die, n o presentificarse d e ningún m o d o a n t e s u
i n t e r l o c u t o r , este n a d i e q u e el m u d o pasa a ser

jíérmite q u e , p a r a el h a b l a n t e , sea t o d o s y q u e pue-
dan concretarse e n t o r n o a este objeto i m a g i n a r i o
p a r a las proyecciones t o d o s los o b j e t o s de s u v i d a :
Ids r e a l e s y l o s i m a g i n a r i o s , l o s p a s a d o s y i o s p r e -
sentes. P e r m i t i e n d o así q u e e l s u j e t o se v a y a a c e r -
cando, e n u n a e s p i r a l dialéctica, a l a r e s p u e s t a a
la tácita p r e g u n t a d e ¿qué q u i e r e s ?
P o r q u e el deseo d e l s u j e t o , e n s u h i s t o r i a , apa-
rece constituyéndose n o e n s u i n t e r i o r sino en el
O t r o . P o r proyección: y a antes de q u e el niño ten-
ga l e n g u a j e se p r o d u c e u n m o v i m i e n t o pendular
de asimilación c o n e l o t r o . D e l o t r o r e c i b e l a i m a -
g e n d e s u p r o p i o c u e r p o p o r q u e es i d e n t i f i c á n -
d o s e c o n l a m i r a d a d e ese o t r o q u e p o d r á l o g r a r
u n a a p r e h e n s i ó n u n i f i c a d a d e sí m i s m o y s u p e r a r
la fragmentación o r i g i n a r i a . L o q u e el o t r o ve e n
é l es l o q u e é l m i s m o v e e n e l e s p e j o . P o r l o t a n t o ,
el o t r o f u n c i o n a c o m o u n espejo q u e lo rescata
del despedazamiento y q u e le p e r m i t e sentir q u e
s u i n c o o r d i n a c i ó n m o t r i z y s u f r a g m e n t a c i ó n sen-
s o r i a l s o n t r a n s i t o r i a s , p u e s s u d e s t i n o l e es m a r -
c a d o p o r esa p r e s e n c i a i n t e g r a d a d e l o t r o . P e r o
del deseo d e l o t r o n o sabe n a d a d i r e c t a m e n t e . A
ese d e s e o s ó l o p u e d e a c c e d e r p o r p r o y e c c i ó n d e s u s
p r o p i o s d e s e o s . L a p r o y e c c i ó n es e l p r o c e s o i m a -
g i n a r i o p o r el c u a l el o t r o aparece h a b i t a d o y re-
vestido p o r el deseo q u e el sujeto desconoce e n
sí m i s m o . A s í , l a i m a g e n s a l v a d o r a q u e e l o t r o
a p o r t a , c o n s t i t u y e n t e d e l Y o i d e a l y guía de las
búsquedas u l t e r i o r e s de o b j e t o y de los enamora-
mientos, alcanza ahora u n a nueva dimensión nada
t r a n q u i l i z a d o r a . Ese o t r o desea l o q u e y o deseo,
p o s e e r m e c o m o y o deseo poseerlo y poseer el a m o r
de los o t r o s q u e y o q u i e r o p a r a mí. Se i n s t a u r a
así U n a i d e n t i f i c a c i ó n c a r g a d a d e a g r e s i v i d a d q u e
conduce, en lo imaginario, a u n a lucha a muerte
c o n t r a el semejante. Se ve aquí el g e r m e n de todas
las experiencias de a g r e s i v i d a d y de r i v a l i d a d q u e
signan dramáticamente la existencia h u m a n a . De
e s t á t e n s i ó n m o r t í f e r a c o n e l o t r o se s a l e a t r a v é s
de u n pacto que i m p l i c a el m u t u o r e c o n o c i m i e n t o
a través de la introyección de u n a p a l a b r a , de u n
símbolo, que p e r m i t a la coexistencia. Esta intro-
yección simbólica hace que el sujeto pueda recibir
d e l o t r o , v e r b a l i z a d o , e l c ó d i g o de s u deseo y l a ley
q u e l o r e g u l a m a r c a n d o e l l u g a r r e s p e c t i v o d e sí
y d e l o t r o . E n síntesis, es así c o m o f u n c i o n a el
péndulo del deseo, r e c o n o c i e n d o el sujeto s u f o r m a
h u m a n a c o m o análoga a l a f o r m a d e l o t r o y apren-
d i e n d o a d i s t i n g u i r s u d e s e o c o m o p r o p i o después
de h a b e r l o p r o y e c t a d o en el o t r o y de haberlo
r e c i b i d o , m e d i a n t e l a p a l a b r a , d e r e g r e s o d e s d e él.
E s t a c o n c e p t u a l i z a c i ó n ; es e s e n c i a l p a r a l a téc-
n i c a p o r q u e señala a l p s i c o a n a l i s t a a q u é j u e g a
c u a n d o se h a c e e l s o p o r t e d e l a p a l a b r a y d e l a
t r a n s f e r e n c i a d e l a n a l i z a n d o y l e s i r v e c o m o brú-
j u l a p a r a evitar las intervenciones de y o a yo que
disuelven la p o s i b i l i d a d de que el analizando pueda
r e i n t e g r a r en " u n a experiencia simbólica particu-
l a r m e n t e p u r a " las claves de s u deseo. E l analista
e s e l q u e se n i e g a a s e r e l o t r o i m a g i n a r i o d e s u
p a c i e n t e ; e l q u e se c o l o c a e n e l l u g a r d e n a d i e , q u e
es ::^según se d i j o y a — e l [ l u g a r d e t o d o s , e l l u g a r
d e l O t r o . Y a l h a c e r l o p e r m i t e q u e el y o d e l pa-
c i e n t e se v e a d e s p l a z a d o p a r a q u e p u e d a a p r e c i a r s e
e l l u g a r d e l s u j e t o ( q u e n o se c o n f u n d e c o n e l
yô) q u e e s t a m b i é n e l l u g a r d e l s í m b o l o q u e l o
h a h e c h o s e r q u i e n es ( d i m e n s i ó n d e l a h i s t o r i a )
y q u e es, f i n a l m e n t e , e l l u g a r d e l E l l o , r e s e r v o r i o
de los representantes pulsionales que son promo-
v i d o s p o r e l d e s e o . E s t e es e l s e n t i d o d e l e s q u e m a
L d e Lacan,^^^ q u e s i r v e p a r a c o m p r e n d e r e l p r o -
ceso de la comunicación cotidiana (de y o a yo,
q u e es e l m i s m o q u e se f o m e n t a e n c i e r t a s f o r m a s
d e l psicoanálisis) y el sentido de la comunicación
analítica e n q u e el y o d e l a n a l i z a n d o h a b l a c o n
q u i e n ocupa el lugar del m u e r t o , del O t r o , para
q u e se a s i s t a así a l a r e v e l a c i ó n d e l i n c o n s c i e n t e
y a l a asunción p o r el s u j e t o d e las claves de s u
J a c q u e s L a c a n , L.e moi dans la théorie,.. cit.,
p . 284. V é a s e t a m b i é n " E l s e m i n a r i o s o b r e ' L a c a r t a
r o b a d a ' ", e n Écrits, p . 53 [Escritos 2, p . 54].
'PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 209
eo c o n los consiguientes r e a c o m o d a m i e n t o s l i -
idlnales.
I n v i r t i e n d o el r a z o n a m i e n t o cartesicuio h a b i t u a l ,
' o n d r é breverríente, después d e l a teorización
n i a n a , cuáles s o n los antecedentes a los q u e
teoría y esa técnica v i e n e n a c o m b a t i r . Y a re-
pprdé cuáles e r a n l a s c o n c e p c i o n e s f r e u d i a n a s d e l a
resistencia, y después m e extendí c o n l o q u e de
os m o d o s f u e u n a a p r e t a d a síntesis d e l p r o c e s o
l a c u r a según Iâcan y d e l l u g a r q u e ahí o c u p a n
jas resistencias, v i n c u l a n < i o el c o n c e p t o de resis-
jÉencia a l c o n c e p t o d e d e s e o . P e r o ¿ q u é p a s a c o n l a
a s i s t e n c i a e n el resto del c a m p o psicoanalítico?
Tpr e j e m p l o , e n Desarrollos en psicoanálisis de Me-
fínie K l e i n y c o l a b o r a d o r a s , el índice analítico f i -
nal m u e s t r a u n agujero que salta a los ojos en el
p u n t o de la resistencia <no h a y n i n g u n a . referen-
cia). O t r o s términos p r o p i o s de l a recuperación
d e l psicoanálisis e n u n a teoría n o r m a t i v i z a n t e apa-
recen, p o r e l c o n t r a r i o , destacados. Así, "relación
de o b j e t o " a p a r e c e t r a t a d l o e n n o m e n o s d e 200
páginas d e l a o b r a según e l m i s m o índice analítico.
P o r e l c o n t r a r i o , e n e l c a m p o d e l psicoanálisis
q u e se d i c e " o r t o d o x o , y q u e a n t e s designé como
a n a f r e u d i a n o , se l e d a a l a r e s i s t e n c i a u n a e x t r a -
o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a , p o r q u e a p a r e c e allí como
e l o b j e t o m i s m o d e l análisis. Allí, psicoanálisis
es análisis d e l a s r e s i s t e n c i a s . Así, e n l a o b r a d e
G r e e n s o n se d i c e : " R e s i s t e n c i a s i g n i f i c a o p o s i c i ó n -
Todas las fuerzas que dentro del paciente se
o p o n e n a l o s p r o c e d i m i e n t o s y p r o c e s o s d e l aná-
lisis, es d e c i r q u e e s t o r b a n l a l i b r e asociación d e l
p a c i e n t e , q u e o b s t a c u l i z a n l o s i n t e n t o s d e l pa^ciente
d e r e c o r d a r y d e l o g r a r y d e a s i m i l a r insight, que
operan c o n t r a el Y o razonable del paciente y su
d e s e o xie c a m b i a r , t o d a s e s t a s f u e r z a s p u e d e n c o n -
siderarse resistencias [ - - - ] Es e n esencia i a resis-
tencia u n a fuerza del paciente que opera c o n t r a el
p r o g r e s o d e l análisis, c o n t r a e l a n a l i s t a y los p r o -
cedimientos y procesos psicoanalíticos [ - - De-
f i e n d e n e i statu guo del paciente. Defienden la
mmiM--i-Ttg-ia:^.-
n e u r o s i s y se o p o n e n a l Y o r a z o n a b l e d e l p a c i e n t e
y a l a s i t u a c i ó n analítica."^^^
Y más taxativa y descaradamente (en t a n t o que
se d i c e f r e u d i a n o ) puede leerse e n Menniger y
H o l z m a n : " T a l c o m o se u s a e n l a t e o r í a p s i c o a n a -
lítica, p u e d e d e f i n i r s e a l a r e s i s t e n c i a c o m o el con-
j u n t o d e f u e r z a s d e n t r o d e l p a c i e n t e q u e se o p o n e n
al proceso de c a m b i o mejorador."
Sería m u y fácil h a l l a r e l l a d o c h u s c o d e estas
definiciones ( ¿ c ó m o n o ensañarse c o n esa seguri-
d a d q u e t i e n e e l d o c t o r M e n n i g e r s o b r e l o q u e es
u n ameliorative changa?), p e r o es t a r e a q u e c o m -
pete en última i n s t a n c i a a q u i e n m e escucha y
m e l e e . L o i m p o r t a n t e a h o r a es d e s t a c a r q u e estas
definiciones de la resistencia c o m o oposición no
q u e d a n n i están f o r m u l a d a s p a r a q u e d a r e n dic-
c i o n a r i o s . P o r e l c o n t r a r i o , u n a p r á c t i c a se des-
p r e n d e d e — y es c o h e r e n t e c o n — e l l a s . S i l a r e -
s i s t e n c i a es o p o s i c i ó n , e l a n á l i s i s , n a t u r a l m e n t e , se
ve d e f i n i d o c o m o u n c o m b a t e c o n t r a l a oposición.
D e a q u í se d e r i v a e l c o n c e p t o de " a l i a n z a tera-
péutica" o de "alianza de t r a b a j o " entre el yo
del terapeuta y la parte sana o razonable del yo del
analizando. . . quedando p o r supuesto en manos
d e l t e r a p e u t a e l d e c i d i r cuál es l a p a r t e " s a n a y
r a z o n a b l e " d e l y o d e l o t r o . E s d e s u p o n e r q u e será
aquella p a r t e de la m a s a de p r e j u i c i o s d e l paciente
c o n l a q u e se e n f r e n t a y c a t e g o r i z a a l a r e a l i d a d
c i r c u n d a n t e que coincide c o n la masa de prejui-
cios d e l terapeuta y entre los dos p u e d e n decidir
cuál es l a p a r t e " e n f e r m a e i r r a c i o n a l " q u e h a b r á
q u e v e n c e r y q u e se r e s i s t i r á a l a s b u e n a s i n t e n -
ciones de los cruzados.
Consecuencias técnicas i n e l u d i b l e s de l a caracte-
rización de la resistencia c o m o e n e m i g o de los pro-
cedimientos y de la persona del analista: hay que
p l a n e a r e l c h o q u e y c u m p l i r c o n l o s p a s o s d e l a tác-
tica indicada. Primero que nada, p o r supuesto, hay
que reconocer al enemigo que puede mostrarse a la
K . A . M e n n i g e r y P h . S. H o l z m a n , op cit., p . 106.
|L " P R I M E R L A C A N " Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 211
d e s c u b i e r t a o e s p e r a r e m b o s c a d o . L u e g o q u e se l o
^ a y a d e s c u b i e r t o se p a s a r á a c o n f r o n t a r a l s u j e t o
con s u resistencia, " h a c e r l e v e r " que tiene u n a re-
giStencia y e s c l a r e c e r l e s o b r e los m o t i v o s de l a
m i s m a , sobre sus d e t e r m i n a n t e s inconscientes. Es-
t o p u e d e s e r m u y d i f í c i l c u a n d o l a r e s i s t e n c i a es
' / e g o s i n t ó n i c a " , es d e c i r c u a n d o l a a c t i v i d a d o b s e r -
v a d o r a d e l p a c i e n t e e j e r c i d a s o b r e sí m i s m o , n o
le m u e s t r a n a d a i r r e g u l a r o c r i t i c a b l e e n e s o q u e s u
a n a l i s t a d i c e q u e es u n a resistencia. Llegados a
e s t e p u n t o es n e c e s a r i o q u e e l a n a l i s t a p e r s u a d a
o c o n v e n z a a l p a c i e n t e d e q t i e tarñbién a él l e c o n -
viene l u c h a r c o n t r a ella. A veces esto requiere
t a c t o 1^** y es n e c e s a r i o q u e e l a n a l i s t a reconozca
el " f a c t o r r e a l i d a d " q u e j u s t i f i c a l a a c t i v i d a d opo-
C r e e m o s que vale la pena i l u s t r a r esto: "Por
e j e m p l o , u n a p a c i e n t e pasa b u e n a p a r t e de s u h o r a
h a b l a n d o de los p e l i g r o s de u n a t a q u e c o n b o m b a s
n u c l e a r e s y d e s i sería a c o n s e j a b l e t r a s l a d a r s e a l M e d i o
Oeste, d o n d e e l l a e s t a r í a m á s s e g u r a . C u a n d o insinúo
q u e t a l vez e l l a se s e n t i rí a m á s s e g u r a a l e j á n d o s e d e
mí y d e l p s i c o a n á l i s i s se lenoja v i s i b l e m e n t e y c a l l a .
Después, m e r e c u e r d a t r u c u l e n t a m e n t e q u e l a g e n t e
está c o n s t r u y e n d o r e f u g i o s c o n t r a l a s b o m b a s . T r a s d e
u n a p a u s a r e c o n o z c o q u e h a y a l g u n a p o s i b i l i d a d de u n
a t a q u e n u c l e a r , p e r o c r e o q u e sus reacciones s o n i m -
p r o p i a m e n t e i n t e n s a s . L a m a y o r í a de l o s e x p e r t o s s o n
de o p i n i ó n d e q u e l o s r e f u g i o s n o s o n p r o t e c c i ó n s u -
ficiente y que t a m p o c o el irse a o t r o lugar garanti-
zaría s u s e g u r i d a d . E n t o n c e s l a p a c i e n t e e m p i e z a a
h a b l a r . R e c o n o c e q u e sus t e m o r e s podrían ser desme-
s u r a d o s , p e r o n a d a m á s p e n s a r e n u n a e x p l o s i ó n ató-
mica la h o r r o r i z a . Le digo que toda persona razonable
teme la g u e r r a atómica, p e r o en ella debe h a b e r algo
que hace su t e m o r t a n fuerte c o m o para pensar en
descuajar su vida. Lentamente, la paciente empieza a
hacer asociaciones, sus p e n s a m i e n t o s l a l l e v a n a su infe-
liz m a t r i m o n i o , a sus años de f r u s t r a c i o n e s e i n h i b i c i o -
nes y s u d e s e o d e ' s a l i r d e s u s i s t e m a ' , d e e m p e z a r u n a
v i d a n u e v a . A h o r a estoy e n c o n d i c i o n e s de d e m o s t r a r l e
q u e es l a r a b i a a c u m u l a d a d e n t r o d e e l l a l a q u e a m e -
n a z a e s t a l l a r . E s o es l o q u e l e h a c e p a r e c e r t a n i n m i -
n e n t e l a explosión n u c l e a r , y hace s u b i r su t e m o r de
p u n t o hasta c o n v e r t i r l o en t e r r o r . La paciente parece
sitora del paciente p a r a q u e el paciente pueda

s e n t i r e n él a u n a l i a d o y t r a n s f o r m a r a l a r e s i s -
t e n c i a egosintónica e n egodistónica. Después de lo
c u a l se p u e d e v e n c e r a l a r e s i s t e n c i a y c o n t i n u a r
c o n el t r a b a j o analítico.
E n t o d o esto, la resistencia aparece como una
m a l a fe, c o m o u n a m a l a intención d e l a n a l i z a n d o
Pido nuevamente el t e s t i m o n i o de Greenson: "Debe
d e c í r s e l e a l p a c i e n t e q u e l a r e s i s t e n c i a es u n a ac-
t i v i d a d suya. E s u n a acción q u e e j e c u t a incons-
ciente, preconsciente o conscientemente (Fenichel,
1 9 4 1 , p . 3 5 ) . N ó es a l g o q u e l e s u c e d a a l p a c i e n t e
p a s i v a m e n t e , a u n q u e é l q u i z á l o s i e n t a así. E s t o
tiene su importancia porque muchos pacientes
sienten sencillamente q u e t i e n e n u n a resistencia,
c o m o q u i e n dice q u e les sobreviene, y p r o p e n d e n
a sentirse perdidos o resignados. Y o he compro-
b a d o q u e es b u e n o e d u c a r l o s e n e s t e p u n t o . "
E n esta técnica de t r a b a j o el a n a l i s t a pretende
r o b u s t e c e r e l Y o de s u p a c i e n t e . N o d e b e extrañar
que s u actividad genere u n o de dos resultados: o
e l c o n v e n c i m i e n t o d e l p a c i e n t e q u e será f e s t e j a d o
c o m o i d e n t i f i c a c i ó n c o n e l a n a l i s t a o u n a auténtica
oposición a esta violencia simbólica ejercida por
e l análisis. Así, u n a p a c i e n t e p u e d e d e c i r l e a Green-
s o n : " P a r e c e u s t e d t a n s e g u r o d e sí, c o m o s i t o d o
l o t u v i e r a r e s u e l t o [. - . ] N o m e g u s t a s e n t i r m e t a n
i d i o t a , y a v e c e s es u s t e d y e s t e análisis q u i e n
m e hace s e n t i r m e así."
C l a r o está q u e f r e n t e a estas i n t e r v e n c i o n e s m a -
n i p u l a t o r i a s , d o n d e l a r a z ó n d e l a n a l i s t a es p r e -
s e n t a d a c o m o l a razón a secas y d o n d e l o q u e n o
es a c e p t a d o p o r l a r a z ó n d e l a n a l i s t a es c a l i f i c a d o
de irracional, el paciente tiene derecho, puesto que
se v e f o r z a d o a e l l o , a r e s i s t i r s e . P u e s se h a p r o -
d u c i d o u n a p a r t a m i e n t o d e l c a m p o analítico p a r a
e n t e n d e r y e n v a r i a s sesiones subsiguientes l a b o r a m o s
p r o d u c t i v a m e n t e e l a s u n t o . " ( R a p h R. G r e e n s o n , o p . cit,,
p . 126.)
Ibid., p . 149.
v e r a l t e r r e n o d e d o n d e surgió: e l d e l a suges-
y la hipnosis,
^ a b e l l a m a r a F r e u d p a r a q u e defienda a l pa-
te: " R e c u e r d o también haber experimentado
entonces (1889), u n a o s c u r a a n i m o s i d a d con-
t a l tiranía de l a sugestión. C u a n d o oía a B e m -
fieím i n t e r p e l a r a u n e n f e r m o p o c o d ó c i l c o n l a s
p a l a b r a s : ' ¿ Q u é h a c e u s t e d ? ¡Vous vous contra-
^^^ggestianezl', m e decía q u e a q u e l l o constituía u n a
¡injusticia y u n a v i o l e n c i a : E l s u j e t o p o s e í a u n e v i -
d^^nte d e r e c h o a 'contrasugestionarse' cuando se
^ i n t e n t a b a d o m i n a r p o r m e d i o de sugestiones."
o,Se v e n l a m e c á n i c a y e l s e n t i d o d e l a o p e r a c i ó n
^cigestiva. L a r e s i s t e n c i a h a s i d o extraída d e l d i s -
c u r s o , allí d o n d e F r e u d l a d e s c u b r i ó y allí d o n d e
se l a p u e d e t r a b a j a r c o m o u n h e c h o m a t e r i a l y
o b j e t i v o , y se l a h a d e s p l a z a d o a o t r o t e r r e n o , e l
d e l a p e r s o n a d e l a n a l i z a n d o : " l a r e s i s t e n c i a es u n a
a c t i v i d a d s u y a " . D e e s t e m o d o e l s u j e t o es o b j e -
tivado y calificado p o r la experta m i r a d a de su
p s i c o a n a l i s t a q u e , d e aquí e n más, aguzará sus ca-
pacidades detectivescas p a r a d e s c u b r i r y dentmciar
al o p o s i t o r c o n e l f i n de d e s t e r r a r l o . Se i n s t a u r a
así l a s i t u a c i ó n a n a l í t i c a c o m o u n a s i t u a c i ó n d e
desconfianza. Además e n t r a la oposición al analista
c o m o p a r t e de l a definición. Q u e p e r m i t e a l ana-
l i s t a p r e g u n t a r , a u n q u e n u n c a l o f o r m u l e así: " ¿ Y
u s t e d , e n q u é se me r e s i s t e ? " Y a b r e e l c a m p o
p a r a l a s i m p t i t a c i o n e s d e i n t e n c i o n e s a v i e s a s q u e es-
tán m á s allá d e l o q u e e l p a c i e n t e concretamente
dice, O p a r a l a búsqueda de i n d i c i o s de oposición
que. están m á s acá d e l d i s c u r s o : e n u n a s u d o r a -
ción, e n u n a s a c u d i d a m u s c u l a r , e n u n a f l a t u l e n c i a .
E n t o d o s e s t o s casos está c l a r o l o q u e actúa: e l
Y o del analista que hace permanentemente u n a
proyección sobre l a presencia del paciente y trata
de c a p t a r , p o n i e n d o e n u s o u n p r e s u n t o e n t r e n a -
m i e n t o especial, l o q u e pasa e n el Y o de s u o t r o
r e d u c i d o a u n a función de e s p e j o d o n d e leerá sus
S i g m u n d F r e u d , Psicología de las masas y análisis
del Yo, e n Obras completas c i t . , t . i x , p . 30 [Standard
Edition, t . x v i i i , p . 89].
proyecciones ("Yo, e n s u l u g a r , sentiría esto y

a q u e l l o " ) , y a eso, m á s allá d e q u e a c i e r t e o n o
s e l o l l a m a i n t e r p r e t a c i ó n . Ma q u e d a n d o , p o r s u -
p u e s t o , j u e z a l g u n o q u e p u e d a d e c i d i r d e ese a c i e r -
to o equivocación p o r c u a n t o a l i n t e r c a m b i o trans-
c u r r e e n u n t e r r e n o dual, especular, imaginario
c e r r a d o a t o d a elaboración simbólica.
D e m o d o q u e e l análisis h a d e v e n i d o sugestión
q u e s u m e t a h a d e r i v a d o hacia u n a "modificación
de c o n d u c t a " , q u e "se degrada en u n a i n m e n s a chi-
c a n a p s i c o l ó g i c a " . Y t o d o e l l o p o r h a b e r s e apar-
t a d o d e l ú n i c o t e r r e n o d o n d e p u e d e n v a l i d a r s e sus
e l a b o r a c i o n e s : e i d e l d i s c u r s o . P o r q u e se h a v u e l t o
a l p s i c o l o g i s m o c o n t r a e l c u a l e l a n á l i s i s s u r g i ó , se
ha. v u e l t o a l m i t o d e l a p e r s o n a c o m o f u e n t e y
o r i g e n d e l d i s c u r s o ; se h a d e s c o n o c i d o q u e e l y o
n o es e l a u t o r d e l d i s c u r s o s i n o s u e f e c t o , q u e n o
figura en la cadena significante como constitu-
yente sino como constituido.
Y p a r a e v i t a r e s t o h a c e f a l t a s o l o u n a cosa,
p e r o ¡qué difícil es!: e s c u c h a r . C o n c e n t r a r s e sobre
l a m a t e r i a l i d a d o f r e c i d a p o r e l s u j e t o e n s u dis-
c u r s o y p o r los efectos de s e n t i d o q u e éste vehicu-
l i z a s i n q u e e l s u j e t o l o sepa. Y s i n q u e l o sepa
t a m p o c o , de antemano, el analista. R o m p i e n d o con
la idea de q u e el d i s c u r s o t r a n s m i t e de m o d o trans-
p a r e n t e las s i g n i f i c a c i o n e s i n t e n c i o n a l e s d e u n su-
j e t o . R e c o n o c i e n d o e n ese d i s c u r s o e l t e r r e n o s o b r e
e l q u e se p a t e n t i z a n l a s f o r m a c i o n e s d e l i n c o n s -
c i e n t e . C o n s i d e r á n d o l o , t a m b i é n a él, c o m o u n a
f o r m a c i ó n d e c o m p r o m i s o e n t r e e l d e s e o y l a de-
f e n s a , es d e c i r c o m o p r o d u c t o d e u n c o n f l i c t o .
I m p u g n a n d o e n él l a i d e a d e transmisión de u n
mensaje compartido p o r el emisor y el receptor en
cuanto al significado. Fragmentándolo, evidencian-
d o s u ambigüedad, d e s t a c a n d o l a p o l i s e m i a . De-
n u n c i a n d o el m i t o d e l discurso unívoco, correlato
de l a idea de u n sujeto también unívoco, unificado,
u n i t a r i o . Abriéndolo a l j u e g o y a l fuego de l a pa-
labra.
Jacques L a c a n , " V a r i a n t e s de la cura tipo", en
Écrits, p . 337 [Escritos 2, p . 104].
. A b r i r s e en la escucha a los efectos del discurso

¿implica r e n u n c i a r a las p r e t e n s i o n e s o m n i p o t e n t e s
| S o b r e u n s a b e r p r e e x i s t e n t e e n n o s o t r o s q u e estaría
¿âcechando d e s d e s i e m p r e l a s m a n i f e s t a c i o n e s d e l
l^pnalizando p a r a e n c o n t r a r e n ellas al m a l h e c h o r .
P a r a " h a c e r l e v e r " a l g o s e g ú n se o y e d e c i r s i n t o -
máticamente e n las s u p e r v i s i o n e s de terapeutas
i n a d v e r t i d o s . P u e s se t r a t a d e n o c o n f i r m a r a q u e -
l l o q u e e l p a c i e n t e p r e s u m e : q u e e l a n a l i s t a es
e l q u e s a b e l o qué é l hó s a b e a c e r c a d e sí m i s m o .
C o n l o q u e se l l e g a a l ú l t i m o p u n t o , e l q u e t r a t a
DEL SABER DEL ANALISTA
q u e consistiría, s i e m p r e según L a c a n , e n a j u s t a r s e
a l a c o n s i g n a de i g n o r a r lo q u e sabe. P a r a así
p o d e r — p o r q u e es u n a o p e r a c i ó n i n t e r e s a d a — r e -
conocer la p a l a b r a v e r d a d e r a en el paciente. E s t o
es, d e b e r e n u n c i a r a l p r o p i o n a r c i s i s m o q u e p o d r í a
llevarlo a r e p r o d u c i r s e en s u paciente y a hacer de
éste u n muñeco de ventrílocuo. I*ara esto también
es n e c e s a r i o a b d i c a r de l a pretensión de ser el po-
seedor de dotes psicológicas especiales o de u n a
peculiar capacidad intuitiva. Hay que abstenerse
de c o m p r e n d e r y r e n u n c i a r a la e m p a t i a . L a pasión
q u e d o m i n a a l a n a l i s t a es l a q u e l o c o n s a g r a a l a
i g n o r a n c i a c o m o a p e r t u r a d e u n s a b e r p o s i b l e ; se
a d h i e r e al a f o r i s m o socrático y lo erige en ideal;
s a b e q u e n o sabe y , más aún, q u e s o b r e e l i n c o n s -
ciente n o hay saber posible p o r q u e t o d o saber, a l
c o n l l e v a r u n a c r e e n c i a e n e s e s a b e r , es o b t u r a c i ó n
de la p o s i b i l i d a d de saber. Que el saber y la trans-
misión del saber son engañosos, p o r q u e son siem-
p r e el saber acerca de u n c i e r t o o b j e t o . Y el i n -
c o n s c i e n t e n o es u n o b j e t o c u y a v e r d a d pueda
ser t r a n s m i t i d a p o r n i n g u n a p a l a b r a s i n que, de
i n m e d i a t o , se d i s u e l v a . P o r q u e e l s a b e r p s i c o a n a -
lítico n o puede aplicarse a u n s u j e t o c u a n d o lo q u e
e s p e r a m o s d e é l es u n a p a l a b r a n u e v a , u n a p a l a ;
b r a p l e n a , u n a p a l a b r a d e r e v e l a c i ó n p a r a q u e , des-
pues d e h a b e r l a d i c h o , s e a é l d i s t i n t o d e l o q u e
antes era. Y donde la palabra que viniese de afuera
obliteraría esa v e r d a d y l a haría inútil a u n q u e la
e n u n c i a s e e n los m i s m o s términos. Y eso p o r v e n i r
de afuera. E l sujeto debe a s u m i r la verdad, y por
ello n o puede recibirla sin enajenarse. Y el traba-
j o d e l a n a l i s t a será i r p u n t u a n d o e l p r o c e s o d e l
sujeto en la verdad.
Y é s t e es e l p u n t o e s e n c i a l q u e d i s t i n g u e a l p s i -
coanálisis q u e p o s t u l a L a c a n de todas, l a s otras
v a r i a n t e s d e psicoanálisis q u e se efectúan h o y e n
día. E s t a admisión i n i c i a l y básica d e q u e el
p a c i e n t e q u e v i e n e a a n a l i z a r s e n o s a b e c u a l es l a
sobredeterminación del sentido de l o q u e dice
p e r o s u p o n e q u e e l a n a l i s t a sí l o s a b e . Y e l a n a -
lista, si quiere serlo, n o puede aceptar colocarse
e n ese l u g a r s i n i n c l u i r s e a u t o m á t i c a e i r r e m i s i b l e -
m e n t e c o m o u n a más de las f i g u r a s de a u t o r i d a d
e n c u y o s d e s e o s se h a v e n i d o a p o l t r o n a n d o y ex-
t r a v i a n d o l a v i d a d e l p a c i e n t e . E l p a c i e n t e n o sa-
b e . . . y e l a n a l i s t a t a m p o c o . Y p o r q u e n o sabe,
calla y escucha. H a s ^ que tenga algo p a r a decir.
Y s u decir, c u a n d o sobrevenga, apuntará a l o r d e n
d e l s e n t i d o e n la restauración de u n a h i s t o r i a c o n
r e c o n o c i m i e n t o del deseo y de los límites de su
interpretación.
E l a n á l i s i s es u n p r o c e s o q u e p a r t e d e l a a t r i -
bución de u n saber. Para el analizando, el analista
es e l s u j e t o s u p u e s t o saber,*^^ y es d e s d e q u e h a y
sujeto supuesto saber que h a y transferencia. Que
el sujeto (al q u e gustoso llamaría " s u j e t o su-
p u e s t o i g n o r a r " ) c o m i e n z a e l análisis a t r i b u y e n d o
a l o t r o la posesión de l o q u e f a l t a e n s u saber.
E s t o es, e l i n c o n s c i e n t e . ¿ C u á l es e l f u n d a m e n t o
de esta operación transférencial? N a d a q u e corres-
p o n d a a l a p e r s o n a real d e l a n a l i s t a . N a d a — y e s o
es l o ú n i c o q u e s a b e : q u e n o s a b e — q u e p e r t e -
n e z c a a u n d o m i n i o simbólico. P u e s s i a l g o él sabe,
d e b e a p r e n d e r a i g n o r a r l o . Se t r a t a d e u n s a b e r s u -
Jacques Lacan, "Les quatre concepts. . ." cit.,
p p . 209-220.
§L "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 217
puesto, i m a g i n a r i o . P e r o q u e a r r a i g a e n que este

g a j e t o s u p u e s t o s a b e r se o f r e c e c o m o a n a l i s t a . Q u e
puede r e m i t i r s u l e g i t i m i d a d analítica a a l g u n a ins-
titución d e f o r m a c i ó n d e a n a l i s t a s q u e fia o t o r g a d o
tíh d i p l o m a . P e r o e s t e d i p l o m a p e r t e n e c e t a m b i é n ,
c o m o los demás títulos y h o n o r e s de esta sociedad,
ál c a m p o d e l o i m a g i n a r i o . L a i n s t i t u c i ó n n o d e -
tenta t a m p o c o el saber. A l o s u m o el poder: el
de d a r l o s títulos. ¿ E n n o m b r e d e quién? E n n o m -
d e F r e u d , p u e s es d e é l , d e 3 u o b r a , d e — q u i e n
fódos los analistas r e c i b e n o r e c l a m a n su a u t o r i -
zación. E s d e c i r q u e e l s u j e t o s u p u e s t o saber re-
inite s u autorización a u n a o b r a en la que se
concreta u n saber d e p u r a d o de i m a g i n a r i o : el saber
d e l i n c o n s c i e n t e . C o n l a p a r a d o j a y a señalada: l a
de q u e t o d o i n t e n t o de h a c e r l o i n t e r v e n i r e s t r o p e a
sus efectos, y q u e , p o r eso, h a y q u e g u a r d a r l o . P a r a
i n s c r i b i r e n él l o q u e p u e d a a p r e n d e r s e e n c a d a
a n á l i s i s . A s í es c o m o l o f o r m u l a r í a : e l a n a l i s t a
c o m o s u j e t o s u p u e s t o s a b e r es a q u e l q u e a s p i r a a
ocupar, c o m o sujeto, su p u e s t o en el saber. Que
n o será s a b e r de n a d i e p o r ser de t o d o s , del O t r o .
Y s i n o l v i d a r que esta pasión de i g n o r a n c i a del
sujeto supuesto saber p r o d u c e efectos: el incons-
ciente r e p r i m i d o , p o r efecto de la transferencia
sobre u n saber supuesto en u n sujeto, encuentra
la p o s i b i l i d a d de l a b r a r s e u n c a m i n o enganchán-
d o s e s o b r e l a p e r s o n a i m a g i n a r i a d e l a n a l i s t a , as-
p i r a n d o a h a c e r s e a m a r y r e c o n o c e r p o r él. Y e s t o ,
en la m e d i d a en que el analista n o responde a la
demanda, sino que interpreta, p e r m i t e la apertura
del c a m i n o de la v e r d a d en el discurso. M e t a del
análisis.
Por diversión podría decirse que del t r o n c o freu-
d i a n o h a n b r o t a d o tres variedades de analista. U n a
es a n a - — y p i e n s o e n A n a F r e u d — l i s t a . A n a l i s t a .
Sabe gracias a la a c t i v i d a d de s u Y o lo que pasa
e n e l Y o d e l o t r o , y d e s d e a l l í se s i e n t e a u t o r i z a d a
a interpretar.
O t r a es m e l a n a — y p i e n s o e n K l e i n — l i s t a . A n a -
listísima. Sabe desde s u Y o lo que pasa en el
E l l o d e l p a c i e n t e y está e n c o n d i c i o n e s de h a c e r
218 LACAN Y EL PSICOANÁLISIS
u n a traducción simultánea desde el lenguaje del

paciente a l lenguaje de sus i n s t i n t o s , centrándose
e n l o q u e pasa e n l a sesión, aquí, a h o r a y c o n m i g o .
Y f i n a l m e n t e está L a c a n . L a c a n . . . a t o n t a . Reco-
noce a su saber c o m o u n saber i m a g i n a r i o , puesto
q u e es i m p o s i b l e s a b e r s i n c r e e r u n o q u e s a b e y s i
u n o cree que sabe, a u n q u e sepa, n o p u e d e hacer
i n t e r v e f i i r esa presunción p a r a a c e r c a r a l o t r o al
saber. P o r q u e eso c o r r e el r i e s g o de ser aceptado
p o r e l o t r o . E n r e a l i d a d es l o q u e e l o t r o l e p i d e :
que alguien remplace c o n l a presunción de u n
s a b e r s u i g n o r a n c i a . Y s i e s t o pasa, y a n o h a y re-
medio. E l paciente t e r m i n a adoctrinado, girando
en el discurso del o t r o , a h o r a supuestamente ilus-
t r a d o . L a r e p r e s i ó n h a c a m b i a d o d e f o r m a y de
t i t u l a r . E s l o q u e se l l a m a l a i d e n t i f i c a c i ó n c o n el
a n a l i s t a . A l g o q u e , ¿ n o s u e n a e s c a n d a l o s o ? , es p a r a
m u c h o s l a m e t a d e l análisis.
8. EL CAMBIO EN PSICOANALISIS*
A FERNANDO MARTÍN ESPINOZA
M e v o y a p e r m i t i r h a b l a r l e s d e a q u e l l o d o n d e se
puede definir u n a postura rigurosa: del cambio
e n psicoanálisis.
Porque n o puede hablarse del cambio en psico-
terapia individual sin entrar en engorrosas defi-
niciones de l o que cada u n o entiende p o r psico-
terapia individual. Estoy diciendo que dejo de lado
d i s c u t i r s i e l p s i c o a n á l i s i s es o n o es u n a p s i c o t e -
r a p i a . D i g o t a m b i é n q u e s ó l o se p o d r í a d a r l e ese
c a r á c t e r s i se a s e n t a r a d e m o d o d e f i n i t i v o q u e
— p o r m e t a s y m é t o d o s - — es r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e
de c u a l q u i e r e m p r e s a de intención psicoterapéuti-
c a . Q u e s i se l o c o n s i d e r a p s i c o t e r a p i a , n o es p o r -
q u e p r e t e n d a serlo. E s a rotulación sólo podría
v e n i r l e desde a f u e r a , y estaría a n c l a d a e n l o s p r e -
juicios favorables o n o de u n observador extraño
a s u c a m p o y p o r e l c o n c e p t o q u e éste m a n e j e de
l o q u e es p s i c o t e r a p i a .
O t r o p r o b l e m a es e l d e l c a m b i o . E s i m p o s i b l e
hablar del cambio en abstracto. Debemos definir
d e q u é c a m b i o se t r a t a , e n q u é d i r e c c i ó n y h a s t a
dónde para luego poder discutir los métodos que
podrían c o n d u c i r a t a l transformación.
A p a r e c e aquí o t r a cuestión. ¿Quién p i d e e l c a m -
bio? Supongamos que lo pide el interesado, nues-
t r o paciente. ¿ Y qué h a r e m o s c o n s u pedido? A p u -
* E n f e b r e r o d e 1980, c o o r d i n a d o p o r e l d o c t o r José
L i j t s z a j n , y a u s p i c i a d o p o r l a División de E s t u d i o s Su-
p e r i o r e s de l a F a c u l t a d de Psicología de l a U n i v e r s i d a d
N a c i o n a l Autónoma de México, se llevó a c a b o u n c i c l o
de mesas redondas sobre el "Proceso de c a m b i o e n l a
p s i c o t e r a p i a " . E s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , el t e m a debía
s e r " E l c a m b i o e n l a p s i c o t e r a p i a i n d i v i d u a l " . P e r o se
c a m b i ó . E s t e c a p í t u l o es u n a r e e l a b o r a c i ó n d e l a c o n f e -
rencia p r o n u n c i a d a entonces.
[219]
r a r n o s a r e s p o n d e r a él t r a t a n d o d e d a r l e l o q u e
p i d e es u n a p o s i b i l i d a d . I n t e r p r e t a r s u d e m a n d a
es o t r a . I m p l i c a r í a e n t e n d e r q u e e s a d e m a n d a p r o -
c e d e d e u n a relación i m a g i n a r i a q u e él g u a r d a
c o n s i g o m i s m o y c o n l o q u e l o r o d e a , q u e s u de-
m a n d a p r o v i e n e d e q u e él m i s m o , q u e p i d e , está
atravesado p o r exigencias ajenas que vehiculiza
s i n s a b e r , q u e s u p e d i d o es j u s t a m e n t e p e d i d o d e
u n c a m b i o p a r a adaptarse a exigencias exteriores
con desconocimiento d e l d e s e o i n c o n s c i é r i t é q¿¿^
i m p e d i d o de expresarse de o t r a m a n e r a , habla con
la voz d e l síntoma. Q u e , e n estas circunstancias,
p u e d e s u c e d e r q u e h a c e r l o c a m b i a r sea el reforza-
m i e n t o d e ese d e s c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o y d e
la articulación de sus deseos c o n los deseos ajenos
r e s p e c t o d e él.
¿"V c u a n d o l a d e m a n d a d e l c a m b i o p r o v i e n e d e -
o t r o ? D e u n a m a d r e q u e dice q u e s u niño n o
Ze c o m e o d e u n p a t r ó n q u e n o s c o n t r a t a p o r q u e
s u s o b r e r o s n o le r i n d e n o p o d r í a n r e n d i í ^ l e m á s .
¿ Q u é h a c e r c o n l a p e t i c i ó n \dél c a m b i o ? R e s p o n d e r ,
interpretsurla, c e r r a r oídos, t o m a r p a r t i d o én c o n t r a
d e l c a m b i o p e d i d o . Sfe v e c l a r a m e n t e q u e c u a l q u i e r
r e s p u e s t a es e n e s t o s c a s o s u n p o s i c i o n a m i e n t o
ético del interpelado. S i alguien pide u n cambio,
a u n q u e sea e l p r o p i o s u j e t o , es p o r q u e alguien
q u i e r e m a n t e n e r u n a situación d i f e r e n t e , opuesta
a e s e c a m b i o . ¿ Y quién dice q u e el d e m a n d a n t e
tiene a l g u n a razón f r e n t e a l q u e debería c a m b i a r ?
V i v i m o s inmersos e n u n a ideología d e l cambio.
La publicidad nos recuerda a cada instante que
d e b e m o s c a m b i a r , q u e e l m u n d o y a n o es e l m i s -
m o , e t c . , y q u e e l c a m b i o es, e n sí, p r o g r e s o . S e
n o s e m p u j a a v i v i r e n u n m u n d o de o b j e t o s deshe-
chables y a aceptar que nosotros m i s m o s debemos
vivir e n u n permanente " c a m b i o de p i e l " ligado a
las c i r c u n s t a n c i a s e x t e r i o r e s q u e n o p a r a n de per-
t u r b a r el equilibrio de la persona y de exigir la
p u e s t a e n m a r c h a de operaciones adaptativas. Se
f o m e n t a l a ilusión d e u n p e r m a n e n t e r e n a c i m i e n t o .
L a c o n s i g n a es " s i é n t a s e o t r o " , " s i é n t a s e d i f e r e n -
t e " , sea c o n t i n a n u e v a p r e p d a d e v e s t i r o e n u n
JBL C A M B I O EN PSICOANÁLISIS 221
l a b o r a t o r i o v i v e n c i a l . N o se n o s e s c a p a n l a s d e t e r -
fpinaciones económicas, sociales y políticas v i n c u -
ladas a l a producción y a l c o n s u m o de mercancías
e n e l s i s t e m a c a p i t a l i s t a d e 1980, p e r o n o h a b l a r e -
m o s p o r h o y de eso. N o s c o n f o r m a r e m o s c o n re-
c o r d a r a l aristócrata de l a l u c i d e z y a l a l u c i d e z
d e l aristócrata: " S i q u e r e m o s q u e t o d o siga i g u a l
es p r e c i s o q u e t o d o c a m b i e . "
E s e v i d e n t e q u e n o se t r a t a d e l c a m b i o e n a b s -
tracto si pensamos en aquello que puede atraemos.
D e s p u é s d e t o d o l a e n t r o p í a es u n c a m b i o e n l a s
condiciones de existencia, u n c a m b i o irreversible,
u n a degradación. Para d e c i r l o c l a r o : l a b u e n a leche
puede t r a n s f o r m a r s e en m a l a leche, p e r o l a m a l a
leche será s i e m p r e m a l a leche. E l p r o b l e m a p a r a
n o s o t r o s , p s i c o a n a l i s t a s , es ¿ q u é h a c e m o s c o n n u e s -
t r a l e c h e ? ¿ C ó m o h a c e r p a r a q u e n o se n o s d e g r a -
de al servicio de metas adaptativas propuestas
<iesde a f u e r a c o m o c r i t e r i o s d e c a m b i o y , p o r eso
m i s m o , de éxito?
Q u e n o se d e d u z c a d e e s t o u n a o p o s i c i ó n i g u a l -
mente abstracta al cambio que nos colocaría
d e l l a d o de l a inacción o d e l c o n s e r v a d u r i s m o , d e l
m a n t e n i m i e n t o d e l stattt qvio. P o r e l c o n t r a r i o , e l
psicoanálisis a p u n t a a u n c a m b i o v e r d a d e r o , a u n a
transformación d e f i n i t i v a e n el l u g a r de la v e r d a d
y r e c h a z a t o d a ilusión de c a m b i o c e n t r a d a e n l a
modificación de la conducta, e n el éxito social o
e n las sensaciones subjetivas de bienestar.
E l anhelo de c a m b i a r q u e e n u n c i a cada consul-
t a n t e es d e m a n d a d e u n a m e j o r r e s p u e s t a a l a s
e x i g e n c i a s d e l a m b i e n t e ; es p e d i d o d e u n a d i s m i -
nución d e l s u f r i m i e n t o o d e u n desbloqueo en la
capacidad de d i s f r u t a r de sus objetos. E l psico-
analista p r e s t a oídos a esta petición y n o responde
Si e l l a . N o e n t r e g a n a d a . N i t a n s i q u i e r a u n a p r o -
m e s a . N i u n a p a l a b r a c a l m a n t e . Y q u e d a así e n
desventaja, v o l u n t a r i a m e n t e , respecto de q u i e n pue-
da ofrecer u n " v a l i u m " (¿valdrá?) o u n " l i b r i u m "
(¿de qué liberará?). Se a p r o v e c h a d e l i m p u l s o de-
mandante para comprometer a quien carga con
él a s o m e t e r s e a u n í m p r o b o t r a b a j o . A c t u a n d o así
se o p o n e , m u d a m e n t e , a l a i d e a d e m u d a r l a m e n t e ,
de m a n i p u l a r p a r a resolver los p r o b l e m a s . Pone en
acción c o n s u s i l e n c i o a u n a crítica de l a ideología
subjetivista q u e subtiende a la d e m a n d a del cam-
b i o . Y n o p o r desinterés e n e l c a m b i o sino p o r
d e s d é n h a c i a ese c a m b i o q u e l e v i e n e n a p r o p o n e r .
S i n t e n e r , a s u v e z , otro cambio que proponer. Pero
d i s p u e s t o , sí, a q u e c u a l q u i e r c o s a p a s e d e s p u é s d e
l a e m e r g e n c i a d e u n d e c i r i n e s p e r a d o : " E l análisis
n o p u e d e t e n e r o t r a m e t a q u e e l advenimiento d e
u n a p a l a b r a v e r d a d e r a y l a realización p o r el su-
j e t o de s u h i s t o r i a e n relación c o n u n f u t u r o . Él
m a n t e n i m i e n t o d e e s t a d i a l é c t i c a se o p o n e a t o d a
orientación o b j e t i v a n t e d e l análisis, y d e s t a c a r esta
n e c e s i d a d es c a p i t a l p a r a p e n e t r a r e n l a a b e r r a -
ción., d e l a s n u e v a s t e n d e n c i a s m a n i f e s t a d a s e n e l
análisis."
C o n t r a r i a m e n t e a l o sostenido p o r ciertos pre-
suntos " s u p e r a d o r e s " de F r e u d , ansiosos p o r hun-
d i r sus raíces e n el suelo d e l p r a g m a t i s m o ame-
r i c a n o , e l psicoanálisis n o i n c l u y e ningún p u n t o de
v i s t a a d a p t a t i v o e n sus p o s t u l a d o s metapsicológi-
cos. C o l o c a r a l psicoanálisis e n el c a m i n o de la
adaptación del y o ( c o m o representante de los i n -
tereses de la persona t o t a l ) a la realidad exterior,
es c o l o c a r s e f u e r a d e l d e s c u b r i m i e n t o f r e u d i a n o ,
e n c o n t r a d e él y a n t e s d e él. E n esa c o n c e p c i ó n lió
h a y más q u e u n m a r i d a j e dé l a psicología de la
conciencia c o n el c o n d u c t i s m o y u n o l v i d o t o t a l de
la exigencia teórica q u e llevó a F r e u d a p r o p o n e r la
e x i s t e n c i a d e ese insólito o b j e t o : e l i n c o n s c i e n t e
e s t r u c t u r a d o alrededor de la necesaria represión
de la s e x u a l i d a d i n f a n t i l e n l a construcción d e l
sujeto humano.
E n e f e c t o . N i n g u n a c o n s i d e r a c i ó n d e l a Cuestión
del c a m b i o e n l a o b r a de F r e u d , Y en l u g a r de
ese d e s c u i d o p o r e l c a m b i o ¡cuánta preocupación
en todos los textos p o r la emergencia de la ver-
^^® J a c q u e s L a c a n , " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a b r a
y d e l l e n g u a j e e n e l p s i c o a n á l i s i s " , e n Écrits, p . 302
[Escritos p.-^ 119].
EL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 223
d a d q u e e l análisis p e r m i t i r í a a l c a n z a r ! E l p a c i e n t e
sabe, p e r o p o r q u e n o s a b e q u e s a b e c r e e q u e i g -
n o r a . L a v e r d a d está e n él, sólo q u e l a v e r d a d n o
p u e d e l l e g a r a s u b o c a . I n v e s t i g a r esa v e r d a d , le-
v a n t a r l o s o b s t á c u l o s q u e se o p o n e n a s u s u r g i -
m i e n t o , ésa es l a t a r e a . A n a l i z a r es p r o c e d e r per
via di levare, como el escultor, hacer aparecer la
f o r m a de la estatua a p a r t i r del b l o q u e de mármol.
Trabajar la m a t e r i a p r i m a del discurso del pa-
ciente p a r a alcanzar planos cada vez más p r o f u n -
dos d e l a existencia s u b j e t i v a h a s t a llegar a "eso",
al Ello, núcleo m i s m o de n u e s t r o ser qué h a b l a
siempre y más claro c u a n d o el d o r m i r nos obliga
a callar.
" E s o " que fue el descubrimiento primigenio de
F r e u d c u a n d o e n l o s Estudios sobre la histeria
p l a n t e a b a l a t r i p l e e s t r a t i f i c a c i ó n ( c r o n o l ó g i c a , es-
pacial y representacional) del psiquismo alrededor
de u n n o d u l o de " r e c u e r d o s q u e el e n f e r m o niega
aún a l r e p r o d u c i r l o s " y q u e debía a b o r d a r s e despe-
j a n d o p r o g r e s i v a m e n t e capas de resistencia, movién-
dose e n zigzag, c o m o el caballo e n el ajedrez, c o m o
quien va pelando u n a cebolla, f o r m a n d o u n puzzle,
siguiendo u n "complicadísimo trazado", buscando
los h i l o s de las representaciones y sus asociacio-
nes.^^^ P r i m e r a d e l a s m e t á f o r a s t e x t i l e s q u e p u -
lularán después: se t r a t a s i e m p r e de restaurar
desgarrones en u n a tela, de suturar, de a n u d a r y
desanudar, de zurcir, de r e p a r a r los agujeros de
u n a r e d . Metafóricas las imágenes: pues lo textil
es t e x t u a l , p o r q u e l o s a g u j e r o s e s t á n e n u n a r e d
construida c o n hilos de discurso, porque la cadena
es s i g n i f i c a n t e , p o r q u e l o q u e n o se p u e d e s e g u i r
e n l a página r e m i t e a u n a página q u e está d e b a j o ,
a u n a escritura anterior que, no pudiendo ser
transcrita al discurso actual, aparece expresán-
dose de o t r a m a n e r a , c o m o síntoma, sueño, o l v i d o
o recuerdo encubridor.
Es el palimpsesto tal como se describe en el
S i g m u n d F r e u d , Estudios sobre la histeria, en
Obras completas c i t . , t . x , p . 178.
s i s t e m a t ó p i c o d e l a c a r t a 5 2 a Fliess.^^^ A l l i l a
teoría de las t r a n s c r i p c i o n e s de u n registro a l o t r o
es p r e a n u n c i a d a c o m o " u n a n u e v a p s i c o l o g í a " . E s a
q u e s e c o n c r e t a e n e l c a p í t u l o s é p t i m o d e La in-
terpretación de los stieños c o n el descubrimiento
d e q u e ese n ú c l e o d e l s e r es e l d e s e o i n f a n t i l . L a
p r o g r e s i ó n d e l a e l a b o r a c i ó n e s p e c u l a t i v a es c o n -
s e c u e n c i a d e l a práctica clínica c o n pacientes psi-
c o n e u r ó t i c o s y i a t e o r í a r e s u l t a n t e l o es d e l p r o -
c e s o d e l a c u r a analítica.
Lo dijimos en otra parte y lo aclaramos ahora:
e n l a situación analítica h a y d o s p a r e j a s y n o u n a .
Está la p a r e j a terapeuta-paciente, q u e f u n c i o n a en
lo imaginario, en lo imaginario del paciente, quien
viene dirigiendo u n a demanda ( e n l o s c a s o s clá-
s i c o s ) , q u e e s d e m a n d a d e q u e se l o c u r e , d e q u e
se l o c a m b i e . E n e s t a f a n t a s í a d e l p a c i e n t e , e l o t r o
es e l q u e t i e n e e l s a b e r p a r a q u i t a r l e s u m i s e r i a
y así c o n s t i t u y e i m a g i n a r i a m e n t e a l o t r o d e l a pa-
reja en su terapeuta. E l terapeuta puede asumir
ese l u g a r i m a g i n a r i o , l u g a r d e l q u e s u p u e s t a m e n t e
sabe, y a c t u a r e n c o n s ^ u e n c i a p a r a l o g r a r u n cam-
b i o . Se p r o p o n d r á y se s e n t i r á c o m o a g e n t e d e
cambio, como curador, incluso como curandero,
c h a m á n . Y allí a b o r t p e l psicoanálisis. Allí n o p u d o
emiêâr. S ó l o h a y análisis c u a n d o l a p a r e j a tera-
p e u t a - p a c i e n t e n o pasa d e l a fantasía d e l a n a l i -
zando. E l a n a l i z a n d o q u e n o sabe q u e sabe y cree
q u e e l q u e s a b e es e l o t r o . Y q u e c r e e t a m b i é n q u e
e l o t r o , a d e m á s d e s a b e r , es e l s o p o r t e d e l a l e y
que regula s u deseo y el juez q u e habrá d e apli-
c a r l a , el q u e sancionará c o n i n d u l g e n c i a s y casti-
gos, e l q u e r e m i t i r á s u s d e c i r e s a u n código^ e l
q u e l e m a r c a r á e l c a m i n o d e l a r e c t a sen^á hacia
s u deber ser.
Y e l análisis se e s t a b l e c e c u a n d o e s t e o t r o a c e p t a
q u e n o sabe eso q u e e l q u e v i e n e p i d i e n d o cosas
sí s a b e y c r e e i g n o r a r . C u a n d o e l a n a l i s t a a c e p t a
ser el soporte i m a g i n a r i o de lo que le falta al o t r o
S i g m u n d F r e u d , Los orígenes del psicoanálisis,
e n Obras completas c i t . , t . x x i i , p . 207.
CAMBIO EN PSICOANALISIS 225
en el saber, de m o d o que el analizando pueda

explayar s u d i s c u r s o p a r a q u e e n e s e d i s c u r s o
pueda s u r g i r la v e r d a d desconocida hasta entonces.
ÍEsta r e l a c i ó n a n a l í t i c a d e l a p a r e j a a n a l i z a n d o - a n a -
l i s t a se e s t a b l e c e c u a n d o e l a n a l i s t a r e n u n c i a a
¡querer d i r i g i r e l c a m b i o e n e l p a c i e n t e , r e n u n c i a
a s u deseo de c u r a r . F r e u d denunció s i e m p r e el
furor sanandi c o m o u n a r e s i s t e n c i a a l análisis p o r -
q u e e l a n á l i s i s es a l a v e z u n m é t o d o y u n a t é c -
n i c a ; u n m é t o d o p a r a a l c a n z a r lá v e r d a d y u n a
técnica p a r a o p e r a r transformaciones, pero coh
u n a r e l a c i ó n a s i m é t r i c a e n t r e a m b o s p o r q u e l a téc-
n i c a se s u b o r d i n a s i e m p r e y n e c e s a r i a m e n t e al
m é t o d o y e s t e m é t o d o a s l i v e z es e l ú n i c o a p r o -
p i a d o p a r a a l c a n z a r e l o b j e t o , q u e es u n o b j e t o
teórico, f o r m a l y a b s t r a c t o : el inconsciente. L a je-
r a r q u í a q u e g o b i e r n a l a p r á c t i c a analítica es, p u e s :
1?] el objeto teórico, el inconsciente, l u g a r de l o
r e p r i m i d o ; 2?] el método que debe revelar la pre-
s e n c i a d e ese o b j e t o , m é t o d o f o r m a d o p o r e l p a r
asociación l i b r e d e l a n a l i z a n d o , atención f l o t a n t e
d e l a n a l i s t a , y 3?] la técnica basada en la seguridad,
c o m p r o b a d a clínicamente de q u e la v e r d a d obte-
n i d a p o r el m é t o d o m o d i f i c a a l a n a l i z a n d o (y t a m -
bién a l a n a l i s t a ) , q u e a p a r t i r de l a e m e r g e n c i a
de l a p a l a b r a v e r d a d e r a ellos s o n y a o t r o s y q u e
los síntomas, r e s u l t a d o s de l a retención de esa
palabra, de la i m p o s i b i l i d a d de a r t i c u l a r l a e n el
discurso y en la historia, desaparecen.
P u e s é s e y n o o t r o es e l d e c u b r i m i e n t o d e F r e u d
q u e p u e d e l e e r s e d e s d e 1895 h a s t a 1939: e l s u j e t o
está e s c i n d i d o e n t r e l o q u e p u e d e i n t e g r a r a s u
d i s c u r s o , l o q u e p u e d e c o n o c e r d e sí, y l o q u e d e b e
d e s c o n o c e r d e sí, l o i n c o n c i l i a b l e c o n s u y o , q u e
es e l d e s e o i n c o n s c i e n t e y s u s r a m i f i c a c i o n e s . L a
t é c n i c a p s i c o a n a l í t i c a está así g u i a d a p o r l a n e c e -
s i d a d de h a c e r e s c u c h a r esa v o z d e l i n c o n s c i e n t e .
P a r a e l l o el a n a l i s t a n o d e b e l u c h a r c o n t r a l o re-
p r i m i d o p o r q u e ello n o aspira sino a hacerse re-
conocer. E l l o habla. Debe l u c h a r contra lo repre-
s o r , c o n t r a c l Y o q u e r e s i s t e a q u e e s a p a l a b r a se
escuche. Es p o r esto q u e la consigna f u n d a m e n t a l
i m p o n e a l Y o a q u e r e n u n c i e a c o n t r o l a r el discur-
so, i m p o n e d e j a r l o f l u i r s i n p r e o c u p a r s e p o r el
l u g a r a l q u e la p a l a b r a liberada p u d i e r a llevar. Eso
que el analista i m p o n e sobre el y o del analizando
l o i m p o n e también a s u p r o p i o y o , r e n u n c i a a con-
t r o l a r , a g o b e r n a r , a j e r a r q u i z a r sus asociaciones
p a r a p e r m i t i r s e escuchar l o q u e el o t r o dice sin
saber q u e lo dice. Aparecen aquí las transforma-
c i o n e s d e l análisis. L a p a l a b r a v e r d a d e r a , t r a d i c i o -
n a l m e n t e s o f o c a d a , se h a c e o í r p o r l a b o c a d e l ana-
l i z a n d o , p a r a s o r p r e s a de éste, y p o r l a d e l analista,
que a l i n t e r p r e t a r llena las lagunas e n el discurso
d e l p r i m e r o . E n e s t e s e n t i d o , l a m e t a d e l análisis
es h a c e r c o n s c i e n t e l o i n c o n s c i e n t e , r e l l e n a n d o las
lagunas en la c o n t i n u i d a d de la m e m o r i a , restitu-
y e n d o l a i n t e g r i d a d d e l a h i s t o r i a a p a r t i r d e l des-
cubrimiento de su sentido.
L o s dos Y o d e b e n p o n e r s e e n t r e paréntesis. Pero
e l Y o es — c o m o b i e n s e n o s d i c e — e l ó r g a n o d e
conexión c o n l a realidad exterior. L a neutraliza-
c i ó n d e l Y o q u e l a técnica i m p o n e es r e n u n c i a a l
c o n t a c t o c o n e l m u n d o y sus c a m b i a n t e s e s t í m u l o s .
L o s d o s q u e se j u n t a n e n e l g a b i n e t e c o r t a n l a s
a m a r r a s d e l c o n t a c t o vivido. L a realidad, la reali-
d a d fáctica, es e x c l u i d a y s ó l o q u e d a u n a e x c l u s a
exclusiva p a r a q u e ella apunte: el habla del sujeto,
eso q u e f l u y e d e l diván a l sillón, de l a b o c a a la
o r e j a q u e es, p o r s u p a r t e , b o c a a b i e r t a y s i l e n c i o s a
q u e b e b e las p a l a b r a s .
L a s i t u a c i ó n a n a l í t i c a , p o r e s o , es u n d i s p o s i t i v o
c a s i e x p e r i m e n t a l ; a r m a z ó n q u e f i j a t o d a s las va-
r i a b l e s p a r a q u e q u e d e , d e n t r o de l o p o s i b l e , sólo
u n a función e n m o v i m i e n t o : el discurso con su
e n c a d e n a m i e n t o , c o n s u s f a l l a s . Y s o b r e esa única
v a r i a b l e l i b e r a d a se c e n t r a r á e l t r a b a j o d e l a n a l i s -
t a , o b s e r v a n t e d e l a r e a l i d a d psíquica, d e l deseo
inconsciente, de s u escenificación fantasmática.
Desatendiendo todos los esfuerzps d e l paciente para
significar s u experiencia, p o r q u e n o pueden ser
o t r a cosa q u e elaboración secundaria, defensa. Pri-
vilegiando lo dudoso, lo lacunar, lo incompren-
s i b l e , l o e x t r a ñ o q u e se p r e s e n t a c o m o n o s i g n i f i -
L CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 227
\ânte y c a s u a l , l o d e n e g a d o , e l c h i s t e i n v o l u n t a r i o ,
homofonía q u e r e m i t e a u n a significación insos-
:|>echada, l o i n c o h e r e n t e y , d e n t r o d e l o i n c o h e r e n t e ,
1 sueño, el e n c a d e n a m i e n t o asociativo q u e lleva
as m a r c a s d e l a c o n d e n s a c i ó n y d e l d e s p l a z a m i e n t o
^ n esa a c t i v i d a d q u e , p o r e f e c t o de l a abdicación
>del Y o a c o n t r o l a r l a s e c u e n c i a , q u i e r e e m p a r e j a r s e
— s i n l o g r a r l o — c o n l a condición de d o r m i r , posi-
b i l i d a d d e l soñar. P o r q u e n u n c a l a expreGión d e l
s u j e t o es m e n o s l i b r e y s u d e p e n d e n c i a d e l sig-
n i f i c a n t e se r e v e l a m á s c l a r a m e n t e q u e c u a n d o
sueña, y c u a n d o e x p o n e ese sueño c o n l a s c o r r e s -
pondientes asociaciones ante el oído del psicoana-
l i s t a . E n t o n c e s e l s o ñ a n t e es u n e s c l a v o d e l r e l a t o ,
u n p u n t o lindante con la nada, abolido p o r su
sueño. Q u i e n evidenció esta abolición, este fading
del sujeto en la secuencia de s u discurso, fue
F r e u d a n t e sí m i s m o : " A h o r a b i e n , s i p r o s i g o p a r a
m í m i s m o este análisis, s i n p r e o c u p a r m e p o r l o s
o t r o s (a quienes, e n v e r d a d , u n a v i v e n c i a t a n per-
s o n a l c o m o m i s u e ñ o e n m o d o a l g u n o p u e d e es-
tarles destinada), llego a pensamientos que m e
s o r p r e n d e n , q u e y o n o había a d v e r t i d o e n el inte-
rior d e m í m i s m o , q u e n o m e s o n s ó l o ajenos, sino
t a m b i é n desagradables y q u e p o r eso y o querría
i m p u g n a r enérgicamente, m i e n t r a s q u e la cadena
d e p e n s a m i e n t o s q u e d i s c u r r e p o r e l análisis se m e
i m p o n e de m a n e r a inexorable."
P o r e s o e l a n á l i s i s d e l o s s u e ñ o s f u e vía regia
hacia el inconsciente, p o r q u e permitía a l relator
b o r r a r s e e n el sinsentido y e n la aparente incon-
g r u e n c i a d e s u s u e ñ o . A l l í se p o d í a e v i d e n c i a r u n
estilo y u n m o d o de composición del discurso que
n o r m a l m e n t e pasa desapercibido. Y eso q u e los
sueños le enseñaron l o aprendió F r e u d y l o enseñó
a s u vez. F u e el i n t e r m e d i a r i o e n t r e sus sueños y
n u e s t r a práctica, p a s a n d o p o r s u deseo y p o r el
d e n o s o t r o s . M o s t r ó q u e e l p r o c e s o p r i m a r i o ac-
t u a b a e n el t r a b a j o d e l sueño y luego p u d o detec-
S i g m u n d F r o u d , Sobre el sueño (1901), e n Obras
completas ( t r a d . de J . L. E t c h e v e r r y ) , B u e n o s Aires,
A m o r r o r t u , 1979, t . v, p . 654 ( l a s c u r s i v a s s o n d e F r e u d ) .
228 LACAN Y E L PSÍCOANÁLlStg*
t a r l o e n l a v i d a y e n e l d i s c u r s o c o t i d i a n o s . Des-
p u é s d e d e s c u b r i r q u e h a b í a q u e e s c u c h a r a l suefio
c o m o u n d i s c u r s o enseñó q u e había q u e escuchar
e l d i s c u r s o c o m o s i f u e s e u n sueño, p o r q u e e n el
e n u n c i a d o se r e v e l a , s i n s a b e r l o y s i n q u e r e r l o , el
s u j e t o d e l a e n u n c i a c i ó n , e l m i s m o q u e se e s f u m a
y se e s c o n d e t r a s u n m o n o s í l a b o : " y o " . H o m o l o g í a
del t r a b a j o d e l sueño y d e l t r a b a j o del discurro
presencia e n a m b o s de los procesos p r i m a r i o s ,
P o s i b i l i d a d de r e u n i r l o s e n u n a única expresión:
t r a b a j o d e l i n c o n s c i e n t e , d e ese i n c o n s c i e n t e " q u e
está e s t r u c t u r a d o c o m o u n lenguaje" y al que
d e b e prestarse oídos.
L a e x p e r i e n c i a así r e p e t i d a , u n a y m i l veces,
e n u n o y e n t o d o s l o s análisis, t e r m i n a desembo-
cando en ciertos nudos que el analista pretende
d e s a t a r y q u e c o n s t i t u y e n a l m i s m o t i e m p o los
l í m i t e s d e s u a c c i ó n . E l s u j e t o n o es e l r e s u l t a d o
de u n proceso n a t u r a l de evolución o de desarrollo
sino que h a llegado a la existencia en u n m u n d o
y a c a r g a d o de signos d e deseo y de deseos de
s i g n o s q u e él d e b e r í a v e n i r a e n c a m a r c o n s u exis-
t e n c i a y c o n s u c u e r p o q u e está des de u n p r i n c i -
p i o c o n s a g r a d o a esos deseos y a esos signos q u e
l e h a n p r e c e d i d o y l o h a n m a r c a d o . D o n d e está
m a r c a d o también ló que puede reconocer y lo que
d e b e d e s c o n o c e r d e s u e x i s t e n c i a , d o n d e está p r e -
f i j a d o e l l u g a r d e u n a r e p r e s i ó n q u e será p a r a él
c o n s t i t u y e n t e de uña e s c i n d i d a s u b j e t i v i d a d . Nú-
cleos de representaciones inconscientes vinculadas
a u n deseo i n f a n t i l i m p o s i b l e de a r t i c u l a r en u n
d i s c u r s o . N u d o s d e l E d i p o y d e l a c a s t r a c i ó n es-
t r u c t u r a n t e s de l a persona. M u n d o i n t e r i o r some-
t i d o a l a acción de l a represión p r o v e n i e n t e del yo
asociado a l m u n d o exterior y que busca hacerse
r e c o n o c e r burÍEuido e s a b a r r e r a d e l a r e p r e s i ó n
140 " L a e f i c a c i a d e l i n c o n s c i e n t e n o se d e t i e n e a l des-

p e r t a r . L a e x p e r i e n c i a psicoanalítica n o c o n s i s t e e n o t r a
cosa que e n establecer que el inconsciente no deja nin-
g u n a dé n u e s t r a s acciones f u e r a de s u c a m p o . " (Jacques
L a c a n , " L a i n s t a n c i a " d e l a l e t r a e n él i n c o n s c i e n t e " , e n
Écrits, p . 514 [Escritos 1, -p. 199].)
CAMBIO E>sl PSICOANÁLISIS 229
el sueño, e n el chiste, en el a c t o f a l l i d o , e n e l
^ i f r i m i e n t o neurótico y psicótico, en cada acto
-velador de la e s t r u c t u r a caracterial defensiva
p n t r a e l r e c o n o c i m i e n t o d e t a l d e s e o . Y é s t a es l a
l e r d a d q u e alcanza el psicoanálisis a l i n c o r p o r a r
éto r e p r i m i d o a u n d i s c u r s o a m p l i o y c o h e r e n t e :
j|ue l o r e p r i m i d o d e p e n d e de s u relación c o n e l
TR-dipo y l a c a s t r a c i ó n , c o n l o s d e s t i n o s d e l a se-
kualidad infantil.
^ s f c o m i e n z a el análisis: d e s a t a n d o a l a p a l a b r a
de t o d a s s u s a m a r r a s c o n v e n c i o n a l e s . E l d e m a n -
d a n t e , a u n q u e n o p u e d a , debe d e c i r Jo q u e se l e
o c u r r a . E n u n a p r i m e r a f a s e se v a c í a d e t o d o l o
q u e c r e e s a b e r s o b r e sí. H a b l a d e s d e s u y o o f i c i a l
y e s p e r a q u e e l p s i c o a n a l i s t a le c o n f i r m e y l e ga-
rantice las c e r t i d u m b r e s de s u existencia subjetiva.
G o m o e l p s i c o a n a l i s t a c a l l a o i n t e r r o g a allí d o n d e
n o se l e e s p e r a , e l s u j e t o se i n q u i e t a y e m p i e z a a
p e d i r , p e r o e s e p e d i r es h a c e r u n a p e t i c i ó n y a
f o r m u l a d a a n t e s a q u i e n e s se s u p o n í a q u e p o d í a n
s a t i s f a c e r l a d e m a n d a . L a p e t i c i ó n es u n a r e p e -
tición. Y c o m o t a m b i é n esa petición será d e j a d a
d e l a d o , s e r á i n t e r p r e t a d a c o m o transferencia de
u n a petición a n t e r i o r , el s u j e t o pasará a i n t e r r o -
garse sobre la e s t r u c t u r a m i s m a de s u discurso, de
sus sueños, de sus m o d o s p e r m a n e n t e s de relacio-
n a r s e c o n l o demás. E n este t r a b a j o irá d e s c u b r i e n -
do los significantes (de la demanda) en que su
deseo está p r e s o , irá r e i n t e g r a n d o l a h i s t o r i a d e s u
estructuración s u b j e t i v a , de sus alienaciones i m a -
ginarias, de l a constitución de s u y o c o m o r e s i d u o
de identificaciones c o n perdidos objetos de a m o r ,
irá d o l o r o s a m e n t e r e a l i z a n d o s u p r o p i a carencia y
renunciando a la idea de que h a y u n o t r o que
será capaz de r e l l e n a r sus h o y o s o de h a c e r l o s
o l v i d a r . H a s t a llegar a esa r o c a v i v a de l a castra-
ción, de l a q u e n i n g u n a identificación, y menos
que ninguna otra la que pretendiesen hacer con el
Y o o c o n el Superyo del analista, podrían rescatarlo.
E n esta m a r c h a del discurso desde lo i m a g i n a r i o
d e l p r o p i o Y o c o m o c e n t r o de l a v i d a psíquica
h a s t a e l n ú c l e o d e l i n c o n s c i e n t e allí d o n d e E l l o , l o
r e p r i m i d o , h a b l a , se v a t r o p e z a n d o c o n l a resis-
t e n c i a . Entendámoslo b i e n y desde l a definición
f r e u d i a n a : " T o d o l o q u e p e r t u r b a la prosecución
d e l t r a b a j o [ a n a l í t i c o ] es u n a r e s i s t e n c i a . " El
c o n c e p t o d e r e s i s t e n c i a es i n t e r i o r a l a l a b o r d e l
a n á l i s i s ; - n o es u n a o p o s i c i ó n a l a p e r s o n a d e l a n a -
l i s t a o a l a c u r a e n t a n t o q u e esas o p o s i c i o n e s
p e r m i t a n la prosecución del t r a b a j o . La resisten-
c i a , así, está e n e l d i s c u r s o , t i e n e / u n s o p o r t e m a -
t e r i a l y n o p u e d e s e r señalada e n o t r a p a r t e , e n
a l g u n a m a l a intención i m p u t a d a al paciente o
e n c i e r t a a b s t r a c t a " r e s i s t e n c i a ál c a m b i o " .
E n 1970, D a n i e l W i d l o c h e r , discípulo d e D a n i e l
L a g a c h e , p u b l i c ó u n l i b r o t i t u l a d o Freud et le pro-
bléme du changement [Freud y el p r o b l e m a del
cambio].^*^ C o m e p z ó desde el prólogo d i c i e n d o q u e
F r e u d , e n t o d a s u v i d a , n o se o c u p ó n u n c a d e l
c a m b i o , p o r q u e l o q u e le interesaba e r a la inves-
t i g a c i ó n y n o l a terapia. P e r o q u e c o m o i n v e s t i g a -
d o r n a d a e r a m á s i m p o r t a n t e p a r a él q u e l o q u e
obstaculizaba s u t r a b a j o de develamiento de la
v e r d a d , l a resistencia. I n m e d i a t a m e n t e después de
a s e n t a r esto W i d l o c h e r dice: ¿Resistencias? ¡Re-
sistencias a l c a m b i o ! Y a p a r t i r de esta ecuación
s o s t u v o q u e e n F r e u d p u e d e leerse t o d a u n a teoría
del c a m b i o a p a r t i r del estudio de las resistencias.
E l análisis m á s e l e m e n t a l h u b i e r a p o d i d o d e m o s -
t r a r a W i d l o c h e r q u e sólo podía h a b e r resistencia
al cambio en la medida en que fuera el cambio lo
p e r s e g u i d o p o r e l análisis, y p a r a eso habría d e b i d o
haber u n a conciencia previa del sentido y la mag-
n i t u d d e l c a m b i o b u s c a d o . E s inútil. Si F r e u d n o
h a b l ó <iel c a m b i o c o m o t a l és p o r q u e eso n o e r a
S i g m u n d F r e u d , La interpretación de tos sueños''^

e n Obras completas, v e r s i ó n A m o r r o r t u , t . v , p . 511 ( l o s
corchetes, pertenecen a J o h n Strachey, t r a d u c t o r y
a n o t a d o r de l a versión inglesa, y f u e r o n i n c o r p o r a d o s
a esta edición española).
D a n i e l W i d l o c h e r , Freud et le probléme du chan-
gernent, P a r í s , P U F , 1970.
EL CAMBIO EN PSICOANÁLISIS 231
l o q u e le i n t e r e s a b a sino l a v e r d a d , y las resisten-
cias n o r e s i s t e n s i n o a l a e m e r g e n c i a de l a v e r d a d
en el enunciado, e n la cadena discursiva. Claro que
e s t o n o es i n d i f e r e n t e p a r a e l s u j e t o q u e p r o f i e r e
el e n u n c i a d o , p a r a el s u j e t o de l a enunciación. Por-
que el sujeto, o t r o descubrimiento revolucionario
d e F i ^ e u d c o n c e p t u a l i z a d o c o m o t a l p o r L a c a n , es
el efecto de l a cadena discursiva. E l sujeto p e r
c u y a b o c a p a s a l a p a l a b r a es o t r o , n o es e l m i s m o
q u e e l q u e existía a n t e s d e l l e v a n t a m i e n t o dé l a re-
presión. L a p a l a b r a m u e v e , c o n m u e v e , comprome-
te. L a p a l a b r a , l a iñterpret'ación, l a construcción
analítica, l a reconstrucción d e l a h i s t o r i a , el pasaje
del significante r e p r i m i d o a la cadena discursiva
m o d i f i c a l a posición d e l sujeto pero en u n sentido
y d e u n m o d o q u e n o es q u e r i d o n i p r e v i s t o p o r
n a d i e . P o r q u e e l s u j e t o analizado y el s u j e t o ana-
lista n o son los agentes del c a m b i o sino los sopor-
t e s d e u n c a m b i o q u e se p r o d u c e e n e l l o s y m á s
allá d e ellos p o r e f e c t o d e l a c o r r e c t a aplicación d e l
m é t o d o psicoanalítico.
E l a g e n t e d e l c a m b i o n o es u n s u j e t o e q u i s s i t i o
l a v e r d a d , d e l a q u e e l s u j e t o e q u i s es e f e c t o . E s e
s u j e t o q u e se d e s c o n o c e c o m o t a l y se r e c o n o c e a
sí m i s m o c o m o e l a u t o r l i b r e y a u t ó n o m o d e s u
discurso. E s el m o m e n t o de r e c o r d a r q u e el psico-
análisis es u n a t e o r í a n o s u b j e t i v i s t a d e l a s u b j e t i -
v i d a d c o n s t r u i d a a p a r t i r de u n a práctica descen-
t r a d o r a del sujeto y de sus c e r t i d u m b r e s ima-
ginarias.
L a resistencia o b t u r a el c a m i n o de la verdad
h a c i a e l d i s c u r s o . F r e u d ñ o se e q u i v o c ó n u n c a a l
designar el lugar de procedencia de la resistencia.
D e s d e Los estudios sobre la histeria h a s t a Análisis
terminable e interminable l a f u e n t e es l a m i s m a y
se l a d e s i g n a c o n l a m i s m a p a l a b r a pese a l o s
cambios que la experiencia va imponiendo en la
teoría. Se t r a t a s i e m p r e d e l Y o . D e l y o q u e n o
puede integrar en su estructura, hecha de palabras
y o b e d i e n t e a l o s d i c t a d o s d e l i d e a l d e l y o , a esos
representantes pulsionales r e p r i m i d o s . E s l a orga-
n i z a c i ó n n a r c i s í s t i c a , l a r e p r e s e n t a c i ó n d e sí q u e e l
s u j e t o a s u m e c o m o s i e n d o él m i s m o e n e l e s p e j o ,
la q u e decide de la i n t e n s i d a d y de los sitios de la
r e p r e s i ó n . P a r a F r e u d e l Y o n o es e l m o t o r d e l
análisis n i m u c h o m e n o s . E n e l a p o g e o de su
p e n s a m i e n t o , e n 1933, l o c a l i f i c a c o m o " e s a ins-
tancia resistente, repelente y r e p r e s o r a " . q u e es
el núcleo del d e s c o n o c i m i e n t o y d e l r e c o n o c i m i e n t o
i m a g i n a r i o d e l s u j e t o . P o r eso r e s u l t a l l a m a t i v o v e r
q u e se p r o c l a m e n c o m o v e r d a d e s p s i c o a n a l í t i c a s l a s
propuestas de robustecer al Y ó para que pueda
c u m p l i r m e j o r c o n la función de r e p r e s e n t a r al
c o n j u n t o d e l a p a r a t o e n l a adaptación a las exi-
g e n c i a s d e l m u n d o e x t e r i o r . Y q u e se s o s t e n g a q u e
e l m o d o p a r a a l c a n z a r e s t e é x i t o es a t r a v é s d e l a
p r o g r e s i v a identificación d e l Y o d e l paciente c o n
e l Y o d e l a n a l i s t a a p a r t i r d e u n a a l i a n z a terapéu-
tica inicial f o r m u l a d a entre la parte sana del Y o
d e l p a c i e n t e c o n e l Y o d e l a n a l i s t a . Se t r a t a d e u n
c o n t r a s e n t i d o a b s o l u t o . H a y a l i a n z a , sí, e n e l co-
m i e n z o d e l análisis, p e r o e l p a c t o q u e sella esa
a l i a n z a es e l d e h a c e r t o d o l o p o s i b l e d e a m b a s
partes para dejar al Y o fuera de juego, para que
q u e d e n e u t r a l i z a d o c o m o e l o b s t á c u l o q u e es. Pre-
tender fortalecer al Y o e i d e n t i f i c a r l o c o n el del
a n a l i s t a n o es o t r a c o s a q u e p r o p u g n a r u n a r e a l i e -
nación d e l sujeto q u e debería r e m p l a z a r sus viejas
identificaciones y a fracasadas c o n esta nueva, adap-
t a d a y e x i t o s a , q u e se p o n e a l a l c a n c e d e s u m a n o .
Así debe entenderse el a f o r i s m o f r e u d i a n o " w o E s
war solí Ich werden" [ " D o n d e E l l o estaba deberá
Y o llegar a e s t a r " ] , D o n d e estaba l a voz sofo-
cada d e l deseo inconsciente, f u e n t e de l a energía
y de l a a c t i v i d a d d e l suj eto en s u b u s c a ciega y
s i e m p r e i n s u f i c i e n t e d e l o b j e t o d e s u d e s e o , de-
b e r á l l e g a r a e s t a r u n " y o " q u e se h a g a s u j e t o d e l
S i g m u n d F r e u d , Nuevas conferencias introducto-

rias al psicoanálisis, e n Obras completas, Rueños Aires,
S a n t i a g o R u e d a , t . x v i i , p . 55 [Standard Edition, t. x x i i ,
p . 57].
rias al psicoanálisis, c i t . , p . 74 [Standard Edition, cit.,
p . 80].
PL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 233
e n u n c i a d o d e l deseo y q u e , p o r esa vía, sea o t r o
en s u relación c o n e l m u n d o .
E l psicoanálisis, e n consecuencia, n o a s p i r a a lo-
g r a r c a m b i o s d e t e r m i n a d o s . E s m á s , en psicoaná-
lisis no existe el problema de la resistencia al
cambio sino el del cambio como resistencia. Así
lo sostiene F r e u d c u a n d o enuncia que " l a n o r m a
f u n d a m e n t a l d e n u e s t r a a c c i ó n " es q u e " l a c u r a
analítica h a d e d e s a r r o l l a r s e , d e n t r o de l o p o s i b l e ,
eri lá a b s t i n e n c i a " . Y l o j u s t i f i c a e n e l s i g u i e n t e
párrafo: "Recordaréis, que lo q u e hizo enfermar
a l s u j e t o f u e u n a privación y q u e sus síntomas
c o n s t i t u y e n , p a r a él u n a satisfacción sustitutiva.
D u r a n t e la c u r a podéis observar q u e t o d o alivio de
su estado patológico r e t a r d a la m a r c h a del resta-
blecimiento y disminuye la fuerza instintiva que
i m p u l s a h a c i a l a c u r a c i ó n . A h o r a b i e n , n o n o s es
posible, en m o d o alguno, r e n u n c i a r a esta fuerza
i n s t i n t i v a , y t o d a disminución de l a m i s m a signifi-
ca u n p e l i g r o p a r a n u e s t r o s propósitos terapéuti-
cos. ¿Cuál será e n t o n c e s l a c o n s e c u e n c i a obligada?
Que, p o r m u y c r u e l q u e parezca, hemos de c u i d a r
d e q u e l a d o l e n c i a d e l e n f e r m o n o a l c a n c e u n tér-
m i n o p r e m a t u r o . A l q u e d a r m i t i g a d a p o r l a des-
composición y l a desvalorización de los síntomas,
tenemos, pues, q u e i n s t i t u i r o t r a nueva, sensible
privación, pues si n o , corremos peligro de n o al-
canzar, y a nunca, más que alivios insignificantes
y pasajeros.
" E s t e p e l i g r o n o s amenaza, q u e y o sepa, p o r dos
lados. E n p r i m e r lugar, el enfermo se esfuerza
a f a n o s a m e n t e e n crearse nuevas satisfacciones sus-
titutivas exentas y a de carácter patológico, e n
l u g a r de sus síntomas. A p r o v e c h a l a e x t r a o r d i n a -
r i a facultad de desplazamiento de la l i b i d o parcial-
m e n t e l i b e r t a d a , p a r a cargar de l i b i d o las más
diversas actividades, preferencias y costumbres y
elevarlas a l a categoría de satisfacciones sustituti-
vas. E n c u e n t r a c o n s t a n t e m e n t e nuevas derivacio-
nes de este género q u e a c a p a r a n l a energía nece-
saria p a r a l a propulsión de la cura, y sabe m a n t e -
n e r l a s s e c r e t a s d u r a n t e a l g ú n t i e m p o [. . . ] "
234 LACAK Y E L PSJCOANÁLISIS
" L a actividad del médico h a de manifestarse en

todas estas situaciones c o m o u n a enérgica oposi-
ción a las satisfacciones s u s t i t u t i v a s p r e m a t u r a s . "
Y, además recuerda que, de p a r t e d e l médico, la
tentación de p r o d u c i r e i n t r o d u c i r c a m b i o s , el
furor sanandi, es t a n i n ú t i l c o m o c u a l q u i e r o t r o
fanatismo.^^^
A s í , e l c a m b i o e n p s i c o a n á l i s i s n o se d e f i n e p o r
la desaparición d e l síntoma o p o r l a modificación
de l a conducta. Se define p o r l a integración é r í l á
cadena discursiva de la exigencia pulsional mani-
festada a través d e sus r e p r e s e n t a n t e s psíquicos y
e l e s c l a r e c i m i e n t o d e l o s d e s t i n o s a q u e e s t á y es-
t u v o sometida. Desde l a represión a l a sublima-
ción, p a s a n d o p o r l a formación r e a c t i v a . Y todo
esto gobierna los avatares pulsionales corno deri-
vado de la introducción del sujeto en el m u n d o
humano, en el m u n d o del lenguaje, en el m u n d o
de l a prohibición y de la promesa, e n u n m u n -
d o q u e o r d e n a los canales y los diques d e l deseo
i n c o n s c i e n t e , e n u n m u n d o simbólico d o n d e l a rea-
l i d a d es t a l p o r q u e e s t á d e s d e s i e m p r e y p a r a
siempre categorizada p o r el lenguaje hunriano. P o r
eso se t r a t a p a r a e l p s i c o a n a l i s t a de r e s t i t u i r l a
h i s t o r i a y n o de h a c e r c u l m i n a r a l a pulsión e n
el término de u n a p r e t e n d i d a evolución natural.
P o r q u e e l psicoanálisis n o es, c o m o l o q u i e r e u n a
cierta concepción n a t u r a l i s t a , u n t r a t a m i e n t o p a r a
" r e a n i m a r el h a m b r e sexual e n los retardados de
l a g l á n d u l a " ( L a c a n ) . E n t é r m i n o s d e F r e u d , sé
t r a t a de q u e " e l r e p r e s e n t a n t e de l a pulsión p u e d a
encontrar s u lugar adecuado en u n c o n j u n t o consi-
derable, q u e d a n d o i n c l u i d o e n u n c o n t e x t o cohe-
rente".^*^ E s decir, e n l a h i s t o r i a . A c l a r e m o s : e n l a
S i g m u n d F r e u d Los caminos de la terapia psico-

analítica, e n Obras completas, Buenos Aires, Santiago
R u e d a , t . x i v , p p . 162-163.
S i g m u n d F r e u d , Observaciones sobre el amor de
transferencia, e n Obras completas, Buenos Aires, San-
t i a g o R u e d a , t . x i v , p . 158.
rias al psicoanálisis c i t . , p . 7 1 {Standard Edition, t. x x i i .
c a c i ó n , y n o e n l a crónica, m e r a acumulación de
l o s r e c u e r d o s , c a r e n t e e n sí d e s e n t i d o , c o m o l a
de los periódicos e n u n a hemeroteca. L a h i s t o r i a
quiere decir que lo real del acontecimiento, trau-
rñático o n o , h a s i d o v i v i d o p o r e l s u j e t o e n f u n -
ción de l a e s t r u c t u r a i m a g i n a r i a d e sus fantasías y
sus defensas. E s a organización i m a g i n a r i a deter-
m i n a t a n t o la represión d e l recuerdo c o m o el re-
t o r n o d e l o r e p r i m i d o b a j o lá f o r m a d e l s í n t o m a .
Y e l p s i c o a n á l i s i s es e s a a c c i ó n m e d i a n t e l a c u a l l a
palabra liberada del paciente u n i d a a las palabras
de las interpretaciones y las construcciones d e l
analista llega a escribir l a historia o r d e n a n d o lo
real del acontecimiento y lo i m a g i n a r i o de las fan-
tasías y defensas e n u n t e x t o y e n u n c o n t e x t o
amplio y coherente.
Que nos sirva la historia d e l h o m b r e de los lobos
c o m o ejemplificación: de l o real del a c o n t e c i m i e n t o
traumático, de la escena p r i m a r i a , a l a integración
d e esa e s c e n a e n l a fantasía, e l sueño d e l o s l o b o s .
D e allí a l a o r g a n i z a c i ó n d e ese i m a g i n a r i o i n a c e p -
table ( p o r lo q u e conlleva de castración) en u n a
neurosis obsesiva i n f a n t i l q u e c u m p l e l a función
de defenderle de representaciones intolei-ables. Lue-
go a u n a estructuración t o t a l de l a p e r s o n a y de
los c a m i n o s abiertos a s u búsqueda de o b j e t o c o n
u n p e r m a n e n t e r e t o m o de l o r e p r i m i d o . Para cul-
m i n a r e n u n psicoanálisis c o n F r e u d q u e recons-
truye la historia y coloca la palabra e n el p u n t o
j u s t o q u e m u e s t r a l a a r t i c u l a c i ó n d e lo real del
a c o n t e c i m i e n t o , n o sólo de la escena traumática,
sino también de las seducciones provenientes de
l a h e r m a n a y d e las c r i a d a s , d e las fantasías i n -
fantiles, de los cuentos de hadas e historias reli-
giosas, etcétera.
Conocemos el proceso. E l sujeto no recuerda y
n o sabe. P e r o e n s u d i s c u r s o d i r i g i d o a l a n a l i s t a ,
p. 76]; este párrafo, e n l a traducción de López Balles-
t e r o s , es i n c o m p r e n s i b l e .
EL CAMBIO EN PSICOANÁLISIS 237
e s t á s o m e t i d a a l a r e p r e s i ó n y n o p u e d e , p o r sí
sola, e n c o n t r a r el l u g a r q u e le c o r r e s p o n d e e n l a
c a d e n a d i s c u r s i v a . Y p o r e s t a r r e p r i m i d a es q u e
l a r e p r e s e n t a c i ó n c o s a se h a c e r e p r e s e n t a r e n l a
conciencia p o r u n derivado e m p a r e n t a d o c o n ella
(retomo de lo r e p r i m i d o ) e n t o r n o a l c u a l se
juegan nuevas operaciones defensivas. Se trata,
pues, de r e p l a n t e a r la posición del sujeto ante los
significantes de s u deseo. E s el único "cambio"
q u e se p r o p o n e e l p s i c o a n á l i s i s . " E s q u e a l t o c a r ,
p o r p o c o q u e s e a , lá r e l a c i ó n d e l h o m b r e c o n e l
s i g n i f i c a n t e [. . : ] se c a m b i a é l c u r s o d e s u h i s t o r i a
m o d i f i c a n d o las a m a r r a s de s u ser."
E n e l p r o c e s o d e l a c u r a a n a l í t i c a n o se h a c e l o
q u e se q u i e r e . L o s p s i c o a n a l i s t a s t r o p e z a r o n b i e n
p r o n t o c o n l o s l í m i t e s . A l g u n o s se d e s e s p e r a r o n y
q u i s i e r o n r o m p e r l o s . F u e e n ese m o m e n t o q u e Fe-
r e n c z i p r o p u s o l a técnica a c t i v a , q u e R a n k q u i s o
centrarse en u n t r a u m a único, el d e l n a c i m i e n t o ,
que R e i c h pretendió encarar el carácter c o m o re-
sistencia, que los psicoanalistas del yo empezaron
a c o n d u c i r a s u s p a c i e n t e s h a c i a l a happiness, que
los k l e i n i a n o s d e c i d i e r o n ser b u e n a g e n t e y a c e p t a r
el l u g a r benevolente del S u p e r y o a u x i l i a r q u i t a n d o
a los pobres pacientes l a pesada carga d e l severo
S u p e r y o q u e traían d e a n t e s . F u e e n ese m o m e n t o
c u a n d o F r e u d , y a ag<ínizante y p r e a n u n c i a n d o l o s
i n c o n v e n i e n t e s de todas estas i n n o v a c i o n e s y " s u -
p e r a c i o n e s " de s u método, lanzó u n p o s t r e r g o l p e
sobre l a mesa: las l i m i t a c i o n e s n o proceden, pare-
cía d e c i r l e s á sus c o n t i n u a d o r e s , d e v u e s t r a s ' i n s u -
ficiencias; lo q u e l i m i t a n u e s t r a acción, l a de todos
n o s o t r o s , e s a l g o i n t r í n s e c o a l o b j e t o m i s m o , es
algo i n s c r i t o en l a n a t u r a l e z a de la pulsión. Se
trata de la inaccesibilidad radical del objeto del
deseo, de la presencia c o n s t a n t e de l a m u e r t e e n
la acción d e l h o m b r e y de la r o c a v i v a p l a n t e a d a
para todo h o m b r e y toda m u j e r p o r l a inacepta-
b i l i d a d de la castración. L a tradición h a b l a desde
i^í* J a c q u e s L a c a n , " L a i n s t a n c i a d e l a l e t r a e n el
i n c o n s c i e n t e " , én-^cr/rs, p . 527 [Escritos 7 , p . 211].
entonces, desde "Análisis t e r m i n a b l e e i n t e r m i n a -

b l e " (1937), d e l " p e s i m i s m o " f r e u d i a n o . E l artículo
de F r e u d acaba ofreciendo el consuelo de pensar
q u e " b e m o s o f r e c i d o a l a n a l i z a n d o t o d o s l o s es-
tímulos posibles p a r a e x a m i n a r y p a r a m o d i f i c a r
su a c t i t u d " f r e n t e a este obstáculo insuperable
o p u e s t o p o r l a c a s t r a c i ó n . Y c r e e m o s q u e de eso
se t r a t a a n t e e s t a c u e s t i ó n d e l c a m b i o . D e l a d i f i -
c u l t a d p a r a a c e p t a r l a castración. P e r o n o splo de l a
castración d e l paciente. También de la del t e r a p e u t a
(nótese q u e v u e l v o a h a b l a r de t e r a p e u t a y pa-
c i e n t e ) . E l furor sanarídi es h u m a n o , c o m o t o d o s
los e r r o r e s , según b i e n sabemos. S i a l g u i e n v i e n e
con u n a demanda, y nosotros somos los profesio-
n i s t a s p a g a d o s p a r a a t e n d e r l a , b u e n o sería q u e n o s
o c u p e m o s e n s a t i s f a c e r l a . D o l o r o s o sería r e c o n o c e r
q u e e s t a m o s i n e r m e s . D e c e p c i o n a n t e sería p a r a e l
q u e v i e n e a p e d i r . Y s i n e m b a r g o n o h a y o t r o ca-
m i n o . P o r eso el p s i c o a n a l i s t a n o ofrece n u n c a l a
c u r a c i ó n y sí p o n e t o d a s u d i s p o s i c i ó n p a r a a y u d a r
a l p a c i e n t e a e n c o n t r a r l o r e p r i m i d o , eso q u e n i n -
g u n o d e l o s d o s c o n o c e . S i n o se h a c o m p r e n d i d o
e s t o e n l a t e o r í a y q u e e s t a t e o r í a es a l a v e z
el e f e c t o de u n a práctica d e l a q u e e l análisis d e l
p r o p i o a n a l i s t a t e s t i m o n i a , n o se p u e d e e j e r c e r e l
psicoanálisis. S i sigue a c t u a n d o c o n fantasías d e
o m n i p o t e n c i a s o b r e e l d e s e o , l a m u e r t e . . y l a cas-
tración, el a n a l i s t a seguirá q u e r i e n d o c a m b i a r a l
p a c i e n t e y q u e r i e n d o q u e el p a c i e n t e sea e l testigo
y l a o b r a c i r c u l a n t e de s u potencia. Buscará t r a n -
quilizar su inseguridad en la comprobación de los
c a m b i o s q u e él, g r a n t a u m a t u r g o , é m u l o d e C h a r -
cot, q u e nó de F r e u d , h a conseguido.
H e d i c h o q u e h a y u n a razón teórica y e s t r u c t u r a l
p a r a q u e d e b a m o s reconocer los límites de nues-
t r a acción y r e f r e n a r nuestras a m b i c i o n e s . E s t a razón
es l a n a t u r a l e z a m i s m a d e l a p u l s i ó n q u e , a p e s a r d e
su n o m b r e , q u e sugiere l a idea de i m p u l s o , de
e m p u j e , es t o d o l o c o n t r a r i o d e u n a g u i j ó n q u e h a c e
^"''^ S i g m u n d F r e u d , " A n á l i s i s t e r m i n a b l e e i n t e r m i n a -
b l e " , e n Obnas completas, Buenos Aires, Santiago Rue-
d a , t . x x i , ^. 3 5 1 .
EL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 239
m a r c h a r hacia adelante, hacia el cambio entendido
c o m o progreso. O t r a vez F r e u d : " L a s pulsiones or-
gánicas n o s d a n n e c e s a r i a m e n t e l a impresión falaz
de fuerzas q u e t i e n d e n hacia el c a m b i o y hacia el
p r o g r e s p , s i e n d o q u e n o se p r o p o n e n más g u e a l -
canzar u n antiguo f i n p o r caminos tanto antiguos
c o m o nuevos. Así, las p u l s i o n e s b u s c a n el r e t o m o
h a c i a l o i n a n i m a d o [ - . .] E s t o s r o d e o s e n e l c a -
m i n o que conduce a la muerte, fielmente mante-
n i d o p o r las p u l s i o n e s c o n s e r v a d o r a s , serían aque-
l l o q u e h o y se n o s a p a r e c e c o r n o f e n ó m e n o s v i t a -
les." Y p a r a a c a b a r c o n e s t a s c i t a s d e Más allá
dal principio ' del placer h a y q u e r e c o r d a r q u e es
e l p r o p i o F r e u d q u i e n d e s t a c a : " U n a pulsión sería
una tendencia propia del organismo viviente hacia
el r e s t a b l e c i m i e n t o de u n estado a n t e r i o r q u e este
ser viviente debió a b a n d o n a r b a j o l a i n f l u e n c i a per-
t u r b a d o r a d e f u e r z a s e x t e r i o r e s [. • -] s e r í a , s i s e
quiere, la manifestación de l a inercia en la v i d a
orgánica."
Y é s t e es e l p r i n c i p i o ' d e l p l a c e r , l a b ú s q u e d a
de u n e q u i l i b r i o a n t e r i o r , jamás la promoción de
u n a n u e v a situación. E s esa búsqueda l a q u e guía
a l s u j e t o , es j u s t a m e n t e l a i n s a c i a b i l i d a d d e l a p u l -
sión, l a i m p o s i b i l i d a d d e q u e e l l a e n c u e n t r e s u o b -
j e t o , e l ca r á ct er m í t i c o d e este o b j e t o , l o q u e de-
t e r m i n a el desplazamiento constante de los iDbjetos
d e l deseo, l a constitución de las c u l t u r a s h u m a n a s ,
la organización social. E s f r e n t e a esta exigencia
pulsional restauradora de equilibrios anteriores y
g u i a d a p o r e l p r i n c i p i o d e p l a c e r - d i s p l a c e r q u e se
c o n t r a p o n e n las exigencias p r o c e d e n t e s de l a rea-
l i d a d exterior, las exigencias del c a m b i o adaptativo.
T r o p e z a m o s aquí c o n el o t r o e x t r e m o de l a pul-
sión. P o r u n a p a r t e h a b í a m o s v i s t o s u n a t u r a l e z a
intrínseca, conservadora, con una insatisfacción
q u e sería i n m a n e n t e a s u e x i s t e n c i a , c h o c a n d o s i e m -
p r e c o n los escollos d e l deseo irrealizable, de l a
S i g m u n d F r e u d , Más allá del principio del placer,
e n Obras completas, Buenos Aires, Santiago Rueda,
t . I I , p p . 250-251 [Standard Edition, t . x v i i i , p . 38],
Ibid,, p . 249 [Standard Edition, p . 36],
240 LACANT Y E L PSICOANÁLISIS
m u e r t e i n e v i t a b l e y de l a castración inaceptable.
A h o r a vemos e n l a o t r a p u n t a a la h i s t o r i a y el
d e s a r r o l l o de las sociedades h u m a n a s , la o m n i p r e -
s e n c i a d e l a s e s t r u c t u r a s d e p o d e r , l a d i v i s i ó n so-
c i a l e n clases c o n l a c o n s i g u i e n t e opresión de u n a s
a otras, la insuficiencia en el saber p o r el siempre
i n a c a b a d o d e s a r r o l l o de las ciencias y p o r la pre-
sencia i n f i l t r a n t e y p e r v a s i v a de las ideologías, el
e n c u a d r a m i e n t o de los deseos h u m a n o s e n u n a
r e d de relaciones jerárquicas y de c o m p r o m i s o s
que, también desde esta p u n t a , l o c o n d e n a n a la
insatisfacción. E l e m e n t o s t o d o s q u e , p o r s u c u e n t a ,
e s t á n e x i g i e n d o q u e se c a m b i e , q u e se c a m b i e s i e m -
p r e , q u e se a d a p t e l a organización p u l s i o n a l a las
nuevas condiciones generadas e n última instancia,
lo sabemos, p o r las relaciones sociales de p r o d u c -
ción, s i e m p r e c a m b i a n t e s , a u n q u e m á s n o sea
p a r a q u e t o d o q u e d e c o m o está.
E n t r e estas d o s p u n t a s l i m i t a n t e s d e l a pulsión,
su n a t u r a l e z a intrínseca y sus límites exteriores
h i s t ó r i c o - s o c i a l e s , se u b i c a e l s u j e t o h u m a n o , d o -
b l e m e n t e j u g a d o p o r estos factores extrafios a s u
d o m i n i o y a s u c o n o c i m i e n t o . S u s e r es e l e f e c t o
q u e q u e d a e n t r e las pinzas de esa doble e s t r u c t u r a .
E s t á h e c h o p o r e l l e n g u a j e q u e se h a p o s e s i o n a d o
de s u c u e r p o y d e s u organización p u l s i o n a l ponién-
dolos a l servicio de la cultura. N o s consta, p o r
haberlo vivido p r i m e r o en carne propia, lo que
estas tesis t i e n e n de c h o c a n t e p a r a las ideologías
de l a autonomía, d e l a l i b e r t a d y de l a p e r m a n e n t e
evolución subjetiva. L o sentimos m u c h o . N o nos
es p o s i b l e e d u l c o r a r n u e s t r o d i s c q r s o . ¡ S o n t a n t a s
las r e s t r i c c i o n e s q u e d e b e m o s reconocer! Ellas n o s
q u i t a n l a ilusión d e l " c a m b i o " , d e l ser nuevos, m e -
j o r e s y d i f e r e n t e s c a d a día. N o s gustaría p r o p o -
n e r u n a solución s a l v a d o r a . U n a utopía d e l h o m b r e
n u e v o o d e l a vida e x t r a t e r r e n a o de l a e x u b e r a n t e
proliferación d e l deseo. Y n o p o d e m o s . Pero nos
r e s i s t i m o s a a p a g a r l a l u z y a d e c i r c o m o e n ese
p u n t o s u b l i m e de l a poesía m e x i c a n a :
f E L CAMBIO EM PSICOANÁLISIS 241
"Desdé m i s ojos insomnes

m i m u e r t e m e está a c e c h a n d o ,
m e a c e c h a , sí, m e e n a m o r a
c o n s u o j o lánguido.
¡Anda, p u t i l l a del r u b o r helado,
a n d a , v a m o n o s a l d i a b l o ! " ^"'^
Seguimos siendo psicoanalistas. Seguimos cre-

y e n d o q u e p o n e r a l Y o , a l y o d e l d i s c u r s o , allí
d o n d e E l l o e s t a b a , d e s c o n o c i d o ; es u n a e m p r e s a
c o n sentido. Seguimos buscando en u n a historia
q u e d e b e e s c r i b i r s e c a d a día, c o n v e n c i d o s d e q u e
l a v e r d a d , t o d a l a verdad,i'^* n a d a más q u e la ver-
d a d , c u r a de v e r d a d . Q u e sólo l a v e r d a d c a m b i a
de v e r d a d . C r e e m o s e n el p o d e r de la p a l a b r a q u e
nos ha hecho hombres.
José G o r o s t i z a , Muerte sin fin, e n Poesía, México,

F C E , 1977.
A u n s a b i e n d o q u e l a v e r d a d sólo a m e d i a s p u e d e
decirse. (Lacan, " M i - d i r e " [Decir a medias], en Lust
n ú m . O, p p . 5-13.)

Psiquiatría, Teoría Del Sujeto, Psicoanálisis 12 Braunstein PDF

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psiquiatría,

edición a l cuidado de jorge tula

derechos reservados conforme a la ley

impreso e n sevilla editores, s.a.

HACIA UNA TEORIA DEL SUJETO

7. A L G U N A S I N C I D E N C I A S D E L " P R I M E R L A C A N " SO-

A quién m e d i r i j o y p a r a qué, 171; F r e u d , l a

TREINTA MESES EN LA DOCENCIA

v a a l O t r o q u e l a tomará y l a ligará vaya a saber

México, D, F., marzo de 1980

" E n las r e m o t a s páginas de c i e r t a enci-

JORGE L. BORGES, Otras inquisicÍones.

American Psychiatric Association,

* L o s trabajos que integran e s t a parte surgieron de

GeorgG A. M i l l e r , e n Introducción a la psicología,

entre los pobres y en ambientes rurales. E l hospi-

p r e j u i c i o . Todavía, y y a en el final de su vida, en

lesional, suelo nocional. A falta de espacio cor-

la O N U , aparece promulgando el procedimiento a

E l U S O de los n ú m e r o s e n l a clasificación apa-

290-294: Psicosis asociadas c o n síndromes orgáni-

301-304: Trastornos de la personalidad y ciertos

( e d ) American Journal of Psichiatry, vol, 131, 1974,

A] CRÍTICA DE LA CRÍTICA AL MODELO MÉDICO

Aquí cabe c o m e n z a r p o r u n a definición dogmática

Debe incorporar herramientas conceptuales que

La antipsiquiatria confunde al modelo médico

tico, la objeción de B o u r g u i g n o n conduce ya al

" E n psiquiatría, t o d a discusión d e l p r o b l e m a de

\ T h . Szasz, Ideology and insanity, Londres, Calder &

" E l señuelo d e l p o s i t i v i s m o p u e d e ser difícil de

E l " h u m a n i s m o " de Szasz l o lleva a r e n u n c i a r a

" E l ser u b i c a d o e n ciertas clases afecta a la

u n n u e v o o b j e t o p a r a l a reflexión científica (pro-

—¿de dónde procede la d e m a n d a de clasificar?

— ¿ cuáles s o n los m o d o s y las p o s i b i l i d a d e s de

posición q u e sostiene l a determinación de l a v i d a

8] " N o c u e s t i o n o l a ' e x i s t e n c i a ' o ' r e a l i d a d ' d e l a s

Blashfield y Draguns,^ tras revisar la literatura

L a p r i m e r a de las necesidades q u e v i e n e a lle-

a p a r a t o ideológico de la psiquiatría o de l a salud

V é a s e e l c a p . 3 d e La arqueología del saber de

la clasificación de los t r a s t o r n o s m e n t a l e s para

p e r i e n c i a ) s o n p u n t o s de reunión s o b r e los cuales

n lugar d e n t r o de la o r q u e s t a médica de pres-

d a n implícitas también l a abstracción y l a renun-

lugares vacíos q u e deberán ser ocupados p o r

jetos" de l a psiquiatría y de sus definiciones,

ciones q u e n o son todas. E n estos casos de flagran-

^® J a c q u e s L a c a n , " P r o p o s s u r l a causalité p s y c h i q u e "

e s t r u c t u r a s psicopatológicas y alcanza l a dimensión

J a c q u e s L a c a n , De la psicosis paranoica en sus rela-

V é a s e " E l c a m b i o e n p s i c o a n á l i s i s " , infra, p . 219.

rna descriptivo de los objetos de estudio de

HACIA UNA TEORIA D E L SUJETO

E s el ser social el q u e d e t e r m i n a la concien-

de " l a b o r a t o r i o " p o r e l m é t o d o de l a introspección,

tos fenoménicos que h a n de ser trascendidos por

morfológica, fonológica, sintáctica y semántica que

el núcleo de l a represión o r i g i n a r i a q u e t a n difícil

23 J a c q u e s L a c a n . écrits, c i t . , p . 521 [Escritos /, c i t . ,

FRIDA SAAL Y NÉSTOR BRAUNSTEIM

JACQUES LACAN. L.e moi dans la théorie de