Embora seja tentador propor aqui outras alternativas, cabe-nos analisar a abordagem dos
autores e trazer um pouco da percepção sobre o que tem sido feito em nosso país. De fato, é
inegável que o Brasil carece de políticas que sejam capazes de proporcionar o mínimo de
inclusão (aqui não é relevante discutir a aplicação do termo) àquelas camadas menos
favorecidas da sociedade. Nesse sentido, podemos verificar que tem sido feito “mais do
mesmo” em diversos governos e em diversas épocas diferentes.
De volta ao texto...
Após discorrer sobre a ideia de esfera pública e da atuação do Estado, os autores mencionam
como este deve ser o responsável por regular as sociedades e por apresentar soluções
(políticas públicas) aos seus problemas.
Por Estado, precisamos atentar que este somente existe com base em três aspectos:
Instituições, território e conjunto de regras. A sociedade pode ser simploriamente definida
como a totalidade das pessoas de um determinado território.
Tendo em vista esses dois aspectos, verificamos um dilema que é resolvido, segundo os
autores, pela atuação assertiva do Estado: Quem é o responsável por prover bens e direitos à
sociedade de modo a torna-la mais igual?
Bem, ao pensar nessa questão é indispensável verificar o papel das políticas públicas na
promoção dos direitos dos cidadãos. Na perspectiva abordada durante o curso, vimos que
existem necessidades que não podem ser supridas somente com a atuação livre dos cidadãos
ou pelo desenvolvimento econômico do mercado. Conforme apresentado, algumas soluções
somente serão colocadas em prática por meio de um ator legítimo e dotado de recursos para
tal: o Estado.
A esse respeito mencionamos aquilo que conceitualmente conhecemos como proteção social,
ou seja, que atingem os cidadãos em situação de vulnerabilidade social. E aqui podemos citar
as políticas de assistência e de seguridade social. Estas surgem a partir da necessidade
verificada nos trabalhadores e nos cidadãos que não possuíam acesso a condições mínimas
que pudessem classifica-los como incluídos. Na percepção apresentada no texto e nos demais
conteúdos do curso, vimos que estas são consequências da busca desenfreada desencadeada
pelo capital.
Sendo assim, considerando a lacuna entre os cidadãos que não são capazes de, por suas
próprias forças, alcançarem situações mais bem sucedidas, o Estado deve ser capaz de alocar
recursos em tal fim. Mas, qual deve ser o tamanho do Estado para que tais necessidades
sociais sejam supridas?