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à engenharia
do trabalho
Jéferson Cabrelon
Gabarito .73
Referências Bibliográficas
.89
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Capitulo 3
Acidentes - Conceituação e
classificação
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3.1.1 - Conceituação e classificação
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existentes de cada atividade a ser executada. Muitos
profissionais da área de Segurança do Trabalho usam
a frase: “A Prevenção falhou”. Por este motivo, as
ferramentas às quais temos atualmente para Análise
de Riscos são muito importantes e devem ser utili-
zadas como ponto de partida para início de cada ta-
refa. Exemplo: ART- Análise de Riscos de Trabalho,
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambien-
tais, PGR- Programa de Gerenciamento de Riscos,
HAZOP e etc.
Todas as atividades deverão ser analisadas nos
seus detalhes, porém, adotando um critério básico
para a análise, os seguintes fatores:
• Análise de Processos,
• Análise de Layout,
• Análise de insumos,
• Análise de Produtos químicos que serão adotados,
• Caracterização da construção e suas interferências.
• Utilização de EPIs,
• Programas de treinamentos necessários (tanto de
Segurança, Processo e Manutenção),
• Interferências de máquinas e equipamentos.
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• Ato inseguro
• Condição Insegura
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o piso, porém, o trabalhador consegue sair a tempo
sem que haja nenhum tipo de lesão.
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profissionais (Segurança e Medicina), em um mesmo
grupo de prevenção, caracterizando, desta forma, uma
atuação mais efetiva a partir das primeiras queixas dos
empregados no Departamento Médico.
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A tabela é muito utilizada no momento de libe-
rações de trabalhos através da ART- Análise de Ris-
cos de Trabalho e PT – Permissão de Trabalho, os
quais auxiliam os profissionais da área de Segurança
do Trabalho a identificar os níveis de riscos de cada
tarefa e definir ações necessárias para saná-los. De-
pois de sanados os riscos inerentes a cada atividade,
deve-se fazer o cálculo novamente para identificar
se o Nível de Riscos ficou dentro dos parâmetros
aceitáveis, ou seja, entre 1 e 2.
Exemplo: O trabalhador irá acessar um uma
plataforma acima de 2 metros sem utilização de
equipamento nenhum.
Vamos ao cálculo?
1 Etapa
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2 Etapa
Exemplo: Vamos imaginar a mesma atividade só que
agora o trabalhador está usando cinto de segurança,
trava-queda e sapato antiderrapante.
Qual a probabilidade de ocorrência queda? Respos-
ta: é provável = 2
Qual a gravidade da ocorrência caso o trabalhador
venha a cair? Resposta: é baixo= 1 ( pois, caso ve-
nha a cair, ficará ancorado pelo cinto e pelo sistema
trava-queda)
Nível de Risco = 2. – Risco Baixo-
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3.2 Causas de acidentes
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Estatisticamente, sabe-se que os atos insegu-
ros são responsáveis por mais de 90% dos acidentes
das mais diversas naturezas. Uma condição insegura,
normalmente, é o resultado do ato inseguro de al-
guém ao longo do tempo, o que acabou desencade-
ando o acidente.
Normalmente, ao verificarmos uma pessoa
mais leiga utilizando dois fios desencapados para fa-
zer uma ligação em uma tomada, levando-a a tomar
um choque, naturalmente, iremos definir como um
ato inseguro, porém, a condição gerada dos fios de-
sencapados pode ter ocorrido por muito tempo, por
falta de percepção ou por negligência de terceiros,
ou seja, o problema não foi sanado.
Na caracterização do ato inseguro deve-se levar
em consideração o seguinte:
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d) quando o risco já vinha existindo por certo tem-
po, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo
razoável esperar-se que, durante esse tempo, a ad-
ministração o descobrisse e eliminasse. O ato que
criou esse risco não deve ser considerado ato inse-
guro, pois, o ato inseguro deve estar intimamente re-
lacionado com a ocorrência do acidente, no que diz
respeito ao tempo;
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inseguro quando tiver havido possibilidade de ado-
tar processo razoável que apresente menor risco.
Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir a
utilização de certa máquina perigosa, não provida
de dispositivo de segurança, isso não deve ser con-
siderado ato inseguro. Entretanto, será considerado
ato inseguro a operação de máquina dotada de dis-
positivo de segurança, quando tiver sido retirado ou
neutralizado pelo operador;
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• trabalhar com ferramentas inadequadas;
• não usar equipamentos de proteção individual
adequados;
• distrair-se ou brincar no local de trabalho;
• limpar máquinas em movimento;
• realizar movimentos que podem causar lesões,
como exibir força com levantamento de peso;
• descer ou subir escadas correndo;
• usar ar comprimido para limpeza pessoal;
• jogar objetos em direção a outros colaboradores;
• comer alimentos ou guardá-los em locais impróprios;
• improvisar escadas (ex.:subir em tambores);
• lubrificar máquinas em movimento;
• subir em escadas mal apoiadas;
• fumar em local proibido;
• usar EPI`S incorretamente;
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indevidas de trabalho. A análise de risco no início de
cada atividade é uma grande aliada no que diz respeito
à eliminação destas condições. A Norma Regulamen-
tadora - 01 – Disposições Gerais foi muito feliz ao
adotar em um dos seus parágrafos a exigência de “Or-
dem de Serviço” para cada atividade. O intuito deste
documento e justamente definir a sequência das ativi-
dades e os riscos a serem sanados antes do início de
cada uma delas; e, naturalmente, quando estas análises
são feitas, com certeza, muitas condições ambientais
de insegurança são encontradas.
Na identificação das causas do acidente é impor-
tante evitar a aplicação do raciocínio imediato, deven-
do ser levados em consideração fatores complemen-
tares de identificação das causas de acidentes. Tais
causas têm a sua importância no processo de análise,
como, por exemplo, a não existência de Equipamento
de Proteção Individual (EPI), mas não são suficientes
para impedir novas ocorrências semelhantes.
Para a clara visualização, deve-se sempre pergun-
tar o porquê, ou seja, por que o empregado deixou de
usar o EPI disponível? Liderança Inadequada?
Na caracterização da condição ambiente de in-
segurança, deve-se levar em consideração o seguinte:
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cados simultaneamente.
b) na indicação da condição ambiente, fazê-lo sem
considerar origem ou viabilidade de correção;
c) não omitir a indicação da condição ambiente, ape-
nas por ter o acidente resultado de ato inseguro ou
de violação de ordens ou instruções ou, ainda, por
não se conhecer meio efetivo de eliminar o risco;
d) o risco criado por ato de supervisão deve ser clas-
sificado como condição ambiente de insegurança;
e) não indicar como condição ambiente defeito físi-
co ou qualquer outra deficiência pessoal;
f) a condição ambiente deve relacionar-se direta-
mente com a espécie ou tipo de acidente e com o
agente do acidente;
g) indicar somente a condição ambiente que causou
ou permitiu a ocorrência do acidente considerado.
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deixar de fora nenhuma classe de trabalhador, pois,
mesmo que a função seja extremamente segura,
computa-se para efeitos de jornada de trabalho a ida
e a volta do trabalhador no percurso casa-trabalho
e trabalho-casa, e, ainda, o intervalo para refeição
e descanso, sendo assim, consequentemente, qual-
quer má sorte do trabalhador que venha a sofrer um
acidente durante este percurso, intervalo ou ainda
durante sua função laboral em estabelecimento do
empregador ou fora dele, a serviço do mesmo, con-
figura-se como acidente de trabalho.
A licença médica
Quando da ocorrência do acidente o trabalha-
dor ficará de licença médica pelo tempo necessário,
mas, se esse tempo ultrapassar 15 dias, suspende-se
o contrato de trabalho, porém, não desobrigando
ao empregador o recolhimento do FGTS. Decreto
99.684/90 art. 28.
E, ainda, sendo computado para todos os
efeitos o tempo de serviço durante o período de sus-
pensão – Art. 4º da CLT.
Parte expressiva da doutrina classifica o aci-
dente de trabalho como interrupção do contrato.
A interrupção do contrato de trabalho
A interrupção do contrato de trabalho ocorre
quando o empregado deixa de prestar os seus servi-
ços. O trabalhador continua a receber o seu salário,
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seja em parte ou em sua totalidade, uma vez que o
contrato continua em vigor, embora algumas cláusu-
las fiquem paralisadas.
O tempo de serviço é computado para todos os
efeitos e o empregador não pode demitir o trabalha-
dor sem que haja a justa causa.
Quando se tratar de contrato a termo, o seu
término não se prolonga em razão da interrupção
ocorrida.
O seguro de acidentes no trabalho
É assegurado constitucionalmente ao trabalha-
dor um seguro de acidentes no trabalho. A lei definiu
como acidente de trabalho aquele que ocorre pelo
serviço na empresa ou externamente a serviço desta,
provocando lesão física e/ou funcional, causadora
de morte, perda e/ou redução, permanente ou tem-
porária da capacidade laboral.
Embora a concessão do benefício do acidente de
trabalho esteja diretamente relacionada à necessidade
da realização de perícia médica, para que se estabeleça
o nexo causal entre a atividade do trabalhador e o aci-
dente, o STJ tem decidido que este pode ser provado
através de testemunhas, sem a realização de perícia,
quando o acidente seja decorrente de negligência ou
imprudência perceptíveis ao homem comum.
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visório, mantendo suspenso o contrato de trabalho
enquanto perdurar.
Com razão, há uma preocupação dos estudio-
sos no sentido de que o contrato de trabalho não
poderia ficar indefinidamente suspenso, desta for-
ma, a doutrina se divide. A jurisprudência trabalhista
tem adotado o prazo da suspensão de forma idêntica
ao prazo da aposentadoria por invalidez, ainda que
seja superior a cinco anos, conforme a súmula 160
do TST. Embora ocorra uma segunda vertente dou-
trinária na qual se defende que a aposentadoria por
invalidez não deva suspender o contrato de trabalho
por mais de cinco anos, quando a aposentadoria tor-
na-se definitiva, dessa forma, rompendo o contrato
– De acordo com a súmula 217 do STF.
De acordo com Juíza Vólia Bonfim Cassar, em
seu entendimento, não há de se falar em definitiva a
aposentadoria por invalidez após os cinco anos, uma
vez que a própria Previdência determina o retorno
do beneficiário ao trabalho, seja antes ou depois des-
se prazo, prevalecendo, assim, a súmula 160 do TST.
Dentre as consequências dos eventos adversos
que levam aos acidentes, temos os tipos:
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te de funções orgânicas (por exemplo: pneumoco-
nioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que
necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham
elevado risco de causar incapacidade permanente,
queimaduras que atinjam toda a face ou mais de 30%
da superfície corporal ou outros agravos que resul-
tem em incapacidade para as atividades habituais por
mais de 30 dias.
• Moderado – agravos à saúde que não se enqua-
drem nas classificações anteriores e que a pessoa afe-
tada fique incapaz de executar seu trabalho normal
durante três a trinta dias.
• Leve – todas as outras lesões ou doenças nas quais
a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu
trabalho por menos de três dias.
• Prejuízos – dano a uma propriedade, instalação,
máquina, equipamento, meio ambiente ou perdas
na produção.
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teriais, ou em alguns casos, até sendo ambos.
As palavras de ordem nos dias de hoje são jus-
tamente “Gerenciar Riscos”, na concepção até pare-
ce simples, mas, no dia a dia, percebemos que muitas
coisas estão além dos nossos olhos, e para isso deve-
mos sempre contar com a ajuda dos outros departa-
mentos da empresa, tais como: Engenharia, Manu-
tenção Elétrica, Manutenção Mecânica, Produção e
outros, de acordo com a atividade da empresa.
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Exercícios porpostos
1) Defina o que é acidente de trabalho?
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Gabarito
Capitulo III
1) Defina o que é acidente de trabalho?.
R: Evento indesejável que resulta em morte, doença,
lesão, dano ou outras perdas.
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• trabalhar em ritmo perigoso (muito lento ou
muito rápido);
• trabalhar sem que os dispositivos de segurança es-
tejam funcionando;
• trabalhar com ferramentas inadequadas;
• não usar equipamentos de proteção indivi-
dual adequados;
• distrair-se ou brincar no local de trabalho;
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5) O que devemos fazer para um acidente de traba-
lho não se repita?
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Bibliografia:
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SALIBA, Tuffi Messias et al. Insalubridade e Peri-
culosidade: Aspectos Técnicos e Práticos. 2 ed. São
Paulo: Editora LTR, 1998.
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