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História do Mundo

1ª Era
Seres humanos conectados com a natureza e com suas próprias linhagens.

As memórias eram compartilhadas, bem como os sentimentos através do que se conhecia por
“sinergia etérea”. A morte era considerada apenas como uma transição entre o material e
imaterial (uma vez que compartilhavam das memórias e sentimentos dos seus ancestrais).
Tudo possuía um aspecto coletivo - as decisões eram tomadas baseadas no que seria mais
benéfico e próspero para o grupo. (macro).
Tudo era seguido conforme os passos já trilhados dos ancestrais (micro).
Um indivíduo não poderia simplesmente quebrar o ciclo da vida ou fluxo da sua linhagem com
base em sua própria decisão (por uma série de fatores, desde os sociais até espirituais).

Povo nômade, organizado de modo tribal (liderado pelas matriarcas das famílias – linhagens).
Sociedade estamental.
A concepção de destino e propósito era imutável, uma vez que o indivíduo nascesse em um
determinado “berço” jamais migraria dele. O destino possuía um papel pragmático,
estritamente voltado para o papel que a linhagens exerciam na sociedade.

Cada linhagem possuía, como “dádiva da existência” (figura indescritível que os transcendia de
modo genérico e que julgavam ser responsável por esse fato), a capacidade de se transformar
em um animal, que representava o papel que aquela família exercia na sociedade. As
matriarcas das linhagens eram as mais “fortes” nesse quesito, pois conseguiam atingir altos
graus de transformação. Esse fato era interpretado por eles como um “cuidado” ainda maior
da existência em relação àquelas que seriam responsáveis pela subsistência de suas
respectivas linhagens.

A magia era advinda de sentimentos. Possuíam a capacidade de “transformar” sentimentos em


magia (representada pelos elementos da natureza). Quanto mais intenso/forte os
sentimentos, mais forte seria a magia.

Criam numa propriedade imaterial intrinsecamente ligada à vida, chamada Éter. Acreditavam
que sem ele nenhum ser ou mesmo o planeta/universo existiria.
2º Era

Aparição do 1º transeunte.

Um ser “enigmático” que surgiu do “vazio”. Defendia que cada ser era livre para tomar suas
próprias decisões, que haveria uma possibilidade de mudar seus destinos.
Acreditava que por haver apenas um lado (hegemonia e monopólio da verdade) outro
inevitavelmente surgiria, como a sombra que é projetada a partir de um objeto, resultando na
penumbra que os separa; ou o outro lado de uma mesma moeda. Portanto, defendia que era
necessário coexistir e não subsistir. Caso contrário, as “sombras” (lado oposto à suposta luz)
acometeriam a existência de todas as coisas. Buscava o “equilíbrio absoluto da existência”.

Após sua “misteriosa” morte as seguintes palavras foram proferidas por todas as matriarcas
(líderes) das linhagens:
“Este se suicidou e dissipou-se no limbo do esquecimento. Não houve ninguém que dissesse
tê-lo recebido em suas memórias, pois este não pertencia a nenhuma linhagem. Não houve
ninguém que tenha ouvido suas mentiras, pois este não fazia parte da natureza, não foi
criado por nós, pertence ao nada, ao vazio, e estes nunca terão nada a dizer além de sua
própria inexistência”.

3ª Era:

Desfecho da “Revolução pós mil anos”.

Surgem os transeuntes precursores (seres adeptos à ideologia do 1º transeunte). O 1º


transeunte foi encontrado nas memórias de alguns primogênitos (4) pertencentes às principais
linhagens do povo 1.000 anos após sua aparição. Estes, por sua vez, decidiram “buscar o
equilíbrio” de todas as coisas, seguindo os passos do 1º. Afastaram-se dos demais e
constituíram uma nova sociedade. Interpretando as palavras do 1º, acreditaram que seria
necessário se opor diametralmente aos ideais e princípios dos seus ancestrais afim de que
alcançassem o predito equilíbrio. Instaura-se a guerra entre os distintos lados (perseguição aos
traidores, passando a ser chamados de “filhos do vazio”).

A forçada, mas predita, emancipação causou uma mudança de mentalidade nos mortais.
4ª Era:

Formação do Império.

Após a formação de uma nova civilização, tornando-se Império algumas décadas depois, os
patriarcas – constituiu-se um novo sistema social - das linhagens subsequentes (advindas dos
transeuntes precursores) passaram a ter seu envelhecimento retardado até que por fim
(demarcando o início do Império) tornarem-se imortais (utilizando-se do Éter – Ciência
desenvolvida ao decorrer das eras). A partir dessa intrínseca característica conseguiram se
fortalecer, crescendo exponencialmente e superando em número os seus predecessores.
Os perseguidos passaram a perseguir. O Império era absoluto.

A concepção de destino e propósito era subjetiva, volátil, “oportunista”. Acreditava-se que


qualquer indivíduo – inserido no campo de batalha - poderia conquistar seu “lugar ao sol”.
Conforme os seus feitos pelo império, seu nome jamais seria esquecido e sua vida nunca mais
seria a mesma, não importando o seu berço. O destino estava estritamente ligado a um
contexto militar. Servindo por sua vez aos interesses do império, legitimando sua supremacia.

Eram adeptos da lógica e da razão. Tudo que movesse o ser humano no sentido
instintivo/emotivo era absolutamente rechaçado.
Alto grau de instrução e poderio bélico. Não faziam uso de magia, apenas do próprio Éter.

Acreditava-se no Éter como a “personificação imaterial” do ser humano, algo que havia sido
perdido – pelo uso dos sentimentos, considerado a “força corrosiva” da vida – e, por
conseguinte aqueles que os nutrissem seriam amaldiçoados com a morte.
Era contemporânea (5ª)

- Um reino (mundo/civilização) onde as pessoas não envelhecem (tem aparência de uma


criança entre 7 e 10 anos).
- O não envelhecimento é causado pela “não existência” dos sentimentos. (ou seja, os que
sentem morrem e os que não sentem são imortais).
- Não há como passar de um lado para o outro (narrativa dos imortais).
- Os sentimentos são internalizados, existem, mas “não são sentidos” ou “causam sentido” nas
pessoas.
- Animais praticamente extintos (com exceção daqueles que estão situados no domínio dos
“mortais”).
- Arquitetura, culinária e outros aspectos da vida humana são fadados ao pragmatismo
impassível dessa sociedade (tudo é “muito igual” porque não há necessidade de se fazer
diferente uma vez que com “menos” se atinge o objetivo desejado).
- Todos os outros (mortais) que destoam dessa realidade são caçados e mortos.
- Guerra entre mortais e imortais.

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