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Escola Superior de Educação de Lisboa
Paulo Ferreira Rodrigues
Observações:
Na fase de utilização da canção deve ser explorada uma tipologia de atividade de entre as seguintes possibilidades:
- movimento corporal;
- acompanhamento rítmico corporal / objetos sonoros;
- interpretação expressiva (mudanças de andamento e intensidade);
- criação de estrutura formal (introdução, coda);
- realização de jogo musical;
- etc.
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Fases sequenciais de trabalho – são os momentos intermédios necessários à concretização de uma atividade (ou das atividades de uma
sessão), organizados numa sequência lógica. As fases (ou etapas) da atividade devem ser diversificadas, progressivamente mais
complexas e com enfoques específicos (corresponde a uma desmontagem da atividade nas suas ações fundamentais, apresentando-as
/ concretizando-as depois de forma sequencial).
- Não há uma sequência fixa de fases de trabalho que possa ser aplicada a qualquer atividade. Assim, a lógica da sequência das fases
dependerá das características da atividade a realizar, isto é, das ações que é suposto a criança conseguir fazer.
- Por exemplo, para a realização de um jogo de música e movimento será necessário, em função das suas características (jogo de imitação,
jogo de reação rápida, jogo com componente social de troca de pares, jogo com utilização de sequência rítmica corporal...), pensar em
fases iniciais e intermédias de trabalho que, sequencialmente, permitam:
• criar o clima / ambiente desejado; realizar um aquecimento / preparação rítmico-motora (ou auditiva, ou vocal...); fomentar a
concentração; focalizar o grupo para determinado contexto / situação;
• proceder à preparação de ações específicas necessárias ao jogo (ou seja, desenvolver competências prévias à realização do
jogo), a que podem corresponder diversos momentos da sessão;
• estruturar as regras / experimentar o jogo por etapas progressivas;
• realizar o jogo / introduzir variantes (diversos graus de dificuldade);
• concluir a sessão (dar um sentido de conclusão...).
- Ou, por exemplo, para ensinar uma canção e utilizá-la num jogo com ritmo corporal e movimento, é necessário estruturar outro tipo de
faseamento, cujas tarefas / estratégias permitam concretizar momentos de:
• aquecimento / disponibilização corporal e vocal;
• ensino da frase rítmica com percussão corporal;
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Organização do espaço, do grupo, dos recursos – refere-se, num plano logístico, à organização da sala onde decorre a atividade e à
organização dos materiais a serem utilizados (recursos musicais e extramusicais), de acordo com as necessidades de cada fase de
trabalho; e, num plano didático, à organização dos participantes na atividade (neste caso, as crianças devem ser organizadas de forma
diversificada durante a sessão, de acordo com as especificidades de cada fase de trabalho – em pé, sentados; em roda, dispersos, em
dois grupos...).
Estratégias de dinamização / tarefas musicais a concretizar – corresponde a uma das partes fundamentais da descrição da concretização da
atividade, colocando o enfoque na ação do dinamizador. Refere-se à explicitação das técnicas e dos procedimentos que devem ser
mobilizados pelo dinamizador em cada uma das fases da atividade, de forma a concretizá-la com todo o seu potencial.
As estratégias devem ser adequadas ao público-alvo, ou seja, o dinamizador deve ter uma intervenção que ajude os participantes a
realizarem as ações (ou tarefas) da atividade de forma progressivamente mais satisfatória (e com ganho de autonomia). Assim, na
indicação das estratégias deve-se:
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• descrever com pormenor e de forma sequencial (progressiva) todos os procedimentos metodológicos necessários à
concretização com sucesso das tarefas da atividade;
• incidir fortemente no processo, isto é, naquilo que o dinamizador tem de fazer (e não apenas na descrição do produto final ou do
que é pedido aos participantes para fazerem);
• clarificar as ações (tarefas) a realizar quer pelo orientador quer pelos participantes;
• decidir e organizar as atitudes que o orientador deve adotar de forma a orientar adequadamente cada momento da sessão:
- equilíbrio entre estratégias de instrução e estratégias de demonstração;
- ponte entre a imitação do modelo dado e a autonomia dos participantes;
- apoio na realização de tarefas (ações) que ainda não estão autónomas;
- clima relacional;
• identificar as componentes críticas da tarefa / ação (o que pode ser mais difícil de concretizar e requer maior preparação prévia e
apoio por parte do dinamizador);
• promover os comportamentos dentro da tarefa (o que é esperado) e controlar os comportamentos fora da tarefa (enfoque).
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- Pressupõe uma progressão da aprendizagem (sucessivas ampliações da competência base segundo níveis crescentes de dificuldade e/ou
complexidade), considerando duas dimensões: por um lado a progressão dentro da própria tarefa (estruturação de fases de
desempenho), por outro a progressão na aquisição da competência no decorrer do tempo (relacionado com a periodicidade e qualidade
da experiência, com questões de maturação individual ou com características associadas a níveis etários).
- Uma progressão pressupõe também a integração de aprendizagens anteriores enquanto competências base para uma nova estrutura de
compreensão e/ou funcionamento musical e de movimento que se pretendem fomentar com a atividade.
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- apresenta a estrutura da atividade / encadeamento de ações a realizar (ajudar a estruturar a memória das ações vividas), mobilizando ou não
conceitos (vocabulário);
- demonstra gostar do que está a fazer (motivação das crianças);
- (...)