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POLÍTICA DE ARQUIVOS

PROFESSORA: Ana Maria de Almeida Camargo


DURAÇÃO: 3 horas

PROGRAMA

1. Jurisdição arquivística
ƒ o público e o privado
ƒ administração e cultura
ƒ as diferentes esferas de poder

2. Sistemas de arquivo

3. Acesso
ƒ direito à informação
ƒ obstáculos
ƒ de natureza jurídica
ƒ de natureza prática

Bibliografia Específica:

Accès aux archives et vie privée: actes de la Vingt-Troisième Conférence Internationale de


la Table Ronde des Archives: Austin 1985. Paris: Conseil International des Archives, 1987.

ALBERCH, Ramón, BOADAS, Joan. La función cultural de los archivos. Euskadi:


Administración de la Comunidad Autónoma de Euskadi, 1991.

BASTOS, Aurélio Wander Chaves, ARAÚJO, Rosalina Corrêa de. A legislação e a política
de arquivos no Brasil. Acervo, Rio de Janeiro (RJ), n. 4-5, p. 19-33, 1989-1990.

DESANTES GUANTER, José María. Teoría y régimen jurídico de la documentación.


Madrid: Eudema, 1987. (Eudema Universidad, Manuales)

DUCHEIN, Michel. Les obstacles à l’accès, à l’utilisation et au transfert de l’information


contenue dans les archives: une étude RAMP. Paris: Unesco, 1983.

HEREDIA HERRERA, Antonia. Derechos y restriccionaes a la comunicación documental.


In: - Archivística general: teoría y práctica. 5. ed. actualizada y aumentada. Sevilla:
Diputación Provincial, 1991. p. 491-494.

WILINK, Herman Tjeenk - El ciudadano y los archivos. Foro Archivístico, México (DF), n.
3, p. 49-53, 1992.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL REFERENTE A ARQUIVOS

1937 Decreto-lei nº 25, de Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico


30/11: nacional.
1940 Decreto-lei nº 2.848, Código Penal (art. 165, 166, 314).
de 7/12:
1941 Decreto-lei nº 3.365, Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública (art. 5º).
de 21/6:
1968 Lei nº 5.433, de 8/5: Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras
providências.
1968 Lei nº 5.471, de 9/7: Dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos
bibliográficos brasileiros.
1975 Lei nº 6.246, de 7/10: Suspende a vigência do art. 1.215 do Código de Processo
Civil [incineração de autos].
1978 Lei nº 6.546, de 4/7: Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Arquivista
e de Técnico de Arquivo, e dá outras providências.
1983 Lei nº 7.115, de 29/8: Dispõe sobre prova documental nos casos que indica e dá
outras providências.
1987 Lei nº 7.627, de Dispõe sobre a eliminação de autos findos nos órgãos da
10/11: Justiça do Trabalho, e dá outras providências.
1988 Constituição da República Federativa do Brasil (art. 5º, 19,
23, 24, 30, 215, 216).
1989 Resolução do [Sobre o prontuário médico nos estabelecimentos de saúde].
Conselho Federal de
Medicina nº 1331, de
21/9:
1991 Lei nº 8.159, de 8/1: Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e
privados e dá outras providências.
1991 Lei nº 8.394, de Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos
30/12: acervos documentais privados dos presidentes da República,
e dá outras providências.
1994 Decreto nº 1.173, de Dispõe sobre a competência, organização e funcionamento
29/6: do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e do
Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) e dá outras
providências.
1995 Decreto nº 1.461, de Altera os arts. 3º e 7º do Decreto nº 1.173, de 29 de junho de
25/4: 1994, que dispõe sobre a competência, organização e
funcionamento do Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ) e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).
1995 Lei nº 9.051, de 18/5: Dispõe sobre a expedição de certidões para a defesa de
direitos e esclarecimentos de situações.
1995 Resolução do Dispõe sobre a necessidade da adoção de planos e/ou
Conselho Nacional de códigos de classificação de documentos nos arquivos
Arquivos nº 1, de correntes, que considerem a natureza dos assuntos
18/10: resultantes de suas atividades e funções.
1995 Resolução do Dispõe sobre as medidas a serem observadas na
Conselho Nacional de transferência ou no recolhimento de acervos documentais
Arquivos nº 2, de para instituições arquivísticas públicas.
18/10:

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1995 Resolução do Dispõe sobre o Programa de Assistência Técnica do
Conselho Nacional de Conselho Nacional de Arquivos.
Arquivos nº 3, de
26/12:
1996 Decreto nº 1.799, de Regulamenta a Lei 5.433, de 8/5/1968, que regula a
30/1: microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras
providências.
1996 Resolução do Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de
Conselho Nacional de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a
Arquivos nº 4, de ser adotado como modelo para os arquivos correntes dos
28/3: órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Arquivos (SINAR), e aprova os prazos de guarda e a
destinação de documentos estabelecidos na Tabela Básica
de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo
Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública.
1996 Portaria do Ministério [Sobre a fiscalização do exercício da atividade de
da Justiça nº 58, de microfilmagem].
20/6:
1996 Resolução do Dispõe sobre a publicação de editais para eliminação de
Conselho Nacional de documentos nos Diários Oficiais da União, Distrito Federal,
Arquivos nº 5, de Estados e Municípios.
30/9:
1997 Decreto nº 2.134, de Regulamenta o art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de
24/1: 1991, que dispõe sobre a categoria dos documentos públicos
sigilosos e o acesso a eles, e dá outras providências.
1997 Decreto nº 2.182, de Estabelece normas para a transferência e o recolhimento de
20/3: acervos arquivísticos públicos federais para o Arquivo
Nacional.
1997 Instrução normativa Estabelece os procedimentos para entrada de acervos
do Arquivo Nacional arquivísticos no Arquivo Nacional.
nº 1, de 18/4:
1997 Resolução do Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços
Conselho Nacional de arquivísticos públicos.
Arquivos nº 6, de
15/5:
1997 Resolução do Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de
Conselho Nacional de documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes
Arquivos nº 7, de do Poder Público.
20/5:
1997 Resolução do Atualiza o Código de Classificação de Documentos de
Conselho Nacional de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio e a
Arquivos nº 8, de Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
20/5: Documentos de Arquivos Relativos às Atividades-Meio da
Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 4, de
28 de março de 1996.
1997 Resolução do Publica Regimento Interno aprovado pelo Plenário do
Conselho Nacional de Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ.
Arquivos nº 9, de 1/7:
1997 Lei nº 9.507, de Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito
12/11: processual do habeas data.

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1998 Lei nº 9.605, de 12/2: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências [art. 62].
1998 Decreto nº 2.910, de Estabelece normas para a salvaguarda de documentos,
29/12: materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação de
natureza sigilosa, e dá outras providências.
1999 Decreto nº 2.942, de Regulamenta os arts. 7º, 11 e 16 da Lei nº 8.159, de 8 de
18/1: janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de
arquivos públicos e privados e dá outras providências.
1999 Lei n 9.800, de 26/5: Permite às partes a utilização de sistemas de transmissão de
dados para a prática de atos processuais.
1999 Resolução do Dispõe sobre a adoção de símbolos ISO nas sinaléticas a
Conselho Nacional de serem utilizadas no processo de microfilmagem de
Arquivos nº 10, de documentos arquivísticos.
6/12:
1999 Resolução do Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o acervo
Conselho Nacional de das agências reguladoras, das empresas em processo de
Arquivos nº 11, de desestatização, das empresas desestatizadas, das
7/12: concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços
públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado.
1999 Resolução do Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de
Conselho Nacional de interesse público e social de arquivos privados de pessoas
Arquivos nº 12, de físicas ou jurídicas que contenham documentos relevantes
7/12: para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional.
2000 Decreto nº 3.505, de Institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e
13/6: entidades da Administração Pública Federal.
2000 Medida provisória nº Institui o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP,
2.045-1, de 28/6: suspende temporariamente o registro de armas de fogo, e dá
outras providências [art. 8º: subordinação do Arquivo
Nacional à Casa Civil].
2000 Medida provisória nº Altera dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998,
2.049-20, de 29/6: que dispõe sobre a organização da Presidência da República
e dos Ministérios, e dá outras providências [art. 2º e 18:
subordinação do Arquivo Nacional à Casa Civil].

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LEIS E DECRETOS ESTADUAIS
(Sistemas Estaduais de Arquivo)

Bahia
Lei delegada nº 52, de 31/5/1983.

Espírito Santo
Decreto nº 2.270 E, de 24/11/1981.

Pará
Decreto nº 10.685, de 3/7/1978.

Pernambuco
Decreto nº 11.147, de 27/1/1986.

Rio Grande do Norte


Decreto nº 7.394, de 18/5/1978.

Rio Grande do Sul


Decreto nº 33.200, de 5/6/1989.

Santa Catarina
Decreto nº 3.427, de 9/3/1993.

São Paulo
Decreto nº 22.789, de 19/10/1984.

Sergipe
Decreto nº 4.507, de 19/11/1979.

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ACESSO AOS ARQUIVOS
conceitos básicos

1. O acesso como direito


Atendimento ao público - Função arquivística que consiste
em colocar os documentos à disposição dos usuários que os
solicitem, dentro de normas estabelecidas.

Consulta - Ação de examinar ou conhecer um documento.

Acesso - Possibilidade de consulta a um arquivo, como


resultado de autorização legal ou da existência de
instrumentos de pesquisa.

Direito à informação - Preceito legal que garante acesso à


informação.
2. Obstáculos ao acesso
Restrição ao acesso - Limitação à possibilidade de consulta,
decorrente de regulamentação geral ou específica que
determina prazos ou exclusões gerais.

Classificação - Restrição de acesso e uso de arquivos,


documentos ou informações imposta pela pessoa física ou
jurídica de origem, para efeitos de segurança.

2.1. de natureza jurídica

• respeito à vida privada Direito à privacidade - Direito que assegura aos indivíduos a
dos cidadãos; não divulgação de informações de natureza pessoal contidas
nos documentos.
• segurança do Estado em
suas relações multi ou
bilaterais;

• garantia da ordem pública


e da segurança dos
cidadãos;
Direito autoral - Direito exercido por uma pessoa ou
• proteção da propriedade sucessores sobre a publicação, tradução, venda e reprodução
intelectual; de documentos de sua autoria.

• proteção de segredos
industriais e comerciais;
Custódia - Responsabilidade jurídica, temporária ou
• direito de livre uso dos definitiva, de guarda e proteção de documentos dos quais não
bens privados pelos seus se detém a propriedade.
proprietários;
Jurisdição arquivística - Competência legalmente atribuída a
uma instituição quanto à entrada, custódia, propriedade,

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• conflitos, litígios e transferência, eliminação e recolhimento de arquivos.
equívocos de jurisdição
arquivística; Domicílio legal do documento - Jurisdição a que pertence
cada documento, de acordo com a área territorial, a esfera de
poder e o âmbito administrativo onde foi produzido e
recebido.

Sucessão arquivística - Transferência da propriedade legal


dos arquivos resultante de mudanças de soberania territorial,
de divisão administrativa ou de direito de transmissão, próprio
de pessoas físicas ou jurídicas.

Contencioso arquivístico - Conflito de jurisdição


arquivística.

Arquivo deslocado - Conjunto de documentos indevidamente


removidos do organismo responsável por sua custódia.

Patrimônio arquivístico - Conjunto dos arquivos de valor


permanente, públicos ou privados, acumulados no âmbito de
um país, de um estado ou de um município.

• ausência de política de Proteção legal dos arquivos - Conjunto de medidas legais


proteção ao patrimônio destinadas a impedir a destruição, a deterioração e a
arquivístico. exportação de documentos que integram o patrimônio
arquivístico de um país.

Legislação arquivística - Conjunto de atos normativos que


disciplinam a circulação e a sistematização dos componentes
do patrimônio arquivístico e que regem a estrutura e o
funcionamento das instituições arquivísticas de um país.

2.2. de natureza prática

• necessidade de conservar
os documentos de
arquivo em bom estado
físico, impedindo sua
manipulação excessiva;

• limitação de recursos
finan-ceiros e humanos
que permitam multiplicar
as cópias dos documentos
a fim de proteger os
originais;

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• dificuldade de dotar todos
os documentos de
instrumentos descritivos;

• necessidade de recorrer a
equipamentos para
consulta de determinados
documentos (audiovisuais
e informáticos);

• ausência de
recolhimentos sis-
temáticos.

Fontes:
• Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas
Brasileiros – Núcleo Regional de São Paulo / Secretaria de Estado da Cultura, 1996.
• DUCHEIN, Michel - Les obstacles à l’accès, à l’utilisation et au transfert de
l’information contenue dans les archives: une étude RAMP. Paris: UNESCO, 1983. p.
6-7.

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ACESSO AOS ARQUIVOS
fundamentos legais

1. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

. Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na
sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Todo homem tem direito à
proteção da lei contra tais interferências ou ataques. (art. XII)
. Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão. Este direito inclui a liberdade
de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por
quaisquer meios e independentemente de fronteiras. (art. XIX)

2. Constituição da República Federativa do Brasil (1988)

. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. (art. 5o, X)
. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional. ( art. 5o, XIV)
. Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar (art. 5o, XXVII)
. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado. (art. 5o, XXXIII)
. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, ... b) a obtenção de
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal. (art. 5o, XXXIV)
. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem. (art. 5o, LX)
. Conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. (art. 5o, LXXII)
. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ... II- recusar fé aos
documentos públicos. (art. 19)
. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: ... III-
proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV- impedir a evasão, a
destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico
ou cultural; V- proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência. (art. 23)
. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da
cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
(art. 215)
. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: ... IV- as obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais. (art. 216)

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. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. (art. 216, § 1o)
. Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e
as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. (art. 216, § 2o)
. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação
tecnológicas. (art. 218)
. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
(art. 220)

3. Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991: Dispõe sobre a política nacional de arquivos


públicos e privados e dá outras providências.

. É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de


arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento
científico e como elementos de prova e informação. (art. 1o)
. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou
de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida
privada, da honra e da imagem das pessoas. (art. 4o)
. A administração pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei.
(art. 5o)
. O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e
social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor. (art. 14)
. É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos. (Lei 8159, 1991, art. 22)
. Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos públicos na
classificação dos documentos por eles produzidos. (art. 23)
. Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado, bem
como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas, são originariamente sigilosos. (art. 23, § 1o).
. O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade e do Estado será
restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo
esse prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período. (art. 23, § 2o).
. O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e à imagem das pessoas será restrito
por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de sua produção. (art. 23, § 3o).
. Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a exibição reservada de
qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou
esclarecimento de situação pessoal da parte. (art. 24)
. Ficará sujeito a responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em
vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado
como de interesse público e social. (art. 25)

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