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ARQUITETURA E URBANISMO
SOROCABA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO FACENS
ARQUITETURA E URBANISMO
SOROCABA
2020
SUMÁRIO
Fonte: Emplasa
3
Figura 1.2 – Dados gerais do município
4
Fonte: Prefeitura de Itu
Fonte: anparq.org.br
5
O município de Itu, assim como os demais da RMS, é dividido em UITs.
As UITs contribuem para a gestão de uma região, porque permitem uma análise
localizada acerca de quais locais necessitam de mais investimento e
infraestrutura (fig.1.4).
Figura 1.4 – Divisões em UITs no município de Itu
Fonte: PDUI
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Áreas 6 a 10 – Tapera Grande / Sete Quedas / APAs Cabreuva / Pedregulho /
Tiete / Piraí / Apotribu/ Pau d’Alho / Doninha / Taquarel: uso rural em sua quase
totalidade. Possui residências bem como equipamentos sociais e de serviço,
também com regiões demarcadas para abrigarem indústrias.
Esta análise dos principais usos do solo do município de Itu aponta
similaridades com a cidade vizinha, Sorocaba. BUGANZA (2010) classifica
Sorocaba como possuindo um padrão espacial composto pelo centro de uso
misto, o cinturão industrial e o rural. Analisar o uso do solo está relacionado
também com a densidade demográfica do município. Itu possui uma densidade
demográfica de 268,87 habitantes/km². Porém, essa população não é distribuída
igualmente, como é observado na figura 1.5. A maior parcela da população se
concentra nas macrozonas urbanas do centro de Itu e de Pirapitingui.
Figura 1.5 – População da RMS segundo o IBGE 2010,por UITS
Fonte: Emplasa
Fonte: PDUI 7
Analisando o tecido urbano, observa-se uma distribuição desigual de
habitantes na malha urbana. A maior extensão do solo é ocupada por
propriedades rurais de grande porte que possuem um baixo nível de habitantes,
sendo destinadas tanto ao cultivo como, prioritariamente, ao turismo ecológico.
Já a malha urbana se concentra em volta do centro histórico e ao longo das
principais vias, como já explicado anteriormente. Este fator é observado na figura
1.7.
Figura 1.7 – Relação de ocupação do espaço: urbano e rural
LEGENDA
Aglomerados
urbanos
Aglomerados
rurais
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“A localização estratégica com fácil acesso aos maiores centros
consumidores do Estado, São Paulo e Campinas, por rodovias bem
estruturadas, atraiu grandes empresas dos mais variados segmentos e
seus respectivos fornecedores, favorecendo o desenvolvimento
industrial integrado e estimulando pesquisas aplicadas.” (PDUI, 2017)
O IBGE de 2010 aponta a renda média per capita do ituano como sendo
de R$ 846,50, sendo que na área urbana essa média sobe para R$ 872,90 e na
área rural, desce para R$458,20. Podemos fazer, então, as seguintes relações:
Itu possui um grande território rural, porém as atividades agrícolas movimentam
pouco sua economia. Isso se deve ao fato de que grande parte desse território
rural na verdade está destinado ao turismo ecológico, sendo: campings,
fazendas para estadia e festas, fazendas para passeios culturais e trilhas. E,
como estância turística, Itu se destaca na RMS. Assim, podemos concluir que o
turismo na cidade não acontece exclusivamente no centro histórico, mas
também – e com tanta intensidade quanto – nas regiões mais afastadas e em
alguns casos, preservadas (como é o caso do parque do Varvito).
A renda per capita média de Itu cresceu 69,58% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 612,17, em 1991, para R$ 1.038,14, em 2010. A
proporção de pessoas com renda per capita inferior a R$ 140,00, passou de
9,98%, em 1991 para 2,84%, em 2010. Esse crescimento do Índice de
desenvolvimento humano do município pode estar relacionado com o aumento
das atividades econômicas relacionadas ao turismo e a instalação de indústrias
que cresceu nas últimas décadas, fator que se deve ao deslocamento e
dispersão do eixo antes direcionado a São Paulo, capital. Atualmente, o IDHM
de Itu (figura 1.8) está extremamente próximo ao de São Paulo, fator considerado
adequado para a escala do município.
Figura 1.8 – Evolução do IDHM de Itu
Fonte: atlasbrasil.org.br
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A evolução do Índice de Desenvolvimento Humano de Itu conversa com
a taxa de envelhecimento da população – já que melhoras na qualidade de vida
proporcionam um aumento na expectativa de vida – que subiu de 5,87% para
7,09% entre os anos 2000 a 2010. Analisando as pirâmides etárias do começo
da década de 90 com a mais recente de 2010, observa-se como o perfil do ituano
mudou drasticamente, fator que corrobora na mudança do caráter economico e
no IDHM do município. (fig. 1.9 e 1.10)
Figura 1.9 – Pirâmide etária de Itu no início da década de 1990
Fonte: atlasbrasil.org.br
Fonte: atlasbrasil.org.br
10
Atualmente, mais de 70% da população ituana é economicamente ativa.
Índices do PNUD demonstram também que, desses 70%, a população ocupada
em atividades econômicas é prioritariamente maior de idade e com grau de
formação no ensino médio completo. Comparado ao início do século, demonstra
uma melhora quanto ao nível de desocupação (de 13,68% em 2000 tendo caído
para 5,21% em 2010), ligado às formações necessárias para ingressar no
mercado de trabalho. Os setores de trabalho mais significativos atualmente são
o de serviços, com 44,70% de pessoas ocupadas, seguido pelo de indústria, com
21,45%. (Atlas Brasil; PNUD; Ipea; FJP)
Sobrepondo informações acerca do desenvolvimento da malha urbana
da cidade com a geração de empregos (figura 1.11), observa-se que a densidade
de empregos (representadas pela mancha destacada em amarelo) coincide com
locais próximos da malha consolidada, porém em zonas urbanas em expansão.
Isso indica, então, que o centro comercial está começando a se deslocar do
centro histórico e consolidado para zonas mais próximas das rodovias principais
da cidade, o que indica a importância das interligaçõesentre municípios para a
concentração de parques industriais.(PDUI, 2018; RAIS, 2014)
Figura 1.11- Relação entre a malha urbana e a densidade de empregos
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Fazendo um paralelo entre geração de empregos, malha urbana e
infraestrutura do município, observa-se que os principais equipamentos se
concentram no centro consolidado que também é o centro histórico. A
distribuição da infraestrutura é heterogênea devido a dois fatores principais: o
núcleo no qual a vila de Itu teve início; e atualmente à localização das principais
vias, fator crucial para o desenvolvimento da cidade.Junto a localização dos
principais aglomerados de equipamentos de infraestrutura (figura 1.12) também
está localizada a maior parcela de habitantes, segundo o IBGE de 2010.
Figura 1.12 – Equipamentos urbanos do município de Itu: comparativo com a densidade
populacional líquida
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1.2. SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Segundo o ranking de segurança do Atlas da Violência - Retratos dos Municípios
Brasileiros 2019 do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em conjunto com
o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Itu é a 34º cidade menos violenta do Brasil. O
estudo analisou cerca de 310 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes no ano
de 2017. (Fonte: Jornal Agora Itu). O índice de segurança em 2017 era 1,4 e a taxa de
homicídios 11,3, segundo o IPEA, sendo que Sorocaba possuía uma taxa de homicídios
de 14,0. Tendo em vista que, em 2012 e 2013 Itu era uma das 6 cidades mais perigosas
da Região Metropolitana de Sorocaba de acordo com site da Secretaria de Segurança
Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a Fundação Sistema Estadual de Análise de
Dados (SEADE) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o município
teve uma melhora significativa no âmbito da segurança nos últimos anos.
O município conta com cinco delegacias de polícia e dois batalhões (um da Polícia
Militra Rodoviária e outro da Polícia Militar do Interior) que se encontram concentrados
na mancha urbana do centro do município. (Fig.1.13)
Figura 1.13 - Pontos de Segurança em Itu
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No 50º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do interior, encontra-se um programa de
policiamento com motocicletas, a ROCAM (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas)
que é a força tática que realiza rondas e atende ocorrências na cidade e nos municípios
vizinhos.
É interessante frisar que no município de Itu não existem presídios, ou seja, todo
e quaisquer criminosos serão encaminhados e detidos nas penitenciárias das cidades
vizinhas como Mairinque, Porto Feliz, Sorocaba, Tatuí e Votorantim.
O principal fator de ocorrências no município de Itu é o tráfico e porte de
entorpecentes, Todavia, segundo um estudo realizado pelo INFOCRIM da Secretaria de
Segurança do Estado de São Paulo (SSP), a quantidade de ocorrências devido ao tráfico
e porte de entorpecentes vem diminuindo gradualmente nos últimos anos, passando de
407 ocorrências em 2018 para 362 em 2019 por exemplo.
Na questão dos dados de Homicídio doloso no interior de São Paulo em 2018 e
2019, segundo o INFOCRIM da SSP, as maiores vítimas de homicídio doloso são
homens (83,2%) majoritariamente brancos (52,2%) e adultos, sendo que os afro-
decentes representam apenas 7% das vítimas de homicídio na cidade, dos quais
majoritariamente são motivados por conflitos interpessoais I - entre conhecidos ou
desconhecidos (representa 38,5% dos casos), mortes com grave emprego de violência
(representa 19%) e indícios de execução (representa 17%).
No que se diz respeito a assistência social, conforme pesquisas do IBGE, o
município possui investimento em serviços de proteção, atendimento e convivência para
crianças, jovens, adultos, idosos e famílias, assim como para pessoas em situação de
rua e com deficiências. Entretanto, não fornece serviços assistenciais à agricultores
familiares nem serviços específicos de combate e assistência social de violência contra
a mulher (apenas uma delegacia de atendimento à mulher).
Já na questão territorial, a região mais perigosa do município é o bairro do
Pirapitingui, principalmente a área do cemitério e do antigo hospital Dr. Francisco Ribeiro
(antes chamado de Pirapitingui, um dos maiores Leprosários do Brasil) e um abrigo-
colônia para antigos pacientes de hanseníase e familiares. A região, totalmente
degradada, registra diversos casos de tráfico e uso de entorpecentes, assaltos e roubos,
violência sexual e de violência física.
1.3. SANEAMENTO
Em 2017 foi inaugurada a empresa CIS (Companhia Ituana de Saneamento),
responsável pelo tratamento de Água e Esgoto do município de Itu, os quais seguem
rigorosamente a Lei n° 11.4455/07 que abrangem o abastecimento de água potável,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e
manejo das águas pluviais urbanas.
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A utilização dos recursos hídricos na UGRHI-10, é feita principalmente a partir de
captações superficiais. Suas maiores demandas são destinadas para as áreas urbanas
(53%), em seguida, agrícolas e indústrias. De acordo com as informações atualizadas
fornecidas pela empresa Águas de Itu Exploração de Serviços de Água e Esgoto S/A, a
população urbana do sistema principal atendida atualmente com abastecimento de água
é cerca de 116.070 habitantes, com um total de 37.835 ligações. Isso representa 100%
de atendimento da população urbana do sistema principal. O sistema possui três
estações de tratamento de água (ETAs), 27 reservatórios distribuídos pela cidade (com
volume de preservação de 16.400 m³), 16 elevatórias de água tratada e cerca de 551 km
de rede de distribuição de água. Os sistemas produtores da sede totalizam uma vazão
média diária de 570 l/s.
A rede coletora de esgoto possui uma extensão estimada de 380 km, atendendo
a 100% da população urbana do município, cerca de 116.070 habitantes. Somente de
coletores-tronco e interceptores a rede de coleta engloba 31 km de tubulações (dados
de 2010 da concessionária Águas de Itu). O sistema conta com 22 estações elevatórias
de esgotos e uma estação de tratamento (ETE Canjica), projetada para atendimento a
uma população de 250.000 habitantes. O sistema da Sede é composto de três bacias de
esgotamento: Bacia do Guaraú, toda interceptada, coletando toda a região Norte e
central da cidade; Bacia do Itaim-Guaçu, que abrange a área oeste da cidade, com
esgotos transpostos à Bacia do Guaraú em diversos pontos por 15 elevatórias; Bacia do
Pirapitinguí, que abrange a área leste da cidade, com esgotos interceptados e afastados
por 7 elevatórias em direção à elevatória da Ponte Nova, localizada nesta mesma bacia,
transpondo os esgotos diretamente à ETE Canjica.
Itu mesmo seguindo a lei firmemente, possui dificuldades com o tratamento e
disposição de resíduos sólidos da cidade. As despesas são altas, chegando a ser 0,6%
(R$ 9,6 milhões) do orçamento municipal. Portanto, projetam destinar seus resíduos a
cidade de Paulínia e Indaiatuba, ambas com condições favoráveis no distanciamento
para transporte.
Não há uma empresa específica responsável pela drenagem da cidade e manejo
das águas pluviais, pois não possuem problemas nesse quesito, por possuir uma
topografia que favorece o escoamento. São determinadas normas de construções de
vias, habitações e outros tipos de obras de estruturação pública, para que não aumente
a taxa de impermeabilidade do solo. Em decorrência a efetivos destruimentos a cidade
enfrenta algumas enchentes pontuais, e com isso, a Prefeitura disponibilizou mais
fiscalização, propostas e diretrizes do Plano Municipal de Saneamento,
institucionalizando-se um sistema de manejo efetivo e financeiramente sustentável que
implemente medidas não estruturais e estruturais adequadas.
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1.4. MOBILIDADE
Com base na análise feita, nota-se que Itu possui uma rede viária
municipal e uma rede rodoviária privilegiadas. As principais vias que interligam
a região metropolitana de Sorocaba – RMS (Rd. Senador Emilio de Moraes, Rd.
Raposo Tavares Rd. das Convenções e Rd. Santos Dumont) e a cidade de São
Paulo (Rd. Castelo Branco) margeiam o município. Esse sistema viário se tornou
fundamental tanto para a mobilidade intermunicipal e estadual quanto para a
economia da região, pois nele, onde se localiza as principais rodovias,
acontecem diversas atividades industriais e comerciais.
Entretanto, a rede viária não é aproveitada como deveria pelos ônibus
intermunicipais. Ao traçar rotas, de cidades próximas até Itu observa-se que este
é um recurso falho, não havendo linhas direta para o destino desejado.
Do autor
16
A mobilidade interna da cidade não é tão privilegiada quanto a externa.
Não há presença de ciclovias, ciclofaixas e pistas de caminhada sinalizadas. Os
automóveis se misturam com as bicicletas nas ruas ou os pedestres se misturam
com elas nas calçadas. Já o transporte público, operado pelas empresas Viação
Avante e Viação Itu, atende as necessidades. Existem 41 linhas, com todos os
ônibus adaptados a cadeirantes, que circulam por toda cidade. Porém, a
inexistência de um terminal fixo como ponto de partida para multipolos destinos,
é um atributo que não colabora com a facilidade de deslocamento dos cidadãos.
Os ônibus se deslocam a partir de um ponto e no final retornam para este mesmo
local. O terminal assinalado no mapa abaixo é utilizado como origem por apenas
algumas linhas do município.
Do autor
17
Entretanto, a mobilidade urbana de Itu, ganhou em 2016 um plano
exclusivo, que visa uma maior atenção, melhoramento, estruturação e
reestruturação de cinco temas principais: Pedestres, bicicletas, transporte
público, sistema viário e circulação e organização institucional e gestão
referentes a mobilidade.
O PLANMOB de Itu, em concordância com as diretrizes do plano diretor,
foi lançado em novembro de 2016 e possui diversas propostas para a mobilidade
interna da cidade, tendo como foco os veículos não motorizados e os
deslocamentos a pé dos cidadãos. Contudo, acredita-se que desde então haja
melhoria, principalmente, nas condições de circulação para pedestres e
bicicletas. Além disso, o plano propõe maior integração de linhas de ônibus para
bairros distantes e áreas rurais do município.
Com base na análise do Plano diretor de Mobilidade Urbana e Turística
do Município de Itu (decreto2937), nota-se muitas inconsistências entre as
diretrizes a serem seguidas e o que realmente está em vigor. Entretanto,
considera-se que tais diretrizes entrarão em prática através do PLANMOB de Itu,
pois, nele há diversas propostas envolvendo o atendimento de normas políticas
do município, tendo como prazo de vigência do plano 20 anos, nos quais de 4
em 4 anos ocorre a fase de implementação de cada estratégia já avaliada.
1.5 SAÚDE
Com base nas análises feitas nota-se um crescente investimento na
infraestrutura de equipamentos de saúdes publica na cidade de Itu entre os anos
de 2013 a 2019. Segundo a publicação de Angélica Estrada no site da prefeitura
de Itu “Desde o início de 2013, a atual administração municipal, através da
Secretaria Municipal da Saúde, estabeleceu como uma das prioridades a
realização de investimentos para melhorar a infraestrutura das unidades,
tendo como principal objetivo ampliar e melhorar a qualidade da rede
municipal de saúde nas áreas de atenção básica, de especialidades e de
urgência e emergência.” Ao examinar os supostos objetivos propostos pela
administração municipal conclui-se que o comprometimento fora verídico. Entre
2013 e 2019 os resultados de aprovação do serviço municipal de saúde
cresceram em 22,4%. A cidade conta com 16 Unidades Básicas de Saúde
(UBS), 1 Hospital Municipal, 1 Santa Casa, 4 Pronto Atendimentos (PAM e UPA)
entre outros equipamentos como laboratórios.
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Além da ampla infraestrutura o atendimento e o profissionalismo da
equipe também atingiram aprovações dos usuários. De acordo com a pesquisa
feita pela prefeitura de Itu o saneamento de dúvidas dos pacientes atingiu uma
aprovação de 84,2%; o comprometimento do profissional para com os pacientes
82,3%; a cautela em entender o motivo da consulta 81,4%; o nível de
entendimento do quadro do paciente e dos cuidados tomados com o mesmo
77,1%; a atenção dos enfermeiros 85,3%; a educação e a atenção no
atendimento na recepção 77,7% e a segurança profissional transmitida 79,1%.
Do autor
19
1.6. EDUCAÇÃO
A educação é um dos componentes do dimensionamento do Índice de
Desenvolvimento Humano, na cidade de Itu este, vem subindo conforme os
demais fatores de longevidade e renda, grande parte disso, conforme o aumento
das atividades econômicas da área industrial e do turismo da cidade.
20
No entanto, por mais que a taxa do educação no IDH venha melhorando assim
como o indicador de escolaridade da população adulta, um dos índices que
devem ser levados em consideração é o de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB), este é calculado com base no aprendizado dos alunos em
português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação)
das escolas públicas. No ano de 2009 o município chegou a atingir a meta de
4.3 para os anos finais de ensino, fato que não tornou a se repetir nos demais
anos até o a data do último registro.
Figura 1.19 – Indicadores da evolução da educação do município de Itu
21
Figura 1.20 – Indicadores da evolução da educação do município de Itu
22
Figura 1.21 – Comparativo entre principais escolas (públicas e privadas) segundo a pontuação
no ENEM
MÉDIA - ENEM
TIPO NOME NOTA ENDEREÇO
PRIVADA Colegio Sistema Caracol 750,42 Rua Capitao Silvio Fleming, 359 - Vila Nova
MELHORES NOTAS - ESCOLAS
Rua Professor Jose Benedicto Goncalves,
PRIVADA Branta De Educacao Instittuto 719,59 PARTICULARES
309 - Vila Prudente De Moraes
PRIVADA Almeida Junior Colegio 682,76 Rua Cruz Das Almas, 316 - Vila Roma
ESTADUAL Anthenor Fruet Prof 490,73 R. Penápolis, 193-231 - Cidade Nova I, Itu - SP PIORES NOTAS
ESTADUAL Salathiel Vaz De Toledo Prof 481,24 R Luiz Morato Castanho, 405 - Rancho Grande
Figura 1.22 – Disposição das escolas acima pela malha urbana de Itu:
Fonte: do autor
23
As três piores notas de toda a rede de ensino médio pertencem a escolas
públicas da rede estadual e estão abaixo da média nacional do ano de 2018 de
529,64. As melhores notas no ENEM na cidade de Itu são de escolas particulares
sendo exceção a ETEC Martinho Di Gero, escola pública comandada pelo
Centro Paula Souza, sendo esta autarquia do Governo do Estado de São Paulo
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e uma instituição da qual
o egresso é feito mediante a prova.
Como já visto anteriormente, a cidade de Itu é dividida em UITs, sendo os
quatro primeiros onde se situam a maioria da população ituana. A primeira área
denominada “Itu” e onde se concentra grande parte do comércio e que possui
uma grande parte residencial, as áreas 2 e 3 são compostas majoritariamente
por habitações de renda média e zonas de uso industrial, e a área 4, Pirapitingui,
que é ocupada por habitações de baixa e média renda.
Fonte: PDUI
24
Dentre as 6 escolas analisadas pela nota no ENEM, as que possuem as
menores notas estão fora da UITs 1, duas delas - Escola Estadual Prof. Priscila
de Fátima Pinto e a Escola Estadual Salathiel Vaz de Toledo – se encontram nas
áreas 2 e 3 e a escola Prof. Anthenor Fruet, juntamente a única escola da etapa
de anos inicias em situação de alerta no resultado do IDEB de 2017 a EMEF
Prof. Carolina De Moraes Macedo onde ambas, estão localizadas no bairro
Cidade Nova I na área 4. Embora existam escolas com notas acima da média
brasileira fora da região central de Itu, ambas se localizam em áreas industriais
e próximas a condomínios fechados, salientando cada vez mais a desigualdade
de investimentos de uma UIT a outra e a precariedade da área de Pirapitingui
Situação da
Ano UF Município Escola Rede Etapa escolar Ideb Aprendizado Fluxo Atingiu a meta Cresceu o Ideb Alcançou 6,00
escola
2017 SP Itu ANTONIO DE PAULA LEITE NETTO DEPUTADO EMEF Pública Anos Iniciais 6,2 6,28 0,98 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu APARECIDA BEATRIZ CRISTOFELETTI PIONTI PROFA EMEF Pública Anos Iniciais 6,3 6,42 0,98 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu CAMILO FERRARINI MONSENHOR EMEF Pública Anos Iniciais 6,4 6,44 0,99 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu CAROLINA DE MORAES MACEDO PROFA EMEF Pública Anos Iniciais 5,6 5,76 0,98 Não Não Não Alerta
2017 SP Itu CID ROCHA PROF EMEF Pública Anos Iniciais 6,7 6,76 0,98 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu CONVENCAO DE ITU EMEF Pública Anos Iniciais 6,5 6,55 0,99 Não Não Sim Atenção
2017 SP Itu ERMELINDA SILVEIRA MACHADO PROFA EMEF Pública Anos Iniciais 6,9 7,02 0,99 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu FIRMINO OCTAVIO DO ESPIRITO SANTO JUNIOR PROF EMEF Pública Anos Iniciais 7 7,15 0,98 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu LOURENCO CARMIGNANI PROF EMEF Pública Anos Iniciais 6,1 6,12 0,99 Não Sim Sim Melhorar
2017 SP Itu MARCIO JOAO DE ARRUDA EMEFEI Pública Anos Iniciais 6,3 6,54 0,97 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu MARIA APARECIDA TRABACHINI NAVARRO DIAS PROFA EMEFEI Pública Anos Iniciais 6,2 6,26 0,99 Não Não Sim Atenção
2017 SP Itu MARIA CRISTINA CASTANHO MENDES PEREIRA PROFA EMEF Pública Anos Iniciais 5,5 5,64 0,97 Sim Não Não Atenção
2017 SP Itu MARILZE CALIL PROFA EMEF Pública Anos Iniciais 5,7 5,81 0,98 Não Sim Não Atenção
2017 SP Itu OLGA BENARIO PRESTES EMEF Pública Anos Iniciais 6,6 6,84 0,97 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu PADRE BENTO EMEF Pública Anos Iniciais 6,6 6,74 0,98 Sim Sim Sim Manter
2017 SP Itu RACHEL STEINER LEITAO PROFA EMEFEI Pública Anos Iniciais 6,3 6,28 1 Não Não Sim Atenção
25
Figura 1.26 – Disposição geográfica das instituições de ensino superior no município
Fonte: do autor
26
2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
2.1. MAPA GERAL DO MUNICÍPIO
Fonte: do autor
27
2.2. MANCHA URBANA
Fonte: do autor
28
Figura 2.3 – Mancha Urbana Pirapitingui
Fonte: do autor
3. MEIO AMBIENTE
3.1 RELEVO
Itu está inserida em terrenos geomorfológicos do planalto cristalino atlântico,
sucedido pela depressão periférica, delimitada pela zona serrana e planalto ocidental.
Entre duas principais províncias geológicas e geomorfológicas do Estado de São Paulo.
O rio Sorocaba e Tiête estão situados no Planalto Atlântico e em seguida percorrem a
depressão periférica.
29
É constituída por rochas cristalinas de idades variadas (magmáticas e
metamórficas), predominantemente argissolos ou latossolos vermelho-amarelo.
Característico da província geomorfológica do Planalto Atlântico. Na metade ocidental
do município ocorrem rochas sedimentares pertencentes a uma unidade geológica 22
denominada de Subgrupo Itararé, que é a unidade basal da Bacia do Paraná no Estado
de São Paulo, e correspondem ao compartimento de relevo, ou província geomorfológica
designada Depressão Periférica.
Portanto, o Subgrupo Itararé é composto por arenitos com lentes de
argilitos/siltitos e também por diamictitos e varvitos. Encontradas em disposição sub-
horizontal, entretanto, demonstram grande variações faciológica lateral e são atribuídas
uma idade até 300 milhões de anos.
O solo de Itu é arenoso, pouco espesso, classisficado como litólico e podzólico,
espessura aproximadamente de 0,5 a 1,0 m, baixa a média intensidade de processos
erosivos, erosão laminar e em sulco. Os solos areno-argilosos, agrupados em latossolos
e solos podzólicos, espessura que variam de 0,5 a 3,0 m, com baixa intensidade de
processos erosivos, presença de ravimentos restritos, associado a desmatamento e
drenagem de estradas.
As rochas magmáticas ou ígneas são granitos Itu, Sorocaba e Salto; e as
metamórficas são gnaisses, xistos, anfibolitos, Mitos do Grupo São Roque e Complexo
Itapira.
Existe uma grande concentração de atividades minerais, explorados e se
destacam na economia do estado. Principais minérios: argila para a indústria cerâmica
vermelha e revestimento, e areia para construção civil (principais produtores na região).
O solo também é bom para fins de construção civil e implementação
de tubulações raramente encontrado rocha nas profundidades
usuais de escavação (FGV, 2000).
No município encontra-se águas subterrâneas, dois grandes sistemas aquíferos:
o Cristalino e o Tubarão. O aquífero Cristalino é sustentado pelos metassedimentos do
Grupo São Roque, gnaisses e quatzitos do Complexo Itapira e por granitos e tardi-
tectônicos e o sistema Tubarão é representado pelos arenitos, ritmitos e lamitos do
Subgrupo Itararé, encontrado em discordância erosiva sobre o embasamento cristalino.
As rochas do sistema Aquifero Tubarão abrangem 44,5% da área do municio e apresenta
topografia mais suave do que à área de ocorrência das rochas do Embasamento
Cristalino. Os dois correndo de sul para norte e desaguando no rio Tiête.
Em decorrência a intensidade urbana, industrial e rural, encontra-se 45% dos
poços cadastrados no município com o sistema aquífero (a grande maioria poços
tubulares), favorecidos pela topografia suave e regular. “Na realidade, a atividade rural
voltada ao lazer (chácaras, sítios e fazendas de finais de semana), é a responsável pelo
grande número de poços, seguida das atividades indústrias e urbanas”
(FUNDUNESP,2000).
30
A topografia de Itu é ondulada e predominantemente suave. Os desníveis não
atrapalham a agricultura e nem o crescimento urbano. Entretanto, beneficiam a
drenagem natural, desde que não se ocupem os “fundos de vale”.
31
Figura 3.2 Principais constituintes da vegetação
32
3.2 HIDROGRAFIA
A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos é composta pelas bacias dos rios
Sorocaba e pelos afluentes da margem esquerda do Médio Tietê, que estão localizadas
na porção centro-sudeste do Estado de São Paulo. Itu é o UGRHI-10 (Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos), possuindo dezessete microbacias, sendo que
doze pertencem a sub-bacia do Tietê e as outras cinco são pertencentes à sub-bacia do
rio Sorocaba. O município é cruzado de sudeste a noroeste pelo rio Tietê, que constitui
seu limite com os municípios de Salto, Elias Fausto e Porto Feliz. Faz divisa com os
municípios de Sorocaba a sudoeste, Mairinque a sul e de sudeste para norte com os
municípios de São Roque, Cabreúva, Itupeva e Indaiatuba.
De acordo com a Empresa de Águas de Itu Exploração de Serviços de Água e Esgoto
S/A, o sistema principal atende 100% da população de Itu, cerca de 116.070 habitantes.
(...) possui três estações de tratamento de água, 27 reservatórios distribuídos pela
cidade, 16 elevatórias de água tratada e cerca de 551 km de rede de distribuição de
água. Os sistemas produtores da sede totalizam uma vasão média diária de 570 l/s
(ENGECORPS,2010).
Figura 4.3 – Configuração da ugrhi 10 e sub-bacias
33
A sede do sistema de abastecimento de água utiliza cinco mananciais
superficiais:
• Taquaral/Pirapitinguí, ao sul da cidade afluente da margem esquerda do
Rio Tietê;
• Braiaiá, a sudeste e afluente da margem esquerda do Rio Tietê;
• Gomes, a leste da cidade e afluente da margem esquerda do Rio Tietê;
• São José, a nordeste e afluente da margem direita do Rio Tiete;
• Itaim, a oeste da cidade e afluente da margem esquerda do Rio Tietê.
34
O manancial São José é exceção na problemática dos outros mananciais,
que lutam com a falta de quantidade e qualidade da água bruta. Por motivos de
poluição em decorrência das ocupações urbanas da cidade, em virtude da
dificuldade técnica e política da utilização do rio Tiête, cujas águas estão “ruins e
inutilizáveis”, no momento, pela proveniência da poluição da Região Metropolitana
de São Paulo. O crescimento de área urbanizada mesmo assim é lento e
concentrado. A área central acompanhou o Inter fluxo dos córregos do Brochado
e do Taboão, sem qualquer planejamento. A configuração da malha urbana de Itu
(figura 3.5) mostra uma linearidade de NW a SE, em consequência a delimitação
desses córregos em comparação as áreas rurais. Abrange as áreas rurais, que
possuem abastecimento de água unicamente através de poços rasos e o Distrito
de Pirapitinguí, fornecendo para 100% da população.
35
Portanto, os mananciais ocupam uma grande área da cidade, limitando o
crescimento da Macrozona de Urbanização e estreitando as Macrozonas Empresário
Industrial. E de acordo com o ENGECORPS, os únicos projetos propostos para o
crescimento urbano da cidade, criados em 2015, são apenas reformas (manutenção) dos
sistemas de Hidrografia da cidade.
3.3 CLIMA:
O clima da cidade tem características da região do planalto paulista (Tropical Brasil
Central, Mesotérmico Brando e Úmido). É fortemente influenciado pelo relevo (localizado
na Depressão Periférica Paulista), com muita sombra e chuva, em comparação com as
cidades vizinhas. (figuras 3.6 e 3.7)
Existe uma grande diferença na temperatura no verão (quente e
úmido) e inverno (frio e seco), podem oscilar em até 30°C em um
mesmo dia (10°C à noite e 40°C ao sol do meio dia, no inverno). As
temperaturas médias diárias variam de 16 a 22°C, com média das
máximas em 35°C e médias das mínimas de inverno em 12°C. A
umidade relativa do ar varia de 50% a 80%. Essa variação climática
tem relativa influência na demanda de água. No verão o com sumo
tende a aumentar de 5 a 7%, inversamente, há uma tendência no
inverno de consumo reduzir até 5% em relação à média anual. (RI –
Tomo III – Aspectos Ambientais, 3.1 Clima, pág. 9).
Figura 3.6 – Clima de itu. Dados coletados do último ano (2019/2020).
Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/itu-10535/
36
Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/itu-10535/
Figura 3.8 – Dados das chuvas mensais média durante um período continuo de 31 dias
ao redor de cada dia do ano.
Fonte: https://pt.weatherspark.com/y/30165/Clima-característico-em-Itu-Brasil-durante-o-ano
Chove durante o ano todo em Itu, apresentam variações sazonais extremas e com
precipitação de chuva acumulado durante esse limite de 31 dias. A média máxima de
chuva é de 206 mm durante o mês de janeiro e a média mínima de 30 mm em agosto.
37
Figura 3.9 – Velocidade média do vento na cidade de Itu.
Fonte: https://pt.weatherspark.com/y/30165/Clima-característico-em-Itu-Brasil-durante-o-ano
Itu possuí uma grande área sem ocupação urbana, privilegiando o percurso dos
ventos. Nestas áreas amplas a máxima do vento chega a 14,1 km/h em setembro e
mínima de 10 km/h em fevereiro. O vento predominante vem do Norte, bem úmidos e
levemente quente.
Fonte: https://pt.weatherspark.com/y/30165/Clima-característico-em-Itu-Brasil-durante-o-ano
Itu tem indicação para a melhor temporada de turismo no ano, entre maio
a abril com média máxima de até 27°C, onde o clima está mais agradável para as
visitações. A temperatura de Itu é predominantemente quente, mas os agricultores
informam que a melhor época para cultivar é entre junho e julho. Eles fazem todo
um preparo durante o início do ano.
38
4. LEGISLAÇÃO E AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO
Para explicar sobre os agentes de transformação do município e na
legislação como formadora do caráter urbano, é preciso voltar no tempo. O forte
caráter histórico da cidade – fundada em 1610 – tem forte influência em sua
malha urbana, que cresceu a partir do centro. Todo o comércio orbitou em volta
do local de fundação da cidade por séculos desde a época que fora uma Vila,
localizada estrategicamente entre o sul do país e o centro-oeste. O crescimento
da cidade se deu devido às lavouras de cana de açúcar e exportação do produto
para a Europa. Os primeiros agentes de transformação da cidade, logo, foram a
Igreja Católica (figura 5.1) – responsável pela construção de igrejas barrocas que
atualmente fazem de Itu a “Roma Caipira” – e os donos de engenhos de açúcar,
senhores de escravo, que por séculos movimentaram a economia e alavancaram
no crescimento populacional.
Figura 4.1 – Igreja Matriz de Itu
Do autor
39
Até meados do século XVIII, Itu era considerada a cidade mais rica da província
de São Paulo, fator creditado sobretudo à cultura do açúcar. Nas décadas
seguintes a crise do açúcar, Itu se destacou como “Berço da República” (figura
5.2), tendo sido o palco da criação do Partido Republicano Paulista e no
crescimento do movimento que culminou na Primeira Convenção Republicana
de 1873 e na Proclamação da República de 1889.
Fonte: 30diarios.wordpress.com
40
Figura 4.3 – Crescimento da malha urbana; centro histórico circulado em vermelho
41
Figura 4.4 – Desde o início do Século XX, a Rua Floriano Peixoto é a principal via do comércio
da cidade de Itu.
Fonte: biblioteca.ibge.gov.br
42
Figura 4.5 – A fama de Cidade dos Exageros tornou Itu conhecida nacional e
internacionalmente
Do Autor
43
Figura 4.6 – Situação atual da Fábrica São Luiz, agente fundamental para a revolução
industrial brasileira entre os séculos XVIII a XX na produção de tecidos.
Fonte: https://www.grandeitu.com.br/patrimonio-arquitetura-municipio-itu.html
O setor público também incentiva eventos, com destaque para Estouro do Judas,
Desfile do Divino, Procissão de Corpus Christi, Festa Italiana, Festa Japonesa e o
Festival de Artes. Além disso, no setor turístico de esporte e lazer, o Parque Maeda,
Hotel Fazenda Capoava e a Fazenda do Chocolate atraem visitantes e são destaques
da cidade. No setor educacional, o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio -
CEUNSP (integrante do Grupo Cruzeiro do Sul) possui cursos nas mais diversas áreas
de conhecimento e atrai estudantes de todo o estado de São Paulo.
Junto de Santana de Parnaiba, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, São Roque,
Cabreuva, Salto e Porto Feliz, Itu faz parte da Rota dos Bandeirantes, um projeto de
integração entre municípios através do desenvolvimento turístico. A rota dos
bandeirantes é extremamente importante na formação do Estado de São Paulo. Para a
tomada de decisões acerca da rota dos Bandeirantes, os municípios usam uma
governança que possui participação tanto publico quanto privada – com destaque para
PROTUR novamente, responsável pela gestão do movimento.
Outro agente privado importante no turismo e consequentemente na economia do
município é o SENAC, que contribuiu na construção do Plano Regional de
Desenvolvimento Turístico, que possui como missão principal a consolidação da região
como ponto turístico.
Entre os principais representantes da sociedade civil de itu nas reuniões púbicas do
Conselho Municipal (COMTUR), destaca-se:
• Associação de Monitores de Turismo de Itu;
• Clube de Lojistas de Itu CDL;
• Associação dos Corretores de Imóveis de Itu; Associação de
• Agentes de Turismo;
44
• Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico Artístico e Turístico do
Estado de São Paulo CONDEPHAT
• Associação Regional dos Jornalistas Profissionais A.R.J.P. e Sindicato de Hotéis
e Similares.
O conselho é o responsável por ser consultado e deliberar acerca das decisões tomadas
pelo poder público acerca do desenvolvimento turístico de Itu. A atuação do conselho,
entretanto, se mostrou descontinuada o que dificultou na proposta e criação de políticas.
Tal fato resultou na criação de outro grupo, o Grupo Gestor de Turismo, que então
capacitaria os agentes para que os mesmos pudessem planejar o futuro do turismo.
Em seguida, foi adicionada também a participação cidadã direta, através de pesquisas
nas ruas buscando cidadãos que preencheriam formulários, para que assim a
governança compreendesse e se alinhasse com as reais expectativas e demandas da
população. As pesquisas permitiram a gestão traçar o perfil do turista, sua faixa etária,
sua origem e época que mais ocorrem visitas externas na cidade. Também foi possível
mapear os destinos mais visitados e em quais locais eram necessários mais
investimentos em relação a infraestrutura.
Quanto às análises relacionadas a legislação versus saneamento e meio ambiente, foi
estudada a lei n° 11.4455/07 que abrange o abastecimento de água potável,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e
manejo das águas pluviais urbanas. Vale ressaltar, que a Prefeitura de Itu tem planos de
modificar o destino dos seus resíduos sólidos para Paulínia e Indaiatuba. Aterros mais
próximos, sem problemas de transporte e gastos de verbas municipais.
As áreas de preservação ambiental está predominantemente a beira do rio Tiete. Não
há ocorrências de descumprimento da Lei 12.651/12 do Código Florestal Brasileiro –
“(...)Estabelece a responsabilidade do proprietário de espaços protegidos entre a Área
de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL) de proteger o meio ambiente,
sempre” e Lei 6.902/81 (Área de Proteção Ambiental) – “Estabelece as diretrizes para a
criação das Estações Ecológicas e as Áreas de Proteção Ambiental (APA’s)”.
As Estações Ecológicas são áreas representativas de diferentes ecossistemas do Brasil
que precisam ter 90% do território intocadas e apenas 10% podem sofrer alterações para
fins acadêmicos. Já as APA’s, compreendem propriedades privadas que podem ser
regulamentadas pelo órgão público competente em relação às atividades econômicas
para proteger o meio ambiente.
Itu possui uma árvore que é símbolo da Mata Atlântica, é o Jequitibá Rosa, uma espécie
grande, mas difícil de ser recuperada se houver necessidade de reflorestamento.
Portanto, é importante preservar essa riqueza natural e seguir a Lei 11.428, que protege
vegetações nativas do Bioma Mata Atlântica.
O município de Itu, dada sua vocação e interesse em desenvolver o setor turístico
(Estância Turística criada pela Lei Estadual n° 2130 de 29/09/79), não deixaram de
analisar à proteção de seus mananciais, onde foram definidas normas na criação das
APAS municipais.
45
Analisando a mobilidade no município, tomou-se como base o Plano diretor de
Mobilidade Urbana e Turística do Município de Itu (decreto2937), e nota-se
muitas inconsistências entre as diretrizes a serem seguidas e o que realmente
está em vigor. Entretanto, considera-se que tais diretrizes entrarão em prática
através do PLANMOB de Itu, pois, nele há diversas propostas envolvendo o
atendimento de normas políticas do município, tendo como prazo de vigência do
plano 20 anos, nos quais de 4 em 4 anos ocorre a fase de implementação de
cada estratégia já avaliada.
Os estudos relacionados ao setor da saúde levam a constatar que Itu não conta
com um Plano Diretor da Saúde, porém, conforme o Plano Diretor (LEI
COMPLEMENTAR Nº770) quando fosse elaborado deveria contemplar aspectos
propostos na lei Nº770. Analisando a tabela abaixo é possível identificar quais
destes aspectos já entraram em vigor e quais ainda não entraram.
DO AUTOR
46
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