Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À INTRADERMOTERAPIA..................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
CAPITULO 3
CAPÍTULO 4
UNIDADE II
PREENCHIMENTO FACIAL...................................................................................................................... 59
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
UNIDADE III
TOXINA BOTULÍNICA.............................................................................................................................. 74
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
ANATOMIA.............................................................................................................................. 82
CAPÍTULO 4
UNIDADE IV
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2.......................................................................................................... 95
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2................................................ 95
CAPÍTULO 2
CARBOXITERAPIA E SUAS APLICAÇÕES.................................................................................. 103
CAPÍTULO 3
CARBOXITERAPIA NAS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS....................................................................... 109
UNIDADE V
MICROPUNTURAS............................................................................................................................... 130
CAPÍTULO 1
INTRODUZINDO O MICROAGULHAMENTO............................................................................. 130
CAPÍTULO 2
OS MECANISMOS DA MICROPUNTURA.................................................................................. 135
CAPÍTULO 3
APLICAÇÃO DA MICROPUNTURA........................................................................................... 145
UNIDADE VI
CRIOLIPÓLISE..................................................................................................................................... 151
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À CRIOLIPÓLISE............................................................................................... 151
CAPITULO 2
OS MECANISMOS DA CRIOLIPÓLISE...................................................................................... 155
CAPÍTULO 3
INDICAÇÕES DE CRIOLIÓLISE................................................................................................ 158
UNIDADE VII
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA....................................................................................................... 164
CAPÍTULO 1
ENTENDENDO A ENDERMOLOGIA......................................................................................... 164
CAPÍTULO 2
TÉCNICAS............................................................................................................................. 168
CAPÍTULO 3
TIPOS DE PROTOCOLO.......................................................................................................... 172
REFERÊNCIA................................................................................................................................... 176
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
7
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
8
Introdução
Esta sem dúvida é a apostila mais aguardada pelos alunos de Pós-graduação da
Farmácia Estética. A partir da Resolução que habilitou os profissionais farmacêuticos
a entrarem na área dos procedimentos injetáveis, esta apostila disponibilizará a
vocês alunos conhecimentos sobre áreas invasivas até então só estudada por médicos
e biomédicos. Veremos a seguir o poder dos injetáveis como forma de tratamento
estético, serão estudados os procedimentos mais utilizados na prática clínica, como por
exemplo: intradermoterapia ou mesoterapia, preenchimento facial, aplicação de toxina
botulínica, carboxiterapia, micropuntura e criolipólise. Sendo que estas também serão
estudas meticulosamente nesta apostila. Além disso, nesta apostila terá uma unidade
extra que abordará a endermologia.
A partir disso, o aluno poderá então ter conhecimento teórico e domínio sobre as
técnicas exigidas pelo conselho federal de Farmácia na área de estética, poderá saber
quais medicações e/ou tratamentos deverão ser usados para uma finalidade específica,
seja para rejuvenescimento, gordura localizada ou celulite e o porquê disso.
Objetivos
»» Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico
das técnicas de intradermoterapia, aplicação de toxina botulínica,
preenchimento facial, carboxiterapia, microagulhamento, criolipólise e
endermologia.
9
MESOTERAPIA
– INJETÁVEIS UNIDADE I
INTRADERMOTERAPIA
CAPÍTULO 1
Introdução à intradermoterapia
»» 1832: Esse mesmo pesquisador inventa a seringa e a agulha oca (LE COZ,
2012).
11
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» 1960: Prof. Bordet pede ao Dr. Pistor que ensine Mesoterapia aos
estudantes de Medicina Veterinária, isso vai até 1965, quando Bordet
toma a liderança do ensinamento para os alunos (LE COZ, 2012).
12
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
»» 1978: Pistor faz uma conferência nos EUA, em Nova York (LE COZ, 2012).
»» 1982: Falecimento do Dr. Lebel, sobre quem Pistor disse: “O homem que
mais ajudou a mesoterapia em seus momentos difíceis acaba de falecer.
Ele era meu mestre e meu amigo. Se a mesoterapia de hoje reúne nomes
que começam a ser conhecidos, um deles, particularmente insubstituível,
que está estritamente ligado ao início histórico da mesoterapia e que não
poderá jamais ser esquecido, é o nome de Mario Lebel” (LE COZ, 2012).
Isso porque Lebel teve três ideias e ações principais, as quais foram:
»» 1992 a 2002: Drs Pistor e Le Coz viajam juntos pelo mundo para difundir
a mesoterapia e ensiná-la aos médicos da América do Sul, Europa e África
(LE COZ, 2012).
13
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
É interessante ressaltar que antes da mesoterapia ser aceita como uma modalidade
de tratamento estético, a intradermoterapia era utilizada no tratamento de diversas
patologias, principalmente para dores e reumatismo (KALIL, 2006). Michel Pistor,
médico francês, em 1952 foi o primeiro a relatar a utilização da mesoterapia com injeções
de procaína próximas à orelha de pacientes com deficiência auditiva para melhorar a
audição, embora essa tenha sido restaurada por um curto período. Foi relatado melhora
nas articulações, zumbido e eczema na região tratada (ROTUNDA, KOLODNEY, 2006;
PISTOR, 1964).
14
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Desde então, a intradermoterapia vem se tornando cada vez mais popular no ramo
estético, principalmente por sua extensa finalidade, pois esta pode ser usada para
tratamento de rejuvenescimento facial, flacidez, hidrolipodistrofia, ginoide, alopecia,
redução de medidas e emagrecimento (DUNCAN, ROTUNDA, 2011; ROTUNDA, 2009).
15
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
que estas atingem a grande circulação de forma mais rápida quando comparada à via
intradérmica (LE COZ, 2012).
<http://www.vichy.pt/international/Lalaborat%C3%B3rios-Vichy/Camada-
granulosa-1cmp1204.aspx>. Acesso em: 25/8/2015
<http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n1/v86n1a13.pdf>
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000439406&fd
=y>. Acesso em: 28/8/2015
Dessa forma, é evidente que as injeções intradérmicas se difundem por via sanguínea.
Assim, concluiu-se que a difusão de um produto em intradermoterapia depende
da profundidade a que é injetado. Esta diferença pode ser ilustrada com curvas
de eliminação: o caminho intradérmica superficial teria uma curva de eliminação
monoexponencial, enquanto que o caminho intradérmica mais profunda iria ter uma
16
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Por muito tempo, a base de cada mistura foi a procaína. Atualmente, além da
procaína utilizamos hoje com muita frequência lidocaína ou soro fisiológico
como solvente de base. (LE COZ, 2012). Na hora da mistura das medicações na
mesoterapia é importante saber que estas precisam ser preparadas em uma
ordem precisa de pH para evitar flóculo.(LE COZ,2012)
17
CAPÍTULO 2
Medicamentos utilizados na
intradermoterapia
Medicações
Em 2012, saiu a Resolução no 4302 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) proibindo o uso de alguns extratos vegetais isolados ou associados com
outras substâncias, são eles:
1. Chá Verde.
2. Centella Asiática.
3. Ginkgo Biloba.
4. Melilotus.
5. Castanha da Índia.
6. Dente de Leão.
7. Sinetrol.
8. Ayslim.
9. Girassol.
1. Anestésicos/Paticolíticos.
3. Lipolíticos.
18
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
4. Eutróficos.
5. Outros.
Anestésicos/paticolíticos
Na grande maioria dos protocolos de intradermoterapia, os anestésicos,
preferencialmente utilizados para minimizar a dor do procedimento, são lidocaína
a 1% (para as condições agudas) ou procaína a 1% (para condições crônicas) sem
epinefrina. Na França, drogas como buflomedil (vasodilatador) e pentoxifilina também
são utilizadas, pois se acredita que podem aumentar a microcirculação no tecido local e
facilitar a eliminação de resíduos metabólicos. (ADELSON, 2005).
É um anestésico local de pH neutro (6,0-7,5) mais potente que a procaína com potência
de 60 a 75 minutos, apresenta um período de latência menor que a procaína sendo mais
estável entre todos os anestésicos conhecidos. É uma amida. Existem várias diluições
de lidocaína na mesoterapia, sendo a mais encontrada e utilizada a de 1%. Um estudo
sobre as reações secundárias com 2.839 pessoas que aplicaram injeções de mistura
contendo lidocaína não mostrou nenhum choque anafilático ou vagal (CAHIER, 1990).
19
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
facilita a ionização das moléculas de lidocaína, dificultando assim sua penetração nas
fibras nervosas (CAHIER,1990).
Apesar da sua grande utilização na prática clínica, a lidocaína pode apresentar alguns
efeitos adversos, tais como: reações locais de origem alérgica ou citotóxicas, dores,
edemas, neurite e dermatite e eczematoide.
Os vasoativos são muito usados na mesoterapia, e sua utilização parece ter efeito
importante. São fármacos responsáveis pelo efeito vasodilatador, permitem uma
melhor absorção e difusão dos outros fármacos (LE COZ, 2012).
Segundo Mrejen (1992), haveria uma terceira circulação no corpo humano, além da
sanguínea e a linfática. Existiria uma circulação que ocorreria entre o plasma e o líquido
intersticial, mais especificamente na substância fundamental amorfa da derme.
Minoxidil
20
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Medicamentos lipolíticos
São aqueles medicamentos que por meio de diferentes mecanismos de ação, possuem
a capacidade de quebrar a gordura localizada. Estimulando a lipólise e/ou inibindo a
lipogênese no nosso organismo (RIBEIRO, 2010).
Sabe-se que a quebra de gordura estocada nos adipócitos é regulada pelos receptores
α-2 e β-receptores, na superfície da célula adipocitária. A lipólise ocorre por hormônios,
incluindo estrógeno ou estimulantes químicos, incluindo a cafeína, por exemplo.
A atividade do β -receptor aumenta a lipólise. Já a atividade do receptor α-2 inibe o
21
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
22
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Sua ingestão pode contribuir para o aumento da perda de peso e para a manutenção
deste, por meio da oxidação da gordura e termogênese (DUNCAN, 2007). Seu efeito
estimulante sobre o sistema nervoso central se dá pelo aumento da concentração
plasmática de noradrenalina, assim estimula o processo lipolítico ao inibir a
fosfodiesterase, aumentar a meia-vida do AMPc e, consequentemente, a atividade da
proteína quinase A (PKA) e da lipase hormônio sensível (LSH) (CURI et al., 2003).
23
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
A teofilina, outra metilxantina, tem taxa de permeação cutânea inferior à cafeína, baixa
solubilidade em água e efeitos secundários marcantes, mas o ácido teofilino acético, um
derivado da teofilina, é hidrossolúvel e seguro para uso tópico (RIBEIRO, 2010).
Além disso, aumenta a termogênese e a oxidação das gorduras (maior metabolização dos
ácidos graxos). Geralmente utilizada nas hidrolipodistrofias, mas favorece claramente
os hematomas. É preferível, portanto, injetá-la em subcutânea com dose baixa, diluída
(MORI et al., 2009).
No entanto, pode ser visto este composto em aplicações intradérmicas (para gordura
localizada) e intramuscular (melhora o desempenho físico, pois ativa o metabolismo)
também (MORI et al., 2009).
Substâncias da família das xantinas como cafeína, aminofilina entre outras são
estimulantes lipolíticos, ou seja, aumentam os beta-receptores dos tecidos
adiposos promovendo a lipólise no local tratado (VELASCO et al., 2008;
MORIMOTO et al.,2001).
Pentoxifilina (pH-7,0)
Como já falado no tópico dos venotróficos, esta xantina apresenta efeito benéfico na
microcirculação por inibir a agregação plaquetária, melhorar a deformidade dos
eritrócitos diminuindo a viscosidade do sangue e por apresentar efeito vasodilatador
sobre os capilares (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Indicada para tratamentos com gordura localizada e celulite. As reações adversas que
podem apresentar são urticária e prurido no local da aplicação, mas regride ao término
do tratamento (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
24
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Aminofilina (pH-9,0)
Esta última xantina apresentada também tem ação lipolítica aumentando a produção
de AMPc e consequentemente quebrando os triglicérides em ácidos graxos e glicerol.
Inibe a produção de prostaglandinas e liberação de histamina e leucotrienos diminuindo
o processo inflamatório. Também é indicada para tratamento de celulite (GUIRRO;
GUIRRO, 2007).
É indicado para tratamento com gordura localizada, nas mulheres: quadril e coxa;
homens: região lateral do tronco (RASCOVSKI, 2000). Não deve exceder dose máxima
de 10 mg/mL por sessão (RASCOVSKI, 2000).
As reações locais podem ser ardor no momento da aplicação e por ter uma ação
vasodilatadora podem ocorrer hematomas. É contraindicado para pacientes
com hipersensibilidade à ioimbina, hipertensão ou problemas cardíacos. Essa
medicação apresenta complicações na maioria dos pacientes, muitos relatam
sentir reações como calafrios e náuseas por 3 horas após a aplicação, geralmente
recomenda-se ao paciente não se alimentar por 2 horas antes de aplicar este
composto (RASCOVSKI, 2000).
25
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Responsável por transportar os ácidos graxos livres do citosol para as mitocôndrias para
assim serem oxidados. Além disso, pode ser usado via intradérmica e intramuscular. As
reações causadas podem ser ardor no local da aplicação (KEDE; SABATOVICH, 2009;
RIBEIRO, 2010).
Mesoglicano (pH-7,0)
O desoxicolato de sódio é um sal biliar solúvel em água que promove a lise celular,
levando à redução do tecido adiposo subcutâneo (ROTUNDA et al., 2004), além
disso, também tem sido mostrado na redução de lipomas (ROTUNDA et al., 2005).
No intestino, ele é capaz de emulsificar a gordura proveniente da alimentação, sendo
também um produto metabólico de bactérias intestinas (JAYASINGHE et al., 2013).
Brown em 2006 discutiu o possível papel do desoxicolato de sódio no tecido adiposo.
Ele sugeriu que este composto dentro do tecido subcutâneo poderia desempenhar
quatro diferentes formas, a micela, vesículas e/ou monômeros e cristais. Deste modo,
o desoxicolato de sódio em forma de vesículas e/ou monômeros leva à necrose celular,
quando na forma de micela, poderia resultar na mobilização da saída da gordura
dos adipócitos, e por fim, na forma de cristal poderia ser prejudicial às células, isso
dependeria da sua concentração (BROWN, 2006). Matarasso (2009) relata que a
associação de desoxicolato de sódio com vasodilatadores resulta em uma rápida
absorção do desoxicolato de sódio para dentro da célula.
26
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Sua aplicação deve ser subcutânea. Se aplicado via intraderme causa necrose, 5% dos
pacientes têm chances de formação de nódulos doloridos, sua duração persiste de
7-15 dias. As reações comuns da aplicação deste composto são vermelhidão, prurido,
inchaço (até 5 dias), leve incômodo no local, este incômodo é persistente durante todo
o tratamento (BROWN, 2006).
Figura 1. Após duas sessões de intradermoterapia com o protocolo desoxicolato de sódio, L-carnitina, buflomedil,
Figura 2: Complicações com desoxicolato de sódio após má conduta na aplicação – Necrose tecidual.
27
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Fonte: <http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/08/mulheres-feridas-ao-eliminar-gordura-em-clinica-ficam-sem-
medicamento.html>acesso 14/09/15
Eutróficos
São responsáveis por melhorar o tecido conjuntivo, desse modo, agem estimulando as
produções de fibras colágenas, reorganizam as já existentes e contribuem também para
a formação da matriz extracelular deste tecido (LE COZ, 2012).
Fatores de crescimento
28
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
»» Redução da inflamação.
29
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Aplicação ponto a ponto ou retroinjeção uma vez por semana durante seis semanas a
depender da avaliação/anamnese.
30
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Glucosaminoglicanos (GAG)
Gel amorfo constituído por condroitin sulfato, queratan sulfato, heparan sulfato e
dermatan sulfato. Apresenta forte agregação às proteínas de ligação, é uma estrutura
organizada e estimula a síntese de matriz extracelular, promove efeito esponja na derme
(CHORILLI et al, 2007).
Essa associação XADN é indicada para flacidez por melhorar a hidratação da pele, o
uso intradérmico, e em estrias devido à ação anti-inflamatória do condoritin, melhora
a cicatrização, uso por retroinjeção. É contraindicado para pessoas que têm alergia aos
componentes da fórmula (HERREROS, 2011).
31
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Colágeno (1%)
Quando aplicado por via injetável exerce o eritema de preenchimento em locais no qual
as fibras de colágeno e elastina estão danificadas como em estrias, sulcos e regiões que
apresentam flacidez (MACIEL; OLIVEIRA, 2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
DMAE (3%)
Deve ser injetado uma vez por semana ponto a ponto, em todo o rosto, mesmo ao redor
dos olhos e pálpebras superiores e inferiores e pescoço. O efeito lifting dura em torno
de 3-4horas, no entanto, há efeito acumulativo com o uso (PERRICONE, 2001).
Elastina (1%)
A elastina é uma das proteínas que formam as fibras do organismo. Sendo indicada
para flacidez corporal e facial e estrias, apresenta grande poder hidratante e nutritivo
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
32
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Não deve ser aplicado em pessoas que apresentam alergia aos componentes da fórmula
e aos salicilatos e seus derivados (KEDE; SABATOVICH, 2009). DMAE está citado nos
artigos científicos para uso tópico na sua forma base (líquida).
33
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Por sua ação na biossíntese do colágeno e por seu efeito redutor de radicais livres,
a possibilidade de liberar doses farmacológicas de ácido L-ascórbico via percutânea
apresenta-se como uma interessante e importante terapêutica (PERRICONE, 2001).
Benefício:
34
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Hialuronidase (pH-5,5)
É uma enzima proteolítica. Este produto parece poder ser degradado pela
aplicação de antisséptico alcoólico. Concedeu-se a ele uma responsabilidade de
“descompartimentação” na celulite. Atribui-se a esse produto propriedades de
estimulação dos fibroblastos. No entanto, ele pode causar reações locais intensas
imediatas ou retardadas. É capaz de mudar a permeabilidade do tecido conjuntivo,
diminuir edema, seu uso pode ser intradérmico para celulite ou subcutâneo para
gordura localizada (CHORILLI et al, 2007).
As reações que podem vir a causar são processos alérgicos (eritema, prurido,
vermelhidão) até depois da 4a aplicação.
A aplicação deve ser feita intralesional numa concentração de 200UTR por local
onde foi feito o preenchimento irregular.
200UTR = 0,7mL
Ácido tranexâmico
Age nos compostos que atuam na diferenciação dos melanócitos inibindo-os e assim
evitando a formação de mais células produtoras de melanina.
Ácido kójico
35
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Tripeptídeo – 41
36
CAPITULO 3
Protocolos e técnicas de aplicação de
intradermoterapia
Despigmentante
Aplicação intradérmica por toda a extensão da mancha a ser tratada, adicionar 0,1mL
por ponto durante 12 semanas, sendo realizada 1x/semana.
»» Lidocaína 8mg.
»» Elastina 1% 2 mL.
»» Lidocaína 1% 2mL.
»» DMAE 3%/2mL.
37
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Glucosamina 20%/4mL.
Flacidez corporal
»» DMAE 3%/2mL.
Flacidez facial I
»» DMAE 3%/2mL.
»» Lidocaína 1%/2mL.
Flacidez facial II
»» DMAE 2,5%.
»» Lidocaína 1%.
Rejuvenescimento facial I
»» DMAE 7%.
»» Lidocaína 2%.
38
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Rejuvenescimento facial II
»» IGF.
»» TGP2.
»» EGF.
»» Ácido Mandélico.
»» Ácido Kójico.
»» GAG.
Estria vermelha
»» IGF.
»» Vit. C 20%.
»» Glicerinol.
»» Lidocaína 1%.
Estria branca
Mescla I
»» IGF.
»» Vit. C.
Mescla II
39
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Buflomedil 1%.
»» Silicium P 3%.
»» Lidocaína 1%.
Flacidez corporal
Mescla I
»» Colágeno 2%.
»» IGF.
»» TGF.
Mescla II
»» DMAE 2,5%.
»» Polidocanol 0,5%.
»» Lidocaína 1%.
»» GAG 17,2%.
Celulite
»» Cafeína 50 mg/2mL.
»» Mesoglicana.
»» Lidocaína 2%.
40
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Celulite grau II
»» Loimbina 0,5%.
»» Buflomedil 1%.
»» Crisina 100mcg.
»» L-carnitina 30%.
»» Lidocaína 10%.
»» Desoxicolato 122mg.
»» Pentoxifilina 2%.
»» Crisina 100mcg.
»» Lidocaína 1%.
Mescla I
»» Cafeína 100mg/2mL.
»» Bbuflomedil 10mg/2mL.
»» Lidocaína 1%.
Mescla II
»» Cafeína 10mg/2mL.
»» Lidocaína 1%.
41
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Aminofilina 40mg/2mL.
Intramuscular – emagrecimento
»» Aminofilina 20mg.
»» Furosemida 5mg.
»» Lidocaína 40 mg.
»» Inositol 100mg.
Emagrecimento grau I
Mescla I
»» L-ornitina 150mg.
»» L-fenilalanina 50mg.
»» Lidocaína 10 mg.
Mescla II
»» L-cornitina 600mg.
»» L-ornitina 150mg.
»» L-fenialanina 2,5%.
»» Lidocaína 2%.
42
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Mescla III
»» Lidocaína 1% 2mL.
As técnicas manuais de aplicação são realizadas por via parenteral, sendo as mais
utilizadas na intradermoterapia ou mesoterapia a intradérmica, subcutânea e
intramuscular, lembrando que a aplicação intramuscular não é considerada uma
técnica mesoterápica, uma vez que Pistor relata que a técnica consiste em injeções
intradérmicas ou subcutâneas de um fármaco ou de uma mistura de vários produtos
denominado, melánge ou mesclas.
Outras técnicas conhecidas e utilizadas na aplicação são as técnicas, ponto por ponto,
descrita pela primeira vez por Pistor, a qual envolve a aplicação da mescla no volume
de 0,02 a 0,05mL perpendicular a pele (4 mm de profundidade) com uma distância de
1 a 2 cm entre os pontos. Sendo injeções com pouco volume sempre perpendicular à
pele em uma profundidade precisa na derme profunda, distanciando em torno de 1 a 2
cm, como relatado acima, esta técnica é usada principalmente para redução da gordura
localizada (ADELSON, 2005).
43
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 3. Ângulos de inserção da agulha segundo a via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) e
intradérmica (ID).
IM – INTRAMUSCULAR
SC – SUBCUTÂNEA
IV – INTRAVENOSA
ID – INTRADÉRMICA
FONTE:<http://dlb-network.com/photographyomn/intramuscular-injection-technique> acesso: 17/9/2015
44
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Intraepidérmica
Além das tradicionais agulhas e seringas para o tratamento, também podem ser utilizadas
sofisticadas pistolas de mesoterapia. Essas pistolas possuem injetores eletrônicos
de múltiplos pontos que permitem a quantificação do volume e da profundidade da
aplicação. A desvantagem no uso da pistola está na dificuldade de esterilização de todo
o conjunto, uma vez que somente a agulha é descartável (HERREROS et al., 2011;
ROHRICH et al., 2005).
»» Músculo plastima.
45
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Músculo prócero.
»» Zona da testa.
Intradérmica
46
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Fonte:<http://enfermagemcontinuada.blogspot.com.br/2011/02/medicacao-via-intradermica.html> acesso:14/9/2015 -
<http://slideplayer.com.br/slide/350077/> acesso:16/9/2015
Hipodérmica – subcutânea
Absorção é lenta, através dos capilares ocorre de forma contínua e segura. As regiões de
aplicação podem ser, por exemplo: braço (apresenta velocidade média de absorção da
medicação), abdome e flancos (velocidade rápida), perna e subglúteo (velocidade lenta).
O local da aplicação deve ser revezado quando for aplicado por período indeterminado
(LE COZ, 2012).
»» Infecções inespecíficas.
»» Lesão de nervos.
47
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Intramuscular - IM
»» DELTOIDE – de 2 a 3 mL.
»» GLÚTEO – de 4 a 5 mL.
48
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
glútea.
49
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 8. Ilustração da área proposta para a injeção intramuscular na região ântero-lateral da coxa, utilizando-se
a metade distal do quadrilátero (área hachurada) como local de escolha para a aplicação desta injeção (IM).
50
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Figura 9. Ilustração da área preconizada pela literatura para realização da injeção IM na região ântero-lateral da
coxa.
Lembre-se que é estéril, descartável, em plástico é utilizada uma para cada paciente em
cada sessão. Todos os tipos de seringa podem ser usados com um tipo de aparelhagem
específico para o seu tamanho. Seu tamanho varia, por exemplo (LE LOZ, 2012):
51
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Cada agulha ou perfurocortante deve ser descartado em um recipiente sólido feito para
este fim ou em um incinerador (LE COZ, 2012).
II. Para gordura localizada usa-se a de 30G ½ 13mm (aplicação SC) (amarela).
Figura 10. Ilustração das agulhas usadas na intradermoterapia e seus respectivos tamanhos.
Produtos
As ampolas devem ser abertas no último momento, pois alguns produtos são degradáveis
pela luz. É imprudente até mesmo perigoso, preparar misturas com antecedência.
Além disso, é proibido pela ANVISA. Desse modo, opte por comprar kits de ampolas
separadas e não mesclas já prontas (LE COZ, 2012).
52
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Se caso assim não fizer, a mistura pode turvar, e o composto não fará efeito podendo
gerar efeito colateral na maioria das vezes (LE COZ, 2012; ADELSON, 2005).
Aplicação
Não injetar uma quantidade muito grande por ponto, pois isso pode provocar dor e
nódulos que demoram a desaparecer. Uma quantidade excessiva do produto pode
provocar adenopatias.
Técnicas
Em determinados casos a injeção pode causar dor ao paciente, isso pode estar
relacionado aos seguintes fatores:
É interessante sempre ficar observando seu paciente para perceber a feição dele, caso
este demonstre sentir dor é indicado mudar o movimento.
Além disso, não se deve repetir as sessões de maneira muito aproximada. Isso é inútil (o
efeito benéfico da sessão precedente é diminuído) e, às vezes, perigoso (multiplicação
dos hematomas). Não se deve aplicar em cima de hematoma (LE COZ, 2012).
53
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Fonte: <http://www.plasticsurgerypulsenews.com/4/article_dtl.php?QnCategoryID=34&QnArticleID=82&QnCurPage=2>
acesso: 17/9/2015
54
CAPÍTULO 4
Classificação de gordura localizada
Hiperlipodistrofia
Contudo, é interessante frisar que as mulheres que estão no período de mudanças como
a menopausa ou que já passaram, tendem a apresentar taxas hormonais baixas, o que
interfere no acúmulo, metabolismo e consequentemente disposição da gordura corporal,
que muitas vezes torna-se uma gordura de aspecto androide e não mais ginoide.
55
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 13. Desenho mostrando as regiões que acometem maior quantidade de gordura localizada na mulher
»» genéticos/ hormonais;
»» qualidade de vida.
»» Medidas de circunferência.
IMC CLASSIFICAÇÕES
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Tabela 1. Valores de comprimento de circunferência abdominal considerados como risco para doenças
associadas à obesidade.
57
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
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PREENCHIMENTO UNIDADE II
FACIAL
CAPÍTULO 1
Introdução ao preenchimento facial
História
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UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Anatomia e indicação
Para que possamos entender a indicação e técnica de aplicação de um preenchimento é
essencial enterdermos primeiramente a anatomia da face. Para isso, precisamos saber
os principais músculos e regiões onde serão e poderão ser aplicados o preenchedor
pelo profissional esteta. Lembrando que este é um curso de especialização modo
básico, devido a isso vamos ensinar na teoria o preenchimento do terço inferior,
apenas, pois essa região é mais indicada para aprendizagem da manipulação dos
preenchedores. Além disso, essa regição supracitada é a mais comumente relatada
em cursos de pós-graduação.
SOBOTTA, Johannes et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3 v.
60
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
»» Comissuras orais.
»» Cicatrizes de acne.
»» Aumento de Mento.
»» Linhas glabelares.
61
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Figura 16. Foto ilustrativa das regiões de aplicação de preenchimento com ácido hialurônico, nível básico e
Envelhecimento
Para se usar de maneira apropriada o ácido hialurônico e para maximizar o seu efeito
cosmético e ao mesmo tempo minimizar o risco de complicações, o farmacêutico(a)
esteta deve ter um entendimento amplo da estética da face e das mudanças que ocorrem
com o envelhecimento.
62
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
»» Região inferior da face com formato quadrado com uma razão mais
equilibrada entre as partes superior e inferior.
Contudo, a estética se realiza pela harmonia e o equilíbrio da face que existe em toda
grande forma, tamanho e configurações das partes individuais, desse modo devemos
considerar e entender essas mudanças que a face sofre com o passar do tempo.
63
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
64
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
»» Rugas estáticas.
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CAPÍTULO 2
Técnicas de aplicação de
preenchedores
Tipos de preenchedores
Existe uma vasta quantidade e marcas de substâncias denominadas preenchedores
hoje no mercado. Como substâncias biodegradáveis e não permanentes ou também
não biodegradáveis e permanentes. Os preenchedores mais tradicionais são os
biodegradáveis , ou seja, aqueles que podem ser absorvidos e excretados pelo organismo
em um determinado tempo, geralmente curto. Sabe-se que por mais que estas
substâncias apresentem reações de hipersensibilidade, elas têm segurança comprovada
(GLADSTONE; CARRUTHERS, 2005).
Ácido hialurônico
O ácido hialurônico aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em 2003
representa um grande avanço na história dos preenchedores. Isso porque esta substância
é gerada por fermentação bacteriana e também de crista de galos, não existindo a
necessidade de testes alérgicos. Este é um preenchedor versátil e parece ter efeito mais
prolongado que o próprio colágeno.
no fluído sinovial, nos humores aquoso e vítreo do olho e em outros tecidos. Sua
estrutura química é uniforme por toda a natureza, e portanto não tem potencial para
imunogenicidade na sua fomra pura. Na pele, o AH forma a matrix fluída elastoviscosa
na qual fibras de colágeno, fibras elásticas e outras estruturas intercelulares estão
embebidas. Sintetizado nas membranas celulares e então secretado no espaço
extracelular, o AH é o maior (50kDa) e é o glicosaminoglicano (GAG) mais abundante
na matriz extracelular da derme. Ele se difere dos demais GAG, pois ele não é sulfatado
ou ligado a uma proteína central (BOWMMAN; NARINS, 2005).
Já os géis de AH, conhecidos como hilanos, são géis químicos conectados por ligações
covalentes, como também hidrogéis, pois são inchados com 95% do seu peso por
água, sendo lentamente absorvidos no tecido com o passar dos meses (BOWMMAN;
NARINS, 2005).
67
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Como observado, mais de um tipo de restylane pode ser usado no mesmo local, isso irá
depender do grau de profundidade da ruga, sulco ou prega como apresentado na figura
17 abaixo, podendo ser usado com os preenchedores em conjunto ou separadamente.
Figura 17. Camada superficial da pele que demonstra a linha, ruga e sulco/prega da face.
68
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
Técnica
Para correta aplicação do ácido hialurônico no paciente, alguns protocolos precisam
ser adotados pelo profissional para garantir que o procedimento seja realizado com
segurança. Desta maneira, os resultados obtidos serão altamente relevantes. A seguir
está listado um protocolo básico de aplicação do produto.
1. Após remover maquiagem, a área deve ser limpa com clorexidina 0,5%.
Se você preferir deixar seu paciente deitado em uma maca, é útil demarcar
as linhas de expressão antes de deitá-lo com um lápis de maquiagem,
por exemplo, pois ao deitar as linhas podem sumir. No entanto, antes de
aplicar o preenchedor deve-se remover a marca do lápis.
Figura 18. Agulha indicada para aplicação do ácido hialurônico: 30G (mesma usada na intradermoterapia).
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UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
A técnica das punturas seriadas é a mais fácil tecnicamente (pois a ponta da agulha não
se move durante a injeção) e é a preferida dos iniciantes. Para esta técnica a agulha entra
na pele até a profundidade desejada, deposita uma pequena quantidade do produto
e é retirada. Injeções individuais deste tipo funcionam bem para cicatrizes de acne,
enquanto as sucessivas podem diminuir rugas.
Para você saber se está na derme média, quando for aplicar um preenchedor
próprio para essa área, é só observar se o contorno da seringa fica visível, quando
você injeta, mas não a sua cor.
Guie o seu tratamento, sabendo que para materiais (ácido hialurônico) mais
finos deve se atentar a parâmetros visuais e para materiais mais espessos deve
se atentar a parâmetros táteis. A resistência deve ser sentida na derme profunda.
As técnicas em leque e com aplicação cruzada são apenas variações da técnica retrógrada,
geralmente ela é usada quando se preenche com maior quantidade de material e em
maior profundidade. Caso ocorra erro ao injetar o material no plano profundo, as
rugas não são corrigidas, mas o erro é visível. Já quando o erro ocorre na superfície
do tecido os defeitos são passíveis de correção, no entanto a superfície pode ficar com
irregularidades.
70
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
71
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Não há uma sequência na técnica de aplicação de ácido hialurônico labial, vai depender
da preferência pessoal, no entanto muitos profissionais começam pelo canto direito do
lábio inferior.
»» Expectativas realísticas?
O paciente que for fazer o preenchimento facial não deve tomar aspirina por pelo
menos 8 dias, vitamina E, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) por pelo menos
5 dias antes do tratamento. Suspender os fitoterápicos à base de cumarina e Gingko
biloba. Já a aplicação de Arnica montana, no local da aplicação no pré-procedimento,
parece reduzir o surgimento de equimoses, por mais que ainda não tenham evidências
científicas. Além disso, fotos do pré-procedimento e do pós de ângulos frontal, oblíquo
e perfil são extremamente importantes para a satisfação do paciente.
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PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
73
TOXINA BOTULÍNICA UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Introdução à toxina botulínica
Introdução e história
O uso da neurotoxina botulínica tipo A foi originado em 1970 como uma alternativa
não cirúrgica, primeiramente usada para o tratamento do estrabismo. A partir daí, a
lista de utilizações médicas para essa toxina em questão foi crescendo rapidamente.
74
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Como técnica estética ela foi averiguada após o tratamento de blefaroespasmo, onde se
observou pela primeira vez a diminuição das rugas (BERRY, STANEK; 2012).
A história da neurotoxina botulínica tipo A começou entre 1817 a 1822 com o alemão
Justinus Kerner, que denominou a toxina como “sausage poison”, por observar a
presença dessa toxina em salsichas, enlatados e produtos com carnes mal preparadas.
Meio século depois, seu compatriota Muller Latinised denominou a doença como
botulismo proveniente de “botulus” = salsicha. No entanto, a bactéria causadora dessa
doença, Clostridium botulinum, só foi cultivada pela primeira vez em 1897 por Van
Ermengen (ERBGUTH, 2004; VAN ERMENGEN, 1897). E Em 1949 foi descoberto o
mecanismo de ação mais conhecido atualmente na área da estética, proveniente dessa
toxina, o bloqueio neuromuscular (BURGEN; DICKENS; ZATMAN, 1949).
Taxonomia e fisiologia
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UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
A neurotoxina é formada por duas cadeias, uma leve que possui 50 KDa (kilo daltons)
e uma pesada constituída por 100 KDa, elas são unidas por uma ponte de dissulfeto.
Quando a toxina botulínica encontra-se na forma ativa (150 KDa) ela é envolvida por
um complexo proteico constituído por hemaglutininas e não hemaglutininas (proteínas
não tóxicas). Essas proteínas protegem a neurotoxina do ataque do suco gástrico
quando a toxina encontra-se em algum alimento contaminado ocasionando, portanto,
o botulismo. (PECORA; FILHO, 2012).
76
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
A ligação entre a toxina e o neurônio alvo ocorre por meio de uma ligação altamente
específica entre a cadeia pesada e os receptores que ficam expostos na superfície do
neurônio durante a liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica (PEROCA;
FILHO, 2012). É interessante ressaltar que o receptor da toxina botulínica varia
dependendo do sorotipo injetado, quando injetado o sorotipo A o receptor é a proteína
SV2, quando injetado o B, o receptor é a sinaptotagmina.
É interessante ressaltar que a toxina botulínica está relacionada não somente à paralisia
muscular como também à inibição reflexa espinal, promovendo ainda o bloqueio
de fibras autonômicas para músculos lisos e glândulas exócrinas, bem como efeito
analgésico por bloqueio da substância P, do glutamato e do peptídeo relacionado ao
gene da calcitonina (MAIO, 2011).
Além disso, a toxina apresenta efeitos indiretos sobre o SNC por não ultrapassar
a barreira hematoencefálica, que são: inibição reflexa, reversão das alterações da
inibição recíproca, da inibição intracortical e de potenciais evocados somatossensoriais
(MAIO, 2011).
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CAPÍTULO 2
Tipos de toxina botulínica
1. Massa molar.
3. Altas doses.
De acordo com os princípios de Fick, quanto menor a massa molecular maior será o
raio de difusão de uma substância. Com isso, complexos de neurotoxinas com peso
molecular baixo possuem maior raio de difusão quando comparados a complexos que
possuem um peso molecular elevado (BEYLOT, 2009). Entretanto, esse conceito não
é compartilhado por todos os pesquisadores, uma vez que outros cientistas abordam
que se houver diferença na difusão será por conta da dose e volume inapropriados
(PICKETT; DODD; RZANY, 2008; PICKETT, 2009; WOHLFARTH, 2008).
78
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Basicamente qualquer princípio proteico não humano pode agir com antígeno,
provocando a criação de anticorpos. Outro fator que deve ser levado em conta quando
estamos analisado a antigenicidade da toxina é a quantidade de neurotoxina inativa
presente no frasco, porque apesar de não apresentar efeito terapêutico, ela possui a
capacidade de induzir a criação de anticorpos neutralizantes. Além disso, aplicações
frequentes com curtos intervalos entre uma sessão e outra (Exemplo: 1 mês), com
dosagens superiores a 200 U (unidades) e injeções intravenosas acidentais também
ocasionam a formação de anticorpos neutralizantes (DRESSLER; HALLETT, 2006).
Toxina de qualquer marca deve sempre ser reconstituída em uma solução de cloreto
de sódio (NaCL) a 0,9% sem preservativo (soro fisiológico - SF 0,9%) estéril. Algumas
marcas são mais sensíveis a fortes diluições e ao turbilhonamento do frasco, pois pode
provocar à fixação de toxina ativa no frasco, ocasionando perda da sua potência (FILHO;
PECORA, 2012).
79
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Para outros tipos de aplicações, como ocorre no caso dos tratamentos de hiperidrose
ou neuralgia pós-herpética, é indicado realizar uma reconstituição em 2mL de SF 0,9%,
porque neste tipo de tratamento é preconizado que a toxina atinja uma maior dispersão
(FILHO; PECORA, 2012).
A primeira toxina botulínica a ter aprovação para uso tanto terapêutico como estético
foi o Botox®, em 1989, logo após as outras toxinas que vieram a ser aprovadas buscaram
a liberação por meio de estudos científicos que as comparassem com o Botox®,
demonstrando uma baixa prevalência de eventos adversos e equivalência nos resultados
clínicos. Sendo assim, seguem na tabela abaixo as comparações entre as marcas de
toxinas botulínicas disponibilizadas atualmente no Brasil.
80
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
81
CAPÍTULO 3
Anatomia
Tipos de indivíduos
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TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Muitos indivíduos podem apresentar padrões musculares variados na face, podendo ser
um grupo muscular hipercinético e outro cinético, desse modo, cada região necessitará
de um tratamento específico (MAIO, 2011).
Músculo levantador:
»» Músculo frontal.
Músculos abaixadores:
»» Músculo corrugador.
»» Músculo prócero.
O músculo frontal origina-se na gálea óssea frontal, e se insere nas fibras do prócero,
corrugador e orbicular do olho. O modo de contração desse músculo varia entre as
pessoas, existem os que contraem de forma igual e outros que contraem de forma
desigual. Lembrando que nos pacientes calvos a contração da musculatura é perceptível,
desse modo, deve-se aplicar na área sem o cabelo (FAGIEN, 1999).
Os pontos devem ser marcados ao longo das linhas transversais da fronte. Em geral
utiliza-se pontos de 1 a 3 unidades adicionadas a intervalos de 1,5 cm através do meio
da testa, a um mínimo de 2 cm acima da parte superior das sobrancelhas. Já pacientes
que apresentam ptose de sobrancelhas ou ptose da pálpebra superior, aplicar 3 cm
acima, mas às vezes a melhor opção é não tratar o músculo frontal (CARRUTHERS;
CARRUTHERS, 2001);
83
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
»» Ausência de expressão.
O tratamento da aplicação de toxina botulínica na região frontal faz total diferença para
o rejuvenescimento e para a prevenção do envelhecimento precoce tanto em homens
quanto em mulheres, no entanto este deve vir sempre acompanhado ao tratamento da
aplicação na região glabelar, o que permite um resultado mais natural e suave na face
(MESKI, 2012). Depois de aplicada a toxina botulínica, em até 15 dias podemos esperar
os resultados que podem ser obtidos pela sua ação. Desse modo, deve-se tomar cuidado
com a reaplicação de toxina antes do tempo na região tratada.
A aplicação deve ser feita 1 cm acima da margem óssea supraorbital, para se evitar
complicações. Já no prócero, aplica-se de 2 a 8 U em um único ponto central, em uma
linha média, abaixo da linha da junção dos supercílios (MESKI, 2012).
84
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
É importante saber diferenciar as rugas das linhas que formam no sorriso pela contração
dos músculos zigmáticos que elevam a região malar. Isso porque o excesso de toxina
neste local pode indicar um efeito artificial e, em homens pode causar aspecto feminino
(WIEDER; MOY, 1998).
Envelhecimento e mímica
A musculatura da face deve ser analisada com um conjunto de forças vetoriais que
atuam de forma sinérgica e antagônica. Desse modo, deve-se ter cuidado, por exemplo,
com a cauda do supercílio que poderá ser cada vez mais elevada quanto mais fraca
for a força de ação da porção temporal depressora do músculo orbicular do olho ou
quanto mais fortes forem as fibras laterais do músculo frontal. Contudo, essa força
de ação resultante pode ser modificada com o tempo, no processo de envelhecimento
(MAIO, 2011).
85
CAPÍTULO 4
Resultados de aplicação da toxina
botulínica
Técnicas de aplicações
Fronte
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TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Padrão total
É o mais frequente, apresenta rugas (rítides) horizontais por toda a região frontal
sendo que avançam lateralmente além das linhas mediopupilares até o final da cauda
das dos supercílios. Sugere-se ponto de aplicação ao longo de toda a musculatura,
com doses maiores na região central e menores na região lateral (Figura 21) (BRAZ;
SAKUMA, 2010).
Figura 21. Padrão total de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal>
acesso em:21/11/2015
Padrão medial
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UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Figura 22. Padrão medial de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal>
acesso em: 21/11/2015
Padrão lateral
Figura 23. Padrão lateral de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal>
acesso em: 21/11/2015
Glabela
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TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
O paciente deve fazer a contração do orbicular dos olhos, sorrindo por exemplo. Estas
rugas são estáticas e dinâmicas localizando-se na parte lateral da pálpebra inferior. São
injetados superficialmente. A injeção na pálpebra inferior deve ser feita com cautela para
evitar resultados indesejáveis, como ressecamento ocular, lagoftalmo (incapacidade
total ou parcial da pálpebra fechar) e aparecimento de bolsas palpebrais. As complicações
podem ser: equimoses e hematomas (MAIO, 2011; AVRAM et al.,2008).
89
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Fonte: <http://www.portaldepaulinia.com.br/saude/beleza/26633-veja-a-tecnica-que-elimina-as-rugas-ao-redor-dos-olhos.
html> acesso em: 21/11/2015
Avaliação clínica
A avaliação clínica é primordial para o sucesso do tratamento, desse modo o exame
da função da musculatura facial é feito pela observação do paciente em repouso, com
verificação do tônus muscular, da simetria, de contrações e espasmos musculares e
das linhas e expressão facial, incluindo sulco nasogeniano. A função motora também é
testada. Deve solicitar ao paciente que eleve os supercílios, feche os olhos firmemente,
mostre os dentes, contraia os lábios entre outras expressões/mímicas (MAIO, 2011).
90
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Contraindicações
Além disso, o profissional deve ter cuidado com pacientes dismórficos, pois esses são
excessivamente preocupados com defeitos reais ou imaginários. Desse modo, cabe
ao profissional que irá realizar a aplicação esclarecer todos os possíveis resultados do
procedimento, ainda mais quando sabe que o mesmo não será atingido (MAIO, 2011).
Até o presente momento não foram publicados dados confiáveis sobre efeitos
teratogênicos da toxina botulínica em humanos, mesmo assim devemos evitar
tratamentos com mulheres grávidas, lactantes ou pacientes em tratamentos oncológicos
(MAIO, 2011; AVRAM et al., 2008).
Equimoses
Os lugares mais comuns de ocorrer são na região frontal e na região periobicular. Para
evitarmos esse evento logo após a aplicação pode-se colocar uma compressa gelada
no local fazendo pressão. Além disso, o paciente pode ser orientado a suspender o uso
de anti-inflamatório não hormonal, alfa-tocoferol e Ginkgo biloba 10 dias antes da
aplicação (FILHO; PECORA, 2012).
Cefaleia
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UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Muscular
Ptose palpebral
Pode ocorrer dispersão da toxina botulínica por meio forame orbital, com acometimento
do músculo levantador da pálpebra superior, levando ao aparecimento de ptose
palpebral entre 2 a 10 dias. Para evitar essa complicação deve-se respeitar a distância
de 1 cm da margem óssea orbital superior, assim como evitar a injeção muito baixa na
lateral do nariz, com dispersão da toxina através do septo orbital e acometimento do
músculo levantados da pálpebra superior. Esse evento geralmente desaparece por volta
de 1 mês. O que pode melhorar e antecipar o estímulo da musculatura é carboxiterapia,
eletroestimulação no local da ptose. Colírio de Tartarato de Brimonidina 0,2%, e
agonista alfa-adrenérgico, que estimula o músculo Müller também ajuda (1 gota no
olho acometido a cada 8 horas) (FILHO; PECORA, 2012).
Figura 28. Ptose palpebral à esquerda após aplicação de toxina botulínica A para tratamento de espasmo
hemifacial.
Ptose de sobrancelha
Ocorre geralmente com altas doses nos pontos da região frontal. Nessa região a
aplicação da toxina botulínica deve ser de 2,5 cm acima da sobrancelha, mantendo
sempre alguma atividade do músculo frontal diminuindo o aspecto de congelamento,
lembrando que os pontos devem ser sempre entre as linhas hemipupilares (FILHO;
PECORA, 2012).
92
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Sinal Mefisto
Figura 29. Sinal Mefisto, sobrancelha arqueada com aspecto demoníaco. Excesso de ponto na linha
mediopupilar.
Bunny Lines
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UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Diplopia
94
INFUSÃO UNIDADE IV
CONTROLADA DE CO2
CAPÍTULO 1
Introdução e história da infusão
controlada de CO2
A produção industrial do gás carbônico permitiu sua utilização fora das estâncias
termais, abrindo uma nova perspectiva para a terapêutica com o CO2. No século XX
essa forma de obtenção criou um período na evolução terapêutica com o CO2 chamado
de “Período Terapêutico Recreativo Estético” (BRANDI, 2001).
95
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Após a descoberta dos efeitos do dióxido de carbono e das suas utilizações na medicina,
os métodos foram se desenvolvendo. Nos dias atuais, graças a equipamentos capazes de
controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento em vários tipos
de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por exemplo, no tratamento
de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada, flacidez cutânea, rugas, olheiras,
feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros (MARSILI, 2006).
Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado não só na
França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de outros continentes,
como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez anos, e hoje é a mais realizada
nos tratamentos de F.E.G e adiposidade localizada (FRASCA, 2002; MARSILI, 2006).
O CO2 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece riscos ao
paciente. Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos de
embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimas (BRANDI, 2001).
CO2 é 20 vezes mais difundido que o O2, portanto o aumento de volume que ocorre após a
aplicação é rapidamente absorvido e eliminado, ficando somente o efeito vasodilatador
que irá promover os benefícios locais (BRANDI, 2004).
O dióxido de carbono
O volume de aplicação do dióxido de carbono por sessão pode variar entre 500 ml a
2.000 ml. O que se deve levar em consideração é que a aplicação é punturada e em
cada ponto deve ser feita de uma a duas vezes dependendo do peso da pessoa que
esteja realizando o tratamento; isso será explicado mais adiante, quando falarmos de
velocidade (ABRAMO, 2010; EGRAND et al, 2009; FRASCA, 2002; MARSILI, 2006;
(ALTECHEK; SODRE; AZULAY, 2006).
A perda dessas moléculas faz com que a concentração na água do banho prejudique
parcialmente a efetividade do procedimento. De maneira distinta, na infusão controlada
do gás carbônico medicinal, o CO2 é injetado diretamente no interior da pele, não
sofrendo bloqueio e retenção das suas moléculas durante a aplicação (BRANDI, 2001).
Com isso, mantém nos tecidos o mesmo volume programado pelo aparelho insuflador
do gás. Como o volume injetado representa a concentração do CO2 nos tecidos, a
97
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Mecanismo de ação
Após a aplicação, o CO2 irá agir no local e rapidamente será difundido, deixando apenas
seus efeitos, tais como, aumento da microcirculação, ativação de barorreceptores
cutâneos, potencialização do efeito Bohr e vasodilatação. O CO2 possui ação direta local
pelo miócito e indireto mediado pelo sistema nervoso simpático, com isso a vasodilatação
arteriolar é evidente imediatamente à aplicação pela observação da hiperemia que a
pele apresenta. A ação direta do CO2 sobre o miócito vascular prevalece em nível local
e indireto mediado pelo sistema simpático, que pode ser registrado a distância. O CO2
atua, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo uma
vasodilatação e um aumento da drenagem venolinfática (LEVER; LEVER, 1991).
98
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
oxigênio, acarretando uma maior quantidade de O2 que estava retido pela hemoglobina
para ficar disponível para o tecido a ser tratado (LOPEZ, 2003; LOPES, 2005).
A presença de CO2 nos tecidos reduz o pH no local da aplicação e resulta numa resposta
inflamatória. Isso interfere na hemodinâmica celular resultando em formação de novos
vasos sanguíneos. O que mais interfere na resposta do organismo à infusão de CO2 é a
pressão parcial de gás nos tecidos, mostrando a importância de se aplicar a concentração
adequada de CO2 para alcançar eficácia nos resultados (KEDE; SABATOVICH, 2003;
LOPES, 2005).
Aumento velocidade Promove o aumento do fluxo dos vasos sanguíneos, com consequente
microcirculatória aumento do metabolismo e vascularização da área a ser tratada.
99
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
Os equipamentos
O fluxo e o volume total de aplicação na infusão controlada de CO2 são controlados por
equipamentos apropriados. No Brasil, o aparelho a ser utilizado deve ser registrado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a fim de proporcionar maior
conforto e segurança a quem recebe a aplicação (ABRAMO, 2010; EGRAND et al, 2009).
100
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Fonte: <http://www.ibramed.com.br>
101
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
102
CAPÍTULO 2
Carboxiterapia e suas aplicações
Métodos de aplicação
A velocidade do fluxo da infusão de CO2 nos tecidos determina a intensidade do
estímulo lesivo que desencadeia a resposta inflamatória no local da aplicação,
variando de conformidade com a região anatômica e a resistência imposta pelo
tecido. O programa do aparelho regula a rapidez com que o CO2 será injetado
no interior dos tecidos. Velocidades do fluxo de infusão compreendidas entre 80
a 180 ml/min são consideradas efetivas para desempenho da carboinsuflação.
A aplicação profunda tem como objetivo promover a lise do tecido adiposo subcutâneo,
com o propósito de reduzir o excesso de gordura localizada, melhorando o contorno
corporal da região comprometida. Assim, quando tratarmos gordura localizada e F.E.G,
ou seja, tecido adiposo, a agulha deverá estar de 90° a 45° em relação à pele, dependendo
da espessura do tecido adiposo subcutâneo da região (Figura 34 A) (ABRAMO, 2010).
103
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
agulha bizel voltada para cima deverá ser introduzida, para garantir a superficialidade
durante a injeção. (Figura 34 B) (MENEGAT, 2014).
Figura 35. Pápula branca sendo observada durante a infusão do gás de CO2.
104
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
É preciso considerar que existe uma relação direta entre o peso do indivíduo e o conjunto
formado pela extensão da superfície cutânea e o volume do tecido adiposo ao longo dessa
superfície. Por essa razão, parece ser adequado relacionar o volume do gás aplicado
na infusão controlada do CO2 com o peso ponderal, estabelecendo valores dirigidos
às necessidades de cada indivíduo em particular. Para um melhor aproveitamento do
CO2, o volume do gás a ser injetado é calculado de acordo com o peso ponderal, e não
com índice de massa corporal. Dessa maneira, consegue-se atingir uma concentração
adequada do CO2 nos tecidos para desencadear uma resposta inflamatória no local da
aplicação. Assim sendo, considera-se como fator de eficiência a variação do volume
de 1 ml até 2 ml de CO2 por quilo de peso do indivíduo, representado por mlCO2/kg. A
distância entre as puncturas fica 3 a 15 cm entre si (Figura 36). O volume escolhido
é aplicado por punctura, ou seja, unitariamente em cada um dos pontos onde o
gás será injetado (ABRAMO, 2010). O cálculo do volume de gás baseado no peso
ponderal do indivíduo se aplica no tratamento de alterações do tecido adiposo
(RESCH; JUST, 2004).
Exemplo:
Peso 50 kg.
105
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Esse é um dos fatores decisivos para a efetividade da infusão, e não deverá ser confundido
com o volume de gás aplicado em cada punctura. Sua escolha é influenciada pela
resistência dos tecidos e pela intensidade do efeito lesivo que se deseja promover, razão
pela qual ela pode deferir em diferentes áreas de um mesmo indivíduo. O descolamento
ou distensão dos tecidos e a intensidade de ruptura tecidual são proporcionais à
velocidade do fluxo de infusão do gás (CARVALHO; VIANA; ERAZO, 2005).
Velocidade entre 150 a 180 ml CO2/min promove uma distensão tecidual rápida,
eficiente e segura, aumenta o desconforto provocando dor durante aplicação, mas
traz os melhores resultados em razão de o dano interno ser maior. Áreas de menor
resistência, como pálpebras, suportam melhor a velocidade de 80 a 100ml CO2/min
(ABRAMO, 2010; MENEGAT, 2014).
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
106
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
Indicações e contraindicações
Indicações
»» Estrias.
»» Flacidez tissular.
»» F.E.G.
»» Adiposidade localizada.
»» Olheiras.
»» Linhas de expressão.
»» Revitalização facial.
»» Calvície.
»» Microvarizes.
»» Feridas abertas.
»» Psoríase.
Contraindicações
Não há importantes contraindicações, por ser um gás atóxico, não embólico, que já está
normalmente presente no organismo, amplamente aplicado na medicina e isento de
efeitos sistêmicos nas doses empregadas.
107
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
»» Gravidez.
»» Hipertensão crônica.
»» Anemia.
»» Epilepsia.
108
CAPÍTULO 3
Carboxiterapia nas alterações estéticas
Adiposidade localizada
Esse tecido é formado por três camadas: areolar, intermediária e profunda. A camada
areolar é a camada superficial e mais propensa à lipólise. A intermediária situa-se entre
a areolar e a profunda e é fibrosa e delgada. A camada profunda é mais resistente à
lipólise e possui mais espessura (Figura 37) (ALTECHEK; SODRE; AZULAY, 2006;
GUIRRO; GUIRRO, 2002; COSTA, 2011).
109
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
A infusão de gás é profunda e feita por punturação, lembrando que nesse caso é
necessário fazer o cálculo multiplicando o peso ponderal do paciente por 1,5 ou 2
ml CO2. O valor obtido será a quantidade a ser aplicada por ponto. A quantidade de
puncturas é variável, dependendo da extensão e do objetivo do tratamento. A distância
entre as puncturas também altera conforme o tratamento, podendo variar entre 3 e 5
cm. A velocidade do fluxo varia de 100 a 180 mlCO2/min, dependendo do volume do
tecido adiposo (ABRAMO, 2010; BRANDI, 2001; COSTA, 2010).
110
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
CARBOXITERAPIA
Por ponto:_______ml
Velocidade:_______ml/min
111
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação química, com
liberação de íons, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez
tecidual confere um aumento da oxidação lipídica por meio da ativação das lipoproteínas
lípases (LPL), potencializando o poder de lipólise (MENEGAT, 2014).
Aplicação de 20 ml de soro
fisiológico em cada região
Aplicação de
5 minutos por
ponto de
Aplicação de
Manthus ou
carboxiterapia forma
US
puntural
Após 48hrs
aplicação de
DLM
112
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
1o DIA
2o DIA
[Saiba Mais]
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
COSTA, C. S.; OTOCH, J. P.; SEELAENDER, M. C. L.; NEVES, R. X.; MARTINEZ, C. A. R.;
MARGARIDO, N. F. Avaliação citométrica dos adipócitos localizados no tecido
subcutâneo da parede anterior do abdome após infiltração percutânea de
CO2. Rev Col Bras Cir. 2011; 38(1).
BRANDI, C.; D`ANIELO, D.; GRIMALDI, L.; BOSI, B.; DEI, I et al. Carbon Dioxide
Theraphy in the Treatment of Localized Adiposities: Clinical Study and
Histopathological Correlations. Aesthet Plast Surg. 2001; 25:170- 174.
113
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
Apresenta-se em diferentes graus e tipos. Ela pode ser na forma flácida, que vem
acompanhada de flacidez muscular e/ou tissular. Esse tipo ocorre mais em mulheres
com o biótipo magro e com pele mais branca, pois são pessoas com menor quantidade
de melanina e esta, por sua vez, também ajuda na tonicidade da pele. Outra forma
é a compacta, que está associada a depósitos de gordura localizada, sem nenhuma
diferença histológica. Temos também a forma edematosa, que é devida à retenção
hídrica, e a forma mista, onde podemos ter mais de um tipo de F.E.G em um mesmo
individuo (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A F.E.G foi classificada em vários estágios, e de acordo com o estágio em que se encontram
as manifestações cutâneas mostram-se mais exacerbadas. Atualmente, consideram-se
os quatro estágios a seguir (CORRÊA, 2008):
114
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Estágio III ou de Fibrose: nesse estágio os recursos utilizados devem ser bem mais
variados para que haja resultados consideráveis. A F.E.G apresenta-se com o aspecto de
“casca de laranja” e fica dolorida. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida.
Vasinhos e microvarizes podem surgir, além de uma sensação de peso e cansaço nas
pernas.
As punturas são unitárias, aplicadas no centro das ondulações. A aplicação inicia-se apenas
com a ponta da agulha introduzida na pele, e, posteriormente, esta será introduzida na
gordura. Esta forma de aplicação estimula a vascularização e fibrogênese, melhorando
a elasticidade e fortificando o tecido conjuntivo, provocando a lise dos lipídeos e,
115
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
116
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Para eficácia no tratamento é importante que ele seja feito em pelo menos três ciclos
de dez sessões aplicadas num intervalo de 72 horas, sendo que o segundo ciclo deve ser
cerca de 30 dias após o primeiro e o terceiro 6 meses após o segundo (BRANDI, 2004).
117
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
A aplicação do gás deve ser bem superficial, apenas com a ponta da agulha. O efeito
inicial é a hiperemia, causada pelo aumento da vasodilatação. O número de punturas é
sempre elevado e determinado pela extensão do descolamento promovido pelo CO2, o
que interfere também na distância entre uma aplicação e outra, pois o procedimento é
determinado pela resistência que as fibras oferecem à difusão do gás (BRANDI, 2004).
Continuo.
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014
118
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Derme: na derme ocorre a atrofia por destruição das fibras colágenas e fibras
elásticas, dando à pele um aspecto característico, chamado de elastose solar. Ocorre
frequentemente em regiões expostas às radiações dos raios ultravioletas do sol.
Envelhecer é natural, e para ser um processo sem traumas alguns cuidados são
necessários. Ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de vida, valoriza-se cada vez
mais a jovialidade. O envelhecimento é caracterizado pelo desgaste dos vários setores
do organismo, gerando alterações no seu funcionamento (CARVALHO; VIANA;
ERAZO, 2005).
119
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Secundárias: são continuações das rugas da primeira fase. A troca de fase é variável
no tempo e depende de cada indivíduo, acentuando a profundidade inicial.
120
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
A flacidez tecidual ou tissular acontece quando a pele fica flácida, frouxa; já a muscular,
quando os músculos se encontram de uma maneira “mole”, não tonificada. A pele
geralmente está sobreposta ao músculo e acompanha a sua tonicidade. Se o músculo
está flácido, a pele também parece flácida, porém se a pele está flácida e o músculo
tonificado, então a aparência não é tão evidente. A pele tem um tecido e o músculo tem
121
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Para um tratamento adequado, é necessária uma avaliação rigorosa com uma boa
diferenciação dos dois tipos de flacidez (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Veremos a seguir
quais procedimentos devem ser adotados.
Para tratamento das rugas, a aplicação deve ser superficial, usando apenas a ponta da
agulha com bisel voltado para a superfície, evitando que haja infusão de gás nos tecidos
mais profundos e também no músculo orbicular. O volume aplicado por puntura não está
relacionado com o peso do indivíduo, mas sim com a distensão tecidual provocada pela
infusão do CO2. Os ciclos podem ser realizados em cinco ou dez sessões, dependendo da
resposta do tecido ao tratamento (ABRAMO, 2010; MENEGAT, 2014). Novos estudos
demonstraram que essa quantidade de fluxo pode ser menor, cerca de 60 a 150 ml/min,
dependendo da pessoa, e que são necessárias no mínimo 12 sessões.
122
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Contínuo.
Olheira
As olheiras são caracterizadas pelo escurecimento causado pela hiperpigmentação
periorbital nas pálpebras. Os motivos dessa hiperpigmentação podem ser genéticos;
excesso de adiposidades localizadas na região dos olhos, cansaço, estresse, sono,
tabagismo, falta de vitamina K podem ser fatores determinantes para o problema.
Geralmente pessoas de pele fina também estão suscetíveis (ABRAMO, 2010).
123
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
Alopecia
O couro cabeludo é uma pele com abundância de pelos, ricamente vascularizado, que
reveste o crânio humano. O crescimento do cabelo ocorre dentro do folículo piloso,
possuindo uma raiz e uma haste dentro de cada folículo, recobertos por melanina. Vale
lembrar que a haste não possui células vivas, estas estão presentes apenas na raiz, que
penetra aproximadamente de 2 a 4 ml na superfície da pele (ABRAMO, 2010).
O crescimento dos fios não acontece gradualmente, mas sim em períodos cíclicos,
apresentando-se em fase ativa, quando há intenso crescimento, fase de repouso e fase
de queda. As alterações que interferem nesse segmento de fases é a seborreia (caspa),
124
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
prurido e queda dos fios. A dermatite seborreica é causada pelo excesso de oleosidade
ocasionada pela produção das glândulas sebáceas, e causam descamação no couro
cabeludo. O prurido também pode ser causado pela oleosidade e intensificado em
situações de estresse (ABRAMO, 2010).
Contínuo.
São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizado duas vezes por semana
e manutenção de três em três meses duas sessões.
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
125
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Microvasos
A distensão tecidual produzida pelo gás, logo após a infusão, exerce forte pressão contra
a parede externa da vênula, promovendo seu colapso; conforme a pressão do gás vai
diminuindo, o fluxo sanguíneo é aumentado (BORGES; SCORZA, 2008).
126
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Contínuo.
São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizado uma vez por semana.
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
No estudo realizado por Brandi em 2004, foi verificada uma melhora estatisticamente
significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e às irregularidades cutâneas
pós-lipoaspiração. Com isso, podemos esperar efeitos positivos da terapia com CO2
sobre a adiposidade localizada e a elasticidade cutânea da pele em pacientes que
realizaram lipoaspiração.
127
UNIDADE IV │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Durante um período de quatro anos, Wollina (2004) tratou de 86 pacientes com feridas
crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras reumáticas) com
aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para uma mudança positiva na
microcirculação e subsequente melhoria no tecido de granulação (quer cicatrização
completa ou significativa diminuição da inflamação, dor e odor).
* Feridas abertas: cinco sessões em 24 horas e após isso a cada 72 até fechar a
ferida. Introduzir a agulha na borda da ferida voltada para o centro da lesão,
aplicar na forma de punturação 1 mlCO2/kg peso ponderal do paciente em
velocidade de 60 a 80 mlCO2/min (Figura 42).
128
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 │ UNIDADE IV
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo, Ed. Aiko Ltda, 2014.
SONMEZ, A.; YAMAN, M.; YALÇN, O.; ERSOY, B.; SERIN, M.; SAY, A. Carbon dioxide
therapy increases capillary formation on random pedicled skin flaps in the
rat. J Plast. 2009; vol 62:236-237.
TORIYAMA, T.; KUMADA, Y.; MATSUBARA, T.; MURATA, A.; OGINO, A.; HAYASHI,
H.; NAKASHIMA, H.; TAKAHASHI, H.; MATSUO, H.; KAWAHARA, H. Efeito do
dióxido de carbono em pacientes portadores de arteriopatia periférica com
isquemia crítica. Int Angiol. 2002.
129
MICROPUNTURAS UNIDADE V
CAPÍTULO 1
Introduzindo o microagulhamento
Introdução
O melhor método de revitalizar uma pele é provocar pequenas lesões, onde o corpo
vai imediatamente começar a reparar a lesão. Esse é o princípio fundamental da
micropunturas, também chamada de microagulhamento ou famoso Dermaroller®. A
lesão tem que ser apenas grave o suficiente para desencadear os processos de cura, mas
não é grave o suficiente para causar danos permanentes na pele. (BAL; CAUSSIAN;
PAVEL; BOUWSTRA, 2008)
O mesmo princípio está por trás da maioria dos tratamentos a laser de rejuvenescimento,
como laser de CO2 fracionado, peeling ácido e outros métodos minimamente invasivos.
(FABBROCINI; PADOVA; VITA; NUZIO; PASTORE, 2009)
Os skins rollers (Figura 42) têm sido usados para tratar grandes áreas com
objetivo cosmético e para aumentar a permeabilidade cutânea para administração
de cosmecêutico. (AUST, 2008) Após a perfuração transdérmica, pode ocorrer
uma penetração do ativo muito maior na área tratada do que na área não tratada.
(FABBROCINI; PADOVA; VITA; NUZIO; PASTORE, 2009) Além disso, a inserção
sequencial das microagulhas requer uma menor pressão a ser exercida na pele,
lesionando menos tecido. Por isso, essa técnica, micropunturas, é uma maneira
simples de aumentar a permeabilidade da pele, otimizando assim seus resultados.
(FERNANDES; FARDELLA, 2008).
130
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Comparação
Método alternativo à Luz Intensa Pulsada, Laser de CO2 e Peeling de alta concentração
que agem de forma mais ablativa. Já o Microagulhamento age de forma construtiva
131
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
(mais fisiológico), podendo ser utilizado em qualquer tipo de pele. (BAL; CAUSSIAN;
PAVEL; BOUWSTRA, 2008)
Figura 44.
FABBROCINI, G.; PADOVA, M. P.; VITA, V.; FARDELLA, N.; PASTORE, F.; TOSTI, A.
Periorbital wrinkles treatment using collagen induction therapy. Surgical &
Cosmetic Dermatology. 2009.
132
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Laser x
Microagulhamento
LASER MICROAGULHEMNTO
Extrato córneo
Epiderme
Derme
Vasos
sanguíneos
Laser e ácido evaporam na Picadas de finas agulhas
epiderme. alcançam a epiderme e derme.
133
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
134
CAPÍTULO 2
Os mecanismos da micropuntura
Mecanismo de ação
135
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Fonte: Youtube vídeo carregado por Dermapen ®, utilizado em Fair Use. URL: <http://www.youtube.com/
watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>
A vantagem desse procedimento é que é feito em consultório, custo baixo, bem tolerado,
com período curto de recuperação e com pouca dor. A expectativa é de melhora após a
primeira sessão dependendo do tamanho da agulha. (AUST, 2008)
Fonte: Youtube vídeo carregado por Dermapen ®, utilizado em Fair Use. URL: <http://www.youtube.com/
watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec.
136
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Cicatrização
Imediatamente após a lesão, ocorre hemorragia mais ou menos importante, porque vasos
sanguíneos (capilares, artérias e veias) são seccionados durante a lesão. (BALBINO;
PEREIRA; CURI, 2005)
Fases da cicatrização
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAP7MAD/a-pele-processo-cicatrizacao>
137
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Inicia-se uma ferida profunda na pele provoca por lesão dos vasos sanguíneos. Forma-se
um coágulo sanguíneo que ao secar constitui crosta. Tem início o processo de reparação, um
tecido cicatricial se forma. Ao mesmo tempo as células epiteliais se multiplicam e preenchem
a região entre tecido cicatricial e a crosta. Quando o epitélio está completo a crosta cai. O
resultado é uma camada regenerada e integra de epitélio sobre a região da cicatriz.
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAP7MAD/a-pele-processo-
cicatrizacao>
Fase inflamatória/exsudativa
A fase inflamatória/exsudativa inicia-se desde o momento da lesão, e a sua duração é
aproximadamente de três dias que dependem das condições fisiológicas. (Figura 49)
(BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005)
138
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Fase proliferativa
Essa fase começa aproximadamente a partir do quarto dia desde que a lesão ocorreu
e as condições necessárias já foram previamente estabelecidas na fase inflamatório/
exsudativa: os fibroblastos podem migrar até o coágulo e retícula de fibrina, que foram
formados por meio da coagulação sanguínea, e usar isso como útero temporário. As
citocinas e os fatores de crescimento estimulam e regulam a migração e proliferação de
novas células. (BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005)
Os fibroblastos produzem colágeno que amadurece fora das células até se tornar uma
fibra e proteoglicanos que constitui a substância básica de tipo gelatinoso do espaço
extracelular. (BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005)
Figura 50.
139
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Fase de maturação
Aproximadamente por volta do 24o dia inicia-se a maturação das fibras de colágeno. A
ferida contrai, diminui a presença vascular e a quantidade de água no tecido granular
que ganha em consistência. A epitelização encerra o processo de cura da ferida. (Figuras
46 A e B). (BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005)
Esse processo inclui a reconstrução das células da epiderme pela mitose e a imigração
celular, principalmente das bordas da ferida. É uma fase final em que observamos
inicialmente um tecido frágil e rosado, o qual lentamente perde sua coloração inicial,
tornando-se mais pálido e mais forte. (BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005)
Fonte: <www.plasticaplexus.com.br>
140
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Equipamentos
Existem diversos equipamentos e marcas no mercado hoje em dia, mas o mais importante
é que, seja qual for a marca, ela tenha a liberação da ANVISA para o equipamento ser
vendido.
»» De um modo geral, nunca pedir um roller se for muito barato, pois não
existe roller com liberação da ANVISA por valor baixo.
»» Ter cuidado extra com roller sem marca. Se um vendedor ou site afirmar
que eles são de fabricação própria esse produto será altamente suspeito.
Com o Dermapen® é você que move o dispositivo sobre a pele, em vez de o dispositivo
produzir o movimento “em si”, como um trem nos trilhos, ou, uma analogia melhor,
uma peça sobre a outra roda dentada (Figura 47). É você que move um Dermaroller® ─
skin roller, mas sempre de forma imutável ─ em frente. Isso é muito importante, pois
assegura que no referido princípio, é impossível provocar lesões desnecessárias na pele.
Quando a “fila” de agulhas é levantada para fora da pele, elas não podem “rasgar a pele”,
porque a “linha do meio” e “linha de frente” são para garantir o skin roller firmemente
no lugar, ou seja, não o torna flexível (Figura 48). (LEWIS, 2014)
141
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Não é assim com o Dermapen®, ele funciona como uma máquina de tatuagem com
muitas agulhas. A grande desvantagem desse sistema é que você pode movê-lo em
qualquer direção com qualquer velocidade, e que, enquanto você estiver em movimento,
as agulhas entram e saem em uma velocidade muito alta. A velocidade das agulhas é
independente da velocidade que se está movendo com a caneta. Isso é o oposto do
que acontece com um skin roller que se move com a velocidade exata que você está
movendo a cabeça de rolo. (LEWIS, 2014)
Fonte: Youtube vídeo carregado por Dermapen ®, utilizado em Fair Use. URL: <http://www.youtube.com/
watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>
Outra diferença é que os skin roller são descartáveis, ou seja, para uma única utilização,
já nos Dermapen® será descartado somente o cabeçote das agulhas, tendo um custo
menor (Figura 49). Outro substituto para o Dermapen® seria o dermógrafo de
micropigmentação, mas com a desvantagem de que com ele só se consegue trabalhar
dentro dos sulcos, rugas e estrias, porém o custo menor ainda, uma vez que só há
necessidade de se trocar as agulhas . (LEWIS, 2014)
Fonte: <http://dermapen.com/>
142
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Fonte: <www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>
Fonte: <www.magestetica.com.br>
143
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Indicações e contraindicações
Indicações
Figura 56.
Contraindicações
»» Lesões cancerígenas.
»» Verrugas.
»» Hiperqueratose solar.
»» Psoríase.
»» Uso de anticoagulantes.
»» Distúrbios de coagulação.
144
CAPÍTULO 3
Aplicação da micropuntura
Primeiro passo
2. A descamação após roller pode ocorrer a partir do 3o dia, podendo ficar descamando por até 8 dias. Neste período usar somente loção
hidratante (indicada pela profissional) e protetor solar fator 60. NUNCA PUXAR A PELE QUE ESTIVER SOLTANDO.
4. Não são todas as peles que descamam. Há tipos de peles que são mais resistentes. Isso não significa menor eficiência do tratamento.
5. Importante: uso de fotoprotetor fator 60 aplicado duas a três vezes ao dia, mesmo se o dia não estiver ensolarado. A pele após o roller estará
mais sensível!
6. Lavar o local somente com sabonete neutro duas vezes por dia, manhã e noite.
8. Usar de quatro a oito vezes ao dia cosmético indicado pelo(a) Dr.(a) _________________________________________________.
9. Se estiver ardendo ou com irritação, borrifar água termal ou bepantol liquid; ou fazer compressa com esses mesmos produtos ou soro fisiológico
gelado.
10. Deverão ser evitados por duas semanas: banho quente, entrar no carro quente, secador de cabelo, chapinha, exposição solar, enfim, tudo que
possa esquentar a pele que foi tratada.
Afirmo que li e entendi todas as explicações relacionadas com o procedimento de micropunturas que irei realizar de livre e espontânea vontade.
Assinatura:______________________________________________
145
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Figura 57.
Fonte: <www.astrazeneca.com.br>
É necessário aplicar uma grande quantidade e realizar a oclusão para melhor absorção.
Figura 58.
146
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
Figura 59.
PRESSÃO MODERADA
NO MÍNIMO 4X EM
TODOS ATÉ UM
PADRÃO UNIFORME
DE PETÉQUIAS
APARECER.
Verificar o tamanho da agulha perante o distúrbio estético a ser tratado (Figura 60)
segue a tabela a seguir:
Tabela.
147
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Fonte: <www.dermaroller.com>
»» 0,3 a 0,5 mm: pode ser utilizada uma vez por semana.
148
MICROPUNTURAS │ UNIDADE V
»» 2,0 a 2,5 mm: pode ser usada apenas uma vez cada três a quatro
semanas.
Fonte: <www.skincooler.com.br>
149
UNIDADE V │ MICROPUNTURAS
Pós roller
»» Se você rolar com agulhas mais longas do que 0,5 mm, a pele fica com
hiperemia (como queimaduras solares), sensível e pode ficar um pouco
edemaciada por até 72 horas.
150
CRIOLIPÓLISE UNIDADE VI
CAPÍTULO 1
Introdução à criolipólise
Introdução
Nos tempos atuais, ter um corpo bem definido é o desejo de quase todas as mulheres; os
padrões de beleza impostos pela mídia e a sociedade acabam mobilizando o indivíduo em
sua percepção de si e, concomitantemente, na sua autoestima. (FERRAZ, SERRALTA,
2007) E na busca de um padrão estético social, é cada vez maior o número de mulheres
que recorrem a diversas terapias, com intuito de minimizar as disfunções estéticas.
(ROCHA, 2013)
Ao longo da vida algumas áreas apresentam nítidas alterações morfológicas com efeito
antiestético, as mais acometidas são as regiões de abdômen e flancos, essa gordura
localizada se dá por uma hipertrofia das células adiposas uniloculares, que levam as
pessoas de ambos os sexos, principalmente o feminino, a procurarem recursos para
eliminá-las. (ALBUQUERQUE; MACEDO).
151
UNIDADE VI │ CRIOLIPÓLISE
A técnica está no mercado há pouco tempo (em 2011, quando chegou no Brasil) e já é
um sucesso absoluto em centros estéticos. No entanto, desde a década de 1970, alguns
estudos já eram feitos para transformar o tratamento no que ele é hoje.
O que é criolipólise?
A criolipólise é um método de congelamento feito para destruir a gordura localizada.
Isso porque os adipócitos são extremamente sensíveis ao frio, por isso o congelamento
intenso e localizado causa sua destruição.
A técnica foi descoberta na última década pelos médicos Rox Anderson e Dieter
Manstein, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A palavra
Cryo derivada do grego Kryos, que significa gelo, frio, constitui, na atualidade, uma das
mais modernas técnicas de redução de medida corporal. (COLEMAN et al, 2009)
152
CRIOLIPÓLISE │ UNIDADE VI
(FDA) e tem sido apresentada como um novo método de redução da camada de gordura
de maneira não invasiva. Os primeiros estudos, que objetivavam comprovar a eficácia
da técnica para a redução da espessura da camada de gordura, deram-se em um modelo
suíno de Yucatán. (ROCHA, 2013). A exposição desses animais ao frio demonstrou que
a criolipólise pode promover uma redução de 30% a 50% na espessura da camada de
gordura deles; já em humanos os estudos têm apontado uma redução de 20-26% da
camada de gordura no local exposto ao frio 4-6 meses após o tratamento. (KENNETH
et al, 2009). Tanto em humanos quanto em animais, o tratamento com a criolipólise
não causou nenhum tipo de danos permanentes à pele ou a outras estruturas, sem
alterações no perfil lipídico, incluindo colesterol total, lipoproteína de baixa e de alta
densidade, colesterol e triglicérides. (COLEMAN et al, 2009)
153
UNIDADE VI │ CRIOLIPÓLISE
154
CAPITULO 2
Os mecanismos da criolipólise
Mecanismo de ação
A exposição ao frio aumenta a necessidade de produção de calor pelo corpo a fim
de promover a homeotermia (Figura 62) por meio da liberação de hormônios pelo
hipotálamo, que induzem a utilização dos ácidos graxos livres como substratos
energéticos nas mitocôndrias, promovendo um dispêndio de energia, ou seja, o aumento
das taxas metabólicas. (ROCHA, 2013)
155
UNIDADE VI │ CRIOLIPÓLISE
Estudos histológicos comprovam que, após a exposição ao frio, ocorre apoptose dos
adipócitos com posterior fagocitação deles pelos macrófagos. O processo inflamatório
estimulado por apoptose dos adipócitos inicia dentro de 3 dias após o tratamento com
pico em torno de 14 a 30 dias. Após esse período e até o 30o dia, o processo inflamatório
reduz consideravelmente e a atividade dos macrófagos é intensificada, por conseguinte,
os resultados clínicos começam a ficar mais evidentes. Em aproximadamente 60 dias
após a conclusão da sessão, diminui-se o volume das células com espessamento de
septos interlobulares. (COLEMAN et al, 2009)
Lesão apoptose
O termo apoptose, do grego apó = separação, ptôsis = queda, adotado pela primeira vez
na década de 1970, designa forma fisiológica de morte celular e ocorre segundo programa
genético que desencadeia um processo de autodigestão controlada, seguida da remoção
de células lesadas, senescentes ou imprestáveis, sem alteração do microambiente
celular. (ROCHA, 2013)
A apoptose ocorre como parte de um processo normal, muitas vezes é um benefício para
o organismo, tendo em vista que atua como um mecanismo de defesa. A célula recebe
um sinal para se autodestruir, reduz seu tamanho, quebra a cromatina em pedaços e se
torna facilmente fagocitada. (COLEMAN et al, 2009). Milhões e milhões de células do
nosso organismo morrem a todo o momento. Isso acontece porque na maioria das vezes
tais células precisam praticar o suicídio para a sobrevivência do próprio organismo
(Figura 63). A apoptose das células gordurosas (adipócitos) é iniciada quando essas
células são resfriadas a temperaturas de 0°C, entretanto a destruição dos adipócitos não
afeta de forma significativa os níveis séricos de lipídeos ou testes de função hepática.
Isso pode ser constatado por meio de avaliações trimestrais, que se mantiveram dentro
dos padrões de normalidade (FERRARO et al, 2012)
156
CRIOLIPÓLISE │ UNIDADE VI
Fonte: Dieter Manstein et al. Lasers in Surgery and Medicine 2008, 40: 595-604
157
CAPÍTULO 3
Indicações de crioliólise
Prós e contras
Prós: são vários os benefícios, a começar por ser um tratamento que não causa dor,
não é necessário anestesia, cortes ou agulhas, é prático e a mulher se sente bem antes e
depois do tratamento. (COLEMAN et al, 2009)
Pode melhorar o aspecto de flacidez das celulites, pois elas, de certo modo, fazem
as mulheres se sentirem bem; com a retirada das gorduras localizadas, as celulites
desaparecem aos poucos, na verdade elas ficam menos visíveis. (COLEMAN et al, 2009)
Criolipólise na prática
No Brasil, o preço praticado para aquisição dos equipamentos gira em torno de 155 a
205 mil reais. Antes de comprar, devem-se considerar algumas hipóteses:
A área a ser tratada é isolada com uma espécie de membrana protetora. A seguir, é
inserida uma manopla com uma ponteira formada por duas placas de resfriamento,
158
CRIOLIPÓLISE │ UNIDADE VI
que fará uma sucção para acoplar o tecido alvo em um aplicador, em que o contato é
estabelecido entre a área de tratamento e dois painéis opostos de resfriamento. As células
mortas, em seguida, são metabolicamente eliminadas, exatamente como acontece com
a gordura que existe nos alimentos. (FERRARO et al, 2012). O resfriamento é gradativo
e pode chegar a até -10o C, as temperaturas variam de acordo com a quantidade de
gordura. (Figura 57)
A criolipólise pode ser feita apenas em algumas partes do corpo, aquelas que se adaptam
bem as ponteiras (Figura 66). Não é possível fazer no rosto, por exemplo, porque o
aplicador não se encaixa. De acordo com o fabricante do aparelho, há a perspectiva do
lançamento de ponteiras que se adaptem a outras partes do corpo. Cada sessão dura
aproximadamente uma hora por região, podendo-se fazer o máximo de 3 horas para
tratamento em 3 regiões diferentes. (COLEMAN et al, 2009)
Configuração
Pulso 500 ms (padrão)
159
UNIDADE VI │ CRIOLIPÓLISE
Tempo de ciclo:
Você não pode repetir criolipólise numa mesma área dentre 60/90 dias de
tratamento.
Reaplicação: Obesos - 1 vez por mês – repetir por 3 meses Você não pode repetir
Criolipólise numa mesma área dentre 60/90 dias de tratamento.
Tratamento
»» Pressione start.
160
CRIOLIPÓLISE │ UNIDADE VI
B: acoplar a manopla.
Obs: cada fabricante tem uma programação diferente, por isso sempre verificar
o método de configuração com o fabricante antes de aplicar.
161
UNIDADE VI │ CRIOLIPÓLISE
Basta apenas uma sessão para eliminar até 25% da gordura. Todavia, é importante
que a pessoa agregue ao tratamento uma rotina saudável, inclua exercícios, isso tudo
ajudará na remoção das células de gordura. Em relação aos intervalos, o tempo de
uma sessão para a outra é de, pelo menos, três meses, muito embora quase nunca seja
necessário realizar mais de uma sessão. Pesquisas recentes apontam que no caso de
alguns equipamentos o intervalo poderá ser de um mês. O ideal é conversar – sempre
– com o fabricante do equipamento. Cabe ressaltar que a criolipólise é recomendada
apenas para as áreas que possuem mais de 2 cm de adiposidade visto em adipômetro
(COLEMAN et al, 2009).
Que a criolipólise é uma técnica segura e que traz bons resultados você já entendeu.
Mas saber se é possível combiná-la com outras técnicas é uma dúvida frequente dos
profissionais. Antes de tudo, o profissional precisa ter conhecimento dos aspectos
fisiológicos e metabólicos da gordura corporal. O segredo de se combinar técnicas está no
conhecimento aprofundado dos seus efeitos fisiológicos para que as ações combinadas
possam produzir resultados e não danos aos tecidos. (KENNETH et al, 2009)
Indicações e contraindicações
Indicações
A criolipólise não é um tratamento para sobrepeso ou obesidade. Ela é opção para pessoas
que tenham gordura localizada em algumas regiões corporais, o famoso pneuzinho. De
acordo com o fabricante, o procedimento elimina até mesmo aquela gordura incapaz de
ser combatida com dieta e exercícios físicos.
Contraindicações
»» Doenças raras.
»» Crioglobulinemia.
»» Hemoglobinúria.
»» Urticária ao frio.
»» Gestantes.
162
CRIOLIPÓLISE │ UNIDADE VI
»» Tumores.
»» Câncer.
163
ENDERMOLOGIA – UNIDADE VII
DERMOTONIA
CAPÍTULO 1
Entendendo a endermologia
Introdução e história
A dermotonia ou endermologia ou endermoterapia ainda é considerada uma novidade
nessa área, pois é um procedimento seguro, sem agulhas ou injeções, que utiliza o vácuo,
atuando na pele, camada adiposa e musculatura, promovendo melhora circulatória e
drenagem linfática (PETIT, 1997; BORELLI, 2004).
Foi desenvolvida primeiramente pelo engenheiro francês Louis Paul Guitay, no ano de
1970, quando ele buscava desenvolver uma técnica que diminuísse cicatrizes oriundas
de acidentes de carro. Em vez de fazer os tratamentos mais eficientes da época, ele criou
um mecanismo que pudesse auxiliar os terapeutas. O resultado foi um aparelho portátil
com um cabeçote massageador que, aplicado sobre a área a ser tratada, fazia sucções
intermitentes e rolamentos simultâneos sobre o tecido subjacente. O aparelho, no
início, foi utilizado na recuperação de queimados, mas, inesperadamente, descobriu-se
ser também eficaz para o tratamento de “celulite” (LGD) (ERSEK et al., 1997; FODOR,
1997; CHANG et al., 1998; BENELLI et al., 1999).
Para Berreur (1998), a dermotonia busca detectar zonas de dermalgia, ou seja, regiões
onde ocorre perturbação de tecido cutâneo, e produz um efeito reflexo simpaticolítico
que permite a estimulação e purificação dos gânglios linfáticos, desfazendo essas
zonas alteradas, diminuindo a tensão muscular e tonificando a pele por estimular
os fibroblastos, produtores de colágeno e elastina. E, conforme Peppercorn (1999),
a técnica melhora a circulação linfática, eliminando detritos toxínicos e gera uma
hipervascularização da derme e hipoderme ocorrida pela mobilização do sangue dentro
dos capilares cutâneos, melhorando, assim, a troficidade e favorecendo a nutrição
celular a distância e em profundidade. Ela ocasiona também a desfibrosagem, que atua
na reestruturação do tecido conjuntivo, permitindo o deslizamento deste sob a pele.
164
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA │ UNIDADE VII
Segundo Berreur (1998) e Chang et al. (1998), conforme as leis da física, o ar atmosférico
se desloca do local de maior pressão para o de menor pressão, produzindo trocas gasosas
através da pele, que são importantes na eliminação de toxinas e gases, e o fortalecimento
(por expansão e contração) dos vasos sanguíneos e linfáticos.
Mecanismo de ação
Fonte: <http://www.lpgsystems.com/>
165
UNIDADE VII │ ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA
Indicações e contraindicações
Indicações
Contraindicações
»» Tumores e neoplasias.
»» Dermatoses.
»» Fragilidade capilar.
»» Doenças infecciosas.
»» Varizes.
»» Diabetes.
166
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA │ UNIDADE VII
»» Intolerância à sucção.
»» Hipertensão.
»» Hérnia umbilical.
167
CAPÍTULO 2
Técnicas
Aplicação
A paciente pode usar uma malha especial (sem compressão sobre a pele), com fio em
poliamida, recobrindo toda a pele para melhor deslizamento do cabeçote na superfície
corporal (MANUAL DE TREINAMENTO – CELUTRAT, 2005; LOPES, 2006), mas
também pode ser realizada diretamente sobre a pele utilizando pouco óleo de massagem
(Figura 69) (EQUILIBRIO, 2006).
O óleo deve ser NEUTRO, sem semente ou qualquer outra substância, e não há
necessidade de sua utilização quando a manopla selecionada for a de esferas.
Fonte: <http://www.lpgsystems.com/>
168
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA │ UNIDADE VII
169
UNIDADE VII │ ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA
Sugestões para uso corporal: modelagem em usuário e/ou paciente com bom
tônus.
Tabela.
Sessões
Ajustes 1ª a 10ª 11ª a 20ª
Contínuo - -
Sucção (mmHg) 140 -170 200 – 250
Tempo por região 10 min 15 min
170
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA │ UNIDADE VII
Sugestões para uso corporal: Drenagem linfática em usuário e/ou paciente com
flacidez.
Tabela.
Sessões
Ajustes 1ª a 10ª 11ª a 20ª
Pulsado 1.5 1.0
Sucção (mmHg) 100 - 140 150 – 200
Tempo por região 10 min 15 min
Cuidados na aplicação
171
CAPÍTULO 3
Tipos de protocolo
Roletes cilíndricos
Roletes esféricos
172
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA │ UNIDADE VII
173
UNIDADE VII │ ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA
Essas sugestões são baseadas em relatos clínicos, e não têm a pretensão de excluir outra
metodologia de utilização do recurso terapêutico.
Figura 73.
174
Para (não) Finalizar
A cada ano que passa novos princípios ativos surgem no mercado com um propósito
novo para atuação, seja como injetável, cosmético, oral, tópico, e nós farmacêuticos
como profissionais habilitados na saúde estética temos o dever de indicarmos sempre o
padrão ouro aos nossos pacientes/clientes. Contudo, o aprimoramento de novas técnicas,
atualizações em palestras, livros, especializações e afins é de extrema importância ao
profissional que almeja sucesso e crescimento em sua carreira.
175
Referência
176
REFERÊNCIAS
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