Você está na página 1de 23

ROTINAMENTE APRESENTA

MEU FIHO
TEM AUTISMO!
E AGORA?

DRA. RAFAELLE SACCHI


Sumário
Por que falar de autismo? ................................... 02

Minhas experiências ........................................... 03

Meu filho tem algo diferente .............................. 05

O que é autismo ................................................. 09

Quem procurar após o diagnóstico ................... 12

Escola vs APAE ................................................... 19

Aceitação da família ......................................... 21

Conclusão .......................................................... 22

1
Por que falar
de autismo?
Hoje, a internet nos traz facilidade de acesso a

informações do mundo todo.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), mais

conhecido como Autismo, tem se tornado um

diagnóstico muito falado por pais, escola

terapeutas, médicos...

E assim despertou interesse e muitas dúvidas por

todos. Se tratando de um conjunto de sinais, o

Autismo é manifestado de diversas formas, sendo

assim cada indivíduo com uma característica

diferente e em alguns casos semelhantes.

Compartilhar experiências, aceitar e saber lidar,

buscar ajuda, já é um grande passo para que

possam conquistar seu espaço, garantir seus

direitos e ter qualidade de vida.

2
Minhas
experiências
Desde pequena gostei muito de ajudar pessoas,

cuidar, e ter um olhar diferenciado para a saúde.

Tive casos de enfermidade na família e assim me

entreguei de coração na situação que tínhamos

que enfrentar.

Escolhi então, cursar Terapia Ocupacional, em que

tive o prazer de seguir o que sempre sonhei,

ajudando a todos com alegria e de uma forma

leve.

Atualmente trabalho na Associação de Pais e

Amigos, conhecida como APAE, além de

atendimentos em consultórios, domiciliares e

realizando orientações em escolas.

Tenho experiência com bebês, crianças, jovens,

adultos e idosos, nas áreas de reabilitação

cognitiva, física, orientação escolar, orientação

familiar, e muitos outros.

3
Minhas
experiências
Além disso, tive a oportunidade de aprimorar meus

conhecimentos no Canadá, buscando o que existe

de mais atualizado no mercado.

Neste momento tão importante, estou tendo a

oportunidade de compartilhar com vocês

informações tão importantes que vão fazer toda a

diferença!

Com material totalmente gratuito que preparei

com muito carinho! Esse é só primeiro de muitos

que disponibilizarei para vocês!

4
Meu filho tem
algo diferente
Normalmente, os pais e familiares, tem o costume

de comparar com outras crianças o que seu filho

consegue realizar ou ainda não realiza.

Muito comum, as professoras e cuidadoras

conseguir identificar algo de diferente na criança

em relação aos demais alunos.

Sabe-se que cada criança possui um tempo de

aprendizado diferente, personalidade, e demais

características que são pessoais, mas existem

parâmetros a serem seguidos para poder analisar

se estão dentro da média comum.

Quanto mais rápido é identificado

esses sinais, melhor para a criança. Alguns são

mais comuns aparecerem e fáceis de serem

percebidos como:

5
Meu filho tem
algo diferente
Realizam alguns movimentos repetitivos

(balançam braços e mãos, tronco para frente e

para trás, andar em círculos, mexer os pés);

Não gostam de muito contato físico (beijos,

abraços, carinho) causando uma sensibilidade

excessiva;

Alguns andam nas pontas dos pés;

Preferem brincar sozinhos e/ou se isolam

quando tem muitas pessoas;

Repetem palavras sequencialmente, geralmente

é uma palavra ou frases (desenho animado,

televisão, joguinho, pessoa que convive);

Não gostam de ambientes com muito sons, com

muitas pessoas, excesso de luz;

Tem aversão a alguns alimentos por causa da

textura, geralmente comidas pastosas ou não

mastigam pedaços; 6
Meu filho tem
algo diferente
Evita contato visual;

E alguns casos há ausência da fala (atraso de

linguagem) ou falam na terceira pessoa;

Não apresentam muitas expressões faciais;

Em alguns casos, possuem um objeto de apego

(urso, boneca, fraldinha etc.) e querem levar

consigo para todos os lugares, principalmente

em situações que se sentem inseguros;

Geralmente há alterações no sono (agitação

excessiva ou trocam noite pelo dia);

Possuem insistência em certas coisas;

Dificuldade em jogos ou brincadeiras de “faz

de conta”;

Não costumam entender palavras com duplo

sentido e metáforas.

7
Meu filho tem
algo diferente
Quando os pais, professores, família, identificar

esses sinais, seja na escola, brincando e na rotina

de casa é importante que procure imediatamente

um pediatra, neuropediatra e/ou neurologista

para que possa ser feita avaliação e exames o

mais rápido possível, e se caso fechado o

diagnóstico, dar inicio às terapias e tratamento

adequado para a criança.

8
O que é
autismo?
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é um

distúrbio neurológico, que causam falhas na

comunicação, comportamento e na socialização, e

que geralmente é possível ser diagnosticada antes

da criança completar 3 anos de idade.

Com isso, a criança apresenta algumas

características, que são sinais bem específicos e

determinantes para o diagnóstico, podendo variar

de níveis como leve, moderado e grave (citados no

tópico anterior).

As causas do Autismo ainda são desconhecidas e

envolve grandes pesquisas, mas já pode-se

considerar como possíveis causas:

Genética Hereditária;

Alterações Sanguíneas;

Complicações durante a gravidez e/ou parto;

Influência ambiental.

9
O que é
autismo?
Vale lembrar que o diagnóstico é feito por um

médico pediatra e/ou neuropediatra, que vai

realizar uma avaliação clínica e se necessário

pedir exames para confirmar ou descartar a

hipótese.

Se a criança frequentar escola, é importante que

a família leve um relato de como é a rotina escolar

dessa criança.

Caso de Medicamentoso
Não são todos os casos, que se faz necessário o

tratamento medicamentoso.

Caso seja necessário, o médico que fará o

acompanhamento, irá receitar medicamentos que

controlem os sintomas que estão em excesso ou

em falta.

PRESCRIÇÃO MÉDICA SOMENTE PODE SER

REALIZADA POR MÉDICOS.

10
O que é
autismo?
Entretanto, toda a equipe que faz as terapias tem

total conhecimento desses medicamentos, pra que

servem, dosagem e quais são os efeitos que

causam na criança, por isso, devem saber quais

medicamentos a criança está fazendo uso para

melhor estabelecer os objetivos a serem trabalhos

e se estão surtindo efeito.

(Ex.: Dificuldade para dormir)

Falarei mais detalhadamente dos medicamentos

mais comuns no próximo E-book.

11
Quem procurar após
o diagnóstico?
Após o diagnóstico fechado em mãos,

normalmente a criança vai precisar de

atendimentos terapêuticos de acordo com o

conjunto de sinais que ela apresenta, esses serão

observados e assim cada profissional traçará quais

objetivos serão trabalhados.

Normalmente a equipe é composta por

fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional,

neuropediatra e educador especial.

Há terapias que são complementares, que trazem

ganhos importantes para o desenvolvimento da

criança, e hoje, tem sido muito indicada como a

equoterapia que utiliza o cavalo como forma de

estimulação, a hidroterapia que é a terapia com

atividades dentro da piscina e a musicoterapia

que faz uso da música para se comunicar, além de

muitos outros benefícios.

A seguir, citarei os pontos mais importantes que

cada profissional trabalham com a criança com

autismo de modo geral: 12


Quem procurar após
o diagnóstico?
Fonoaudiólogo
Foca nas questões oral, gestual, escrita, além de

formas não verbais. Também trabalha com

alimentação, mastigação e deglutição dos

alimentos.

Como por exemplo, nas questões de dificuldade

de ingerir alguns alimentos, muito comum em

casos de autismo.

Psicólogo
Irá trabalhar questões relacionadas a

comportamento, inserção social, relações

familiares, acompanhamento escolar, avaliações,

além de outros.

O atendimento psicológico pode ser tanto

individualizado, quanto em grupo, que trabalhará

de acordo com as necessidades e perfil da

criança.

13
Quem procurar após
o diagnóstico?
Educador Especial
Realiza as adaptações do conteúdo escolar de

acordo com nível cognitivo e pedagógico da

criança, importante para a formação educacional

da criança, além do processo de inclusão, caso a

criança passe a frequentar a escola regular.

Terapeuta Ocupacional
Prepara a criança para realizar todas as

atividades de vida diária, como colocar roupa,

escovar os dentes, se alimentar, tomar banho, usar

o vaso sanitário, pentear o cabelo, ou seja, que ela

consiga sozinha ou com pouca ajuda, realizar

atividades importantes.

Caso seja necessário, o terapeuta faz adaptações

para que a criança realize sem dificuldade. Além

disso, auxilia o educador especial a adaptar as

atividades pedagógicas.

14
Quem procurar após
o diagnóstico?
Faz acompanhamento familiar, domiciliar e

escolar. Auxilia nas questões alimentares quando a

criança tem resistência a comer certos alimentos.

Noções corporais, como ele se vê e como está no

ambiente, além de outros.

Neuropediatra/Neurologista/Pediatra/
Psiquiatra
Realizará avaliação, pedido de exames para

confirmação do diagnóstico, fará o

encaminhamento e acompanhamento de todas as

terapias, além de ser o profissional responsável

para prescrever medicamento caso necessário.

E como estimular seu filho em casa?


Não realize as coisas pela criança, se possível

deixe fazer sozinha;

Não force a fazer as coisas que não queira;

Fale frases simples e objetivas, facilitando o

entendimento da criança;

Estabeleça uma rotina (horários para acordar,

comer, banho, escola, dormir, terapias etc.); 15


Quem procurar após
o diagnóstico?
Brinque juntos e com outras crianças,

estimulando a interação social;

Estimule cantando música, jogos, e outros que

sejam do gosto da criança;

Sempre elogie e reforce comportamentos que

realizou de forma correta;

Não reforce o comportamento negativo e nem

puna quando fizer algo inadequado;

Fique atento as situações que alteram o humor

e comportamento da criança, que a deixa

agressiva. Assim será mais fácil para evitar e

buscar entender o que gera essa mudança

comportamental;

Busque texturas diferentes, estímulos visuais,

sonoros e brinquedos que trabalhem a

coordenação motora. Estes são importantes

para o processo de desenvolvimento da

criança, que trazem benefícios para realização

de tarefas básicas do dia a dia, como escovar

os dentes, pentear os cabelos, usar talher,

vestir-se, entre outras.

16
Quem procurar após
o diagnóstico?
Além disso, sempre pergunte como foi seu dia

na escola, com quem ele brincou, como foi a

terapia... Buscando informações da rotina e

estímulos cognitivos, atenção, memória.

É importante ressaltar, que cada criança é

única, possui características particulares e

pessoais como a idade, grau de autismo, nível

de escolaridade, entre outras questões que

devem ser consideradas.

Então, nenhum tratamento é igual, cada

criança receberá atendimento personalizado

para sua necessidade.

O acompanhamento das terapias deve ser

realizado semanalmente para que tenha

resultados alcançados e essas devem ser feitas

por toda a vida, uma vez que o autismo não

tem cura.

17
Quem procurar após
o diagnóstico?
Por isso é muito importante a compreensão,

participação e perseverança dos pais, pois

muitas vezes a ansiedade por resultados

imediatos, acabam frustrando a criança, ou em

outros casos param de frequentar as terapias,

não alcançando os resultados esperados.

18
Escola vs APAE
Há casos em que as crianças frequentam a

escola regular seja particular, municipal ou

estadual normalmente, considerando algumas

questões importantes:

As escolas disponibilizam um professor

auxiliar ou acompanhante terapêutico (AT)

para acompanhar diariamente o aluno nas

atividade;

Há crianças que frequentam a escola

regular meio período e no contraturno vai a

APAE;

Tem crianças que vão a escola regular e

somente passam na APAE por atendimentos

ambulatoriais;

E na última opção é de crianças que

frequentam somente a APAE.

Para que a criança frequente a APAE, é

necessário que seja realizada uma avaliação

pela equipe multidisciplinar capacitada,

analisando o perfil e se ela se encaixar nos

critérios, será matriculada.

19
Escola vs APAE
É importante ressaltar que há unidades da

APAE em todo o Brasil, mas em algumas

cidades não possuem, e cada unidade possui

uma forma de avaliação da criança.

O acompanhante terapêutico (AT) auxilia a

criança no ambiente escolar nas atividades

pedagógicas e na rotina, dando suporte e

facilitando a inclusão, seja com dicas verbais

ou manuais de acordo com a necessidade

particular de cada criança.

20
Aceitação
da família
Quando os pais recebem o diagnóstico, é

comum ficarem sem saber por onde começar!

É uma mistura de sentimentos como medo,

angústia, culpa, perguntas sem respostas...

É sempre importante se tranquilizar e buscar

informações, não tenha medo de perguntar, ler,

procurar profissionais capacitados, buscar

apoio em grupos de mães seja esse presencial

ou virtual, trocar experiências e encarar a

situação.

Não rotule a criança!

Outro ponto importante, é não isolar a criança

do mundo, não deixe de sair de casa, fazer

passeios, aniversários, seja uma incentivadora

do seu filho, mostrando que ele pode viver!

Não se esconda, fortaleça seus vínculos

familiares, vá atrás de direitos, busque ajuda, e


21
exija respeito!
Conclusão
Assim concluo nosso primeiro E-book

totalmente gratuito, com informações de

extrema importância que espero ter ajudado a

todos vocês.

Estou desenvolvendo outros materiais que

também serão disponibilizados em breve!

Todo trabalho tem sido realizado com muito

carinho, com a participação dos pais que me

enviam suas mensagens diariamente.

Nossas Redes Sociais e Contatos


É só clicar ;)

E-mail

contato@rotinamente.com

Um grande abraço,
Rafaelle Sacchi

RotinaMente 22

Você também pode gostar