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DIREITO PENAL - PARTE GERAL

Eficácia da Sentença Estrangeira, Contagem de Prazo, Frações na Computáveis da PENA


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DIREITO PENAL

Disposições finais da lei penal


Eficácia de sentença estrangeira
Art. 9º – A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz
na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:
I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis;
II – sujeitá-lo a medida de segurança.

 Obs.: É necessário haver o requerimento da parte interessada para os efeitos


do inciso I. Quanto ao inciso II, deve haver a requisição do ministro da
justiça.
Se o crime for de extraterritorialidade incondicionada, a sentença
estrangeira não produzirá efeitos no Brasil, uma vez que o artigo 7º, §
1º, CP, determina que o agente deve ser punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

Eficácia de sentença estrangeira


Art. 9º – (...) Parágrafo único – A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país
de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de
requisição do Ministro da Justiça

Súmula 420, STF


“Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito
em julgado.”
A quem compete a homologação da sentença estrangeira?
Ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) – art. 105, I, “i”, CF/88, que deverá
fazer um mero exame formal, referente aos requisitos do artigo 788 do CPP. Esta
homologação gera um título executivo judicial.
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 Obs.: por se tratar de mero exame formal, o STJ não realizará análise do fato
típico.

Reincidência
Art. 63 – Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime,
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o
tenha condenado por crime anterior.

Atenção!
para fins de reincidência, não é necessário haver a homologação da sentença
penal estrangeira.

Direto do concurso
1. (FCC/2014 /DPE-PB/Defensor Público) A sentença criminal condenatória
estrangeira é eficaz no direito brasileiro
a. inclusive para fins de reincidência.
b. somente para sujeitar o agente à medida de segurança.
c. somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros
efeitos civis.
d. somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da
lei estrangeira.
e. somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se
produziu no estrangeiro

Comentário
a. Art. 63 – Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime,
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro,
o tenha condenado por crime anterior.
b. não apenas para sujeitar o agente à medida de segurança, mas à reparação
do dano, à restituição e a outros efeitos civis.
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c. não apenas para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e a


outros efeitos civis, mas à medida de segurança.
d. Se o crime for de extraterritorialidade incondicionada, a sentença estrangeira
não produzirá efeitos no Brasil, uma vez que o artigo 7º, § 1º, CP, determina
que o agente deve ser punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido
ou condenado no estrangeiro.
e. poderá se tratar, também, de crime executado no estrangeiro, cujo resultado
se produziu no estrangeiro

Contagem de prazo
Art. 10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias,
os meses e os anos pelo calendário comum.

Contagem do prazo
Direito Penal Direito Processual Penal
Artigo 10 do CP: O dia do começo inclui-se Artigo 798, § 1 o , CPP: Não se computará no
no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o
meses e os anos pelo calendário comum. do vencimento.
Súmula 310 do STF: “Quando a intimação tiver
lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito
Não se aplica a súmula 310 do STF. O prazo do
de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial
Direito Penal pode ter início ou fim em qualquer
terá início na segunda-feira imediata, salvo se
dia da semana, ainda que feriado
não houver expediente, caso em que começará
no primeiro dia útil que se seguir.”
Prazo mais curto favorece o réu (tempo de
Prazo mais longo favorece o réu. Melhor
prisão, decadência, prescrição, livramento
exercício da ampla defesa.
condicional, duração da pena, etc.)

Termo inicial – qualquer que seja a fração do dia, será computado como um
dia inteiro.
Prazo em dias – contagem seguida de dias. Não se deve confundir trinta dias
com um mês.
Prazo em meses – deve-se contar um mês até o dia anterior ao do prazo
inicial. Ex.: 10 de fevereiro a 9 de março.
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Prazo em anos – deve-se contar um ano até o dia anterior ao do prazo inicial.
Ex.: 10 de fevereiro de 2019 a 9 de março de 2020.

Direto do concurso
2. (CESPE/2006/DPE-DF/Procurador) Acerca da ação penal nos crimes contra
os costumes, julgue os itens a seguir.
O dia do começo inclui-se na contagem do prazo penal e tem relevância para
as hipóteses de cálculo de duração da pena, do livramento condicional e da
prescrição. Em todos esses casos, a contagem dos dias, meses e anos é
feita pelo calendário gregoriano

Comentário
O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses
e os anos pelo calendário gregoriano, ou seja, calendário comum.

3. (FCC/2015/CNMP/Analista do CNMP/Direito) Para fins da contagem do


prazo no Código Penal,
a. não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do
vencimento.
b. o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se as horas, os
dias, os meses e os anos.
c. não se computará no prazo o dia do crime, incluindo-se, porém, o do
resultado.
d. o dia do começo e do vencimento deverão estar expressamente previstos
em face do princípio da reserva legal.
e. o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum.

Comentário
a. O dia do começo será computado, bem como o dia do vencimento.
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b. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os


meses e os anos.
c. Na prescrição, o prazo é contado a partir do resultado. Nas outras situações,
o dia do crime será computado.
d. O dia do começo e do vencimento terão variação de acordo com o caso
em específico.
e. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário gregoriano, ou seja, calendário comum.

Disposições finais da lei penal


Frações não computáveis da pena
Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Obs.: substituiram-se frações de cruzeiro por frações de real.

Direto do concurso
4. (CESPE/2016/TJ-DFT/Juiz) Com relação à aplicação da lei penal, assinale a
opção correta.
a. As frações de dia são computadas como um dia integral de pena nas penas
privativas de liberdade e nas restritivas de direitos.
b. O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera praticado o crime no
momento do seu resultado.
c. A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as
mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para todos os
efeitos, exceto para obrigar o condenado à reparação do dano.
d. Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé
pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade
de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público,
embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro.
e. Não é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-
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se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo


correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Comentário
a. Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas
de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
b. O direito penal, quanto ao tempo do crime, considera praticado o crime no
momento da ação ou da omissão.
c. A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz as
mesmas consequências, poderá ser homologada no Brasil para obrigar o
condenado à reparação do dano.
d. Ficam sujeitos à lei brasileira os crimes contra o patrimônio ou a fé
pública do DF, de estado, de município, de empresa pública, sociedade
de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público,
embora cometidos no estrangeiro, sendo o agente punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. Tratam-se de crimes de
extraterritorialidade incondicionada.
e. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, ainda que achando-
se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil (art. 5º, §2º, CP).

Legislação especial
Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por
lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
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GABARITO

1. a
2. C
3. e
4. d

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Érico Palazzo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do
conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo
pela leitura exclusiva deste material.

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