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DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA

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Divisão política e regional do território


brasileiro proposta pelo IBGE
O Brasil é uma República Federativa. A partir da Constituição de 1988, o
país passou a ser constituído por 26 estados e um Distrito Federal - que
contém a capital, Brasília -, totalizando 27 unidades político
administrativas.

Linha do Tempo:
Datas e fatos relevantes à divisão política do Brasil no século XX:
1903: Criação do Território Federal do Acre.
1942: Criação do Território Federal de Fernando de Noronha.
1943: Criação dos territórios: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu.
1946: Extinção dos territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu.
1956: Mudança de denominação de Território Federal do Guaporé para Território
Federal de Rondônia.
1960: Inauguração da Capital Federal Brasília.
1960: Criação do Estado da Guanabara na área do antigo Distrito Federal.
1962: Elevação do Território Federal do Acre à condição de estado.
1962: Mudança da denominação do Território Federal do Rio Branco para Território
Federal de Roraima.
1974: Fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e transferência da capital
estadual de Niterói para Rio de Janeiro.
1977: Criação do estado do Mato Grosso do Sul, mais uma unidade da federação. Mato
Grosso do Sul foi desmembrado do estado do Mato Grosso.
1981: Elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado.
1988: Criação do estado do Tocantins.
1988: Elevação dos Territórios Federais de Roraima e Amapá à condição de estado.
1988: Extinção do Território Federal de Fernando de Noronha, com anexação ao estado
de Pernambuco, como Distrito Estadual.
Após a elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado
da federação brasileira, em 1981, foram também elevados a tal condição,
em 1988, os territórios do Amapá e de Roraima. A Constituição de 1988,
que extinguiu o Território Federal de Fernando de Noronha, criou também
o estado do Tocantins, que foi desmembrado de Goiás e considerado uma
unidade federativa da região Norte.
Os estados foram classificados pelo IBGE em cinco macrorregiões:

 SUDESTE (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo)


 SUL (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)
 CENTRO-OESTE (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e
Distrito Federal)
 NORTE (Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e
Tocantins)
 NORDESTE (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí).

Essa divisão do IBGE é relevante, pois o governo a utiliza para divulgar


dados estatísticos. É importante ressaltar, porém, que as macrorregiões
não correspondem totalmente à regionalização do espaço, pois dentro
delas há áreas que não apresentam as mesmas características físicas,
humanas e econômicas.

A divisão do Brasil em cinco macrorregiões difere da divisão do país em


regiões geoeconômicas. A divisão feita pelo IBGE em cinco macrorregiões
segue os limites dos estados e é baseada na organização político-
administrativa do Brasil. Já a divisão em regiões geoeconômicas procura
incluir áreas com características socais e econômicas comuns, não
levando em conta os limites estaduais.

Nas últimas décadas, a realidade de todo o país, inclusive de suas cinco


macrorregiões, mudou muito. Houve a formação de grandes regiões
metropolitanas e centros industriais, uma forte migração interna, a
expansão de fronteiras agrícolas para o interior do país, um investimento
em infraestrutura (transportes, comunicação e energia) e um rápido
crescimento demográfico.

SUDESTE
A região Sudeste – cortada pelo Trópico de Capricórnio e onde predomina
o clima tropical – compreende os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio
de Janeiro e Espírito Santo.

É o centro industrial e a região mais desenvolvida do país. É


caracterizada pela presença de indústrias e do mercado financeiro, pela
agricultura moderna, pela presença das maiores metrópoles e pela grande
circulação de capitais e mercadorias.

A concentração industrial da região ocorreu graças a vários fatores: a


mineração no século 18 e a expansão da cafeicultura a partir do século 19
causaram com que o Sudeste se tornasse uma área de atração de
população e capitais. Outros fatores que tornaram a região o centro
industrial do Brasil foram: a criação de um mercado consumidor e
financeiro; o crescimento urbano, especialmente em São Paulo e Rio de
Janeiro; o desenvolvimento rodoferroviário e portuário; o fluxo imigratório
estrangeiro, com técnicas de produção industrial; e os recursos naturais
favoráveis - potencial hidroelétrico, reservas de ferro e manganês e solos
férteis.

A agricultura da região Sudeste é moderna e integrada à indústria,


concentrando a maior parte da produção agrícola de exportação do Brasil.

O Sudeste compreende também o Quadrilátero Ferrífero. Localizado no


centro-sul de Minas Gerais, é responsável pela maior produção brasileira
de minério de ferro e manganês. Uma zona siderúrgica e metalúrgica se
desenvolveu centralizada em Belo Horizonte, que aproveita o minério de
ferro e o manganês do Quadrilátero Ferrífero.

São Paulo é o centro financeiro do Brasil, sede da maior bolsa de valores


do país e de muitos bancos públicos e privados.

Por ser um polo de atração populacional, o Sudeste vivencia um


crescimento acelerado de suas cidades, mas não há um acompanhamento
de desenvolvimento de sua infraestrutura. Consequentemente, serviços
básicos como saneamento, moradia, educação, saúde e transporte não
estão estruturados para suprir as necessidades de todos seus habitantes.
Isso gera graves problemas nas cidades.

A precariedade do sistema de transportes faz com que a população de


baixa renda prefira morar em favelas ou loteamentos clandestinos e não
na periferia.

O desemprego e o subemprego nas grandes cidades multiplicam a


pobreza e agrava as tensões sociais. Durante crises econômicas, cresce o
crime e as atividades ilegais.

A degradação do meio ambiente e a poluição também têm sido problemas


causados pelo crescimento das cidades no Sudeste.

SUL
O Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. Nessa região, predomina o clima subtropical, não sendo incomuns
temperaturas abaixo de zero durante o inverno.

A industrialização da região Sul foi iniciada por imigrantes europeus. A


partir do início do século 19, tais imigrantes desenvolveram atividades
artesanais com o objetivo de prover sustento às suas famílias. Essas
indústrias domésticas deram origem às indústrias de grande porte, como
as têxteis, as vinícolas e as de artefatos de couro. Os imigrantes
desencadearam a industrialização da região, pois a maioria delas
originava de países desenvolvidos, onde eram conhecidas as técnicas de
produção.

Na Região Sul, predomina a prática agrícola moderna, que é responsável


por uma parcela significativa da produção agrícola brasileira. Em
pequenas e médias propriedades familiares, o trabalho é realizado pelo
próprio proprietário e por seus familiares.

A região é caracterizada por muitas cidades pequenas e médias. Em


Santa Catarina destacam-se as cidades de Itajaí, Blumenau, Brusque e
Joinville. É uma área de colonização alemã. Na região predominam
pequenas e médias propriedades agrícolas e pequenas e médias
empresas que atuam no setor têxtil, alimentício, agroindustrial, de
roupas, de calçados, e outras. Encontram-se também grandes empresas
como a Sadia.

A maior concentração industrial localiza-se em Porto Alegre e Curitiba.


Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é o maior centro econômico,
político e cultural da sub-região sul do Brasil. Curitiba, capital do Estado
do Paraná, se tornou um polo de grande atração populacional. É uma área
de grande concentração de indústrias com tecnologia avançada e de
grande escala e inclui indústrias de material de transporte e de material
elétrico e químico.

Outras atividades da região incluem a pecuária de corte e o cultivo de


arroz, na Campanha Gaúcha, e a indústria de papel, no Paraná.

O fácil acesso aos outros membros do Mercosul também traz muitos


benefícios à Região Sul.

No Sul e Sudeste do Brasil, a renda per capita é mais elevada do que no


restante do país. Isso se deve ao fato de essas regiões serem as mais
desenvolvidas.

CENTRO-OESTE

A região Centro-Oeste inclui os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do


Sul, Goiás e Distrito Federal. A maior parte da região apresenta um clima
tropical. A parte norte da região, onde começa a floresta equatorial, tem
um clima mais quente.

O desenvolvimento do Centro-Oeste ocorreu primeiramente com a


transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. A
construção de Brasília, iniciada na década de 1950, acelerou a ocupação
da região.

Na região Centro-Oeste predomina a agricultura das grandes fazendas. As


indústrias que se estabeleceram na região estão ligadas às atividades
agrícolas e à pecuária. Áreas do cerrado foram transformadas em
extensas áreas agrícolas, com produção moderna, que se destaca pelo
cultivo de arroz, milho e soja.
O Centro-Oeste é a principal produtora de grãos do Brasil. As atividades
agropecuárias da região são caracterizadas pelo uso de métodos
modernos de cultivo, como a escolha de sementes e o uso de tratores e
de outros equipamentos. Na pecuária de corte, é comum o uso de
inseminação artificial e de vacinas para o rebanho.

O centro urbano da região é Brasília. Os institutos governamentais


políticos e administrativos dominam as atividades da cidade.

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