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Formação da hemoglobina:
o 1 molécula de protoporfirina 9 + Ferro = 01 grupo heme
Protoporfirina 9 é produzida pela mitocôndria defeito = anemia sideroblástica
Se falta protoporfirina, sobra ferro. Na anemia sideroblástica sobra ferro.
Ferro vem da dieta = falta de ferro = anemia carencial ou da doença crônica
o 4 grupos heme + 4 globinas = hemoglobina
Hemoglobina HbA (97%) = aabb (duas globinas alfa e duas beta)
Hemoglobina HbA2 (2%) = aadd (duas globinas alfa e duas delta)
Hemoglobina HbF (1%) = aagg (duas globinas alfa e duas gama)
Problemas na globina = talassemias (defeito da quantidade de Hb) e anemia falciforme (defeito na qualidade de Hb)
Diminuição da cadeia b = betatalassemia (normalmente mais branda)
Diminuição da cadeia a = alfatalassemia (normalmente mais grave)
Se globulina está defeituosa, sobra ferro. Nas talassemias, sobra ferro. Talassemias são hemolíticas.
o Portanto: anemias que são causadas por defeito na cadeia de produção da Hb vão ser microcíticas (pequenas) e hipocrômicas
(“pálidas”). Exceção: anemia falciforme.
O hemograma normal:
o Hm 4.5-6 milhões/mm³
Quantidade de hemácias
o Hb 12-17g/dL
O que define de fato anemia
o Ht 36-50%
o VCM = 80-100fL
Mede o tamanho médio das hemácias
Abaixo de 80 = microcítica; 80-100 normocítica; >100 macrocítica
Em prova >110 = pode marcar megaloblástica
o HCM = 28-32pg e CHCM 32-35g/dL
Qualquer um dos dois alterados altera cor da hemácia
Valor baixo de um dos dois = anemia hipocrômica; Os dois normais = normocrômica; os dois aumentados = hipercrômica (=
esferocitose)
o RDW 10-14%
Índice de Classificação das anemias
anisocitose Anemias microcíticas Anemias normocíticas Anemias macrocíticas
Normal ou alto Ferropriva Ferropriva Megaloblástica
(comum em Doença crônica Doença crônica Etilismo crônico
anemias carenciais, Talassemias Insuficiência renal Sideroblástica (forma adquirida)
pq umas hemácias Sideroblástica (forma hereditária) Anemias hemolíticas
vêm turbinadas, Anemia aplásica
outras não kkk)
o Reticulócitos 0,5-2%
Separa se é hemolítica ou não (se for alta, é hemolítica)
Podem estar altos no pós-reposição de ferro em anemias carências (serve de marcador de resposta!)
o Leuco 5.000-11.000/mm³
o Plaqq 150-400.000/mm³
o Miscelânia:
Hemácias em alvo: marcador de microcitose
Pleocariócitos: neutrófilos hipersegmentados
Esferócitos: células muito vermelhas pequenas > esferocitose hereditária, AHAI
Drepanócitos: hemácias em foice > anemia falciforme
Corpúsculos de Heinz – precipitação de hemoglobina (azul) na periferia da hemácia > def. de G6PD
Células mordidas (bite cells) – nome auto-explicativo > def. de G6PD
Corpúsculos de Howell-Jolly – núcleo não dividido visível na hemácia
Dacriócitos – hemácias em lágrima – sugere hematopoiese extra-medular (fibrose de MO)
Ciclo do ferro:
o Ferro é absorvido na dieta no intestino
Difícil de absorver / quase tudo prejudica absorção / acidez auxilia na absorção
o Primeiro o ferro fica armazenado no enterócito
Transferrina transporta ferro para hemácia
o 120 dias depois a hemácia, no fim de “vida”, será levada pro baço e lá será desmontada
O fígado vai se livrar da globina
Protoporfirina será metabolizada a biliverdina > bilirrubina indireta > captada pelo hepatócito > conjugada > excretada na bile
sob a forma de bilirrubina direta > fezes
Dois caminhos pro ferro:
Transferrina leva ferro de volta pra M.O. pra começar tudo de novo
Ferro será guardado intracelularmente sob a forma de ferritina
Não existe via de eliminação fisiológica de ferro
o Balanço negativo do ferro:
Primeiro há depleção dos estoques de ferro
Ferritina cai primeiro
Fígado percebe queda dos estoques de ferritina:
Há aumento da produção de Transferrina e
Há aumento do TIBC (capacidade total de combinação do ferro): falta ferro então sobra mais sítios de ligação de Fe
nas moléculas de Transferrina, então:
Há diminuição da saturação de Transferrina (normal 30-40%)
Estoque de ferro vai caindo aos poucos:
Normocítica > microcítica (murcha) > hipocrômica (murcha e pálida)
o Resumo:
Estoque de ferro: Ferritina
Transferência de ferro: Transferrina, TIBC e receptor solúvel da transferrina
Ferro per se: ferro sérico
o Laboratório:
Ferro sérico 60-150mcg/dL
Baixo na ferropriva e de doença crônica
Alto nas talassemias e anemia sideroblástica
Ferritina ~20-300ng/mL
Saturação da Transferrina (ferro/TIBC) 30-40%
TIBC 220-420ug/dL
Quadro clínico:
o Relacionado à síndrome anêmica
Palidez, astenia, cefaleia, dispneia, angina...
o Relacionado à carência nutricional
Geral: glossite (edema doloroso de língua), queilite angular (cascão no ângulo da boca)
Carência de ferro: perversão do apetite (PICA – come terra, chupa gelo [pagofagia]), coiloníquia (unha em forma de colher),
disfagia de Plummer-Vinson / Patterson-Kelly (causado por fibrose esofagiana... Pode ter no hipotireoidismo grave tbm)
Hemograma:
o Anemia:
Normo/normo (início)
Micro/hipo (clássico)
o Aumento do RDW (>14%)
o Trombocitose (principalmente pediatria)
o Ferritina baixa
o Transferrina, TIBC, receptor solúvel de Transferrina altos
o Ferro sérico e saturação de Transferrina baixos
o Protoporfirina pode estar alta (sobra protoporfirina pq falta ferro)
Conduta:
o Investigar a causa:
Crianças: desmame precoce, ancilostomíase (eosinofilia)
Adultos: hipermenorreia, sangramento GI crônico
Paciente com anemia ferropriva >50a > suspeitar de sangramento GI > solicitar colono e EDA
o Iniciar sulfato ferroso:
300mg (ou 60mg Fe elementar) 3x/dia
Como avaliar a resposta?
Contagem de reticulócitos (aumento de entrega de reticulócito na circulação)
Duração do tratamento?
6 meses a 1 ano (ou ferritina >50ng/mL)
Quando indicar:
Anemia de qualquer valor > lembrar que a depleção da Hb é a ponta do iceberg. A hb pode parecer “próxima do
normal”, mas nesse caso a ferritina já foi esgotada!
Conceito:
o Doenças crônicas (infecciosas, inflamatórias ou neoplásticas) > liberação de citocinas > estimulam secreção de hepcidina
Hepcidina estimula aprisionamento de ferro (ferritina)
Redução de absorção intestinal do ferro
Ferro sérico baixo, mas ferritina alta
Hemograma:
o Anemia normo/normo
o Ferro sérico e saturação de transferrina baixos
o Ferritina alta (diferencial com ferropriva)
o Transferrina, TIBC, receptor solúvel da Transferrina baixos (diferencial com ferropriva)
Tratamento:
o Tratar doença de base
o Eritropoetina (casos selecionados)
Anemia sideroblástica: ____________
Betatalassemia: ____________
Alfatalassemia: ____________
Hemólise: Destruição precoce de hemácias – diferente de hemocaterese (destruição fisiológica das hemácias quando elas chegam ao final dos
120 dias)
Clínica:
o Anemia e icterícia
o Litíase biliar
o Esplenomegalia
Laboratório:
o Aumento de reticulócitos (VCM normal ou aumentado – pq reticulócito é grande)
o Aumento da bilirrubina indireta e LDH
o Queda da haptoglobina – moléculas que carreiam as globinas originadas das hemácias para fígado para serem metabolizadas
Crises anêmicas:
o Sequestro esplênico – principalmente crianças mais novas (<2a) com anemia falciforme (que ainda têm baço)
Muito grave. Precisa de CH e esplenectomia
o Aplásica – Parvovírus B19... Precursores eritroides...
Auto-limitada
o Megaloblástica – deficiência de folato em situações de alto turnover celular. Atenção na reposição!
Questão de anemia hemolítica com reticulócitos baixos e VCM > 110 = faltou folato!
o Hiper-hemolítica – incomum
Investigação de hemólise:
o Coombs direto positivo = anemia hemolítica auto-imune – AHAI
o Coombs direto negativo = anemia hemolítica não auto-imune
Congênitas
Defeito de membrana (esferocitose)
Defeito em enzimas (def. de G6PD)
Defeito na hemoglobina (d. falciforme – qualitativo; talassemias – quantitativo)
Adquiridas
Intravascular:
Extravascular (baço)
Defeito genético que faz com que paciente nasça com pouca espectrina e anquirina > defeito na membrana da hemácia > hemácia menos
maleável e flexível > aspecto esférico, saturado, hipercrômico > macrófagos do baço a destroem
Aspectos clínico-laboratoriais:
o Hemólise (inclusive esplenomegalia)
o Esferócitos no sangue periférico (não patognomônico – pode ter na AHAI tb... Coombs pra diferenciar!)
o Hipercromia
o Coombs direto negativo
Diagnóstico:
o Bota a hemácia num meio de baixa osmolaridade > teste da fragilidade osmótica (hemácia “poca” fácil pq já tá gorda)
Tratamento:
o Alteração hematológica:
Não cura. É genético.
o Quadro clínico:
Cura: esplenectomia (a partir dos 4 anos) > cura hemólise, mas mantém esferócitos
Complicação:
o Colecistite aguda litiásica (hemólise crônica)
o Quando for fazer esplenectomia investiga se já tem litíase renal por sais de bilirrubinato de cálcio (hemólise crônica)
Defeito genético que faz com que paciente nasça com pouca espectrina e anquirina > defeito na membrana da hemácia > hemácia menos
maleável e flexível > aspecto esférico, saturado, hipercrômico > macrófagos do baço a destroem
Aspectos clínico-laboratoriais:
o Hemólise (inclusive esplenomegalia)
o Esferócitos no sangue periférico (não patognomônico – pode ter na AHAI tb... Coombs pra diferenciar!)
o Hipercromia
o Coombs direto negativo
Anemia falciforme (drepanocitose): ____________
1. Exantema + lesão em cavidade oral ao mesmo tempo = Kawasaki, escarlatina, varicela ou mononucleose infecciosa.
a. Kawasaki (vasculite auto-imune de médios vasos) pode ter qualquer tipo de exantema (exceto vesicular). Idade <5 anos (média 2-3
anos)
b. Escarlatina (SGA) tem exantema maculopapular difuso, eritematoso, em lixa, que começa no pescoço e vai disseminando para
membros (pior em regiões flexoras – sinal de Pastia) e normalmente não atinge face (quando o faz, poupa a região perioral – sinal de
Filatov). Complicação da faringite estreptocócica. Idade 5-15 anos.
c. Na mononucleose infecciosa, o rash é iatrogênico, causado pelo uso de penicilinas para tratamento inadvertido de uma faringite que se
pensou ser estreptocócica. A questão fala de um menino que foi no médico com dor de garganta, recebeu benzetacil e voltou dois dias
depois todo vermelho. Idade ~até 5 anos.
d. Varicela (varicela-zoster): exantema maculovesicular em diversos estados ao mesmo tempo que culminam em crostas já não
infectantes. O enantema em boca e orofaringe pode causar bastante dor.
2. Por idade:
a. Lactentes: exantema súbito
b. 2-3 anos: Kawasaki
c. < 5 anos: Mononucleose infecciosa
d. 5-10 anos: Sarampo
e. 5-15 anos: eritema infeccioso, escarlatina e rubéola
f. Qualquer <15 anos: varicela
Então: anemia súbita após uso de medicação nova: pensar em sulfas (deficiência de folato E/OU AHAI E/OU def. G6PD)