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Manutenção de equipamentos

Curso: Esteticista

Módulo: Manutenção de equipamentos

Carga Horária: 25H

Início: 21/02/2018

Fim: 05/03/2018

Elaborado por: Patrícia Cruz

Entidade: Motriviana

ÍNDICE
OBJETIVOS GERAIS
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No final do módulo deverá ser capaz de:

Objetivos gerais:
▪ Identificar as características do equipamento em cabine;
▪ Identificar e aplicar as técnicas de armazenamento e movimento de material;
▪ Identificar e aplicar as técnicas de higienização dos equipamentos e utensilios.

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1. Caracterização de produtos cosméticos
1.1 O que é um produto cosmético?
De acordo com a definição legal, um produto cosmético é qualquer substância ou
mistura destinada a ser posta em contacto com as partes externas do corpo humano
(epiderme, sistemas piloso e capilar, unhas, lábios e órgãos genitais externos) ou com os
dentes e as mucosas bucais, tendo em vista, exclusiva ou principalmente, limpá-los, perfumá-
los, modificar-lhes o aspeto, protegê-los, mantê-los em bom estado ou corrigir os odores
corporais.
Os cosméticos abrangem um espetro muito amplo de produtos em várias
categorias, englobando os produtos de higiene corporal, como sabonetes, geles de banho,
champôs, desodorizantes, pastas dentífricas, e os produtos de beleza, como tintas capilares,
vernizes e maquilhagem.
(http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/cosmeticos)
Uma das classificações dos produtos cosméticos baseia-se em suas funções, que
podem ser:
– Higienizar: remover da superfície cutânea as impurezas provenientes das
secreções, dos resíduos celulares e do ambiente, melhorando seu aspeto e facilitando suas
funções. Não devem permanecer sobre a pele e mucosas além do tempo necessário para
cumprir sua ação de limpar. Exemplos: champôs, sabonetes, abrasivos, pastas dentífricas.

– Conservar/proteger: manter a pele em bom estado, protegendo-a e conservando


as características que definem o estado de equilíbrio perfeito de todas as suas funções.
Exemplos: protetor solar, hidratante.

– Reparar/corrigir: atuar sobre as imperfeições da pele ocasionadas por alterações


orgânicas ou funcionais, que, geralmente, têm origem em causas externas. Exemplos de
imperfeições: melasmas, efélides, manchas senis, acne, rugas.

-Maquiar/enfeitar: realçar a beleza e mucosa labial pela aplicação de diversos


produtos coloridos. Além dessa função, podem corrigir ou dissimular imperfeições. Exemplos:
batons, blushes.

Outra classificação dos produtos cosméticos tem por critério sua forma cosmética:

– Creme: sua forma é consistente, emulsionada. Dependendo das substâncias


utilizadas em sua formulação, destina-se à limpeza, hidratação ou nutrição.

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– Leite ou loção cremosa: é uma emulsão fluida, geralmente O/A. Existem
também os chamados “óleos hidrolíticos”, emulsão A/O, usados principalmente como
desmaquilhantes para qualquer tipo de pele.

– Loção: é uma solução constituída da mistura de substâncias químicas, podendo


ser transparente ou opaca, incolor ou colorida. O veiculo pode ser constituído de água,
álcool/água, água/propileno glicol. De acordo com a ação a que se destinam, são
denominadas loções tônicas, adstringentes, antissépticas, calmantes, hidratantes, etc.

– Gel: sua forma cosmética é viscosa, mucilaginosa, obtida mediante coloides


protetores, transparentes ou não, que, ao secar deixam uma película invisível sobre a pele.
Por não conter material graxo, é indicado para peles lipídicas.

– Espuma (mousse): emulsão bifásica em que a fase interna é o ar ou outro gás e


a externa é um sólido ou um líquido. É envasada sob pressão.

– Aerosol: dispersão de um líquido e/ou sólido (fase interna) em um gás (fase


externa, que tem o maior volume). Esse gás é conhecido como propelente (exemplo:
butano/propano). É envasado sob pressão.

– Suspensão: são misturas heterogêneas que apresentam uma fase líquida em


que se dispersa outra sólida (facilmente sedimentada). Exemplos: leite de colônia, pasta
d’água, etc.

– Pó: mistura de substâncias que se encontram no estado seco, finamente divididas


e misturadas intimamente. Às vezes há adição de um líquido (perfume, por exemplo), que
logo é absorvido. Exemplos: talco perfumado, pó compacto.

1.2 Roupas adequadas às várias funções:


Ainda que não sejam sinônimos, postura e competência formam uma parceria para
o desenvolvimento de um relacionamento baseado na confiança. A forma como a esteticista
se veste diz muito a seu respeito, e não só na vida pessoal: na profissional as roupas também
passam mensagens e significados de forma consciente ou não – e por isso o zelo é
fundamental para que você não passe os códigos errados. Uma aparência de desleixo pode
passar uma imagem negativa, assim como o excesso de informalidade, cores, joias e
penteados.
Cores
De quem trabalha com a beleza e a saúde espera-se sempre limpeza e higiene,
que convencionalmente são traduzidas nas cores claras, especialmente o branco. Escolha

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roupa de trabalho essencialmente branco ou off white, no máximo, se fizer muita questão,
tenha algumas peças em cores pasteis bem suaves, como azul e rosa bebê. Dê preferência
aos cortes clássicos, de linhas retas. Nada de calças jeans skinny, leggings e saias curtas.
Opte por tecidos confortáveis e fáceis de conservar. Por exemplo, o algodão é sempre uma
ótima escolha, já que é cómodo, transpirável, leve e fácil de lavar e secar. Outra escolha
comum é o poliéster, que dura mais e fica menos amarrotado. Um aspeto a ter em conta é
escolher peças que juntem características de ambos os materiais sem nunca esquecer de
que cada pessoa precisa peças de vestuário num tamanho adequado ao seu porte físico.
Lembre também de cuidar dos decotes, pois isso pode evitar transtornos com
clientes do sexo masculino.

Sapatos
Os calçados devem ser delicados e macios ao pisar, de forma que não façam
barulho. O ideal são os calçados com sola de borracha. Mesmo os procedimentos estéticos
mais simples devem deixar o cliente relaxado, não tenso com o toc-toc de um lado para o
outro. Quanto à cor, o ideal é o branco, mas você também pode usar tons neutros ou couro
claro, de forma que integre harmoniosamente o restante do visual.

Cabelos e maquiagem
Sempre limpos, bem penteados e de preferência presos em coque ou rabo-de-
cavalo, mas precisam estar em ordem e não ficar na frente do rosto cada vez que baixar a
cabeça. Cabelos presos também reduzem a possibilidade de que fios soltos caiam sobre o
cliente, o que é bastante desagradável. Além de presos, os cabelos devem estar
impecavelmente limpos. Não há problema algum em usar maquiagem, contanto que seja
discreta, apenas para dar um aspecto mais saudável à pele, corrigindo olheiras, expressões
de cansaço, noites mal dormidas, ou resfriados, por exemplo – mas sem exagero.

Joias e bijuterias
Evite joias e bijuterias grandes, use brincos pequenos e discretos, que combinam
com tudo. Pulseiras e anéis também não são indicados, principalmente quando se lida com
cremes e produtos.

Mãos
Sempre em dia, limpíssimas e de unhas bem cortadas e se usar verniz use cores
claras. Unhas grandes, com vernizes escuros não combinam com a profissão. Vernizes
claros remetem à limpeza e à higiene, que mostram como suas mãos estão bem tratadas e
as unhas livres de micoses ou fungos, sem qualquer mancha escura. Não esqueça que se
mãos bem cuidadas já são o cartão de visita de qualquer pessoa, elas têm esse papel
redobrado numa esteticista.

2 Espaço do gabinete
2.1 Qualidade
Os métodos de estética são a parte mais delicada do mundo da beleza por se tratar
de procedimentos muitas vezes irreversíveis e de grandes mudanças, portanto, o padrão de
qualidade dos seus serviços devem ser sua maior preocupação.
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É importante acompanhar de perto os trabalhos realizados no seu gabinete de
estética e sempre estar atento ao desempenho de seus profissionais.
É um trabalho de muita responsabilidade e deve ser visto como tal por você e toda
sua equipe para que os clientes confiem nos tratamentos oferecidos e possam sair satisfeitos
doss tratamentos e ainda indicar outras pessoas.
A procura por tratamento segue em franco crescimento e ganha clientes fieis ao
procedimentos que mostram resultados.

2.2 Higiene das Instalações do Gabinete:


De acordo com a Constituição da nossa Republica, todos têm o direito à proteção
da saúde e o dever de a defender e promover. Ao estado compete assegurar a prestação do
trabalho em condições de higiene e segurança, daí haver um controlo dos bens de consumo
(cosméticos, produtos de higiene pessoal, etc) e da prestação de serviços direta ou
indiretamente relacionados com a saúde, como os serviços nos institutos de beleza.
Às entidades, de todos os ramos, compete organizar os serviços de segurança e
implementar as medidas necessárias e obrigatórias para a prevenção dos riscos dos
trabalhadores. Além disso, a entidade patronal deve também informar os seus trabalhadores
sobre as medidas a aplicar na proteção da sua saúde e segurança e sobre a prevenção de
riscos no seu posto de trabalho, enquanto os próprios trabalhadores têm a obrigação de
colaborar com a entidade patronal na concretização dessas medidas.
A higiene das instalações e do salão prende-se com a higiene do ambiente de
trabalho e aborda questões como: iluminação, ventilação, temperatura, humidade, ruido e
resíduos
Para conservar boas condições de higiene existem algumas medidas básicas a
respeitar
• Espaços conservados, em boas condições
• Limpeza diária após a utilização dos espaços
• Lixos, detritos e resíduos completamente removidos;
• Instalações de vestiários individuais
• ventilação, iluminação, temperatura, sanitários, local para refeição

Cor do Salão
A cor escolhida para a decoração fica ao critério individual, no entanto deve preferir-
se cores claras, pouco agressivas, nomeadamente o branco
• Está relacionado com a limpeza;
• Melhora a luminosidade
• Sensação de espaço mais amplo.
• Aspetos a ter em conta na manutenção e higiene:
• Verificar a humidade das paredes
• Manter o salão arejado
• Extrator de ar;
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• Vestuário e calçado devem ser de uso individual;
• Limpeza:
Remoção de cabelos
Chão e material sempre limpos antes da abertura e depois do encerramento
• Usar anticéticos (álcool etílico)
• Usar desinfetantes (lixivia ou produtos amoniacais).

Condições mínimas de assepsia:


Limpeza e desinfeção das bancadas e do chão
• Uso da bata limpa;
• Cabelo preso;
• Material limpo, desinfetado e esterilizado
O trabalhador deverá contribuir para que os eu local de trabalho se encontre o mais
limpo e arrumado possível, dado que a falta de limpeza e a falta de arrumação são dois
fatores promotores de acidentes, por exemplo: o derrame de líquidos no chão poderá originar
quedas

Praticas de higiene no gabinete de estética:


• Disposição dos aparelhos deve facilitar a limpeza
• Manter fios elétricos fora das áreas de circulação
• Estabelecer rotinas para remoção do lixo
• Recipientes de lixo em locais apropriados;
• Recolha seletiva de lixos;
• Pavimento antiderrapante e facilitador de limpeza.
• Responsabilização dos trabalhadores pela sua higiene e segurança e
conhecimento exato das suas tarefas e responsabilidades:
• Não comer no gabinete
• Lavar e desinfetar as mãos
• Desinfetar as zonas do corpo da cliente sujeitas a tratamento
• Lavar, desinfetar, esterilizar, acondicionar e proteger todo o material
reutilizável
• Usar bata de algodão, luvas e mascara;
• Usar o cabelo apanhado, unhas curtas e não usar objetos de adorno;
• Preferir toalhas descartáveis
• Hidratar frequentemente as mãos;
• Retirar os cremes com uma espátula;
• Lavar a roupa de trabalho a 60º e com um desinfetante;
• Todo o material que está em contacto com os clientes deve ser limpo e
desinfetado
• Ao limpar a área de trabalho devem observar-se as seguintes regras:
• Varrer e limpar com movimentos para longe do nosso corpo;
• Limpar da área mais limpa para a mais suja;
• Marquesas protegidas com material impermeável e lavável

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• Chão e moveis limpos, em bom estado de conservação, livre de insetos e
outros organismos;
• Todo o material usado que cai ao chão deve ser colocado em recipiente
fechado, incluindo o transporte de roupa suja.
• Qualquer material que caia ao chão não deve ser usado e deve ser
apanhado apenas no final de atendimento à cliente;
• Não misturar roupas de trabalho com roupas de uso pessoal na lavagem;
• O profissional deve cuidar a higiene pessoal, prevenir odores pessoais e uso
de cosméticos com cheiros intensos;
• Se um ferimento é exposto a um agente contaminante deve ser lavado
imediatamente com água abundante e desinfetado;
2.3 Iluminação:
A iluminação do local de trabalho deve dispor sempre que possível de iluminação natural.
Onde não for possível deve dispor-se de iluminação artificial adequada, complementar ou
exclusiva, que garanta idênticas condições de segurança e de saúde dos trabalhadores
A iluminação é um fator essencial para proporcionar um meio ambiente, circundante dos
postos de trabalho, com segurança. A iluminação não deve constituir um fator de risco.
A boa iluminação permite:
• Diminuir os acidentes de trabalho
• Melhorar a qualidade e rendimento do trabalho
• Melhor ordem e limpeza
• Maior motivação.
• Evitar janelas demasiado luminosas, que formem reflexos ou sombras,
devendo existir cortinas ou persianas que protegem da luz direta do sol;
• Janelas diretas na linha de visão
• Paredes brilhantes e chão escuro;
• Superfícies refletoras (mesas, bancadas, aparelhos...)
• Exposição permanente a luz, sem pausas periódicas para repouso;
• Olhar diretamente para uma fonte de luz de grande intensidade
(encandeamento);

Regras para boa iluminação


Quando se planeia a iluminação do local de trabalho deve ter-se em conta a direção
da luz para evitar encandeamento;
• A luz deve ser dirigida para os materiais e objetos com que trabalhamos;
• Num posto individual o melhor posicionamento da luz será por trás do
trabalhador com direção obliqua por cima do ombro esquerdo no caso de
ser destro;
• O nível de iluminação exigido depende:
• Natureza ou tipo de trabalho;
• Capacidade refletora das superfícies à volta;
• Contraste entre objetos e as superfícies onde se encontram;
• Visão do trabalhador.
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Iluminação geral, zonal e pontual
A iluminação num local de trabalho é geralmente feita através de iluminação geral
através da combinação de iluminação geral com iluminação zonal e com iluminação pontual.
A iluminação geral define-se como a iluminação proveniente das lâmpadas do teto
ou das paredes.
A iluminação zonal ou localizada é aquela que somente ilumina uma área bem
definida de um local.
A iluminação pontual é a que ilumina o objeto ou objeitos com os quais
trabalhamos.
A combinação destes 3 sistemas dá possibilidade de adaptar a iluminação ao
trabalho e ao trabalhador em particular.
Contraste: é a posição ou comparação mútua entre zonas ou objetos iluminados
com intensidades diferentes. Os olhos têm que fazer esforço para distinguir objetos um dos
outros, especialmente quando a iluminação é fraca.
Encadeamento: produz-se quando olhamos para uma luz à qual o olho é incapaz
de se adaptar por esta ser demasiado forte. Isto acontece quando a fonte deluz está
demasiado baixa e não tem pala de proteção (quebra luz) ou quando os raios de sol
penetram diretamente no local de trabalho.
O encadeamento indireto é causado pela luz refletida em superfícies brilhantes. Isto
pode-se evitar usando um tipo correto de lâmpada colocada numa posição adequada.

2.4 Temperatura e humidade


A temperatura pode provocar no trabalhador efeitos psicológicos e fisiológicos que
podem provocar alterações variáveis de pessoa para pessoa. A temperatura e a humidade
devem ser adequadas ao organismo. As salas de convívio, instalações sanitárias e
instalações de primeiros socorros devem estar de acordo com os fins a que se destinam.
Sempre que hajam salas com temperaturas muito diferentes deve haver um espaço
intermédio que permite a aclimatação do organismo.
Fatores que influenciam a sensação de calor:
1. Temperatura do ar;
2. Temperatura das superfícies;
3. Grau de humidade;
4. Deslocamento do ar (renovação).
Efeitos secundários do desconforto causado pela temperatura
l. Ambiente sobreaquecido:
a) Estado de cansaço/fadiga;
b) Sonolência;
c) Diminuição da qualidade do trabalho;
d) Predisposição ao erro;
O calor pode ainda provocar:
• Tonturas, vertigens, hipotensão;
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• Desidratação devido à transpiração excessiva.
Ambiente arrefecido
a) Agitação;
b) Menor capacidade de vigilância
c) Menor capacidade de concentração;
d) Doenças músculo-esqueléticas.
Recomendações gerais:
• Permitir aclimatização por etapas;
• Quanto maior for o calor as pausas devem ser maiores e mais frequentes;
• Permitir que os trabalhadores bebam frequentemente, pequenas quantidades
de água, a uma temperatura ambiente;
• Evitar bebidas geladas, bebidas alcoólicas e bebidas lácteas;
• Janelas, claraboias e paredes envidraçadas, não devem permitir uma
excessiva exposição ao sol;
• Sistema de ventilação;
• As salas de tratamentos devem ser mantidas a 24ºC.
É preciso não esquecer que a prevenção é sempre o melhor tratamento.

3 Higiene do Material e dos Equipamentos


A higiene dos materiais e equipamentos visa sobretudo eliminar ou diminuir o risco
de contaminação por agentes infeciosos ou parasitários.
No caso dos profissionais da área da estética e da beleza, devem fazer uso dos
meios de proteção individual durante os procedimentos de manicura, pedicura, depilação,
limpezas de pele, corte de cabelo, aplicação de produtos químicos e outros e devem proceder
à desinfeção de todos os instrumentos que utilizam nessas tarefas, recorrendo a produtos e
procedimentos adequados. A utilização de luvas adequadas para evitar a exposição cutânea
(precedida de uma boa higiene das mãos), a remoção de anéis ou adornos, antes de se
proceder aos diversos trabalhos, é de extrema importância. Por isso, não devemos
surpreender-nos nem olhar com desconfiança um profissional que faz uso destes meios.
Os procedimentos de limpeza e/ou esterilização dos utensílios e instrumentos que
entrem em contacto direto com os clientes são obrigatórios. No caso dos têxteis, estes devem
ser lavados a uma temperatura superior a 80º. A limpeza e desinfeção do próprio ambiente
de trabalho devem ser feitos diariamente. E além destes, outros procedimentos estão a ser
seguidos, mesmo quando nós não estamos a olhar!
Com o objetivo de eliminar o risco de contaminação, é necessário colocar em
prática normas e regras de higiene e segurança no local de trabalho. Este conjunto de
medidas passa por:
• Manusear corretamente os equipamentos de trabalho;
• Adotar técnicas corretas de trabalho;
• Adotar um sistema de higiene geral.
O processo de descontaminação inclui três fases:
l. Limpeza, Desinfeção e Esterilização

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Limpeza: Processo utilizado para a remoção da sujidade de um objeto ou
superfície. Os agentes de limpeza utilizados são a água e sabão ou detergente. Desta forma,
os objeitos sofrem um processo de lavagem ao qual deve-se seguir a secagem.
Desinfeção: Processo físico ou químico utilizado para reduzir ou eliminar os
microrganismos patogénicos (causadores de doenças). Através deste método elimina-se os
micróbios, mas não os esporos (formas resistentes) que ao fim de algum tempo voltam a
germinar e a originar novos micróbios.
Durante este processo utilizam-se:
Desinfetantes — substancia química capaz de eliminar ou matar microrganismos,
ou reduzi-los a um nível não prejudicial à saúde. Os desinfetantes que se podem aplicar
sobre a pele chamam-se anti-sépticos. Exemplos: imersão durante 30 minutos em hipoclorito
de sódio a 0,4%, álcool etílico a 70%, formaldeído a 4%, água oxigenada a 6%.
Radiação ultravioleta - é absorvida pelas moléculas provocando alterações que
causam a morte dos microrganismos. Está indicado para material não resistente a altas
temperaturas. Faz uma desinfeção apenas superficial.
Esterilização: Processo químico ou físico utilizado para destruição de todos os
organismos incluindo os que se apresentam em formas de resistência (esporos).
Esterilização pelo calor seco — utiliza temperaturas entre os 1600C e os 1800C
numa estufa. Tratamento indicado para material de metal.

Tempo de exposição
Temperatura
(não inclui tempo de aquecimento)

1800 30 min

1700

1600

1500 2 H e 30 min

1400

1210
Quadro no 5: Temperatura adequada na esterilização pelo calor seco e o respetivo tempo de
Exposição

Esterilização pelo calor húmido — vapor de água sobre pressão a temperaturas de


121 oc durante 30 min. Para material metálico e de vidro. Exemplo:
Autoclave e panela de pressão.
Esterilização química — glutaraldeído 2% durante 10 a 18 H.

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Cada vez mais defende-se a utilização dos chamados artigos de uso único, isto é,
aqueles que após um único uso perdem as suas características originais pelo que não devem
ser reutilizados.

3.1 Condições de higiene


Os gabinetes de estética e os estabelecimentos de tatuagem, colocação de piercing
e similares deverão possuir: área de receção, área de procedimentos, central de material
esterilizado (CME), depósito de material de limpeza (DML) e instalações sanitárias. As áreas
devem ser claras, arejadas e em boas condições de higiene.
- As áreas de receção e procedimentos deverão contar com barreira física. A área
de procedimentos deve ser provida de mobiliário interno e externamente revestido de material
liso, íntegro, lavável e impermeável. Os pisos e as paredes devem ser revestidos de material
liso, impermeável, lavável e íntegro.
- Deve existir lavatório com água corrente potável para higienização de mãos. As
instalações sanitárias devem ser dotadas de lavatório e sanita.
- A central de material esterilizado (CME) deve ser dotada de bancada com pia e
água corrente potável, de uso exclusivo para limpeza de materiais e equipamentos de
esterilização. Quando não houver local específico, esse poderá estar localizado dentro da
sala/área de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica.
- O depósito de material de limpeza (DML) deve ser dotado de tanque para limpeza
de panos de chão. Quando não houver local físico específico, esse poderá estar localizado
dentro das instalações sanitárias, desde que seja acrescentado um ponto de água para essa
finalidade.

3.2 Higienização dos utensílios


A higienização dos utensílios deve obedecer à seguinte ordem: Limpeza /
Enxaguadura / Secagem / Esterilização / Armazenamento
Nos estabelecimentos de estética, institutos de beleza, podólogos, salões de
cabeleireiros e similares, após cada uso, é obrigatória a adoção de procedimentos de limpeza
e/ou esterilização dos utensílios e instrumentos que entraram em contacto direto com os
clientes. As toalhas, robes e outros têxteis deverão ser lavados a uma temperatura acima de
80º C. O ideal será enviar os têxteis para uma lavandaria.
O procedimento de esterilização será adotado para todos os utensílios utilizados em
manicura, pedicura, podologia e estética, ou qualquer outra atividade profissional onde haja
risco potencial de contaminação deste material, através de secreções orgânicas e
consequente possibilidade de infeções por microrganismos patogénicos, entre os clientes.
Antes de serem submetidos ao processo de esterilização, os instrumentos deverão ser
acondicionados em recipientes fechados, limpos e secos. A esterilização dos utensílios é
efetuada utilizando equipamentos apropriados, tais como estufas ou autoclaves. Os utensílios
ou materiais que não representem risco em potencial para a saúde deverão ser sujeitos a
processos de limpeza.
As lâminas e agulhas são de uso único, sem possibilidade de reutilização, devendo
ser colocadas em recipiente apropriado, de paredes rígidas, devidamente identificado como

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resíduo infetante. O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro classifica como resíduos
hospitalares os resultantes de atividades de acupuntura, piercings e tatuagens
É obrigatório o acondicionamento dos utensílios utilizados em procedimentos
invasivos em invólucros adequados à técnica utilizada, fechados em recipientes esterilizados,
de tal modo que possam manter a sua condição de esterilidade até o momento do uso (para
autoclaves: filme poliamida entre 50 e 100 micra ( sendo micron, singular de micra, a
milionésima parte do metro) de espessura; papel kraft com pH 5-8; papel grau cirúrgico;
tecido de algodão cru, duplo, 160 a 200 fios e 4 camadas; caixa inox com perfuração na
tampa e na base, protegida com tecido de algodão. Para estufas: caixa inox de paredes finas,
caixa de alumínio, filme de alumínio). Esses contentores deverão ser entregues a empresas
especializadas que os recolhem, armazenam e os transportam para o destino final.
Para o acondicionamento de materiais cortantes e perfurantes, há à venda
contentores com capacidades adequadas ao tipo e quantidade de resíduos produzidos. Há,
também, sacos plásticos para acondicionamento de resíduos e braçadeiras de fivela para
encerramento definitivo de sacos de plástico, para uma melhoria das condições de higiene e
segurança.
É expressamente proibida a abertura do equipamento de esterilização antes do
término do seu ciclo de operação, para garantir a qualidade do procedimento. Deverá haver
nos estabelecimentos, um profissional responsável pela operação de esterilização dos
utensílios existentes.
Os estabelecimentos deverão utilizar material descartável para a cobertura de
marquesas. Os cacifos e os vestiários das instalações de Spa deverão ser lavados e
desinfetados com frequência, para neutralizar os odores do calçado dos clientes. Os
estabelecimentos que exercem a atividade de depilação e acupunctura deverão manter
cabines individuais, exclusivamente para esta finalidade, com espaço, iluminação e ventilação
adequados à prática profissional e acomodação confortável do cliente.
É expressamente proibida a prática de reutilização de ceras para depilação ou
qualquer outro produto químico empregado.
Todos os estabelecimentos deverão possuir nas suas dependências, piso e
paredes de superfícies lisas, compostos de material compacto, resistente à lavagem e ao uso
de desinfetantes (impermeável) e de fácil limpeza e higienização, além de manter as suas
instalações físicas devidamente conservadas e asseadas. Deverão possuir instalações
sanitárias em perfeitas condições de uso. É obrigatória a existência de lavatório com água
corrente, no interior dos estabelecimentos, com recipientes para sabão líquido e toalheiro
para toalha de papel, fixados na parede, além de balde de lixo com tampa e acionamento
automático por pedal, para a higienização das mãos pelos profissionais, antes e após a
realização de cada atividade.
Nos estabelecimentos que executam atividades em que se utilize qualquer prática
invasiva, ou aplicação de produtos e métodos que possam causar repercussões sistémicas
no cliente, é obrigatória a presença de um médico responsável.
Os procedimentos ou atividades de pedicura, limpeza de pele, drenagem linfática e
bronzeamento artificial poderão ser executados por esteticistas credenciadas.
Os procedimentos ou atividades de mesoterapia, dermabrasão, epilação definitiva a
laser, peeling, aplicação de toxina botulínica, preenchimento de rugas com ácidos,
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acupunctura, entre outros procedimentos invasivos, são considerados atos médicos, não
devendo ser permitida a execução destes procedimentos por outros profissionais.

Cada profissional de manicura e pedicura deverá possuir, obrigatoriamente,


quantidade suficiente de cada instrumento utilizado na sua rotina de trabalho, para evitar
qualquer necessidade de reutilização sem prévia higienização.
Será bem acolhido pelos clientes a afixação, em local visível do estabelecimento,
da informação sobre os procedimentos para a limpeza e esterilização dos utensílios, para
consulta dos profissionais e utentes.
Decorre desta exposição a necessidade de uma prática de higienização
permanente e exigente em todos os gabinetes de estética – desde o pequeno salão de
cabeleireiro aos grandes gabinetes de múltiplas atividades – não por mero cumprimento da
lei, mas para dar aos potenciais clientes a garantia de que a sua saúde não será afetada ao
utilizarem os serviços destes profissionais.
Sempre que as operações a executar o permitam, é indispensável a utilização de
luvas adequadas para evitar a exposição cutânea, precedida de uma boa higiene das mãos.
Os profissionais dos gabinetes de estética estão em contacto com clientes que podem ser
portadores de doenças contagiosas, como a Sida, a Hepatite B ou outras afeções suscetíveis
de afetar a sua saúde e a de outros pacientes.
Para impedir, ou minorar, esses riscos é imprescindível proceder à desinfeção de
todos os instrumentos utilizados no gabinete, com recurso a produtos e procedimentos
adequados. Deverão estar disponíveis vários instrumentos, de modo a que tenham sempre
disponível material esterilizado.
In IEFP - “Perfil profissional, designação: esteticista/ cosmetologista, ponto 2”

4 Regras para o armazenamento seguro de materiais


4.1 Movimentação de Materiais
A função movimentação de materiais pode ser dividida em três etapas principais: o
recebimento, o manuseio interno, e o armazenamento, que ocorrem nesta sequência.
Recebimento
Esta etapa inclui o desembarque físico de materiais, a atualização dos níveis de
stock, a inspeção de avarias e conferência dos pedidos. O início da etapa do recebimento é
marcado pela conferência da documentação. A documentação fiscal consiste basicamente da
nota fiscal, certificados de material e do conhecimento de transporte.
Após a conferência da documentação (e muitas vezes durante o descarregamento),
o funcionário que assume o recebimento deve realizar a inspeção da carga. Nesta inspeção,
também é verificado se os produtos não sofreram avarias.
Manuseio Interno
O manuseio de materiais se refere a toda e qualquer movimentação realizada
dentro de um armazém. As funções principais do manuseio são a transferência de materiais e

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a seleção de pedidos. Já a seleção de pedidos envolve movimentos como o reagrupamento
de produtos dentro da combinação desejada pelo cliente.
Armazenamento
Esta etapa inclui a separação e o armazenamento dos pedidos. A classificação é o
processo de separação de materiais por características similares, identificando, codificando e
catalogando. Um bom gerenciamento de stock depende principalmente de bem classificar
todos os materiais/produtos.

4.2 Aspetos conceptuais na gestão de stocks


Definição de stock
O stock é o conjunto de unidades de cada artigo que constitui determinada reserva
aguardando satisfazer uma futura necessidade de consumo. O stock pode também ser
definido como a quantidade de bens ou materiais, sob o controlo da instituição ou empresa,
num estado relativamente ocioso, aguardando o seu uso ou venda. O armazenamento de
stocks deve permitir planear e controlar o abastecimento da produção ou serviço, quando
estes necessitarem do stock. De uma forma geral, os stocks são necessários em
praticamente todas as empresas ou instituições, independente do sector de atuação. A título
de exemplo, os stocks em gabinetes de estetica podem ser agrupados em quatro grandes
grupos: equipamentos, cosméticos/consumiveis, material rejeitável e material para
renovação.
Os stocks são investimentos de valores elevados e representam um certo risco
financeiro, mas por outro lado proporcionam um certo nível de segurança em ambientes
complexos e incertos, como os centros de estética.
Tipos e funções de stock
Tipos de stock Função
Stock de ciclo Compra de material em lotes para satisfazer
a procura entre
encomendas
Stock em trânsito São artigos armazenados com vista a
entrarem no processo
produtivo, ou material armazenado devido ao
tempo de
transporte
Stock de segurança Stock de proteção contra as incertezas
Stock de antecipação ou Stock sazonal Stock constituído para fazer face aos picos
de procura
Stock em processo Stock acumulado entre fases independentes
de produção
Fonte: Tipos e funções de stock, Dias, 2003

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4.3 Medidas preventivas no armazenamento
A armazenagem do material não deve prejudicar a ventilação, a iluminação e o
transito das pessoas.
Disposição dos materiais não deve dificultar o acesso aos meios de combate a
incêndios e as saídas de emergência
Quando a armazenagem for manual empilhar apenas até dois metros de altura.

Técnicas de armazenamento material em stock/ utilização


• Manter visível: placas ou cartazes com o aviso de risco dos produtos Todo o
material deve ser guardado em prateleiras pelo menos a 10cm do chão e
em armários destinados a esse fim;
• Todos os recipientes de produtos devem estar devidamente rotulados e a
descrição exterior deve corresponder ao seu conteúdo;
• Não armazenar produtos inflamáveis e explosivos próximos de pontos
ignição ou fontes de calor, nem os deixar destapados em locais pouco
ventilados;
• Não armazenar materiais de modo que dificultem o acesso e visibilidade a
extintores;
• Não empilhar materiais de modo a criar o risco de queda dos mesmos;
• Não armazenar materiais de forma que fiquem com partes salientes em
locais de passagem de pessoas;
• Ao empilhar materiais colocar os mais pesados em baixo;
• Manter os corredores de passagem com dimensão suficiente de forma a
permitir a passagem segura de pessoas e facilitar o acesso de meios de
socorro;
O local de trabalho deve ter armários, fora das salas de tratamentos com chave,
para guardar a roupa e objetos pessoais dos profissionais.
Manter visível:
• Telefones de emergência
Evitar que pessoas não autorizadas entrem no armazém.
Não armazenar embalagens abertas, danificadas ou com vazamento.
Deve ser efetuado um controle permanente das datas de validade dos produtos. É
importante aplicar um sistema em que a primeira mercadoria a entrar seja sempre a primeira
mercadoria a sair.
O stock deve estar acondicionado em local não sujeito a altas temperaturas,
humidade, ou sujeito a quedas.
Ou seja:

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As embalagens que acondicionam os produtos/equipamentos podem ser de
diferentes tipos: sacas, caixas plástico, caixas cartão, frascos, boiões.
Deve separa-se os produtos de natureza e origem distintas.
Os produtos devem ser separados de acordo com as exigências de conservação
em especial nunca se deve armazenar produtos tóxicos, perto de produtos cosméticos de
utilização diária.
Para nos facilitar o trabalho devemos organizar os produtos por tipo/utilização.
Separação do material em função da sua condição (exemplo: novo, usado,
recuperado).
Arrumação de material de acordo com a data de recebimento de cada um. (facilita a
identificação de lotes de produtos).
Conservação dos produtos nas caixas originais ou devidamente rotulados.

4.4-Armazenamento

Materiais para renovação


Os materiais para renovação são aqueles que podem ser reaproveitados mesmo
depois de usados ou seja: plástico, cartão vidro, papelão, metais que não contenham
sujidade biológica.
Estes devem ser armazenados por curo espaço de tempo permitindo assim a sua
reciclagem e em ambientes adequados em temperatura e humidade.

Material Rejeitável
Todo o material rejeitável deve ser de uso único, devem ser acondicionadas em
embalagens que permitam proteger o produto e manter sua integridade desde a fabricação
até o seu uso.
Todo o material rejeitável deve ser armazenado e transportado em condições que
preservem sua integridade e as protejam da exposição ao calor, à umidade e à luz.

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Após utilização deve ser colocado em recipiente próprio até um máximo de 10cm da
tampa.

5 Equipamentos em gabinete
5.1 Função e higienização:
Fundidor de cera
O fundidor de cera é um aquecedor de cera. Há no mercado muitos modelos e
marcas desde tamanho grandes que derretem uma quantidade maior de cera existem desde
2 kg, 1 kg, ou em tamanhos menores para 900gr, 500 gr ou mesmo 400 gr. Esse aquecedor
tem um termostato que permite a regulação da temperatura.
Higienização:
Fundidor de cera
a. Com o fundidor quente para facilitar a remoção de cera.
b. Tirar a lata/recipiente que contem a cera.
c. Limpar a lata ou o recipiente com produto próprio ainda quente.
d. Molhar uma gaze/restos de papel de marquesa/TNT com o liquido próprio e
com a ajuda de uma espátula limpar o interior.
e. Limpar a toda a volta o fundidor com produto próprio com ajuda de
algodão/gaze.

Roll-on:
Permite aquecer a cera em cartuchos, de uma forma mais prática e de moso a
manter a temperatura constante durante todo o processo de epilação.
Higienização:
a. Retirar o cartucho da cera e descartar
b. Com o roll-on ainda quente, mas após desligar a ficha de alimentação limpar
por fora com produto próprio com a ajuda de algodão ou gaze.
Descartáveis:
Os descartáveis utilizados durante a epilação devem ser deitados no lixo.
O restante material como: Espátulas, tesouras, pentes,
Seguir protocolo
Limpar – Desinfetar – Esterilizar

Manicura/pedicure:

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Algodão Polidor de unhas
Panela Parafina Pau de laranjeira
Parafina Descarnador de cutículas
Alicate cutículas Creme
Alicate Unhas Bases/vernizes/cálcio
Lima esmeril Lupa
Lima Metal Creme anti calosidades
Lixa

Micromotor:
Aparelho elétrico desenvolvido para podologia, proporciona a remoção e limpeza da
cutícula (eponíqueo), preparação dos pés e unhas para trabalhos de colagem, desgaste,
polimento, acabamentos de unhas de silicone, gel, porcelana e polygel.
Devendo ser utilizado e manuseado por pessoa capacitada.
É obrigação do usuário usar somente o equipamento em perfeitas condições e
proteger a si, pacientes e terceiros contra eventuais perigos.
Higienização:
a. Antes de limpar o equipamento, desligue a chave geral.
b. - A peça de mão não pode ser lavada, esterelizada, autoclavada e nem
lubrificada pois

Bacia pedicure/manicura Separadores


Micromotor Luvas esterilizadas finas
Bloco Taça de mãos
Goiva Toalhas médias
Credo e respetivas lâminas Chinelos descartáveis
Bisturi e respetivas lâminas Dissolvente ou removedor de verniz
Lupa Óleo para cutículas
Credo e respetivas lâminas Removedor de cutículas
Bisturi e respetivas lâminas

c. os rolamentos blindados possuem graxa especial podendo sofrer danos.


d. - Evite derramar água ou outros líquidos dentro do equipamento, o que
poderia causar
e. curtos-circuitos.
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f. - Não utilizar material microabrasivo ou palha de aço na limpeza, não
empregar solventes
g. orgânicos ou detergentes que contenham solventes tais como éter, tira
manchas, gasolina etc.
Todos os restantes utensílios devem seguir o protocolo acima mencionado:
Os descartáveis utilizados durante a manicura/pedicure devem ser deitados no lixo.
O restante material como: bacias, goivas, credos, bisturis, alicates, tesouras, …
Seguir protocolo
Limpar – Desinfetar – Esterilizar

Tratamentos de rosto
Lâmpada de Wood
A lâmpada de Wood é muito utilizada na dermatologia e na estética como método
não invasivo para diagnóstico das discromias da pele
Pela irradiação luminosa emitida pela lâmpada de Wood, que ao "incidir sobre a
pele penetra profundamente, sendo absorvida pelos grânulos de melanina nos níveis em que
eles se encontram..."
A utilização da lâmpada ajuda a definir a extensão, o grau e a localização da lesão
pigmentar de modo rápido e prático.
Higienização:
A lâmpada de wood deve ser limpa com um pano de feltro embebido em liquido
desinfetante ou álcool a 70% ou mais.

Alta frequência
Aparelho elétrico que permite: acelerar a circulação sanguínea, estimular a
atividade glandular, eliminar bactérias e facilitar a penetração de ativos. Fornecido com quatro
elétrodos de vidro, que podem ser selecionados, dependendo da área de pele a ser tratada:
• Elétrodo em forma de pente: para revitalizar o couro cabeludo e estimular o
crescimento do cabelo. Evita queda de cabelo.
• Elétrodo com formato de pin: para a remoção de contaminantes individuais.
• Elétrodo em forma de colher: utilizado para aplicação facial direta sobre zonas
faciais (nariz, rosto, pescoço) e zonas de difícil acesso.
• Elétrodo em forma de fungo (cogumelo): adequado para a desinfeção de todo o
rosto.
Higienização:
O aparelho de alta frequência deve ser limpo com um pano de feltro embebido em
liquido desinfetante ou álcool a 70% ou mais.
Os restantes acessórios de vidro devem ser limpos com papel absorvente, com
liquido desinfetante ou álcool a 70% ou mais.

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Sucção/Vácuo
O Vácuo Endermo é um aparelho de electro sucção que provoca uma pressão
negativa cuja intensidade varia de 0 a 600 mm/Hg. Esta força de sucção (vácuo) pode ser
controlada pelo profissional através da válvula de regulagem da sucção, dessa forma, o
vácuo se adequa ao objetivo final do tratamento e às condições do tecido tratado.
Higienização:
O aparelho de sucção/vácuo deve ser limpo com um pano de feltro embebido em
liquido desinfetante ou álcool a 70% ou mais, assim como os seus acessórios.

Aparelho Brossage
O aparelho de Brossage rosto e corpo, tem como principal função fazer uma
limpeza mecânica, regenerando e suavizando a pele.
A utilização das escovas arrasta secreções sebáceas e os vários produtos
armazenados na pele. Em paralelo, há uma ativação de sangue (hiperemia), que melhora a
penetração posterior de um produto cosmético
Higienização
Aparelho:
O aparelho de brossage deve ser limpo com um pano de feltro embebido em liquido
desinfetante ou álcool a 70% ou mais.
Escovas:
• Devem ser passadas em água corrente para retirar resíduos de
pele/esfoliante que permaneçam, de seguida mergulhadas em liquido
desinfetante/liquido esterilização, passar novamente em água corrente.
• Deixar secar viradas para cima para não haver danos nas cerdas.
Espátula Ultrassónica
Instrumento portátil de exfoliação com cabeça em forma de espátula que favorece a
elasticidade da pele, tornando-a resplandecente, suave e com aspeto saudável, através da
eliminação das células mortas das camadas superficiais da pele, estimula a renovação do
tecido cutâneo tornando a pele mais jovem e luminosa desde a primeira aplicação.
Higienização:
Aparelho:
O aparelho de espátula ultrassónica deve ser limpo com um pano de feltro
embebido em liquido desinfetante ou álcool a 70% ou mais, assim como a espátula.

Ultra sons
Instrumento de ultra-sons com eléctrodo corporal, facial e orbicular. Favorece a
elasticidade da pele, tornando-a resplandecente, suave e com aspeto saudável. Os ultra-sons
emitem dois tipos de ondas (continua e por impulsos) para esfoliar, limpar e hidratar sem
agredir a pele.
Higienização:

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Equipamento:
Limpar o transdutor com papel toalha para retirar o gel e higienizar com álcool 70%.

Lupa
A lupa para estética é um equipamento muito importante para a análise, avaliação e
para o diagnóstico de problemas de pele, assim como também para o seu tratamento.

Higienização:
A lupa deve ser limpa com um pano de feltro embebido em liquido desinfetante ou
álcool a 70% ou mais.

Vaporizador
O vapor de ozono é o aparelho geralmente utilizado antes das extrações no
protocolo de limpeza de pele. Os aparelhos distribuídos no mercado costumam ter a função
tanto de vapor com ozono, como só de vapor (apenas água), para que sejam empregados de
forma mista durante os protocolos. Hoje em dia, alguns possuem inclusive a função de
aromaterapia, quando se adiciona óleos essências ao vapor.
Higienização:
Nunca deixar a água no recipiente após cada utilização;
Limpar com pano embebido em álcool todo o equipamento

6.A MONTRA
A importância da montra
As montras têm um papel muito importante na compra, porque funcionam como o
cartão de visita da loja.
Para tal, devem:
• Chamar a atenção das pessoas que passam na rua;
• Criar interesse e curiosidade pelos artigos;
• Levar as pessoas a entrar na loja
Devemos ter sempre presente que quantas mais pessoas entrarem na loja e quanto
mais tempo lá ficarem, maiores serão as probabilidades de fazerem compras.
A loja é como uma sala de espetáculos e a montra o seu palco, onde se monta um
cenário e no qual a mercadoria desempenha o principal papel.
A execução de uma montra exige sempre criatividade e bom gosto, de modo a criar
um ambiente que estimule a venda, além de conferir à loja uma identidade própria, o que lhe
permite sobressair de entre as outras.
Visto que a montra é uma forma de comunicação visual, deve transmitir sentimento,
alegria, sátira, romance, drama, cultura, humor, emoções, etc.

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A montra tem sempre como objetivo informar o potencial cliente do tipo de artigo
que a loja comercializa. Sendo assim, as aplicações das técnicas de vitrinismo na montra e
na loja são sinónimas de diferença comercial. Também serve para promover a venda de um
determinado artigo ou produto, mas sempre com o principal objetivos de vender mais.
Para tirarmos o máximo partido da montra devemos considerar alguns aspetos
fundamentais na sua decoração:

O Tema
As montras devem ser sempre organizadas à volta de um tema, como por exemplo
uma época especial: Natal, Páscoa, Verão, Regresso às Aulas, etc.. Os temas também se
podem relacionar com as cores (as tendências da moda), preços (saldos, promoções,
liquidações), artigos originais e exclusivos (novidades). Os limites para a criação de temas
são a nossa imaginação.
A cor
As cores merecem uma atenção especial já que são um elemento determinante na
decoração de uma montra. A cor do chão, paredes e teto da montra deve ser neutra, para
que os artigos possam ter o maior destaque. As cores também estão associadas a alguns
elementos e estados de ânimo.
As cores são o que mais nos fascinam numa montra, independente da sua
composição.
Quando trabalhadas de forma correta, o jogo que elas criam exerce um poder de
domínio e impacto enorme, chamando a atenção do cliente e aguçando a sua curiosidade.
Cada cor tem sua mensagem subliminar. Fazendo com que as pessoas associem
facilmente ao seu significado.
A Iluminação
A montra deve estar bem iluminada e permitir uma boa visibilidade dos artigos
expostos. É um recurso que não é muito caro e que permite tornar a montra mais apelativa.
Devem-se evitar luzes muito fortes, que incidam diretamente nos artigos, de modo a
não provocarem danos.
Boa exposição dos artigos
Deve-se evitar colocar muitos artigos na montra, o que pode resultar numa grande
confusão e afastar o cliente da loja. Quantidade não significa qualidade. Só devem ser
expostos os artigos mais importantes.
Os produtos principais devem ser colocados no meio e os mais altos atrás. O ideal
é optar pela regra do triângulo.
O Mobiliário
Deve estar de acordo com o tipo de loja e, além de prático, deve ser atraente.

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A disposição dos móveis deve permitir uma maior facilidade de circulação e evitar
ser uma barreira entre 01a vendedora e o cliente. Os corredores devem ser largos para que
as pessoas possam circular com rapidez e conforto.
Além do mobiliário existem equipamentos, como a caixa registadora ou computador
que, no caso de uma loja com forma quadrada ou sob o comprido, deve situar-se à esquerda,
pois as pessoas têm a tendência para circular pela direita e sair pela esquerda (onde poderão
pagar).
Na escolha do mobiliário deve-se ter em conta:
• Visibilidade dos produtos
• Solidez
• Durabilidade
• Flexibilidade (acrescentar novos módulos ou alterar a sua disposição)
• Facilidade de utilização (montagem e desmontagem, abertura e fecho)
• Facilidade na limpeza.
Limpeza
Uma montra desarrumada e suja afasta as pessoas. A limpeza transmite
organização e brio, dando logo uma ideia do tipo de loja que as pessoas podem encontrar lá
dentro.

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Definições que deverá saber
Para que o gabinete seja, efetivamente, um local seguro e de conforto e bem-estar
para profissionais e clientes, a higienização dos utensílios terá que obedecer a diversos
procedimentos. Para melhor compreensão, transcrevemos as seguintes definições:
1. Antissepsia: método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em
tecidos vivos, com o uso de substâncias químicas, usadas como bactericidas ou
bacteriostáticos.
2. Barreira Técnica: corresponde à adoção de procedimentos padronizados que visam
minimizar o risco de contaminação cruzada e que deve ser adotada quando não existam
barreiras físicas.
3. Central de Material Esterilizado (CME): local destinado à esterilização de materiais.
4. Depósito de Material de Limpeza (DML): local destinado à guarda de material de limpeza.
5. Desinfeção: processo físico ou químico que destrói todos os organismos, exceto os que
produzem esporos (algumas bactérias e fungos).
6. Equipamento de Proteção Individual (EPI): dispositivo ou produto, de uso individual,
utilizado pelo trabalhador, destinado à prevenção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
7. Esterilização: processo físico ou químico que elimina todas as formas de vida microbiana,
incluindo os esporos bacterianos. Este processo visa destruir todas as formas de
microrganismos causadores de doenças.
8. Esterilização por Calor Húmido (autoclave): método que requer temperatura menos
elevada (121º a 137º C) e menor tempo de exposição dos instrumentos (15 minutos para os
artigos de superfície e 30 minutos para os de densidade).
9. Esterilização por Calor Seco (estufa): menos penetrante do que o calor húmido,
requerendo temperaturas mais elevadas (160º a 170º C) e maior tempo de exposição (160º C
– 120 minutos e 170º C – 60 minutos).
10. Limpeza: operação para remoção de matéria orgânica, sujidades visíveis e detritos dos
utensílios, realizada com água adicionada de sabão ou detergente desinfetante, de forma
manual ou automatizada, por ação mecânica, com consequente redução da carga
microbiana. Deve preceder obrigatoriamente os processos de desinfeção ou esterilização.
11. Armazenamento: deve ser feito em ambiente fechado, limpo e seco (30 a 60% de
humidade relativa do ar e temperatura não superior a 25º C).
12. Material Biocompatível: material que pode ser implantado ou colocado em contacto com
tecidos ou órgãos do corpo humano e que não provoca qualquer tipo de reação adversa do
organismo por rejeição ou contaminação. Por outras palavras, o organismo convive com esse
material com um mínimo de agressão mútua.

25 OF49
(TÍTULO)
INTRODUÇÃO
26 OF49
(TÍTULO)

2.1 (SUB-TÍTULO)

2.2 (SUB-TÍTULO)

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CONCLUSÃO

28 OF49
BIBLIOGRAFIA

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