Você está na página 1de 145

1

Disciplina: CIV 08 – Análise de Estruturas I


Prof. Rosinaldo Medeiros
Período: 2013.2
TRABALHO
1. Introdução
O trabalho consiste em visitar, apresentar e discutir uma estrutura
de edifício de múltiplos pavimentos escolhida pela equipe:
As equipes devem ter no máximo 6 (Seis) alunos. A estrutura
escolhida por cada equipe deve ser comunicada o mais cedo
possível, pois não será aceita estrutura igual para diferentes
equipes.
2. Conteúdo

O trabalho deve apresentar e discutir a estrutura visitada,


devendo o texto conter, obrigatoriamente:

a) Identificação da edificação com sua localização.


b) Identificação dos materiais utilizados.
c) Identificação dos diversos elementos estruturais de cada
uma das estruturas, inclusive indicando as condições de
apoio destes elementos.
d) Identificação das possíveis cargas (verticais e horizontais)
atuantes nas estruturas, indicando onde cada uma delas está
atuando.
e) Descrição do funcionamento do sistema estrutural incluindo
o caminho dos esforços. Este item pode ser ilustrado
graficamente através de figuras apropriadas, as quais devem
ser referenciadas no texto.
f) Fotografias da estrutura e seus detalhes (referenciados no
texto), principalmente das ligações entre seus elementos e os
2

apoios. As fotografias devem ser tiradas pelos próprios


alunos, sendo obrigatório incluir pelo menos uma
fotografia de todos os membros do grupo visitando a
estrutura escolhida.

3. Formato

O trabalho será entregue em forma de relatório, com até 30


páginas (contadas a partir da Introdução), devendo conter:
Capa, Sumário, Introdução, Corpo do Trabalho,
Comentários Finais e Referências Bibliográficas. Plantas,
planilhas e informações complementares podem ser
colocadas em Apêndices. A numeração destes itens é
sequencial, sendo que o item Referências Bibliográficas não
é numerado. A respeito dos itens do relatório deve-se
destacar:

a) A Capa deve conter o título do trabalho, os nomes dos


alunos, nome da disciplina, período letivo, nome do
professor da disciplina, mês e ano.
b) A Introdução deve descrever, de forma sucinta, o contexto
no qual o trabalho está inserido, bem como os objetivos do
trabalho. Deve, ainda, descrever, de forma resumida, as
partes constituintes do trabalho.
c) A lista das referências efetivamente consultadas deve ser
colocada no item das Referências Bibliográficas, e deve vir
em ordem alfabética. A bibliografia utilizada deve ser
referenciada no texto segundo as normas da ABNT.
d) As figuras e tabelas, e seus respectivos títulos, devem ser
centralizadas no texto, posicionadas após sua citação. O
título da figura (legenda explicativa) é posicionado abaixo
da mesma. O título da tabela é posicionado acima da
mesma.
e) As figuras e tabelas são numeradas em sequência usando
algarismos arábicos (exemplo: Figura 1, Figura 2, Tabela 1,
3

Tabela 2). Elas devem ser referenciadas no texto como


Tabela 1 e Figura 1.
f) Caso haja a necessidade de alguma equação, esta deve estar
centralizada, numerada em sequência com algarismos
arábicos entre parênteses e alinhados à direita. A referência
da equação no texto deve ser como: Equação (1).
g) As Considerações Finais devem descrever, de forma
resumida, o trabalho realizado e apresentar as conclusões do
trabalho.
h) O relatório deve ser escrito usando um editor de texto e a
impressão deve utilizar apenas uma das faces do papel, que
deve ser A4 branco.

4. Avaliação
Na avaliação do trabalho, serão considerados os seguintes pontos:
 O conteúdo e a forma do relatório.
 Ligação entre a teoria (conteúdo da disciplina) e a prática
(estrutura visitada).
 Capacidade da equipe em explicar o funcionamento da
estrutura.
 Quantidade e qualidade das informações levantadas a
respeito da estrutura.
 Capacidade das fotografias de mostrar a estrutura e seus
detalhes, bem como a qualidade destas.
 Apresentação (defesa) do trabalho.
Prazo de Entrega: 18/12/2013 (Não serão aceitos trabalhos
entregues fora do prazo).

Prof. Dr. Rosinaldo do Rio Medeiros


Professor Associado
UFRR/CCT/DEC
4

Análise das Estruturas I


– Notas de Aula
Prof. Rosinaldo Medeiros - UFRR/CCT/DEC

1.0 Morfologia das Estruturas

1.1 – Generalidades

ANÁLISE ESTRUTURAL

Princípios gerais da análise estrutural

A análise estrutural é a parte da mecânica que estuda as estruturas,


constituindo este estudo na determinação dos esforços e das
deformações a que elas ficam submetidas quando solicitadas por agentes
externos (cargas, variações térmicas, movimentos de apoios, etc..)

Objetivo da análise estrutural

O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações em uma


estrutura, com a finalidade de efetuar verificações de estados limites últimos e
de serviço.

Premissas necessárias à análise estrutural


A análise deve ser feita com um modelo estrutural realista, que permita
representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas ações até os
apoios da estrutura.
5

Classificação das peças estruturais quanto à geometria

Os sistemas estruturais são modelos de comportamento idealizados para


representação e análise de uma estrutura tridimensional. Estes modelos
obedecem a uma convenção. Esta convenção pode ser feita em função da
geometria das peças estruturais que compõem o conjunto denominado sistema
estrutural.
Quanto à geometria, um corpo pode ser identificado por três dimensões
principais que definem seu volume. Conforme as relações entre estas
dimensões surgem três tipos de peças estruturais:
As peças que compõem as estruturas possuem três dimensões, podendo
ocorrer:

a) Duas dimensões são pequenas em relação à terceira. Ex. Vigas; pilares


6

b) Uma dimensão é pequena em relação às outras duas. Ex. Lajes


(placas); Chapas e as Cascas.
7

c) As três dimensões são consideráveis. Ex. Blocos (Caso de barragens)

As Grandezas Fundamentais:

_ Força e Momento

_ Força – As forças são grandezas vetoriais, caracterizadas por direção,


sentido e intensidade. Sua unidade, no sistema MT *S, é a tf.
8

Momento – é a grandeza física que representa a tendência de rotação em


torno de um ponto, provocado por uma força, deverá ser função da força e de
sua distância ao ponto.

1.2 – Conceitos fundamentais

1.2.1 - Condições de Equilíbrio

_ Para que um corpo, submetido a um sistema de forças esteja em equilíbrio, é


necessário que elas não provoquem nenhuma tendência de translação nem
rotação a este corpo.
9

_ A tendência de translação é dada pela resultante “R” das forças e a tendência


de Rotação, em torno de qualquer ponto, é dada pelo momento resultante “M”
destas forças em relação a este ponto. Necessário, portanto, que essas
resultantes sejam nulas.

R = (∑x)i + (∑y)j + (∑z)k = 0

M = (∑Mx)i + (∑My)j + (∑Mz)k = 0

Daí vem às seis equações universais da Estática que regem o equilíbrio de um


sistema de forças:

∑x = 0 ; ∑y = 0 ; ∑z = 0 ; ∑Mx = 0 ; ∑My = 0 ; ∑Mz = 0

Graus de Liberdade.
No espaço, uma translação pode ser expressa por suas componentes segundo
os eixos tri-ortogonais e, uma rotação, como a resultante de três rotações, cada
uma em torno de um de seus eixos.

Dizemos que uma estrutura no espaço possui um total de 6 graus de liberdade


(3 translações e 3 rotações)

É evidente que estes 06 (seis) graus de liberdade precisam ser restringidos, de


modo a evitar toda tendência de movimento da estrutura, a fim de ser possível
seu equilíbrio. Essa restrição é dada por apoios, que devem impedir as
diversas tendências possíveis de movimento, através do aparecimento de
reações desses apoios sobre a estrutura, nas direções dos movimentos que
eles impedem, isto é, dos graus de liberdade que eles restringem.

1.3- Tipos de Apoios.

A função dos apoios é a de restringir graus de liberdade das estruturas,


despertando com isto reações nas direções dos movimentos impedidos. São
dispositivos mecânicos que impedem certos tipos de movimentos da estrutura
ou máquina, através de esforços reativos cujos tipos são estudados nos cursos
de Mecânica.
Eles serão classificados em função do número de graus de liberdade
permitidos, ou do número de movimentos impedidos.Vamos considerar e
trabalhar com Estruturas Planas com carregamento no próprio plano.

São os seguintes apoios utilizados para impedir os movimentos no plano:

a) Apoio do 1o Gênero

Impede apenas o deslocamento na direção “Y”, permitindo livre rotação em


torno dele, assim como o deslocamento na direção “X”
10

b) Apoio do 2.º gênero – articulação fixa ou rótula


Impede deslocamento nas direções “X” e “Y”, permitindo livre rotação em torno
dele.

b) Apoio do 3.º gênero – Engaste

Impede deslocamento nas direções “X” e “Y”, e também não permite a livre
rotação em torno dele.
11

1.4- Classificação das estruturas quanto a Estaticidade e Estabilidade

Como vimos a função dos apoios é limitar os graus de liberdade de uma


estrutura. Podemos distinguir 03 casos possíveis:
1.º - Os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os
movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, o número de reações de apoio (incógnitas) é igual ao n.º de
equações de equilíbrio disponíveis. Ocorre, portanto, uma situação de equilíbrio
estável – dizemos que a estrutura é isostática
12

2.º - Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura. Neste caso, o número de reações de apoio
(incógnitas) é menor do que o n.º de equações de equilíbrio disponíveis.
Portanto, a estrutura é instável – dizemos que a estrutura é hipostática.

3.º - Os apoios são em número superior ao necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura. Neste caso, o número de reações de apoio
(incógnitas) é maior do que n.º de equações de equilíbrio disponíveis. Neste
caso, a estrutura é estável – e denominada Hiperestática.

1.5- Classificação geral dos esforços

_ Os esforços externos ativos (cargas permanentes, variáveis, deformações,


etc..) solicitam a estrutura despertando os esforços externos reativos e os
esforços internos, produzindo estados de tensão.
13

_Resumo dos esforços

Externos { Ativo → carregamento


Reativo → reações}
Internos { Solicitantes → Esforço normal; Cortante; Fletor e Torçor
Resistentes → Tensões normais e de cisalhamento

1.6- Esforços simples atuantes nas estruturas planas carregadas no


próprio plano.

.1. ESFORÇO NORMAL (N) - É o esforço desenvolvido pelo corpo na direção


do seu eixo longitudinal (eixo que passa pelo centro de gravidade de todas as
seções transversais). Quando submetido ao esforço normal o elemento
estrutural sofre alongamentos ou encurtamentos. Observe-se que as fibras
longitudinais originalmente paralelas entre si permanecem paralelas após a
deformação.
Definição:
            A Força Normal é representa a soma algébrica de todas as forças
contidas no plano YX, portanto, perpendicular à seção  transversal,  produzindo
no plano YZ tensões normais. Consideramos a Força Normal, como tração (+)
14

se esta é dirigida para fora do corpo ou compressão (-) se esta é dirigida para
fora do corpo.
        

Tração : 

                             
 
  Compressão :

                      

2. ESFORÇO CORTANTE (Q) - É todo esforço que surge sobre o plano das
seções transversais que constituem este corpo, ou seja, segundo eixos
contidos por esta seção. Quando submetido ao esforço de corte o elemento
estrutural sofre um deslizamento relativo de uma secção em relação a outra,
também chamado de cisalhamento.

Definição:
            A Força Cortante representa a soma algébrica de todas as forças
contidas no plano YZ, perpendicular ao eixo da peça. Produzindo esforço que
tende a deslizar uma seção em relação a outra, provocando tensões de
cisalhamento.
15

3. MOMENTO FLETOR (M) - Já sabemos que as forças podem provocar


efeitos de giro, ou seja, momentos. Momento fletor é a tendência de giro da
seção transversal em torno de um eixo baricêntrico contido em seu plano.
Como o momento pode ser substituído por um binário pode-se observar uma
tendência de alongamento em uma das partes de seção e encurtamento em
outra. M(+)→tracionando as fibras internas; M(-)→ tracionando as fibras
externas.

Definição:
            O Momento Fletor representa a soma algébrica dos momentos relativa
à seção YX, contidos no eixo da peça, gerados por cargas aplicadas
transversalmente ao eixo longitudinal. Produzindo esforço que tende a curvar o
eixo longitudinal, provocando tensões normais de tração e compressão na
estrutura.    
16

                   
17

4. MOMENTO TORÇOR (T)


Definição:
            O Momento Torçor representa a soma algébrica dos momentos gerados
por cargas contidas ou que possuam componentes no plano YZ, perpendicular
ao eixo X.  Produzindo esforço que tende a fazer girar a seção em torno do
eixo longitudinal, provocando tensões de cisalhamento.  

                   

Esforços Solicitantes - Efeito dos Esforços Externos


:
18

1.0 – Estruturas Isostáticas

2.1 - FORÇA CORTANTE E MOMENTO FLETOR - Equações fundamentais


da Estática

Quando vamos representar os diagramas, é usual que apareçam cargas


distribuídas, devendo-se então lançar mão das relações diferenciais para que
se entenda o procedimento.
19

Seja a viga biapoiada submetida ao carregamento indicado:

Cálculo do momento fletor e esforço cortante na seção S:

Derivando as expressões acima em relação à abscissa s que define a seção,


obtemos:

Onde:

Logo:
20

Conclui-se que a derivada do momento fletor atuante numa seção S de uma


viga reta, submetida a um carregamento a ela perpendicular, em relação à
abscissa que define esta seção, é igual ao esforço cortante nela atuante e que
a derivada deste em relação à abscissa é igual ao valor da taxa de carga
aplicada na seção S com o sinal trocado. As igualdades (1) e (2) são as
equações fundamentais da Estática.

2.2 - Métodos práticos para traçado de diagramas (Vigas biapoiadas):

a) Carga concentrada
21

c) Cargas uniformemente distribuídas


São aquelas que atuam em uma área com dimensões na mesma ordem
de grandeza da estrutura.
Distribuídas sobre uma superfície
São expressas por "q"e representam a quantidade de carga aplicada por
unidade de área. Unidade: KN/m2, kgf/cm2, kN/cm2, etc..
"q" - taxa de distribuição da carga
Ex: peso próprio em uma laje de concreto

Numa seção genérica s, temos:


22

Para obter os valores do momento fletor numa seção genérica, empregam-se


as funções ω através da equação:
23
24
25

c) Carga Momento

d) Carga Triangular
26

Cálculo dos esforços simples numa seção S:


27

Funções ω:

ωD e ω M →Tab. 1 ; pag. 60 – Sussekind ; Vol. 1

e) Carga trapezoidal
28
29

CARGAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS


30

Exemplos:
31

VIGAS GERBER:

 Em 1866 o engenheiro Henrich Gerber patenteou um sistema


que Chamou viga Gerber .
32

Rótula de uma viga gerber (dente gerber), utilizada em uma estrutura pré-fabricada de
concreto.
Para resolvê-las faz-se a decomposição nas vigas que a constituem,
resolvendo primeiras aquelas sem estabilidade própria e depois as
dotadas de estabilidade própria para as cargas que lhe estão aplicadas
acrescidas das forças transmitidas pelas rótulas.
33
34

Exemplos: obter os diagramas solicitantes para as vigas Gerber abaixo:

1-
35

Decomposição:

Diagramas
36

3)
37

Vigas Inclinadas:
Uma viga biapoiada inclinada AB se comporta, para fins de diagrama de
Momentos Fletores, como se fosse uma viga biapoiada de vão igual a projeção
de seu comprimento sobre uma reta perpendicular ao carregamento atuante,
sedo o DMF marcado sempre perpendicularmente ao eixo da viga.
Os DEN e DEC são obtidos imediatamente em qualquer caso, a partir do
carregamento e das RA.
38
39
40
41
42
43

Exemplo 1: Obter o diagrama de momentos fletores para a viga inclinada


abaixo:

Cálculo das Reações de Apoio:

Momentos fletores (tm)


MA = -6 ou 3x8 -8x4 + 2 = -6 ; MB = 2 ou 5x8 – 8x4 -6 = 2

Esforços cortantes (t)


QA = VA cos α = 5 x 0,8 = 4 ; QB = - VB cos α = -3 cos 0,8 = -2,4 ou 5x0,8 –
8x0,8 = -2,4

Esforços Normais (t)


44

NA = - VA sen α = -5x0,6 = -3 ; NB = VB sen α = 3x0,6 = 1,8 ou -5x0,6 + 8x0,6 =


1,8

Exemplo 2: Idem
45

QUADROS ISOSTÁTICOS PLANOS

Seja o quadro biapoiado abaixo. Obtém-se as reações de apoio (H A ; VA ;


e VD), através das três equações universais da estática e em seguida obtém-se
os esforços internos e os diagramas solicitantes

Para se traçar o diagrama dos momentos fletores (DMF) atuantes num


quadro, basta marcar os momentos fletores atuantes em seus nós, ligá-los por
uma linha reta tracejada, a partir da qual penduramos os diagramas de viga
biapoiada devidos aos carregamentos atuantes sobre cada uma das barras que
constituem o quadro.

A obtenção dos diagramas de esforços cortantes e normais é imediata a


partir do carregamento e das reações de apoio.
46
47

Exemplos:
1.
48
49

2.

4.
50
51

5.

QUADRO ENGASTADO E LIVRE


Seja o quadro da figura abaixo. Suas três reações de apoio H A ; VA e MA são
imediatamente obtidas através das três equações universais da estática e, em
seguida traçamos os seus diagramas solicitantes.
52
53

QUADRO TRIARTICULADO
54

Seja o quadro triarticulado abaixo ( A , G e B). Para determinar suas 4 reações


de apoio (HA , VA , HB e VB), dispomos das três equações universais da Estática
no plano e, por haver uma rótula em G, temos uma quarta equação indicando
que o momento fletor em G deve ser nulo.

Um quadro triarticulado é uma estrutura isostática desde que suas


três rótulas não estejam alinhadas.
55

a) Cálculo das RA:


56

b) Momentos fletores (tm):

Barra AC: MA = 0 ; MC = -3x3 = - 9


Barra CG: MC = - 9 ; MG = - 6 ou 6x4 – 3x6 – 2x2 -4x2 = -6
Barra GF: MG = - 6 ; MF = -2x2 +4x2 – 3x6 = - 14
Barra FH: MF = -2x2 = - 4 ; MH = 0
Barra EF: MF = -3x6 + 4x2 = - 10 ; ME = -3x3 + 4x2 = -1
Barra DE: MD = 0 ; ME = - 4x2 = - 8
Barra BE: MB = 0 ; ME = -3x3 = - 9

c) Esforços Cortantes (t):

Barra AC: QA = QC = - 3
Barra CG: QC = VA cosα - HA senα = 6x0,8 – 3x0,6 = 3 ; senα = 0,6 e cosα =
0,8
QJesq = QC – 2 cosα (C.Dist.) = 3 – 2x0,8 = 1,4
QJdir = QJesq – 2 cosα (C. Conc.) = 1,4 – 2x0,8 = - 0,2
QG = QJdir – 2 cosα (C.Dist.) = - 0,2 – 2x0,8 = - 1,8
Barra GF: QG = 6 – 4 – 2 = 0 ; QF = 0 – 4 = - 4
Barra FH: QF = QH = 2
Barra FEB: QF = QE = QB = 3
Barra DE: QD = QE = - 4

d) Esforços Normais (t):

Barra AC: NA = NC = - 6
Barra CG: NC = - HA cosα – VA senα = - 3x0,8 – 6x0,6 = - 6
NJesq = NC + 2 senα (C.Dist.) = - 6 + 2x0,6 = - 4,8
NJdir = NJesq + + 2 senα (C. Conc.) = - 4,8 + 2x0,6 = - 3,6
NG = NJdir + 2 senα (C.Dist.) = - 3,6 + 2x0,6 = - 2,4
Barra GF: NG = NF = - 3
Barra FH: Não tem carga normal = 0
Barra FEB: NF = - 10 + 4 = - 6 = NEesq ; NEdir = NB = - 10
Barra DE: Não tem carga normal = 0

Exemplos:

Obter os diagramas solicitantes para os quadros


triarticulados abaixo:
57
58

Os quadros podem se apresentar com barras curvas ao invés de barras retas,


conforme exemplo a seguir:

Ex 1 - Obter os esforços solicitantes para o quadro abaixo:


59

Diagramas
60
61

Ex 2 - Traçar o diagrama de momentos fletores para a estrutura abaixo:


62

1 - Cálculo das reações de apoio:

2 – Cálculo dos momentos fletores:

Barra AC: MA = 0 ; MC = - 2x4 = - 8 ;

Barra DB: MB = 0 ; MD = - 5 x 4 = -20

Barra CD:
63
64
65

Quadros Compostos (Pórticos)


Quadros Compostos são uma associação de quadros simples.
Assim como a viga Gerber é uma associação de vigas simples. Se
forem isostáticos, o resultado será uma Associação de Quadros
Simples Isostáticos.
Para resolver um quadro composto devemos decompô-lo nos quadros simples
que o constituem, resolvendo, inicialmente, aqueles sem estabilidade própria e,
após, os dotados de estabilidade própria, para o carregamento diretamente
atuante sobre eles, acrescido das forças transmitidas pelas rótulas.
66
67
68

EXEMPLOS
1 -Traçar os diagramas solicitantes para o quadro abaixo:
69
70
71
72

QUADRO COM ARTICULAÇÃO E TIRANTE (ou Escora)

Seja o quadro abaixo, biapoiado em A e B, com uma rótula em G e com uma


barra CD descarregada, rotulada em suas extremidades.
73

Se a barra CD é descarregada e rotulada nas extremidades, ela


tem, em todas as seções, M = Q = 0, podendo estar submetida
apenas a um esforço normal constante (No caso de tração é tirante
e no caso de compressão é escora). Nada se alterará sob o ponto
de vista estático, se rompemos a barra CD, substituindo-a por um
par de esforços normais N de sentidos opostos e aplicados no
quadro AGDB em cada uma das extremidades C e D da barra CD.

Para resolver a estrutura precisa-se conhecer as RA e o par de


forças N , num total de 4 incógnitas.

Obtidas as RA e o valor de N , o traçado dos diagramas solicitantes


será imediato.
74

GRELHAS ISOSTÁTICAS

Grelha é uma estrutura reticulada plana submetida a carregamentos


perpendiculares ao seu plano. Na construção civil, este tipo de sistema
estrutural é composto por um sistema de vigas, perpendiculares ou não entre
si, que se interceptam, estando interligadas nos pontos de interseção.
As grelhas podem ser feitas em aço, concreto armado ou concreto protendido.
Sobre as vigas pode ser criada uma laje de concreto armado maciça, porém
lajes pré-moldadas em concreto armado e protendido também são adequadas.
Os sistemas de vigas pré-moldadas constituem em ótima solução quando há
necessidade de rapidez de execução.
75
76
77
78

Sistema de Forças Paralelas no Espaço

Seja, agora, um sistema de forças paralelas ao eixo OZ (ver Figura 1).


79

Neste caso, as equações ΣFX = 0 e ΣFY = 0 se transformam em meras


identidades (0=0), pois as forças não têm componentes segundo os eixos X e
Y. Além disso, a equação ΣMZ = 0 também se transforma em identidade, pois
as forças, sendo paralelas ao eixo OZ, não dão momento em relação a este
eixo.

Logo, ficam válidas as equações restantes, a saber:

ΣFZ = 0 ΣMX = 0 ΣMY = 0

Esforços Solicitantes na Grelha

Dada uma grelha no plano XY, se nós reduzirmos as forças atuantes em um


dos lados da seção genérica “S” de uma barra ao seu centro de gravidade,
obteremos a força cortante Q (que é perpendicular ao plano XY da grelha) e o
momento m, situado no plano XY.
80

Tipos de Grelhas

Os tipos mais comuns de grelhas isostáticas são as indicadas abaixo:


81
82

EXEMPLOS:
Exemplo 1)

Exemplo 2)
83

EXERCÍCIOS
Determine os diagramas solicitantes para as grelhas abaixo, cujas barras
formam, em todos os nós, ângulos de 90o.
1)
84

2)
85
86

3)
87
88

4)
89

5)
90
91
92
93
94

VIGAS BALCÃO
95
96

Nos exemplos estudados até aqui, lidamos sempre com grelhas constituídas
por barras retas. Se, ao invés de termos barras retas, tivermos barras curvas,
toda a teoria continua, é claro, válida, sendo apenas mais trabalhosa a
obtenção dos diagramas solicitantes, que serão determinados por equações,
no caso, de curvas matematicamente definidas, ou por pontos em caso
contrário. As grelhas constituídas por barras curvas são denominadas vigas-
balcão.
Estudaremos as vigas-balcão circulares, para os casos mais usuais de
carregamento.

Exemplo. Obter os diagramas solicitantes para a viga-balcão semicircular da


Figura abaixo.

Os esforços simples atuantes numa seção genérica S, definida pelo ângulo α,


conforme indica a Fig. a, são obtidos reduzindo-se a força P à seção S, o que é
mais simples fazer reduzindo-a, inicialmente, ao ponto C (definido na Fig. b,
que representa a viga-balcão em verdadeira grandeza em planta), aparecendo
então o momento fletor M (situado na normal à seção S) e, após, do ponto C
para o ponto S, aparecendo aí o momento torçor T. No caso, o momento fletor
M traciona as fibras superiores e o momento torçor é positivo.

A partir da Fig. b, temos:

Onde:
97

Os diagramas solicitantes estão, então, representados na Fig.abaixo:

Cálculo das deformações em estruturas


isostáticas
Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV) aplicados às estruturas
deformáveis

Trabalho Virtual

Diz-se virtual algo que não é real; imaginário, portanto. Um deslocamento


virtual ou uma força virtual são, respectivamente, um deslocamento imaginário
ou uma força imaginária, arbitrariamente impostos sobre um sistema estrutural.
O trabalho virtual pode ser considerado como o trabalho produzido em uma das
duas situações abaixo relacionadas:

•Trabalho realizado por forças reais durante um deslocamento virtual;


•Trabalho realizado por forças virtuais durante um deslocamento real.

Pode-se considerar aqui como deslocamento virtual um deslocamento


provocado por alguma outra ação que não o sistema de carregamento em
questão atuante na estrutura. Força virtual, da mesma forma, pode ser
considerada uma outra força qualquer que não seja a que está provocando o
deslocamento real.
Portanto, na expressão do trabalho virtual, a força e o deslocamento envolvidos
(virtual e real ou vice-versa) têm uma relação de correspondência, mas nunca
de causalidade.

Princípio dos Trabalhos Virtuais para Corpos Rígidos

Seja um corpo rígido sujeito a um sistema de forças reais Pi constantes e


integralmente aplicadas a um corpo rígido conforme mostrado na Fig. abaixo.
Se ele é submetido a um deslocamento virtual δv, sendo δ vias componentes
do deslocamento virtual correspondentes aos Pi.
98

“Se é aplicado um deslocamento virtual a um corpo rígido sujeito a um sistema


de forças em equilíbrio, o trabalho virtual total realizado pelas forças é igual a
zero”. Na Fig. acima se o sistema de forças Pi estiver equilibrado, tem-se:
(Princípio de D’Alembert)

A recíproca também é verdadeira, ou seja:

“Se o trabalho virtual total realizado por um sistema de forças reais atuando em
um corpo rígido quando ele é submetido a um deslocamento virtual é igual a
zero, o sistema de forças está em equilíbrio”.

Princípio dos Trabalhos Virtuais para Corpos Deformáveis

Nos corpos deformáveis, pontos do interior do corpo podem mover-se uns em


relação aos outros sem violar as condições de restrição. Portanto, neste caso,
tanto as forças externas quanto as internas (esforços solicitantes) realizam
trabalho.

“Quando a uma estrutura deformável, em equilíbrio sob a ação de um sistema


de carregamento, é dada uma pequena deformação virtual compatível, o
trabalho virtual realizado pelas forças externas (carregamento) é igual ao
trabalho virtual realizado pelas forças internas (esforços solicitantes)”.
99

Ou

Cálculo das deformações em estruturas elásticas aplicando o PTV:

Método da Carga Unitária (MCU)

A particularização do Princípio dos Trabalhos Virtuais (forças virtuais) na qual


se considera a força virtual (ou forças virtuais) com valor unitário é conhecida
como Método da Carga Unitária (MCU). Também conhecido como Método do
Trabalho Virtual, Método da Carga Substituta e Método de Maxwell-Mohr, o
MCU pode ser utilizado para calcular deslocamentos (devidos a deformações
reais causadas pelo carregamento) em estruturas isostáticas. Como o MCU é
uma sistematização do PTV, sua formulação geral pode ser utilizada em
estruturas de comportamento elástico linear e não linear.

Estado de Deformação → Carregamento Real

Estado de Carregamento → Carregamento Virtual (Tabela 1 ; Vol. 2 –


Sussekind)

Seja calcular um determinado deslocamento ∆, por exemplo, o deslocamento


vertical no ponto C, em uma estrutura isostática sujeita a um sistema de cargas
qualquer.
100

Estado de Deformação
101

Pelo MCU, considera-se um outro sistema de carregamento atuando sobre a


mesma estrutura constituído de uma carga virtual unitária P correspondente ao
deslocamento provocado ∆,

Estado de carregamento
102

Sendo válida para estruturas de comportamento elástico linear ou não linear.


Os deslocamentos dδ, dθ, dλ e dφ são provocados por carregamento externos
em geral, bem como por variação de temperatura, recalques de apoio,
modificações impostas na montagem; isto é, qualquer tipo de solicitação
externa real que produza deformações na estrutura.
Nas análises cotidianas em geral, admite-se que a estrutura apresente
comportamento elástico-linear, isto é, estrutura constituída de material elástico-
linear seguindo Lei de Hooke (σ= E.ε), apresentando linearidade geométrica.
As cargas externas produzem tensões, representadas aqui por suas
resultantes, os esforços solicitantes reais N, M, Q, T e deformações reais dδ,
dθ, dλ e dφ relacionadas entre si pelas expressões:
103

Substituindo-se as expressões das deformações nos elementos de barra, na


equação geral do MCU, tem-se:

Obs.: Para estruturas com que lidamos usualmente na prática, as parcelas


devido aos esforços Normal, Cortante e Torçor, podem ser desprezadas com
erro tolerável. Logo a expressão resume-se a:
104

Exemplo:
Calcular o deslocamento horizontal de D, para o quadro abaixo, que tem EJ = 2x10 4
tm2 para todas as barras.

Cálculo das RA:

VA = - 3t ; HA = 5t ; VD = 3t

Solução Utilizando Tabelas de Integrais de Produto de Duas Funções


Caso de estruturas compostas por barras retas com inércia constante: Seja o
quadro abaixo, cujas barras têm inércias constantes. A deformação δ devida ao
trabalho à flexão vale:
105

Sendo Jc uma inércia arbitrária (usualmente arbitrada igual a menor das


inércias da barra), temos:

Em função dos diagramas de em cada barra, tabelou-se os valores de

Que somados para todas as barras, nos darão o valor EJ c δ. Chamando

de comprimento elástico da barra i.

Exemplos:
1- Calcular, utilizando as Tabelas, o deslocamento horizontal de D, para a
estrutura abaixo, que tem EJc = 2x104 tm2 para todas as barras.
106

2- Para a estrutura abaixo, obter, utilizando as Tabelas, a rotação da tangente


à elástica em D devido ao carregamento indicado. Dado: EJc = 2 x 104 tm2
107

3- Para a estrutura abaixo, achar, utilizando as Tabelas, o deslocamento


horizontal do ponto B. Dado: EJc = 2 x 105 KNm2

4- Para a o quadro triarticulado abaixo, determinar o deslocamento horizontal


em C. Dados: E = 210 tf/cm2 ; J = 300 000 cm4 (Para todas as barras)
108

5- Para a o quadro triarticulado abaixo, determinar a flecha na articulação C.


Dado: EJc = 50 000 tm2 (Para todas as barras)

Casos de barras com Inércia Variável

As leis de variação de altura tabeladas são:


109
110
111
112

Empregam-se as Tabelas III a XV par o cálculo das integrais:


113
114
115
116
117
118
119

2) Calcular o deslocamento horizontal do ponto A para o


quadro da Figura abaixo. Todas as barras têm inércia
máxima igual ao quíntuplo da mínima, sendo que as barras
verticais têm Jmin = Jc e a horizontal Jmin = 2 Jc. É dado EJc =
104 tm2
120
121

Exercícios:

1-Calcular o deslocamento vertical no ponto C para a viga da Figura abaixo,


cujas mísulas são parabólicas com Jmin = Jc e Jmáx = 10 Jc . Dado EJc = 104 tm2
122

2- Achar o deslocamento vertical no ponto C da viga abaixo, cujas mísulas são


retas com
Jmin = Jc e Jmáx = 2 Jc . Dados: E = 21 x 106 KN/m2 e Jc = 1,067 x 10-3 m4

3- Calcular o afundamento do ponto E para a viga abaixo, considerando os


seguintes dados: Jmin = Jc ; Jmáx = 2,5 Jc ; E = 2 x 104 tfm2
123

Cálculo de deformações em Grelhas

No caso de estruturas no espaço, temos que acrescentar ao trabalho virtual


das forças internas aquele do momento de torção, que vale:

Logo, a expressão resume-se a:


124

Exemplo:

Calcular a rotação da corda CD para a Grelha da Figura abaixo. São dados:

=2; EJ = 2 x 105 tm2 ( Todas as barras)


125

2- Calcular o afundamento do ponto D da grelha abaixo, cujas barras formam,


em todos os nós, ângulos de 90º e têm EJ = 10 4 tm2 e EJ/GJt = 2 (P/ todas as
barras)
126

3- Calcular o afundamento do ponto E da grelha abaixo, cujas barras formam,


em todos os nós, ângulos de 90º e têm EJ = 2x10 5 KNm2 e EJ/GJt = 2 (P/ todas
as barras)
127

Cálculo das deformações devidas à variação de


temperatura

Seja a estrutura isostática acima, cujas fibras externas sofrem variação de


temperatura te e cujas fibras internas uma variação t i em relação à temperatura
do dia de execução da estrutura. Ao longo da altura das barras da estrutura, a
variação de temperatura entre as fibras externas e internas pode ser
considerada linear (os ensaios de laboratório assim o autorizam), de modo que,
no estado de deformação, duas seções distantes de ds tendem a assumir a
configuração deformada da Figura abaixo.
128

Vemos então, que duas seções distantes de ds sofrem um movimento relativo


de duas partes:

a) Deslocamento axial relativo de

Sendo tg a variação de temperatura no centro de gravidade em relação ao dia


de execução

b) uma rotação relativa:

Sendo α o coeficiente linear do material.

Suponhamos, para fins de raciocínio, que desejemos calcular o deslocamento


do ponto m da direção Δ: O estado de carregamento será o da Figura abaixo e
o teorema dos trabalhos virtuais se escreverá, então, quando dermos a todos
os pontos da Figura deslocamentos virtuais exatamente iguais aos provocados
pela variação de temperatura:
129

Para o emprego das expressões (1) e (2), adotaremos as seguintes


convenções de sinal:

será positivo quando tração.

será positivo quando tracionar as fibras internas da estrutura.


As variações de temperatura t i, te, tg serão positivas quando se tratar de
aumento de temperatura (notar que Δt = ti – te )

O valor de δ não é, evidentemente, afetado pela existência de esforços


cortantes ou momentos torçores no estado de carregamento.

Aplicação

Calcular o deslocamento horizontal do ponto B se a estrutura da Figura abaixo,


cujo material tem α = 10-5 /oC e cujas barras têm seção retangular de 0,5 m de
altura, sofrer a variação de temperatura indicada na Figura, em relação ao dia
de sua execução.
130

Cálculo de deformações devidas a movimentos (recalques) dos


apoios

Seja a estrutura da Figura abaixo cujos apoios sofrem os recalques


conhecidos, nela indicados. Se quisermos calcular deformações provocadas
por esses recalques, já sabemos como instituir o estado de carregamento e já
sabemos que daremos, neste estado de carregamento, deformações virtuais a
todos os pontos da estrutura exatamente iguais às existentes no estado de
deformação.
131

Aplicando, então, o teorema dos trabalhos virtuais, teremos, qualquer que seja
o estado de carregamento:

Trabalho virtual das forças externas:

Sendo as reações de apoio no estado de carregamento e os recalques a


elas correspondentes no estado de deformação.

Trabalho virtual das forças internas: nulo, visto que as deformações relativas no
estado de deformação são nulas.

Igualando o trabalho virtual das forças externas ao das forças internas,


obtemos:

Expressão que resolve o problema.

Aplicação
132

Calcular a rotação relativa das tangentes à elástica em E devida aos recalques


indicados, para a estrutura da Figura abaixo.

Temos as reações no estado de carregamento indicadas na Figura abaixo.

Exercícios:

1) Para a estrutura abaixo, achar a rotação da tangente à elástica em E


devida: a) Carregamento externo; b) Variação de temperatura; c) Recalque do
apoio B horizontal p/ esquerda = 2cm e vertical p/ baixo = 1,5cm. Dados: EJ c =
10 x 104 KNm2 ; α = 10-5/oC ; h = 0,8m
133
134

2) Para a estrutura abaixo, achar o deslocamento em B devido: a)


Carregamento externo; b) Variação de temperatura; c) Recalque do apoio A
horizontal p/ esquerda = 1cm e vertical p/ baixo = 2cm. Dados: EJ c = 2 x 104 tm2
; α = 10-5/oC ; h = 0,4m

3) Para a estrutura abaixo, calcular: a) o deslocamento horizontal do ponto C e


a rotação do apoio A devido ao carregamento externo. b) A rotação relativa do
nó D devida aos recalques: horizontal p/ direita de 1,5 cm e vertical p/ baixo de
2 cm no apoio A e horizontal p/ direita de 1 cm e vertical p/ baixo de 1,5 cm no
apoio B. c) A rotação relativa no nó D devida a variação térmica indicada.
Dados: E = 21 x 106 KN/m2; Jc = 1,067 x 10-3 m4; α = 10-5/oC ; h = 0,6 m.
135

Equação dos três momentos


Consideremos uma viga contínua sobre vários apoios, submetida a um
carregamento transversal qualquer.
136

Como a linha elástica é contínua para qualquer viga contínua, os ângulos


Өie e Өid que definem a inclinação da tangente à linha elástica em i, são
iguais, ou seja:

Өie = Өid

Para dois vãos adjuntos quaisquer de uma viga contínua, temos:

Cálculo de Өie e Өid empregando o princípio da superposição dos efeitos:

PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS

" O efeito produzido por um conjunto de forças atuando simultaneamente em


um corpo é
igual à soma do efeito produzido por cada uma das forças atuando isolada"

a) Devido ao carregamento externo:


137

Lado esquerdo:

E → Módulo de elasticidade do material; J → Momento de inércia da seção


transversal; Ae → Área da esquerda.

Da Resistência dos materiais temos que: Ө = Q` ( Cortante da viga


conjugada), Logo:
138

Como , Logo:

Lado direito:
139

Como:

b) Devido a Me e Mi:

Lado esquerdo:
140

Como:
Өie (Me) = Q´i →
Lado direito:
141

c) Devido ao Mi:

Lado esquerdo
142

e (Mi)
Como: Өi = Q´i →

Lado direito:
143

d (Mi)
Como: Өi = Q`i →

Pelo Princípio da Superposição dos efeitos, temos que:

Como: = , obteremos a equação:

MMC = 6

Equação dos três momentos para vigas contínuas:


Para vigas contínuas com inércia constante e iguais para todos os vãos (Je =
Jd), a equação dos três momentos fica:

Para vigas contínuas com inércia constante e diferentes entre os vãos, a


equação dos três momentos fica da seguinte forma (forma simplificada):

Onde: ;
144

→ Momento de inércia básico (Geralmente o menor referente à estrutura)

Exercícios

1) Empregando a equação dos três momentos a) Traçar o DMF; b) Achar as


reações de apoio; c) Traçar o DEC; d) Achar o momento máximo positivo do
vão AB. (Inércia Cte e iguais p/ todas as barras)

2) Utilizando a equação dos três momentos, trace o DMF e DEC para a viga
contínua abaixo.
(Inércia Cte e iguais p/ todas as barras)
145

Você também pode gostar