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Relatório Final de Estágio apresentado a professora orientadora
Emylciane Costa Hercos do Curso Superior em Tecnologia em
Produção Sucroalcooleira da Universidade Estadual de Goiás –
Unidade Universitária de Edéia, pela Tecnóloga Raquel de Faria Pires
dos Santos como trabalho de conclusão de Curso, requisito parcial
para obtenção do Título de Tecnólogo em Produção Sucroalcooleira
pela banca examinadora formada pelos professores:
Orientador
Assinatura: ______________________________
Examinador
Assinatura: ______________________________
Examinador
Assinatura: ______________________________
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RESUMO
SANTOS, Raquel de Faria Pires dos. Análises laboratoriais em uma usina sucroenergética.
2011. 37p. Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório (Graduação Superior em
Tecnologia de Produção Sucroalcooleira) UEG – UnU Edéia.
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ABSTRACT
SANTOS, Raquel de Faria Pires dos. Laboratory analyzes in a plant sugar-energy industry
supply chain communications. 2011. 37p. Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório
(Graduação Superior em Tecnologia de Produção Sucroalcooleira) UEG – UnU Edéia.
The objective of this report of the probationary period is to report and demonstrate the
observations and the practices carried out in the period in which it occurred the probationary
period, the company Tropical Bioenergia S.A. With the goal of a better practical knowledge
on the physico-chemical analyzes, practiced in the laboratory in the areas of analyzes of cane
sugar, alcohol, sugar and its byproducts. During the probationary period may be made to
various analyzes with the intention of discovering the sucrose content, the amount of soluble
solids in a solution; the moisture, color, pol and soluble solids contained in the sugar that was
produced; acidity, pH, and degree of ethyl alcohol; also, analyzes were made in the waters of
the boiler and food, to know whether the silica high and low are in accordance with the boiler;
the iron, the pH, the sulphite and the hardness were part of these analyzes in the waters. In the
day to day one may perceive how important are the analyzes relating to the manufacturing
process for the production of sugar and alcohol, in the sector bioelectricity.
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SUMÁRIO
Lista de Figuras..............................................................................................................IV
Lista de Abreviaturas e Siglas....................................................................................V
1. Introdução...................................................................................................................... 1
2. Caracterização da Empresa ................................................................................................. 2
3. Atividades Realizadas ......................................................................................................... 3
3.2 Análises no bagaço final ................................................................................................... 8
3.3 Análises de Massas (A e B) ............................................................................................ 11
3.3.1 Métodos para determinação do Brix e da Pol .............................................................. 12
3.4 Análises de Magma e Méis (Rico, Pobre e Final) .......................................................... 12
3.4.1 Métodos para determinação do Brix e da Pol .............................................................. 13
3.4.2 Métodos para determinação da acidez do mel final ..................................................... 13
3.4.3 Métodos para determinação da cor do magma ............................................................ 13
3.5 Análises de Açúcar ......................................................................................................... 14
3.5.1 Cor ............................................................................................................................... 14
3.5.1.1 Métodos para determinação da cor ........................................................................... 14
3.5.2 Pol ................................................................................................................................ 15
3.5.2.1 Métodos para determinação da polarização .............................................................. 16
3.5.3 Brix .............................................................................................................................. 16
3.5.3.1 Métodos para determinação do brix .......................................................................... 17
3.5.4 pH................................................................................................................................. 17
3.5.4.1 Métodos para determinação do pH ........................................................................... 18
3.5.5 Umidade ....................................................................................................................... 18
3.5.5.1 Métodos para determinação da umidade................................................................... 19
3.5.6 Sulfito........................................................................................................................... 19
3.5.6.1 Métodos para determinação do sulfito ...................................................................... 20
3.5.7 Cinzas Condutimétricas ............................................................................................... 20
3.5.7.1 Métodos para determinação das cinzas condutimétricas .......................................... 20
3.5.8 Pontos Pretos................................................................................................................ 21
3.5.8.1 Métodos para determinação dos pontos pretos ......................................................... 21
3.5.9 Granulometria .............................................................................................................. 21
3.5.9.1 Métodos para determinação da granulometria .......................................................... 22
3.5.10 Resíduo insolúvel ....................................................................................................... 22
3.5.11 Partículas magnéticas ................................................................................................. 23
3.5.11.1 Métodos para determinação das partículas magnéticas .......................................... 23
3.5.12 Turbidez NTU (Nephelometric Turbidity Unit) ........................................................ 24
3.5.12.1 Métodos para determinação da turbidez NTU ........................................................ 24
3.6 Análises de álcool etílico (Anidro e Hidratado) ............................................................. 25
3.6.1 Acidez total .................................................................................................................. 25
3.6.1.1 Métodos para determinação da acidez total .............................................................. 25
3.6.2 Condutividade elétrica ................................................................................................. 25
3.6.2.1 Métodos para determinação da condutividade elétrica ............................................. 26
3.6.3 pH................................................................................................................................. 26
3.6.3.1 Métodos para determinação do pH ........................................................................... 26
3.6.4 Teor alcoólico no álcool .............................................................................................. 27
3.6.4.1 Métodos para determinação do teor alcoólico .......................................................... 27
3.7 Análises de águas de caldeiras ........................................................................................ 27
3.7.1 pH................................................................................................................................. 28
3.7.1.1 Métodos para determinação do pH ........................................................................... 28
3.7.2 Condutividade elétrica ................................................................................................. 28
3.7.2.1 Métodos para determinação da condutividade elétrica ............................................. 28
3.7.3 Sulfito........................................................................................................................... 28
3.7.3.1 Métodos para determinação do sulfito ...................................................................... 29
3.7.4 Sílica de alto teor ......................................................................................................... 29
3.7.4.1 Métodos para determinação da sílica de alto teor ..................................................... 29
3.7.5 Dureza .......................................................................................................................... 29
3.7.5.1 Métodos para determinação da dureza ...................................................................... 30
3.7.6 Ortofosfato ................................................................................................................... 30
3.7.6.1 Métodos para determinação de ortofosfato ............................................................... 30
3.7.7 Ferro Ferrozine ............................................................................................................ 30
3.7.7.1 Métodos para determinação de ferro ferrozine ......................................................... 31
3.8 Análises de águas de alimentação ................................................................................... 31
3.8.1 pH................................................................................................................................. 31
II
3.8.1.1 Métodos para determinação do pH ........................................................................... 32
3.8.2 Condutividade elétrica ................................................................................................. 32
3.8.2.1 Métodos para determinação da condutividade elétrica ............................................. 32
3.8.3 Dureza .......................................................................................................................... 32
3.8.3.1 Métodos para determinação da dureza ...................................................................... 33
3.8.4 Ferro Ferrozine ............................................................................................................ 33
3.8.4.1 Métodos para determinação de ferro ferrozine ......................................................... 33
3.8.5 Sílica de baixo teor ...................................................................................................... 34
3.8.5.1 Métodos para determinação da sílica de baixo teor .................................................. 34
Conclusão..........................................................................................................................35
Referências Bibliográficas...........................................................................................36
III
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Amostragem de cana com sonda oblíqua .................................................................... 4
Figura 2. Digestor de Bagaço. .................................................................................................... 5
Figura 3. Prensa para obtenção de amostra de caldo. ................................................................. 6
Figura 4. Peso de Bolo Úmido ................................................................................................... 6
Figura 5. Bagaço de cana de açúcar ........................................................................................... 8
Figura 6. Espectrofotômetro para leitura da cor do açúcar....................................................... 15
Figura 7. Sacarímetro para leitura da pol ................................................................................. 16
Figura 8. Refratomêtro para leitura de brix. ............................................................................. 17
Figura 9. pHmetro de bancada digital-Digimed. ...................................................................... 18
Figura 10. Balança determinadora de umidade. ....................................................................... 19
IV
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AR - Açúcares Redutores
Pol - Polarização
pH - Potencial Hidrogeniônico
V
1. Introdução
Devido ao elevado teor de fibra, que a cana de açúcar apresenta, lhe confere total
independência em relação à energia externa, em termos energéticos, possuindo claras
vantagens competitivas na comparação com outras matérias primas. Para cogeração de
energia elétrica para a própria usina.
A indústria irá se instalar no município de Edéia e irá produzir açúcar e álcool para os
mercados internos e externos, além de co-gerar energia elétrica.
2
3. Atividades Realizadas
A amostragem deve ser feita com sonda horizontal perfurando em três níveis,
ascendente e descendente em três furos consecutivos.
Num mercado competitivo, como é o setor sucroalcooleiro, uma ferramenta ideal para
fazer a extração da amostra pode fazer a diferença nos resultados, onde a qualidade do
produto é a base para um bom desempenho econômico.
3
Figura 1. Amostragem de cana com sonda oblíqua. Fonte: Revista Opiniões. Out/Dez/2005
“O tubo amostrador deve ser introduzido totalmente na carga e todo o seu conteúdo
deve ir para o desfibrador. O subamostrador deve ser ajustado para dar uma subamostra de
aproximadamente 250g. Sendo esta subamostra inteira colocada num recipiente de plástico”
(PAYNE, J. H., 1968).
Para isso, o conselho criou um sistema de pagamento da cana de açúcar pelo teor de
sacarose, com critérios técnicos para avaliar a qualidade da cana de açúcar entregue pelos
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plantadores às indústrias e para determinar o preço a ser pago ao produtor rural. O sistema
tem adoção voluntária.
Por esse sistema, o valor da cana de açúcar se baseia no chamado açúcar total
recuperável (ATR), que corresponde à quantidade de açúcar disponível na matéria prima
subtraída das perdas no processo industrial, e nos preços do açúcar e etanol vendidos pelas
usinas nos mercados interno e externo.
O PBU é resíduo fibroso resultante da extração do caldo de cana pela prensa (Figura
3). Com o caldo extraído pela prensa são feitos ensaios para a determinação do brix e da pol
do caldo. Os três resultados obtidos no laboratório, PBU, brix e pol, servem de base para a
apuração da qualidade da cana para fins de pagamento de cana.
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Figura 3. Prensa para obtenção de amostra de caldo. Fonte: Arquivo pessoal. Data: 10/11/2011.
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Brix refere-se ao total de conteúdo sólidos presentes no suco expresso em
porcentagem, incluindo açúcares e não açúcares. Pode ser medido no próprio campo no
cultivo de cana usando um refratômetro manual e no laboratório de matéria prima.
Uma escala estreita indica maturação da cana, enquanto uma diferença larga indica
que a cana não está ainda madura o suficiente. Por outro lado, se a porção inferior da cana
tiver um valor Brix inferior a superior, isto significa que a cana está madura demais e está
ocorrendo uma reversão de açúcar. Esta análise indica a quantidade sólidos solúveis, no caldo
de cana de açúcar, sendo utilizada para se descobrir se a cana está na hora de ser colhida.
Este índice é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no vácuo e na
substância analisada, ou seja, quando um feixe de luz se desloca em um meio homogêneo e
incide sobre a superfície de outro meio, este será refratado e mudará de direção em relação à
trajetória original. Sendo expressa a porcentagem em massa dos sólidos dissolvidos em uma
solução açucarada a 20ºC.
A amostra coletada na prensa foi levada ao brix refratométrico, onde se fez a leitura da
quantidade de sólidos solúveis no caldo. Medido através do índice de refração sendo útil na
caracterização e identificação de líquidos ou para indicar a pureza destes líquidos.
Este índice é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no vácuo e na
substância analisada, ou seja, quando um feixe de luz se desloca em um meio homogêneo e
incide sobre a superfície de outro meio, este será refratado e mudará de direção em relação à
trajetória original. Sendo expressa a porcentagem em massa dos sólidos dissolvidos em uma
solução açucarada a 20ºC.
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A análise de pol indica a quantidade de sacarose na cana de açúcar. Se essa sacarose
pode ser colocada no processo industrial de fabricação de álcool e açúcar.
À medida que se faz a última extração do caldo, sai o bagaço final sendo encaminhado
para as caldeiras, sendo queimado, servindo como combustível, para a produção de energia
elétrica.
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3.2.1 AR do bagaço final
Tirou-se o brix refratométrico com a amostra coletada num frasco de 200 mL, depois
se colocou octapol, filtrou-se e fez a leitura sacarimétrica.
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É feita essa análise para saber a quantidade de umidade resultante no bagaço final,
pois, esse bagaço é enviado e queimado nas caldeiras de co-geração de energia elétrica. Se ele
estiver muito úmido, não será utilizado na queima. “Para reduzir a umidade do bagaço, torna-
se necessário aumentar o teor de fibra do bagaço progressivamente ao longo da moenda”
(LAMUSSE, J.P., 1977, p. 103).
“Ruptura das células (Índice de Preparo) abaixo de 94% resulta numa pol maior do
bagaço, devido à menor taxa de difusão do açúcar para fora das células” (PAYNE, J.H. 1968).
Após o deslocamento do caldo, o bagaço deve ser desaguado. Esta etapa, é o estágio final do
processo de extração, pois uma certa quantidade de pol nas células não abertas e no líquido
residual é recuperada e retorna ao difusor.
Tarou-se a balança semi-analítica com uma bacia plástica; pesou-se em cada bacia 500
g de cana desintegrada e homogeneizada, colocou-se as amostras em dois baldes, sendo uma
enviada ao Open-Cell e a outra amostra ao copo do Digestor. Adicionou-se 2000 mL de água
ultra-pura em cada amostra, pipetou-se 20 mL de solução de ácido clorídrico 1N e agitou-se.
Levou-se ao forno micro-ondas por aproximadamente 1 minuto (ou até que entre em ebulição)
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na potência máxima com o inibidor de corrosão, esfriou-se em água corrente, pipetou-se 20
mL de solução hidróxido de sódio 1N e titulou-se com hidróxido de sódio 0,1N até ficar
levemente rósea. Completou-se o volume do balão com água ultra-pura. Titulação prévia:
encheu-se a bureta com a amostra, com o aparelho desligado, potência de aquecimento no
mínimo, tampou-se de descarga aberta no último, alívio da caldeira na posição horizontal,
adicionou-se cinco mL da solução A e cinco mL da solução B. Colocou-se 20 mL de água
ultra-pura no bulbo do Redutec, ligou-se o Redutec, fechou-se a tampa de descarga e o
registro de alívio para baixo, na posição vertical. Ligou-se o determinador de açúcares
redutores, onde foi mudado para leitura em mV, esperou-se a fervura completa e aguardou-se
de 30 a 60 segundos. Começou-se a titulação com algumas gotas e aguardaram-se mais 30
segundos, repetindo este; titulou-se gota a gota até o ponto de disparo, ou seja, aceleração
crescente da leitura do mV; aguardou-se a estabilização da leitura mV e anotou-se o volume
gasto. Gotejaram-se três gotas e verificou se não ocorria novamente um disparo crescente da
leitura do mV; se disparou pingue mais 3 gotas se não disparar marque o resultado que estava
antes de pingar as 3 gotas. Ex.: 241, 241, 244, 247 (disparou pare de gotejar e espere
estabilizar) pingando 3 gotas.
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Nesta operação ainda tem-se uma mistura de cristais de sacarose e mel, conhecidos
como massa cozida. Nessa massa cozida de primeira ou massa A, falta a cristalização do
xarope, sendo os cristais ainda muito pequenos, requerendo proceder ao seu conhecimento.
O mel rico, pobre e final é o licor mãe separado por centrifugação, denominado mel de
A, B, etc., de acordo com a massa de onde procedem. Aquele proveniente do último
cozimento recebe o nome de mel final.
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O magma é a mistura de açúcar com xarope, mel ou água, produzido por meios
mecânicos, que é utilizado como pé de cozimento.
O mel rico ainda contém alta concentração de açúcar passível de ser cristalizado. Por
essa razão retorna para o cozimento junto com o xarope, e o mel pobre é utilizado no
cozimento de uma segunda massa, denominada massa B ou magma, adicionado como pé de
cozimento para a massa A. O licor mãe obtido da centrifugação desse magma é denominado
mel final, que pode ser armazenado e enviado para a produção de etanol.
Esta sequencia pode ser repetida para produzir ainda a massa de terceira e de quarta
até a exaustão do mel. Entretanto, nos últimos anos, com a ênfase na produção de
álcool, as usinas estão operando apenas com duas massas, e o mel final é enviado às
destilarias onde é utilizado como substrato na fermentação alcoólica (IPT, 1990).
São feitas análises de brix e pol, nos méis rico, pobre e final a cada 4 horas, coletando
as amostras nas saídas das centrífugas para os tanques ou destilaria. No magma além dessas
duas análises, determina-se a cor, sendo coletado também, a cada, 4 horas na tubulação de
retorno.
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membrana de 8,0 micras acertou-se o pH até 7,0 com hidróxido de sódio 0,05 N, levou-se a
amostra até o espectrofotômetro (programa cor xarope e magma), zerou-se com água ultra-
pura e fez a leitura.
Com o cristal de açúcar formado e separado, o açúcar segue pelas esteiras até o
secador antes de ser armazenado. Esse açúcar é coletado a cada, 4 horas por um amostrador
continuo depois do secador, para se analisar: cor, pol, brix, pH, umidade, sulfito, cinzas,
pontos pretos, resíduos insolúveis, partículas magnéticas e turbidez NTU.
3.5.1 Cor
A cor do açúcar é a soma da cor dos cristais e do mel, a maior parte da cor sendo
oriunda do mel. Para um açúcar com pol de 99,0, a composição é de cerca de 98,7%
de sólidos dos cristais e 1,3% dos sólidos do mel. O valor médio da cor do açúcar é
cerca de três vezes o da cor dos cristais, e modo que dois terços da cor provêm de
1,3% do material (LABORATORY, 1970, p. 169-170).
É bem conhecido o impacto que um açúcar de maior cor traz para produtos acabados
que tem na sua cor ou transparência o diferencial de mercado, tais como: refrigerantes,
bebidas alcoólicas amargas, balas refrescantes, fármacos, sorvetes, entre outros.
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Adicionou-se 50 g de açúcar no béquer, e 50 g de TEA; colocou-se o béquer com o
açúcar e a TEA, no agitador magnético, até completa diluição da solução. Essa solução passou
pelo conjunto de filtração a vácuo: onde se colocou primeiro o pré filtro e passou a solução
por ele, em seguida pela membrana de 0,45 micras.
Figura 6. Espectrofotômetro para leitura da cor do açúcar. Fonte: Fluxo Tecnologia Ltda. Data: 10/11/2011.
3.5.2 Pol
Açúcares com teores de sacarose inferior a 99,5% são basicamente utilizados como
matéria prima para posterior refino e nunca são consumidos diretamente, exceto nos casos de
açúcar mascavo, rapadura etc.
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Determina-se a pol, através de um sacarímetro, onde serão apresentados os teores de
sacaroses aparente contida em uma solução açucarada. “A pol do açúcar é determinada pela
quantidade de mel ao redor dos cristais” (LABORATORY, 1970, p. 169-170).
Tarou-se a balança analítica com uma cápsula de inox, sendo a mesma previamente
manuseada com auxilio de uma pinça. Pesou-se 52 g do açúcar em um balão volumétrico de
200 mL, adicionou-se 70 mL de água gelada no balão, enxaguando as paredes da cápsula e do
funil. Dissolveu-se completamente o açúcar com auxilio de um agitador magnético. Com o
auxílio de um termômetro verificou-se a temperatura estava a 20ºC, se estiver acima desta
temperatura deve se adicionar água gelada, para baixar ou se estiver abaixo se coloca água
natural.
Figura 7. Sacarímetro para leitura da pol. Fonte: ReoTerm Instrumentos Científicos. Data: 10/11/2011.
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O brix refratométrico (Figura 8) é medido através do índice de refração sendo útil na
caracterização e identificação de líquidos ou para indicar a pureza destes líquidos.
Este índice é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no vácuo e na
substância analisada, ou seja, quando um feixe de luz se desloca em um meio homogêneo e
incide sobre a superfície de outro meio, este será refratado e mudará de direção em relação à
trajetória original. Sendo expressa a porcentagem em massa dos sólidos dissolvidos em uma
solução açucarada a 20ºC.
Figura 8. Refratomêtro para leitura de brix. Fonte: Produtos para laboratório. Data: 10/11/2011.
3.5.4 pH
A maioria dos alimentos é ligeiramente ácida, uma vez que os produtos alcalinos têm,
em geral, sabor desagradável. Uma exceção é a clara de ovo cujo pH chega alcançar 9,2.
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A medida de pH em alimentos é importante para determinar a deterioração do
alimento, atividades enzimáticas, textura de geléias e gelatinas, estabilidade de corantes,
estado de maturação das frutas e escolha adequada de embalagens.
3.5.5 Umidade
O açúcar contém algum teor de água, chamado de umidade depois de passar pelo
processo de secagem específica. A análise de porcentagem de umidade é realizada no açúcar
para se descobrir se existem teores excessivos de umidade, tornando o açúcar sujeito a ataques
microbiológicos e a empedramento.
Existe água tanto na superfície dos cristais de açúcar quanto dentro dos cristais. A
superficial está relacionada com a quantidade da camada de mel e a umidade relativa
da atmosfera ao redor do açúcar. A água dentro dos cristais é governada pela
extensão das inclusões do licor mãe. Como a umidade tem capital importância na
conservação da qualidade do açúcar, em relação ao crescimento de microrganismos,
é a umidade superficial que é importante. Esta pode ser controlada na operação das
centrífugas, com a manutenção apropriada dos ciclos de lavagem e secagem
(LABORATORY, 1970, p. 169-170).
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3.5.5.1 Métodos para determinação da umidade
No açúcar branco faz essa análise a 85ºC com duração de 10 minutos, a umidade deve
estar de 0 a 6%.
Enquanto que no VHP, a temperatura deve ser 75ºC, esperando 8,5 minutos, devendo
a umidade estar de 1 a 15%.
3.5.6 Sulfito
19
Alternativas técnicas existem para a produção de açúcar branco sem enxofre, porém
todas elas irão sem dúvida, elevar o custo do produto acabado.
A presença de elevados teores de SO2 no açúcar, era responsável pela oxidação interna
das embalagens metálicas e tampas de frascos de vidro.
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Tarou se a balança analítica com uma cápsula de inox, manuseada com auxílio de uma
pinça, e pesou 10.0000g mais 0,0003 g de açúcar previamente homogeneizado; transferiu se
para um balão volumétrico de 200 mL com o auxílio de um funil; adicionou se 50 mL de água
ultra-pura à 20 ºC, enxaguando as paredes da cápsula e do funil. Dissolveu se completamente
o açúcar com o auxílio da mesa agitadora, verificou se com o auxílio de um termômetro se a
temperatura estava a 20 ºC e adicionou se água ultra-pura até o menisco do balão. Lavou se a
célula do condutivímetro com três porções de água ultra-pura e, em seguida passou três
porções da amostra, colocou se a célula do condutivímetro na amostra esperou se estabilizar e
fez se a leitura do teor de cinzas. Sendo que não pode ultrapassar o valor de 0,150 teor de
cinzas.
3.5.9 Granulometria
21
forma dissolvida. Cristais menores dissolvem mais rapidamente, podendo acelerar o processo
ou facilitar a operação.
Onde: P1 é o peso inicial de cada peneira e P2 o peso final das peneiras juntamente
com o açúcar retido na malha.
Tarou-se a balança semi-analítica com o béquer de 400 mL, pesou-se 100 g de açúcar
previamente homogeneizado, acrescentou-se 200 g de água ultra-pura e dissolveu-se a
solução com o auxilio de um agitador magnético. Conectou-se o funil de Buchner ao
Kitassato e este na bomba a vácuo.
Colocou a membrana (para análise de insolúvel) no funil, umedeceu com água e ligou
a bomba a vácuo. Filtrou-se toda a amostra, lavando o béquer, com água ultra-pura. Retirou-
se o papel de filtro do funil com uma pinça e secou-se na estufa a 100ºC, por
aproximadamente 2 minutos. Comparou-se visualmente a intensidade de resíduos retidos no
papel de filtro, com a tabela escala de 1 a 10.
Partículas magnetizáveis presentes no açúcar são provenientes das partes metálicas dos
equipamentos de processo, e representam aquelas partículas que escaparam dos sistemas de
separação magnética instalados nas usinas. Campos magnéticos de até 8.000 Gauss não têm
sido suficientemente eficientes para a completa eliminação destas partículas, na sua maioria
com dimensões inferiores a 1 mm.
O limite de detecção dos métodos analíticos disponíveis é da ordem de 0,5 ppm, o que,
em alguns casos, é insuficiente para garantir um controle de qualidade mais rigoroso.
A acidez total é a combinação de acidez fixa com acidez volátil. A acidez fina
compreende a ácidos encontrados em certos alimentos, mais os produzidos durante a
fermentação. Já a acidez volátil consiste principalmente de ácido acético.
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soluções iônicas, por possuírem íons como partículas dispersas, conduzindo assim a corrente
elétrica.
3.6.3 pH
Quando a amostra apresentar pH menor que 7 ela é considerada ácida, e quanto menor
for o grau, de 6 para baixo na ordem decrescente, mais ácida ela será. Mas se a amostra
apresentar pH maior que 7 ela é considerada básica, e se o grau for maior, de 8 para cima na
ordem crescente, mais básica ela será.
O álcool etílico hidratado combustível tem que possuir uma faixa de pH entre 6 e 8
pela norma da ANP, dependendo da amostra ela pode apresentar-se um pouco ácido (grau 6),
neutro (grau 7), e levemente básico (grau 8). O álcool etílico anidro combustível não tem
restrição da ANP quanto ao pH.
Esta análise do pH, está relacionada com o grau de agressividade do combustível, com
o desgaste de peças, limpeza do motor, rendimento e outros itens. Pois, quanto mais ácido e
mais básico for, maiores serão os danos para a vida útil das peças e outros acessórios,
interferindo no rendimento do veículo.
26
3.6.4 Teor alcoólico no álcool
Para a minimização dos problemas com incrustações, além do uso de água com boa
qualidade e um controle das descargas, pratica-se a dosagem de dispersantes de sais e íons
metálicos, principalmente cálcio e magnésio. A corrosão em sistemas de resfriamento é
normalmente combatida através da aplicação de inibidores de corrosão, responsáveis pelo
27
bloqueio das reações químicas que a promovem e/ou através da formação de filmes protetivos
sobre a superfície do metal.
3.7.1 pH
O pH, representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH, variando de 7 a 14, indica se
uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que 7). O
pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela
introdução de resíduos, pH baixo torna a água corrosiva e águas com pH elevado tendem a
formar incrustações nas tubulações.
3.7.3 Sulfito
28
recomendado para o tratamento químico. Se a dosagem de sulfito de sódio for insuficiente, a
presença de oxigênio com alta concentração de sulfato acelera o processo corrosivo.
Sílica (SiO2) é o óxido de Silício, a sílica está presente como silicatos na maioria das
águas naturais, o teor de sílica na água deve ser determinado antes de seu uso em várias
aplicações industriais. Em sistemas de geração de vapor a Sílica deve ser rigidamente
controlada afim de evitar deposições nas superfícies metálicas, difíceis de serem removidas.
3.7.5 Dureza
Os íons cálcio e magnésio formam complexos estáveis e solúveis em água com ácido
etilenodiaminotetraacético (EDTA). A soma da concentração destes íons é conhecida como
índice da dureza da água e é um dado muito importante na avaliação da qualidade da água. Os
cátions ferro, alumínio, cobre e zinco que estão associados aos íons cálcio e magnésio, são
geralmente mascarados ou precipitados antes da determinação.
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limpeza, resfriamento ou geração de vapor. Desta forma, existe a necessidade do controle
prévio, a fim de adotar as medidas de correções necessárias, conforme o uso a que se destina.
Se formar espuma a dureza é igual a zero, se não formar espuma é porque tem dureza.
Quando houver dureza, deve-se colocar de 0,1 mL em 0,1 mL, até formar espuma. Fez-se o
cálculo: volume gasto – 0,4 x 20.
3.7.6 Ortofosfato
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A principal substância destruidora desta camada é o oxigênio dissolvido na água que
reage com a magnetita formando o óxido férrico (Fe2O3) que é poroso e não protege o metal.
O oxigênio ataca estes locais, provocando a corrosão alveolar ou pites, que aparecem em geral
associados a frestas, depósitos ou incrustações.
O ferro pode ser arrastado do sistema de retorno e gerar depósitos que impedem a
transferência de calor, provocando o sobreaquecimento do metal.
Se o pH passar de 5 deve-se usar ácido nítrico 5% para baixar. Após transferir para
uma proveta de 50 mL, deve-se avolumar até 50 mL com água ultra-pura (se necessário).
Transferiu-se 25 mL para um copo descartável para a prova em branco e 25 mL para a
amostra.
A água para alimentação tem que obter uma tendência a dissolver uma série de
substâncias, tais como sais, óxidos/hidróxidos, diversos materiais e inclusive gases, motivo
pelo qual nunca é encontrada pura na natureza. Além das espécies dissolvidas, pode
apresentar material em suspensão, tais como argila, material orgânico, óleos, etc. A presença
de todas estas impurezas muitas vezes causa problemas no uso da água para geração de vapor,
podendo formar incrustações e/ou acelerar os processos corrosivos.
3.8.1 pH
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Matematicamente, o "p" equivale ao simétrico do logaritmo (cologaritmo) de base 10
da atividade dos íons a que se refere.
3.8.3 Dureza
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Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 - água com dureza moderada
Se formar espuma a dureza é igual a zero, se não formar espuma é porque tem dureza.
Quando houver dureza, deve-se colocar de 0,1 mL em 0,1 mL, até formar espuma. Fez-se o
cálculo: volume gasto – 0,4 x 20.
Se o pH passar de 5 deve-se usar ácido nítrico 5% para baixar. Após transferir para
uma proveta de 50 mL, deve-se avolumar até 50 mL com água ultra-pura (se necessário).
Transferiu-se 25 mL para um copo descartável para a prova em branco e 25 mL para a
amostra.
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3.8.5 Sílica de baixo teor
A sílica (SiO2) é o óxido de Silício, e está presente como silicatos na maioria das
águas naturais, o teor de sílica na água deve ser determinado antes de seu uso em várias
aplicações industriais. Em sistemas de geração de vapor a sílica deve ser rigidamente
controlada afim de evitar deposições nas superfícies metálicas, difíceis de serem removidas.
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CONCLUSÃO
Durante o estágio, pude tirar minhas curiosidades sobre, a cana de açúcar, o álcool e o
açúcar produzido, e como eles são fabricados na prática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PAYNE, John Howard. Operações unitárias na produção de açúcar de cana. Tradução por
Florenal Zarpelon. São Paulo: Nobel: STAB, 1989.
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Tecnologia e alimentos: Determinação Potenciométrica de pH em alimentos. Disponível em:
<http://alimentostec.blogspot.com/2010/03/determinacao-potenciometrica-de-ph-em.html>.
Acesso em: 10 de novembro de 2.011, às 11:14hs.
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