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Prezados, me chamo Leonardo Carneiro Antonio, Engenheiro Civil e de

Segurança do Trabalho.

Tendo em vista que toda e qualquer atividade de uma empresa no ramo da


Engenharia, seja de serviço ou de obras, o envolvimento do trabalhador em
questão de segurança do trabalho é fundamental daí a necessidade da
especialização em Segurança do Trabalho.

A busca pela Ergonomia se fez na necessidade de que toda obra ou serviço na


engenharia, depende de um projeto e um planejamento bem elaborado, o qual
demanda forte carga de trabalho em escritório com o uso de equipamentos de
informativas que dependem necessariamente de grande concentração e de
raciocínio técnico, para tanto a ergonomia é fator chave para estabelecer o
conforto e a tranquilidade laboral do trabalhador.

Este é o meu foco.

Após os estudos referentes a ergonomia cognitiva podemos concluir que a


mesma surgiu em função da necessidade de se conviver e solucionar as
dificuldades laborativas que trabalhadores tinham ao desempenharem sua
função no exercício das atividades que exigiam um esforço mental.

Os primeiros estudos sobre a ergonomia cognitiva surgiram na década de 50,


através de Louis Le Guillant, que avaliou e expos a importância da capacidade
cognitiva para a execução de tarefas ligadas ao trabalho. Sendo aprimorada na
década seguinte pela associação da ação cognitiva com a usabilidade de
máquinas e equipamentos.

Em suma, Guillant demonstrou que para uma tarefa ser realizada é


fundamental que o trabalhador tenha sua capacidade de memorização, sua
atenção, sua percepção e demais processos cognitivos, executados de forma
harmonizada e
Desta forma, podemos caracterizar que a ergonomia cognitiva contribui
positivamente para garantir que os trabalhadores possam desenvolver suas
tarefas de forma confortável, sem incômodos, preservando o seu bem-estar.
Para tanto, se faz necessário uma análise criteriosa das atividades exercidas
pelo trabalhador, identificando os pontos críticos e o impacto dos mesmos no
exercício laboral do trabalhador e consequentemente na sua saúde.

E esta avaliação deve ser feita por um ergonomista, profissional este


capacitado e conhecedor das técnicas de ergonomia, que avaliará as
deficiências e falhas na execução da atividade identificando se há condições
para gerar o chamado stresse ou cansaço mental, que possam gerar
transtornos, síndromes e outros patologias indesejáveis ao trabalhador.

Além da preservação da saúde do trabalhador é fato notório que as ações


ergonômicas garantem e potencializam a produtividade de uma empresa.

Entre os objetivos da ergonomia cognitiva podemos destacar:

 A melhoria no potencial de atenção do trabalhador;


 O aprimoramento e desenvolvimento da capacidade de memorização;
 A melhoria na psicomotricidade do trabalhador;
 A possibilidade de novos conhecimentos;
 O desenvolvimento da inteligência emocional;
 A preservação da saúde mental e física;
 Aumento na confiabilidade humana.

1) Implantação do Processo

Para a Implantação de um processo de Ergonomia Cognitiva no ambiente


organizacional, se faz necessário, primeiramente, a conscientização do corpo
gestor de uma empresa, condição básica para o sucesso do processo.

Após a ideia de se implantar o processo de ergonomia cognitiva na empresa


deve-se fazer o planejamento das ações e identificar os quesitos necessários,
como por exemplo, definir as metas, os profissionais envolvidos e a
competência de cada ao longo do processo.

Feito isso a divulgação a todos os setores passa a ser o próximo passo. Essa
divulgação serve para dar transparência das ações a serem executadas bem
como transmitir aos trabalhadores os benefícios a serem gerados em todas
atividades, ao próprio trabalhador e à empresa.

2.1) Identificação das deficiências

Este é o início de todo o processo no chamado “chão de fábrica”.

A empresa precisa definir quais são as deficiências ergonômicas em todos os


setores, para tanto a atividade do ergonomista é o elemento chave.

Para tanto o ergonomista deverá ter liberdade para acompanhar, avaliar,


entrevistar, isoladamente ou em conjunto, os profissionais responsáveis pela
execução de cada tarefa e atividade, objetivando identificar os cenários
existentes dentro da empresa, com os prós e contras de cada uma de suas
áreas, obtendo com isso o embasamento necessário para elaborar estratégias
eficientes que ajudem, de forma significativa, aqueles colaboradores que
enfrentam problemas relacionadas à cognição.

Após todos os pontos estarem identificados e devidamente mapeados, deverá


ser designada uma equipe multidisciplinar que será responsável pelas ações a
serem implementadas.

Esta equipe deverá ser formada por profissionais da área de segurança do


trabalho (SESMT), do RH e dos líderes setores, formando uma espécie de
comissão que irá avaliar juntamente com o ergonomista as propostas de
melhorias ergonômicas.

2.2) Adequações necessárias


Neste quesito, após a definição das melhorias ergonômicas a serem
implantadas, faz-se necessário adequar os ambientes de trabalho, promovendo
os ajustes de mobiliários, de equipamentos, de riscos ambientais e de layout.

2.3) Manutenção do Processo

A manutenção do processo ergonômico deverá ser feita de forma contínua,


sendo reavaliado periodicamente conforme indicadores obtidos pelos gestores
e setores.

Neste quesito as ações se iniciam na origem de um profissional na empresa,


conforme a seguir:

2.2.1 - Recrutamento e seleção

Durante o processo de recrutamento e seleção os profissionais da área de


Recursos Humanos – RH, devem realizar testes e avaliações psicológicas, com
o objetivo de analisar a memória, a capacidade de atenção e concentração, a
inteligência, o raciocínio lógico e outros fatores.
2.2.2 - Treinamento e desenvolvimento

Deve-se institucionalizar na empresa um programa de treinamento e


desenvolvimento continuado onde os trabalhadores terão a oportunidade de
aprimorarem seus conhecimentos, bem como desenvolverem novas
habilidades e competências, que vão contribuir para uma melhoria da
performance como um todo.

2.2.3 – Intervalos de tempo

Deve-se implantar uma proposta laboral que possibilite o descanso do


trabalhador para que não haja um cansaço e consequentemente uma queda na
atenção e produtividade. Para tanto deve-se organizar o tempo de trabalho,
inserindo intervalos para descanso entre uma demanda e outra, com o objetivo
de fazer com que o pico de atenção seja recuperado e, com isso, a
continuidade do trabalho com a mesma produtividade.

2.2.4 - Adoção de ginástica laboral

Longe de ser um modismo, a ginástica laboral é uma forma de colocar o


trabalhador sempre em movimento e contribui para o aumento da memória,
atenção, bom humor e proatividade dos trabalhadores.

2.2.5 - Ambiente organizado

Um ambiente desorganizado de trabalho pode impactar diretamente na


atenção, do trabalhador, criando condições para a perda do foco do trabalho,
trazendo, com isso, uma sensação de estresse.

2.2.6 – Atualização tecnológica

Importante que o posto de trabalho e seus equipamentos e ferramentas


estejam sempre em sintonia com a evolução tecnológica e dos conceitos
ergonômicos.

Equipamentos e mobiliários ultrapassados geram insatisfação e desconforto


ocasionando com isso a perda da cognição adequada para o desenvolvimento
das tarefas e atividades.

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