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INTRODUÇÃO
2. MÉTODO DE ANÁLISE
A definição do método de análise é a forma de transformar uma quantidade de dados
em informações úteis para os objetivos definidos:
a) Identificar as fontes de dados que sejam mais apropriadas e confiáveis;
b) Determinar o processo de conversão mais adequado dos dados em informações
úteis.
Depois deste processo, deve-se ter muito claro quais são os sintomas, para definir
quais causas determinantes em última instância.
Quando chegamos a esse ponto teremos chegado quase ao final. Falta apenas mais
um passo: as recomendações.
5. AS RECOMENDAÇÕES
Com base nos diagnósticos, devemos selecionar uma ação ou um Plano de Ações a
tomar, para atacar o problema ou o quadro de problemas definidos na primeira etapa.
Custos
A análise de custos sempre foi de boa polêmica nas empresas, envolvendo
profissionais das áreas de produção, finanças e comercial. E não é sem motivo: os
métodos são vários, os critérios diferem e as situações muitas vezes semelhantes
apresentam suas particularidades.
Custos diretos
Referem-se aos custos que podem ser perfeitamente identificados com a unidade do
produto ou serviço, isto é, esses custos existem porque o produto ou serviço existe.
Exemplo: Matéria-prima, materiais secundários, mão-de-obra direta etc.
Custos variáveis
São todos os custos que estão diretamente relacionados com o volume de vendas
(faturamento).
Margem de contribuição
É a percentagem de cada Real de vendas que sobra após cobrir os custos variáveis
de um produto ou serviço. Em outras palavras, é o quanto sobra de cada real vendido
para cobrir os custos da empresa.
Exemplo:
No caso acima, o volume de vendas está contribuindo com R$ 4.000,00 para cobrir os
custos fixos da empresa. Se, por exemplo, os custos fixos dessa empresa forem de R$
3.000,00, a margem de contribuição será suficiente para cobri-lo e ainda gerar um
resultado operacional de R$ 1.000,00.
Esse sistema é falho em muitas circunstâncias porque tem como premissa básica o
“rateio”dos chamados custos fixos, que apesar de apresentarem certa lógica, poderão
levar à alocações arbitrárias e até enganosas.
B) Custeio Direto:
Devido ao fato de, no custeio por absorção, ser impossível apurar io custo de um
produto ou serviço sem que se proceda ao rateio dos custos indiretos, há sempre
muitas dúvidas sobre a utilização desse sistema de custeio como instrumento
gerencial para fins de na’;alise. Deste modo, nasceu uma forma alternativa de
custeamento, o método de custeio direto, também conhecido como custeio variável.
Esse sistema de custeio direto prevê uma apropriação de caráter gerencial, já que
são considerados apenas os custos variáveis dos produtos/serviços vendidos. Os
custos fixos ficam separados e considerados como despesa do período, indo
diretamente para resultados. Dessa forma, possibilitam a apuração da margem de
contribuição, quando confrontados os custos variáveis aos valores de receita liquida
do período objeto de analise.
• OUTROS
- Comissões
- Aluguel de Equipamentos, salas etc
- Contratação de terceiros
- Materiais Utilizados
Importante
Todos os custos necessários para realizar a venda são CUSTOS FIXOS DA
EMPRESA e não custos de Vendas. Exemplo: salários fixos dos vendedores,
alugueis, despesas com propaganda, com veículos etc.
Formação de Preços
Em regime de concorrência pode-se afirmar que a formação de preços está mais
ligada às imposições do mercado do que a seu custo. Mas é a partir da análise dos
custos que podemos formar o Preço Base e examiná-lo à luz do mercado. Se o
mercado estiver disposto a aceitar um preço menor é porque existem concorrentes
praticando estes preços e que, provavelmente, estejam operando a custos menores. A
empresa deve rever seus custos e seus critérios de custeio.
O certo é que os custos formam toda a base sobre a qual derivam os preços de venda.
Não é sem motivo que dedicamos todos os nossos esforços até agora para tratar de
custos. Não é correto praticar preços de mercado somente para manter a
competitividade. Estas empresas fazem fluxo de caixa, mas não conseguem formar
riqueza. Estão sempre na mesma,”trocando figurinhas” , e pior: empobrecendo o setor
que atuam, uma vez que dificultam a formação de riqueza também nos concorrentes.
Espera-se que esses “X” aconteçam de fato, uma vez que a garantia do ressarcimento
dos custos e da formação do lucro desejado.
Dedução de Venda
(+) Custos Variáveis
(+) Margem de Contribuição
(=) Preço de Venda à Vista
ATIVO PASSIVO
Disponível Duplicatas Descontadas
Aplicações Financeiras Fornecedores
Clientes Contas a pagar
Estoques Outras contas
Outros Ativos
CONCEITOS BÁSICOS
3. BENS: são os direitos reais que o titular do patrimônio possui sobre as coisas e
valores de seu patrimônio. Ex.: móveis, utensílios, instalações, veículos, máquinas,
matéria-prima, dinheiro, etc.
Bens Estrutura:
Necessidades
e Capital
Mercado
Direitos Próprio
Demanda Mercado
Bens da
$ Capital Financeiro
e Empresa
Serviços Terceiros
(obrigações)
Gastos Ingressos
Pagamentos Recebimentos
(-) (+) Fluxo Econômico
Tesouraria
Fluxo Financeiro
Ativo Passivo
Ativo Exigível
Circulante (Endividamento)
Ativo Passivo
Exigível de
Ativo Curto Prazo
Circulante
Exigível de
Longo Prazo
Capital Permanente
Entrada de MP no
Processo Produtivo
.
.
.
Compra de .
Matéria Prima
Saída de Produtos Acabados
do Processo Produtivo
.
.
Produtos .
.
Acabados .
Venda
.
Clientes .
.
.
.
Cobrança
.
.
.
Tesouraria
Mínima
Ciclo Operacional
RM
t10 t1 t2 t3 t4 t5
20% Clientes
Necessidade Líquida Créditos Bancários 20%
de Capital de Giro
1. LIQUIDEZ:
2. EQUILÍBRIO FINANCEIRO:
1. SITUAÇÃO DE TESOURARIA:
2. ROTAÇÕES (GIRO)
Permanência = 365/X
Permanência = 365/Y
Permanência = 365/Z
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
7. Você notou algum outro aspecto importante que mereça ser destacado?
Balanço Patrimonial
ATIVO
DISCRIMINAÇÃO 2004 (%) 2005 (%) VAR. ($)
Disponível 3.105 4,38 1.574 1,63 (1.531)
Aplicações Financeiras 7.000 9,87 8.500 8,80 1.500
Clientes 39.552 55,77 56.014 57,98 16.462
Estoques 7.152 10,08 12.500 12,94 5.348
Outros Ativos 10.215 14,40 15.324 15,86 5.109
PASSIVO
DISCRIMINAÇÃO 2004 (%) 2005 (%) VAR. ($)
Duplicatas Descontadas 29.230 41,21 35.924 37,18 6.694
Fornecedores 15.727 22,17 16.880 17,47 1.153
Contas a Pagar 3.206 4,52 9.142 9,46 5.936
Outras Contas 700 0,99 600 0,62 (100)
Demonstrativo de Resultados
1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez destinam-se a avaliar a capacidade da empresa de saldar
seus compromissos de curto prazo (passivo circulante), em um determinado
momento, através da realização (venda) de seus investimentos realizáveis a curto
prazo (ativo circulante).
Ativo Circulante
Índices de Liquidez :
Passivo Circulante
Este índice relaciona o ativo circulante com o passivo circulante e significa o quanto
a empresa dispõe de ativos realizáveis a curto prazo para cada Real de dívida
vencíveis no curto prazo.
Assim sendo, um índice igual a 1,0 significa que para cada Real que a empresa
tenha que pagar no curto prazo ela dispõe de 1 Real de ativos realizáveis no curto
prazo. Portanto, quanto maior que 1,0 for o índice de uma empresa, melhor será a
sua liquidez. Por outro lado, índices inferiores a 1,0, denotam que, mesmo vendendo
os ativos possíveis de serem vendidos no curto prazo, a empresa não teria Reais
suficientes para pagar as dívidas vencíveis no curto prazo.
Este índice não deve ser considerado isoladamente, devido aos seguintes aspectos:
• Ele não revela a articulação entre os prazos de venda e de pagamento. Ex.: uma
empresa poderá apresentar um índice muito superior a 1,0 e mesmo assim
apresentar problemas de liquidez, já que suas dívidas vencem dentro de uma
semana e seus ativos demandam 03 meses para serem vendidos e recebidos.
• Estes índices podem, ainda, não darem ao analista uma noção sobre a qualidade
dos ativos circulantes. Uma empresa pode ter um elevado índice de liquidez corrente
e não estar em boas condições financeiras, se os estoques estiverem
superdimensionados, ou com muitos itens de difícil venda, ou ainda se existirem,
dentro das duplicatas a receber, algumas praticamente incobráveis.
A) Índice de Endividamento
O Endividamento de uma empresa pode ser medido através da comparação entre a
sua dívida total (Exigível de Curto Prazo + Exigível de Longo Prazo) e o Capital
Próprio da empresa. Este índice nos revela quantos Reais de fontes externas
integram a mistura (mix) de financiamento utilizado pela empresa, ou seja, nos
revela quantos reais de capital próprio a empresa possui para cada real que deve.
Capital Permanente
Longo Prazo =
Ativo Fixo (Imoblilizado)
3. SITUAÇÃO DA TESOURARIA
A) Fundo de Manobra
O nome mais popular é Capital Circulante Líquido. Este conceito é fundamental para
se compreender corretamente a situação financeira de uma empresa. Este fundo
corresponde à parcela do Ativo Circulante que é financiada por Fundos
Permanentes da empresa, ou seja, por aqueles recursos que ficarão na empresa por
um longo prazo: Capital Próprio + Exigível de Longo Prazo, descontados o
imobilizado, que são aplicações de recursos a longo prazo.
Entende-se por Capital Permanente, aquela parcela dos recursos que representam
fontes de financiamento sem prazo de vencimento ou prazos longos de vencimento,
isto é, Capital Próprio + Exigível de Longo Prazo.
Quanto maior for este fundo, poderíamos afirmar que a empresa terá melhores
condições de administrar o seu ciclo de vendas, tornando-se mais independente dos
financiamentos de curto prazo.
4. ROTAÇÕES (GIRO)
São os chamados índices de atividade da empresa. Nos fornecem a velocidade com
que os diversos ativos da empresa são transformados em dinheiro. Os principais
são:
a) Giro do Ativo:
Fornece quantas vezes o ativo total da empresa girou durante um determinado
período (1 ano por exemplo).
Vendas
Giro do Ativo =
Ativo
Quanto maior este giro significa que a empresa está atuando de forma bastante ágil,
sou seja, nos revela que com um determinado ativo a empresa está realizando um
volume maior de vendas. Se admitirmos que vendas é o ponto de partida para
geração de resultados, podemos concluir que quanto maior for esse giro maior
deverá ser o resultado de uma empresa como conseqüência da utilização de um
determinado montante de recursos, que formam seu ativo.
b) Giro de Clientes
A finalidade desse índice é a avaliação do tempo médio que é consumido entre o
faturamento de uma venda e o recebimento correspondente, ou seja, ele nos
fornece o prazo médio de recebimento dos clientes.
Ao dividirmos o total das vendas pelo valor dos clientes (contas a receber), obtemos
o número de vezes que os clientes pagaram as suas compras durante o ano. Como
o ano tem 365 dias, se dividirmos 365 pelo número de vezes que os clientes
pagaram as suas compras durante o ano, temos o prazo médio de recebimento das
vendas. É evidente que quanto menor for esse prazo, menor será a necessidade de
Vendas
Giro de Clientes = =X
Clientes
365
Prazo Médio de Recebimento =
X
C) Giro de Estoques
A exemplo do giro de clientes, o giro de estoques nos fornece o prazo médio que o
estoque de uma empresa gira durante um ano, isto é, quantas vezes o estoque de
uma empresa foi vendido durante o ano. Quanto maior esse número, significa que a
empresa está tendo que “bancar” um estoque menor para manter as suas
operações, o que implica numa menor necessidade de capital de giro.
Ao dividirmos o custo das vendas (custo dos insumos envolvidos na produção das
mercadorias vendidas) pelo estoque, obtermos o número de vezes médio que a
empresa utilizou o seu estoque durante um ano. Ao dividirmos 365 por este número
conseguimos o prazo médio de utilização do estoque.
365
Prazo médio de utilização do estoque =
(Permanência) Y
Quanto maior esse prazo, menor será a necessidade de capital e giro, já que os
fornecedores estariam ajudando a “bancar” uma parte maior do ativo circulante. (Ver
necessidade de capital de giro).
Compras
Giro de Fornecedores = =Z
Fornecedores
365
Prazo médio de Pagamentos a Fornecedores =
Z
5. ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Dentre os vários índices de rentabilidade, vamos destacar apenas dois:
A) Rentabilidade do Negócio
Nos fornece o quanto a empresa está gerando de lucro líquido por Real de capital
próprio. Quanto maior, melhor. Para um melhor entendimento de seu significado,
este índice deve ser comparado com a taxa de juros no mercado financeiro. Se
maior, significa que os recursos próprios empregados na empresa estão rendendo
mais que se aplicados no mercado financeiro, o que revela que está sendo um bom
negócio manter a empresa em funcionamento, pelo menos em termos de retorno.
Caso contrário, revela que seria mais interessante que, em termos de rentabilidade,
estes recursos estivessem aplicados no mercado financeiro, já que estariam
rendendo mais, embora com menos risco.
Lucro Líquido
Rentabilidade do Negócio =
Capital Próprio
Custo Fixo
Ponto de Equilíbrio =
Margem de Contribuição(%)
Assim sendo, ao dividirmos o custo fixo pela margem de contribuição (em %),
obtemos o montante de vendas necessário para que todos os custos fixos sejam
cobertos. Esse é o ponto de equilíbrio da empresa. Um volume de vendas inferior ao
ponto de equilíbrio leva a empresa a apresentar um prejuízo, ao passo que um
volume superior conduz a empresa a um lucro.