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Minerais

MINERAL:
1. é toda substância homogênea,
2. sólida ou líquida,
3. de origem inorgânica
4. que surge, naturalmente, na crosta terrestre,
5. normalmente com composição química definida e,
6. que se formado em condições favoráveis, terá
estrutura atômica ordenada condicionando sua forma
cristalina e suas propriedades físicas.

Calcita e ametista
turmalina
Composição química definida
O que torna cada mineral único é sua composição
química e a forma como estão dispostos os átomos na
sua estrutura interna.
A composição química, dentro de certos limites pode
ser fixa como variável.
Ex. de composição fixa: o quartzo possui dois átomos de
oxigênio para um de silício.

quartzo
Exemplo de composição variável:
O ortopiroxênio forma uma série constituída pelos seguintes membros:
Enstatita (Mg,Fe)2Si2O6 - (clinoestatita)(até 12% de Fe);
bronzita (12 a 30% de Fe);
hiperstênio (de 30 a 50% de Fe);
ferro-hiperstênio (de 50 a 70% de Fe);
eulita (de 70 a 88% de Fe) e;
ferrossilita (clinoferrossilita) (mais de 88% de Fe).

Cristal de
hiperstênio

enstatita
Mineração e Município –
bases para planejamento
e gestão dos recursos
minerais – IPT - 2003
Mineração e Município –
bases para planejamento
e gestão dos recursos
minerais – IPT - 2003
Mineralóide
As substâncias originadas por atividades
ou processos biológicos (animal ou
vegetal), a exemplo do carvão, âmbar,
pérola, petróleo, que não se incluem em
nenhuma das definições, devem ser
denominadas mineralóides, como
também as substâncias não cristalinas.
orgânicos
Material vítreo ou amorfo
Materiais sólidos que não tem arranjo ordenado e
repetitivo (sem forma).

Materiais artificiais.

Ex. sílex
Cristal
• Mineral com forma
geométrica bem
definida
• Faces, arestas e
vértices;
• Relação
geométrica
definida quanto ao
arranjo atômico
O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA,
de provável origem céltica, (mina, jazida de minério,
filão), que forma o adjetivo do Latim mineralis, “relativo
às minas” e o substantivo do Latim minerale (produto
das minas), que deu origem ao adjetivo e substantivo
português mineral, acrescido do sufixo Grego logia
(ciência, tratado, estudo); portanto mineralogia é o
estudos dos minerais em todos os seus aspectos.

estaurolita

opala
Os minerais são caracterizados pela maneira com que
os átomos (cátions e ânions) estão dispostos (estrutura
interna) e pela composição química, expressa por
fórmula química.

A composição química dos minerais pode variar dentro


de limites definidos e previsíveis pelas características
atômicas, gerando os diferentes grupos de minerais ou
soluções sólidas.

Uraninita – óxido de
urânio
Os minerais constituem os diferentes tipos de rochas,
mono ou poliminerálicas, sedimentares, metamórficas,
magmáticas, hidrotermais ou pneumatolíticas.

Algumas dessas rochas, devido à granulação muito fina,


a exemplo de alguns tipos de basaltos, mostram-se em
um exame a olho nu, com aparência de um único
mineral (massas homogêneas).

Todavia, quando observado


ao microscópio petrográfico e
em casos extremos ao
microscópio eletrônico, verifica-
se que são constituídos por
várias substâncias cristalinas
e, às vezes, também por
material amorfo (vidro).

basalto
As substâncias produzidas em laboratório, com estrutura
interna ordenada e composições químicas definidas, são
denominadas cristais ou minerais artificiais ou sintéticos,
e as sem estrutura interna, de vidro.

Atualmente o homem consegue reproduzir em


laboratório, com bastante semelhança, praticamente
todos os minerais e gemas naturais.

Desta forma, em laboratórios são produzidos o


diamante, a safira, o rubi, o quartzo, o espinélio, a
esmeralda, etc.
IDENTIFICAÇÃO
Para a identificação dos minerais através de suas
propriedades físicas e morfológicas, que são
decorrentes de suas composições químicas e de suas
estruturas cristalinas, utilizamos características como:
hábito, transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura,
clivagem, densidade relativa, geminação e
propriedades elétricas e magnéticas.
IDENTIFICAÇÃO

Hábito – Forma geométrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos


minerais, que reflete a sua estrutura cristalina.

Limonita – hábito cúbico Quartzo – hábito prismático


IDENTIFICAÇÃO

Transparência – São os minerais que não absorvem ou absorvem pouco a


luz. Os que absorvem a luz são considerados translúcidos e dificultam que
as imagens sejam reconhecidas através deles.

Diamante
transparente
IDENTIFICAÇÃO

Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície de um


mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz exibem brilho
metálico.

Galena com brilho Topázio com brilho vítreo


metálico
IDENTIFICAÇÃO

Cor – A cor exibida por um mineral é o resultado da absorção seletiva


da luz. O fato de o mineral absorver mais um determinado comprimento
de onda do que os outros faz com que os comprimentos de onda
restantes se componham numa cor diferente da luz branca que chegou
ao mineral. Os principais fatores que colaboram para a absorção
seletiva são a presença de elementos químicos de transição como Fe,
Cu, Ni, V e Cr.

Fluorita do UW-Madison
Geology Museum.
Fotografia de Patrick Kuhl.
Turmalinas
http://www.gemscity.biz/tourmaline.php
IDENTIFICAÇÃO
Granada -
Fe3Al2(Si3O12)
Vanadinita
Pb5(VO4)3Cl

Azurita
Cu3(CO3)2(OH)2
IDENTIFICAÇÃO

Traço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando o mineral


contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de cor branca.

Hematita – Traço Magnetita – Traço


vermelho amarelo
IDENTIFICAÇÃO

Dureza – É a resistência que o mineral


apresenta ao ser riscado.
Para a classificação utiliza-se a escala de
Mohs, que utiliza como parâmetros a dureza
de minerais comuns, variando de 1 até 10.
Escala de Mohs:

1. Talco
2. Gipso podem ser riscados pela unha
3. Calcita
4. Fluorita podem ser riscados pelo canivete e pelo vidro
5. Apatita
6. Ortoclásio
7. Quartzo
8. Topázio não são riscados pelo canivete; riscam o vidro
9. Córindon
10. Diamante
IDENTIFICAÇÃO

Fratura – Refere-se a superfície irregular e curva resultante da quebra do mineral.


Obviamente é controlada pela estrutura atômica interna do mineral, podendo ser
irregulares ou conchoidais.

Quartzo com
fratura conchoidal
IDENTIFICAÇÃO

Clivagem – São muito freqüentes, trata-se de superfícies de quebra que constituem


planos de notável regularidade. Os tipos mais comuns são:

Romboédrica - Calcita
IDENTIFICAÇÃO

Octaédrica - Fluorita Cúbica - Galena


IDENTIFICAÇÃO

Densidade relativa – É o número que indica quantas vezes certo volume de


mineral é mais pesado que o mesmo volume de água a 4 ºC. Na maioria dos
minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3. Alguns minerais que contém
elementos de alto peso atômico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade
superior a 4.

Cassiteria (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 –
7,1
IDENTIFICAÇÃO

Geminação – É a propriedade de certos cristais de se desenvolverem de maneira


regular. A geminação pode ser classificada como simples (dois cristais
intercrescidos) ou múltipla (polissintética).

Estaurolita – geminação Labradorita –


simples em cruz. geminação
polissintética.
IDENTIFICAÇÃO

Propriedades elétricas – Muitos minerais são bons condutores de eletricidade,


como é o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, são classificados
como semicondutores (sulfetos). Alguns minerais são classificados como
magnéticos, como é o caso da magnetita e a pirrotita, pois geram um campo
magnético em sua volta com intensidade variável.

Magnetita (Fe3O4)
Classificação segundo a gênese e
tipo de ocorrência do mineral
Esta maneira de agrupar os minerais, baseando-se no
modo de formação e tipo de ocorrência, foi bastante
usada pelos mineralogistas e geólogos e ainda hoje vem
sendo usada especialmente na área da Geologia
Econômica.

Aqui, os minerais são classificados em magmáticos,


metamórficos, sublimados, pneumatolíticos, hidrotermais
e/ou formados a partir de soluções quentes ou frias.
Minerais Magmáticos
São aqueles que resultam da cristalização do magma e
constituem as rochas ígneas ou magmáticas.

Os magmas podem ser considerados soluções químicas em


temperaturas muito elevadas, que originam fases cristalinas
de acordo com as leis das soluções, sendo extremamente
rara a cristalização de um magma gerar apenas uma fase
cristalina; o normal é a presença de vários minerais com
composições e propriedades diferentes.

basalto
granito
De um modo geral, a formação dos minerais nos magmas com o
resfriamento e mudanças no ambiente de pressão litostática ou de
fluídos, entre outros fatores, é controlada especialmente pela
concentração dos elementos e solubilidade dos constituintes na
solução magmática.

Quanto mais rápido for o processo de cristalização, menores serão


as fases cristalinas e maior o volume de material não cristalino
(obsidianas ou vidros vulcânicos), podendo chegar a resultar
apenas vidro; por outro lado quanto mais lenta a cristalização
maiores serão os constituintes, gerando os pegmatitos.

Pegmatito com feldspato obsidiana


Segregação Magmática
A cristalização dos magmas resultam nas diferentes rochas
magmáticas (basaltos, gabros, granitos, dioritos, peridotitos,
dunitos, sienitos, piroxenitos etc.) e, às vezes, também alguns
depósitos minerais importantes, contendo magnetita, ilmenita,
cromita, pirrotita, calcopirita, pentlandita etc. resultantes de
segregação devido a insolubilidade (especialmente no caso dos
sulfetos) e/ou diferenças de densidade do mineral ou líquido
imiscível em relação ao magma de origem.

Para alguns pesquisadores, esses minerais de segregação, formam


uma classe à parte, denominada minerais acumulados por
segregação magmática.

Pirrotita: Fabricação de H2SO4, obtenção de ferro,


podendo ser fonte de Ni e Co.
Minerais metamórficos
originam-se principalmente pela ação da temperatura, pressão
litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas,
sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas.

Os processos metamórficos geram uma grande quantidade de


minerais, dentre os quais muitos dificilmente seriam formados por
outros processos, como é o caso do diopsídio, wollastonita,
idocrásio, granada, estaurolita, andaluzita, cianita, sillimanita,
epidoto, tremolita, actinolita, etc.

Epidoto: usado
como gema
Granada
Minerais sublimados
são aqueles formados diretamente da cristalização de um vapor,
como também da interação entre vapores e destes com as rochas
dos condutos por onde passam.

O exemplo mais comum de sublimação é a formação da neve,


cristalização do gelo a partir de vapor d’água, já associado as
atividades ígneas, pelo fato dos magmas possuírem voláteis como a
água; o enxofre, o gás carbônico, o cloro, o flúor, o boro e seus
compostos voláteis, além de outros constituintes menores,
aparecem em muitos minerais sublimados.

enxofre
Os voláteis contidos nos magmas concentram-se nas
fases residuais e quando os magmas chegam próximo
ou na superfície terrestre, as fases voláteis tendem a
escapar, aspecto que ocorre nas erupções vulcânicas
ou nas fumarolas e aí podem depositar minerais por
sublimação direta, formando halita (NaCl - sal-gema ou
sal de cozinha), sal amoníaco (NH4Cl), enxofre, silvita
(KCl), boratos, cloretos e fluoretos.

Outros minerais, a exemplo da hematita, podem


aparecer em cavidades vulcânicas, gerados por
processos de sublimação, resultante da interação do
FeCl3 com o vapor de água.

halita
Minerais pneumatolíticos
são formados pela reação dos constituintes voláteis oriundos da
cristalização magmática, desgaseificação do interior terrestre ou de
reações metamórficas sobre as rochas adjacentes.

Nesse processo podem ser formados topázio, berilo, turmalina,


fluorita, criolita, cassiterita, wolframita, flogopita, apatita, escapolita
etc.

Na formação da cassiterita, o composto volátil SnF4 reage com o


vapor d’água.

turmalina
flogopita
Minerais formados a partir de
soluções
originam-se pela deposição devido a evaporação, variações de
temperatura, pressão, porosidade, pH e/ou eH.

Esse processo ocorre na superfície da terra e em diferentes profundidades.

Na superfície da Terra as soluções quando não diretamente ligadas a


atividades magmáticas, normalmente possuem temperaturas do ambiente,
sendo consideradas frias e diluídas, enquanto que aquelas que circulam
lentamente em profundidades e/ou estão associadas a atividades
vulcânicas são quentes e possuem grande quantidade de cátions e ânions
dissolvidos, e podem gerar importantes depósitos minerais.

gipsita
Cristais de gipsita em Naica - México
•Cristais de gipsita em duas cavernas de uma mina de prata e zinco em Naica, Estado de Chihuahua, México.
•Alcançam comprimentos de até 14 metros.
•Os cristais foram formados pelos líquidos hidrotermais que emanaram das câmaras de magma.
Os donos da mina mantiveram as descobertas em segredo, temendo o vandalismo.
Poucas pessoas entretanto, se arriscariam num recinto cuja temperatura estáem torno de 60ºC, com 100 % de umidade.
Pode-se permanecer dentro da caverna de seis a dez minutos antes de se ficar desorientado.
Outras classificações
Classificação quanto à coloração: Quanto à coloração os
minerais classificam-se em:
1. Minerais máficos, aqueles que possuem cores escuras por
conterem ferro, magnésio, titânio, manganês etc., a exemplo da
olivina, piroxênios, anfibólios etc., e
2. Minerais félsicos, os que são incolores ou brancos, compostos
à base de sílica e/ou alumina, tais como quartzo, feldspato,
zeólita etc.

Classificação quanto à densidade:


1. Leves: são aqueles que bóiam no bromofórmio por terem
densidade menor que esse composto químico (2,89).
2. Pesados: são os que possuem densidade superior a 2,89,
portanto afundam no bromofórmio.
Algumas definições relativas aos minerais:

Minerais de minério são aqueles que constituem os


minérios, substâncias das quais podem ser extraídos um
ou mais elementos úteis com finalidades lucrativas
(econômicas). Neste contexto, aparecem a
denominação de mineral de ganga e mineral de canga.

Minerais de gemas ou pedras preciosas são


minerais que são usados para a confecção de jóias
e bijuterias.

Minerais de rochas ocorrem formando as rochas.


Minerais de ganga: minerais presentes nas
jazidas juntos com os minerais de minério que
devido a aspectos econômicos, tecnológicos ou
composicionais, não são utilizados, e
incorporam-se ao rejeito.

Minerais de canga: minerais que recobrem os


depósitos minerais formados pela oxidação ou
laterização superficial; dominam os hidróxidos e
óxidos de Fe, Al e Mn.
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS
quanto à composição química
A classificação mais usada na mineralogia, por
melhor atender à necessidades científicas, uma
vez que considera a estrutura e composição
química dos minerais, foi elaborada por Strunz
(1935).

Esta classificação subdivide os minerais em 12


grandes grupos, baseando-se na composição
química, sendo que esses grupos são
subdivididos com base na organização
estrutural.
Classificação dos minerais baseados na composição
química

Dessa forma tem-se:


elementos nativos;
sulfetos;
sulfossais;
óxidos e hidróxidos;
halogenetos;
carbonatos;
nitratos;
boratos;
Sulfatos e cromatos;
Fosfatos, arsenietos e vanadatos;
tungstatos e molibdatos,
silicatos (nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos,
inossilicatos, filossilicatos e tectossilicatos).
Classificação segundo a composição química
Elementos Nativos
Formados por átomos de um único
elemento.

A maioria deles é metal (ferro, cobre,


prata, ouro, etc.).

Outros elementos nativos são não-metais.


Cerca de 34 elementos químicos podem ocorrer no
estado nativo.

Destes, seis são gases nobres (He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn)
que não podem formar compostos químicos devido ao
fato deles terem o último orbital totalmente preenchidos
com dois ou oito elétrons.

Quatro (H, N, O e Cl) apenas ocorrem no estado nativo


como gases ou muito raramente como líquidos em
algumas inclusões fluidas de minerais.
Os outros 24 (vinte e quatro) elementos
restantes (C, S, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn. Ru, Rh,
Pd, Ag, Os, Ir, Pt, Au, Hg, As, Se, Sn, Sb, Te, Pb
e Bi) podem estar presente na crosta da Terra
formando cristais ou minerais.

Os vinte e quatro elementos citados acima


formam cerca de 80 espécie e variedades de
minerais classificados por critérios químicos e
cristalográficos, excedendo em muito o numero
de elementos constituinte.
Elementos Nativos
Antimônio
Irídio
Arsênio
Mercúrio
Bismuto
Ouro
Chumbo
Paládio
Cobre
Platina
Diamante
Prata
enxofre
Ouro: Origem primária em filões hidrotermais e em contato com
depósitos metamórficos e pegmatíticos. Ocorre também em
depósitos de placer, de origem secundária.

Prata: Origem primária em filões hidrotermais e em contato com


depósitos metamórficos e pegmatíticos. Ocorre também em
depósitos de placer, de origem secundária.

Diamante: Gerados em grande profundidade, onde a pressão em


relação ao grau geotérmico permite sua geração, sendo que quanto
maior o grau geotérmico mais profundo seu ambiente de formação.
Dessa forma, esse mineral apenas pode aparecer na superfície
trazido por magmas de origem profunda e ascensão rápida
(quimberlíticos e lamproíticos) , pois se a subida for lenta, há
possibilidade de formação de grafita, com a diminuição da pressão
e manutenção da temperatura.
Diamantes da
mina de
Yakutia,
Astroblema de
Popigai,
Sibéria,
Rússia.
Todos tem
mais de 50
quilates.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2204566/Russia-diamonds-Source-Siberian-asteroid-crater-
supply-world-markets-3-000-years.html
Ouro no quartzo. Mina
Tightner. Kanaka
Creek. Sierra Co.,
Califórnia.
(Coleção da Colorado
School of Mines
Geology Museum.
Golden, Colorado).
Fotografia de Ron
Wolf.
Processos hidrotermais

É resultado da percolação de águas quentes ao longo de


fraturas e espaços intergranulares das rochas.

É considerado como um processo metassomático, onde


ocorrem trocas iônicas entre a água quente e as paredes das
fraturas.

Os minerais perdem estabilidade e recristalizam-se sob


temperaturas entre 100 a 370ºC.

Ocorre frequentemente em bordas de intrusões graníticas,


em áreas de vulcanismo basáltico submarino e em campos
geotermais, sendo um importante processo gerador de
depósitos minerais.
Sulfetos
• Os minerais desse grupo originam-se pela
combinação do S, As, Se e Te, com metais e
metalóides.

São minérios de alguns metais importantes.

Além dos sulfetos estão incluídos nesta


subdivisão os selenetos, teluretos, arsenietos,
antimonetos, sulfossais e oxi-sulfetos.
Qualquer sulfeto pode ser utilizado para a obtenção do
enxofre elementar e o SO2 podem ser usados para a
obtenção do ácido sulfúrico ou sulfídrico.

Os sulfetos originam-se através de cristalização dos


magmas com H2S na fase fluida, quanto maior a
pressão de H2S, maior a quantidade de sulfeto, podendo
o S ser a base de um magma sulfetado, que é insolúvel,
não se mistura com o magma silicático, e por ter
densidade maior concentra-se nas porções inferiores
dos derrames ou das intrusões.
Também originam-se pela desgaseificação dos magmas
em profundidades e no fundo oceânico, dificilmente
formando-se na superfície nos tempos atuais devido à
atmosfera oxidante, gerando nesse caso normalmente
enxofre metálico ou sulfatos.

Na superfície terrestre, durante a formação das rochas


sedimentares (sedimentação ou diagênese), o sulfeto
pode formar-se desde que o ambiente seja redutor
(anóxido), podendo mesmo formar-se devido a
putrefação da matéria orgânica.
Sulfetos
Acantita,enargita,miargirita,proustita,
arsenopirita,skutterudita,millerita,realgar,
bismutinita,esfalerita,molibdenita,silvanita,bornita,
estanita,nicolitas,perrylita,boulangerita,estibinita,
olivenita,stephanita,bornonita,galena,ouro –
pigmento,tennantita,calcocita,greenockita,
pirargirita,tetradimita,calcopirita,jamesonita,pirita,
tetraedrita,cinábrio,loellinguita,pirrotita,wurtzita,
cobaltita,marcassita,polibasita,zinkenita
arsenopirita calcopirita cinábrio

pirita
galena Ouro-pigmento
(sulfeto de arsênio)
Óxidos
Os óxidos resultam da combinação do oxigênio com
metais e metalóides, já os hidróxidos são definidos pela
presença da hidroxíla como elemento essencial e
podem ser subdivididos de acordo com a relação do
oxigênio com os cátions.

Esta classe de minerais que corresponde a quase 4%


do volume da crosta terrestre, constitui as principais
jazidas de minério de ferro (hematita, magnetita e
goethita) de cromo (cromita); manganês (pirolusita,
manganita, criptomelana e psilomelana), de estanho
(cassiterita), de alumínio (bauxita) e de titânio (anatásio,
ilmenita e rutilo).
ÓXIDOS
Fergusonita,psilomelano, baddeleyita, hematita, rutilo,
gibbsita, betafita, ilmenita, samarskita, goetita, brookita,
itrotantalita,
estibiotantalita,
cassiterita, ixiolita, tapiolita,
columbita-tantalita, microlita, tenorita, coríndo, noctaedrita,
uraninita, crisoberilo, pirocloro, zincita, cromita,
pirolusita, cuprita, polianita, curita, policrasio

GRUPO DO ESPINÉLIO
Espinélio, franklinita, gahnita, magnetita

HIDRÓXIDOS
Bauxita, brucita, diasporo, gibbsita, goetita, limonita,
manganita
cassiterita
córindon Hematita brotoidal

uraninita
magnetita
bauxita
Haletos (ou Halóides)
Compostos que contém cloro, bromo, iodo
ou flúor em combinação com metais e
metalóides.

São substâncias similares ao sal comum;


formadas pela evaporação da água ou
pelos depósitos de erupções vulcânicas
de gases e vapores.
A ligação iônica confere aos halogenetos a
propriedade de serem excelentes condutores
de eletricidade no estado de fusão,
possibilitando a utilização comercial para a
preparação do cloro e do sódio por eletrólise
do cloreto em fusão.
Halóides
Atacamita, criolita, laurionita,
boleíta, cumengeíta, mendipita,
calomelano, embolita, sal
amoníaco, carnallita, fluorita,
silvita, cerargirita, halita,
villiaumita
atacamita
fluorita

Cristais de boleita em rocha


halita
(azuis)
Nitratos
Os nitratos constituem sais formados pelo ácido
nítrico HNO3.

São facilmente solúveis em água e estão confinados


quase que exclusivamente em formações geológicas
relativamente recentes, geradas em desertos
continentais quentes.

Eles são formados por reações de oxidação


normalmente associada à ação de nitrobactérias em
solos, podendo-se formar ainda pela ação de
descargas elétricas, especialmente em platôs
elevados.
Os nitratos mais importantes são de Na
e K, sendo de menor importância os
nitratos dos alcalinos terrosos Ca, Mg e
Ba.

Em ambiente desérticos, sobre depósitos


de cobre, às vezes, ocorrem complexos
nitratos de cobre.
Nitro (caliche, satritre da índia, salitre),
gehardtita, buttgenbachita

Cristal de nitro Cristal de gerardita Cristal de


buttgenbachita
em rocha
Boratos
Os boratos constituem sais normalmente gerados a partir de ácido bórico
ou ácidos polibóricos e podem conter cátions Al3+, Fe3+ e Mn3+ em
combinação com cátions bivalentes de pequeno raio iônico.

A baixas temperaturas existe uma tendência dos boratos serem


substituídos por carbonatos e a altas temperaturas esse processo tende a
inverter.

Boratos são substituídos por carbonatos nos processos de alteração e tem


sido observado a formação de boratos a partir de carbonatos em
metamorfismo de contato.

O boro é um dos elementos mais solúveis, sendo transportado por


soluções aquosas contendo Cl e OH e especialmente F com quem tem
forte afinidade química.

Dessa forma, os boratos fazem parte dos produtos geológicos residuais,


sendo encontrado em pegmatitos, hidrotermalitos, e principalmente em
sequências evaporíticas.
Boratos
Boracita,colemanita,kernita,ulexita,bórax,
hamberguita,ludwiguita

bórax

boracita
Cristal de hamberguita
Carbonatos
Os carbonatos resultam da combinação do
CO3= com metais e metalóides, ou da reação
do ácido carbônico com esses elementos.

Na natureza o carbono ocorre no estado nativo


(grafite, diamante, carvão etc.), formando
estruturas orgânicas e constituindo o gás
carbônico e o radical carbonato.
Carbonatos
Calcita,magnesita, ankerita, malaquita,
aragonita, rodocrosita, azurita, siderita,
cerussita, smithsonita, dolomita, trona,
estroncianita, witherita

Cristais de calcita aragonita rodocrosita


A Caverna Voronya (ou
Caverna Krubera) é a
caverna mais profunda
da Terra .
Está localizada no
Caucasus, distrito de
Abkhazia.
O desnível entre a
entrada da caverna e o
ponto mais pronfundo
já explorado é de
2197±20m.
O seu nome significa
Caverna dos Corvos.

http://www.xhyperactive.com/2012/09/rappelling-into-krubera-cave.html
Colonel
Cave,
Israel.
Caverna de
Santana – Vale
do Ribeira
Sulfatos
São elementos combinados com o íon sulfato (SO4) 2-

A maioria dos minerais deste subgrupo é de resíduos de


evaporação de águas carregadas de substâncias químicas
dissolvidas, formando os evaporitos.

Os sulfatos podem ser anidros ou hidratados.

Os sulfatos anidros mais importantes e mais comuns são os


membros do grupo da barita, com grandes cátions bivalentes
coordenados com o íons sulfato.

Entre os sulfatos hidratados, o gipso é o mais importante e


abundante.
Sulfatos
SULFATOS SIMPLES E COM ÂNIONS
Alunita, anglesita, anidrita, barita, brochantita,
caledonita, celestita, glauberita, jarosita, linarita,
thenardita

SULFATOS HIDRATADOS
Alúmen potássico, alunogênio, calcantita
copiapita, epsomita, gipsita, halotriquita,
melanterita, thenartita
alunita

barita
Cristais de brochantita

Cristais de gipsita copiapita


calcantita
Volframatos e Molibdatos
O molibdênio e tungstênio são encontrados, respectivamente, no quinto e
sexto período da tabela periódica.

Esses elementos, juntamente com outros pares da tabela periódica (ex., Zr


e Hf, Nb e Ta.) são caracterizados por raios iônicos similares devido a
contração lantanídea (0,62 A), podendo desta forma constituir solução
sólida completa.

Contudo, na natureza soluções sólidas entre Mo e W são raras, devido ao


grande contraste do comportamento geoquímico desses elementos,
resultantes de suas densidades contrastantes (W 184 e Mo 96) e da
afinidade do Mo com o enxofre.

Dessa maneira não é raro encontrar tungstato primário quase inteiramente


isento de molibdênio, e vice-versa.

Os minerais desta classe química distribuem-se em dois grupos


isoestruturais principais: o grupo da volframita e da scheelita.
Volframatos e Molibdatos
Ferberita, powellita, raspita, scheelita,
volframita, wulffenita

ferberita scheelita Cristal prismático


de raspita em
rocha
Fosfatos
Os fosfatos incluem numerosas espécies minerais
de composição bem variada, embora a quantidade
em peso desses elementos na crosta da Terra seja
relativamente pequena, resultando em grande
numero de minerais raros.

O constituinte mais importante e freqüente dessa classe


é a apatita.

Os fosfatos constituem recursos minerais de grande


importância (fertilizantes).
Fosfatos
Adamita, eritrita, torbernita,
ambligonita, lazulita, trifilita, apatita,
mimetita, turquesa, autunita,
monazita, vanadinita, brasilianita,
piromorfita, vivianita, childrenita,
purpurita, wavellita, descloizita,
tirolita, xenotímio
Fosfatos

Cristal de brasilianita
com quartzo
Cristal de apatita com
Cristais de adamita hábito prismático
(verdes) em rocha

mimetita monazita piromorfita


Silicatos
Os silicatos constituem a classe de maior importância,
representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40%
dos minerais comuns.

Os silicatos constituem cerca de 95% do volume da crosta terrestre,


dos quais cerca de:

59,5% são representados por feldspatos,


16,8% por anfibólios e piroxênios,
12% por quartzo e
3,8% pelas micas,
os outros minerais (silicatos e não silicatos) perfazendo o volume de
aproximadamente 7,9%.
Dessa maneira, a grande maioria das rochas é
formada por silicatos, sendo raras as rochas
magmáticas, metamórficas e sedimentares que não
possuem como minerais essenciais silicatos.

Assim sendo, é impossível classificar rochas sem


possuir uma boa base de mineralogia dos silicatos.

O que norteia o aparecimento de um ou outro


mineral são as condições termodinâmicas ditadas
pela concentração dos elementos, pressão
confinante, temperatura, natureza e pressão dos
fluidos, pH, etc
Os silicatos podem ser divididos
em:
Nesossilicatos
Sorossilicatos
Ciclossilicatos
Inossilicatos
Filossilicatos
Tectossilicatos
Nesossilicatos

Este grupo é constituído por tetraedros não


polimerizados, unidos por cátions intersticiais que, de
acordo com as suas dimensões e carga, coordenam o
empacotamento da matéria definindo o arranjo interno
dos minerais e conseqüentemente as formas externas
(hábitos) dos minerais.
Nesossilicatos
Andaluzita, mullita, cianitas, afirina, damburyta, sillimanita,
datolita, titanita, estaurolita, topázio, euclásio, torita,
gadolinita, willemita, merwinita, zircão
GRANADAS
Almandina, andradita, espessartita, piropo, grossulária,
uvarovita
HUMITA
humita
OLIVINA
Forsterita, knebelita (faialita)
Nesossilicatos

estaurolita mulita titanita

topázio

zircão
grossulária
Inossilicatos
Constitui um dos grupos mais importantes do silicatos e
a sua estrutura resulta da polimerização dos tetraedros
de SiO4, de maneira a formar fios, cadeias
unidimensional infinitas.

Esses fios podem ser simples, gerando o grupo dos


piroxênios ou duplos, onde duas cadeias
unidimensionais infinitas estão unidas através do
compartilhamento dos tetraedros dos dois fios,
resultando no grupo dos anfibólios.
Inossilicatos
Piroxênios: ortopiroxênios, piroxenóides,
clinopiroxênios

Anfibólios: ortoanfibólio, clinoanfibólio,


anfibolóide
Piroxênios:

enstatita
hiperstênio augita

Anfibólios:

actinolita hornblenda tremolita


Sorossilicatos
O grupo do epidoto constitui-se no conjunto mais importante dos
sorossilicatos; neste, a estrutura consiste em cadeias de octaedros
de AlO6 e AlO4(OH)2 unidos por grupos SiO4 e Si2O7 isolados,
resultando em estrutura complexa que, como o grupo da granada,
apresenta duas espécies diferentes de posições catiônicas: uma
ocupada por cátion relativamente grande, de carga fraca, como o
cálcio ou o sódio (posição X), e outra por íons menores, de cargas
mais elevadas, incluindo Al, Fe3+, Mn3+ e mais raramente o Mn2+
(posição Y).

A formula geral deste grupo pode ser escrita da seguinte maneira


X2Y3O(SiO4)(SiO7)(OH,F), onde X= Ca, Na, Pb, Sr, Ce3+, La3+,
Y3+,Th, Fe2+, Mn2+, Mn3+ e Y= Al, Fe3+, Mg, Be, Mn3+, Fe2+,
Mn2+, Ti, Cr.
Cristais de melilita
hemimorfita Cristais de lawsonita

Grupo do epidoto

Cristal prismático Cristais prismáticos


de clinozoizita epidoto de piemontita em
rocha
Filossilicatos
São constituintes essenciais de muitas rochas
metamórficas, magmáticas, sedimentares e dos solos.

Resultam de processos metamórficos, magmáticos,


hidrotermais, diageneticos e intempéricos, sendo usada
na indústria como matéria-prima para cerâmica,
desodorizantes etc.
A palavra filossilicato deriva do grego phylon,
que significa folha, uma vez que todos os
membros desse grupo possuem hábito
achatado ou em escama e clivagem basal
perfeita a proeminente e as lamelas de clivagem
(placas) são flexíveis elásticas ou plásticas,
mais raramente quebradiças.

De um modo geral, os filossilicatos exibem


dureza baixa, normalmente inferior a 3,5, na
escala Mohs, e densidade relativamente baixa
em relação a outros silicatos.
Filossilicatos

Mica
Clorita
Serpentina
Argila
biotita
lepidolita muscovita

antigorita caolinita
montmorilonita
Ciclossilicatos
Nos ciclossilicatos os tetraedros de SiO4
estão polimerizados formando figura
fechada com forma de anéis.
berilo crisocola axinita

Grupo das turmalinas

Cristal prismático de indicolita rubelita Cristal colunar de dravita


Tectossilicatos
É o grupo dos silicatos mais importante volumetricamente, uma
vez que, perfaz quase 75% do volume ocupado pela crosta
terrestre.

Os minerais dessa subdivisão dos silicatos é constituída por


tetraedros de SiO4 ligados tridimensionalmente, de maneira que
todos os oxigênios dos vértices dos tetraedros são
compartilhados com os tetraedros vizinhos, resultando uma
estrutura fortemente unida.

Fazendo parte dessa subdivisão dos silicatos aparecem os


grupos ou famílias da sílica, feldspatos, feldspatóides, escapolita
e zeólita.
Tectossilicatos
GRUPO DA SÍLICA
GRUPO DOS FELDSPATOS
GRUPO DOS FELDSPATÓIDES
GRUPO DA ESCAPOLITA
GRUPO DAS ZEÓLITAS
GRUPO DA SILICA
Este grupo abrange minerais e mineralóides compostos
basicamente por SiO2, que é um composto
eletricamente neutro e não contém outras unidades
estruturais a não ser o tetraedro.

Calcedônia opala tridimita


Cristais
aciculares de
rutilo saltando
de um cristal
de quartzo.
Grupo do feldspato
Designa um dos grupo de minerais mais importante uma vez que
perfaz o maior volume da crosta terrestre, cerca de 60%.

Além da grande freqüência esse grupo apresenta ampla


distribuição, constituindo-se dessa forma na principal base de
classificação das rochas magmáticas, estando ausente apenas em
algumas rochas ultramáficas e em raríssimas rochas alcalinas.

Os feldspatos são os constituintes mais importantes dos pegmatitos


simples e são comuns nos filões.

São os constituintes principais da maioria dos gnaisses e xistos e


ocorrem também em muitas rochas geradas por metamorfismo
termal, regional e dinâmico.
Embora os feldspatos sejam susceptíveis de
alteração e meteorização, eles estão presentes
de maneira marcante nos sedimentos arenosos,
onde aparecem sob a forma de grãos detríticos
e/ou autígenos, sendo de importância
secundária apenas em sedimentos pelíticos e
principalmente carbonáticos.
Grupo do feldspato

GRUPO DO FELDSPATO POTÁSSICO


GRUPO DO PLAGIOCLÁSIO
FELDSPATOS DE BÁRIO
GRUPO DOS FELDSPATOS POTÁSSICO/SÓDICOS
GRUPO DO FELDSPATO POTÁSSICO

adulária
microclíneo sanidina
GRUPO DO PLAGIOCLÁSIO

albita adulária

anortita
FELDSPATOS DE BÁRIO

Cristais pesudo cúbicos (azuis) de


celsiana Cristal de hialofano

GRUPO DOS FELDSPATOS POTÁSSICO/SÓDICOS

anortoclásio
GRUPO DOS FELDSPATÓIDES
Grupo de minerais quimicamente semelhantes aos
feldspatos, porém com proporção de sílica nitidamente
inferior, caracterizando-os como insaturados em sílica e
ricos em álcalis.

cancrinita Lazurita (lápis lazuli) sodalita


GRUPO DA ESCAPOLITA
Gênese: metamórfica e metassomática.

A escapolita ocorre numa extensa gama de rochas que


sofreram metamorfismo regional e/ou metassomatismo
e as variedades mais ricas em Ca encontram-se em
especial em rochas de grau de metamorfismo médio a
alto, tais como anfibolitos, gnaisses e granulitos.

As variedades mais ricas em Na são normalmente de


menores temperaturas e ocorrem em metabasaltos e
anfibolitos.
Ocorrências: Como cristais nos estados do Espírito
Santo, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e como
constituinte de rochas em anfibolitos e gnaisses da
região de Caconde-Graxupé (SP-MG) e em muitas
outras localidades brasileiras.

Usos: As variedade coloridas e transparentes podem ser


usadas como gema.
GRUPO DAS ZEÓLITAS
Constitui uma grande família de alumino-silicatos
hidratados de metais alcalinos e alcalino-terrosos.

São minerais secundários e, no caso de metamorfismo


de baixo grau ou diagênese elevada, primários.
Encontram-se, de forma característica, em cavidades e
veios, em rochas ígneas básicas e disseminados em
arenitos, arcóseos e grauvacas metamorfizadas.
GRUPO DAS ZEÓLITAS
Analcima, estilbita, natrolita, cabazita, laumontita,
phillipsita, escolecita, mesolita,
thomsonita

Cristais de estilbita Cristais aciculares


(róseos) Cristais de
de mesolita
thomsonita
O que determinados sais minerais podem vir a
produzir no concreto, associado ao agregados
(agregados podem vir a fazer parte em até 85%
do concreto)*:
•A deterioração se dá por desagregação devido a
reações indesejáveis com o cimento e por ataque às
armaduras ou ferragens de concreto;

•Os principais compostos deletérios são sais de chumbo


e de zinco, óxidos de ferro, sulfatos (principalmente o
gesso), sulfetos e cloretos;

•Sais de PB e Zn solúveis em água de cal retardam a


pega. Ex. 0,15% de óxido de Pb em relação ao peso do
cimento retarda a pega em 1 dia; 0,8% em 7 dias;
•Se sulfetos de Pb e Zn não estiverem intemperizados, podem ser
aceitos no agregado, pois é a parte alterada que é solúvel em água de
cal;

•Os compostos ferrosos são inconvenientes por produzirem manchas de


ferrugem, por oxidação e variação volumétrica excessiva (sulfetos como
pirita e marcassita), principalmente em condições de temperatura e
umidade elevadas;

•Cloretos reagem com a armadura do concreto armado e provocam


redução na seção do aço além de causar expansão localizada no
concreto. O aumento da molécula do ferro, por oxidação, pode causar
também a ruptura do concreto;

•A corrosão provocada por sulfetos é pontual, enquanto a provocada


por cloretos é generalizada.
*O concreto fresco é uma mistura de argamassa fresca com
pedras. Em geral o tamanho das pedras utilizadas para fazer
concreto não passa de 2,54 cm, ou seja, uma polegada. A
argamassa, por sua vez, é a mistura de pasta de cimento com
areia, sendo pasta de cimento a mistura de cimento e água.
Logo, o concreto é um material feito pela mistura de cimento,
água, areia e pedra, que endurece lentamente pelas reações
químicas que ocorrem entre o cimento e a água.

A adição de pedras à argamassa para produzir concreto é


realizada por vários motivos. O primeiro deles é a redução do
custo do material. Como a pedra custa menos que a argamassa,
quanto maior for o volume ocupado por pedras menor será o
custo do concreto. O segundo é a diminuição da retração, pois a
pasta de cimento ao endurecer diminui de tamanho, e esse
fenômeno gera fissuras. Como a pasta de cimento está contida
na argamassa, quanto menor a quantidade de argamassa menor
a retração do concreto.

http://www.qualidadedoconcreto.com.br/Composicao.htm
Mineração e Município –
bases para planejamento
e gestão dos recursos
minerais – IPT - 2003
Mineração e Município –
bases para planejamento
e gestão dos recursos
minerais – IPT - 2003
Mineração e Município –
bases para planejamento
e gestão dos recursos
minerais – IPT - 2003
Argilominerais
Argilominerais
Argila é um material natural composto por
partículas extremamente pequenas de um ou
mais argilomineral.

Argilominerais são minerais constituídos por


silicatos hidratados de alumínio e ferro, podendo
conter elementos alcalinos - sódio, potássio - e
alcalinos terrosos - cálcio, magnésio.

http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29%3E%20Acesso
Na natureza além dos argilominerais, as argilas estão
geralmente associadas com outros materiais e minerais,
como matéria orgânica, sais solúveis e partículas de
quartzo, pirita, mica, calcita, dolomita e outros minerais
residuais.

Materiais naturais com granulação fina, textura terrosa e


comportamento plástico quando umidecidos, em geral
recebem a denominação de argila.

O termo não tem significado genético, sendo utilizado


para materiais proveniente do intemperismo, ação
hidrotermal, ou da sedimentação em ambientes fluviais,
lacustres, marinhos ou eólicos.
http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29%3E%20Acesso
Caulins, bentonitas, argilas refratárias,
terra fuler são tipos especiais de argilas
que têm definições particulares
decorrentes de aplicações tecnológicas,
composição química/mineralógica ou
origem geológica.

O termo argila também é usado na


classificação granulométrica de partículas.
http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29%3E%20Acesso
Uso industrial

As argilas são as matérias-primas básicas


do setor cerâmico, principal consumidor
do produto, compreendendo:
Cerâmica vermelha - tijolos, telhas, pisos,
lajes e material ornamental.
Cerâmica branca - material sanitário,
louça doméstica, azulejos e pastilhas,
porcelanas, isolantes térmicos e elétricos.
Bibliografia
Enciclopédia Multimídia – Minerais – Instituto de Geociências e Ciências
Exatas - Departamento de Petrologia e Metalogenia – UNESP – Rio Claro
– SP.

Enciclopédia do Estudante – vol. 3 – Ciências da Terra e do Universo

http://www.ufsm.br/engcivil/Material_Didatico/TRP1003_mecanica_dos_solos/4
_Plasticidade_dos_solos.pdf

http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29
%3E%20Acesso

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