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Avaliação de História
2ª Série – 3º. bimestre
2. (Valor 7) No início da Idade moderna, com a descoberta de novas terras e diferentes povos,
passou-se a questionar de que forma os seres humanos constituíram a sociedade. Surgiram
ideias sobre um estado anterior à civilização em que os seres humanos viveriam conforme as
leis da natureza, em contraste com a organização social regida por autoridades e leis. Sobre
isso, assinale a alternativa que apresenta a definição correta de estado de natureza e estado
civil.
a) Estado de natureza é a condição hipotética de como seria a vida dos seres humanos antes
da formação da sociedade; estado civil é a condição real em que vivem os seres humanos
organizados em sociedade.
b) Estado de natureza é a condição real em que vivem os seres humanos de comunidades
indígenas; estado civil é a condição real dos seres humanos que vivem no mundo civilizado.
c) Estado de natureza é a situação real da sociedade em que a humanidade vive; estado civil é
a condição idealizada da sociedade em que os seres humanos deveriam viver.
d) Estado de natureza é a condição anterior à inserção do indivíduo na sociedade; estado civil é
quando o indivíduo já está inserido na sociedade, possuindo documentação oficial de
identificação.
3. (Valor 9) Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau foram filósofos
contratualistas que apresentaram suas ideias sobre a sociedade civil. Cada um deles definiu, ao
seu modo, o que é estado de natureza e estado civil dos seres humanos. Preencha a tabela a
seguir com as informações solicitadas de acordo com o pensamento de cada um dos filósofos.
Estado de natureza Estado civil
6. (Valor 7) John Locke faz uma distinção com relação ao estado de natureza e o estado de
guerra. Explique o que é estado de guerra para John Locke.
Para Locke, no estado de natureza, os indivíduos podem se preocupar apenas com os próprios
interesses, o que poderia levar ao estado de guerra, em que predomina parcialidade e
arbitrariedade.
7. (Valor 7) Sobre a diferença entre fenômeno e coisa em si (noumeno), para Immanuel Kant,
assinale as sentenças corretas e apresente a somatória delas.
01) Fenômeno é tudo aquilo que podemos apreender pela experiência sensível.
02) A coisa em si existe independentemente da vontade humana, mas não pode ser
experienciada pelas pessoas.
04) O fenômeno existe, mas só podemos conhecer a coisa em si.
08) A frase “o limoeiro do quintal está carregado de frutas” reflete o que Kant denominaria de
fenômeno.
16) A frase “as árvores em geral possuem raiz, caule e folhas” reflete o que Kant denominaria
de coisa em si.
Soma: 01 + 02 + 08 + 16 = 27
a) alienação ideológica.
b) microfísica do poder.
c) estado de natureza.
d) contrato social.
e) vontade geral.
SÍNTESE
TESE ANTÍTESE
10. (Valor 10) Sobre a dialética do senhor e do escravo, uma metáfora elaborada por Hegel,
leia o artigo a seguir para responder ao que se pede.
Escravos felizes: quando discursos prontos liberam do esforço de pensar
Uma das formulações mais ricas da história da filosofia é a chamada “dialética do senhor e do
escravo”, que aparece na Fenomenologia do Espírito, obra de Friedrich Hegel do começo do
século 19. (...).
Em nossa época, estamos desacostumados ao trabalho da compreensão e a ideia da verdade
não tem mais valor coletivo, vide o lugar das fake news que avançam como indústria da
deturpação de fatos e falas. Enquanto isso, meios de comunicação e toda sorte de discursos
prontos liberam as pessoas do esforço de discernir e pensar. (...).
Se entendêssemos as “mediações”, ou seja, os interesses, os contextos, os jogos de poder
envolvidos nos discursos que se pretendem como verdades, talvez nos tornássemos um pouco
mais senhores de nossas opiniões. Mas poucos se ocupam em entender como as opiniões são
fabricadas e vendidas como verdades no mercado das ideias.
(...).
TIBURI, Márcia. Escravos felizes: quando discursos prontos liberam do esforço de pensar.
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/escravos-felizes/ Acesso em: 18 abr. 2018.
a) Em que consiste a alegoria da dialética do senhor e do escravo, elaborada por Hegel?
O senhor é aquele que se libertou e dominou a natureza, enquanto o escravo está “detido”
nela, sendo, portanto, dominado pelo senhor. Ao se submeter às ordens do senhor, o escravo
aceita sua condição de tutelado e o senhor, por sua vez, reafirma o poder que tem sobre ele.
Em determinado momento, o escravo percebe que é imprescindível para o seu senhor e este
percebe o quanto depende daquele, invertendo-se os papéis: quem antes era o senhor, passa
a ser o escravo e vice-versa. Essa alegoria expressa a ideia de que a consciência-de-si é
constituída por meio do contato com o outro, que passa a ter não apenas a consciência-de-si,
mas a do outro também.
b) As fake News são um fenômeno antigo, mas que, atualmente, com o advento das diversas
mídias sociais, tornou-se uma grande vilã da era da informação. Na sua opinião, qual a relação
entre a divulgação de fake News e a dialética do senhor e do escravo?
Resposta pessoal. Considerar a coerência e consistência dos argumentos utilizados para
sustentar o posicionamento adotado pelo aluno. Espera-se que os alunos concluam que as
fake news se tornaram uma febre da atualidade, no sentido de confundir a opinião pública
sobre os acontecimentos, para defender os interesses de parcelas da população. Nesse
contexto, elas representariam o papel do senhor. O público-alvo, por sua vez, representaria o
papel do escravo, quando recebe essas notícias falsas e acredita que elas são verdadeiras, sem
ao menos verificar a veracidade delas. Para se libertar dessa condição, as pessoas precisam
desenvolver a consciência-de-si e do outro para tornar-se senhor de suas próprias ideias ou
para assumir ideias vigentes com propriedade e autonomia.
11. (Valor 7) (UEM-2015) “Todo ser humano tem um direito legítimo ao respeito de seus
semelhantes e está, por sua vez, obrigado a respeitar todos os demais. A humanidade ela
mesma é uma dignidade, pois o ser humano não pode ser usado meramente como um meio
por qualquer outro ser humano (quer por outros, quer, inclusive, por si mesmo), mas deve
sempre ser usado ao mesmo tempo como um fim. [...] não posso negar todo respeito sequer a
um homem corrupto como um ser humano, não posso suprimir ao menos o respeito que lhe
cabe em sua qualidade como ser humano, ainda que através de seus atos ele se torne indigno
desse respeito.”
(KANT, I. A metafísica dos costumes. In ARANHA, M. Filosofar com textos: temas e história da filosofia,
São Paulo: Moderna, 2012, p. 261).
12. (Valor 7) (UEM-2015) “Uma das conquistas do liberalismo clássico é o ideal do Estado não
intervencionista, que deixa o mercado livre para sua autorregulação. Trata-se do Estado
minimalista, de baixa intervenção, ou seja, de prevalência do livre mercado.”
(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2009, p. 335).
14. (Valor 6) (Enem-2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo
e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de
corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em
conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que
um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente
aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o
mesmo objeto, eles
a) entravam em conflito.
b) recorriam aos clérigos.
c) consultavam os anciãos.
d) apelavam aos governantes.
e) exerciam a solidariedade.