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1 INTRODUÇÃO

Quando algum objeto é exposto a certa variação temperatura o mesmo


tende a apresentar mudanças em suas propriedades físicas. Conforme TIPLER
e MOSCA (2009), quando existe um aumento de temperatura em certo objeto,
normalmente ele amplifica seu tamanho.
A expansão de tamanho por conta do aumento da temperatura ocorre
por conta da agitação dos átomos, fazendo com que os mesmos se distanciem.
A dilatação linear é baseada no aumento do tamanho em somente uma
dimensão, a mesma ocorre conforme figura 1.

Figura 1 – Dilatação linear

LO

∆L

LO representa o comprimento inicial da barra, a qual é submetida a ação


de uma certa temperatura, dilatando-se até atingir o tamanho representado por
L. O ∆L, na imagem, representa a variação sofrida pela barra (L - L O).

2 OBJETIVOS

O objetivo principal do experimento foi visualizar o processo de dilatação de


três materiais diferentes quando submetidos a certa quantidade de calor. Além
de calcular o coeficiente de dilatação dos materiais, comparando com os
valores tabelados, assim verificando possíveis erros experimentais.
3 MATERIAL E MÉTODOS

Para o experimento de determinação do coeficiente linear foram utilizados


os itens conforme tabela 1.

Tabela 1 – Materiais utilizados

Base para dilatômetro previamente Termômetro químico (-10ºC a


montada +150ºC)
Haste de ferro Haste de alumínio

Haste de latão Balão de destilação de 250 mL

Ponteiro de medição Lamparina

3.1 Métodos

Inicialmente, para a verificação da dilatação dos corpos sólidos, as três


barras de materiais diferentes tiveram seus comprimentos medidos com auxílio
de uma trena e seus devidos valores foram anotados.
O balão volumétrico foi preenchido com aproximadamente 50 mL de
água à temperatura ambiente. Após o mesmo fora tampado com auxilio de uma
tampa de borracha vazada, na qual foi introduzido o termômetro químico.
Os três tubos foram adicionados, de forma sequencial, na base de
destilação, os quais deveriam encostar levemente no aparelho de medição
para que fosse calculada a dilatação. Um recipiente foi adicionado na
extremidade aberta do tubo para que fosse coletada a água que, por ventura,
vazasse do tubo.
Após o tubo ser posicionado na base, a lamparina fora ascendida logo a
baixo do balão volumétrico e permaneceu aquecendo até que se obtivesse, no
termômetro, a temperatura de ebulição da água (aproximadamente 100ºC).
Assim que a temperatura manteve seu valor de forma constante,
aguardou-se alguns minutos para a estabilização do valor de dilatação e o
mesmo fora anotado. O experimento ocorreu de forma igual para todas as três
diferentes hastes.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após o procedimento ocorrer, os valores foram anotados, e são


apresentados conforme tabela 2.

Tabela 2 – Valores obtidos

Corpo de Comp. Variação Temp. Temp. Variação Coef. De


prova Inicial L0 do comp. inicial θ0 final θ0 da temp. dilat.
(cm) ∆L (cm) (ºC) (ºC) ∆θ (ºC) linear
Ferro 56,5 0,0445 24 97 73 10,8 x 10-6
Alumínio 56,5 0,09 24 97 73 21,8 x 10-6
Latão 56,5 0,07 24 97 73 17 x 10-6

O coeficiente de dilatação linear foi calculado, para cada material diferente,


utilizando os valores obtidos no experimento, e utilizando-se da equação do

∆L
coeficiente de dilatação: α = .
L0* ∆θ
A partir da tabela 2 e do gráfico 1, é possível verificar a diferença entre a
variação do comprimento em distintos materiais, afinal, mesmo com
comprimentos iguais, temperaturas iniciais e finais semelhantes, houveram
dilatações diferentes, o que se dá pela diferente agitação e afastamento das
moléculas de cada material.

Variação do comprimento
0.1
0.09
0.08
0.07
0.06
0.05
0.04
0.03
0.02
0.01
0
Ferro Alumínio Latão

Gráfico 1 - Variação do comprimento das hastes metálicas


4.1 Erro experimental

Todo material tem um valor para seu coeficiente de dilatação linear


previamente tabelado, para os materiais utilizados os coeficientes tabelados
estão dispostos na tabela 3.

Tabela 3 – Valores tabelado dos coeficientes de dilatação linear

Material Valor tabelado (10-6 ºC-1)


Ferro 11,9
Alumínio 22,9
Latão 18,9
Comparando com a tabela 2, a qual demonstra os valores obtidos para o
coeficiente de dilatação linear é possível visualizar diferenças com os valores
tabelados para os materiais diferentes. A tabela 4 apresenta comparação entre
ambos os valores e o erro percentual entre eles.

Tabela 4 – Erro percentual entre valores de coeficiente

Material Valor calculado Valor tabelado Erro percentual


(10-6 ºC-1) (10-6 ºC-1) (%)
Ferro 10,8 11,9 9,2
Alumínio 21,8 22,9 4,8
Latão 17 18,9 10

A diferença entre os coeficientes de dilatação linear pode ter ocorrido por


conta da não pureza das hastes, pois, estas podem ser formadas com
utilização de ligas metálicas, as quais utilizam outros tipos de materiais para
sua constituição e o valor tabelado apresenta o coeficiente para o material
puro.
Outro possível motivo para o erro amostral é a quantidade de tempo que
a haste fora submetida a temperatura, o que pode causar algum tipo de
alteração no valor.

5 CONCLUSÃO
O experimento teve como objetivo a verificação da dilatação de diferentes
tipos de materiais metálicos: Ferro, alumínio e Cobre. Essa variação é
calculada utilizando a grandeza do coeficiente de dilatação linear, o qual pode
ser descoberto a partir da variação de comprimento e temperatura que o
material sofreu e foi submetido. Com o aumento da temperatura as moléculas
do material tendem a oscilar mais rapidamente, distanciando-se uma das
outras, resultando em uma dilatação.
Nos 3 experimentos realizados, com as três hastes metálicas diferentes, a
temperatura ambiente permaneceu constante, bem como a temperatura do
vapor d’água dentro do balão volumétrico, o qual estava submetido a uma
chama.
Após o experimento percebeu-se que, realmente, cada material apresenta
um diferente valor para seu coeficiente e que nem sempre o valor calculado
será igual ao valor tabelado, afinal diversos fatores podem interferir no
experimento, até mesmo a pureza do material, o qual pode apresentar outros
componentes em sua composição. Utilizando-se do gráfico de comparação,
observa-se que o erro percentual médio para os três materiais foi de 8%.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de


física. 8. ed. Volume 2. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009.

TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros -


Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 5.ed. LTC, 2006.

SOUZA, Luiz. F. Um exemplo sobre dilatação térmica e a lei de


resfriamento. Monografia (Monografia em Física) – URFJ. Rio de Janeiro,
2007.

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