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AUT 520 – Prática Profissional e Organização do Trabalho – Legislação

Prof. Rosaria Ono– 1º Semestre/2005

Legislação ambiental e organização do


espaço
(1ª Aula)
Meio ambiente
n Determinado espaço que apresenta um equilíbrio dinâmico
entre as forças concorrentes dos meios físico, biótico e
antrópico, as quais se organizam em um sistema de
relações complexas e sensíveis às modificações de seus
elementos constituintes

Meio ambiente
n É composto, ao mesmo tempo, por um espaço e por um
sistema de relações que se desenvolvem nesse espaço por
meio de trocas de energia e matéria e cujas alterações
podem desencadear reações, modificando sua dinâmica.

Homem e Meio ambiente


n O homem faz parte do ambiente, sempre participando na
sua dinâmica, sendo fundamental que se estabeleçam
critérios para evitar ou mitigar impactos negativos
decorrentes de suas atividades.
Constituição Federal - Título VIII - CAPÍTULO VI - Do Meio
Ambiente
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I -preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II – …
Constituição Federal - Título VIII - CAPÍTULO VI - Do
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Meio Ambiente
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas…;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI- promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente;
VII - ...

Constituição Estadual (São Paulo) – Capítulo IV - Do Meio


Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
SEÇÃO I - Do Meio Ambiente
Art. 191. O Estado e os Municípios providenciarão, com a participação da
coletividade, a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do
meio ambiente natural, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades
regionais e locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econômico.
Art. 192. A execução de obras, atividades, processos produtivos e
empreendimentos e a exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer
pelo setor público, quer pelo privado, serão admitidas se houver resguardo do
meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Constituição Estadual (São Paulo) – Capítulo IV - Do Meio


Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
Art. 193. O Estado, mediante lei, criará um sistema de administração da qualidade ambiental,
proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos
naturais, para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e entidades da
administração pública direta e indireta, assegurada a participação da coletividade, com o fim
de:
I - propor uma política estadual de proteção ao meio ambiente;
II - adotar medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor privado, para manter e
promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a
degradação em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais
negativos e recuperando o meio ambiente degradado;

Constituição Estadual (São Paulo) – Capítulo IV - Do Meio


Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
VI - incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a capacitação tecnológica para a resolução dos
problemas ambientais e promover a informação sobre essas questões;
VII - estimular e incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia
alternativas, não poluentes, bem como de tecnologias brandas e materiais poupadores de
energia;

XI - controlar e fiscalizar a produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e


destino final de substâncias, bem como o uso de técnicas, todos e instalações que
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comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e meio ambiente, incluindo o
trabalho;

Constituição Estadual (São Paulo) – Capítulo IV - Do Meio


Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento
XX- controlar e fiscalizar obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, direta ou
indiretamente, possam causar degradação do meio ambiente, adotando medidas
preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes;
XXI - realizar o planejamento e o zoneamento ambientais, considerando as características regionais
e locais, e articular os respectivos planos, programas e ações;

Art. 199. O Poder Público estimulará a criação e manutenção de unidades privadas de conservação.
Art. 200. O Poder Público Estadual, mediante lei, criará mecanismos de compensação financeira
para Municípios que sofrerem restrições por força de instituição de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo Estado.

Política Nacional do Meio Ambiente


Lei Federal Nº 6938/81 - Lei de Política Nacional do Meio
Ambiente de 31 de agosto de 1981,
(alterada pela Lei Federal 7804 de 18 de julho de 1989)
n Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências

Política Estadual do Meio Ambiente


Lei Estadual Nº 9.509/97, de 20 de março de 1997
n Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins

e mecanismos de formulação e aplicação


n nos termos do art. 225 da Constituição Federal e o art. 193 da
Constituição do Estado.

Política Estadual do Meio Ambiente


Art. 2º . A Política Estadual do Meio Ambiente tem por objetivo garantir
a todos da presente e das futuras gerações, o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado,.... atendidos especialmente
os seguintes princípios:
n realização do planejamento e zoneamento ambiental, considerando as
características regionais e locais, e articulação dos respectivos planos,
programas e ações;
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Política Estadual do Meio Ambiente


VI - controle e fiscalização de obras, atividades, processos produtivos e
empreendimentos que, direta ou indiretamente, possam causar degradação
ao meio ambiente, adotando medidas preventivas ou corretivas e aplicando
as sanções administrativas pertinentes;
IX - exigência para que todas as atividades e empreendimentos sujeitos ao
licenciamento ambiental, adotem técnicas que minimizem o uso de energia e
água, bem como o volume e potencial poluidor dos efluentes líquidos,
gasosos e sólidos;

Política Estadual do Meio Ambiente


CAPÍTULO III - do Licenciamento das Atividades
Art. 19. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem
como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento, no órgão estadual competente, integrante do SEAQUA,
sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1º. Vetado;
§ 2º. O EIA/RIMA será realizado por técnicos habilitados, e o coordenador dos trabalhos
de cada equipe de especialistas é obrigado a registrar o termo de Responsabilidade
Técnica (RT) no conselho Regional de sua categoria profissional.

Legislação ambiental-exemplo
n Decreto Estadual Nº 26.116, de 29 de outubro de
1986.
n Aprova o regulamento da Lei n.º 4.529, de 18 de janeiro de
1985, que dispõe sobre o disciplinamento do uso e da
ocupação do solo na Região da Serra do Itapeti

Legislação ambiental-exemplo
Artigo 2.º - São objetivos da disciplina do uso e ocupação do solo na Serra de Itapeti:
I - contribuir para o bem estar dos habitantes da Região Metropolitana da Grande São Paulo, mediante a
proteção de redutos de vegetação natural localizados junto à áreas urbanizadas;

II - favorecer a proteção e melhoria do equilíbrio ecológico na Região Metropolitana da Grande São Paulo,
especialmente através da proteção do solo, das nascentes, das virtualidades paisagísticas, da fauna, da
flora, bom como promover o repovoamento vegetal em áreas específicas;

III - restringir e condicionar o parcelamento do solo, visando a proteção ambiental, mediante o controle da
densidade demográfica, a preservação da permeabilidade do solo e a manutenção das reservas florestais;
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IV - estabelecer padrões e critérios destinados a orientar o licenciamento e controle de uso de ocupação do


solo da Serra do Itapeti.

Legislação ambiental
n Controle da densidade demográfica;
n Preservação da permeabilidade do solo;
n Manutenção das reservas florestais;
n Instrumentos:
n Taxa de ocupação;
n Coeficiente de aproveitamento do solo;
n Taxa de impermeabilização.

EIA / RIMA
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL /
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
Resolução CONAMA No 001 de 23.01.1986
n IMPACTO AMBIENTAL: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e

biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia


resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
n a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

n as atividades sociais e econômicas;

n a biota;

n as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

n a qualidade dos recursos ambientais.

Estudo de Impacto Ambiental


n Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Estudo multidisciplinar
realizada por uma equipe de profissionais habilitados das
mais diversas especialidades, não dependente do
proponente do projeto e que será responsável tecnicamente
pelos resultados apresentados.
n Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): Refletirá as conclusões do
Estudo de Impacto Ambiental em linguagem acessível ao público.
Documento acessível ao público e aos órgãos de controle ambiental
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envolvidos.
n Audiência Pública: Para informação sobre o projeto e seus impactos
ambientais à sociedade.
Rodoanel Mario Covas
n 1998 – Início das Obras
n 170 km interligando 10 Rodovias
n Trecho Oeste: 32km
n canalização do Córrego Carapicuíba;
n reestruturação do Parque dos Paturis em Carapicuíba;
n criação do Parque Planalto em Carapicuíba ;
n criação do Parque Aldeia em Carapicuíba;
n criação do Parque das Nascentes em Cotia;
n criação do Parque Jaraguá em São Paulo;
n plantio de mudas de árvores nativas ao redor do trecho de 32 km;
n construção do túnel 01 em Embu, preservando a região de mata da nascente do Ribeirão
Carapicuíba e
n construção do túnel 03 em São Paulo, preservando a Mata Atlântica da Fazenda Ithayê.

Rodoanel Mario Covas


n Reassentamento - Do total de 2.334 famílias que moravam em áreas
interferentes à construção do trecho Oeste.
n Houve indenização para 1.240 famílias e 1.094 optaram pelo sistema de
reassentamento populacional.
Em sistema de cooperativa, proporcionou uma moradia servida de infra-
estrutura de serviços públicos, aos quais essa população não tinha acesso antes.
n Programa tornou-se paradigma para o reassentamentos de populações no
terceiro mundo. O modelo adotado foi o de construção de casas embriões em
lotes de 70m² com área construída de 40m² em Osasco e Carapicuíba.

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA


n Informações Gerais
n Descrição do Empreendimento
n Áreas de Influência do Empreendimento: limites da
área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, considerando a bacia hidrográfica na qual
se localiza.
n Planos e Projetos Colocalizados: planos e programas
governamentais, propostos e em implantação na área de influência
do projeto, e sua compatibilidade com o empreendimento.
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n Aspectos Legais e Institucionais: levantamento na legislação


federal, estadual e municipal, identificando condições limites e
confirmando que o empreendimento não irá ferir nenhuma delas.

n Diagnóstico Ambiental: uma completa descrição e análise dos


recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação
do projeto, considerando:
n (a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima,
n (b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de
preservação permanente e
n (c) o meio socioeconômico (ou antrópico) - o uso e ocupação do solo, os
usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial
utilização desses recursos.

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA


ALGUNS EXEMPLOS DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS DECORRENTES DE
EMPREENDIMENTO HABITACIONAL
Segmentos considerados:
Meio Físico
Meio Biótico
Meio Antrópico

Fonte: Freitas, C.G.L. (coord.) Habitação e Meio Ambiente (coleção Habitare),


2001. http://habitare.infohab.org.br

ALGUNS EXEMPLOS DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS


DECORRENTES DE EMPREENDIMENTO HABITACIONAL
n Meio Físico
n Aceleração do processo erosivo;
n Ocorrência de escorregamentos (solo e rocha);
n Aumento de áreas inundáveis ou de alagamento;
n Ocorrência de subsidência de solo;
n Diminuição da infiltração de água no solo;
n Contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas;
n Aumento da quantidade de partículas sólidas e gases na atmosfera; e
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n Aumento da propagação de ondas sonoras.

ALGUNS EXEMPLOS DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS


DECORRENTES DE EMPREENDIMENTO HABITACIONAL
n Meio Biótico
n Supressão;
n Degradação da vegetação pelo efeito de borda;
n Degradação de vegetação pela deposição de partículas sólidas nas
folhas;
n Danos à fauna; e
n Incômodos à fauna.

ALGUNS EXEMPLOS DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS


DECORRENTES DE EMPREENDIMENTO HABITACIONAL
n Meio Antrópico
n Aumento pela demanda por serviços públicos e demais questões de
infraestrutura;
n Aumento do consumo de água e energia;
n Aumento de operações / transações comerciais;
n Aumento da arrecadação de impostos;
n Aumento da oferta de empregos;
n Aumento do tráfego;
n Alteração na percepção ambiental; e
n Modificação de referências culturais.

Projetos Habitacionais e Meio Ambiente


n DECRETO ESTADUAL Nº 33.499, DE 10 DE JULHO DE
1991
n Cria o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos
Habitacionais - GRAPROHAB, e dá outras providências.
n Art. 1º . Fica criado, na Secretaria da Habitação, o Grupo de Análise
e Aprovação de Projetos Habitacionais - GRAPROHAB, objetivando
centralizar e agilizar o trâmite dos projetos habitacionais,
apresentados para apreciação no âmbito do Estado.
n Art. 2º . O GRAPROHAB será constituído por representante, com o
respectivo suplente, de cada um dos seguintes órgãos ou empresas
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do Estado:
• Secretaria da Habitação;
• Secretaria da Saúde;
• Secretaria do Meio Ambiente;
• Procuradoria-Geral do Estado;
• CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental;
• Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP;
• ELETROPAULO - Eletricidade de São Paulo S/A;
• Companhia de Gás de São Paulo - COMGÁS;
• CESP - Companhia Energética de São Paulo;
• Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL;
• Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo - EMPLASA;
• Corpo de Bombeiros da Polícia Militar.

Leis de Proteção de Mananciais


Leis de proteção dos mananciais
LEI ESTADUAL N° 898 , DE 1° DE NOVEMBRO DE 1975
(alterada pela Lei Estadual nº 3.746/83)
Art. 2° . São declaradas áreas de proteção e, como tais, reservadas,
as referentes aos seguintes mananciais, cursos e reservatórios de
água e demais recursos hídricos de interesse da Região
Metropolitana da Grande São Paulo:
I- reservatório Bilings;
II- reservatórios do Cabuçu no Rio Cabuçu de cima, até a barragem no Município
de Guarulhos;
III- reservatórios de Cantareira, no Rio do Cabuçu de Baixo, até as barragens no
município de São Paulo;
IV- reservatório do Engordador, até a barragem no Município de São Paulo;
V- reservatório de Guarapiranga, até a barragem no Município de São Paulo;
n No total de XVIII áreas definidas pela lei.

Leis de proteção dos mananciais


n Parágrafo único . Nas áreas de proteção, os projetos e a execução de arruamentos,
loteamentos, edificações e obras, bem assim, a prática de atividade agropecuárias,
comerciais, industriais e recreativas dependerão de aprovação prévia da Secretaria dos Negócios
Metropolitanos, e manifestação favorável da Secretaria de Obras e Meio Ambiente, mediante
parecer da Companhia Estadual de tecnologia de Saneamento básico e de Defesa do Meio
Ambiente - CETESB, quanto aos aspectos de proteção ambiental, sem prejuízo das demais
competências estabelecidas na legislação, em vigor, para, outros fins.

Leis de proteção dos mananciais


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Art. 6° . Nas áreas de proteção, o licenciamento das atividades e a realização das obras, referido no
parágrafo único, do art. 3° desta Lei, ficarão sujeitos às seguintes exigências:
I- destinação e uso de área, perfeitamente caracterizados e expressos nos projetos e documentos
submetidos a aprovação;
II - apresentação, nos projetos, de solução adequada para a coleta, tratamento e destino final dos
resíduos sólidos, líquidos e gasosos, produzidos pelas atividades que se propõem exercer ou
desenvolver nas áreas;
III -apresentação, nos projetos, de solução adequada, relativamente aos problemas de erosão, e
de escoamento das águas, inclusive os pluviais.

Leis de proteção dos mananciais


n Parágrafo único . As urbanizações, edificações e atividades
existentes, exercida anteriormente a esta Lei, gozarão de prazo
adequado para se adaptarem as suas exigências ou procederem as
suas transferências, para outro local, e, na impossibilidade de o
fazerem, poderão ser suprimidas mediante indenização ou
desapropriação.

Leis de proteção dos mananciais


Art. 11 - As restrições, a serem estabelecidas em Lei e correspondente às áreas de
proteção a que se refere o art. 2°, sem prejuízo da legislação em vigor para
outros efeitos, constarão de normas relativas a:
I - formas de uso do solo permitidas e as características de sua ocupação e
aproveitamento;
II - condições mínimas para parcelamento do solo e para a aberturas de
arruamentos;
III - condições admissíveis de pavimentação e impermeabilização do solo;
IV - condições de uso dos mananciais, cursos e reservatórios de água, obedecidos
a classificação e o enquadramento previsto em leis e regulamentos;
V - formas toleráveis de desmatamento nas áreas de proteção;
VI - condições toleráveis para a movimentação de terras nas áreas de proteção;
VII - ampliação e aumento de produção dos estabelecimentos industriais,
localizados nas áreas de proteção que possam oferecer riscos à qualidade de
recursos hídricos;
VIII - exigências a serem cumpridas pelas indústrias existentes ou em construção
nas áreas de proteção, e o plano de remanejamento das que nele não puderem
permanecer;
IX - emprego de defensivos e fertilizantes e prática de atividades
hortifrutigranjeiras, ...;
X - condições e limites quantitativos de produtos nocivos que poderão ser
armazenados nas áreas de proteção, sem riscos para a qualidade dos recursos
hídricos;
XI - condições de passagem de canalizações que transportem substâncias, nocivas
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as áreas de proteção;
XII - condições de coleta, transporte e destino final de esgotos e resíduos sólidos,
na áreas de proteção;
XIII - condições de transporte de produtos considerados nocivos.

Leis de proteção dos mananciais


LEI ESTADUAL Nº 9.866, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1997
Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias
hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo e
dá outras providências.

Art. 2º . São objetivos da presente lei :


I - preservar e recuperar os mananciais de interesse regional no Estado de São
Paulo;
II - compatibilizar as ações de preservação dos mananciais de
abastecimento e as de proteção ao meio ambiente com o uso e
ocupação do solo e o desenvolvimento socioeconômico;
III - promover uma gestão participativa, integrando setores e instâncias
governamentais, bem como a sociedade civil;
IV - descentralizar o planejamento e a gestão das bacias hidrográficas desses
mananciais, com vistas à sua proteção e à sua recuperação;
V - integrar os programas e políticas habitacionais à preservação do meio
ambiente.

Outras Legislações Ambientais


n Restringindo a instalação de indústrias “poluidoras” em certas áreas
(estâncias hidrominerais, balneários, bacias de rios, etc.);
n Determinando áreas específicas e os instrumentos de controle de
parcelamento e uso do solo;
n Leis locais definindo APAs;
n Normas brasileiras de sistema de gestão ambiental (série NBR
14.000);

Desenvolvimento Sustentável
n Definição:
n Satisfazer às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias
necessidades.
n Sustentabilidade econômica não é possível sem a
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sustentabilidade social e ambiental

Desenvolvimento Sustentável
n Agenda 21 para a Construção Sustentável
n Desenvolvimento urbano:
n construção de ambiente sustentável para as futuras gerações;
n apoio para o desenvolvimento econômico e bem-estar social da
população;
n Desafio: gerenciamento do crescimento urbano x geração de
resíduos x utilização de recursos naturais esgotáveis

Desenvolvimento Sustentável
n Agenda 21 para a Construção Sustentável (CIB Report Publication
237 – Tradução publicada pela EPUSP, 2000).
n Congresso Mundial sobre Construção Sustentável do CIB (Conseil
International du Bâtiment / International Council for Building),
(Suécia, 1998)

Agenda Habitat II (1996) de Istambul


n Os governos deveriam incentivar a indústria da construção a
promover métodos e tecnologias de construção:
n Disponíveis no local;
n Apropriados;
n De custo razoável;
n Seguros;
n Eficientes;
n Comprometidos com o meio ambiente.

Agenda Habitat II (1996) de Istambul


n O comprometimento deve acontecer em todos os países,
especialmente nos países em desenvolvimento, em nível
local, nacional, regional e sub-regional;
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n De modo a enfatizar o uso ótimo dos recursos humanos


locais e a incentivar métodos poupadores de energia que
sejam protetores da saúde humana.

Agenda Habitat II (1996) de Istambul


n O processo de projeto crescerá em importância e complexidade:
n Urgência num enfoque integrado entre projetistas, engenheiros e fabricantes,
bem como no desenvolvimento de ferramentas de projeto avançadas;
n Usar tecnologia de informação para obter um fluxo contínuo de informações
durante a vida do projeto, conseguindo ciclos contínuos de retro-alimentação
de informações.
n Permite a troca de informações sobre o projeto e o emprego de ferramentas
para otimizá-lo e ao processo construtivo;
n Fornece informações sobre produtos ambientais e um orçamento ambiental
do edifício – ajudando clientes e projetistas a idealizarem edifícios mais
amigáveis ao meio ambiente;
n Aumenta a consciência ambiental dos arquitetos, estimulada para avaliação e
retro-alimentação das informações do projeto após seu término.

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