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SUMÁRIO
CONCORDÂNCIA VERBAL I 2
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 2
CONCORDÂNCIA VERBAL II 5
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 5
CONCORDÂNCIA VERBAL III 9
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 9

MUDE SUA VIDA!


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CONCORDÂNCIA VERBAL I

A concordância verbal diz respeito à correta flexão entre um verbo e seu sujeito. Essa
concordância se dá em número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª). Exemplos:
 O aluno estuda muito.
 Os alunos estudam muito.

 Tu foste ao cinema.
 Vós fostes ao cinema.

 Comprei uma casa.


 Compramos uma casa.

Vale lembrar que, em termos gerais, o verbo concorda com o núcleo do sujeito.
Exemplos:
 A professora das crianças tinha muito amor à profissão.
 O fisioterapeuta dos atletas recomendou-lhes repouso naquele dia.

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL


1. Verbo HAVER:

 Se o verbo “haver” tem o sentido de “existir”, “ocorrer”, “acontecer”, ele é


impessoal, ou seja, fica sempre no singular de 3ª pessoa. Exemplos:
 Haverá muitas aprovações.
 Houve muitos acidentes graves naquela rodovia este ano.

 Se ele vem precedido de um verbo auxiliar, a locução fica na terceira pessoa do


singular. Exemplos:
 Vai haver muitas aprovações.
 Pode haver muitos acidentes graves naquela rodovia este ano.

OBSERVAÇÃO

O verbo “haver” integra oração sem sujeito. Por essa razão, ele fica no
singular de terceira pessoa. Quanto à transitividade, ele é transitivo direto, com
objeto direto expresso na frase. Exemplo:
» Sempre haverá (VTD) pessoas honestas (OD). (oração sem sujeito)

2. Verbo FAZER:

 Se o verbo “fazer” indica tempo cronológico ou meteorológico, ele é impessoal, ou


seja, fica sempre no singular de 3ª pessoa. Exemplos:
 Fazia meses que não a via.
 Faz invernos rigorosos na Sibéria.

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 Se ele vem precedido de um verbo auxiliar, a locução fica na terceira pessoa do


singular. Exemplos:
 Devia fazer meses que não a via.
 Deve fazer invernos rigorosos na Sibéria.

OBSERVAÇÃO

Na frase, “As gêmeas fazem cinco anos amanhã.”, o verbo vai para o plural
porque o sujeito está expresso (“As gêmeas”). Nesse caso, o verbo fazer tem
sentido de “completar”. Assim, ele não é classificado como impessoal, mas como
verbo pessoal. Nesse caso, podemos escrever também assim:
» As gêmeas vão fazer cinco anos amanhã.

3. Verbos EXISTIR, OCORRER e ACONTECER:

 São pessoais e têm sempre sujeito expresso na frase. Exemplos:

 Existiu tal pensamento durante o século 20.


 Existiram tais pensamentos durante o século 20.
 Ocorreu um fato desagradável ontem.
 Ocorreram fatos desagradáveis ontem.
 Aconteceu uma cena engraçada na festa.
 Aconteceram cenas engraçadas na festa.

 Em uma locução verbal, o verbo auxiliar pode sofrer flexão. Exemplos:


 Deve existir gente assim no mundo.
 Devem existir pessoas assim no mundo.
 Pode ocorrer algo que você não entenda.
 Podem ocorrer situações que você não entenda.
 Vai ocorrer algo inusitado hoje na festa.
 Vão ocorrer situações inusitadas hoje na festa.

4. Sujeito representado pelo pronome relativo QUE:

 O verbo concorda com o termo antecedente. Exemplos:


 Fui eu que fiz todo o serviço.
 Fomos nós que fizemos todo o serviço.

 Se há pronome pessoal do caso reto e outra palavra antes do pronome relativo


QUE, o verbo também concorda também com a outra palavra. Exemplos:
 Somos nós as que fazemos a diferença neste país.
 Somos nós as que fazem a diferença neste país.

 Com a expressão “um dos...que”, “uma das...que”, o verbo pode ficar no singular ou
no plural. Exemplos:
 Ela é uma das estudantes que mais se destaca na sala.
 Ela é uma das estudantes que mais se destacam na sala.

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OBSERVAÇÃO

Muitas vezes, pela própria coerência da frase, o verbo que vem depois da
expressão “um dos...que”, “uma das...que” só pode estar no singular. Exemplo:
» Ontem, em Cuiabá, foi desfeita uma das quadrilhas que traficava cigarro no
país.

5. Sujeito representado pelo pronome relativo QUEM: nesse caso, temos duas possibilidades
de concordância. Vejamo-las:

 O verbo concorda com o termo antecedente. Exemplos:


 Fui eu quem fiz isso.
 Fomos nós quem fizemos isso.

 O verbo concorda com o pronome relativo quem em 3ª pessoa do singular.


Exemplos:
 Fui eu quem fez isso.
 Fomos nós quem fizemos isso.

6. Sujeito representado por PRONOME INDEFINIDO seguido de PRONOME PESSOAL:

 Se o pronome indefinido está no singular, o verbo concorda apenas com ele.


Exemplos:
 Algum de nós sabe o que houve com ele?
 Alguém de nós entendeu o que ele falou?

 Se o pronome indefinido está no plural, o verbo concorda com ele ou com o


pronome pessoal. Exemplos:
 Alguns de nós sabem o que houve com ele?
 Alguns de nós sabemos o que houve com ele.

7. Sujeito representado por PRONOME INTERROGATIVO seguido de PRONOME PESSOAL:

 Se o pronome interrogativo está no singular, o verbo concorda apenas com ele.


Exemplos:
 Qual de nós sabe o que aconteceu a ela?
 Quem de nós viu o que houve ontem aqui?

 Se o pronome interrogativo está no plural, o verbo concorda com ele ou com o


pronome pessoal. Exemplos:
 Quais de nós sabem o que aconteceu com ela?
 Quais de nós sabemos o que houve ontem aqui?

8. Sujeito representado por pronome de tratamento: o verbo concorda em terceira pessoa do


singular ou do plural, de acordo com o número do pronome. Exemplo:
 Vossa senhoria está bem?
 Vossas senhorias estão bem?

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OBSERVAÇÃO

Vale lembrar que, com pronome de tratamento, toda a concordância se dá em


terceira pessoa. Exemplos:
» Vossa magnificência sabe de sua responsabilidade.
» Vossas magnificências sabem de suas responsabilidades.

9. Sujeito representado por expressões partitivas:

 O verbo fica na terceira pessoa do singular se a expressão partitiva vem seguida de


nome no singular. Exemplos:
 Boa parte da turma fez boa prova.
 Grande parte do grupo apoiou o projeto.

 O verbo pode ficar no singular ou plural se a expressão partitiva vem seguida de


nome no plural. Exemplos:

 Boa parte dos alunos fez boa prova.


 Boa parte dos alunos fizeram boa prova.

 Grande parte dos envolvidos apoiou o projeto.


 Grande parte dos envolvidos apoiaram o projeto.

10. Sujeito composto seguido de aposto resumidor: o verbo concorda com o aposto
resumidor. Exemplos:
 Amigos, parentes, vizinhos, ninguém o ajudou.
 Amigos, parentes, vizinhos, todos o ajudaram.

CONCORDÂNCIA VERBAL II

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL

1. Sujeito representado pela expressão “mais de”:

 Com a expressão “mais de”, o verbo concorda com o numeral. Exemplos:


 Mais de um aluno obteve excelente resultado.
 Mais de dez alunos obtiveram excelente resultado.

 Se a expressão “mais de” vem repetida, o verbo vai para o plural:


 Mais de um aluno, mais de um professor organizaram o evento de
formatura da escola.

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 Se há ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório. Exemplo:


 Mais de um político se ofenderam durante a sessão plenária.
 Mais de um amigo se abraçaram durante a formatura.

OBSERVAÇÃO

Com as expressões “menos de”, “cerca de”, “perto de”, o verbo também
concorda com o numeral.

2. Sujeito representado por coletivo:

 O verbo concorda com o coletivo. Exemplo:


 A manada corria assustada.
 As manadas corriam assustadas.
 O pelotão marchava cadenciadamente.
 Os pelotões marchavam cadenciadamente.

 Se o coletivo vem seguido de nome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no


plural. Exemplos:
 A manada de búfalos corria sem rumo.
 A manada de búfalos corriam sem rumo.
 O pelotão de soldados marchava cadenciadamente.
 O pelotão de soldados marchavam cadenciadamente.

3. Sujeito representado por nomes só usados no plural: o verbo vai para o plural somente se o
nome vem precedido de artigo. Exemplos:
 Férias fez bem a nós.
 As férias fizeram bem a nós.
 Pêsames sempre traz conforto.
 Os pêsames sempre trazem conforto.
 Alpes embeleza a paisagem suíça.
 Os Alpes embelezam a paisagem suíça.
 Estados Unidos invadiu o Iraque.
 Os Estados Unidos invadiram o Iraque.

OBSERVAÇÃO

Nomes de obras (literárias, teatrais, musicais, etc.) que estão no plural


precedidas de artigo admitem concordância no singular ou no plural. Exemplos:
» Os Sertões, de Euclides da Cunha, narra(m) a saga de Canudos.
» Os Maias representa(m) o mais extenso romance de Eça de Queiroz.
» O Lusíadas expressa(m) a genialidade poética de Camões.

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4. Verbos DAR, BATER e SOAR indicando horas: o verbo concorda com o sujeito, que sempre
está expresso na frase. Exemplos:
 Deu uma hora no relógio da catedral.
 Bateu uma hora no relógio da catedral.
 Soou uma hora no relógio da catedral.

 Deram duas horas no relógio da catedral.


 Bateram duas horas no relógio da catedral.
 Soaram duas horas no relógio da catedral.

 Deu duas horas o relógio da catedral.


 Bateu duas horas o relógio da catedral.
 Soou duas horas o relógio da catedral.

5. Sujeito com “partícula apassivadora”: com partícula apassivadora, o sujeito sempre está
expresso na frase. Por essa razão, é preciso identificar esse sujeito e observar se ele está no
singular ou no plural de terceira pessoa, a fim de saber se o verbo fica na 3ª pessoa do
singular ou do plural. Exemplos:

 VTD + SE:
 Prova-se a roupa antes de ser comprada.
 Provam-se as roupas antes de serem compradas.
 Deve-se lavar a mão antes refeições.
 Devem-se lavar as mãos antes refeições.

 VTDI + SE:
 Aqui, dá-se aula de piano.
 Aqui, dão-se aulas de piano.
OBSERVAÇÃO

Vale lembrar que a partícula apassivadora ocorre com verbo transitivo direto
(VTD) e com verbo transitivo direto e indireto (VTDI), como vimos nos exemplos
anteriores.

Outro detalhe é que, com partícula apassivadora, há voz passiva sintética.


Nesse caso, para ter certeza do plural do verbo, basta converter a frase para a voz
passiva analítica (verbo SER + PARTICÍPIO). Vejamos:
» A roupa é provada antes de ser comprada.
» As roupas são provadas antes de serem compradas.
» A mão deve ser lavada antes das refeições.
» A mãos devem ser lavadas antes das refeições.
» Aqui, aula de piano é dada.
» Aqui, aulas de piano são dadas.

6. Sujeito com Índice de Indeterminação do Sujeito: com “índice de indeterminação do


sujeito”, o verbo fica sempre no singular de terceira pessoa. Exemplos:

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 VTI + SE: Aspira-se a dias melhores.


 VI + SE: Vive-se bem no litoral.
 VL + SE: Era-se feliz naquele tempo.
 VTD + SE + TERMO PREPOSICIONADO: Ama-se a Deus.
OBSERVAÇÃO

Com “índice de indeterminação do sujeito”, vale lembrar que o sujeito é


indeterminado, por isso o verbo fica sempre no singular de terceira pessoa,
independentemente de vir seguido de termo no plural. Nesse caso, esses termos no
plural não têm função sintática de sujeito.

Em provas, o caso mais comum, de “se” com função de “índice de


indeterminação do sujeito” ocorre quando o “se” está ligado a verbo transitivo
indireto. Exemplos:
» Trata-se de pequenos ajustes no veículo.
» Acredita-se em discos voadores.
» Confia-se em profissionais inexperientes.

Acima, os termos grifados, iniciados por preposição, são complementos


verbais, com função sintática de objeto indireto. Como não têm função sintática de
sujeito, os verbos não podem concordar com eles.

7. Núcleos do sujeito ligados por “ou”:

 O verbo concorda com o elemento mais próximo se indica retificação, exclusão,


equivalência ou se há elementos com diferentes números gramaticais. Exemplos:
 Maria ou Paula será escolhida secretária.
 Os trabalhadores ou o trabalhador reivindicava aumento de salário.
 O trabalhador ou trabalhadores reivindicavam aumento de salário.
 Os professores ou a direção tomará providências.

 O verbo vai para o plural se o conectivo indica inclusão ou se são antônimos.


Exemplos:
 A fome ou a sede me incomodam bastante.
 O seu choro ou o meu lamento a entristecem muito.
 O frio ou calor excessivo me perturbam.
 A vida ou a morte estavam diante dele.

8. Núcleos ligados pela preposição “com”:

 O verbo vai para o plural se os núcleos vêm antepostos ao verbo e sem vírgula.
Exemplos:
 O pai com o filho reconstruíram a cerca.
 O filho com o pai reconstruíram a cerca.

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 Nos demais casos, deve-se observar o número (singular ou plural) em que o sujeito
se encontra. Nesse caso, trata-se de um sujeito simples com núcleo no singular ou
no plural. Exemplos:
 O pai, com os filhos, reconstruiu a cerca.
 Os filhos, com o pai, reconstruíram a cerca.
 O pai reconstruiu a cerca com os filhos.
 Os filhos reconstruíram a cerca com o pai.
 Construiu a cerca o pai com os filhos.

9. Sujeito representado por “nem... nem”:

 O verbo vai para o plural se o fato expresso pelo verbo pode ser aplicado a todos os
elementos ligados por “nem”. Exemplos:
 Nem meu pedido nem sua súplica mudaram sua forma de agir.
 Nem o pai nem o filho tiveram êxito naquele empreendimento.
 Nem João nem Maria querem ficar para o jantar.

 O verbo fica no singular se só pode referir-se a um dos elementos ligados por


“nem”. Nesse caso, há ideia de exclusão. Exemplo:
 Nem você nem ela obterá essa promoção de gerente na empresa.

10. Sujeito representado pelas expressões “nem um nem outro”, “um e outro”:

 O verbo fica no singular ou no plural. Exemplos:


 Nem um nem outro viu o que aconteceu.
 Nem um nem outro viram o que aconteceu.
 Um e outro esteve lá.
 Um e outro estiveram lá.

 Com ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório. Exemplo:


 Nem um nem outro se olharam durante a reunião.

OBSERVAÇÃO

Com a expressão “um ou outro”, o verbo fica no singular. Exemplos:


» Um ou outro disse que chegaria cedo.
» Um ou outro falou a verdade.

CONCORDÂNCIA VERBAL III

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL

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1. Sujeito representado por oração: o verbo da oração principal fica no singular. Exemplos:
 Convém que os problemas sejam resolvidos.
 Basta que eles façam a coisa certa.

2. Sujeito representado por pessoas gramaticais diferentes:

 Havendo pronome de primeira pessoa na frase, o verbo vai para o plural em 1ª


pessoa. Exemplo:
 Eu e ela fomos a o cinema ontem.

 Havendo pronome de 2ª e de 3ª pessoa na frase, o plural se dá em 2ª ou em 3ª


pessoa. Exemplos:
 Tu e ela fostes ao cinema ontem. (tu e ela = vós)
 Tu e ela foram ao cinema. (tu e ela = vocês)

 Havendo sujeito posposto ao verbo, a concordância também pode acontecer com


o núcleo mais próximo. Exemplos:

 Fui eu e ela ao cinema.


 Fomos eu e ela o cinema.

 Foste tu e ela ao cinema.


 Fostes tu e ela ao cinema.
 Foram tu e ela ao cinema.

3. Sujeito composto anteposto ao verbo:

 Geralmente, o verbo vai para o plural. Exemplos:


 João e Maria formavam uma bela dupla.
 Pedro e Joana namoravam há dois anos.

 O verbo admite o singular se os núcleos são sinônimos no singular. Exemplos:


 A paz e a harmonia constituía seu viver.
 A paz e a harmonia constituíam seu viver.

 O verbo admite o singular se os núcleos vêm em gradação. Exemplos:


 Uma alegria, uma satisfação intensa, uma felicidade incomensurável a
dominava.
 Uma alegria, uma satisfação intensa, uma felicidade incomensurável a
dominavam.

 O verbo admite o singular se os núcleos são verbos no infinitivo. Exemplos:


 Caminhar e nadar faz bem à saúde.
 Caminhar e nadar fazem bem à saúde.

 Se os infinitivos são antônimos, o plural é obrigatório. Exemplos:


 Na vida, rir e chorar se alternam.
 Amar e odiar estavam na sua essência.

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4. Sujeito composto posposto ao verbo: o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo
mais próximo (que pode estar no singular ou no plural):

 Voam, sem que percebamos, a vida e os anos.


 Voa, sem que percebamos, a vida e os anos.
 Voam, sem que percebamos, os anos e vida.
5. Flexão do infinitivo: ocorre flexão do infinitivo quando o sujeito do infinitivo é diferente do
sujeito do outro verbo. Exemplos:
 Trabalhas demais por exigirem muito de ti?
 Observei os familiares abraçarem-se depois do jantar.
 Ele precisou fazer aquilo para lhe darem aquela promoção.

OBSERVAÇÃO

1. Os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR não formam


locução verbal. Por essa razão, eles têm sujeito diferente do verbo que vem depois
deles. Exemplos:
» Deixei os alunos saírem mais cedo.
» Deixaram os alunos saírem mais cedo.

Se invertermos a ordem das palavras, teremos:


» Deixei saírem mais cedo os alunos.
» Deixaram saírem mais cedo os alunos.

A última frase não está incorreta porque não se trata de locução verbal.

2. Se o sujeito do infinitivo com os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER,


OUVIR e SENTIR é um pronome oblíquo, o infinitivo não flexiona. Exemplos:
» Mandei-os entrar.
» Vi-os sair.

6. Verbo PARECER + INFINITIVO:

 Concorda com o sujeito se a expressão constitui uma locução verbal. Exemplos:


 Seus olhos parecem brilhar.
 Os convidados parecem gostar da festa.

 Se a expressão não constitui uma locução verbal, há duas orações. Nesse caso, o
verbo parecer fica sempre no singular de 3ª pessoa. Exemplos:

 Seus olhos parece brilharem. (Em outras palavras: Parece brilharem seus
olhos ou Parece que seus olhos brilham)

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 Os convidados parece gostarem da festa. (Em outras palavras: Parece


gostarem da festa os convidados ou Parece que os convidados gostam da
festa)

7. Sujeito representado por porcentagem ou fração:

 Em se tratando de porcentagem, o verbo concorda com o número inteiro (o


número antes da vírgula) ou com o determinante dele. Exemplos:

 Somente 10% do eleitorado pensam assim.


 Somente 10% do eleitorado pensa assim.

 Apenas 1,9% do povo pensa assim.


 Apenas 1,9% das pessoas pensam assim.

OBSERVAÇÃO

Se a porcentagem vem precedida de um determinante, o verbo só admite o


plural. Exemplo:
» Os 15% restante do eleitorado não pensam assim.

 Em se tratando de fração, o verbo concorda com o numerador ou com o


determinante dele. Exemplos:

 Um terço (1/3) dos eleitores acredita nisso.


 Um terço (1/3) dos eleitores acreditam nisso.

 Dois quintos (2/5) do grupo pensam assim.


 Dois quintos (2/5) do grupo pensa assim.

8. Verbo SER:

 Se o sujeito representa quantidade, o predicativo e o verbo ficam no singular, ou


ambos se flexionam. Exemplos:
 Dez mil reais é suficiente.
 Dez mil reais são suficientes.

 O verbo concorda com expressões que indicam hora, data e distância. Exemplos:
 Já são 13h40min.
 Hoje são 8 de setembro.
 Da minha casa ao colégio são 3km.
 Já é 1h58min.
 Hoje é dia 10 de outubro. (O verbo concorda com a palavra “dia”.)

 Quando o sujeito e o predicativo não representam pessoa, o verbo concorda com


um ou com o outro indiferentemente. Exemplos:

 Aquilo é mentiras dela.


 Aquilo são mentiras dela.

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 A vida será estas ilusões?


 A vida serão estas ilusões?

 Se o sujeito ou o predicativo representa pessoa, o verbo concorda com o termo em


que há pessoa. Exemplos:
 Os homens são pó.
 Aquela criança era os sonhos dos pais.

 Se o sujeito ou o predicativo é representado por pronome pessoal do caso reto, a


concordância se dá com tal pronome. Exemplos:
 O engenheiro és tu.
 A pátria somos nós.
 Vós sois o futuro deste país.

 Se houver pronome pessoal do caso reto no sujeito e no predicativo, a


concordância será com o pronome que vem antes do verbo. Exemplos:
 Tu não és ele.
 Ele não é eu.

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