Winston Churchill
Esse princípio de Sir Winston Leonard Spencer Churchill, primeiro ministro do Reino
Unido durante a Segunda Guerra Mundial, nos faz refletir acerca dos cuidados que devemos
ter no momento em que estamos planejando uma ação, ou seja, em todos os contextos da
nossa vida quando estamos pensando em realizar uma atividade ou esta se faz necessária,
refletimos acerca de todas as possibilidades que podem ocorrer na expectativa de traçar
estratégias para que nossa atividade fim seja concluída com sucesso, não é mesmo?
Esse fundamento não poderia ser diferente nas atividades de operação e manutenção
em navios que estão sujeitas a riscos, os quais, se não forem bem controlados, podem resultar
em acidentes com sérias consequências para as pessoas, para o meio ambiente e para os
bens materiais. Um trabalho de manutenção eficiente não ocorre por acaso, mas é o resultado
da realização de treinamentos adequados e cumprimento de procedimentos específicos para
as atividades realizadas no local de trabalho.
Bom estudo!
Vale anotar!
composição da substância;
identificação de perigos;
medidas de primeiros socorros;
medidas de combate a incêndio;
medidas de controle para derramamento;
controle de exposição e proteção individual;
propriedades físicas e químicas;
estabilidade e reatividade; e
informações toxicológicas.
Para que você se familiarize com a FISPQ do GLP, consulte no final deste material o
Anexo 3.
96
4.2 AVALIAÇÃO DA ATMOSFERA DO TANQUE (EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO)
O ponto de fulgor (Flash Point) é a menor temperatura na qual uma substância libera
vapores em quantidades suficientes para que a mistura de vapor e ar logo acima de sua
superfície propague uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignição.
Para dar continuidade ao nosso assunto, vamos relembrar alguns conceitos tratados na
Unidade 3.
Para um gás ou vapor inflamável queimar é necessário que exista, além da fonte de
ignição, uma mistura chamada "ideal" de ar atmosférico (oxigênio) com gás combustível. A
quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, em torno de 21%, em volume. Já a
quantidade de gás combustível necessário para a queima varia para cada produto e está
dimensionada através de duas constantes:
Concentrações de gás abaixo do LII não são combustíveis, pois, nessa condição, tem-se
excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. Essa condição é
chamada de "mistura pobre".
97
Já o LSI é a máxima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de
provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição.
Concentrações de gás acima do LSI não são combustíveis, pois, nessa condição, tem-se
excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra, e isso é
chamado de "mistura rica".
2,1% 9,5%
MISTURA MISTURA
MISTURA RICA
POBRE INFLAMÁVEL
LII/LIE LSI/LSE
Pode-se concluir, então, que os gases ou vapores combustíveis só queimam quando sua
porcentagem em volume estiver entre os limites (inferior e superior) de inflamabilidade, que é a
"mistura ideal" para a combustão.
98
A sensibilidade e a precisão dos detectores de gases e vapores inflamáveis podem ser
afetadas pela influência de fatores, tais como a presença de material em partículas (poeira),
alto teor de umidade e temperaturas extremas. Por essas razões, a sonda de amostragem de
muitos modelos é equipada com filtro e um agente secante.
% de gás; e
% do LII.
Atualmente existem modelos mais modernos que medem vários tipos de gases inclusive
gases combustíveis em um só equipamento.
Figura 4.5: Tankscop Multi gases (%LIE – CO ppm – %02 – H2S ppm).
Até então conhecemos as características dos vapores inflamáveis. Agora, vamos estudar
os princípios dos medidores de gases e sua importância nas operações.
Vamos lá!
100
Ambas as saídas do tubo de vidro devem ser quebradas imediatamente antes do uso. O
número de aspirações (bombadas) necessárias e a data de validade estão na bula que
acompanha os tubos. Estas também trazem uma lista constando os gases para os quais são
indicados.
A bomba também deve ser checada para verificar e corrigir possíveis vazamentos uma
vez que, caso ocorram, acarretará aspiração de apenas pequenos volumes do gás que se quer
medir. De outra forma, se o corpo da bomba estiver rachado, entrará certa quantidade de ar,
que não passou pelo tubo, interferindo em uma medição precisa. Se essa situação ocorrer, a
bomba deve ser imediatamente substituída. Nesses procedimentos cada sucção leva 100 cm3
de oxigênio para o instrumento.
101
Figura 4.7: Analisador CMS.
A seguir são destacadas as principais vantagens dos analisadores CMS para a medição
de gases e vapores tóxicos no ambiente de trabalho.
Observação importante:
A checagem da atmosfera dos tanques de carga dos navios de gás deve ser efetuada
nas seguintes operações:
desgaseificação e purga;
troca de carga; e
desgaseificação antes de docagem ou reparos.
Atenção!
102
Figura 4.8: Relação das densidades do GLP até Amônia.
A figura 4.8 (Relação das densidades) é usada nos navios de GLP para ajudar a recordar
as diferenças de densidades entre GLP e amônia.
4.2.3 Asfixia
Observe a figura 4.9, ela ajudará você a compreender melhor o que foi explicado neste
parágrafo.
Meios mais sofisticados para detectar oxigênio incorporam duas ou três escalas, onde
cada uma pode ser usada para um propósito diferente.
103
Por exemplo:
Deve-se ter cuidado para não derramar líquido dentro de um instrumento de medição de
gases, o que certamente resultará em erro ou em mau funcionamento. Lembre-se de que, para
uma verificação rápida de um analisador de oxigênio, pode-se usar o ar exalado de uma
respiração, que contém aproximadamente 17% de oxigênio.
Calibre sempre o equipamento de teste de gás antes de cada uso. O instrumento deverá
ser calibrado, usando o gás de calibragem, geralmente o pentano. As baterias devem ser
verificadas, antes de cada uso.
Tarefa 4.1
4.1.1) Quais são as principais informações de segurança que constam nas FISPQ?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
104
4.3 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
105
Figura 4.11: Equipamento autônomo de proteção respiratória de curta duração (EEBD).
Seu tempo de duração é limitado em cerca de 15 minutos (sem esforço físico além do
normal) e somente deve ser usado para fuga nos casos de emergência.
Dependendo do tipo de carga que o navio está autorizado a transportar (consta no Ship’s
Certificate of Fitness), esse equipamento deve estar disponível em todos os camarotes da
tripulação. Também pode ser disponibilizado de maneira preventiva durante as inspeções para
fornecimento do Atestado de Livre de Gás dos Espaços Confinados.
4.3.1.2 Equipamentos de proteção respiratória que utiliza ar fresco (Fresh Air Breathing
Apparatus – BA)
Esse equipamento é composto por uma máscara facial ligada a uma mangueira flexível
(traqueia) de comprimento máximo de 40 metros com a aspiração posicionada em atmosfera
não contaminada, através da qual o ar é fornecido com a ajuda de um fole ou de um ventilador.
É um equipamento de simples operação e manutenção e sua duração depende apenas da
operação do fole ou do ventilador. Entretanto, tem a desvantagem de limitar os movimentos do
usuário em razão do peso da mangueira, além de necessitar de grande cuidado para que a
mangueira não fure ou se rompa.
É um equipamento que possui uma válvula projetada para manter leve pressão positiva
dentro da máscara, o que não garante que os gases perigosos vazem para dentro da máscara,
se os cuidados necessários não forem tomados. Antes da entrada no espaço confinado, é
necessário o ajuste correto da máscara à face do usuário e que seja previamente testada
quanto à perfeita vedação (teste de vedação). Testes efetuados indicam ser virtualmente
impossível impedir vazamento contínuo durante as operações em faces não adequadamente
barbeadas.
A maioria dos conjuntos de máscaras de ar comprimido pode ser usada na versão linha
de ar, por meio da qual o cilindro de ar comprimido e a válvula redutora de pressão são
colocados fora da atmosfera contaminada e conectados à máscara facial e válvula de controle
por uma mangueira de ar. À custa da redução de seu raio de ação e da necessidade de um
cuidado adicional na condução da mangueira de ar, o usuário é aliviado do peso e do volume
do cilindro de ar e sua autonomia operacional pode ser prolongada pela mudança no arranjo
dos cilindros e pelo uso de grandes cilindros de ar, de fornecimento contínuo.
É utilizado para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração IPVS –
Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde – e em ambientes confinados.
107
Figura 4.13: Self-Contained Breathing Apparatus (SCBA) MSA.
Para isso, existem filtros para um único tipo de gás ou para mais de um tipo de gás.
Esses filtros são adequados somente para concentrações de gás relativamente baixas e, uma
vez utilizados, não há meio seguro de se avaliar a capacidade restante do filtro.
Figuras 4.14: Filtros e máscara facial inteira com filtro para mais de um tipo de gás tóxico acoplado.
Além dos equipamentos de proteção individual básicos para as tarefas mais comuns a
bordo, os tripulantes que estiverem envolvidos nas operações de manuseio de carga deverão
usar equipamentos de proteção individual adequados aos perigos de cada operação. Esses
equipamentos, entre outros, constam de: aventais, luvas especiais com mangas longas e
calçados (resistentes às substâncias químicas), além de óculos e proteção facial contra
respingos químicos.
108
Adicionalmente às roupas de proteção respiratória, também devem ser utilizadas roupas
protetoras para o corpo todo para quando se precisar entrar em locais onde possam ser
encontrados resíduos perigosos das cargas.
Os tipos de roupas de proteção variam desde as que oferecem proteção contra respingos
até as roupas completamente fechadas, com pressão positiva, que normalmente são
incorporadas ao capacete, luvas e calçados. Essas roupas também podem ser resistentes a
baixas temperaturas e a solventes.
É desejável que as roupas que oferecem proteção total sejam usadas quando for entrar
em espaços confinados que contenham gases tóxicos, tais como amônia, cloro, óxido de
etileno, óxido de propileno, VCM ou butadieno.
Lembre-se:
O equipamento de proteção individual adicional para produtos químicos deve ser usado
sempre em qualquer operação que ofereça perigo de contato das pessoas com as substâncias.
Devem ser regularmente inspecionados e mantidos prontos para uso imediato.
Os navios que transportam cargas tóxicas devem dispor de, pelo menos, dois conjuntos
completos de equipamento de segurança que permitem a entrada do pessoal em um
compartimento com gás, para que se possa trabalhar por, pelo menos, 20 minutos.
Pare e pense!
109
Esse equipamento é adicional às exigências da SOLAS II-2/10.10 e consiste em:
4.3.3 Ressuscitadores
110
Figura 4.16: Ressuscitador portátil.
detectores de gás:
1. oxímetro;
2. explosímetro; e
3. tankscop;
lanternas aprovadas;
sistema de comunicação (rádio) com bateria totalmente carregada; e
cabos salva-vidas e suspensórios de segurança.
111
Figura 4.18: Kit de resgate de acidentado.
Tarefa 4.2
Responda:
Agora que você está mais animado e inteirado quanto aos equipamentos e
dispositivos de proteção, vamos aprender acerca das práticas e procedimentos para
garantir um trabalho seguro.
Vamos lá!
A qualificação das pessoas para a prática da prevenção de acidentes deve sempre ser
levada em consideração na execução de qualquer tarefa. Essa qualificação é indispensável
para identificação e avaliação dos riscos e perigos, ou seja, as características agressivas em
máquinas, equipamentos, energias, matérias-primas etc., das diversas atividades com
possibilidade de causar acidentes ou doenças ocupacionais.
112
Todo trabalhador precisa saber identificar os riscos e os perigos de sua atividade para
que possa se proteger no desenvolvimento de suas tarefas. Portanto, antes de iniciar uma
tarefa, identifique os perigos para que possa realizá-la de maneira segura. O risco de um
acidente ocorrer será maior ou menor, conforme o próprio trabalhador souber se proteger dos
perigos identificados.
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento
de oxigênio.
113
Quando se avalia a atmosfera de um tanque, busca-se obter informações no que se
refere aos riscos respiratórios que possam existir, tais como:
A atmosfera dos tanques deve ser avaliada sempre imediatamente antes de uma entrada
ser autorizada, durante as operações de inertização, desgaseificação e purga, e para verificar
uma condição de tanque livre de gás (gas-free). Além disso, para controle de qualidade do
produto, a atmosfera do tanque deve ser avaliada para garantir que sua atmosfera não o
contaminará.
Conheça, a seguir, as principais medidas técnicas de prevenção que devem ser adotadas
para entrar com segurança em espaços confinados:
114
as avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas do lado de fora do espaço
confinado;
a presença de vapores de carga e/ou gás inerte deve sempre ser suspeita em qualquer
espaço adjacente ao tanque ou ao equipamento de conexão ou de gás inerte;
impedir a entrada de qualquer pessoa deverá entrar em um espaço confinado até que as
condições de trabalho sejam totalmente seguras. É responsabilidade do Comandante do
navio e do oficial de serviço garantir que essas condições sejam criadas.
Anote!
Você sabia que as permissões de entrada também precisam garantir, após a inspeção
visual, que o tanque ou espaço confinado está “livre de líquido”? É isto mesmo: os espaços que
contenham líquidos voláteis não podem ser considerados livres de gás.
Além do Equipamento de Proteção Individual obrigatório para a tarefa que será realizada,
tais como, capacete, luvas, sapatos ou botas de segurança etc., a entrada em espaço
confinado exige também:
115
1. máscara de fuga de 10 minutos;
2. monitor pessoal de O2;
3. lanterna do tipo aprovado; e
4. rádio VHF portátil.
o pessoal da manutenção pode não ter sido alertado dos perigos existentes, ou mesmo
tendo sido alertados, não seguiram os procedimentos necessários.
116
Vamos, agora, às práticas e aos procedimentos característicos dos trabalhos a
quente, a frio e com eletricidade!
Nos navios-tanques os serviços a quente não devem ser efetuados nas áreas com
risco de gás. É preciso garantir, durante todo o tempo, ausência total de resíduos oleosos,
materiais combustíveis e/ou misturas explosivas. Devem ser consideradas alternativas como
efetuar serviços a frio ou a remoção da peça para a oficina mecânica. Não se podem autorizar
trabalhos a quente se não é possível garantir condição adequada durante todo o tempo de
execução do serviço.
117
c) para serviços a quente com o uso de equipamento de corte e solda oxiacetilênica e
solda elétrica, devem ser mantidos, próximo à área, equipamentos portáteis de
combate a incêndio, pronto para uso; e
d) utilizar EPIs ( NR6 do Mte) adequados à tarefa em questão.
Trabalho a frio é qualquer trabalho em que não existe a possibilidade de ser gerada uma
fonte de ignição. Porém, oferece elevado risco ao indivíduo, ao meio ambiente e ao navio.
Continue estudando!
Os terminais podem querer emitir uma carta explicativa para o comandante de navios
visitantes, advertindo sobre as expectativas do terminal com relação à responsabilidade
conjunta para a condução segura das operações, e solicitando a cooperação e compreensão
do pessoal do navio-tanque.
119
4.4.4.2 Composição da Lista de Verificação
Preste atenção!
A presença das letras “A”, “P” ou “R” na coluna intitulada “Códigos” indica o seguinte:
A declaração conjunta não deve ser assinada até que ambas as partes tenham verificado
e aceito suas responsabilidades e deveres designados.
É Hora de beber uma xícara de café, recobrar o fôlego e depois recordar o que aprendeu,
você não acha?
120
Tarefa 4.3
4.3.2) Identifique e descreva o principal cuidado que deve ser tomado antes de iniciar
trabalhos em eletricidade.
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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Vamos lá!
As normas de segurança e meio ambiente próprias dos terminais devem ser conhecidas
e cumpridas também pelas tripulações dos navios atracados.
121
Observação Importante!
O transporte de cargas inflamáveis sujeita o navio ao risco de incêndio uma vez que não
se pode eliminar totalmente a possibilidade do líquido ou seu vapor escapar. A carga inflamável
vai sempre existir assim como o ar atmosférico na área da carga. Desse modo, só nos resta
eliminar as possibilidades de fontes de ignição, para que não venha a surgir ao mesmo tempo
de um vazamento de gás ou líquido.
Quando GNL ou GLP vaza, 30% irá evaporar rapidamente, formando uma nuvem de
vapor e o resto formará uma poça no convés. Se a nuvem de vapor incendiar, será
rapidamente consumida e a chama, como um flash, irá para a área da poça e a envolverá
completamente. O calor das chamas, então, será irradiado sobre a superfície da poça,
aumentando o grau de vaporização do líquido. O vapor desprendido alimentará as chamas e
aumentará sua altura até que atinja uma altura máxima. Nesse ponto, é alcançado um
equilíbrio com relação à poça que se formou limitando essa máxima altura.
A energia para inflamar o combustível pode ser fornecida através de uma faísca ou de
uma chama. Iniciada a reação de oxidação, também denominada combustão ou queima, o
calor desprendido pela reação mantém o processo em atividade.
122
Para que haja fogo, é necessária a combinação de três elementos básicos: combustível,
oxigênio e temperatura. Esses elementos podem ser representados pela figura geométrica que
chamamos de “Triângulo do Fogo”:
combustível;
comburente (oxigênio do ar); e
calor (temperatura de ignição).
A classificação dos incêndios é feita de acordo com os materiais envolvidos, bem como a
situação em que se encontram. É importante classificarmos os incêndios para que possamos
escolher o método de extinção e o agente extintor adequados. A classificação adotada no
Brasil foi elaborada pela NFPA – National Fire Protection Association.
Saiba Mais!
123
Os incêndios são classificados da seguinte forma:
CLASSE “A”
CLASSE “B”
São aqueles que possuem as características de queimar somente na sua superfície, não
deixando resíduos. O fogo alastra-se por toda sua superfície em grande velocidade.
Necessitam de grandes quantidades de oxigênio para seu desenvolvimento e geram bastante
calor. Verificam-se nos líquidos inflamáveis, como, por exemplo: óleo, querosene, graxas,
vernizes, tintas, acetonas, cera e gases, como o butano, metano e propano.
CLASSE “C”
124
CLASSE “D”
São aqueles que ocorrem envolvendo materiais pirofóricos (metais). É caracterizado por
uma queima em altas temperaturas e de intensa luminosidade. Exemplos: magnésio, titânio,
zircônio, sódio, lítio, cádmio, etc.
Uma mistura de vapor da carga e ar não entrará em ignição a menos que as proporções
de ambos formem a faixa inflamável. Os limites dessa faixa (LII e LSI) variam para cada carga.
Nas concentrações abaixo (mistura pobre) ou acima (mistura rica) desses limites, esses
vapores não entrarão em combustão. Porém, as concentrações acima do limite superior
poderão ser diluídas com ar até que entrem na faixa inflamável. Como bolsões de ar podem ser
encontrados em qualquer sistema, haverá sempre a possibilidade de que isso ocorra.
125
A maioria das fontes de ignição a bordo dos navios de gás tem sua temperatura superior
à temperatura de autoignição da maioria dos gases liquefeitos que transportam, que variam de
165oC para o acetaldehyde a 630oC para o methyl chloride.
As temperaturas das fontes de ignição mais comuns são: chama de um palito de fósforo
e de uma centelha elétrica cerca, de 1.100oC, e a brasa de um cigarro de 300 a 800oC.
126
4.5.3.4 Métodos de combate a incêndio
Água
A água é o mais conhecido e utilizado agente extintor devido à sua fácil disponibilidade,
eficiência e baixo custo. A água pode ser aplicada na forma de jato sólido, neblina de alta
velocidade ou de baixa velocidade (spray). Na forma de neblina, também pode proteger o
pessoal de combate do calor irradiado pelo incêndio.
Por ser excelente condutor de eletricidade, a água nunca deverá ser utilizada nos
incêndios da Classe C. Determinados produtos químicos reagem perigosamente com a água e,
por esse motivo, ela não poderá ser usada como agente extintor nos incêndios com essas
substâncias.
Nos incêndios com gás liquefeito, nunca deve ser lançada diretamente na poça de
líquido, uma vez que essa ação aumentará a vaporização, causando violenta e incontrolável
ebulição do líquido.
O sistema de borrifo (dilúvio) com o qual os navios de gás são equipados cobre a área de
carga no convés e a parte frontal da superestrutura. São projetados para proteger a carga e as
acomodações do calor irradiado no caso de incêndio a bordo. O sistema de borrifo é a primeira
linha de defesa contra incêndios, uma vez que a água pode absorver grandes quantidades de
calor, que é seu primeiro objetivo.
Se houver vazamento de líquido, sem chamas, deve ser avaliado se o sistema de borrifo
do convés deve ou não ser acionado. Se o sistema for acionado, haverá uma rápida geração
de vapor, uma vez que o gás líquido ganhará calor ao ser atingido pela água.
127
a chama não deve ser apagada até que a fonte de líquido tenha sido eliminada;
a principal ação da equipe de emergência será resfriar os equipamentos sob risco e
toda a área sobre a qual a chama irradia calor;
se possível, a aproximação deve ser feita a favor do vento; e
todos os esguichos devem ser do tipo variável de borrifo a jato sólido. A aproximação
deve ser feita com os esguichos na posição máxima de borrifo para proteger o pessoal
do calor irradiado. Quando próximo da fonte de vazamento, os esguichos devem ser
ajustados de forma a direcionar a água em maior quantidade para o fogo, porém
sempre evitando formar jato sólido.
Pó químico seco
Esses sistemas tanto podem utilizar monitores (10 kg/s) quanto mangueiras manuais com
pistolas de pó (3,5 kg/s). As mangueiras são instaladas em estações distribuídas de forma a
cobrir toda a área da carga. Os monitores são instalados para proteger os manifolds e podem
ser acionados tanto no local quanto remotamente. O sistema é pressurizado com nitrogênio até
alcançar a pressão adequada para distribuir esse pó aos canhões e linhas de mangueiras
manuais.
Esse sistema é um meio altamente efetivo para extinguir incêndios em gás inflamável.
Quando o pó chega até ao fogo, este se apaga quase que imediatamente, isolando o
combustível do oxigênio. Em contato com o material aquecido, parte do pó se decompõe, o que
acaba auxiliando na extinção do incêndio por abafamento, porém sua real propriedade
extintora é por quebra da reação em cadeia, pela absorção de radicais livres do processo de
combustão.
O pó químico seco tem baixo efeito resfriador e seu uso pode ser ineficiente em
superfícies metálicas quentes, quando o fogo poderá facilmente reiniciar. A reignição dessas
superfícies pode ser evitada pelo resfriamento com água previamente à ação de extinção das
chamas com pó químico seco.
128
Em resumo, o pó químico seco tem as seguintes características:
Espuma
A espuma não apaga incêndios em gases liquefeitos embora sua utilização proporcione
efeitos benéficos no controle desses incêndios. Porém, apenas em áreas delimitadas e, para
ser eficaz, é necessário que seja aplicada em camadas de profundidade considerável, de cerca
de 1 a 2 metros. Por essa esta razão, só é encontrada nos terminais e não é prevista para
navios de gás. Observe as figuras a seguir.
129
Figura 4.30: Reservatório de LGE (líquido gerador de espuma).
Gás Inerte
Gás inerte (ou nitrogênio) é comumente usado em navios de gás e em terminais para a
inertização permanente dos espaços entre barreiras ou para proteger outros espaços
relacionados à carga. Esses espaços incluem os espaços vazios nos navios e os espaços
fechados das plantas em terra, que são normalmente cheias de ar, mas onde gases podem ser
detectados.
Em razão da baixa vazão na qual o GI pode ser fornecido, ele não é normalmente usado
para uma rápida inertização de um espaço fechado no qual esteja ocorrendo um incêndio. Por
essa razão, é utilizado o CO2 em garrafas com alta pressão através de múltiplas bocas de
descarga.
O dióxido de carbono é um gás inerte, mais pesado do que o ar, e não condutor de
eletricidade. É chamado de agente limpo por não deixar resíduos após ser utilizado. É um
excelente agente para extinção de incêndios da Classe C, podendo também ser utilizado em
incêndios da Classe B que envolvam líquidos inflamáveis.
A extinção do incêndio por CO2 é feita pelo deslocamento do oxigênio até um nível no
qual uma combustão não se mantenha. Porém, é essencial que todo o pessoal seja evacuado
antes do espaço ser alagado uma vez que é um agente asfixiante. A injeção de CO2 gera
130
eletricidade estática e sempre haverá o risco de ignição, caso seja disparado inadvertidamente
ou como prevenção em uma atmosfera inflamável.
Halon
Também existem os agentes halogenados, que são soluções alternativas ao halon. Trata-
se de substâncias do grupo dos “refrigerantes” e atuam sobre o fogo por arrefecimento e em
parte por inibição da reação em cadeia. Esses produtos contêm elementos ou compostos de
flúor, cloro, bromo ou iodo, mas, contrariamente ao que sucede com os halons, não induzem à
degradação da camada de ozônio.
Esses agentes são efetivamente muito eficientes, pelo que, relativamente aos gases
inertes, por exemplo, requerem um volume muito menor de gás para a instalação fixa,
permitindo baterias de cilindros menores, em espaços mais reduzidos. Por outro lado, o seu
131
custo é muito superior ao dos gases inertes. São exemplos de agentes halogenados os
produtos genericamente designados por FM-200 e FE13.
é um inibidor de chamas;
pode ser usado nos incêndios em equipamentos elétricos e instrumentos;
deve ser usado em condições nas quais se espalhe, tais quais os espaços fechados; e
torna-se tóxico após sua decomposição no incêndio.
Além do equipamento de bombeiro, deve haver suficiente, porém nunca menos do que
dois conjuntos de equipamentos de segurança, para permitir que o pessoal entre para trabalhar
em espaços com gás.
1. Comando Central: esse grupo é liderado pelo Comandante ou Oficial mais antigo a
bordo, que atuará como coordenador geral da emergência;
4. Grupo de Apoio: este grupo, sob a liderança de um Oficial, tem a função de suprir
necessidades ao grupo de emergência, incluindo prestar socorro.
133
Atenção! Você deve saber!
Quando uma carga está sendo transferida, navio e terminal tornam-se uma unidade
operacional, e é nessa situação que as chances de acidentes aumentam. Nessa circunstância,
a área do manifold, provavelmente, será a mais vulnerável. O planejamento e a preparação são
essenciais para que o pessoal possa enfrentar com sucesso as emergências a bordo de
navios-tanque.
4.6.2 Alarmes
O alarme geral de emergência consiste em sete ou mais sinais sonoros (que podem
ser verificados na Tabela Mestra) curtos seguidos de um longo e deve ser soado nas seguintes
situações de emergência:
incêndio;
colisão;
abandono;
encalhe;
homem ao mar;
rompimento de mangotes;
134
grandes derrames de carga ou escape de vapor; e
todas as outras situações de emergência que precisem de ações imediatas.
Existem ainda outros alarmes instalados para avisar as pessoas sobre falhas
operacionais ou situações que possam representar riscos operacionais. Dentre esses riscos
podemos citar:
alarme de gases;
No desenvolvimento dos planos para lidar com incidentes, as seguintes situações, dentre
outras, devem ser consideradas:
pessoas desaparecidas;
colisão;
encalhe;
os dados de estabilidade; e
usos.
135
O tripulante que perceber uma situação de emergência deve acionar o alarme e informar
ao Oficial de Serviço que, por sua vez, alertará ao grupo de emergência. As pessoas que se
encontrarem nas proximidades deverão tomar ações apropriadas, tentando controlar o
incidente até que a equipe de emergência chegue e assuma as ações.
Caso ocorra sintoma por exposição ao vapor, o tratamento para a maioria dos casos é
remover a vítima para o ar fresco e fazer respiração artificial se a vítima tiver parado de respirar
ou estiver respirando de modo irregular.
136
Tarefa 4.4
4.4.2) Em caso de incêndio do navio atracado em um terminal, ele deve ser retirado?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Considerações Finais
Parabéns!
Você concluiu com êxito a Unidade 4.
Valeu a pena ter embarcado nesse navio gaseiro.
Agora chegou ao Porto chamado término do Material Didático
e certamente trouxe a sua bagagem repleta de conhecimentos!
Vamos consolidar esse conhecimento adquirido?
Realize o teste de autoavaliação com muita atenção!
137
Teste de autoavaliação da Unidade 4
4.3) Identifique as operações nas quais deve ser feita a checagem da atmosfera dos
tanques de carga dos navios de gás?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4.7) O que deve ser feito se durante uma emergência ocorrer sintoma por exposição ao
vapor?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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138
4.8) O que deve ser feito no caso de respingo de produto nos olhos ou na pele?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
PARABÉNS!
Você estudou todo o material! Esperamos que todos
os conhecimentos adquiridos aqui sejam de fato
aplicados a sua rotina a bordo!
Consulte este material sempre que necessário!
Até a próxima!
139
140
Chave de respostas das tarefas e dos testes de autoavaliação da unidade 1.
Tarefas
1.2.2) O GNL é o gás natural resfriado a temperaturas inferiores a –160°C para transformá-lo
em líquido e, assim, possibilitar sua transferência e estocagem. É composto
predominantemente de metano, podendo conter outros componentes normalmente
encontrados no gás natural.
1.3.1) É a temperatura na qual ocorre a ebulição de um líquido. A água pura, por exemplo, ao
nível do mar, entra em ebulição à temperatura de 100ºC.
T e s te d e a u to a v a l i a ç ã o
1.1) Os códigos de gás da IMO têm por finalidade prover um padrão internacional para o
transporte marítimo seguro de gases liquefeitos a granel e outras substâncias e se aplicam a
todos os navios de gás independentemente do seu tamanho.
1.3) Para dar ao GLP, que não tem cheiro, um odor característico que funcionará como um
alarme de presença de gás no ambiente para prevenir incêndios e intoxicação.
1.4) Quando comparado com outros hidrocarbonetos combustíveis, o metano gera menos
dióxido de carbono durante a queima por unidade de calor produzido e a chama da queima do
metano é muito limpa e possui menos partículas do que outros hidrocarbonetos causando
menos poluição que outros hidrocarbonetos combustíveis.
1.6) O GLP é uma mistura de proporção variável de butano e propano. Na verdade, trata-se de
uma falsa mistura uma vez que, na realidade, apenas partilham o mesmo espaço.
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1.8) São estes: liquefação por remoção do calor, liquefação por pressurização, e liquefação
pela combinação desses dois processos.
Tarefas
2.1.1) Os espaços com perigo de gás são aqueles, dentro da área da carga, que não estão
equipadas com sistemas aprovados para garantir que sua atmosfera seja mantida em
condições seguras durante todo o tempo.
2.1.2) Air lock é uma câmara de descompressão (antessala) projetada com o objetivo de
proteger um espaço livre de gás da entrada de vapores perigosos.
2.2.2) Os tanques de membrana são diferentes, pois não são autossustentados. São
sustentados pela estrutura do navio através do seu isolamento térmico, que se acomoda a
essa estrutura.
2.3.1) As ondas de pressão podem ocorrer durante a transferência de carga se uma válvula for
fechada e também se uma válvula for aberta repentinamente, o que aumentará a pressão na
rede depois desta válvula.
2.3.2) Nos navios de GNL, a pressão dos tanques de carga é controlada pela queima do
vapor (BOG) pelo sistema de propulsão.
2.4.1) As bombas instaladas em navio de gás liquefeito são centrífugas do tipo submersível ou
de profundidade.
2.4.2) A finalidade é elevar a temperatura das cargas refrigeradas para tanques pressurizados
do terminal porque os tanques e o material das redes de terra não suportarão as baixas
temperaturas das cargas.
Teste de autoavaliação
2.1)
Gás inerte é uma mistura de gases (como os gases da descarga de uma caldeira) contendo
oxigênio insuficiente para manter a combustão de hidrocarbonetos.
2.2)
O gás inerte, além de ser usado para tornar a atmosfera dos tanques de carga insuficiente para
a combustão de hidrocarbonetos, serve para minimizar o processo de corrosão do ambiente e
proteger a carga contra polimerização, oxidação e umidade. Também é usado para manter
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pressão positiva no porão e nos espaços entre barreiras, prevenindo a formação de misturas
inflamáveis.
2.3)
São chamados de sistemas de contenção de carga os tanques onde a carga é, de fato, contida
e que ficam dentro dos porões de carga do navio os quais fazem parte da estrutura do navio.
2.4)
São vasos de pressão fabricados em aço carbono com pressão de projeto para suportar até
17,5 bars. Esses vasos podem ser tanto esféricos quanto cilíndricos.
2.5)
A rede de vapor tem por finalidade levar boil-off gas (BOG) para a planta de reliquefação ou
para terra através da crossover.
2.6)
R: A finalidade da rede de condensado é levar o gás reliquefeito da planta de reliquefação para
o tanque de carga.
2.7)
A finalidade da rede de borrifo é borrifar a carga líquida dentro do tanque durante o processo
de resfriamento (cooling-down) do tanque.
2.8)
As bombas de recalque são usadas nas redes de descarga dos navios de gás quando há
grande contrapressão nas linhas de terra, e isso ocorre quando descarregando para tanques
pressurizados, ou quando o aquecedor de carga estiver sendo usado.
Tarefas
3.1.1) Nos vazamentos de gás, poderá haver deficiência de oxigênio se este for deslocado
pelo gás inerte ou nitrogênio que estiver sendo utilizado a bordo. Se o oxigênio for deslocado e
substituído pelo vapor da carga, além da asfixia poderá haver outras complicações provocadas
pelos efeitos narcóticos, irritantes e/ou tóxicos dessa carga.
3.2.1) Porque uma carga liquefeita por pressurização se encontra na temperatura ambiente ou
próximo desta somente enquanto estiver adequadamente armazenada nos tanques de carga.
Porém, se vazar, haverá vaporização instantânea, com queda brusca de temperatura,
oferecendo o mesmo perigo das cargas refrigeradas.
143
3.2.2) É a mistura de um vapor de hidrocarboneto e oxigênio na qual a quantidade de vapor é
insuficiente para gerar uma combustão. Ocorre quando um líquido inflamável está numa
temperatura inferior a do seu ponto de fulgor, não produzindo vapor suficiente para produzir
uma mistura inflamável com o ar.
3.3.1) O principal risco é o incêndio e a explosão se forem realizados em áreas onde há ou poderá
haver misturas inflamáveis, uma vez que podem gerar calor ou centelhas suficientes para iniciar a
combustão de hidrocarbonetos.
3.3.2) Para evitar a possibilidade de centelhas, normalmente são colocadas juntas isolantes entre os
flanges do braço de carregamento ou mangotes e o da tomada de carga do navio.
3.4.1) SMPEP (Ship Marine Polutions Emergency Plan) é um plano de combate à poluição
ocorrida em navios químicos e em navios gaseiros.
Teste de autoavaliação
3.1)
É o risco em que há apenas possibilidade de perda e nenhuma de lucro, como é o caso dos
acidentes que resultam em lesões pessoais.
3.2)
São as perdas que são identificadas como lesões pessoais, poluição do meio ambiente, danos
à propriedade e interrupções dos processos.
3.3)
3.4)
O termo “faixa inflamável” se refere à proporção de gás inflamável, no ar, que é necessária
para que a combustão ocorra. Os limites da faixa inflamável são definidos pelas concentrações
mínimas e máximas de vapor (% do volume) no ar para formar uma mistura inflamável.
3.5)
Se o gás estiver liquefeito por refrigeração, então o líquido se encontra na pressão atmosférica,
ou numa pressão próxima desta. Quando vaza, o líquido entra em contato com as estruturas,
com o solo ou com mar, os quais se encontram na temperatura ambiente. No caso de
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estruturas e o solo, a diferença de temperatura entre o líquido frio e esses materiais sólidos
provocam uma imediata transferência de calor latente para o líquido, resultando em rápida
evolução de vapor.
3.6)
BLEVE é a abreviatura para “Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion”, e se refere a um tipo
de explosão que pode ocorrer quando um recipiente contendo um líquido pressurizado se
rompe durante um incêndio.
3.7)
A poluição acidental é a poluição resultante de acidentes que ocorreram por motivos não
previstos e que devem ser investigados para que se possam tomar medidas que venham a
evitar sua repetição. A poluição acidental pode causar exposição aguda do trabalhador,
trazendo danos imediatos à sua saúde.
3.8)
145
4.2.2) É um equipamentos de proteção respiratória de curta duração que consiste em um
pequeno cilindro de ar comprimido e uma máscara, arrumados de tal forma em uma caixa ou
bolsa que podem ser rapidamente retirados e utilizados para fuga, em caso de emergência
com risco respiratório.
4.3.2) Antes de iniciar o serviço, é necessário que o circuito em questão seja desalimentado
através da remoção de fusíveis ou pelo travamento mecânico dos disjuntores, que o circuito
esteja totalmente desenergizado, que não possa ser alimentado de outro local e que seja
cumprido o procedimento de utilização de etiquetas de advertência.
4.4.2) Normalmente não é seguro remover do berço um navio no qual está ocorrendo um
incêndio. Experiências mostram que um navio com grave acidente a bordo, como é o caso de
um incêndio, oferece menor perigo para o porto se for mantido atracado, recebendo assistência
do terminal.
Teste de autoavaliação
4.1)
Diz-se de uma atmosfera que é Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde.
4.2)
Não.
4.3)
São estas: desgaseificação e purga;
troca de carga; e,
desgaseificação antes de docagem ou reparos.
4.4)
Esse incêndio tem a característica de queimar somente na sua superfície, não deixando
resíduos no qual o fogo se alastra por toda sua superfície em grande velocidade.
4.5)
A extinção do incêndio por CO2 é feita pelo deslocamento do oxigênio até um nível no qual uma
combustão não se mantenha. Porém, é essencial que todo o pessoal seja evacuado antes de o
espaço ser alagado, uma vez que é um agente asfixiante.
4.6)
É composta de quatro grupos, e cada um deve ser liderado por um oficial. São elas:
Comando Central: este grupo é liderado pelo Comandante ou Oficial mais antigo a bordo, que
atuará como coordenador geral da emergência;
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Grupo de Emergência: tem a função de combater a emergência no local onde esta ocorrer e
geralmente é liderada pelo imediato;
Grupo de Apoio: este grupo, sob a liderança de um Oficial, tem a função de suprir
necessidades ao grupo de emergência, incluindo prestar socorro.
Grupo de Máquinas ou Grupo Técnico: o Chefe de Máquinas ou um Oficial de Máquinas
mais antigo é quem lidera essa equipe cuja principal função é oferecer auxílio na emergência,
instruído pelo comando central.
4.7)
O tratamento para a maioria dos casos é remover a vítima para o ar fresco e fazer respiração
artificial, se a vítima tiver parado de respirar ou estiver respirando de modo irregular.
4.8)
Caso ocorra respingo ou vazamento de produto nos olhos ou na pele, os chuveiros de
emergência instalados no convés devem ser utilizados. Para a maioria dos produtos, o correto
tratamento é lavar o local com água doce corrente durante cerca de 15 minutos e retirar a
roupa atingida.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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