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Importância atual:
Classificação etiológica:
Epidemiologia:
1. Urbanização e industrialização
2. Maior sedentarismo
3. Aumento da frequência de excesso de peso
4. Aumento da esperança de vida da população
5. Maior sobrevida dos pacientes com diabetes
1. Em SP, na população mais jovem < 14 anos aumentou 3,1% ao ano nos últimos 30 anos.
Aumento bruto absoluto de 2,5 vezes. Fatores ambientais (?)
Diagnóstico clínico:
1. Sintomas:
a. Assintomático: doença silenciosa, muitos pacientes serão assintomáticos e só
aparecerão no consultório quando já estiverem manifestando as complicações
crônicas
b. Sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, polifagia, excesso de peso, perda de peso
(catabolismo, insulinopenia, diurese osmótica), dores em membros inferiores
c. Sintomas gerais: visão turva, feridas que não cicatrizam, parestesias de membros
inferiores, fadiga, infecções de repetição, vulvovaginite (investigar diabetes em caso
de candidíase de repetição)
2. Rastreamento:
a. Todas as pessoas acima de 45 anos
b. Pessoas menores de 45 anos com IMC maior que 25 e um dos seguintes fatores de
risco adicionais: sedentarismo, parente de primeiro grau com DM, mãe de bebê
macrossômico, história de diabetes gestacional, HAS, doença cardiovascular, HDL <
35, TGL > 250, síndrome de ovários policísticos, história de glicemia em jejum
alterada ou intolerância a glicose, acantose nigricans, uso de corticoides, diuréticos
tiazídicos e antipsicóticos
i. Se o exame der normal o paciente precisa ser reavaliado a cada 3 anos; se for
no limite superior, deve ser reavaliado a cada 3 ou 6 meses
3. Critérios diagnósticos:
a. Glicemia de 8 a 12 horas de jejum
i. Menor que 100: normal
ii. Entre 100 e 125: glicemia de jejum alterada
iii. Maior que 125: diabetes mellitus
b. Glicemia de 2 horas após 75 g de glicose (teste oral de tolerância à glicose)
i. Menor que 140: normal
ii. Entre 140 e 199: intolerância à glicose
iii. Maior que 200: Diabetes mellitus
1. Recomendado para pacientes com alto risco, mas glicemia em jejum
normal
c. Hemoglobina glicada (HbA1c)
i. Informações gerais:
1. Reflete o controle glicêmico de 90 a 120 dias (50% do último mês),
devendo ser dosada a cada 3 meses
2. Esse teste não requer jejum, possui menor variabilidade e boa
correlação com risco macro e microvascular. As desvantagens são o
custo, disponibilidade limitada em certas regiões, pode apresentar
falsos resultados se houver fatores confundidores e não é validada na
gestação
ii. Fatores confundidores:
1. Diminuição falsa:
a. Diminuem falsamente os níveis de HbA1c pessoas que tem
anemia hemolítica ou estados hemorrágicos (diminuição do
tempo de vida útil das hemácias
b. Vitamina C acima de 20 g/dia e vitamina E em altas doses
inibem a glicação da hemoglobina
c. Hemoglobinopatias podem diminuir ou aumentar a HbA1c
2. Aumento falso:
a. Hipertrigliceridemia grave acima de 2000 mg/dL
b. Hiperbilirrubinemia acima de 50 mg/dL
c. Alcoolismo crônico
d. Ingestão crônica de salicilatos
e. Anemia ferropriva
f. Fenobarbital
g. Insuficiência renal
h. Hemoglobinopatias
iii. Diagnóstico:
1. Em pacientes que não possuem fatores confundidores, a HbA1c maior
que 6,5% confirma o diagnóstico de DM (o teste deve ser feito
utilizando HPLC)
2. HbA1c entre 5,7 e 6,4% aumenta o risco de desenvolver DM
O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja
hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.