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Organizadores
Isis Rodrigues Toledo Renhe
Ítalo Tuler Perrone
Paulo Henrique Fonseca da Silva
Juiz de Fora – MG
2011
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610)
Foto capa
Ítalo Tuler Perrone
Revisão ortográfica
Newton Luiz
Tiragem
1.000 exemplares
Formato fechado
16 x 23 cm
232 p.
ISBN 978-85-98026-30-5
CDU 637.142.2
Impresso no Brasil
Apresentação
Rodrigo Stephani
Capitulo 1 11
Legislações sobre Leite Condensado
Marcelo Cerqueira dos Santos
Capítulo 2 37
Introdução à composição e estrutura do leite
Paulo Henrique Fonseca da Silva; Ítalo Tuler Perrone
Capítulo 3 59
Instalações e equipamentos para o processamento de
leite condensado
Ítalo Tuler Perrone; Rodrigo Stephani
Capítulo 4 79
Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
Ítalo Tuler Perrone; Isis Rodrigues Toledo Renhe; Bianca Rodrigues Lima
Capítulo 5 109
Balanço de massa aplicado a tecnologia de produção
do Leite Condensado
Rodrigo Stephani; Ítalo Tuler Perrone
Capítulo 6 131
Métodos analíticos para Leite Condensado
Danielle Braga Chelini Pereira; Isis Rodrigues Toledo Renhe; Jaqueline
Flaviana Oliveria de Sá; Marcelo Cerqueira dos Santos
Capítulo 7 169
Composição físico-química, microbiológica, microscópica e
perfil sensorial dos leites condensados produzidos no Mercosul
Paulo Henrique Fonseca da Silva; Jaqueline Flaviana Oliveira de Sá;
Ítalo Tuler Perrone
Capítulo 8 197
Estrutura física dos laticínios – requisitos legais
Marcelo Cerqueira dos Santos
Capítulo 9 207
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e
pontos críticos de controle
Vanessa Aglaê Martins Teodoro
Capítulo 1
Legislações sobre Leite
Condensado
Marcelo Cerqueira dos Santos
1.1 Definições
12
Legislações sobre leite condensado
13
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
14
Legislações sobre leite condensado
Comentários
15
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
16
Legislações sobre leite condensado
17
18
Tabela 1 – Composição dos leites condensados adoçados (% m/m), conforme Codex Alimentarius.
LCA
EST 28,0% (mín.)
Padrão leite de consumo correspondente
G
(após reconstituição)
ACIDEZ 0,08 a 0,16 (cg % ácido lático)
AÇÚCAR 45,0% (máx.), excluída a lactose
Legenda:
• LCA: leite condensado adoçado;
• EST: extrato seco total; G: gordura;
• mín.: mínimo; máx.: máximo;
• cg: centigramas
19
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
LICA LDCA
GL 8,0 (mín.) 1,0 (máx.)
SL 28,0 (mín.) 24,0 (mín.)
PLSLNG 34,0 (mín) 34,0 (mín)
Legenda:
• LICA: leite integral condensado adoçado; LDCA: leite desnatado
condensado adoçado;
• GL: gordura láctea; SL: sólidos lácteos; PLSLNG: proteína láctea
nos sólidos lácteos não gordurosos;
• mín.: mínimo; máx.: máximo.
20
Legislações sobre leite condensado
LCA LDCA
SLT 28,0 (mín.) 24,0 (mín.)
GL 8,0 (mín.) -
Legenda:
• LCA: leite condensado adoçado; LDCA: leite desnatado con-
densado adoçado;
• SLT: sólidos lácteos totais; GL: gordura láctea;
• mín.: mínimo.
LCA LC
GL 8,0 (mín.) 7,5 (mín.)
SLT 28,0 (mín.) 25,5 (mín.)
Legenda:
• LCA: leite condensado adoçado; LC: leite concentrado ou
condensado;
• GL: gordura láctea; SLT: sólidos lácteos totais;
• mín.: mínimo.
21
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Legenda:
• LEGC: leite com elevado teor de gordura condensado; LC: leite
condensado; LPDC: leite parcialmente desnatado condensado;
22
Legislações sobre leite condensado
23
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Legenda:
• LCA: leite condensado adoçado; LDCA: leite desnatado condensa-
do adoçado; LPDCA: leite parcialmente desnatado condensado
adoçado; LSDCA: leite semi-desnatado condensado adoçado;
LEGCA: leite com elevado teor de gordura condensado adoçado;
• GL: gordura láctea; SL: sólidos lácteos; PLSLNG: proteína lác-
tea nos sólidos lácteos não gordurosos; SLNG: sólidos lácteos
não gordurosos;
• mín.: mínimo; máx.: máximo.
24
Legislações sobre leite condensado
25
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
LC ou LCA
SL 28,0 (mín.)
GL 8,0 (mín.)
Legenda:
• LC: leite condensado; LCA: leite concentrado adoçado;
• SL: sólidos lácteos; GL: gordura láctea;
• mín.: mínimo.
26
Legislações sobre leite condensado
Comentários
27
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
28
Legislações sobre leite condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
30
Legislações sobre leite condensado
Comentários
31
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Comentários
32
Legislações sobre leite condensado
33
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Comentários
1.7 Referências
34
Legislações sobre leite condensado
35
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
36
Capítulo 2
Introdução à composição e
estrutura do leite
Paulo Henrique Fonseca da Silva
Ítalo Tuler Perrone
2.1 Introdução
38
Tabela 1 – Algumas propriedades dos principais elementos estruturais do leite.
Introdução à composição e estrutura do leite
39
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
40
Introdução à composição e estrutura do leite
41
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
42
Introdução à composição e estrutura do leite
2.4.1. Água
43
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
44
Introdução à composição e estrutura do leite
45
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
46
Introdução à composição e estrutura do leite
Característica Valor/magnitude
Diâmetro 150 nm (50-600 nm)
Área superficial 8 x 10 -10 cm2
Volume 2,1 x 10 -15 cm3
Densidade (hidratada) 1,0632 g.cm -3
Hidratação 3,7 g H2 O g-1 proteína
Voluminosidade 44 cm 3 g-1
Massa molecular (hidratada) 1,3 x 10 9 Da
Massa molecular (desidratada) 5 x 10 8 Da
Número de partículas por mL de leite 10 14 -10 16
Distância média entre duas micelas 240 nm
Propriedade/
característica Caseína Proteínas do soro
47
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
2.4.3 Lactose
48
Introdução à composição e estrutura do leite
49
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
50
Introdução à composição e estrutura do leite
2.4.4 Lipídeos
51
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
52
Introdução à composição e estrutura do leite
53
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
2.4.5 Sais
54
Introdução à composição e estrutura do leite
55
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
56
Introdução à composição e estrutura do leite
Literatura consultada
57
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Capítulo 3
Instalações e equipamentos
para o processamento de
Leite Condensado
Ítalo Tuler Perrone
Rodrigo Stephani
3.1 Introdução
60
Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
61
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Qt = (T2 – T1 ) * V * c * d (equação 1)
Sendo:
Qt = Quantidade de energia transferida na forma de calor por unidade
de tempo (J.s-1)
V = vazão de leite (m3.s-1)
c = calor específico do leite (J.kg-1.K-1)
d = densidade do leite (kg.m -3)
62
Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
63
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
L = v * 4 * π * d2 (equação 2)
(Vl * Tr)
v= (equação 3)
3600 * Fe
Sendo:
Vl = vazão de leite no pasteurizador (L/h)
Tr = tempo de retenção (s)
L = comprimento dos tubos da retenção (dm)
d = diâmetro interno dos tubos da retenção (dm)
v = volume de leite (L)
Fe = fator de eficiência (0,8 a 0,9)
64
Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
68
Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
Q = U * A * ∆T (equação 4)
Sendo:
Q = quantidade de energia que pode ser fornecida para evaporação.
U = coeficiente global de transferência de energia na forma de calor.
A = área de evaporação ou área interna dos tubos.
∆T = diferença de temperatura entre o vapor a baixa pressão (parte
externa aos tubos de leite e interna a carcaça da calandra) e o leite
ou calda em ebulição.
69
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
A = Nt * (h * 2 * π * r) (equação 5)
Sendo:
A = área disponível para evaporação no efeito.
Nt = número total de tubos no efeito.
h = altura dos tubos no efeito.
r = raio interno dos tubos.
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Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
3.5 Condensadores
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Instalações e equipamentos para o processamento de Leite Condensado
Literatura consultada
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Capítulo 4
Tecnologias para fabricação de
Leite Condensado
Ítalo Tuler Perrone
Isis Rodrigues Toledo Renhe
Bianca Rodrigues Lima
4.1 Introdução
80
Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
82
Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
do leite. Ao que tudo indica, o mofo tem uma vida curta e o botão é
um subproduto do crescimento. O botão é formado pelo endure-
cimento da caseína, provavelmente por ação enzimática, e que con-
tinua a desenvolver depois que a colônia cessa o seu crescimento.
A avaliação do crescimento também indica que o oxigênio é o agente
inibidor. Latas defeituosas, com microfuros, têm crescimento por
toda superfície, não sendo formados verdadeiros botões. Em latas
com ausência de microfuros, o oxigênio é consumido em aproxima-
damente duas semanas e o crescimento do mofo para, por ele ser
aeróbio estrito. As hifas se desintegram lentamente até que típico
botão seja formado e não haja mais evidência da colônia, sendo essa
a razão para a dificuldade de se determinar a origem do defeito com
base na análise isolada do botão. Dentre vários mofos testados,
somente Aspergillus repens foi capaz de produzir botões típicos.
A análise da formação desse defeito também nos dá indícios
do motivo pelo qual ele não é mais um problema atual nas in-
dústrias. A tecnologia de fabricação de leite condensado, bem como
os equipamentos utilizados para o tratamento térmico e envase
evoluíram muito no último século. As condições higiênicas das
fábricas e das embalagens, bem como as condições de envase
também mudaram bastante. Hoje os produtos são envasados em
latas sem headspace e há novos sistemas de envase e novas emba-
lagens disponíveis no mercado, como é o caso do envase asséptico
em embalagens cartonadas. Também ocorreram mudanças nas
temperaturas de tratamento, permitidas em parte pela melhoria
dos equipamentos e processos.
As etapas tecnológicas para produção do leite condensado
não tornam o produto estéril, justificando a necessidade de preo-
cupação com a contaminação microbiana do produto. A faixa de
temperatura em que o leite condensado é evaporado não é suficiente
para garantir a segurança biológica do produto. Por isso a tempe-
ratura de pré-aquecimento é tão importante nesse processo. Apesar
de algumas pessoas negligenciarem esse problema por considerarem
o produto pouco susceptível ao desenvolvimento microbiano, em
função de características tais como pressão osmótica e atividade
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Sendo:
MCLD = Massa de creme ou de leite desnatado a ser adicionada (kg);
RF = fator de padronizaç ão desejado no leite c ondensado; SNGli =
teor sólidos não gordurosos do leite integral (% m/m); SNGld = teor
sólidos não gordurosos de leite desnatado ou creme (% m/m); Gdli =
teor de gordura do leite integral (% m/m); Gdld = teor de gordura do
leite desnatado ou do creme (% m/m); QLp = quantidade de leite a ser
padronizado.
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
1
D15 =
%GD %SNG %SAC (2)
+ + + %água
0,93 1,608 1,589
Sendo:
D15 = densidade a 15°C; %GD = percentual de gordura no leite conden-
sado; %SNG = percentual de sólidos não gordurosos no leite condensado;
%SAC = percentual de sacarose no leite condensado; %água = percentual
de água no leite condensado.
Sendo:
DTD = valor da densidade na temperatura desejada; D15 = densidade a
15°C; TD = temperatura desejada.
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
1
D15 = = 1,303 g/ml
0,085 0,185 0,45
+ + + 0,28
0,93 1,603 1,589
DTD = 1,299 - [(48 - 15) * 0,0006] = 1,279 g/ml
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
102
Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
Referências
103
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
GIRALDO-ZUNINGA,A.D.Propriedades funcionaisenutricionais
das proteínas do soro de leite. Revista do Instituto de Laticínios
Cândido Tostes, v. 57, n. 325, p. 35-46, 2002.
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Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
106
Tecnologias para fabricação de Leite Condensado
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
108
Capítulo 5
Balanço de massa aplicado à
tecnologia de produção do Leite
Condensado
Rodrigo Stephani
Ítalo Tuler Perrone
110
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
111
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
112
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Exemplo 1
Deseja-se padronizar 5.000 litros de leite integral com
3,8%m/v de gordura para 3,2%m/v utilizando leite desnatado com
0,1%m/v de gordura.
Estabelece-se a relação:
3,7 partes de leite padronizado = 3,1 partes de leite integral +
0,6 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
3,7 partes de leite padronizado .... 0,6 partes de leite desnatado
5.000 L .............................................. X
X = 818,8 L de leite desnatado
Analogamente chegamos a 4.189,2 L de leite integral.
Exemplo 2
Deseja-se centrifugar 15.000 litros de leite integral com
3,7% m/v de gordura. O creme obtido do desnate deve ter 45% m/v
de gordura e o leite desnatado 0,1% m/v de gordura.
113
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Estabelece-se a relação:
44,9 partes de leite integral = 3,6 partes de creme +
41,3 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
44,9 partes de leite integral ........... 41,3 partes de leite desnatado
15.000 L ............................................ X
X = 13.797,3 L de leite desnatado
Analogamente chegamos a 1.202,7 L de creme.
Exemplo 3
Uma centrífuga tem capacidade para 8.000 litros de leite
por hora. Temos leite integral com 4,0% m/v de gordura, creme
com 40% m/v e leite desnatado com 0,1% m/v de gordura. Qual
o volume de leite desnatado e creme produzidos por hora?
Estabelece-se a relação:
39,9 partes de leite integral = 3,9 partes de creme +
36,0 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
39,9 partes de leite integral ........... 36,0 partes de leite desnatado
8.000 L .............................................. X
114
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Exemplo 4
Considere uma centrífuga com capacidade para 8.000 litros
de leite por hora e que recebe leite integral com 3,6% m/v de
gordura. Deseja-se creme com 40% m/v de gordura, leite desna-
tado com 0,1% m/v de gordura e leite padronizado com 3,0% m/v
de gordura. Determine o fluxo de creme no primeiro e no segundo
medidores de fluxo da centrífuga.
115
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Estabelece-se a relação:
39,9 partes de leite integral = 3,5 partes de creme +
36,4 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
39,9 partes de leite integral ........... 36,4 partes de leite desnatado
8.000 L .............................................. X
X = 7.298 L de leite desnatado
Analogamente chegamos a 702 L de creme que passarão pelo
primeiro medidor de fluxo.
Estabelece-se a relação:
37,0 partes de leite integral = 0,6 partes de creme +
36,4 partes de leite padronizado
Por regra de três temos:
37,0 partes de leite integral ........... 0,6 partes de creme
8.000 L .............................................. X
X = 129,7 L de leite desnatado
116
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Exemplo 5
Temos uma centrífuga com capacidade para 10.000 litros
de leite por hora. Deseja-se produzir 8.000 L/h de leite padronizado
com 2,8% m/v de gordura, creme com 46% m/v de gordura e
leite desnatado com 0,1% de gordura a partir de leite integral com
3,8%m/v. Considerando um processo de padronização descon-
tínuo, deve-se calcular:
1- O tempo de trabalho da centrífuga apenas clarificando.
2- O tempo de trabalho da centrífuga produzindo creme e
leite desnatado.
3- O tempo total de funcionamento do equipamento.
117
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Estabelece-se a relação:
3,7 partes de leite padronizado = 2,7 partes de leite integral +
1,0 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
3,7 partes de leite integral ............. 2,7 partes de leite integral
8.000 L .............................................. X
X = 5.837,8 L de leite integral
Analogamente chegamos a 2.162,2 L de leite desnatado.
118
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Estabelece-se a relação:
45,9 partes de leite integral = 3,7 partes de creme +
42,2 partes de leite desnatado
Por regra de três temos:
45,9 partes de leite integral ........... 3,7 partes de creme
10.000 L ............................................ X
X = 806,1 L de creme
Analogamente chegamos a 9.193,9 L de leite desnatado.
119
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
120
Tabela 1 – Volume de leite desnatado com 0,05%m/v de gordura a ser adicionado a “Y” litros de leite
integral para obtenção de 1000 litros de leite padronizado.
Teor de gordura
do leite Integral Teor de gordura do leite padronizado (%m/v)
(%m/v)
4,0 3,9 3,8 3,7 3,6 3,5 3,4 3,3 3,2 3,1 3,0
4,5 112,4 134,8 157,3 179,8 202,2 224,7 247,2 269,7 292,1 314,6 337,1
4,4 92,0 114,9 137,9 160,9 183,9 206,9 229,9 252,9 275,9 298,9 321,8
4,3 70,6 94,1 117,6 141,2 164,7 188,2 211,8 235,3 258,8 282,4 305,9
4,2 48,2 72,3 96,4 120,5 144,6 168,7 192,8 216,9 241,0 265,1 289,2
4,1 24,7 49,4 74,1 98,8 123,5 148,1 172,8 197,5 222,2 246,9 271,6
4,0 0,0 25,3 50,6 75,9 101,3 126,6 151,9 177,2 202,5 227,8 253,2
3,9 0,0 26,0 51,9 77,9 103,9 129,9 155,8 181,8 207,8 233,8
3,8 0,0 26,7 53,3 80,0 106,7 133,3 160,0 186,7 213,3
3,7 0,0 27,4 54,8 82,2 109,6 137,0 164,4 191,8
3,6 0,0 28,2 56,3 84,5 112,7 140,8 169,0
3,5 0,0 29,0 58,0 87,0 115,9 144,9
3,4 0,0 29,9 59,7 89,6 119,4
3,3 0,0 30,8 61,5 92,3
3,2 0,0 31,7 63,5
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
121
122
Tabela 2 – Volume de leite desnatado com 0,05%m/v de gordura a ser adicionado a 1000 litros de leite
integral para obtenção de “X” litros de leite padronizado.
Teor de gordura
do leite Integral Teor de gordura do leite padronizado (%m/v)
(%m/v)
4,0 3,9 3,8 3,7 3,6 3,5 3,4 3,3 3,2 3,1 3,0
4,5 126,6 155,8 186,7 219,2 253,5 289,9 328,4 369,2 412,7 459,0 508,5
4,4 101,3 129,9 160,0 191,8 225,4 260,9 298,5 338,5 381,0 426,2 474,6
4,3 75,9 103,9 133,3 164,4 197,2 231,9 268,7 307,7 349,2 393,4 440,7
4,2 50,6 77,9 106,7 137,0 169,0 202,9 238,8 276,9 317,5 360,7 406,8
4,1 25,3 51,9 80,0 109,6 140,8 173,9 209,0 246,2 285,7 327,9 372,9
4,0 0,0 26,0 53,3 82,2 112,7 144,9 179,1 215,4 254,0 295,1 339,0
3,9 0,0 26,7 54,8 84,5 115,9 149,3 184,6 222,2 262,3 305,1
3,8 0,0 27,4 56,3 87,0 119,4 153,8 190,5 229,5 271,2
3,7 0,0 28,2 58,0 89,6 123,1 158,7 196,7 237,3
3,6 0,0 29,0 59,7 92,3 127,0 163,9 203,4
3,5 0,0 29,9 61,5 95,2 131,1 169,5
3,4 0,0 30,8 63,5 98,4 135,6
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Teor de gordura
do leite Integral Teor de gordura do leite padronizado (%m/v)
(%m/v)
4,0 3,9 3,8 3,7 3,6 3,5 3,4 3,3 3,2 3,1 3,0
4,5 9,9 11,9 13,9 15,8 17,8 19,8 21,8 23,8 25,7 27,7 29,7
4,4 7,9 9,9 11,9 13,8 15,8 17,8 19,8 21,7 23,7 25,7 27,7
4,3 5,9 7,9 9,9 11,8 13,8 15,8 17,8 19,7 21,7 23,7 25,6
4,2 3,9 5,9 7,9 9,8 11,8 13,8 15,7 17,7 19,7 21,7 23,6
4,1 2,0 3,9 5,9 7,9 9,8 11,8 13,8 15,7 17,7 19,6 21,6
4,0 0,0 2,0 3,9 5,9 7,8 9,8 11,8 13,7 15,7 17,6 19,6
3,9 0,0 2,0 3,9 5,9 7,8 9,8 11,7 13,7 15,7 17,6
3,8 0,0 2,0 3,9 5,9 7,8 9,8 11,7 13,7 15,6
3,7 0,0 1,9 3,9 5,8 7,8 9,7 11,7 13,6
3,6 0,0 1,9 3,9 5,8 7,8 9,7 11,7
3,5 0,0 1,9 3,9 5,8 7,8 9,7
3,4 0,0 1,9 3,9 5,8 7,8
3,3 0,0 1,9 3,9 5,8
3,2 0,0 1,9 3,9
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
123
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Sendo:
MCLD = Massa de creme ou de leite desnatado a ser adicionada (kg);
RF = fator de padronização desejado no leite condensado; SNGli =
124
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Exemplo
Deseja-se produzir leite condensado com 8%m/m de gordura
e 18% m/m de sólidos não gordurosos. O leite de partida é cons-
tituído por 10.000 L com 3,2% m/v de gordura e com 8,2% m/v de
sólidos não gordurosos. Deseja-se determinar qual a quantidade
de leite desnatado ou creme deve ser adicionado.
125
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
TSLLCD (6)
FC =
TSLL
126
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
Sendo:
%SDLCD = %sacarose desejada no leite condensado; ML = massa ou
volume de leite;%SLLP = %sólidos láticos do leite padronizado; %SLLCD
= %de sólidos láticos desejados no leite condensado.
1
D15 =
%GD %SNG %SAC (8)
+ + + %água
0,93 1,608 1,589
Sendo:
D15 = densidade a 15°C; %GD = percentual de gordura no leite condensado;
%SNG = percentual de sólidos não gordurosos no leite condensado; %SAC
= percentual de sacarose no leite condensado; %água = percentual de água
no leite condensado.
127
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Exemplo de aplicação
Deseja-se produzir leite condensado com 72% m/m de sólidos
totais, 45% m/m de sacarose, 19% m/m de sólidos não gordurosos
e com 8% m/m de gordura. Para tal partimos de 20.000 kg leite
com 12,4% m/m de sólidos totais, 9,1% m/m de sólidos não gordu-
rosos e com 3,3% m/m de gordura, e creme com 48% m/m de
gordura e com 5,5% m/m de sólidos não gordurosos. Determine:
a) A massa de creme de leite a ser empregada.
b) A massa de leite padronizado.
c) A composição do leite padronizado.
d) A massa de sacarose a ser adicionada.
e) A massa de leite condensado final.
f) A densidade do leite condensado na temperatura de 45°C.
Inicialmente determina-se o RF do leite e do leite condensado.
O RF do leite é de 0,3626, enquanto o do leite condensado é de 0,4211.
Desta forma, faz-se necessária a adição de creme ao leite (MCLD)
visando à padronização da relação entre o teor de gordura e o teor de
sólidos não gordurosos. A aplicação dos dados na equação 4 conduz a:
128
Balanço de massa aplicado à tecnologia de produção do Leite Condensado
1
D15 = = 1,303 g/ml
0,08 0,19 0,45C
+ + + 0,28
0,93 1,608 1,589
Referências
129
Capítulo 6
Métodos analíticos para Leite
Condensado
Danielle Braga Chelini Pereira
Isis Rodrigues Toledo Renhe
Jaqueline Flaviana Oliveria de Sá
Marcelo Cerqueira dos Santos
Fundamento
Material necessário
132
Métodos analíticos para Leite Condensado
Procedimento
Resultado
133
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
m
% (m/m) umidade e voláteis = x 100
m’
Em que:
m = perda de massa, em gramas, obtida pela diferença entre a soma da
massa inicial de amostra e da tara do pesa-filtro ou cápsula, e a
pesagem final
m’ = massa da amostra, em gramas
Observação:
Se a determinação do extrato seco for realizada em cadinho
de porcelana, este poderá ser utilizado para determinação de cinzas.
Fundamento
134
Métodos analíticos para Leite Condensado
Material necessário
135
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Procedimento
Resultado
% Gd = L * 5 1
136
Métodos analíticos para Leite Condensado
Em que:
% Gd: teor de gordura da amostra, em % (m/m)
L: teor de gordura lido no butirômetro
1
Caso sejam utilizadas 25 g de amostra no preparo da solução de análises,
o resultado será multiplicado por 4
Observação:
1- Segundo Renhe (In: Castanheira, 2010), a análise de com-
posição centesimal do leite condensado pode ser executada
com boa aproximação empregando protocolos analíticos
para leite fluido, desde que seja preparada uma solução de
análise na concentração sugerida de 20 a 25% (m/v). Esta
deve ser preparada com todo rigor analítico para garantir
que sua concentração seja exata. Para determinação do
teor de gordura, o emprego de solução de análise possi-
bilita o uso do butirômetro Gerber para leite e do ácido
sulfúrico na mesma concentração (1.820 a 1.825 g/L).
Nesta análise permanece cuidado e calma no momento
da adição da amostra para que esta não queime em contato
com o ácido sulfúrico.
Fundamento
137
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Material necessário
Procedimento
138
Métodos analíticos para Leite Condensado
Desproteinização da amostra
• Transferir, para um balão volumétrico de 50 mL, 5 mL
da solução de análise preparada;
• adicionar 20 mL de água destilada;
• acrescentar, lentamente, 20 mL de ácido wolfrâmico;
• completar o volume do balão com água destilada, tampar
e misturar cuidadosamente por inversões;
• aguardar a decantação e filtrar através de papel-filtro;
• identificar o filtrado como A.
139
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Resultado
93.86
'"ncevqug"?"(Dt / C )"×"he"×"
i
Sendo:
% lactose: teor percentual (m/m) de açúcares redutores, expressos como
lactose
Br: volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da prova
em branco
140
Métodos analíticos para Leite Condensado
Sendo:
% sacarose: teor percentual (m/m) de açúcares não redutores, expressos
como sacarose
Br: volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da prova
em branco
A: volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação do filtrado A
B: volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da solução B
fc: fator de correção da solução de tiossulfato de sódio
g: massa de amostra pesada para o preparo da solução de
análise
Observação:
Os fatores referentes à desproteinização, estequiometria e
massas molares dos açúcares e expressão percentual dos resultados
foram reduzidos aos apresentados nas fórmulas.
Fundamento
141
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Material necessário
Procedimento
142
Métodos analíticos para Leite Condensado
Resultado
143
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
*C / D+ × Ek × he × 3.6"
'"PV" ? "
i
Em que:
% NT: teor percentual (m/m) de nitrogênio total
A: volume gasto na titulação da amostra
B: volume gasto na titulação da prova em branco
Ci: concentração (mol/L) da solução de ácido clorídrico
fc: fator de correção para a solução de ácido clorídrico
g: massa da amostra pesada no balão de Kjeldahl ou tubo digestor
% proteína = % NT x F
Em que:
% proteína: teor percentual (m/m) de proteína bruta da amostra
% NT: teor percentual (m/m) de nitrogênio total
F: fator de conversão da relação nitrogênio/proteína, utilizado 6,38
Observação:
O boletim FIL IDF 405:2006 (INTERNATIONAL...., 2006)
recomenda a aplicação do fator de conversão 6,38 para leite
condensado açucarado, em acordo com as normas AOAC e Codex
Alimentarius.
6.1.5 Viscosidade
Fundamento
144
Métodos analíticos para Leite Condensado
Material necessário
Procedimento
Observações:
1- Silva et al. (2009) padronizaram metodologia para uti-
lização do viscosímetro digital em determinações de
viscosidade para leite condensado. As determinações da
viscosidade foram executadas utilizando o viscosímetro
rotativo microprocessado modelo Q860M21, marca
Quimis. Foram avaliados os diferentes modelos de eixo
rotatório disponíveis no equipamento para melhor ajuste
da relação entre viscosidade da amostra e faixa de leitura
digital do equipamento. A rotação aplicada na análise
levou em consideração a viscosidade da amostra e a
especificação de leitura do equipamento, de maneira que
o valor lido estivesse sempre próximo da escala em 50%.
De acordo com os resultados, o eixo rotatório que gerou
resultados com maior coerência e precisão foi o de menor
diâmetro, classificado como o de número quatro pelo
fabricante. Tal escolha apresentou concordância com a
expectativa teórica que indicava a necessidade de um
menor atrito, ocasionado pelo eixo rotatório, em razão
da elevada viscosidade do leite condensado. Em razão
145
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Fundamento
146
Métodos analíticos para Leite Condensado
Material necessário
Procedimento
Fundamento
147
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Material necessário
Procedimento
148
Métodos analíticos para Leite Condensado
a) o plano de amostragem;
b) os tipos de micro-organismos a serem analisados;
c) a metodologia de análise a ser utilizada;
d) os limites que definirão se o produto está conforme ou não.
149
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Metodologias Utilizadas
150
Métodos analíticos para Leite Condensado
Onde:
Colônias contadas: na placa
Inverso da diluição usada: no tubo de diluição
Alíquota: volume do inóculo
151
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Onde:
Colônias contadas: na placa
Inverso da diluição usada: no tubo de diluição
Alíquota: volume do inóculo
Observação:
O Ágar BDA (Batata Dextrose), depois de acidificado, se for
reaquecido, perde sua capacidade de solidificação; por isso, deve-
se acidificar somente o volume a ser usado na análise.
152
Métodos analíticos para Leite Condensado
Observação:
Não se deve incubar em estufa, pois, se a temperatura variar
para menos de 44,5°C, coliformes totais podem multiplicar-se no
caldo EC, gerando um resultado falso-positivo e, caso a temperatura
varie para mais de 45,5°C, coliformes termotolerantes serão inibidos,
gerando um resultado falso-negativo. O banho-maria de circulação
mantém a temperatura da água mais constante e, portanto, com
variações de temperatura bem menores que a estufa.
153
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Onde:
f é o fator inverso da alíquota (1/0,1 = 10)
d é o fator inverso da diluição
154
Métodos analíticos para Leite Condensado
6.3 Microscopia
Fundamento
155
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Técnica analítica
Material necessário
Procedimento
• Homogeneizar a amostra;
• pesar uma alíquota da amostra do produto, com massa
aproximada de 0,003 a 0,004 g, sobre uma lâmina para
microscopia;
• colocar uma lamínula sobre a alíquota, exercendo uma
moderada pressão manual sobre esta, de forma a resultar
na formação de um círculo pela alíquota do produto,
cujo raio deve ser determinado e registrado;
156
Métodos analíticos para Leite Condensado
N = nf . π . R 2 /(F . W)
onde:
N = número de cristais por grama;
nf = média do número de cristais observados em 10 campos aleatórios;
π = 3,1416
R = raio da amostra (mm);
F = área do campo microscópico (mm);
W = massa da amostra.
157
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
158
Métodos analíticos para Leite Condensado
159
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
160
Métodos analíticos para Leite Condensado
Anexo I
161
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
162
Métodos analíticos para Leite Condensado
163
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Observação:
A mistura ácido bórico com o indicador é preparada
adicionando 15 mL de indicador misto a cada litro de ácido
bórico 4%.
164
Métodos analíticos para Leite Condensado
Literatura consultada
165
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
166
Métodos analíticos para Leite Condensado
167
Capítulo 7
Composição físico-química,
microbiológica, microscópica
e perfil sensorial dos leites
condensados produzidos no
Mercosul
Paulo Henrique Fonseca da Silva
Jaqueline Flaviana Oliveira de Sá
Ítalo Tuler Perrone
7.1 Introdução
170
Tabela 1 – Propriedades físico-químicas e indicadores de estatística descritiva do leite condensado (n=26).
171
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
172
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
173
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
% sacarose
TSS = (equação 1)
% sacarose + % água
174
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
Marca Média
9 6,89 a
5 6,60 ab
3 6,25 abc
4 5,97 bc
1 5,95 bc
6 5,75 bc
7 5,74 bc
2 5,68 c
8 5,53 c
Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre
si, pelo teste de Tuckey, a 5% de probabilidade.
175
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Atributos
Definições e padrões oficiais %Gd %SNG %SL %SAC %Prot/
SLNG
CODEX ALIMENTARIUS
(ONU/FAO) – 1999
Leite condensado adoçado mín. mín. mín.
8 28 34
Leite condensado adoçado máx. mín. mín.
desnatado 1 24 34
Leite condensado adoçado 1a8 mín. mín. mín.
parcialmente desnatado 20 24 34
Leite condensado adoçado com mín. mín. mín.
elevado teor de gordura 16 14 34
Mistura de leite condensado ado- mín. mín. mín.
çado desnatado e gordura vegetal 8 20 34
Mistura reduzida de gordura de 1a8 mín. mín.
leite condensado adoçado desnatado 20 34
e gordura vegetal
BRASIL (RIISPOA) – 1952
Leite condensado ou leite condensado mín. máx.
com açúcar 28 45
AUSTRÁLIA
(Australian Food Standards Code)
Leite condensado adoçado desnatado mín. mín.
0,5 24
NOVA ZELÂNDIA
(New Zealand Food Regulations)
Leites condensados integrais mín. mín.
8 34
continua
176
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
continuação
Definições e padrões oficiais Atributos
%Gd %SNG %SL %SAC %Prot/
SLNG
Leites condensados desnatados máx. mín.
0,5 24
HONG KONG
(Centre for Food Safety)
Leite condensado adoçado mín. mín.
8 28
Leite condensado adoçado desnatado mín.
24
ESTADOS UNIDOS
(Food and Drug Administration)
Leite condensado adoçado mín. mín.
8 28
MALAWI
(International Portal on Food Safety)
Leite condensado integral mín. mín.
9 31
Leite condensado desnatado mín.
20
ESCÓCIA (Office of the Queen)
Leite condensado adoçado mín. mín.
8 28
Leite condensado parcialmente 1a8 mín.
desnatado 24
Leite condensado desnatado máx. mín.
1 24
ÍNDIA
(Indian Standard Specifications)
Leite condensado mín. mín. mín.
9 31 40
Leite condensado desnatado máx. mín. mín.
0,5 26 40
continua
177
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
continuação
Atributos
Definições e padrões oficiais %Gd %SNG %SL %SAC %Prot/
SLNG
ÁFRICA ORIENTAL (Draft East
African Standard/COMESA)
Leite condensado adoçado máx. mín. mín.
8 28 34
Leite condensado adoçado máx. mín. mín.
desnatado 1 24 34
Leite condensado adoçado 1a8 mín. mín. mín.
parcialmente desnatado 20 24 34
Leite condensado adoçado com mín. mín. mín.
elevado teor de gordura 16 14 34
INGLATERRA (Food England)
Leite condensado adoçado mín. mín.
8 28
Leite condensado parcialmente 1a8 mín.
desnatado 24
Leite condensado desnatado máx. mín.
1 24
UNIÃO EUROPÉIA
(Jornal Oficial das
Comunidades Européias)
Leite condensado ou leite mín. mín.
condensado inteiro 8 28
Leite condensado parcialmente 1a8 mín.
desnatado ou leite condensado 24
meio-gordo
Leite condensado desnatado ou máx. mín.
leite condensado magro 1 24
SINGAPURA (Food Regulations)
Leite condensado mín. mín.
8 28
178
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
Marca Média
8 30.05 a
9 23.37 ab
7 22.50 ab
4 20.00 bc
6 18.70 bc
5 18.60 bc
2 16.93 bc
1 12.13 c
3 12.10 c
Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre
si, pelo teste de Tuckey, a 5% de probabilidade.
179
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Marca Média
9 4.24 a
5 3.42 ab
8 3.31 ab
4 3.30 ab
3 2.65 ab
2 2.49 ab
continua
180
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
continuação
Marca Média
7 2.19 ab
6 1.98 ab
1 1.91 b
Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre
si, pelo teste de Tuckey, a 5% de probabilidade.
181
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Marca Média
2 10.93 a
3 10.51 a
1 9.93 ab
8 9.45 ab
9 9.21 ab
7 9.18 ab
5 8.74 ab
4 8.60 b
6 7.92 b
Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre
si, pelo teste de Tuckey, a 5% de probabilidade.
182
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
Marca Média
9 5.31 a
8 4.47 ab
4 4.38 ab
5 3.78 ab
2 3.70 ab
1 3.62 ab
7 2.96 ab
3 2.65 b
6 2.25 b
Marca Média
8 12400.00 a
9 11866.67 ab
4 10800.00 abc
2 8000.00 abcd
continua
183
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
continuação
Marca Média
3 6933.33 abcd
1 6400.00 abcd
5 5733.33 bcd
6 4600.00 cd
7 3733.33 d
184
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
185
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
186
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
187
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
188
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
189
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
190
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
191
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
192
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
193
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Referências
194
Composição físico química, microbiológica, microscópica e perfil sensorial dos
leites condensados produzidos no Mercosul
195
Capítulo 8
Estrutura física dos laticínios –
requisitos legais
Marcelo Cerqueira dos Santos
198
Estrutura física dos laticínios – requisitos legais
199
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
200
Estrutura física dos laticínios – requisitos legais
• pé direito:
- mínimo de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros)
nas dependências de trabalho;
- de 3,00 m (três metros) nas plataformas, laboratórios e
lavagem do vasilhame;
- de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) nos vestiá-
rios e instalações sanitárias;
• raios solares: não prejudiquem os trabalhos de fabricação
ou maturação dos produtos;
• aparelhagem industrial: completa e adequada aos trabalhos;
• lavagem e esterilização: em locais apropriados e conve-
nientemente aparelhado, à juízo do DIPOA, destinados
aos vasilhames, frascos e carros-tanque;
• depósitos: para vasilhames e frascos;
• garagem: conforme o caso, para os carros-tanque;
201
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
202
Estrutura física dos laticínios – requisitos legais
203
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
204
Estrutura física dos laticínios – requisitos legais
205
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
Referências
206
Capítulo 9
Boas práticas de fabricação e
análise de perigos e pontos
críticos de controle
Vanessa Aglaê Martins Teodoro
9.1 Introdução
208
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
209
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
210
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
211
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
212
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
213
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
214
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
215
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
216
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
217
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
RECEBIMENTO DE MATÉRIA-PRIMA
• Inspeção da matéria-prima e das embalagens
• Rastreabilidade
• Análises
• Especificação de compras
• Auditoria dos fornecedores
218
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
TRANSPORTE E ESTOCAGEM
• Utilização de tanques e caminhões para transporte
exclusivo de alimentos
• Limpeza e sanitização de veículos
• Inspeção das condições (tempo, temperatura)
EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO
• Projeto e instalações
• Equipamentos como filtros, válvulas, gaxetas e roscas
• Calibração (pasteurização, termômetros, vacuômetros)
PESSOAL
• Programas de treinamento em Boas Práticas
• Programas de treinamento em APPCC
• Manejo de produtos causadores de alergia
SANITIZAÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS
• Programa de higiene (limpeza e sanitização) dos
equipamentos pelos processos clean in place – CIP e
clean out of place – COP
• Manejo integrado de pragas
PROGRAMA DE RECALL
• Sistemas utilizados para identificar e codificar os
produtos
• Revisão das reclamações
• Equipe responsável pelo recall
• Modelo utilizado para recall
219
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
220
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
221
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
222
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
223
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
224
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
225
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
226
Tabela 9.1 – Resumo do Plano APPCC de Leite Condensado.
MEDIDAS AÇÃO
ETAPAS PC/PCC PERIGOS LIMITE CRÍTICO MONITORIZAÇÃO REGISTRO VERIFICAÇÃO
PREVENTIVAS CORRETIVA
O QUÊ? Supervisão
Assistência térmica Antibióticos, acidez,
ao produtor temperatura Programa de coleta
Rejeitar de amostras para
Manutenção sob Acidez máx.: 18ºD COMO? análises
Presença de toxina (antibiótico)
refrigeração Kits para detecção de Planilha de
estafilocócica e de Temperatura: < ou
antibióticos, alizarol, recepção de Inspeção na
RECEPÇÃO DE LEITE PCC1 micro-organismos Controle de leite 7ºC Aproveitamen
termômetro matéria-prima e produção primária
CRU NA INDÚSTRIA (M, Q) patogênicos proveniente de vacas to
Antibiótico: QUANDO? planilhas de Auditoria
Presença de com mastite Condicional
ausência (limite Na recepção, por produtor controle
antibióticos (temperatura Calibração de
Controle de acidez do método) e acidez)
QUEM? instrumentos
Controle de Funcionário da
antibióticos plataforma/Controle de Controle dos
qualidade reagentes
Manutenção
PESAGEM/FILTRAÇÃO PC Fragmentos Sólidos
preventiva dos filtros
O QUÊ?
Laudos
Contaminação por Supervisão
COMO?
micro-organismos Exigir do fornecedor Programa de coleta
patogênicos Ausência de Planilha de
Qualidade patógenos, Rejeitar de amostras para
RECEPÇÃO DO PCC2 QUANDO? recepção
Contaminação por assegurada do sujidades e metais análises
AÇÚCAR (M, F, Q) Em cada ocasião de Mudar de
sujidades fornecedor de açúcar pesados Laudos de
compra fornecedor Inspeção na
análises
Contaminação por produção primária
QUEM?
metais pesados Funcionário do setor de Auditoria
compra/controle de
qualidade
O QUÊ?
Tempo/temperatura
fosfatase Supervisão
COMO? Programa de coleta
Adoção de binômio
Kits para fosfatase de amostras para
tempo/temperatura
Mínimo: 72ºC/15 kits para controle Mapas do análises
Sobrevivência de adequado Reprocessar
PCC3 seg pasteurizador
PASTEURIZAÇÃO micro-organismos QUANDO? Auditoria
(M) Situação e Ajustar tempo
patogênicos Negativo para Contínuo (tempo e Planilhas de
funcionamento / temperatura Calibração de
fosfatase temperatura) testes
adequado da válvula instrumentos
a cada turno (fosfatase)
de desvio de fluxo
QUEM? Controle dos
reagentes
Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
Encarregado da
pasteurização
laboratorista
continua
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continuação
Higienização
adequada do
Recontaminação homogeneizador e
HOMOGENEIZAÇÃO PC tubulações
microbiológica
Manutenção
preventiva
Higienização
Recontaminação por adequada do
CONCENTRAÇÃO/
PC micro-organismos evaporador e
RESFRIAMENTO
patogênicos tubulações, do local e
do pessoal
O QUÊ?
Laudos
Supervisão
COMO?
Presença de micro- Exigir do fornecedor Programa de coleta
Planilha de
organismos Qualidade Ausência de Rejeitar de amostras para
RECEPÇÃO DA QUANDO? recepção
PCC4 (M) patogênicos assegurada do patógenos análises
LACTOSE Em cada ocasião de Mudar de
(inclusive fornecedor de lactose Laudos de
compra fornecedor Inspeção na
esporulados) análises
produção primária
QUEM?
Funcionário do setor de Auditoria
compra/controle de
qualidade
Recontaminação por
micro-organismos
patogênicos Higiene e sanitização
CRISTALIZAÇÃO PC Multiplicação de adequada dos
micro-organismos tanques
esporulados
patogênicos
O QUÊ? Supervisão
Lâmpada UV
Calibração de
Qualidade
Intensidade da chama para instrumentos
microbiológica do ar Ausência de
Contaminação por flambagem
flabagem das latas sujidades Programa de coleta
micro-organismos COMO? de amostras para
ENVASE/ PCC5 patogênicos Esterilização das Funcionamento Planilhas de
Observação visual Reter latas análises
Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Leite Condensado: identidade, qualidade e tecnologia
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Boas práticas de fabricação e análise de perigos e pontos críticos de controle
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