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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES

COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA – CTQ


BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL

KARINE MARTINS
KIANY FERREIRA
MARCELA FRANCISCO
TAYNNA CAMARGO

Prática nº 4 (08/06/2017)

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DA SALIVA

Disciplina: Biotecnologia Industrial


Professor: Cristiane Pereira Zdradeck
Turma: TQVV3.V

VILA VELHA
JUNHO - 2017
1 – INTRODUÇÃO
A amilase é uma hidrolase que tem a função de degradar carboidratos. Ela é
predominantemente produzida pelas glândulas parótidas e pâncreas. A digestão do
amido tem início na boca por ação da enzima α-amilase salivar, conhecida também
por ptialina, que hidrolisa as ligações α(1 4) das cadeias do amido, produzindo
glicose, maltose e oligossacarídeos.

A quantidade de α-amilase é influenciada por fatores como o estado de hidratação,


nível de estresse psicossocial e hábitos alimentares de curto pra zo.

A prática consiste na incubação da saliva com o substrato (amido), em condições


ótimas de temperatura, pH e concentração de cloretos. Nessas condições a
atividade amilásica é medida pelo tempo mínimo necessário à digestão total do
amido, o que se revela pela reação negativa com iodo, ponto acromático (ausência
de cor).

A reação que ocorre entre a enzima amilase e o substrato amido é semelhante a


encontrada na figura 1 abaixo.

Figura 1 – reação enzimática entre a enzima amilase e o substrato amido.

2 – OBJETIVOS

Testar a presença da enzima amilase na saliva de um dos estudantes e a sua


alteração frente a diferentes fatores como pH, temperatura, concentração de
substrato, concentração enzimática e presença de íon ativador e inibidor.
3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 – Materiais e reagentes

 Sol. de amido solúvel 0,2%, 1% e 2%;


 Sol. lugol 1%
 Sol. tampão fosfato pH 4,0; 7,0 e 9,0
 Sol. NaCl 1%
 Sol. NaF 2%
 Solução de saliva 1:10; 1:100 e 1:1000
 Tubos de ensaio
 Grade para tubos
 Termômetro
 Balões volumétricos de 100 mL
 Pipetas de 5 mL e 10 mL
 Chapa de aquecimento

3.2 – Procedimento experimental

 Fez-se a colheita de 5 mL de saliva de um doador. Dessas 5 mL foram foi


preparada uma solução 1:100.
 Enumeraram-se 6 tubos de ensaio (0; 3; 6; 9; 12; 15) e em cada um deles
adicionaram-se 0,5 mL da solução de lugol 1%, 5 mL da solução de amido
1%, 2 mL da solução de NaCl 1%, 2 mL da solução tampão pH 7,0.
 Em cada um dos tubos, a cada 3 minutos (cronometrados) adicionou-se 1 mL
da solução de saliva 1:100, começando do tubo 15 até o tubo 0.
 Como a primeira parte do experimento, que está descrita acima, não obteve o
resultado esperado, não foram feitas as outras análises.

4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise feita com a amilase extraída da saliva não obteve sucesso, já que não foi
observada a variação de coloração esperada. Esse resultado pode ocorrer devido a
fatores como a instabilidade da solução de amido e a concentração ou pH incorretos
da solução tampão.
Sabe-se que a solução de amido é muito instável, pois está muito suscetível a
contaminação por microrganismos, que alteram suas características, fazendo com
que a solução deixe de apresentar os resultados esperados por ela durante as
reações. Sendo assim, essa solução não pode ser armazenada por mais de 48
horas, pois após esse tempo, a solução poderá trazer resultados insatisfatórios para
as análises com ela realizadas, e, para prevenir o erro das análises, é recomendado
o preparo da solução no momento da utilização.

Já o uso de soluções com pH incorreto também interferem significativamente no


resultado da análise, pois fora da faixa de pH ótimo, a enzima não oferece seu
melhor resultado. A faixa ótima de pH da enzima amilase é entre 4,8 e 6,5 (SILVA et
al, 2008). Fora dessa faixa, a atividade enzimática é reduzida. Caso tenham
ocorrido erros durante a preparação da solução tampão e seu pH tenha sido
afetado, isso pode ter influenciado consideravelmente no resultado da análise.

A atividade amilásica pode ser determinada segundo a fórmula:


10. D
Atividade amilásica em 1,0 mL de saliva = T }

Onde:

D = diluição da saliva (volume em mL para o qual foi diluída);

T = tempo em minutos para atingir o ponto acromático.

O ponto acromático é o momento em que a coloração da solução já foi totalmente


dispersada pela reação enzimática.

Uma vez que não foram realizadas as análises, pode ser feito um cálculo
aproximado da atividade amilásica, sabendo que o tempo médio para atingir o ponto
acromático é de 10 minutos.
10 x 100 mL
Atividade amilásica em 1,0 mL de saliva = 10 = 100 unidades amilásicas.

Alguns fatores que influenciam na atividade enzimática podem ser determinantes


para a ocorrência ou não da reação enzimática, e também na quantidade de produto
final gerado, como a temperatura, o pH e as concentrações de substrato e de
enzimas, que foram os parâmetros a serem estudados no presente experimento.
Quando a enzima amilase é disposta em meio de pH fora da sua faixa ótima, a sua
atividade é diminuída, sendo a sua faixa ótima entre 4,8 e 6,5, em pHs muito
superiores ou muito inferiores, será observada menor atividade da enzima.

Quanto a temperatura, a faixa ótima da enzima amilase é entre 75° e 55° C (SILVA
et al, 2008). Quando disposta em temperaturas muito superiores ou muito inferiores,
a sua atividade será também será reduzida.

A quantidade de substrato disponível no meio também influencia no tempo da


reação entre a enzima e o substrato. Quanto maior o tempo que a enzima passar
em contato com o substrato, maior quantidade de produto será formado. A
concentração da enzima também influencia no tempo de reação e é determinante
para a sua ocorrência ou não, já que se a quantidade de enzima for insuficiente para
reagir com a quantidade de substrato presente, não ocorrerá reação.

5 – CONCLUSÃO

Conclui-se que o experimento não foi realizado com sucesso, pois houve não foi
observado o resultado esperado na análise do tempo acromático da enzima, não
sendo possível realizar a segunda parte do experimento.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, R. L. F. O. B. et al. Imobilização de enzimas de milho maltado em gel. Ciênc.


Tecnol. Aliment., Campinas, 28(3): 642-648, jul.-set. 2008.

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