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00982015 553
Abstract Working with different forms of artis- Resumo O trabalho com diferentes formas de
tic and cultural expressions has been considered expressão artístico-culturais tem sido considera-
a form of health intervention to enhance the un- do forma de intervenção na saúde que enriquece
derstanding and thinking about the needs in this as possibilidades de compreensão e reflexão sobre
field. A group of clown doctors conducted home necessidades dessa área. Um grupo de palhaços
visits for eight months to ten families located in caracterizados de médicos realizou visitas domi-
micro areas of two family health teams. The prac- ciliares por oito meses em dez famílias em micro
tice aimed at expanding the solvability of the care áreas de duas equipes de saúde da família. A prá-
given to people and to communities through the tica visou ampliar a resolubilidade do cuidado a
intense proximity established by the art of clown- pessoas e a coletividade com intensa proximidade
ery. The idea consisted of making interventions in estabelecida pela arte da palhaçaria. A ideia foi
the homes of socially vulnerable families indicat- fazer intervenções nos domicílios de famílias em
ed by the family health teams using joy, humor, situação de vulnerabilidade social indicadas pelas
and laughter to stimulate reflections on the daily equipes de saúde da família e utilizar a alegria, o
problems. The presence of “clown doctors” in the humor, o riso como formas de provocar reflexões
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Departamento de houses built strong and free bonds with the fam- sobre problemas cotidianos. A presença dos “médi-
Terapia Ocupacional Belo ilies and enhanced the humanized and compre- cos-palhaços” nas casas foi capaz de construir vín-
Horizonte, Universidade
Federal de Minas Gerais. hensive care within the context of family health culos fortes e livres com as famílias e de potenciali-
Av. Pres. Antônio Carlos strategy. Clowns and families found a special way zar o cuidado humanizado e integral no contexto
6627, Pampulha. 31270- to find possible solutions to the difficulties faced on da estratégia de saúde da família. Juntos, palhaços
901 Belo Horizonte MG
Brasil. cdrumonddebrito@ a daily basis. Male and female clowns were able e famílias construíram, de modo singular, possí-
gmail.com to manage new subjective constructions for each veis soluções para dificuldades enfrentadas no dia
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Centro de Referência family to deal with everyday situations. a dia. Os palhaços e palhaças foram capazes de
do Idoso de São José dos
Campos. São José dos Keywords Clown, Clown doctors, Family health agenciar novas construções subjetivas para cada
Campos SP Brasil. strategy, Bonding, Humanization, Completeness família lidar com situações cotidianas.
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Faculdade de Medicina de Palavras-chave Palhaço, Médicos-palhaços, Es-
Ribeirão Preto, Universidade
de São Paulo. Ribeirão Preto tratégia saúde da família, Vínculo, Humanização,
SP Brasil. Integralidade
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Departamento de Terapia
Ocupacional, Universidade
Federal de São Carlos. São
Carlos SP Brasil.
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Brito CMD et al.
ocupacional, da engenharia, das ciências biológi- Homem com sequelas de Acidente Vascular Ce-
cas, além de um funcionário da universidade. rebral, com dificuldades na fala e locomoção e
d) Os “médicos-palhaços”5 atuaram durante principal responsável na casa pela renda da fa-
oito meses nas visitas domiciliares, e após esse mília. A família temia a sua morte por essa re-
período se constituiu novamente um diálogo presentar o risco de finalização da renda familiar.
com as famílias para investigar se houve evolução Havia muitas moradias no terreno que se restrin-
dos indicadores qualitativos estabelecidos antes gia a um corredor com várias casas uma do lado
da inserção da arte da palhaçaria em visitas do- da outra e apesar de sua importância na renda
miciliares. familiar, ele habitava apenas um quarto ao fun-
do do terreno. Muitas crianças, jovens, homens
e mulheres desempregados, filhos, filhas, noras
Resultados e genros moravam no local. Uma de suas filhas
era a cuidadora. 6) Mulher depressiva, com algu-
Características das pessoas indicadas mas tentativas de suicídio. Sua renda era o prin-
para o estudo cipal sustento da família. Moravam junto com
ela filhos e netos ainda crianças. 7) Mulher idosa
Das dez pessoas índices escolhidas, visitadas suspeita de negligência familiar, com problemas
e indicadas para o estudo, 7 foram mulheres e 3 respiratórios graves. Essa senhora ficava em casa
homens com as seguintes características: 1) Ho- muito tempo sozinha e sem se alimentar. Às ve-
mem deficiente visual, viúvo, morava sozinho em zes, cozinhava para si mesma, momento em que
situação de vida precária. No terreno onde mo- haviam ocorrido alguns acidentes domésticos.
rava também havia a casa de um dos filhos. Esse Moravam na casa: filhos e netos em idade adul-
filho saia para trabalhar o dia todo e deixava seus ta, jovem e crianças, mas a maior parte do tem-
filhos (crianças entre 7 a 10 anos) para o avô cui- po ficava sozinha. 8) Homem, ex-caminhoneiro,
dar. As crianças saiam para rua e o avô não tinha que teve AVC e vivia sozinho com muitas dificul-
controle delas. Fazia todos os afazeres domésti- dades de locomoção e em realizar atividades de
cos, incluindo cozinhar para as crianças. Mas, vida diária que fazia sozinho. A casa necessitava
muitas vezes sua renda não era suficiente para de cuidados. 9) Mulher idosa com sequelas mo-
sua alimentação e a das crianças. 2) Mulher com toras de Acidente Vascular Cerebral, ficava por
dificuldade de locomoção por dores fortes na muito tempo acamada ou na cadeira de rodas.
perna, morava com o filho, mas este trabalhava Tinha uma cuidadora da comunidade e o mari-
o dia todo e ela ficava sozinha em casa, sem pos- do que ficava ausente o dia todo. 10) Mulher que
sibilidades de ter muito contato externo. Tinha sofre violência do marido, vive com os filhos e
diabetes, sua alimentação era a base de fritura e luta para que os mesmos se ocupem o dia todo
comida típica nordestina, e também dificuldade para não presenciarem as agressões a que estava
de adesão aos cuidados da equipe de saúde da submetida. O marido tem horário de trabalho
família. A namorada do filho, em alguns perío- variável, ficando algumas semanas diariamente
dos morava também na casa. 3) Mulher diabética em casa e em outros momentos vários dias via-
operada na região abdominal fazia alguns meses, jando. A equipe relatou sua dificuldade de adesão
o que a deixou acamada com processo de cica- às propostas da ESF.
trização comprometido. O marido era seu prin-
cipal cuidador com relato de estado depressivo, Caracterização das famílias visitadas
registrado pela equipe. Tinha filhos e netos que
em alguns momentos da vida voltavam para casa O número de moradores em alguns domi-
por separações conjugais. O número de pessoas cílios não era definido por escolhas próprias,
que habitam a casa era flutuante. 4) Mulher idosa mas composto por necessidade no processo de
com histórico de sofrer violência doméstica, pri- envelhecimento, problemas de saúde e ou mu-
meiro do marido já falecido e, no momento do danças econômicas da família, como separações
projeto, de um filho com diagnóstico de psicose, conjugais e o desemprego dos filhos, que devido
segundo seu relato. Morava em um terreno com a dificuldades financeiras retornavam para casa
várias casas que eram de seus filhos. O terreno dos pais com a família. Todas as famílias eram de
tinha três casas e moravam muitas pessoas no baixa renda.
local, de todas as idades, adultos, adolescentes e Nove das 10 pessoas índices não eram de ori-
crianças. Na casa dessa mulher morava um neto, gem da cidade em que o projeto ocorreu. Deslo-
o filho com o problema mental e uma filha. 5) caram-se do local de origem em busca de melho-
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da morte da companheira. Os palhaços escutam disse que não havia ido ao cemitério, tinha se-
com atenção, não é momento de risos, mas de guido o conselho do palhaço e ficou mais calma,
acolher a história. Retomam a música na despe- até dormiu melhor. A força do palhaço está na
dida, incluindo o senhor como músico. Encora- verdade, na crença do palhaço de que é possível o
jaram-no a buscar a sanfona guardada, mesmo pai dela estar ali representado e, ao tocar o objeto,
velha e sem muitas condições de uso. O improvi- este lhe trazer conforto. Com essa ação do palha-
so ocorreu, e todos tocaram juntos. ço, a transformação da pessoa foi instantânea. A
. Leveza nas rotinas: mudança de rotina partir dessa vivência o cuidado com o outro ficou
com leveza e bom humor também foi estimu- ainda mais intenso, pois o grupo observou que
lada pelos palhaços. Um casal relatou que não algo muito importante ocorria nessa relação pa-
fazia sexo havia quase um ano, devido a uma ci- lhaço-pessoa. O vínculo estabelecido via a arte da
rurgia abdominal que a mulher havia realizado. palhaçaria era imediato.
Essa condição que estavam vivendo distanciava . Liberdade de linguagem: a linguagem do
o casal. Doutora Tatá (palhaça) disse que os pa- palhaço é móvel, adaptável às situações. Nas visi-
lhaços tinham um manual para resolver o assun- tas a um senhor deficiente visual, que não podia
to. Doutora Rosinha (palhaça) acrescentou que ver o nariz do palhaço com os olhos, o nariz se
o manual era prático, e a cada encontro haveria mostrou em outros objetos sonoros, textuais e
uma lição. A primeira foi cheirinho no cangote, a em formatos diversos. O nariz do palhaço é o seu
segunda um baile dançante com mãozinha boba, guia, é a máscara que revela a pessoa, o seu aves-
a terceira arrumação do ambiente com velas e so, traz à tona a profundidade ainda não acessa-
cheiros. Com humor, a cada encontro o casal es- da12. O nariz já confere ao palhaço a subversão
tava mais próximo, esperando as instruções do da ordem, mas para quem não o vê fisicamente,
manual. Relataram que o carinho, mesmo sem o como comunicar sua existência e a permissivida-
sexo, começou a fazer parte da rotina. de de ser e brincar que ele se apropria? O exercí-
. Amplitude temática: os temas que surgiam cio se deu com brincadeiras sonoras e táteis, as
durante as intervenções eram diversos. O palha- quais permitiram uma construção conjunta de
ço gerava intimidade, liberdade para que as pes- cenas vivas. A entonação de voz indicava o cami-
soas falassem e agissem de maneira espontânea nho possível a percorrer, toques no corpo e nos
e natural. O palhaço busca estabelecer diálogos objetos delimitavam e ampliavam a intervenção.
e ações com a cena presente, não julga, não re- Aos poucos a intimidade começou a fazer par-
crimina, simplesmente vive o momento intensa- te do vínculo, e a história de vida reconstruída e
mente e aproveita o que o outro traz. Sabe aceitar ressignificada a cada encontro. A pessoa visitada
a proposição do outro, joga e improvisa. Pode- compartilhou com o palhaço as suas alegrias e
mos associar isso às ideias da educação popular amarguras antes e depois de adquirir a deficiên-
que diz da prática do educador não ser ingênua, cia. O cuidado com os palhaços foi uma marca
não pretender ser o detentor do saber, deve se co- nesta relação, o senhor percebia se algum palhaço
locar em uma posição de quem não sabe tudo11. estivesse resfriado, se determinado palhaço falta-
Não cabe aqui entrar no mérito se o palhaço é va, quando isso ocorria, no próximo encontro ao
um educador, mas ele busca a essência humana, ouvir a voz do faltante, era expressa a saudade. A
busca sua própria essência para dialogar com a cumplicidade com os palhaços foi a tônica deste
do outro, por isso está aberto a tudo que aconte- encontro.
ce, diverte-se com tudo e respeita a todos. . Presença em ausências: outra ação comum
. Improviso e surpresa em situações inusita- dos palhaços em visitas domiciliares era quando
das: Também foram capazes de criar em situações não havia ninguém na residência. Os palhaços
de risco e ousar a proposição de novas soluções, sempre deixavam algum objeto no portão da
como, por exemplo: uma mulher narrou que sen- casa, como uma bexiga, uma flor, objetos de EVA
tia muita saudade do pai e como era angustiante com recado direcionado para a pessoa e/ou fa-
ele ter morrido. Na dificuldade de aceitar a perda, mília, assim, as pessoas sabiam que os palhaços
ela se colocava em risco: saía de madrugada rumo haviam passado por lá. Esse gesto de deixar algo
ao cemitério que ficava em uma rodovia movi- no portão das casas gerava significados para as
mentada e com pouca iluminação. Imediatamen- pessoas, que em outros encontros mencionavam
te um dos palhaços tirou do bolso um coração de o fato e até direcionavam o mote da intervenção
EVA e disse apontando para o coração de EVA: com brincadeiras a partir dos objetos deixados.
“Aqui está o seu pai, você pode ficar com ele toda Uma mulher, na segunda entrevista após oito
hora, todo dia, é só deixar no bolso e pegar quan- meses, relatou que os recados deixados lhes fo-
do precisar”. Na outra semana essa participante
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ciliares potencializaram a libertação dos papéis redes de apoio social7. A ideia não é investigar a
sociais e condições sociais historicamente cons- vida das pessoas em sua intimidade, mas dialogar
truídas via soluções criativas, nas quais o humor com as famílias para que essas sejam autoras de
e o riso estiveram presentes. Trouxeram a potên- sua própria história.
cia do trabalho vivo em ato14. A proposição do palhaço na ESF por meio de
visitas domiciliares foi intensa e os “médicos-pa-
lhaços”5 foram capazes de se abandonar permi-
Discussão tindo o encontro com o outro18.
O palhaço no domicílio fala de situações re-
A arte da palhaçaria foi um recurso capaz de le- ais que ocorrem com a pessoa, na família e na
var as pessoas a reflexões, a associações imagina- sociedade. Utiliza o recurso possível e real para
tivas e inteligentes sobre as suas próprias condi- falar do que ocorre a sua volta com liberdade. Por
ções de vida e, portanto, auxiliá-las para se tor- trás do nariz, existe um ser humano que está in-
narem mais resilientes do que vulneráveis, com serido na sociedade e percebe suas contradições,
a alegria, o humor e o riso como principais re- dificuldades e alegrias, age de forma espontânea
cursos. A ideia foi incorporar o palhaço e levá-lo e contestadora. Contesta a si mesmo, a coletivi-
aos domicílios para que, por meio da alegria e do dade, as situações de vida, age ao inverso do que
humor, fossem criados espaços em uma dimen- um ser humano corriqueiro poderia agir, é livre
são humana importante para o enfrentamento de para o encontro com o outro. O palhaço busca
problemas cotidianos, a dimensão imaginativa. desacomodar as coisas ao extremo, quebra re-
O imaginário é capaz de revelar segredos, rea- gras, incluindo as que ele mesmo constrói18. Não
brir desejos e clarear a própria realidade humana. funciona como modelo de padrões sociocultu-
Proporcionar o riso para as pessoas em situação rais, mas é capaz de agenciar novas construções
de risco, vulneráveis, com dificuldades, significa subjetivas12, quer dizer, fomentar naturalmente
levá-las a realizar associações imaginativas e in- novos modos de sentir, de pensar, de existir, de
teligentes. Como já discutido na literatura, para comunicar.
provocar o riso em situações de drama humano, As visitas do palhaço, neste estudo, se torna-
temos que nos distanciar dele e realizar associa- ram uma potente prática de cuidado por estabe-
ção de ideias. Portanto, exige uma anestesia mo- lecer vínculos fortes e livres com as famílias. Os
mentânea do coração, dirigir-se à inteligência15. vínculos foram construídos com a presença, de
Ser palhaço exige um esforço em direção fato, dos palhaços na casa, da sua capacidade de
ao autoconhecimento, à autoaceitação e à ex- se movimentar com respeito e espontaneamente
pressão corporal. Pretendeu-se voltar a arte do em qualquer situação. Todo o contexto foi utili-
palhaço para as famílias e as suas aspirações. Essa zado como mote para a intervenção. O vínculo
prática está em consonância com a ESF e amplia se constituiu como uma estratégia de cuidado e
a resolubilidade do cuidado a pessoas e a coletivi- possibilitou práticas de liberdade19.
dade, com proximidade. Os “médicos-palhaços”5 O palhaço foi capaz de polemizar e de en-
foram capazes de se inserir no modo de viver das trar em contato com o sério a partir do riso, da
pessoas em uma relação na qual a constituição do leveza, da presença intensa do encontro com o
vínculo foi fundamental para responder efetiva- outro. Dessa forma, questionou linguagens acei-
mente às complexas necessidades de saúde de in- tas, cotidianos desumanizados, automatizados
divíduos e populações. Essas recentes propostas pela injustiça social, violência e opressão. O riso
de humanização e integralidade no cuidado em desmascarou essa linguagem cotidiana, retirou
saúde têm se configurado em poderosas e difun- ideias cristalizadas8 e expôs de forma improvisa-
didas estratégias para enfrentar criativamente a da e criativa a potência do encontro humanizado
crise e construir alternativas para a organização como força capaz de transformar a vida.
das práticas de atenção à saúde no Brasil16. As A relação com o tempo foi compreendida
ações de promoção de saúde devem fazer parte pelos palhaços e usuários como uma ferramenta
da estratégia das equipes locais, e são necessárias que tinham para estar intensamente ligados de
análises da realidade social e de saúde, uma vez forma qualificada. O tempo de 15 minutos trou-
que delas se esperam atuação no território, enfo- xe resultados de cuidado e atenção ao encontro.
que familiar e comunitário, bem como aborda- A intensidade teve relação com a linguagem do
gem de problemas psicossociais17. O atendimen- palhaço e com o tempo da intervenção e, assim,
to domiciliar leva em conta a possibilidade de se podemos considerar uma tecnologia social do
detectar as necessidades de suporte e ampliar as cuidado estabelecida na prática.
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Colaboradores
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