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Conceito
Exemplos: uma sociedade de economia mista vendendo seus bens de produção no mercado; um
banco estatal abrindo uma conta corrente com um particular; emissão de um cheque para o paga-
mento de um fornecedor etc.
Classificações
ATOS VINCULADOS - São os atos praticados pela Administração sem qualquer margem de
liberdade para decidir. Nesses casos o único comportamento possível foi definido pela lei, uma vez
configurada a situação nela descrita.
ATOS DISCRICIONÁRIOS - A Administração possui certa liberdade de escolha ao praticar
esse tipo de ato, mas sempre dentro dos limites traçados pela lei. Aqui existe o chamado mérito
administrativo (análise da conveniência e oportunidade).
Competência e Delegação
Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da
sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial (isso aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados
aos respectivos presidentes).
A motivação é a regra no Direito brasileiro, sempre existindo nos atos vinculados, predominando na
doutrina que também deve ser feita nos atos discricionários, salvo algumas exceções, como,
por exemplo, a exoneração de um cargo comissionado.
§ 2° Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que
reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
Os motivos alegados como justificadores para a prática do ato devem ser verdadeiros, sob pena de
invalidade de tal ato. Caso se trate de um ato cuja motivação não seja exigida (por exemplo, a
exoneração de um cargo em comissão), mas a autoridade ainda assim o faça, esses motivos alegados
obrigatoriamente deverão ser verdadeiros, caso contrário, esse ato será ilegal.
Atributos dos Atos Administrativos
TIPICIDADE - Os atos devem corresponder aos tipos que foram previamente definidos pela lei
como aptos para gerar determinados efeitos.
Atos Normativos
Não possuem destinatários determinados, eles trazem determinações gerais e abstratas (atos
gerais).
Esses atos têm por finalidade a regulamentação da lei e a uniformização de procedimentos
administrativos, não podendo inovar no ordenamento jurídico.
Atos Ordinatórios
Atos Negociais
São editados nas hipóteses em que o particular, para realizar determinadas atividades ou exercer
determinados direitos, de forma lícita, precise da anuência prévia da Administração.
Podem ser VINCULADOS (preenchidos os requisitos, a Administração deve praticar o ato; como
no caso da licença, eles são definitivos, isto é, não podem ser revogados) ou DISCRICIONÁRIOS
(como a autorização e a permissão; nesse caso, são atos precários, isto é, podem ser revogados).
Licença
Ato vinculado e definitivo, fundamentado no poder de polícia administrativa.
Exemplos: alvará para uma obra, licença para dirigir, licença para o exercício de uma profissão etc.
Autorização
Por meio dela a Administração permite que o particular explore alguma atividade que seja pre-
dominantemente de seu interesse ou que utilize um bem público.
Exemplos: autorização para prestação de serviços públicos, para porte de arma de fogo etc.
Permissão
Ato administrativo discricionário e precário para que o particular exerça uma atividade de
interesse predominantemente público.
Atualmente, é realizada mediante um contrato administrativo (e não por meio de um simples
ato administrativo).
Atos Enunciativos
São atos que apenas emitem um juízo de valor, uma opinião ou declaram um fato. Eles não
produzem, por si só, efeitos jurídicos.
Eles não contêm uma manifestação de vontade da Administração, pois possuem conteúdo
meramente declaratório.
Atos Punitivos
Por meio desses atos, a Administração Pública impõe penalidades aos seus servidores e aos ad-
ministrados (decorre do poder disciplinar e do poder de polícia administrativa).
Extinção do Ato Administrativo
“Lei 9.784/99 - Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé”.
Cassação
Caducidade
Extinção do ato pela vigência de uma lei nova, incompatível com a manutenção de tal ato, que
proíba ou torne inadmissível determinada atividade que antes era legalmente permitida.
Convalidação
Convalidação tácita
O Art. 54 da Lei 9.784/99 prevê que o direito da Administração de anular os atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Desse modo, decorrido esse prazo sem que haja a
invalidação do ato, considera-se esse vício convalidado, não comportando mais a anulação do
mesmo.
Convalidação expressa
O Art. 55 da Lei 9.784/99 estabelece que em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão
ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria Administração.