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1 Primeiro Período
Contamine-se de Conhecimento
O subtítulo desse material de apoio é uma piada minha. Explico. Sou um ferrenho crítico
da ideia de que “ensinar é transmitir conhecimento”. Brinco sempre com isso, fazendo as
pessoas refletirem que conhecimento não é um vírus que contagia quem está perto de
quem sabe.
Para mim, o conhecimento é uma construção, algo que é criado e recriado a cada
momento, através de cada interação com outras pessoas, com a Natureza e com a própria
vida. O papel do professor é auxiliar essa construção.
Embora o conhecimento não seja contagioso, o entusiasmo em aprender pode ser. Desejo
que você perceba toda a energia, toda a alegria e todo o meu empenho em preparar este
material de estudo e de leitura. Tudo foi feito com muito cuidado e afeto. Espero que você
possa desfrutar de bons momentos lendo-o. Momentos igualmente prazerosos aos que
tive, ao produzi-lo.
Esse material está dividido em quatro capítulos, cada um com um tema principal:
movimentos, gráficos, vetores e forças. Esses são os temas mais importantes para serem
estudados no primeiro período do Ensino Médio. Esse estudo pode e deve ser
complementado.
No mais, desejo que você esteja bem e que possa utilizar esse isolamento para aprender
muito.
Charles T. Turuda.
3
1 Movimento
Simbologia
Ponto Material
5
Trajetória
Repouso e Movimento
Um ponto material está em repouso quando a posição do ponto material não se altera. Um
ponto material está em movimento quando a posição de um objeto muda no decorrer do
tempo. Os conceitos de repouso e de movimento são relativos, ou seja, dependem do
observador. Para um observador, um ponto material pode estar parado e, para outro,
pode estar em movimento.
Figura 3 - Relatividade.
Repouso e Movimento
6
Tipos de Movimento
Figura 4 - Classificação dos Movimentos.
Uniformemente
Não
Uniforme
Não Uniformemente
Circular
Variado
Circular
Velocidade
Curvilíneo Retrógrado
(Critério)
Retilíneo Progressivo
Trajetória Sentido
(Critério) (Critério)
Movimento
7
Quanto à forma da trajetória, os movimentos podem ser retilíneos ou curvilíneos. Uma
trajetória curvilínea bastante especial e estudada é a trajetória circular.
Movimento Uniforme
8
Movimento Variado Uniformemente
+ 1,2
O movimento é variado, pois a velocidade muda. Mas note que a velocidade do móvel
aumenta 1,2 m/s a cada segundo. Diz-se que a aceleração do movimento é a = 1,2 m/s2.
‒ 0,2
Note que as velocidades diminuem 0,2 m/s a cada segundo, ou seja, a = – 0,2 m/s2.
RESPOSTAS
a) Se em 1,0 s, a velocidade aumenta 1,2 m/s, então, em 0,5 s, aumenta 0,6 m/s.
b) Para t = 4,0 s, a velocidade é 9,4 m/s.
c) Se em 1,0 s, a velocidade diminui 0,2 m/s, então, em 0,5 s, diminui 0,1 m/s.
d) Para t = 4,0 s, a velocidade é 3,8 m/s.
9
Queda Livre
A Figura 5 acima mostra duas fotografias. Na primeira, porque a altura é muito baixa, a
queda pode ser considerada livre. Na segunda fotografia, a queda da pena e da maçã
ocorrem dentro de uma câmara de vácuo, de onde se retira boa parte do ar. A pena cai
lado a lado com a maçã porque o que desacelera a pena em quedas não livres é o ar.
Retirando-se o ar, a pena cai igual à maçã, ou seja, em queda livre.
10
2 Gráficos
Termos e Símbolos
⦁ x = abscissa.
⦁ y = ordenada.
⦁ z = cota.
⦁ (x; y) = coordenadas ou par ordenado.
⦁ (x; y; z) = coordenadas ou trio ordenado.
⦁ SI = Sistema Internacional de Unidades de Medida.
⦁ Perpendicular: que forma um ângulo de 90o.
Plano Cartesiano
O plano cartesiano é formado por dois eixos perpendiculares: o eixo das abscissas, ou eixo
x, e o eixo das ordenadas, ou eixo y (Figura 7).
11
As escalas numéricas dos eixos cartesianos são independentes uma da outra. A Figura 8
mostra um plano cartesiano onde a escala do eixo das abscissas é diferente da escala do
eixo das ordenadas: tanto o espaçamento entre os traços quanto a numeração são
diferentes.
y
36
24
12
x
–6 –5 –4 –3 –2 –1 1 2 3 4 5
– 12
– 24
– 36
Na Figura 9 estão marcados os pontos P = (2; 1); Q = (1; 2); O = (0; 0); M = (2; 0);
N (0; 1); S (0; – 2) e T (2,6; 1,5). O ponto O é a origem do plano cartesiano.
–2 S
–3
12
Deve-se notar que os pontos P e Q são diferentes, embora suas coordenadas sejam
parecidas: (1; 2) e (2; 1), respectivamente. Isso mostra que a ordem das coordenadas é
importante. É relevante perceber, também, que os números das coordenadas podem ser
quaisquer números reais, como no ponto T = (2,6; 1,5).
Sejam os pontos (1; 1) e (4; 2). Pode-se determinar a distância entre eles através da
aplicação do Teorema de Pitágoras no triângulo desenhado na Figura 10. Os valores
absolutos das diferenças entre as coordenadas são as medidas dos catetos. Nesse caso
específico: 3 (= |4 – 1|) e 1 (= |2 – 1|). A distância entre os pontos é a medida da
hipotenusa.
s (m) s (m)
3 3
E E
2 2
D D
1 1
t (s) t (s)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Gráficos de Movimento
13
Gráficos de Velocidade
Os dados dessa tabela podem ser representados na forma de um gráfico (Figura 12).
Todas as informações da Tabela 5 estão na Figura 12. O gráfico da Figura 12 é um gráfico
de valores discretos. Isso quer dizer que ele apresenta os valores da velocidade apenas
para alguns instantes de tempo. No caso do exemplo, estão representados apenas os
instantes de tempo t = 0,0 s; t = 1,0 s; t = 2,0 s; t = 3,0 s; t = 3,5 s e t = 4,0 s. Se os valores
da velocidade do movimento uniforme forem representados para todos os instantes de
tempo, o gráfico é o da Figura 11. Considera-se a linha vermelha como formada por
infinitos pontos um ao lado do outro, formando uma linha contínua, ou seja, sem falhas.
Figura 12 - Gráfico discreto das velocidades. Figura 11 - Gráfico contínuo das velocidades.
v (m/s) v (m/s)
6 6
4 4
2 2
t (s) t (s)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
14
Observe a tabela de um outro movimento:
v (m/s)
8
2
t (s)
1 2 3 4 5
Figura 14 - Gráfico discreto das velocidades. Figura 15 - Gráfico contínuo das velocidades.
v (m/s) v (m/s)
4 4
3 3
2 2
1 1
t (s) t (s)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Fonte: autor (2020). Fonte: autor (2020).
15
O gráfico da velocidade em função do tempo de um movimento variado uniformemente
tem a forma de uma linha reta inclinada. Essa linha será crescente ou inclinada para cima
se a aceleração do movimento for positiva e será decrescente ou inclinada para baixo se o
a aceleração for negativa. No exemplo dado, a aceleração é negativa, por isso a reta da
Figura 15 é inclinada para baixo.
Gráficos de Aceleração
Sabe-se que a aceleração de qualquer movimento uniforme é nula. Ao plotar o gráfico das
acelerações de um movimento uniforme, obtém-se algo semelhante ao mostrado na
Figura 16.
a (m/s2)
3
1
t (s)
1 2 3 4 5
16
Figura 17 - Gráfico das acelerações de a(t) = 1,2 m/s 2.
a (m/s2)
3
1
t (s)
1 2 3 4 5
Deve-se notar que, se o valor da aceleração é positivo como no caso anterior, o gráfico das
acelerações será uma linha reta horizontal acima do eixo dos tempos. Ao contrário disso,
quando a aceleração tem um valor negativo – aceleração a = – 0,2 m/s2, por exemplo – o
gráfico será uma linha reta horizontal abaixo do eixo dos tempos (Figura 18).
a (m/s2)
0,1
t (s)
1 2 3 4 5
– 0,1
– 0,2
Gráficos de Posição
17
Plotando-se esses valores em um gráfico discreto, obtém-se algo semelhante ao
representado na Figura 19. Os pontos plotados pertencem a uma mesma reta inclinada.
Isso fica bastante claro no gráfico contínuo (Figura 20).
Figura 19 - Gráfico discreto das posições. Figura 20 - Gráfico contínuo das posições.
s (m) s (m)
4 4
3 3
2 2
1 1
t (s) t (s)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Fonte: autor (2020). Fonte: autor (2020).
v (m/s) s (m)
4 4
3 3
2 2
1 1
t (s) t (s)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Fonte: autor (2020). Fonte: autor (2020).
18
3 Vetores
Características Vetoriais
Unidade de
Medida
Escalar Número
(Módulo)
Grandeza
Física
Direção
Vetorial
Sentido
O módulo de um vetor é o valor numérico real e sempre positivo associado a ele. É a parte
comparável do vetor. Quando se diz que uma força é maior do que outra, está-se falando
sobre os módulos das forças. Existe um vetor com módulo igual a zero: o vetor nulo.
Todo vetor tem uma direção. A única exceção é o vetor nulo, que não tem direção
nenhuma. A direção de um vetor é a mesma de uma reta geométrica que o suporte. Todas
as direções apresentam dois sentidos. Por exemplo, a direção vertical (reta vertical)
19
apresenta o sentido “de baixo para cima” e o sentido “de cima para baixo”. Pode-se fazer
uma analogia entre direção e uma rua retilínea: os dois sentidos de uma direção são como
se fossem as duas mãos de movimento da rua. Ou, de modo análogo, na linha de ônibus
urbano que liga o centro ao subúrbio, os sentidos são “do subúrbio para o centro” e “do
centro para o subúrbio”.
Na língua inglesa não existe um termo equivalente a sentido de vetor. A palavra inglesa
direction engloba os dois conceitos do Português: direção e sentido.
Representações Vetoriais
Os vetores são entes abstratos e ideais (mundo das ideias). Eles só existem de verdade
nas mentes. Mas podem ser representados concretamente de várias formas: através de
desenhos (representação gráfica); através de letras e de símbolos (representação
algébrica) ou através de números ou conjuntos ordenados de números (representação
cartesiana).
• ⃗ ; ⃗β; γ
α ⃗ ; ⃗δ; …
• ⃗⃗⃗ ; Ω
Φ ⃗⃗ ; Γ; Π
⃗⃗ ; …
Portanto, pode-se escrever: “o vetor ⃗A tem módulo maior do que o vetor ⃗C”. Ou seja, dá-se
um nome para os vetores. Quando se usa uma letra sem a seta em cima, está-se referindo
apenas ao módulo do vetor: “o módulo do vetor ⃗B é B”. Às vezes, para deixar mais claro
que é o módulo de certo vetor, coloca-se o vetor entre duas barras. Desse modo, escrever
⃗ | significa “módulo do vetor ⃗B”. A expressão |A
|B ⃗ | > |C
⃗ | significa exatamente “o vetor ⃗A
20
Vetores podem ser representados através do desenho de setas e de pontos (vetor nulo).
Vetores representados através de setas são bastante intuitivos. Os módulos dos vetores
correspondem ao comprimentos das setas, a direção e o sentido dos vetores são a direção
e o sentido das setas, respectivamente. Na Figura 24, representa-se diversos vetores
através de setas.
a⃗
⃗b
f
⃗d
e⃗
c g⃗
RESPOSTAS
21
A representação de vetores através do desenho de setas é bastante interessante, pois
apresenta uma associação precisa entre as características dos vetores e as características
das setas desenhadas. Os conjuntos de números ordenados elevam a outro patamar a
representação de vetores, permitindo representar vetores que sequer poderiam ser
desenhados.
Retomemos os planos cartesianos. A Figura 25 mostra o ponto (4; 6). Agora, pense em
uma seta que tenha origem na origem do plano cartesiano – no ponto O = (0; 0) – e
extremidade no ponto (4; 6). Pronto. Esse é o vetor (4; 6) da Figura 26. Note que é possível
obter vetores no plano de qualquer tipo: de módulos grandes ou pequenos, de direções e
de sentidos diferentes. Na verdade, para cada vetor (seta) possível de desenhar em um
plano, há um par ordenado de números correspondente. Nesse material, ainda não
trabalhamos no espaço, mas podemos ter vetores tridimensionais através de trios
ordenados de números: (x; y; z). E nada nos impede de trabalharmos com um conjunto de
dez números ordenados (dez dimensões) tais como: (x; y; z; t; u; w; v; e; g; f), por exemplo.
Embora não possamos desenhar vetores com dez dimensões, podemos calcular e fazer
física e matemática com eles! Incrível, não?
y y
6 6
4 4
2 2
x x
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Pode-se desenhar vetores que não têm origem na Figura 27 - Vetor com origem em (1; 1) e
extremidade em (4; 2).
origem do plano cartesiano. Por exemplo, o vetor y
com origem no ponto (1; 1) e extremidade no ponto
(4; 2) da Figura 27 é (igual ao) o vetor (3; 1). 2
1
x
Pode-se transportar o vetor para a origem do plano
1 2 3 4 5
cartesiano efetuando-se a diferença das respectivas
Fonte: autor (2020).
22
coordenadas do ponto de extremidade e do ponto de origem (Figura 28).
2 2
1 1
x x
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
A partir do Teorema de Pitágoras, não é muito difícil deduzir que o módulo do vetor
(x; y) é dado por √x 2 + y2 e, para um vetor com origem em (xA; yA) e extremidade
Grandezas Vetoriais
23
mundo (Figura 30). Essa situação prática ilustra a Regra do Polígono de Adição de Vetores
(Figura 31).
Vetor Resultante
24
A posição de objetos em relação a um observador (centro do sistema de referência) pode
ser dada por vetores (Figura 32).
Velocidades são muito bem representadas por vetores. Na Figura 33, o Esqueleto está
mais veloz do que o Goblin, pois o vetor que representa sua velocidade é maior.
Fonte: diversas.
25
Adição de Vetores
Há diversos modos de adicionar vetores. Iremos aprender três: Regra do Polígono, Regra
do Paralelogramo e Regra dos Componentes.
Regra do Polígono
Primeiro, desloca-se o vetor vermelho para um local mais adequado (Figura 36).
26
Na extremidade do vetor vermelho, coloca-se a origem do vetor verde (Figura 37).
O vetor resultante (soma) será um vetor que inicia na origem do vetor vermelho
(primeiro) e termina na extremidade do vetor azul (último). É o vetor violeta (Figura 39).
27
A adição de vetores é comutativa, ou seja, a ordem das parcelas não altera a adição.
Regra do Paralelogramo
28
A Regra do Paralelogramo só adiciona dois vetores de cada vez. Colocam-se os dois
vetores com as origens coincidindo (Figura 44). Fecha-se um paralelogramo usando-se
cópias dos vetores a serem somados (Figura 45). O vetor resultante ou soma será um
vetor com a mesma origem que os vetores a serem somados e sendo traçado pela diagonal
do paralelogramo (Figura 46).
29
Figura 46 – Desenhando a diagonal com mesma origem.
Vamos retornar ao exemplo utilizado para explicar a Regra dos Polígonos (Figura 47).
Note que o vetor vermelho é o vetor (3; 2): a partir da origem, três unidades para a direita
e duas unidades para cima. Do mesmo modo, o vetor verde é o vetor (5; 0) e o vetor azul
é o vetor (– 3; 3). A abscissa do vetor azul é negativa (– 3) porque ele aponta para a
esquerda.
• A seta pode apontar para a direita (x > 0, positivo); a esquerda (x < 0, negativo) ou
nem direita, nem esquerda (x = 0).
• A seta pode apontar para cima (y > 0, positivo); para baixo (y < 0, negativo) ou nem
para cima, nem para baixo (y = 0).
30
Para adicionar os vetores vermelho, verde e azul basta adicionar os vetores (3; 2); (5; 0)
e (– 3; 3). Para fazer isso, adicionam-se abscissas com abscissas e ordenadas com
ordenadas, dando o resultado.
Note que, de fato, essa é a resposta (Figura 48): o vetor violeta tem coordenadas (5; 5).
Subtração de Vetores
⃗𝐁
⃗
⃗⃗
𝐀
𝐂
Fonte: autor (2020).
31
Em termos de componentes a subtração é a subtração dos respectivos componentes:
α · (x; y) = (α ·x; α · y)
Por exemplos:
⃗⃗ (azul) e 𝟐 ∙ 𝐀
Figura 50 – Vetores 𝐀 ⃗⃗ (violeta).
⃗⃗ ⃗⃗
𝟐𝐀
𝐀
⃗⃗
𝐀 ⃗⃗
𝐀
Fonte: autor (2020).
32
4 Forças
Definição de Força
Você já deve ter entendido que a palavra aceleração significa “mudança na velocidade”.
Força é qualquer ação capaz de modificar o vetor velocidade de um corpo, ou seja, de
provocar aceleração nele.
• Ser capaz não significa que o faça. Quer dizer que, em determinadas situações,
consegue fazê-lo.
• Dizer que as forças modificam o vetor velocidade significa que pode alterar, pelo
menos, uma de suas características matemáticas: módulo, direção ou sentido.
• Força e velocidade são grandezas vetoriais de natureza diversa, ou seja, não é possível
somar uma força com uma velocidade, por exemplo.
Na próxima seção, veremos as condições para que as forças alterem o vetor velocidade
tanto em módulo, quanto em direção.
33
Força e Velocidade
O que você deve fazer é tomar outro ponto M da trajetória bem próximo do ponto P e
traçar uma reta que contenha esses dois pontos. Essa reta será a direção tangente.
P
M
Direção
tangente
Se a trajetória do móvel for retilínea, é fácil notar que a direção tangente é a própria
trajetória. Note que em uma trajetória curvilínea qualquer, a direção do vetor velocidade
necessariamente muda e, portanto, necessariamente haverá força e aceleração
centrípetas.
34
Força Tangencial
Forças tangenciais são capazes de mudar o módulo da velocidade. São chamadas assim
porque têm a mesma direção do vetor velocidade e, portanto, são tangentes às trajetórias
dos móveis nos quais atuam.
Para aumentar o módulo da velocidade, deve-se fazer uma força “a favor” do movimento,
ou seja, na mesma direção e no mesmo sentido da velocidade (Figura 53).
Para reduzir o módulo da velocidade, deve-se fazer uma força “contra” o movimento, ou
seja, na mesma direção e no sentido contrário ao da velocidade Figura 54.
v
F
35
Força Centrípeta
Para mudar a direção da velocidade, a força deve ter uma direção perpendicular à direção
da velocidade.
v
F
Mudanças Simultâneas
⃗F
⃗FT
⃗
v ⃗
v ⃗
v
⃗FC
Fonte: autor (2020),
..
36
Leis de Newton
As Leis de Newton são três. Para fins de estudo, escolhemos apresentar a primeira e a
terceira inicialmente e, só depois, a segunda.
A Primeira Lei de Newton é apenas uma confirmação da definição força. Essa lei diz que:
Quando a soma das forças que atuam em um corpo é nula, a velocidade desse corpo
A Terceira Lei de Newton afirma que o número de forças no Universo é par. Ela diz que:
Quando um corpo A exerce força em outro corpo B, o corpo B exerce uma força
oposta em A.
F
−F
37
Segunda Lei de Newton
Já sabemos que uma força altera a velocidade de um corpo. Ocorre que há corpos que
resistem a essa mudança mais do que outros. Essa “teimosia” é chamada de inércia.
Inércia é a tendência de um corpo de tentar preservar sua velocidade.
A massa de um corpo é uma medida de sua inércia. Corpos com mais massa tendem a
preservar a sua velocidade mais do que corpos com menos massa. No Sistema
Internacional de Unidades de Medidas (SI), a massa é medida em quilogramas (kg).
A força total (resultante) que atua em um corpo é igual ao produto da massa desse
A Segunda Lei de Newton pode ser escrita na forma de uma multiplicação de escalar por
vetor:
⃗FR = m ∙ a⃗
Deve-se ser cuidadoso com o nome da 3a lei. Ele pode conduzir ao erro de achar que a
força de reação é posterior no tempo à força de ação. Ocorre que elas são simultâneas não
havendo nenhum intervalo de tempo entre elas. Também não importa quem é chamada
de ação e qual é chamada de reação, exatamente por ocorrerem ao mesmo tempo.
Deve-se atentar também que a 2a lei trata da força resultante, ou seja, força total vetorial
que atua no objeto.
38
Algumas Forças
Fonte: diversas.
⃗ ).
No Ensino Médio, a força da gravidade é a força peso, ou simplesmente, peso ( P
..
⃗⃗ ),
As interações eletromagnéticas microscópicas tornam-se as forças normal ou contato (N
⃗ ), elástica (F
tração (T ⃗ ) e atrito (f).
Figura 59 - Forças.
Fonte: diversas.
..
39
Diagramas de Forças
T⃗
P⃗P⃗
P⃗
Fonte: diversas.
..
Para finalizarmos, pense em todas as forças que atuam nas duas situações representadas
na Figura 61.
Fonte: diversas.
.. 40