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A representação é a relação jurídica pela qual certa pessoa se obriga diretamente perante
terceiro, por meio de ato praticado em seu nome por um representante. Entretanto, para que
esta situação ocorra, é necessário, primeiramente, que o ordenamento jurídico a permita e, em
segundo lugar, que os requisitos desse mesmo ordenamento tenham sido cumpridos.
Espécies de representação
Representante legal
O representante legal é aquele a quem a norma jurídica confere poderes para administrar bens
alheios, como o pai, ou mãe, em relação a filho menor[1], quanto o tutor ao pupilo[1] e curador, no
que concerne ao curatelado[1]. A representação legal presta-se para servir aos interesses do
incapaz. Nesses casos, o poder de representação decorre diretamente da lei, que estabelece a
extensão do âmbito da representação, os casos em que é necessária, o poder de administrar e
quais as situações em que se permite dispor dos direitos do representado.
Representação voluntária
Nesta hipótese, leva-se em conta os atos praticados pelo representante contra o interesse do
representado. são atos praticados pelo representante, em nome do representado, objetivamente
legais, mas que prejudicam este último. Estamos, na hipótese, na presença de dois interesses
possivelmente antagônicos: de um lado, o interesse do representado, que se almeja proteger,
pois a ideia é de que o representante deva atuar na defesa do interesse do representado; de
outro, o interesse do terceiro de boa-fé, que contratou com o representante, na persuasão de que
este atuava de acordo com as suas instruções. O Código Civil protege os interesse do terceiro
de boa-fé, tornando anulável o negócio apenas se o fato era ou devia ser do conhecimento do
terceiro, pois nesta hipótese não existe mais a figura do terceiro de boa-fé[1]. Assim se,
porventura, o representante concluir o negócio jurídico, havendo conflito de interesses com o
representado, com pessoa que devia ter conhecimento desse fato, aquele ato negocial deverá
ser declarado anulável.
Como os negócios jurídicos realizados pelo representante são assumidos pelo representado,
aquele terá o dever de provar àqueles, com quem vier a tratar em nome do representado, não só
a sua qualidade, mas também a extensão dos poderes que lhe foram conferidos[1]. Assim, sem
que o terceiro tenha plena ciência da representação, sua extensão e qualidade, seja ela
voluntária ou legal, o dito representante responderá perante este terceiro pela prática de atos
que excederem os poderes.
Fontes
Referências bibliográficas: Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 9. ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2011. 561p.