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FACULDADE DE AGRICULTURA
PROJECTO FINAL
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................... ix
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. x
RESUMO ..................................................................................................................................... xi
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
6. RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................. 34
8. ANEXOS................................................................................................................................. 41
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de localização das comunidades de Mahanche e Nwamandzele. ......... 12
Figura 2: Mapa de uso e cobertura de terra da comunidade de Mahanche. ................... 14
Figura 3: Mapa de uso e cobertura da terra da comunidade de Nwamandzele .............. 15
Figura 4: Layout do cluster. ............................................................................................ 17
Figura 5: Distribuição diamétrica da abundância para comunidade de Mahanche. ....... 27
Figura 6: Distribuição diamétrica da abundância para a comunidade de Nwamandzele.
........................................................................................................................................ 27
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Área total por cada província bem como a sua área florestada. ....................... 4
Tabela 2: Materiais usados. ............................................................................................ 14
Tabela 3: Números de parcelas estabelecidas em cada comunidade .............................. 16
Tabela 4: Espécies em cada estrato florestal em cada comunidade com com o maior
valor de índice de valor de importância.......................................................................... 24
Tabela 5: Espécies comerciais em função da classe comercial e o respectivo DMC. .... 25
Tabela 6: Número de árvores, área basal e volume Total e Comercial por cada estrato
florestal. .......................................................................................................................... 28
Tabela 7: Número de árvores, área basal e volume comercial por unidade de área da
comunidade de Nwamandzele. ....................................................................................... 29
Tabela 8: Medidas de precisão. ...................................................................................... 29
Tabela 9: volume comercial por hectare de cada classe comercial. ............................... 30
Tabela 10: Corte anual admissivel das classes comerciais. ............................................ 32
Tabela 11: Volume Comercial Total e Corte Anual Admissível……………………….32
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1: Figuras de casos especiais para a determinação de DAPs. ............................. 41
Anexo 2: Ficha de registo dos dados. ............................................................................. 42
Anexo 3: Estrutura horizontal da comunidade de Mahanche. ........................................ 43
Anexo 4: Estrutura horizontal da comunidade de Nwamandzele................................... 45
Anexo 5: Volumes comercial total e Cortes anuais admissíveis das espécies a
Madereiras de Mahanche……………………………………………………………….50
Anexo 6: Cortes anuais admissíveis da floresta de Nwamandzele…………………….50
v
LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
Aj – área de cada estrato
Aamst – área amostral
%: Percentagem
cm- Centímetro
f –Fracção amostral;
ha: Hectares
gi-Área basal
VT-Volume total
VC-Volume comercial
vi
MAE – Ministério de Administração Estatal
FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
SIG – Sistemas de Informação Geográfica
DEF-Departamento do curso de Engenharia Florestal
ISPG-Instituto Superior Politécnico de Gaza
DNTF-Direcção Nacional de Terras e Florestas
IC-Intervalo de confiança.
vii
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este trabalho de Culminação do Curso é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações dos meus tutores, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas
notas e na bibliografia final, de acordo com a ética, conduta e regras académicas.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
propósito semelhante ou obtenção de qualquer grau académico.
Assinatura
__________________________________
viii
DEDICATÓRIA
Nito; Fátima; Ema; Fernando; Beatriz; Abílio e Luís pelo animo que fizeram por mim
Dedico
ix
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me ajudou a ultrapassar os obstáculos e me deu forças suficientes para que
o meu sonho se tornasse numa realidade.
A minha família, pelo apoio moral e financeiro prestado, tornando possível a minha
formação.
Ao meu tutor Severino Macôo, que soube conduzir-me e que acreditou em mim, na
realização do trabalho, também pela paciência e pelo apoio, agradeço imenso pela
atenção e disponibilidade imediata na interacção Estudante-Docente.
Ao meu co-tutor, Eng. Emídio Matusse, pela sugestão do tema, apoio em trabalhos de
campo e contribuição para a realização deste trabalho e Eng. Severino José Macôo, pelo
apoio, atenção e dicas profissionais.
A minha gratidão aos docentes, dr Arão Feniasse. Engo. Severino Macôo, dr Sérgio
Bila, Engo Emídio Matusse, Engo. Pedro Wate e Engo Edson Massingue e aos meus
colegas em destaque: Tembe, Manjhate, Vilanculos, Salvador, Khossa, Master e
Massuque, por terem mim apoiado na actividade de recolha de dados no campo.
x
RESUMO
O objectivo do presente estudo é avaliar o potencial florestal para o aproveitamento Madeireiro
nas comunidades de Mahanche e Nwamandzele, nos distritos de Chigubo e Mabalane, na zona
norte da província de Gaza. A amostragem usada foi estratificada tipológica. Foram
estabelecidas 336 parcelas rectangulares de 0.2 ha cada, para as duas comunidades. Distribuídas
em: 148 parcelas para a comunidade de Mahanche e 188 parcelas para a comunidade de
Nwamandzele. Em cada parcela foram colectados e identificados todos os indivíduos com
DAPs ≥ 10 cm, usou-se suta para medição dos DAPs e Altura (Total e comercial) para sua
estimativa usou-se uma varra graduada de 2 m. Foi usado o Excel 2007 para o processamento
dos dados. Os resultados mostraram que a densidade em número de árvores por hectare foi de,
177,453743 ha-1 e em área basal foi de, 4,462 m2/há para a comunidade de Mahanche. 152,912
ha-1 e em área basal foi de, 4,086m2/há para a comunidade Nwamadzele. Foram encontrados
quatros estratos florestais na comunidade de Nwamandzele nomeadamente: Estrato de Acácia:
As espécies do género Acácia mostraram o maior valor de IVI (Acacia nigrescensis), com cerca
de 49.07% de IVI, Estrato de Mecrusse com cerca de, 81.304% de valor de IVI, a espécie com
maior destaque foi Androstachys johnsonii, Estrato de Mopane com cerca de, 196,94% do valor
de IVI, a espécie de Colosphospermum mopane é que se destacou mais com o valor de IVI e
Estrato de Ntsotso e Chivondzuane com cerca de, 69% do valor de IVI para a espécie
Guibourtia Conjugata. Na comunidade de Mahanche foram encontrados dois Estratos florestais:
Estrato de Mopane, a espécie dominante nesse estrato florestal é Colosphospermum mopane
com cerca de 186,46% de IVI e o estrato de Ntsotso e Chivondzoane as espécies mais
dominantes são: Guibourtia conjugata (Ntsotso) com 88,54% de IVI. O volume médio
comercial por hectare e o corte anual admissível das espécies madeireiras para a comunidade de
Mahanche foi de cerca de 16,614 m3/ha e 911,719m3/anos. E a comunidade Nwamandzele com
cerca de 15,155 m3/há do volume médio comercial por hactare e com cerca de 2121,664 m3/ano
do valor do corte anual admissível. Os resultados mostram que a floresta de Mahanche é que
mostrou com maior valor de densidade e consequentemente maior volume das espécies
comerciais sendo assim apresentando o maior valor de índice de valor de importância.
xi
ABSTRACT
The aim of this study is to assess the forest potential for the use of timber in the communities of
Mahanche and Nwamandzele, in the districts of Chigubo and Mabalane, in the northern of Gaza
province. The sampling used was stratified typological. 336 rectangular plots of 0.2 ha each
were established for the two communities. Distributed in: 148 plots for the community of
Mahanche and 188 plots for the community of Nwamandzele. In each plot, all individuals with
DBHs ≥ 10 cm were collected and identified, a suture was used to measure DBHs and Height
(Total and commercial) for their estimation, a 2 m graduated stick was used. Excel 2007 was
used for data processing. The results showed that the density in number of trees per hectare was
177.453743 ha-1 and in basal area it was 4.462 m2 / ha for the community of Mahanche.
152,912 ha-1 and in a basal area it was 4,086 m2 / ha for the Nwamadzele community. Four
forest strata were found in the community of Nwamandzele namely: Acacia Stratum: The
species of the genus Acácia showed the highest IVI value (Acacia nigrescensis), with about
49.07% of IVI, Mecrusse stratum with around, 81.304% of value of IVI, the most prominent
species was Androstachys johnsonii, Stratum of Mopane with about, 196.94% of the value of
IVI, the species of Colosphospermum mopane is that stood out more with the value of IVI and
Stratum of Ntsotso and Chivondzuane with about 69% of the IVI value for the species
Guibourtia Conjugata. In the community of Mahanche two forest strata were found: Mopane
stratum, the dominant species in this forest stratum is Colosphospermum mopane with about
186.46% of IVI and the stratum of Ntsotso and Chivondzoane the most dominant species are:
Guibourtia conjugata (Ntsotso) with 88.54% of IVI. The average commercial volume per
hectare and the permissible annual cut of timber species for the Mahanche community was
about 16.614 m3 / ha and 911.719m3 / years. And the Nwamandzele community with about
15,155 m3 / ha of the average commercial volume per hactare and with about 2121,664 m3 /
year of the allowable annual cut value. The results show that the Mahanche forest showed the
highest density value and, consequently, the highest volume of commercial species, thus
presenting the highest importance index value.
Keywords: Annual Admissible Cut, importance value index, total and commercial
volume of timber species.
xii
xiii
Avaliação do Potencial Florestal para Aproveitamento Madeireiro nas Comunidades de
Mahanche (Chigubo) e Nwamandzele (Mabalane) (Gaza).
1. INTRODUÇÃO
O uso de produtos florestais madeireiros e não madeireiros em florestas tropicais
constitui uma base de sustentabilidade para milhares de famílias. Esse uso necessita de
modelos e princípios que garantem a gestão dos mesmos e de ecossistemas no geral,
para aspectos aliados a prevenir ou mitigar a sobre-exploração (Silvas at al., 2000).
A província de Gaza possui uma área florestal de cerca de 3096817ha, com o volume
total médio estimado de cerca de 35.79 [m3/ha] e o corte anual admissível é de cerca de
30535 m3 ano. E 50% desta área é coberta pela vegetação de Mopane (Maposse, 2003 &
MITADER, 2018).
O corte anual admissível (CAA) é um dos indicadores muito cruciais na exploração dos
recursos florestais, porque indica o volume máximo que pode ser explorado num dado
ano, numa determinada área florestal, de modo a garantir o uso sustentável dos recursos
florestais (Souza, 2003).
Contudo na zona sul verifica-se mais pressão devido a procura e ao elevado número de
produtores licenciados que possuem pequenas empresas, com capacidade de produção e
de escoamento de volumes elevados de carvão vegetal para o abastecimento das zonas
urbanas da região (Malate, 2017; Fernandes, 2014)
Para que os recursos florestais sejam sustentáveis, é necessário que o corte anual
admissível (CAA) não seja superior que a taxa de regeneração dos recursos, porque
quanto maior for o corte anual admissível (CAA) do que a taxa de regeneraҫão
rapidamente haverá o esgotamento dos recursos (Brower & Tánago, 2010).
1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Geral
Avaliar o Potencial Florestal para Aproveitamento Madeireiro nas comunidades de
Mahance e Nwamandzele nos distritos de Chigubo e Mabalane, província de Gaza.
1.2.2. ESPECÍFICOS
Caracterizar a composição florística da vegetação arbórea;
Determinar o número de árvores, área basal, o volume total e comercial por
hectare de madeira existente;
Estimar o corte anual admissível das espécies Madeireiras existentes;
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Tipos de floresta em Moçambique
Moçambique é um dos países da África Austral que contém uma considerável área de
florestas nativas, constituída principalmente pelos quatros tipos florestais
nomeadamente: Miombo, Mopane, Mangal e Mecrusse (Magalhães, 2017).
A tabela 1 abaixo ilustra a área total por cada província bem como a sua área florestada
De acordo com autores Zulu et al., (2013); Robledo et al., (2012) as florestas
desempenham um papel muito preponderante nas zonas rurais, porque é através delas
que as populações locais conseguem se beneficiarem dos seguintes produtos: alimentos,
combustível, forragem, medicamentos tradicionais e rendimentos da venda de alguns
produtos madeireiros para satisfazer as necessidades básicas.
décadas passadas. Essa redução das áreas de floresta tem sido verificada por vários
factores que incluem mudanças de padrões de subsistência, tais como: a sucessão da
caça para a agricultura sedentária, as procuras socioeconómicas de madeiras, o
crescimento populacional, a expansão urbana e combustíveis lenhosos (lenha e carvão).
O desmatamento afeta o globo terrestre na ordem de 13 milhões de ha/ano, sendo
predominante no continente Africano e na América do Sul (FAO, 2005).
E sabe se que uma das grandes consequências do desmatamento das florestas é a perda
de muitas espécies florestais e faunísticos, aumento de erosão no solo, aumento da
temperatura global e consequentes provoca incêndios naturais (FAEF, 2013).
O maneio florestal tem como objectivo geral de utilizar a área florestal duma maneira
planificada e sustentável para gerar rendimentos constantes no tempo para a
comunidade, garantindo ao mesmo tempo a conservação das florestas comunitárias e
mantendo sempre a mesma capacidade de geração de rendimentos tanto para geração
actuais como para vindouras. De modo a atingir este objectivo geral é necessário
implementar uma série de princípios clássicos do maneio florestal e uma série de
elementos de organização social comunitária: regulamentos e organização social
(Tànago & Brower, 2010).
vizinhas, e não é função directa de sua altura total, isso podem existir diversos pisos da
copa, ou seja, a estratificação vertical da vegetação.
3. METODOLOGIA
3.1. Descrição das áreas de estudo
3.1.1. Localização geográfica das comunidades de estudos e seus limites
O trabalho foi realizado nas comunidades de Mahanche (Chigubo) e Nwamandzele
(Mabalane) na zona norte da província de Gaza.
O distrito de Chigubo apresenta os paralelos entre 33° 30’ de longitude Este e 23° 30’
de latitude Sul. Faz limites: a Norte com os distritos de Massangena e Chicualacuala; a
Sul com Chibuto e Guijá; a Este com a província de Inhambane (distritos de Funhalouro
e Panda), e a Oeste com Chicualacuala e Mabalane, com uma superfície de área de
cerca de 15.077 km2 (MAE, 2014).
O distrito de Mabalane possui uma extensão de área de cerca de 9107 km2 (MAE,
2005). A comunidade de Mwamadzele está delimitado a Norte pelos povoados de
Mabuapasse e Matenga, a Sul pelas comunidades de Djodjo e Mungige, a Este pela
comunidade de Mavale, a Oeste com o povoado de Tindzawene, e é atravessado pelo rio
Chichacuare na região mais sudoeste.
3.2. Materiais
Para a realização do trabalho foram usados os seguintes materiais ilustrados na tabela 2.
Tabela 2: Materiais usados para coleta dos dados
Material Função
1 Fitamétrica Para medir CAP e a dimensão das parcelas
2 Ficha de registo Para o registo dos dados de todos os indivíduos
3 Suta Para medir DAP
4 Corda Para delimitar as parcelas
5 Guide Para a identificação das espécies no campo
6 Prensas Para prensar as amostras
7 Vara graduada Para medir altura total
8 GPS Marcação das coordenadas dentro das parcelas
9 GIS Para a elaboração dos mapas
3.3. Métodos
3.3.1. Método de amostragem
A colheita de dados foi feita mediante a amostragem estratificada tipológica. Fez se a
classificação das imagens satélites capitadas na data mais próxima da realização do
trabalho,16 de Fevereiro, usando o Environment for Visualizing Images (ENVI5.3), de
modo a saber os tipos de vegetação (estratos) existente por cada comunidade e as suas
áreas. Foram encontrados dois estratos para a comunidade Mahanche: estrato de
Mopane e Ntsotso e Chiovondzoane. Foram enconctrados quatros estratos para
comunidade de Nwamandzele, nomeadamente: estrato de Acacia, estrato de Mopane,
estrato de Mecrusse e Ntsotso e Chiovondzoane, como ilustram os mapas 2 e 3 abaixo.
Quanto ao número de parcelas por estrato, estas foram alocadas de forma proporcional
ao tamanho dos estratos, sendo que, tipos florestais com maior extensão de área tiveram
um maior número de parcelas alocadas, como mostra a formula abaixo.
n- número total de parcela alocado em cada estrato; L-número de camada que dividimos
a amostra; Wh- é o peso que o estrato tem na amostra; ph- é a proporção dentro de cada
estrato; h- é estrato; - é a margem do erro aceite.
Comunidade de Mahanche
Estratos Aj (ha) Wh Nj N. P A. amost
Tsontso/Chivondzuane 2981 0.386 7722,798 15 3
Floresta de Mopane 4730 0.614 7703,583 131 26,2
Total 7711 1 15426,38 146 29,2
Comunidade de Nwamandzele
Floresta de Acácia 5.674,502 0,189 28372,51 10 2
Floresta de Mecrusse 490,619 0,016 2453,095 8 1,6
Floresta de Mopane 10.834.044 0,361 54170,22 80 16
Tsontso/Chivondzuane 13.002,225 0,433 65011,13 130 26
Total 30001.39 1 150007 228 46
Aj (ha)- Área total em hectares de cada estrato j; Wh-Proporção de cada estrato em ha;
Nj-Número total de unidade que cada estrato ocupa; N.P-Número total de unidades
amostradas em cada estrato; A.amost-Área amostrada em cada estrato.
3.3.3. Recolha de dados
As parcelas foram dimensionadas usando a fitamétrica, em formato rectangular e cada
cabia uma área de 0,2 há (100 x 20) m. Em cada parcela estabelecida foram colhidos
dados referentes aos principais parâmetros dendrométricos, nomeadamente, Diâmetro a
altura do peito DAP≥ 10 cm, altura total (HT), altura comercial (HC) e a qualidade do
fuste. Além disso foram registados os nomes científicos e locais de todas as árvores
medidas. Os indivíduos que não foram possíveis as suas identificações no campo, foram
colectados os espécimes e colocadas numa prensa para posteriormente a sua
identificação com guia de identificação das espécies.
O DAP foi medido com auxílio da suta, a uma altura de 1.3m da parte mais alta da
superfície do solo. No caso de uma bifurcação abaixo desta altura, considerou-se cada
bifurcação uma árvore individual. As regras de medição de diâmetro consideradas no
presente estudo estão ilustradas na Anexo 1. A altura total foi considerada a partir da
base do tronco até a parte mais alta da copa e a altura comercial foi considerada a partir
da base do tronco até a primeira bifurcação do fuste.
N/ ha i
n
na (3)
A abundância foi dada pelo número total de indivíduos de uma determinada espécie
encontrados em cada parcela e a área da mesma, isto é, em número de árvores por
hectare dessa espécie, conforme mostra a formula abaixo.
A dominância foi dada pela área basal, ou seja, pela área em m2/ha ocupada pelos
troncos das árvores da espécie i, dada pelo somatório das secções transversais de todos
os indivíduos da espécie i dividida pela área da parcela e pelo número total de parcelas.
D.rel
gi gi ha
Dom 100% (6)
na G ha
Luís, Johane Rui-Trabalho Final Página 18
Avaliação do Potencial Florestal para Aproveitamento Madeireiro nas Comunidades de
Mahanche (Chigubo) e Nwamandzele (Mabalane) (Gaza).
O volume foi calculado total e comercial de cada árvore individual foi calculado pela
relação entre o DAP e altura (total e comercial, respetivamente), aplicando um factor de
forma de 0.7 e 0.8 para o volume total e comercial, respectivamente.
G/ ha gi
na (9)
gi – área basal observada em cada parcela, dado pelo somatório dos das secções
transversais de todas árvores encontradas na parcela;
n – número de parcelas alocadas no estrato;
a – área da parcela;
A quantidade de madeira existente em cada estrato, foi dada pelo volume médio por
unidade de área, calculado a partir do somatório dos volumes observados em cada
parcela dividido pelo número total de parcelas do estrato e pela área da parcela.
V/ ha Vi
na (10)
Yst Wi*Yi
K
(11)
i1
A estimativa da variância da média foi obtida pelo somatório dos produtos da variância
da média de cada estrato com as respectivas proporções, como ilustra a expressão
seguinte.
(13)
3.4.9. Estimativa do erro de amostragem
Eaabst (n1;)S(Yst) (14)
Onde: Ea abs – erro de amostragem absoluto; t – valor de t de Student consultado na
tabela de t a graus de liberdade n-1, onde n é o número total de parcelas estabelecidas no
inventário; S(Yst) -Eerro padrão, dado pela raiz quadrada da variância da média;
O erro de amostragem relativa foi obtido pela razão entre o erro absoluto e a média
estratificada, multiplicado por 100.
IC V(h) t SV(h) V(h) t SV(h) (15)
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Caracterização da floresta nativa da comunidade de Mahanche e
Nwamandzele.
Os resultados do estudo indicam que faram identificados dois (2) estratos na
comunidade de Mahanche (Chigubo) a destacar: estratos de Mopane e estrato de
Chivondzuane/Tsontso. Foram encontrados quatros (4) estratos na comunidade de
Nwamandzele, a saber: estrato de Mecrusse, estrato de Acácia, estrato de Mopane e
estrato de Chivondzuane/Tsontso.
4.2. Estrutura horizontal da floresta nativa da comunidade de Mahanche
4.2.1. Estrato de Mopane/Chanatse
Foram identificados cerca de 49 espécies, as mais predominantes são:
Colosphospermum mopane (Mopane) com cerca de 186,45% de IVI, Sclerocarya birrea
(Canhu) com 25,1% de IVI e Guibourtia conjugata (Ntsotso) com 9,44 % de valor de
índice de importância.
4.2.2. Estrato de Ntsotso e Chivondzoane
Nesse tipo de estrato ocorrem cerca de 33 espécies, dessa forma as com maior
predominância são: Guibourtia conjugata (Ntsotso) com cerca de 88,53%, Combretum
apiculatum (Chivondzoane) com 31,40% e Colophospermum mopane (Mopane) com
cerca de 18,86% de valor de índice de importância.
4.3. Estrutura horizontal da floresta nativa da comunidade de Nwamandzele.
4.3.1. Estrato de Acacia
Nesse estrato ocorrem cerca de 22 espécies, dessa forma as com maior predominância
são: Acacia nigrescensis com cerca de 67.643407%, Acacia nilotica com cerca de
39,8722% e Guibourtia Conjugata com cerca de 32.21% de valor de índice de
importância.
4.3.2. Estrato de Mecrusse
Neste tipo de estrato foram encontradas cerca de 20 espécies arbóreas, as mais
dominantes foram: Androstachys johnsonii (Mecrusse) com cerca de 219.6%,
Guibourtia Conjugata (Tsontso) com cerca de 13.28% e Adansonia digitata
(Imbondeiro) 11.86% de valor de índice de importância.
4.4. Espécies
Na floresta de Mahanche foram identificadas cerca de 57 espécies arbóreas, 17 são
classificadas como de valor comercial, sendo 5 espécies são preciosas, 4 da primeira
140.00
Número de árvores por hectares
120.00
100.00
80.00
(N/ha)
CV / TS
60.00 MP
20.00
0.00
10 - 15 15 - 20 20 - 25 25 - 30 30 - 35 35 - 40 40 - 45 45 - 50 50 - 55 55-60 ≥60
Classes diamétrica
(cm)
Figura 5: Distribuição diamétrica da abundância para comunidade de Mahanche.
CV/TS-Estrato de Tsontso-Chiondzoane; MP- Estrato de Mopane. N/ha-Números de árvores por hectare
geral dos dois estratos florestais de Tsontso-Chiondzoane e Mopane
12000
Números de árvores por hectares
10000
8000 AC
N/ha
MP
6000 MC
CV/TS
N/ha geral
4000
2000
0
10_15 15_20 20_25 25_30 30_35 35_40 40_45 45_50 50_55 55_60 › 60
4.6. Número de árvores, área basal e volume Total e Comercial por cada estrato
florestal da comunidade de Mahanche
A tabela 6 apresenta o número de árvores, área basal e volume comercial por unidade de
área de todos indivíduos com DAP superior ou igual a 10 cm da comunidade de
Mahanche, sem discriminação de espécie. Os resultados mostram que o estrato de
Ntsotso e Chivondzoane apresenta valores maiores em termos de número de árvores,
área basal e o volume comercial por hectare em relação a floresta de Mopane.
O facto explica-se por apresentar maiores números de indivíduos com o diâmentro
mínimo de corte das espécies de aproveitamento madereiro, em relação ao estrato de
Mopane.
A tabela 6 representa número de árvores, área basal, volume Total e Comercial por cada
tipo florestal da comunidade de Mahanche.
A tabela 7 apresenta o número de árvores, área basal e volume comercial por unidade de
área de todos indivíduos com DAP superior ou igual a 10 cm, sem discriminação de
espécie.
Os resultados revelam que a floresta de Mecrusse apresenta valores maiores em termos
de número de árvores, seguida de Acacia e Ntsotso e Chivondzoane. O facto do estrato
de Mecrusse apresentar maior número de árvores é devido os DAPs dos indivíduos
serem menores em relação aos DAPs dos indivíduos dos outros estratos, razão pela qual
em cada unidade de amostragem no estrato de Mecrusse cabia muitos indivíduos em
relação a outros estratos. Em termos do volume comercial, o estrato de Acacia é que
apresentou maior valor, em seguida o estrato de Ntsotso e Chivondzoane e o etrsto de
Mecrusse. O estrato de Mopane apresentou menores valores do volume em relação a
todos tipos florestais, como ilustra a tabela 7. Isso é devido as espécies comerciais
encontradas apreasentarem um DAPs menor e altura comercial menor em relação a
outras espécies encontradas nos outros estratos.
A tabela 7 representa número de árvores, área basal, volume Total e Comercial por cada
tipo florestal da comunidade de Mahanche.
C. de Nwamandzele C. de Mahanche
Parâmetros N/ha G/ha VT/ha VC/ha N/ha G/ha VT/ha VC/ha
(ha-1) (m2/ha) (m3/ha) (m3/ha) (ha-1) (m2/ha) (m3/ha) (m3/ha)
Média 152.912 4.086 29.073 15.155 177.453 4.462 31.864 16.614
Variância 3218.129 2.749 222.623 75.15 4739.175 3.798 217.532 89.548
V. Média 33.954 0.036 3.791 1.317 191.059 0.082 5.401 2.294
E. Padrão 5.827 0.19 1.947 1.148 13.822 0.286 2.324 1.515
E. absoluto 11.482 0.374 3.837 2.261 27.319 0.564 4.593 2.994
E. re (%) 7.509 9.147 13.196 14.922 15.395 12.65 14.415 18.018
L. inferior 141.43 3.712 25.237 12.894 150.134 3.898 27.271 13.621
L. superior 164.393 4.459 32.91 17.416 204.773 5.027 36.457 19.608
N/ha – Número de árvores por hectare, G/ha – Área basal por hectare, VT/ha – volume
total por hectare e VC/ha - Volume comercial por hectare.
4.9. Volume comercial por hectare de cada classe comercial
A tabela 6 indica a distribuição volumétrica das classes comerciais por cada estrato
florestal em cada comunidade. Na comunidade de Nwamandzele os resultados mostram
que o estrato florestal de Acacia é que apresentou maior volume por hectare de cerca de,
15.902 m3/ha, asseguir o estrato de Mecrusse com cerca de, 10.112 m3/ha e os restantes
com 5.959 m3/ha para o estrato de Mopane e 5.946 m3/ha para de Tsontso e
Chiondzuane. Na comunidade de Mahanche o estrato de Mopane é que apresentou
maior volume por hectare de cerca de, 15.497 m3/ha e de Tsontso e chiondzoane com
cerca de, 11.649 m3/ha. De salientar que essas quantidades de volumes apresentam uma
tendência decrescente tanto para a comudade Nwamandzele e Mahance, comparativo às
do MITADER (2018), onde constatou que o volume comercial por hectare para os
estratos de Mopane, Mecrusse, Floresta Semi-decídua incluindo o Miombo e Floresta
Semi-sempre-verde incluindo a Floresta de Galeria foi de 15.71, 33.18, 24.23 e 31.69
m3/ha, o facto explica-se devido a redução de números de árvores de espécies
comercias.
A tabela 9 representa o volume comercial por hectare de cada classe comercial, de cada
comudade.
Tabela 9: volume comercial por hectare de cada classe comercial.
Comunidade de Nwamandzele
E. Florestal Preciosa 1a classe 2a Classe 3a Classe 4a classe VC/ha (m3/há)
Mopane 0.118 4.929 0.064 0.386 0.465 5.959
CV/TS 0.013 0.476 2.328 3.089 0.048 5.946
Mecrusse 0.709 7.933 0.348 0.956 0.174 10.112
Acacia 2.230 0.140 0.459 11.707 1.367 15.902
Comunidade de Mahanche
Mopane 0.515 12.729 1.887 0.101 0.267 15.498
CV/TS 5.983 4.236 0.899 0.532 0.011 11.649
4.10. Corte Anual Admissivel por cada classe comercial dentro dos estratos
Na comunidade de Mahanche nos estratos de Mopane e Ntsotso e Chivondzoane,
verificaram-se os maiores valores do CAA, nas espécies da 1a classe com cerca de
616,719 m3/anos, a seguir foram as espécies da 2a com 37,095 m3/anos e por ultimo
verificou o valor de 13,733 m3/anos nas especies da preciosas e com cerca de 198,761
m3/anos, 28,095 m3/anos e com 17,316 m3/anos. De salientar que não se verificou
nenhum valor do corte anual admissivel para as espécies da 3a e da 4a em ambos os
estratos.
A tabela 10 apresenta o corte anual admissivel (CAA) das classes comerciais em cada
estrato florestal
A tabela 10 mostra volume comercial total e o seu corte anual admissível (CAA) por cada
estrato
Tabela 11: Volume Comercial Total e Corte Anual Admissível
Nwamandzele Mahanche
Tipo Florestal VCT (m3) CAA (m3/anos) VCT (m3) CAA (m3/anos)
Mopane 659.463 18.465 23488,06 704,642
Tsontso/Chivondzoane 29,880.936 836.666 5,312,26 142,802
Mecrusse 536.671 15.027 – –
Acácia 24,084.654 674.37 – –
5. CONLUSÃO
6. RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se
Arealização de um estudo similar mais detalhado, com um maior número de
amostras e que se possa incluir a ocorrência da fauna no local factor
determinante e indispensável para a dessiminação da semente;
Que se faҫa estudos relacionado a regeneraҫão natural de mapeamento de mode
a saber com a máxima confiabilidade do estado da floresta;
Controlar os níveis de exploração dos recursos florestais nas zonas de alta e
média perturbação através de regulamentos florestais e leis tradicionais
garantindo a sustentabilidade dos recursos florestais em particular para o
Mopane a única espécie preferida para a produção de carvão e lenha;
Recomenda-se que se faҫa estudo relacionado a avaliaҫão do potencial florestal
não madeireiro de modo a se conhecer as outras fontes alternativas para a
subsistência familiar;
Intensificar as actividades de fiscalização florestal, de modo a minimizar
actividades de exploração de carvão e queimadas, entre outras que reduzem a
diversidade de PFAM que é fonte subsistência e de dieta em comunidades
dependente da vegetação de Mopane;
Encontrar fontes alternativas que substitua esta espécie para o fim acima referido
(produção de carvão) como forma de controlar o desmatamento reduzir o efeito
das mudanças climáticas e aquecimento global;
Avaliar ciclicamente de modo a conhecer a saúde da floresta de Mopane.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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não Madeireiros como Subsidio Para Restauração Florestal”. Universidade Federal
de Viçosa.
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de diferentes níveis de exploração e tratamentos silviculturais sobre a dinâmica da
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Colophospermum Mopane, em Mabalane, Província de Gaza, Moçambique.
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estrutura remanescente de um talhão de Floresta Ombrófila na Amazônia visando
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madeireiros:um estudo de caso com famílias no Polo Rio Capim do Proambiene”.
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Egas, A. F.; Júnior, E. U.; Nhamirre, J. V.; Sitoe, E.C.; 2013; Assessment of harvested
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& Sons. New York. USA. 402 p.
8. ANEXOS
Anexo 1: Figuras de casos especiais para a determinação de DAPs.
DAP HT HC
Nr N. Local/Vernacular Nome Cientifico QF ES Observações
(cm) (m) (m)
DAP – diâmetro a altura do peito; HT – altura total; HC – altura comercial; QF – qualidade de fuste; ES – estado sanitário
Floresta de Ntsotso/Chiondzoane
Nome Local ni Ab bs Ab Freq Freq Dom Dom IVI
Rel abs rel abs rel
Canhueiro 10 3.333 1.57 0.47 7.14 0.249 4.27 12.98
Chanatse / Mopane 30 10.000 4.71 0.27 4.08 0.466 7.97 16.76
Chicucutsi 14 4.667 2.20 0.33 5.10 0.108 1.85 9.15
Chiri 4 1.333 0.63 0.07 1.02 0.018 0.31 1.96
Chivondzoane 82 27.333 12.87 0.73 11.22 0.421 7.20 31.30
Chucutso 2 0.667 0.31 0.13 2.04 0.006 0.10 2.46
Conola 6 2.000 0.94 0.07 1.02 0.041 0.71 2.67
Embondeiro 1 0.333 0.16 0.07 1.02 1.349 23.06 24.24
Lhambanzaca 4 1.333 0.63 0.27 4.08 0.017 0.28 4.99
Linhane 24 8.000 3.77 0.33 5.10 0.292 4.99 13.86
Lumanhama / 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.003 0.04 1.22
Mboma
Mecrusse 75 25.000 11.77 0.07 1.02 0.355 6.07 18.86
Mfucani 13 4.333 2.04 0.20 3.06 0.098 1.67 6.77
Mpfilua 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.003 0.06 1.24
Ncai 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.034 0.58 1.76
Nconono 4 1.333 0.63 0.07 1.02 0.020 0.34 1.99
Ncuacua 5 1.667 0.78 0.13 2.04 0.018 0.31 3.14
Ndzivata / Gonicomo 4 1.333 0.63 0.20 3.06 0.023 0.39 4.08
Ngona 3 1.000 0.47 0.07 1.02 0.019 0.32 1.81
Nhiyi 2 0.667 0.31 0.13 2.04 0.019 0.32 2.68
Nkhoro 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.003 0.04 1.22
Ntite 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.003 0.04 1.22
Nulo 7 2.333 1.10 0.33 5.10 0.160 2.74 8.94
Nwambo 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.004 0.08 1.25
Sandalo / M'bandua 4 1.333 0.63 0.07 1.02 0.028 0.47 2.12
Semane 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.004 0.06 1.24
Tlapusane 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.003 0.05 1.23
Tlatlangate 1 0.333 0.16 0.07 1.02 0.006 0.10 1.28
Tsandzandhlophu 20 6.667 3.14 0.13 2.04 0.123 2.10 7.28
Tsontso 287 95.667 45.05 0.93 14.29 1.708 29.19 88.54
Xifata 16 5.333 2.51 0.53 8.16 0.156 2.67 13.34
Zungo 11 3.667 1.73 0.33 5.10 0.092 1.58 8.41
Floresta de Mopane
Nome Local ni Ab bs Ab Rel Freq Freq rel Dom abs Dom rel IVI
abs
BP 3 0.115 0.074 0.01 0.22 0.001 0.03 0.33
Canhueiro 174 6.641 4.281 0.39 11.43 0.416 9.38 25.09
Chakwari 30 1.145 0.738 0.14 4.04 0.031 0.69 5.46
Chanatse / Mopane 3257 124.313 80.143 0.98 28.70 3.444 77.61 186.45
Chanfuta 2 0.076 0.049 0.02 0.45 0.002 0.05 0.55
Chicucutsi 4 0.153 0.098 0.02 0.67 0.002 0.05 0.83
Chidane 2 0.076 0.049 0.02 0.45 0.001 0.03 0.53
Chinda 2 0.076 0.049 0.01 0.22 0.001 0.03 0.30
Chivondzoane 85 3.244 2.092 0.20 5.83 0.062 1.41 9.33
Chivumaila 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.002 0.04 0.28
Conola 8 0.305 0.197 0.02 0.45 0.006 0.13 0.77
Cuacuarimba 6 0.229 0.148 0.03 0.90 0.002 0.05 1.10
Diyane 2 0.076 0.049 0.01 0.22 0.004 0.10 0.37
Embondeiro 5 0.191 0.123 0.02 0.67 0.003 0.07 0.86
Guwazwilo 4 0.153 0.098 0.02 0.45 0.002 0.05 0.60
Lharu 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.000 0.01 0.26
Linhane 7 0.267 0.172 0.03 0.90 0.012 0.26 1.33
Lumanhama / Mboma 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.000 0.01 0.26
Massala 3 0.115 0.074 0.02 0.67 0.005 0.12 0.87
Mecrusse 8 0.305 0.197 0.01 0.22 0.008 0.19 0.61
Mfucani 4 0.153 0.098 0.02 0.45 0.002 0.04 0.59
Mobwane 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.000 0.01 0.26
Mondzo 17 0.649 0.418 0.02 0.67 0.021 0.46 1.55
Nconono 7 0.267 0.172 0.02 0.67 0.008 0.19 1.03
Ncuacua 14 0.534 0.344 0.08 2.47 0.009 0.20 3.01
Ndzangalanguva 52 1.985 1.280 0.18 5.38 0.036 0.81 7.47
Ndzivata / Gonicomo 20 0.763 0.492 0.04 1.12 0.015 0.34 1.96
Ngona 12 0.458 0.295 0.01 0.22 0.007 0.16 0.68
Nhiyi 6 0.229 0.148 0.03 0.90 0.005 0.11 1.15
Nhuma 22 0.840 0.541 0.08 2.47 0.013 0.29 3.29
Nkatlhu 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.000 0.01 0.26
Ntoma / Ebano 4 0.153 0.098 0.01 0.22 0.003 0.07 0.40
Ntungontungo 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.002 0.05 0.29
Nulo 2 0.076 0.049 0.02 0.45 0.007 0.15 0.65
Nwambo 30 1.145 0.738 0.12 3.59 0.040 0.89 5.22
Padza 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.001 0.02 0.27
Pau-preto 1 0.038 0.025 0.01 0.22 0.000 0.01 0.26
nigrescens
Ndzangalanguva Faidherbia 6 3 1.846 0.6 1.846 0.147 0.074 3.257 6.950
albida
Nphoko Salvadora 1 0.5 0.308 0.1 0.308 0.025 0.013 0.563 1.179
persica
Phafa Dovyalis sp 1 0.5 0.308 0.1 0.308 0.025 0.013 0.563 1.179
Sessane Acacia nilotica 28 14 8.615 2.8 8.615 1.023 0.512 22.641 39.872
Tsontso Guibourtia 52 26 16.000 5.2 16.000 0.010 0.005 0.210 32.210
Conjugata
Xifata Commiphora 2 1 0.615 0.2 0.615 0.291 0.145 6.431 7.662
mollis
Xigugutso Boscia 2 1 0.615 0.2 0.615 0.475 0.238 10.516 11.746
mossambicensis
Xilutso Sterculia sp 1 0.5 0.308 0.1 0.308 0.273 0.137 6.050 6.666
Xukutsu Boscia 3 1.5 0.923 0.3 0.923 0.871 0.436 19.279 21.125
albitrunca
Floresta de Mecrusse
Nome Local Nome Cientifico ni Ab. Ab. Freq. Freq. Area Dom. Dom. IVI
Abs Rel. Abs. Rel. basal Abs Rel
Sessane Acacia nilotica 1 0.625 0.217 0.125 0.217 0.011 0.006 0.128 0.563
Ximuho/Imbondeiro Adansonia 3 1.875 0.652 0.375 0.652 0.929 0.465 10.557 11.861
digitata
Linhane Albizia forbesii 1 0.625 0.217 0.125 0.217 0.053 0.027 0.603 1.038
Cimbirre Androstachys 374 233.750 81.304 46.750 81.304 5.015 2.507 56.975 219.583
johnsonii
Xukutsu Boscia albitrunca 7 4.375 1.522 0.875 1.522 0.182 0.091 2.070 5.114
Lumanhama/Mboma Cassia 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.057 0.028 0.646 1.516
abbreviata
Chivondzuane Combretum 16 10.000 3.478 2.000 3.478 0.336 0.168 3.817 10.773
apiculatum
Xinsalassalane Cordia ovalis 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.025 0.012 0.279 1.149
Nhacimbissane Croton 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.019 0.010 0.218 1.087
pseudopuchellus
Tsontso Guibourtia 17 10.625 3.696 2.125 3.696 0.519 0.259 5.893 13.284
Conjugata
Boboncanhi Lannea 1 0.625 0.217 0.125 0.217 0.503 0.251 5.711 6.146
scheinfurthii
Tsandzadlophu Pterocarpus 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.040 0.020 0.451 1.320
lucenes
Canhueiro Sclerocarya 1 0.625 0.217 0.125 0.217 0.173 0.087 1.971 2.406
birrea
Semane Sterculia rogersii 4 2.500 0.870 0.500 0.870 0.092 0.046 1.043 2.782
Wembwane Strophanthus 4 2.500 0.870 0.500 0.870 0.064 0.032 0.727 2.466
kombe
Xicuacuane Strychnos 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.043 0.021 0.485 1.355
decussata
Ncuacua Strychnos 13 8.125 2.826 1.625 2.826 0.133 0.067 1.514 7.167
madagascariensis
Xanangombe Wrightia 2 1.250 0.435 0.250 0.435 0.038 0.019 0.430 1.300
natalensis
Xungu Xeroderris 5 3.125 1.087 0.625 1.087 0.550 0.275 6.252 8.426
stuhlmannii
Ndzungua Xeroderris 1 0.625 0.217 0.125 0.217 0.020 0.010 0.228 0.663
stuhlmannii
Floresta de Mopane
Nome Local N. Cientifico ni Ab. Ab. Freq. Freq. Area Dom. Dom. IVI
Abs Rel. Abs. Rel. basal Abs Rel
Boboncanhi Lannea 1 0.063 0.06 0.01 0.06 0.01131 1.414E 0.032 0.163
scheinfurthii 5 3 5 -05
Canhueiro Sclerocarya 8 0.500 0.52 0.1 0.52 0.30371 3.796E 0.847 1.895
birrea 4 4 4 -04
Chachandau Terminalia 1 0.063 0.06 0.01 0.06 0.01327 1.659E 0.037 0.168
prunioides 5 3 5 3 -05
Chakwari Drypetes 76 4.750 4.97 0.95 4.97 1.58985 1.987E 4.436 14.390
mossambicensis 7 7 1 -03
Chanatse/Mopane Colophospermu 101 63.56 66.6 12.7 66.6 25.5439 3.193E 71.27 204.47
m mopane 7 3 1 -02 5 8
Changua Acacia sp 22 1.375 1.44 0.27 1.44 0.49160 6.145E 1.372 4.253
1 5 1 1 -04
Chivondzuane Combretum 16 1.000 1.04 0.2 1.04 0.18205 2.276E 0.508 2.604
apiculatum 8 8 6 -04
Lharu Xanthoceris 1 0.063 0.06 0.01 0.06 0.02269 2.837E 0.063 0.194
zambesiaca 5 3 5 8 -05
Lhophunga/Quelenga 17 1.063 1.11 0.21 1.11 0.64823 8.103E 1.809 4.035
3 3 3 3 -04
Muambo Manilkara 13 0.813 0.85 0.16 0.85 0.38264 4.783E 1.068 2.770
mochisia 1 3 1 7 -04
Mubandua/Ndzophor Spirostachys 127 7.938 8.31 1.58 8.31 2.11988 2.650E 5.915 22.549
e africaus 7 8 7 8 -03
Nala 50 3.125 3.27 0.62 3.27 0.73120 9.140E 2.040 8.589
4 5 4 7 -04
Ncaia Acacia 49 3.063 3.20 0.61 3.20 1.61912 2.024E 4.518 10.936
nigrescens 9 3 9 2 -03
Nconola Terminalia 4 0.250 0.26 0.05 0.26 0.18087 2.261E 0.505 1.029
sericea 2 2 8 -04
Ncuacua Strychnos 6 0.375 0.39 0.07 0.39 0.10335 1.292E 0.288 1.074
madagascariensi 3 5 3 9 -04
s
Ndzangalanguva 28 1.750 1.83 0.35 1.83 0.44471 5.559E 1.241 4.908
4 4 3 -04
Ndzivata / Gonicomo Commiphora 2 0.125 0.13 0.02 0.13 0.03306 4.133E 0.092 0.354
africana 1 5 1 5 -05
Ntoma Cassia 5 0.313 0.32 0.06 0.32 0.07039 8.799E 0.196 0.851
abbreviata 7 3 7 5 -05
Sessane Acacia nilotica 17 1.063 1.11 0.21 1.11 0.36625 4.578E 1.022 3.249
3 3 3 2 -04
Tsandzadlophu Pterocarpus 2 0.125 0.13 0.02 0.13 0.03418 4.273E 0.095 0.357
lucenes 1 5 1 5 -05
Tsontso Guibourtia 43 2.688 2.81 0.53 2.81 0.69785 8.723E 1.947 7.579
Conjugata 6 8 6 8 -04
Xigugutso Boscia 6 0.375 0.39 0.07 0.39 0.07524 9.405E 0.210 0.996
mossambicensis 3 5 3 1 -05
Xilutso 5 0.313 0.32 0.06 0.32 0.04337 5.422E 0.121 0.776
7 3 7 4 -05
Ximapamapane 7 0.438 0.45 0.08 0.45 0.07909 9.886E 0.221 1.138
8 8 8 -05
Xitsalala Gardenia 1 0.063 0.06 0.01 0.06 0.00865 1.082E 0.024 0.155
volkensii 5 3 5 9 -05
Xukutsu 3 0.188 0.19 0.03 0.19 0.04186 5.233E 0.117 0.510
6 8 6 2 -05
Floresta de Ntsontso/Chiondzoane
Nome Local ni Ab. Ab. Freq. Freq. Area basal Dom. Dom. IVI
Abs Rel. Abs. Rel. Abs Rel
Balatangate 20 0.769 0.402 0.154 0.402 0.418 0.000 0.309 1.112
Boboncanhi 46 1.769 0.924 0.354 0.924 2.591 0.002 1.916 3.763
Canhueiro 81 3.115 1.627 0.623 1.626 9.251 0.007 6.840 10.093
Chachandau 1 0.038 0.020 0.008 0.020 0.011 0.000 0.008 0.049
Chakwari 58 2.231 1.165 0.446 1.164 1.828 0.001 1.352 3.681
Chanatse/Mopane 69 2.654 1.386 0.531 1.385 1.828 0.001 1.352 4.123
Chanfuta/Xene 7 0.269 0.141 0.054 0.141 1.459 0.001 1.079 1.360
Volumes comercial total e Cortes anuais admissíveis das espécies a Madereiras de Mahanche
Estrato de Chiondzoane/Tsontso
Nome Local C. Comercial co DM 10-20 20-30 30-40 40-50 50-60 ≥ 60 Volume VCT CAA
dig C
Sandalo / Preciosa 0 30 0,024 0,048 0 0 0 0 0 0 0
M'bandua
Tsontso Preciosa 0 40 3,878 1,629 0,211 0,194 0 0 0,194 577,203 17,316
Mecrusse 1a Classe 1 30 0,905 0,308 0 0 0 0 0 0 0
Nulo 1a Classe 1 30 0,038 0 0 0,739 0 0 0,739 2202,736 66,082
Canhueiro 2a Classe 2 50 0,043 0,028 0,502 0,314 0 0 0 0 0
Conola 3a Classe 3 30 0,066 0,060 0 0 0 0 0 0 0
Zungo 3a Classe 3 40 0,100 0,059 0,085 0 0 0 0 0 0
Ncai 3a Classe 3 40 0 0 0,163 0 0 0 0 0 0
Chanatse / 1a Classe 1 30 0,125 0,858 0,634 0,849 0 0 0,849 2532,326 75,970
Mopane
Nwambo 4a Classe 4 40 0,011 0 0 0 0 0 0 0 0
5,188 2,990 1,594 2,096 0 0 1,7820 5312,27 159,7