Você está na página 1de 3

OFÍCIO DE SOCIÓLOGO: Metodologia da pesquisa na sociologia

A CONSTRUÇÃO DO OBJETO

2. O fato é construído: as formas da demissão empirista


O texto refere como é o processo de investigação, onde os autores falam sobre a
construção do objeto, informa a respeito do empirismo, além de aprofunda outros assuntos. Se
percebe que o texto se inicia com apresentação de semelhanças entre os autores Marx e
Weber, do real objetivo a ser estudado, podemos notar nesse trecho dos autores BOURDIEU
et al. (2007, p. 45) “ uma ciência não poderia ser definida por um domínio do real que a
dividisse em si mesmo”. Traz a reflexão que ocorre uma parte da sociologia, ligado a uma
parte cientifica.
BOURDIEU et al. (2007, p. 46) salienta que o princípio Durkheimiano se faz
“necessário tratar os fatos sociais como coisas”, se faz entender que o fato social é um fato
estruturado no momento que o sociólogo busca elementos que respondam o problema de
pesquisa, mas se percebe que ocorre equívocos com a delimitação dos objetivos, visto que
podemos criar objetivos que talvez não conseguiremos responder de forma clara. BOURDIEU
et al. (2007, p. 48)
Um objeto de pesquisa, sendo parcial e detalhado, não pode ser definido e
construído senão em função de uma problemática teórica que lhe permitiria
ser submetido a uma indagação sistemática dos aspectos da realidade postos
em relação pela questão que lhes é posta.

2.1. "As abdicações do empirismo"

Sobre as abdicações do empirismo, nota-se que os autores problematizam uma


análiserk que confrontaria o positivismo. Os autores de forma conjunta colaboram com o
afastamento do pesquisador real, sendo que a ele confere a análise de dados, pois não basta
que o sociólogo tenha todas as informações, ainda se pode correr risco de não conseguir
analisar as informações, ou seja, esse processo metodológico preza um afastamento do que
está se observando, com isso leva o sociólogo a ter que levar considerações de estrutura
teóricas que dará suporte para sua pesquisa.

2.2. Hipóteses ou pressupostos


Nesse tópico os autores previnem para o uso das pré-noções, visto que Durkheim
ignorou todo o corpo teórico e metodológico, percebe-se que a retirada das pré-noções por
Durkheim é afirmada novamente pelos autores, pois verifica-se uma forma mais clara de
entendimento de um objeto, na qual apresenta uma construção teórica que viabiliza esse
momento. Também percebemos a importância da utilização das técnicas estatísticas, mas é
necessário está atento as circunstância e pressupostos que formam um objeto ou uma
informação. BOURDIEU et al. (2007, p. 54) descreve nesse trecho:
Para obedecer verdadeiramente ao imperativo que formula Simiand e para
não dizer à estatística outra coisa senão o que ela diz, deve-se questionar em
cada caso o que ela diz e pode dizer, em que limites e sob que condições.

2.3. A falsa neutralidade das técnicas: Objeto construído ou artefato


Nesse trecho, os autores falam da diferenciação da neutralidade, a saber, a neutralidade
axiológica. A utilização da entrevista não diretiva é comentado de forma importante, ou seja,
o seu uso se dá através de uma relação artificial entre pesquisador(a) e sujeito, sendo que o
entrevistado seria estimulado, ao criar um artefato verbal, dada s diferença linguística que
ocorre na entrevista, isso ocorre pelo fato da linguagem favorecida por sua classe social e a
relação artificial.
Sobre o princípio da ética abordado no texto, mostra que o relativismo na análise se
iguala com os objetos, e se torna incompleto em sua reflexão, por que não leva em conta a
qualidade que o objeto toma em relação a outro objeto.

2.4. A analogia e a construção das hipóteses


A ideia de construção de hipótese é um processo que deve estar ligado as perguntas
que levam a essa mesma construção, percebe que os autores descrevem que o objeto é
constantemente problematizado na análise, ou seja, para evitar a formação positivista que
apresenta nos fatos uma investigação das hipóteses.
Também aparece no texto s problematização sobre o tipo weberiano, que é ficção
coerente, melhor dizendo, que esse modo é defendido como modo relacional com a realidade,
assim podemos considerar com um elemento comparativo.

2.5. Modelo e teoria


São apresentados dois modelos, sendo um diferente do outro, segundo os autores: os
“modelos miméticos” são aqueles que reproduzem particularidade externo do real, já os
“modelos analógicos” são considerados aqueles que apresenta uma possibilidade de
interpretação da realidade mais complexa, ou seja, os modelos teriam seu valor a partir da
interpretação retirado da sua construção, e não do grau de formalidade.
Referências Bibliográficas
BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, J. Claude; PASSERON, J. Claude. Oficio De
Sociólogo: Metodologia da Pesquisa na Sociologia. Segunda parte “A construção do objeto”
6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. ISBN 978-85-326-1775-0

Você também pode gostar