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TEXTO 1

O artigo produção, custo de informação e organização econômica das autoras


Alchian e Demsetz (2005) discutem sobre as teorias econômicas das organizações sob
um guarda-chuva denominado conflitos de agência, ou seja, conflitos de interesse que
podem surgir entre as partes interessadas de uma organização. Alchian e Demsetz
(2005) começam exaltando a cooperação, quando o marceneiro contrata um outro
marceneiro, ou seja, a cooperação é realizada dentro da firma, mas quando o marceneiro
compra tabuas de uma outra madeireira, a cooperação ocorre por meio de mercados, ou
seja, entre firmas. A teoria da organização econômica enfrenta dois problemas. 1)
Explicar condições que determinam os ganhos oriundos da especialização e da produção
cooperativa, que podem ser mais facilmente obtidos dentro das organizações, como
FIRMA, ou por meio de MERCADO. 2) Explicar a estrutura da organização.
No aspecto do problema da mensuração, a organização economia, a partir da
cooperação do fornecedor que ocorre pelo esforço de facilitar os pagamentos de acordo
com a produtividade, sendo uma alternativa de evitar sabotagens. São realizadas duas
mensurações: 1° medida da produtividade do insumo; e 2° medidas das recompensas. O
sistema especifico de recompensa estimula resposta especifica de produtividade, pela
qual as organizações econômicas medem deficientemente como recompensa de
produtividade apenas fracamente relacionada, então a produtividade será menor, mas
por outro lado, se as organizações econômicas medem bem a produtividade, então será
bem maior.
A produção em equipe é um desafio nos mais diversos empreendimentos, desta
forma os gestores, administradores buscam maneiras diferente de fortalecer a produção
coletiva para gerar resultados positivos, mas nem sempre as iniciativas são realizadas.
Assim em certos momentos os funcionários exageram nos momentos de lazer, isso faz
que outros funcionários tenha uma sobrecarga na produção, o pensamento de Coase foi
relativa às dificuldades de mensuração para existência das empresas, como a gestão de
uma equipe, onde os trabalhadores podem produzir mais trabalhando juntos
(cooperação) do que individualmente. Por isso, há um incentivo para que o trabalho seja
colaborativo, trata se de aspectos difíceis de serem administrados de forma adequada,
dado que essas questões com frequência estão ligadas a fatores como espírito de equipe
e lealdade.
Alchian e Demsetz (2005) apresenta seis tipos de firma, sendo o os seguintes:
Firmas que compartilham lucro; Firmas socialistas; a cooperação (sociedades
anônimas); cooperativas e organizações sem fins lucrativos; parcerias; e sindicatos de
trabalhadores. Cada tipo de firma apresenta suas especificidades, objetivos e
legalização.
TEXTO 2
De forma similar, Zanella et al (2015) mencionam que o arcabouço teórico da
Economia dos Custos de Transação (ECT) tem como foco de análise o estudo sobre a
formação das estruturas de governança, cujos pressupostos teóricos são: os atributos de
transação, ou seja, frequência, incerteza e especificidade dos ativos; enquanto os
pressupostos comportamentais são: oportunismo e racionalidade limitada. Segundo
Williamson (1991) descreve a frequência das transações, entendendo por um lado que
quanto menor a frequência, menor será a exposição dos agentes a comportamentos
oportunistas. Mas por outro, trocas recorrentes permitem o desenvolvimento de
comprometimentos e reputação, limitando o comportamento oportunista. Deste modo,
trocas recorrentes terão menor custo de transação se coordenadas por mecanismos extra
preço. A incerteza dificulta o desenvolvimento de contratos completos, deixando
lacunas que abrem a possibilidade de comportamento oportunista. A incerteza pode
estar associada à demanda, qualidade, impossibilidade de medir os esforços individuais,
ou a aspectos tecnológicos. Na especificidade dos ativos, quanto maior a
especificidade, maior valor terá esse ativo para um uso particular em relação a sua
segunda melhor alternativa. Já no oportunismo menciona está ligado a manipulação de
informação e apropriada de fluxo de lucro. Na racionalidade limitada é direcionada ao
comportamento humano de analisar todos os aspectos existente numa transação, ou seja,
você pode achar que fez o melhor contrato, mas mesmo assim vai está incompleto.
Zanella et al (2015) apresenta tanto a “velha” como a “nova” economia
institucional têm muitas correntes, não sendo um corpo único. No caso da “velha”
economia institucional, as suas principais características são encontradas em autores
como Marx e Pareto, e apresenta uma crítica a teoria positivista. No entanto, pensando
em termos de história do pensamento econômico, a origem dos economistas
institucionalistas foram expoentes da escola histórica alemã. Idealistas, nacionalistas,
empiristas, influenciados pela biologia darwinista, seus principais representantes Gustav
Schmoller, Adolph Wagner e Wilhem Roscher participaram da construção do
institucionalismo (chamado de historialíssimo). A NEI abrange dois campos de pesquisa
complementares: um nível de análise macro e um outro micro, ambos diretamente
influenciados por Coase. O primeiro, sob a liderança de North, lida com questões como
ambiente institucional: leis, normas, costumes, convenções; e o segundo, sob a
influência de Williamson, lida com questões como arranjos institucionais, que trata dos
mecanismos de governança das firmas.
O mundo ainda apresenta muita dificuldade de aceitação da ciência que não seja
expressa por estatísticas e estudos empíricos. As firmas parecem se arranjar de forma
diferente do que ser somente uma maximizadora de recursos. As firmas são feitas por
um conjunto de contratos que por seu fim são reflexos de relações humanas, que
relações têm uma dinâmica diferente do cálculo e o utilitarismo. Sendo assim, formas
alternativas como ECT apresentam um grande avanço na teoria da firma.

TEXTO 3 – COMPLEMENTAR
Em mercados competitivos perfeitos, a heterogeneidade do desempenho entre as
empresas não existiria ou seria fenômeno transiente, resultado de imperfeição logo
corrigida. As empresas não precisariam ter preocupações com estratégias, bastando
focar-se na eficiência operacional (Williamson, 1991).

O custo de transação, aperfeiçoado mais tarde por Williamson (1991), estuda como os
parceiros se protegem dos riscos em suas relações comerciais. Esses riscos referem-se à
possibilidade de que os elementos acordados entre as partes não ocorram. A
minimização dos riscos implica a redução dos custos de transação, representando um
elemento de eficiência na concorrência entre empresas
Williamson (1991b) classifica “adaptações autônomas” às adaptações para as quais o
sistema de preços consegue transmitir todas as informações relevantes e induzir as
adaptações dos agentes. Outras mudanças requerem respostas coordenadas entre os
agentes. Estas são “adaptações coordenadas” e envolvem o realinhamento de
mecanismos de coordenação e arranjos contratuais complexos e aspectos da organização
interna. Na metodologia formalizada por O. Williamson (1985, 1991) se analisa a
relação entre as estruturas de governança e as variáveis observáveis das transações e do
ambiente institucional. Definem-se três formas organizacionais que governam as
transações: o mercado spot, formas híbridas coordenadas via contratos/acordos de
distintos tipos, e a firma ou formas hierárquicas de integração vertical. Identificam-se
nas transações três dimensões principais às quais se associam os custos de transação. A
primeira é a freqüência das transações (as ocasionais e as recorrentes), entendendo por
um lado que quanto menor a freqüência, menor será a exposição dos agentes a
comportamentos oportunistas. Mas por outro, trocas recorrentes permitem o
desenvolvimento de comprometimentos e reputação, limitando o comportamento
oportunista. Deste modo, trocas recorrentes terão menor custo de transação se
coordenadas por mecanismos extra-preço. A segunda dimensão nas transações é a
incerteza que dificulta o desenvolvimento de contratos completos, deixando lacunas que
abrem a possibilidade de comportamento oportunista. Num ambiente de incerteza, a
teoria indica que se requerem estruturas de governança coordenadas. A incerteza pode
estar associada à demanda, qualidade, impossibilidade de medir os esforços individuais,
ou a aspectos tecnológicos. A terceira dimensão da transação refere-se à especificidade6
dos ativos envolvidos. Quanto maior a especificidade, maior valor terá esse ativo para
um uso particular em relação a sua segunda melhor alternativa. O impacto de uma ação
oportunista aumenta com o grau da especificidade do ativo, o que eleva os custos de
transação. Definem-se seis tipos de especificidade: locacional, de capital físico, de
capital humano, de ativos dedicados, de marca e temporal (Williamson, 1991). Quanto
maior for a especificidade dos ativos envolvidos numa transação, maior será o custo de
monitoramento na estrutura de mercado, tornando mais eficientes estruturas de
governança híbridas (acordos) e hierárquicas em situações de ativos muito específicos.

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