- É considerada a obra que inaugura a psicaná lise. Nã o vamos discutir toda a obra, somente
os conceitos centrais.
- Recomendado à quem vai ler a obra nã o começar pelo capítulo primeiro, pois este é uma
revisã o da literatura sobre os sonhos e suas interpretaçõ es. Isso em uma perspectiva
didá tica.
- [esquema 1]
- Vamos estudar com bastante detalhes a “seta” do retorno do reprimido. Vamos focar no
estudo da Interpretaçã o dos sonhos para entender melhor o “Retorno do Reprimido”.
- Ao falarmos dos “Três Ensaios da Sexualidade”, nas pró ximas aulas, o pró prio desejo
reprimido será o foco principal.
- Inicialmente é necessá rio utilizar uma equaçã o dos estudiosos da linguagem, Saussure,
Peirce, Wittgenstein, etc.,
- [esquema 2]
- Todo desejo é representado de uma forma verbal. Por isso terei também a equaçã o –
s/S.
- [Esquema 3]
- Este desejo reprimo e o seu conteúdo ideacional não podem chegar à Consciência –
pois estã o no Inconsciente. Como eles conseguem chegar lá ?
- [Esquema 4]
o Posso juntar ainda outras coisas, no caso, um outro desejo – s2/S2 (Matar papai)
Papai – Provedor de recursos / Provedor de Recursos – Estado Brasileiro/
Estado Brasileiro – Presidente / Presidente da Repú blica – Palá cio do
Planalto /
o Assim chego de um lado, pelo desejo de “Matar mamã e em “S5”- Oscar Niemeyer
e do outro, pelo desejo de “Matar papai” em “S5” – Palá cio do Planalto. – tanto em
um quanto no outro / intercambiá veis
Estabelecendo assim uma condensaçã o entre dois desejos reprimidos –
“Matar papai – mamã e”
- [Esquema 5]
- Outro ponto importante é lembrar que no Inconsciente ocorre o Processo Primário (nã o
tem acesso à motilidade).
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- Capítulo VI e VII sã o importantíssimos para entender a obra “Interpretaçã o dos Sonhos”, mas
no capítulo V há um exemplo importante da autoaná lise de Freud.
o O sonho é uma descarga do processo primá rio quando este tem acesso à s energias de
investimento do EU – acesso à consciência, com a característica que nã o tem acesso à
motilidade.
- Condensação – a partir de um processo de Catexia, uma ideia pode pegar carona em outra,
dependendo dos seguintes 3 fatores:
- Nesse sentido, vá rias delas podem pegar carona em um ú nico ponto, realizando o
processo de condensaçã o. Nesse processo, grosso modo, um cará ter ECONÔ MICO, no
que tange ao processo de Catexia.
o Como essa ideia, esse desejo está muito catexizado, ele vai puxar, atrair, outras
ideias paralelas, vai servir como o buraco negro de outras ideias, e vai fazer essa
condensaçã o.
- Fator ló gico no trabalho do sonho – como as necessidades dos sonhos sã o diferentes dos
pensamentos ló gicos, a saber, realizar o desejo reprimido.
- Despreza todas as relaçõ es ló gicas nas suas representaçõ es, interessando apenas que haja a
descarga de catexia dentro do aparelho psíquico.
o O que importa é que aquela energia que se acumulou no desejo reprimido seja
descarregada na Alucinaçã o.
o Lembrando que descarga na alucinaçã o nã o gera efetivamente PRAZER. O sonho
tende assim a ter um cará ter mais repetitivo – pois o Desejo nã o é
completamente realizado, só o seria via MOTILIDADE.
o Há inú meras outras possibilidades no capítulo VI, descritas por Freud, mas
praticamente todas acabam caindo no Deslocamento e Condensaçã o.
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Cap. VII – A Psicologia dos processos oníricos .
- O que acabou ficando em segundo plano no sonho, e mesmo o que foi esquecido, assim
se deu em funçã o da censura, e também deve ser analisado. Mas com uma diferença.
o O que acabou passando pela censura, é um sinal que nã o é tã o repreensivo
quanto aquilo que foi esquecido.
Por isso a recomendaçã o freudiana de que aquilo que foi esquecido é o
que deveria primeiro ser analisado, pois a censura o considerou mais
perigoso.
- Regressão
o Nã o no sentido de regressã o da libido em fases, que será visto nos Três Ensaios.
o Exemplo. O processo bottom-up da percepçã o visual. A regressã o seria o
processo top-down. Caminho inverso. A imagem sai do cérebro e vai aos olhos.
Passo a ver coisas que nã o existem. Isso é o conceito de regressã o neste trabalho.
A informaçã o vai do cérebro ao olhos, seria uma alucinaçã o.
- Realização de um desejo
o Todo sonho é a realizaçã o de um desejo.
o Podem ter três origens:
Despertados durante o dia e nã o satisfeitos
Surgidos durante o dia, mas repudiados, suprimidos pela psique (principal
ponto da psicanalise)
Oriundos fisicamente durante a noite.
o Freud nã o descarta as outras possibilidades, mas a matéria prima da psicanalise
sã o os suprimidos, reprimidos pela psique.
- Uma condensaçã o incompleta que irrompa a consciência isso se dá geralmente por meio
de representaçõ es intermediá rias. Exemplo, lapsos de memó ria.
o Todo lapso, falha de memoria, é irrupçã o de algum desejo, de alguma falha no
sistema de simbolizaçã o, e essa falha é muito importante no trabalho analítico.
- Para Freud essas transferências e condensaçõ es aliadas as descargas geradas por elas só
sã o as causas tanto do sonho via progressiva quanto das anomalias do sistema psíquico,
via regressiva.
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- A grande genialidade se encontra na relaçã o do Sintoma ao Sonho.
- Quando Freud descreve o mecanismo que gera o sonho também descreve o mecanismo
que gera o sintoma.
- Entã o, interpretar um sintoma é interpretar todo o processo neuró tico. É entender todo
o processo neuró tico.
o Que a pró pria fala, a livre associaçã o de ideias – rupturas de ideias – vai nos
mostrar os processos de deslocamento e condensaçã o que ocorrem na vida
cotidiana da fala.
- Interpretaçã o deve dizer: qual é o sintoma, qual é o desejo, qual é a cadeia, qual é a censura.