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Interpretações dos Sonhos – Metapsicologia

- É considerada a obra que inaugura a psicaná lise. Nã o vamos discutir toda a obra, somente
os conceitos centrais.

- Recomendado à quem vai ler a obra nã o começar pelo capítulo primeiro, pois este é uma
revisã o da literatura sobre os sonhos e suas interpretaçõ es. Isso em uma perspectiva
didá tica.

- [esquema 1]

- Vamos estudar com bastante detalhes a “seta” do retorno do reprimido. Vamos focar no
estudo da Interpretaçã o dos sonhos para entender melhor o “Retorno do Reprimido”.

- Ao falarmos dos “Três Ensaios da Sexualidade”, nas pró ximas aulas, o pró prio desejo
reprimido será o foco principal.

- Inicialmente é necessá rio utilizar uma equaçã o dos estudiosos da linguagem, Saussure,
Peirce, Wittgenstein, etc.,

- [esquema 2]

- s/S – “s” menor será o significante / o “S” maior será significado.

o Exemplo: significante = CASA / significado: construçã o, lar...


o Posso ter uma série de significados para um significante.
o Ao buscar uma palavra em um dicioná rio estou procurando um significado de um
significante.

- Todo desejo é representado de uma forma verbal. Por isso terei também a equaçã o –
s/S.

- Vimos que há uma Censura. E que o s/S sã o os representantes verbais de um desejo


reprimido.

- [Esquema 3]

- Este desejo reprimo e o seu conteúdo ideacional não podem chegar à Consciência –
pois estã o no Inconsciente. Como eles conseguem chegar lá ?

- Há duas estratégias básicas.

- A primeira, o deslocamento, é que eu mantenho o “S” grande, vamos chama-lo de “S1”,


entã o teria “s1/S1”.

o Vou trocando a parte de cima, o significante, mantendo a parte de baixo, o


mesmo significado: s2/S1 – s3/S1 – s4/S1 – s5/S1 – s6/S1...
o Mantenho o significado ao longo de todo o percurso/da cadeia: S1
o O que muda é o significante.
o Usando um exemplo. Tenho um desejo: “Matar mã e”. O significado nã o mudaria,
mas mudo os significantes.
 Mã e pode me lembrar – casa – cozinha – fogã o – comida – fogã o.
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 A mã e – significante (s1) muda. Mas a mã e no significado (S1) é mantida
durante toda a cadeia.
 Como provedor – um dos significados de mã e é provedor, e o
fogã o e mã e provem comida.
 Este é o princípio bá sico do que chamamos de DESLOCAMENTO.
 O que se desloca ao longo da cadeia é o Significante.
 Chega na consciência – ao invés de “Matar mã e” como “Quebrar Fogã o”.

- [Esquema 4]

- Segunda estratégia bá sica do desejo reprimido emergir na consciência, a Condensação.

o Um “s” significante pode ter vários significados.


o Mas um significado “S1” pode estar ligado a um outro significado, o “S2”, ou
também um “S3”.

o O “S2”, significado 2, pode me gerar um significado 4, “S4” – Estabelecendo assim


uma cadeia de significados sob o mesmo significante.
o O melhor exemplo disso é um dicioná rio. A palavra e seus significados, e depois o
significados desses significados.
 Ex. Casa – estrutura de construçã o / Estrutura de Construçã o – prédio /
Prédio – desenho arquitetô nico / Desenho arquitetô nico – Oscar
Niemeyer...
o Vá rios significado que se fundem à um só , no caso poderia ser “Mã e”.

o Junto em um único ponto vários significados


 diferente do Deslocamento, no qual eu seguia o significante, na
Condensação vou seguindo os significados.
 O resultado aqui parece mais escatoló gico do que o primeiro.

o Posso juntar ainda outras coisas, no caso, um outro desejo – s2/S2 (Matar papai)
 Papai – Provedor de recursos / Provedor de Recursos – Estado Brasileiro/
Estado Brasileiro – Presidente / Presidente da Repú blica – Palá cio do
Planalto /
o Assim chego de um lado, pelo desejo de “Matar mamã e em “S5”- Oscar Niemeyer
e do outro, pelo desejo de “Matar papai” em “S5” – Palá cio do Planalto. – tanto em
um quanto no outro / intercambiá veis
 Estabelecendo assim uma condensaçã o entre dois desejos reprimidos –
“Matar papai – mamã e”

- Tudo isso pressupõ e alguns princípios

- [Esquema 5]

- O Consciente obedece uma lógica temporal/causal.

- O Inconsciente nã o obedece uma ló gica temporal/causal (obedece outras ló gicas (ex. a


condensação / deslocamento)
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- Ló gica temporal/causal está ligada ao Princípio da Realidade, o Pcs/Cs obedece este
princípio.

- Trabalho executado no Inconsciente obedece o Princípio do Prazer.

- Outro ponto importante é lembrar que no Inconsciente ocorre o Processo Primário (nã o
tem acesso à motilidade).

- Processo Secundário (Pcs/Cs), acesso à motilidade.

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- Capítulo VI e VII sã o importantíssimos para entender a obra “Interpretaçã o dos Sonhos”, mas
no capítulo V há um exemplo importante da autoaná lise de Freud.

o Descoberta de que o SONHO também é processado do mesmo modo que o


SINTOMA.
 Descolamento/Condensaçã o...

- Daí a afirmaçã o: “O Sonho é a realização de um desejo (reprimido)”.

Cap. VI e VII – Interpretação dos Sonhos.

- Cap. VI – O trabalho do sonho

o O sonho é uma descarga do processo primá rio quando este tem acesso à s energias de
investimento do EU – acesso à consciência, com a característica que nã o tem acesso à
motilidade.

o Algumas características do processo onírico:

 Desprovidos de descarga motora


 Conexõ es dos sonhos nã o servem a nenhum parâ metro ló gico
 Processo de deslocamento/condensaçã o – sem a ló gica temporal/causal (é do
processo primá rio e nã o processo secundá rio)

 As ideias oníricas sã o de cará ter alucinató rio


 Vimos isto no Projeto – processos alucinató rios acontecem no processo
primá rio, sem o cará ter de realidade. Nã o tem uma descarga efetiva motora.
 Os sonhos sã o a realizaçã o de um desejo – reprimido. (o Desejo Reprimido será
estudo com mais detalhamento quando falarmos dos “Tres ensaios da Sexualidade”)

 A lembrança dos sonhos é fraca


 Porque a censura, logo depois do sonho, ganha mais força e tenta jogar inclusive
os resquícios dos sonhos para a Repressã o. Reprime a lembrança dos sonhos.
 A consciência, durante o sonho, nã o está presa ao EU.
 A consciência vai dormir, de forma que o processo primá rio – o desejo –
consegue ter acesso a “uma parte da consciência”.
 A parte que ela nã o tem acesso é a motilidade.
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 Mesmo dormindo, a censura continua ativa. Por isso necessá rio o processo de
deslocamento/condensaçã o. Freud fala de outros processos, mas os principais sã o
estes dois (Lacan: metá fora/metonímia)

- Condensação – a partir de um processo de Catexia, uma ideia pode pegar carona em outra,
dependendo dos seguintes 3 fatores:

o A quantidade de associaçõ es possíveis entre Ideia Representada e sua Representaçã o


– as cadeias de significados e significantes.

o As catexias, ou investimentos, gerados por esta Representaçã o, deve se ter energia


suficiente para irromper a consciência.
 Aquele “motor” que vimos no Projeto, a energia acumulada, deve ser suficiente
para provocar o deslocamento e condensaçã o. Nem sempre a energia é suficiente.

o Crivo da censura do Inconsciente.


 Se a censura for muito forte, mesmo com o processo de deslocamento e
condensaçã o, nã o consegue atingir o sonho.

- Ressaltar: As ideias que estã o no Sistema Inconsciente em funçã o da censura necessitam


se associar à outras ideias para poder irromper para a consciência.

- Nesse sentido, vá rias delas podem pegar carona em um ú nico ponto, realizando o
processo de condensaçã o. Nesse processo, grosso modo, um cará ter ECONÔ MICO, no
que tange ao processo de Catexia.
o Como essa ideia, esse desejo está muito catexizado, ele vai puxar, atrair, outras
ideias paralelas, vai servir como o buraco negro de outras ideias, e vai fazer essa
condensaçã o.

- Deslocamento – em funçã o da censura do sistema, as ideias recalcadas necessitam de um


disfarce para emergir à consciência. Neste caso sã o executados as Representaçõ es possíveis
nos sonhos.

- Toda vez que falamos de linguagem, de significado e significante, toda a estrutura de


linguagem, estamos falando de pré-consciente.

- Fator ló gico no trabalho do sonho – como as necessidades dos sonhos sã o diferentes dos
pensamentos ló gicos, a saber, realizar o desejo reprimido.

- Despreza todas as relaçõ es ló gicas nas suas representaçõ es, interessando apenas que haja a
descarga de catexia dentro do aparelho psíquico.

o O que importa é que aquela energia que se acumulou no desejo reprimido seja
descarregada na Alucinaçã o.
o Lembrando que descarga na alucinaçã o nã o gera efetivamente PRAZER. O sonho
tende assim a ter um cará ter mais repetitivo – pois o Desejo nã o é
completamente realizado, só o seria via MOTILIDADE.

- Freud estabelece algumas regras de representaçã o nos sonhos.


o As relaçõ es ló gicas sã o representadas por uma simultaneidade no tempo, elas
reproduzem uma organizaçã o ló gica por uma simultaneidade no tempo.
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 Ao invés de acontecer uma coisa depois da outra, todas ocorrem ao
mesmo tempo.
 Ao interpretar um sonho é necessá rio pegar um ponto específico e tentar
ver quantas cadeias ló gicas tem lá .

o Para representar relaçõ es causais os sonhos possuem dois procedimentos que


sã o, em essência, os mesmos.
 Neste caso, o método mais comum de representaçã o seria o de introduzir
a oraçã o subordinada como um sonho introdutó rio e acrescentar a oraçã o
principal como sonho secundá rio.
 Se interpretei corretamente, a sequência temporal pode ser
invertida.
o Ex. “Eu vou a feira comprar tomate” – “vou comprar tomate,
e depois vou a feira”.
o De repente no sonho pode aparecer primeiro eu comendo
tomate e depois eu vou a feira.

 Outro método de representar uma relaçã o causal adapta-se a um material


menos extenso e consiste em uma transformaçã o de uma imagem do
sonho, seja ela de uma pessoa ou coisa, em outra.
 É um deslocamento. Ao invés de aparecer minha mã e, aparece um
fogã o.

 Em ambos os casos a causaçã o é representada pela sequencia temporal.


Num deles por uma sequencia de sonhos, e no outro pela transformaçã o
direta de uma imagem em outra.
 Entã o eu posso ter uma inversã o temporal com uma troca da
imagem daquilo que está sendo representado.

o A alternativa ou isso ou aquilo nã o pode ser expressa em sonhos, seja de que


maneira for. Ambas as alternativas costumas ser inseridas no texto do sonho
como se fossem igualmente vá lidas. Em outros casos, a dificuldade de
representar uma alternativa é superada dividindo o sonho em duas partes igual
em extensã o.
 Os sonhos sã o paradoxais, nã o é ou-ou é e-e. Estou matando e comendo.
Nã o sou coisas alternativas, mas condensadas. O “E” indica condensaçã o.

o Há inú meras outras possibilidades no capítulo VI, descritas por Freud, mas
praticamente todas acabam caindo no Deslocamento e Condensaçã o.

o Todo sonho é egoísta. É minha experiência, e uma experiência para a qual nã o


encontrei nenhuma exceçã o que todo sonho versa sobre o pró prio sonhador. Os
sonhos sã o inteiramente egoístas.
 Só sonho comigo mesmo, ou um dialogo que está acontecendo comigo, ou
sou um observador do sonho, o EU sempre está presente.

o Sobre a intensidade. – A intensidade sensorial está diretamente relacionada com


a intensidade psíquica, que por sua vez coincide como valor psíquico.
 Quanto mais energia tiver aqui no desejo, maior será minha sensaçã o no
sonho.
 Se meu desejo de matar a mamã e for muito grande, no sonho vai
parecer muito real que eu estou destruindo o fogã o –
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 a intensidade da catexia do investimento no desejo reprimido, vai
ser igual a minha experiência no sonho.

o A inibiçã o de um movimento representa um conflito.


 Quando eu vou/nã o vou, quero/nã o quero... representa um conflito nessa
questã o, via censura.

o A principal consideraçã o quanto a representatividade pode ser expressa: Dado


que as palavras podem carregar diversos sentidos esse é ponto principal da
representatividade do sonho.
 Um sonho é formado a partir de estruturas de linguagem.
 A causalidade do sonho, nos deslocamentos e condensaçõ es, só sã o
possíveis a partir de estruturas de linguagem.

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Cap. VII – A Psicologia dos processos oníricos .

- O esquecimento dos sonhos


o Se deve ao fator de censura do Pré-consciente. A partir desse pressuposto dois
elementos importantes devem ser levados em consideraçã o.
 O grau de catexia dos pensamentos que sã o lembrados, tendo em vista que
estes devem ser os de maior valor psíquico, ou seja, quanto mais energia
no desejo reprimido, mais vou conseguir lembrar.
 Mas, paradoxalmente, quanto maior for a censura, menos eu vou
conseguir lembrar.
 Dois fatores que determinam se vou lembrar ou nã o do sonho.

- O que consegue escapar da censura, as lembranças, sã o descargas do inconsciente, e por


isso devem ser analisadas.

- O que acabou ficando em segundo plano no sonho, e mesmo o que foi esquecido, assim
se deu em funçã o da censura, e também deve ser analisado. Mas com uma diferença.
o O que acabou passando pela censura, é um sinal que nã o é tã o repreensivo
quanto aquilo que foi esquecido.
 Por isso a recomendaçã o freudiana de que aquilo que foi esquecido é o
que deveria primeiro ser analisado, pois a censura o considerou mais
perigoso.

- Regressão
o Nã o no sentido de regressã o da libido em fases, que será visto nos Três Ensaios.
o Exemplo. O processo bottom-up da percepçã o visual. A regressã o seria o
processo top-down. Caminho inverso. A imagem sai do cérebro e vai aos olhos.
Passo a ver coisas que nã o existem. Isso é o conceito de regressã o neste trabalho.
A informaçã o vai do cérebro ao olhos, seria uma alucinaçã o.

o Falamos em regressã o quando em um sonho uma representaçã o é transformada


na imagem sensorial de que originalmente se derivou.

o Essas relaçõ es nã o estã o contidas nos primeiros sistemas mnêmicos, mas em


sistemas posteriores. Havendo regressã o, elas poderiam necessariamente
encontrar qualquer meio de se expressar. Se exceto por imagens perceptivas, na
regressã o a trama dos pensamentos oníricos decompõ e-se em sua matéria prima.
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 A matéria prima dos sonhos sã o elementos sensó rias. Quando tenho uma
regressã o ocorre uma decomposiçã o dessa matéria prima sensorial, e
depois faço o caminho inverso.

- Realização de um desejo
o Todo sonho é a realizaçã o de um desejo.
o Podem ter três origens:
 Despertados durante o dia e nã o satisfeitos
 Surgidos durante o dia, mas repudiados, suprimidos pela psique (principal
ponto da psicanalise)
 Oriundos fisicamente durante a noite.
o Freud nã o descarta as outras possibilidades, mas a matéria prima da psicanalise
sã o os suprimidos, reprimidos pela psique.

o Os desejos podem chegar a consciência nos sonhos durante o sono, através do


esforço do Inconsciente. Na verdade os desejos inconscientes aguardam uma
oportunidade para subir a consciência através da ligaçõ es- TRANSFERÊNCIAS
com os desejos conscientes que conseguem passar pela censura do Pré-
Consciente.

- Se quisermos classificar as moçõ es de transferências que existem nos sonhos,


poderemos dividi-las nos seguintes grupos.
o O que nã o foi levado à uma conclusã o durante o dia, devida a um obstá culo
fortuito.
o O que nã o foi tratado devido a insuficiência de nossa capacidade intelectual
o O que foi rejeitado ou suprimido durante o dia
o Um poderoso que consiste naquilo que foi ativado em nosso Inconsciente pela
atividade do Pré-Consciente no decorrer do dia
o O grupo de impressõ es diurnas que foram indiferentes que, por essa razã o nã o
foram tratadas.

- A origem dos Sonhos Aflitivos encontra-se justamente na possibilidade de desejos


Inconscientes aflitivos ao Pré-Consciente pegarem carona nos restos diurnos.
o Outra possibilidade pode ser uma resposta violenta do EGO ao desejo que se
realiza no sonho.

- Se um sonho é realizaçã o de um desejo, como explicamos um pesadelo.


o Se temos um desejo reprimido e consegue chegar à consciência, quando a
censura nota que isso está acontecendo, o sonho se torna aflitivo.
o Nã o é um pesadelo em si, se torna pois a censura percebe o que está ocorrendo,
acorda e aí tenho um sonho aflitivo.

- No trabalho do sonho a intensidade psíquica e substituída pela intensidade sensorial.

- Freud chama de Transferência - o processo das representaçõ es inconscientes catexizar


ideias pre-conscientes, encobrindo-se através destas utimas. O processo de
transferência pode alterar ou nã o a representaçã o pré-consciente.
o O processo de representaçã o do Desejo reprimido para a consciência é via
deslocamento e condensaçã o .
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- O fato de elementos triviais serem utilizados durante o sonho deve-se ao fato dos
mesmos atenderem a dois requisitos:
o Se encontram livres de associaçõ es
o Se encontram livres de censura do inconsciente
 Nesse sentido, os materiais indiferentes e resistentes sã o os preferidos.
 Qual é a coisa mais fá cil de chegar na consciência, uma mã e
esquartejada ou um fogã o? Fogã o é uma coisa trivial, entã o essas
sã o as que chegam mais fá cil pois passam sem muito problemas
pela censura.

- Despertar pelos sonhos – a função dos sonhos e sonhos de angústia.


o O sonho de angustia é quando a censura percebe o disfarce.
o Quando é que ele desperta, quando tem certeza do disfarce.

- Os resultados possíveis do processo excitató rio do Inconsciente podem ser:


o Há dois resultados possíveis para cada processo excitató rio
 Ou bem ele fica por sua pró pria conta, caso ele acabe irrompendo em
algum ponto e essa ocasiã o isolada encontra descarga para sua excitaçã o
na motilidade.

 Ou cai sob a influencia do pré-consciente e sua extraçã o, em vez de ser


descarregada fica ligada pelo pré-consciente. Essa segunda alternativa, é o
que ocorre no processo do sonho.
 Observem que iguala sonho à sintoma.
 Freud está dizendo, este desejo houve no sonho, houve no sintoma,
logo sintoma também é realizaçã o de um desejo. – Psicossomá tica.
 Se estamos com um paciente que tenha um sintoma, precisamos
entender que este sintoma é a realizaçã o de um desejo.
 Interpretar um sintoma é como interpretar um sonho.

- Processos Primários e Secundários e o Recalcamento.


o A partir de uma representaçã o ocorrem três fenô menos
 Uma cadeia de ideias catexizadas
 Quando adquirem importâ ncia. Para ter o retorno de um desejo,
mesmo com deslocamento e condensaçã o, preciso catexizar,
investir nessa via de alguma forma.
 Desprezadas
 Sem importâ ncia
 Ou descatexizadas
 Anti-investimento

- A partir da transferência que ocorre entre pré-consciente – inconsciente para Freud,


essa transformaçã o gera no pensamento nã o reconhecíveis normais como sendo: uma
condensaçã o que gera uma intensificaçã o psíquica de uma ideia ou um deslocamento.

- Uma condensaçã o incompleta que irrompa a consciência isso se dá geralmente por meio
de representaçõ es intermediá rias. Exemplo, lapsos de memó ria.
o Todo lapso, falha de memoria, é irrupçã o de algum desejo, de alguma falha no
sistema de simbolizaçã o, e essa falha é muito importante no trabalho analítico.

- Frouxa relaçõ es entre as representaçõ es, exemplo, os chistes, e pensamentos


mutuamente contraditó rios que unem sem nenhum problema.
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o Toda vez que tenho uma falha de linguagem, fala algo paradoxal, cometo lapso de
linguagem, aí se manifesta o inconsciente.
o Freud trabalha muito isso na “Psicopatologia da vida cotidiana”.
 Paró dia deste texto, em Machado de Assis, “O alienista”.

- O importante nos processos é a descarga da catexia e nã o o significado pela qual ela


ocorre.
o Isso ao falar da descarga. Para o psicanalista entender como isso ocorre é
importante para entender qual é o desejo.

- Para Freud essas transferências e condensaçõ es aliadas as descargas geradas por elas só
sã o as causas tanto do sonho via progressiva quanto das anomalias do sistema psíquico,
via regressiva.

- Os desejos que nã o sã o aceitos pelo pré-consciente/consciente sã o devolvidos para o


Inconsciente, sendo que esse processo se chama RECALCAMENTO ou REPRESSÃ O.

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- A grande genialidade se encontra na relaçã o do Sintoma ao Sonho.

- Quando Freud descreve o mecanismo que gera o sonho também descreve o mecanismo
que gera o sintoma.

- Entã o, interpretar um sintoma é interpretar todo o processo neuró tico. É entender todo
o processo neuró tico.

- Pelos lapsos da fala, pelos paradoxos e condensaçõ es da fala é possível entender o


inconsciente ele está nos dizendo:

o Que a pró pria fala, a livre associaçã o de ideias – rupturas de ideias – vai nos
mostrar os processos de deslocamento e condensaçã o que ocorrem na vida
cotidiana da fala.

 Aqui nasce o método psicanalítico, o método de interpretar: sintoma,


sonho, fala.

- Interpretaçã o deve dizer: qual é o sintoma, qual é o desejo, qual é a cadeia, qual é a censura.

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