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Monstro Cerveja Artesanal

Cerveja Monstro é malte, lúpulo, água, levedura e muito mais

Categoria: Receitas

Cerveja artesanal de trigo com


maracujá – Fruit beer

Maracujá adicionado a cerveja artesanal de trigo

Finalmente decidimos misturar frutas e cerveja! Fizemos uma cerveja artesanal


de trigo e adicionamos maracujá durante a maturação. Como foi nossa primeira
vez batemos cabeça durante o processo, mas apesar dos tropeços a cerveja parece
estar caminhando bem.
Foi preciso ler um pouco a respeito para entender melhor esse tipo de cerveja,
de nir a fruta e escolher os processos que mais se adequavam as nossas
expectativas. Encontramos muita informação na internet, algumas boas
fontes em inglês estão aqui e aqui e em português aqui. Nossa vontade sempre foi
usar cambuci, mas infelizmente estamos fora da estação e é impossível encontrar
essa fruta fresca por ai nessa época do ano, portanto optamos por outra fruta
cítrica com um aroma bem legal, o maracujá.

Adicionamos a polpa da fruta previamente congelada a cerveja após a levedura ter


terminado a fermentação, mantivemos a temperatura de fermentação e
aguardamos 10 dias  para que a levedura consumisse todo o açúcar fermentável do
maracujá.

Exatamente aqui começa a bagunça,


não pasteurizamos ou batemos a polpa
no liquidi cador, portanto as sementes
também foram para o fermentador
inteiras, o problema é que
acreditávamos que todas as partículas
sólidas da fruta iriam decantar e se
juntar ao trub frio no fundo do
Levedura e polpa de maracujá decantada no
fermentador, o que não aconteceu. fundo do fermentador
Mesmo após reduzirmos a temperatura
para ajudar no processo de decantação a
situação não melhorou e após atingirmos 0C ainda era possível ver sementes e
outras partes do maracujá na superfície da cerveja.

Menosprezamos a questão e usamos o auto sifão para transferir a cerveja para o


postmix acreditando que esse procedimento deixaria todos os sólidos para trás. E
é claro que falhamos! Diversas partículas sólidas foram transferidas para dentro
do postmix o que é um baita problema já que essas partículas podem causar
problemas ao funcionamento do barril.

Como car transferindo a cerveja de um


recipiente para outro não é legal, já que
isso aumenta os riscos de contaminação
e oxidação, “resolvemos” o problema
na gambiarra no improviso, criamos
uma espécie de versão reduzida da
“rede para caçar borboletas” (daquelas
que sempre aparecem em desenho
animado). Utilizamos arame e um ltro
de bomba de chimarrão para criar a
nossa ferramenta usada pescar
partículas que boiavam dentro do barril Improviso para retirar resíduos sólidos da polpa
de cerveja. Após “limparmos” a do maracujá de dentro do postmix.

superfície,  fechamos o postmix e


iniciamos a carbonatação. O mais incrível aqui é que todo esse trabalho teria sido
evitado se tivéssemos utilizado um hop bag para a polpa do maracujá, lembrem-
se disso!

Bom, enquanto o carbonatação não termina vamos falar sobre a receita. Além dos
maltes de trigo e de cevada utilizamos um pouco de açúcar para aumentar a
graduação alcoólica da cerveja sem aumentar o corpo e deixa-la mais seca.
Gostaríamos que o lúpulo tivesse um papel bem discreto, por isso focamos em 13
IBU’s e uma única adição no início da fervura, apenas para amargor. Por último,
decidimos por utilizar fermento belga pelas suas características frutadas e
condimentadas que poderiam combinar com o maracujá.
A receita para 20 litros da nossa cerveja de trigo com maracujá cou assim:
1,9Kg de malte de trigo
1,9Kg de malte Pilsner
0,27kg de açúcar (5 mins)
14g de lúpulo Perle (60 mins)
1/2 tablete de whirl oc
Levedura White Labs – WLP570 (fermentação a 20C)

A OG estimada é de 1.047SG e a FG é 1.009SG.

A mosturação foi feita com 11 litros de água, em uma única rampa de sacari cação
a 65C por 60 minutos e depois a inativação das enzimas a 76C por 10 minutos. Na
lavagem dos grãos usamos mais 19 litros de água.

Utilizamos 500g de polpa de maracujá fresco, a congelamos e logo depois


adicionamos à cerveja após o termino da fermentação. Mantivemos a temperatura
de fermentação por 10 dias antes de baixarmos para 0C para iniciar a etapa de
clari cação.

Agora é aguardar a carbonatação terminar para nalmente provar a nossa


primeira cerveja caseira com fruta.

Em breve postamos o resultado. [update: veja como cou aqui]

Um abraço,
Cerveja Monstro

março 25, 2014 / Geral, Receitas / beer, Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de trigo, cerveza,
cevada, craft beer, embarrilamento, fruit beer, homebrew, levedura, lúpulo, malte, maracujá,
passion fruit, receita / 38 comentários

Uma versão diferente da American


Wheat Pé Grande
Cerveja artesanal de trigo do estilo American Wheat

Sim, 2014 é o ano das experimentações por aqui. Decidimos utilizar alguns novos
ingredientes para fazer uma nova brassagem da nossa cerveja artesanal de trigo
do estilo American Wheat. Dessa vez a Pé Grande foi feita com uma combinação
de lúpulos dos EUA e Austrália, além da levedura American Ale da BIO4.

A base da receita (grãos) é a mesma usada na última versão, 50% malte Pilsner e
50% malte de trigo para atingirmos uma densidade original de 1.049SG. Para os
lúpulos decidimos usar pela primeira vez duas variedades, mantendo o nosso
target original de amargor (30 IBUs), o lúpulo australiano Topaz para amargor e o
norte americano Willamette para aroma. Por m, a fermentação cou sob a
responsabilidade da cepa SYO25 – American Ale.

A receita dessa versão para 20litros de cerveja artesanal cou assim:


(OG: 1.049SG / FG: 1.011SG  –  5,0% ABV)

2,25kg de malte Pilsner


2,25kg de malte de trigo
13g de lúpulo Topaz (60 mins)
1/2 tablet de whirl oc (15 mins)
6g de lúpulo Willamette (10 mins)
10g de lúpulo Willamette (0 mins)
Levedura BIO4 – SYO25 – American Ale

As rampas de temperatura são:


15 mins a 50C
60 mins a 67C
10 mins a 76C

Utilizamos 12,5 litros de água para a mosturação e 18,5 litros para a lavagem dos
grãos. A fervura foi feita por 60 mins sendo que o lúpulo de amargor foi
adicionado logo no inicio. Nos últimos 15 minutos de fervura adicionamos o
whirl oc e em seguida as duas adições de lúpulo de aroma conforme a receita.

Como esse é um estilo de cerveja limpo, sem os esteres frutados, e queríamos


evidenciar os grãos e os lúpulos, decidimos fermentar a um temperatura mais
baixa (17C). O fermentador seguiu nessa temperatura até a densidade atingir o
patamar desejado, a densidade nal de 1.011SG. Depois disso foi só reduzir
gradativamente a temperatura até 0C para clari car a cerveja e partir para a
carbonatação para en m de degustarmos a nova versão da nossa mais lupulada
cerveja caseira de trigo.

Em breve voltamos com o resultado.

Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 6, 2014 / Criaturas, Geral, Receitas / ale, american ale, American wheat, cerveja americana,
Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de trigo, craftbeer, homebrew, IBU, levedura, lúpulo,
malte, Pé Grande, receita, trigo / 2 comentários

Cerveja Monstro do Lago Weiss com


novo fermento

Cerveja de trigo Monstro do lago Weiss


Depois de algum tempo utilizando o mesmo tipo de fermento em nossa cerveja
artesanal de trigo alemã decidimos experimentar outra levedura, a He eweizen
Ale – SY055 da Bio4.  Já havíamos utilizado a levedura Danstar Munich Wheat
Yeast com bons resultados em uma ocasião, mas acabamos cando com a Safbrew
Wheat WB-06 por ser mais fácil de encontrar e pelo bom desempenho
apresentado.
Como existem diversas leveduras para esse tipo de cerveja, pensamos: “por que
não testar um outra?”. Aliás, já tínhamos ouvido diversos comentários sobre a
Bio4 (uma empresa Paranaense com alguns produtos para cervejeiros caseiros) e
decidimos tirar nossas próprias conclusões.

A receita é a mesma, a única alteração além da levedura é a inclusão da decocção


simples durante a mosturação (mencionamos esse processo na receita da nossa
Bock Esqueleto). A nossa ideia é fermentar essa leva ao redor dos 21C para
acentuar o frutado (banana).

Agora é aguardar a nova levedura trabalhar e quando a cerveja nalmente sair do


fermentador comentamos os resultados por aqui.

Um abraço,
Cerveja Monstro

dezembro 18, 2013 / Geral, Receitas / cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de
trigo, craftbeer, decocção, fermentação, fermento, homebrew, homebrewing, levedura, receita,
Weiss, weizen / 7 comentários

Cerveja artesanal Bock Esqueleto –


receita
Cerveja artesanal Esqueleto – bock

Sim, voltamos a fazer uma lager! E dessa vez preparamos nossa primeira cerveja
artesanal do estilo Bock, um dos estilos clássicos da escola alemã de cerveja. Essa
é uma lager forte, fácil de beber, escura e com destaque para o malte. Sua
graduação alcoólica é de no mínimo 6,3% e em nossas mentes ela está de alguma
forma conectada aos dias frios. Alguém ai se lembra do baixinho e da Kaiser Bock?

Originada no inicio do século XIV na cidade de Einbeck, no norte da Alemanha, a


cerveja Bock quase desapareceu no começo do século XVI devido aos tempos
difíceis em sua cidade de origem ( dois grandes incêndios e a guerra dos 30 anos).
 Ainda no século XVI, a cidade de Munique passou a tentar produzir as mesmas
grandes cervejas da cidade de Einbeck, que no dialeto local era conhecida por
“Ainpoeckish Pier”, que depois de algum tempo foi reduzido para “Poeck” e por
m “Bock”, que também signi ca bode em alemão.
Existe uma outra versão, mais interessante, da origem do nome dessa cerveja.
Acredita-se que buscando proteção dos deuses, alguns povos faziam essa cerveja
apenas durante o período do ano correspondente ao signo de Capricórnio, que em
alemão se chama “Bock”, dai surgiria o nome.

Começamos a pensar em nossa receita de olho nas referências do estilo, “lager


forte, escura e com destaque para o malte”. Para chegarmos em uma graduação
alcoólica superior ao que estamos acostumados, usamos mais malte de cevada, a
base é de malte Pilsner. Adicionamos o malte Caramel / Crystal para melhorar a
retenção de espuma e o aspecto caramelado da cerveja, além disso, incluímos
também um pouquinho do malte Carafa III para ajustar a cor.
O foco do lúpulo está no amargor, já que a característica predominante no sabor e
aroma deve ser a do malte, portanto utilizamos apenas lúpulo para amargor,
nossa meta era atingirmos cerca de 23 IBUs.
Para realçar a característica do malte na cerveja decidimos fazer uma decocção
simples, que é basicamente retirar parte do mosto durante a mosturação e levar a
fervura por algum tempo, antes de devolve-lo ao restante do mosto fazendo com
que a temperatura de tudo se eleve e atinja a temperatura da próxima rampa de
mosturação.
Utilizamos a levedura Sa ager S-23 por ser a levedura lager que tínhamos por
aqui.  Nossa receita para uma cerveja bock artesanal (40 litros) cou assim:

10kg de malte Pilsner


2kg de malte Caramel / Crystal – 80L
0,2kg de malte Carafa III
50g de lúpulo Northern Brewer (23,1 IBUs) – (60mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
Levedura SafLager West European Lager (S-23)

Fizemos a mosturação com uma parada protéica a 50C e a sacari cação a 67C, a
decoção foi feita durante a sacari cação, retiramos um terço do mosto ( a parte
mais “grossa”, com os grãos) e levamos a fervura por 15mins, com uma pausa de
cerca de 15 mins a 67C para sacari cação antes do mosto começar a ferver.
O lúpulo e o whirl oc foram adicionados ao mosto a 60 mins e 15 mins do nal da
fervura, respectivamente. Fermentamos a 11C por 12 dias e depois zemos o
descanso para a redução diacetil (é só elevar em 4 graus a temperatura por dois ou
três dias), em seguida baixamos gradativamente a temperatura até atingir 0C e
seguimos com a maturação até atingirmos o nível que gostaríamos.

Nossa bock foi batizada de Esqueleto, na verdade pensamos em um monstro


esqueleto, uma espécie de golem caveira com uns chifres como uma referencia ao
“bode alemão”. Logo voltamos pra falar dos resultados e mostrar a cara da nossa
Bock Esqueleto.

Um abraço,
Cerveja Monstro.

dezembro 9, 2013 / Geral, Receitas / beer, Bock, cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja escura, cerveza, cevada, craftbeer, decocção, Einbeck, german beer, Germany, homebrew,
homebrewing, lager, levedura, lúpulo, malte, mosturação, receita / 26 comentários

Ordinary Bitter – segunda versão


(receita)
Cerveja artesanal Ordinary Bitter

Essa é a segunda versão da nossa cerveja artesanal Ordinary Bitter, a primeira


leva agradou e por isso decidimos fazer uma nova investida nesse estilo inglês.
A receita original dessa ale foi modi cada na tentativa de atingirmos as duas
melhorias que mencionamos quando a provamos: 1 – maior presença do
característica do malte (caramelado), e 2 – melhorar o nível de carbonatação.

Para atingirmos o nosso primeiro objetivo, realçar a característica maltosa da


cerveja, decidimos adicionar uma pequena quantidade do malte Munich a receita,
esse malte tem um sabor maltoso doce.  Ainda pensando em aprimorar o ponto 1
decidimos realizar uma decocção simples (mais detalhes a seguir), que dentre
outras funções ajuda a realçar o sabor do malte na cerveja. Além disso, passamos
a utilizar apenas o malte Pale Ale como base e um pouco de malte de trigo para
ajudar na retenção do colarinho.

Decocção é muito usada para estilos da Alemanha e da Boêmia, em linhas gerais


essa técnica envolve a retirada de uma parte do mosto durante a mosturação para
leva-la a fervura em um outro recipiente, depois de fervida essa parte é
rapidamente devolvida ao restante do mosto fazendo com que sua temperatura se
eleve e atinja o nível da próxima etapa da mosturação. Existem cervejas que
utilizam mais de uma decocção durante sua produção como as Pilsners Checas
por exemplo.
Os maiores benefícios da decocção são:
1 – Máxima extração do sabor do malte;
2 – Ao ferver parte do mosto é caramelizado o que realça o sabor de malte da
cerveja;
3 – A alta temperatura da fervura destrói a parede celular liberando mais enzimas
responsáveis pela conversão do amido em açúcar, ou seja, melhore-se a e ciência
da brassagem;
4 – As proteínas contidas no mosto coagulam durante a fervura e são deixadas
para trás durante a ltragem, melhorando assim a claridade da cerveja.

Com base nesses benefícios, em especial os dois primeiros, decidimos utilizar


essa técnica sem se importar com o fato de empregar uma técnica “alemã”  no
produção de uma cerveja inglesa, mesmo porque optamos por testar o lúpulo
americano Warrior nessa leva, os cervejeiros mais “ortodoxos” que nos perdoem.
A segunda versão da receita da nossa Ordinary Bitter cou assim:

90% malte Pale Ale


7,5% malte de trigo
2,5% malte Munich
31 IBUs lúpulo Warrior (60mins)
1 tablete de whirl oc (15 mins)
Levedura London Ale White Labs #WLP013

Começamos aquecendo água da mosturação até 67C, adicionamos os grãos


moídos e em seguida retiramos um terço de toda a mistura para decoção
enquanto o restante seguia na mesma temperatura. Levamos a menor parte a
fervura e depois disso adicionamos ao restante do mosto, não conseguimos
atingir a temperatura que desejávamos para a nossa próxima etapa (os 76C para o
mash out) por isso tivemos que acionar o nosso queimador.
Depois iniciamos a ltragem e após a conclusão da primeira parte, realizamos a
lavagem dos grãos com mais água para extrair mais açúcares, em seguida
inciamos a ultima parte da ltragem antes de começarmos a fervura.
A primeira adição de lúpulo foi feita no inicio da fervura, a uma hora do m,
enquanto o whirl oc foi adicionado com 45 minutos de fervura. Após uma hora
resfriamos o mosto rapidamente com a ajuda de um chiller . Após atingir a
temperatura de 20C colocamos o fermento (WLP013) e fermentamos nos mesmos
20C por 13 dias, depois baixamos a temperatura gradativamente até atingir 1C,
quando nalmente embarrilamos nossa bitter no postmix.

A questão da carbonatação é mais fácil de acertar, ao embarrilarmos a cerveja é só


ajustarmos o nível de CO2 que desejamos e pronto.

Veja o resultado dessa receita aqui (vídeo).

Um abraço,
Cerveja Monstro.

novembro 6, 2013 / Geral, Receitas / Cerveja, cerveja amarga, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, craftbeer, decocção, English Pale Ale, homebrew, homebrewing, levedura,
lúpulo, malte, Ordinary Bitter, receita, Standar Bitter / 2 comentários

Cerveja single malt e single hop –


German Pilsner
Malte de cevada e lúpulo

Cerveja single malt, cerveja single hop, soam diferente, não? talvez até so sticadas,


mas na verdade é exatamente o contrário, essa é uma abordagem relativamente
simples de preparar cerveja artesanal, ao invés de car pirando em quais maltes
usar ou quais lúpulos incluir ao elaborar a receita, você se limita a utilizar apenas
um tipo de cevada maltada (single malt) ou um tipo de lúpulo (single hop) em prol
da simplicidade e de poder enfatizar as características dos ingredientes
escolhidos.

A Cerveja Monstro não produz muitas lagers, honestamente falando essa é a


terceira leva, esse tipo de cerveja demanda muito tempo e trabalho, nossa
primeira lager foi uma ótima Bohemian Pilsner  e depois uma inesquecível
Oktoberfest. Como ainda estamos devendo na área das cervejas de baixa
fermentação (lagers) decidimos ampliar nosso repertório e tentar uma German
Pilsner utilizando apenas o malte Pilsner e o nobre lúpulo alemão Tettnang,
também utilizado em diversos outros estilos de cerveja como Oktoberfest,
cervejas de trigo e outras ales.
Elaborar a receita (40 litros) nunca foi tão simples, estipulei a gravidade inicial
que gostaria de atingir, German Pilsners variam entre 1.044SG a 1.050SG, por isso
de ni como target 1.049SG e para isso utilizei 10kg de cevada (malte Pilsner).
Como adoramos cervejas bem lúpuladas, nossa meta foi atingir o IBU máximo
para esse estilo de cerveja, que é 45 IBUs, utilizando 170 gramas de lúpulo. Depois
foi só de nir a levedura, a Fermentis SafLager West European Lager #S23 foi
escolhida por ser a de mais fácil acesso.

Receita de cerveja artesanal German Pilsner, single malt, single hop :

100% de malte Pilsner


35,6 IBUs de lúpulo Tettnang (90mins)
7,7 IBUs de lúpulo Tettnang (30mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
1,7IBUs de lúpulo Tettnang (3mins)
3 pacotes de levedura Fermentis SafLager West European Lager #S23

Com tudo pronto chegou a hora de ir pro fogão e testar o novo setup, passamos a
utilizar um brewstand, trocamos o fundo falso pelo manifold para ltragem e
também inauguramos três queimadores xos que substituíram nosso bom, velho
e pequeno fogão de alta pressão. Enquanto tentávamos nos adaptar ao novo
equipamento, começamos a brassagem com a mosturação dos grãos já moídos, a
primeira rampa foi feita a 67C e durou 80 mins, depois zemos o mash-out a 76C
por 10 mins antes de partir para a ltragem e clari cação. 

Após a ltragem e clari cação ter sido concluída iniciamos a fervura e logo
adicionamos a maior carga de lúpulo (35,6 IBUs) responsável por boa parte do
amargor da cerveja, que ferveu junto com o mosto todos os 90 mins. Depois
adicionamos as outras cargas de lúpulo, uma a 30mins e a outra a 3mins do nal,
além do whirl oc, sempre adicionado 15 mins antes do fogo ser apagado. No nal
do dia tivemos uma e ciência muito maior do que o planejado e acabamos com
uma gravidade inicial de 1.063SG ante os 1.049SG esperados. Resfriamos o mosto,
agitamos bem para oxigena-lo e adicionamos a levedura previamente hidratada.

Desse momento em diante foi aguardar a fermentação terminar para carbonatar a


cerveja e en m conhecer os resultados. Voltamos em breve para falar como
terminou essa experiência.
Um abraço,
Cerveja Monstro.

outubro 9, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Cerveja, cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja simples, cevada, cevada maltada, euro lager, fermentação, German Pilsner, lager,
lúpulo, malte, malte Pilsner, receita, single hop, single malt / 6 comentários

Hidromel

Se você é do tipo de pessoa que enquanto lê


tenta imaginar os sabores e aromas dos
alimentos e bebidas apresentados ao longo
dos livros e se também for um nerd que curte
ler O Senhor dos Aneis, As Crônicas de Gelo e
Fogo (Game of Thrones), Harry Potter, As
Brumas de Avalon e coisas do tipo, você, assim
como eu, provavelmente conta seus dias para
provar hidromel.

Hidromel é uma bebida alcoólica obtida


através da fermentação de uma solução de amostra de hidromel retirada do
fermentador após dois meses e meio.
água e mel, parece simples, não!? e na verdade
é simples, bem simples. O processo de
misturar os ingredientes e deixar tudo pronto para a fermentação é bem mais
rápido do que o da cerveja, enquanto o tempo indicado para maturação e
envelhecimento é consideravelmente maior. No material que li, alguns citam um
envelhecimento mínimo de um semestre, outros dois anos, alguns dizem que
após vinte anos (isso mesmo, 20 anos) o hidromel continuava a melhorar e
mesmo com alguns dizendo que após o nal da fermentação já é possível
aproveitar a bebida, o “quanto mais velho, melhor” me parece ser consenso.

Existem muitas variações de hidromel como o “Melomel” feito com frutas ou


suco de frutas ou o “Capsicumel” feito com pimenta. Decidi começar pela receita
mais simples possível utilizando apenas mel, água e levedura. Como o desejo de
fazer hidromel já era antigo, cerca de três meses atrás quando minha avó me
presenteou com um pouco de mel que trouxe da Bahia, eu já tinha comprado a
levedura, portanto foi só diluir o mel em água, transferir essa solução para um
fermentador devidamente sanitizado e colocar a levedura para trabalhar.

Utilizei aproximadamente 3kg de mel, 10 litros de água e 2 pacotes de levedura


RedStar Pasteur Champagne (isso mesmo, fermento também utilizado para
Champagne). Juntar todos os ingredientes e sanitizar os equipamentos que
utilizei não demorou, z minha parte em menos de 2 horas e “esqueci” o
hidromel por um tempo. Dois meses e meio depois, enquanto fazia minha cerveja
Bock, decidi veri car como estava o hidromel e coletar uma pequena amostra
para analisar o quanto de açúcar a levedura tinha consumido.

Ao abrir o fermentador senti um aroma meio bizarro, algo parecido com aquelas
conservas de legumes meio passadas, quei com medo de ter dado algo errado,
mas com o melhor espirito homebrewer decidi provar a bebida e apesar do
estranho aroma inicial o sabor era agradável, seco, de alguma forma lembrava
vinho e obviamente o mel. Para minha surpresa, ao fazer a leitura do açúcar na
solução, veri quei que a levedura já havia consumido tudo o que havia para
consumir transformando a solução inicial de água e mel em um hidromel bem
seco, com cerca de 12,7% de álcool.

Aproveitei a ocasião para separar o hidromel do fermento, passando a bebida para


um outro recipiente sanitizado para que continue a envelhecer e a decantar o
restante da levedura que ainda se encontrava misturada ao líquido. Essa é minha
primeira experiência com hidromel e por isso ainda não sei quanto tempo vou
deixar ele envelhecendo, mas acredito que até as festas de m de ano ele está
seguro. Quando essa época chegar reavalio a situação e decido o que vou fazer, sei
que quando o momento chegar vou carbonatar uma parte porque enquanto
provava quei com a sensação de que adicionando gás a bebida caria legal,
assim aproveito para fazer uma comparação rápida entre o hidromel com gás e o
hidromel “natural”.

Agora é esperar o tempo fazer a parte dele, depois disso eu volto com um novo
update.

Um abraço,
Cerveja Monstro.
setembro 13, 2013 / Geral, Receitas / álcool, champgne, dry mead, fermentação, hidromel,
hidromel seco, homebrew, levedura, mead, mel / 16 comentários

Dubbel arretada – receita de cerveja


trapista com rapadura

Rapadura utilizada na receita da cerveja Dubbel

Finalmente de volta! tem uma porção de coisas novas para contar, mas vou tentar
fazer isso por partes, para começar quero falar das novas cervejas, nossa primeira
Belgian Strong Ale, uma Dubbel com rapadura é uma delas e foi mais ou menos
assim que ela nasceu: depois de algum tempo sendo completamente displicente
com a escola belga de cerveja (só tinha feito witbier), decidi me redimir e tentar
algo novo, “por quê não fazer uma Dubbel?” uma ale pouco amarga, encorpada,
complexa e com cerca de 7% de álcool, gostei da ideia e lendo sobre o estilo
descobri que as versões tradicionais dessa cerveja utilizam açúcar caramelizado e
outros açucares não re nados na receita e foi nesse momento que pensei “pera,
por quê não colocar rapadura nisso?”, então, aproveitei a viagem da minha avó
para o nordeste e pouco tempo depois estava a rapadura em mãos, pronto para
moer os grãos e ir para as panelas.

A Dubbel faz parte de um estilo de cerveja desenvolvido pelo monges trapistas na


idade média e resgatado após a era napoleônica, em meados do século XIX. Além
da Dubbel, Enkel e Tripel são os sub estilos do que conhecemos hoje por Ale forte
Belga (Belgian Strong Ale). No nal do século XX a popularidade das cervejas
trapistas era grande e diversas cervejarias pelo mundo começaram a usar o termo
“trapista” em seus produtos, o que culminou na formação da Associação Trapista
Internacional pelas Abadias Trapistas com o objetivo de proibir o uso
indiscriminado do termo “trapista” por cervejarias comerciais. Atualmente
apenas oito monastérios tem o direito de usar o termo, sendo seis deles na
Bélgica, um na Holanda e um na Áustria, esses monastérios devem produzir suas
cervejas dentro de suas propriedades sob a supervisão dos monges cervejeiros e
reverter os ganhos para caridade ao invés do lucro nanceiro.

Impossível pensar na receita sem olhar para onde se quer chegar, por isso foi
importante conhecer as características de uma Dubbel. É uma ale encorpada com
colarinho persistente, possui graduação alcoólica entre 6,5 e 8%, sua cor varia do
âmbar escuro ao cobre, é maltada, de baixo amargor e com esteres frutados. Na
minha receita utilizei o malte pale ale como base e adicionei os maltes Aroma e
Melanoidina para obter a característica maltada, o malte special B para contribuir
com os esteres frutados. Também usei aveia para ajudar na formação e retenção
de espuma e a rapadura, para mais esteres frutados e para elevar a quantidade de
açúcar fermentável e consequentemente a graduação alcoólica.
O lúpulo deve ser discreto, por isso utilizei o Hallertauer Herkules para amargor e
o Styrian Goldings no meio da fervura, a fermentação cou a cargo da levedura
WLP570 da White Labs, que lida muito bem com cervejas com alta graduação
alcoólica além de contribuir para um per l frutado.

Essa é a receita para a cerveja


“Arretado!”, nossa Dubbel com
rapadura:
60,1% malte Pale Ale
8,6% malte Aroma
8,6% malte Melanoidina
8,6% malte Special B
5,6% Aveia em ocos Rapadura sendo derretida antes de ser

8,6% rapadura adicionada a cerveja.

Hallertau Herkules (10,6 IBUs) – 60


mins
Styrian Goldings (6,4IBUs) – 30mins
1 tablet de whirl oc – 15mins
levedura White Labs WLP570 Belgian Golden Ale

A sacari cação foi feita a 67C e a fervura feita por uma hora, os lúpulos e o
whirlfoc foram adicionados em seus respectivos tempos. A gravidade inicial
estimada é de 1.066SG e a nal é 1.011SG (o que totalizaria 7,4% de álcool. A
fermentação deve ser feita entre 20C e 24C para depois ser engarrafada para a
carbonatação.

Estou ansioso para conhecer o resultado, alguns dias atrás fui checar como estava
a fermentação e a gravidade estava em 1.020SG com um delicioso aroma saindo do
fermentador, agora é aguardar o termino da fermentação, engarrafar e
nalmente provar.

um abraço,
Cerveja Monstro.

agosto 19, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / beer, Belgian Dubbel, Belgian Strong Ale, Belgium,
Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja belga, cerveja caseira, cerveja com rapadura, cevada, Dubbel,
fermentação, homebrew, levedura, lúpulo, malte, rapadura, trapista, trappist beer / 72
comentários

Ordinary Bitter
Ordinary Bitter – Monstro Cerveja Artesanal

Depois de ter feito com sucesso algumas cervejas artesanais mais complexas


(IPA e Dry Stout por exemplo) pensei, “por que não tentar fazer algo mais simples
e também agradável?”, foi então que decidi mudar as coisas e partir para um dos
mais simples estilos de cerveja da Inglaterra, o Ordinary Bitter, também
conhecido como Standard Bitter. Segundo a Larousse da Cerveja a Standard /
Ordinary Bitter é uma cerveja leve com um frutado suave, sua cor varia entre o
amarelo claro e o cobre e seus melhores exemplos apresentam aroma de malte
caramelado.
Essa é a mais leve das três cervejas que compõem o estilo English Pale Ale, mais
conhecido na Inglaterra por Bitter, os outros sub-estilos são
Special/Best/Premium Bitter e Extra Special/Strong Bitter (English Pale Ale).
Originalmente as bitters eram servidas direto do barril (madeira) a temperatura
ambiente com pouca ou nenhuma pressão utilizando a gravidade ou pressão
manual. Criadas como uma alternativa as populares Pale Ale feitas no interior do
país, as Bitters tornaram-se bastante populares e se espalharam pela terra da
rainha depois dos mestres cervejeiros aprenderem a manipular as características
da água e a deixa-la como a água de Burton, cidade do leste de
Sta ordshire, famosa pela produção de cervejas com o lúpulo mais evidente
devido ao alto índice de sulfatos na água local.

Eu ainda não manipulo as características da água que uso, mas gostaria de fazer
isso em breve, preciso encontrar um tempo para estudar o tema. Bom, mesmo
sem manipular a água como muitos mestres cervejeiros fazem, decidi criar minha
receita para uma cerveja caseira do estilo Ordinary Bitter.

Receita para cerveja artesanal Bitter (20 litros):

3 Kg de malte Pilsner
1 Kg de malte Pale Ale
20 g de lúpulo Northern Brewer ( rst wort)
1 tablete de Whirlfoc (15 mins)
10 g de lúpulo Northern Brewer (3 mins)
Levedura Wyeast Labs #1318 London Ale III

A mosturação é feita a 65C até o nal da conversão dos amidos em açucares e em


seguida o mash-out em 76C por 10 minutos.

A gravidade inicial estimada é de 1.040SG e a fermentação feita a 19C. Logo volto


com a análise do resultado.

Cheers!

Um abraço,
Cerveja Monstro.
abril 6, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / bitter, British beer, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja inglesa, cevada, English Pale Ale, fermento, levedura, lúpulo, malte, Ordinary Bitter,
standard Bitter / 8 comentários

Bohemian Pilsner

Bohemian Pilsner – Monstro Cerveja Artesanal

Todos os que provaram cervejas como Czechvar, Pilsen Urquell ou a 1795 sabem o
quão agradável uma verdadeira Bohemian Pilsner pode ser, essas cervejas são
produzidas da mesma forma desde 1842 e são conhecidas por serem refrescantes
e pela sua complexidade de aroma e sabor que é gerada pela feliz combinação do
malte claro, água, levedura e lúpulo tcheco. Foi pensando em todas as
características positivas desse estilo que nalmente decidi fazer minha primeira
cerveja artesanal do tipo lager, uma Bohemian Pilsner para fazer bonito e
apresentar aos amigos que ainda não conhecem a grande diferença que existe
entre cervejas desse estilo e as que encontramos nos supermercados e botecos por
ai com a palavra “Pilsen” no rótulo.

O termo “Pilsner” tem origem na cidade de Pilsen na República Tcheca, a cidade


produzia cerveja de alta fermentação (ale) desde 1295, porém com grande
variação do padrão de sabor e qualidade gerando grande insatisfação dos
consumidores que em 1838 esvaziaram os barris em protesto. A cidade então se
organizou e um ano depois foi fundada uma cervejaria municipal, hoje a Pilsner
Urquell, que deveria produzir cerveja de acordo com o pioneiro estilo Bávaro,
fabricar cervejas com leveduras de baixa fermentação e as envelhecer em
cavernas para que as tornassem mais claras e duradouras. A cervejaria contratou
um experiente mestre cervejeiro Bávaro que em Outubro de 1842 apresentou a
primeira versão da Pilsner moderna, já utilizando maltes claros e técnicas novas.
(referencia)

Bohemian Pilsner é um estilo de cerveja de aroma rico e complexo, com notas de


malte, “spicy” e orais oriundas do lúpulo Saaz e sem esteres frutados. No sabor o
amargor pronunciado (ainda que suave), a característica “spicy” do lúpulo e a
presença do malte garantem uma combinação agradável, também não há esteres
frutados no sabor. Sua cor varia entre o amarelo palha  e o dourado profundo, tem
corpo médio, carbonatação média e colarinho branco, cremoso e persistente.

As cervejas lagers são feitas com levedura (fermento) de baixa fermentação e essa
levedura trabalha em temperaturas mais baixas (por volta de 12C), por isso tive
que postergar a minha primeira receita até adquirir um refrigerador extra e um
controlador de temperatura. Depois disso foi só procurar informações adicionais
em relação a fermentação das lagers (nova pra mim) e conseguir uma receita,
optei por utilizar uma receita clone da Pilsner Urquell como base e seguir adiante.

A receita utilizada na minha Bohemian Pilsner (20litros) foi:

4,8kg Malte Pilsner


0,3kg Malte Carahell
0,1kg Malte Munich II
65g lúpulo Saaz (90 mins)
28g lúpulo Saaz (15 mins)
1 tablete de whirl oc (15 mins)
28g lúpulo Saaz (3 mins)
2 pacotes de levedura SafLager West European Lager (S-23)

A mosturação foi feita a 66C por 75 mins e a 76C por 10 mins.

A OG estimada é de 1.047SG e a temperatura de fermentação é de 12C. Essa lager


passou seis semanas entre fermentação e maturação a baixa temperatura antes de
ser engarrafada. Em breve posto detalhadamente qual foi o resultado.

Um abraço,
Cerveja Monstro.

abril 2, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Bohemian Pilsner, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja tcheca, cevada, euro lager, fermento, lager, levedura, lulpulo, malte, pilsen, receita,
refrescante, saaz / 57 comentários

Monstro Cerveja Artesanal / Orgulhosamente desenvolvido com WordPress


Monstro Cerveja Artesanal
Cerveja Monstro é malte, lúpulo, água, levedura e muito mais

Categoria: Receitas

English Brown Ale


Cerveja Artesanal English Brown Ale – Cerveja Monstro

Quando comecei a fazer cerveja artesanal foquei minhas energias em estilos


ingleses de cerveja, uma das minhas criações foi uma Northern English Brown
Ale, inspirada no primeiro exemplar do estilo que provei por lá, uma Newcastle
Brown Ale, cerveja relativamente famosa e que pode ser encontrada por aqui sem
muita di culdade. English Brown Ale é um tradicional estilo inglês de cerveja, o
amargor e as características do malte estão nitidamente presentes tanto no aroma
quanto no sabor (em especial nas versões produzidas ao norte da terra da rainha),
sua cor pode variar entre o âmbar escuro e o marrom.
É difícil dizer quando a Brown ale começou a ser produzida, já que muitas das
antigas ales inglesas eram prováveis “Brown Ales”, naquela época a tecnologia
para a obtenção dos maltes claros (pale ale) ainda não tinha surgido, por isso
todas as ales inglesas eram produzidas com o malte marrom (Brown malt), foi a
base das ales britânicas por pelo menos 800 anos e que está praticamente extinto.
O termo “Brown Ale” passou a ser utilizado no começo do século XVIII para as
cervejas Porters e ao longo desse mesmo século foi utilizado também para as
primeiras Stouts, de forma genérica o termo “Brown” foi utilizado para cervejas
diferentes da versão que atualmente o ostenta. A atual versão ganhou esse nome
apenas no século passado, quando surgiu a necessidade de diferenciar cervejas
mais fortes e eventualmente mais escuras que a English Mild, um estilo de cerveja
semelhante a esse.

Minha quarta leva de cerveja feita em casa foi essa


Brown Ale, decidi faze-la quando estava comprando
insumos para outras brassagens e vi um livro sobre
receitas de cervejas, pedi para olhar pois gostaria de
fazer algo diferente do que vinha fazendo, quando vi
a receita clone da Newcastle Brown Ale não resisti e
pedi todos os insumos para tentar produzir a minha
versão artesanal em casa. Na época não z nenhuma
anotação relacionada aos ingredientes utilizados,
simplesmente peguei o kit com os insumos para a
minha brown ale e mandei ver, por isso não estou
seguro em relação as substituições de ingrediente Cerveja artesanal English Brown
Ale – Cerveja Monstro
feitas pela loja e vou postar aqui a receita original
extraída da segunda edição do livro “Clone Brews”
de Tess and Mark Szamatulskis.

Receita Newcastle Brown Ale (19litros) :


4,2 kg de malte Pale inglês
0,057 kg malte Crystal inglês (55L)
0,057 kg malte Chocolate inglês
0,028 kg malte Black inglês
23g lúpulo Target (90mins)
14g lúpulo East Kent Goldings (45mins)
1 colher de Irish Moss (5mins)
Levedura Wyeast’s 1098 British Ale

Mosturação feita a 66,7C por 90mins e 10 mins a 76C.

Dessa receita me recordo que substitui o Irish Moss pelo tablete de Whirl oc e a
levedura Wyeast’s 1098 British Ale pela SafAle English Ale #S-04, a gravidade
inicial foi de 1.055SG.

Gostaria de repetir essa receita, mas antes preciso fazer as adaptações necessárias
na lista de maltes, já que não tenho acesso aos maltes ingleses listados, mas
certamente devo encontrar bons maltes compatíveis por aqui. Em breve volto
para publicar o resultado.

Um abraço,
Cerveja Monstro.

março 29, 2013 / Geral, Receitas / beer image, bottle, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, craftbeer, English Brown Ale, homebrew, lúpulo, malte, Newcastle Brown
Ale, Northern Brown Ale, pint, receita / 14 comentários

Witbier com folhas de limao Kaf r


Meu futuro pé de limão Ka r

Depois de repetir algumas vezes a receita da Witbier, uma cerveja ligeiramente


cítrica e com aroma de coentro, achei que ela seria a base ideal para eu adicionar
folhas de limão Ka r, ingrediente muito utilizado pela culinária tailandesa pelo
seu aroma único e marcante. Quando comecei a fazer cerveja coloquei em minha
cabeça que faria algumas experiências quando me sentisse confortável para
inovar, por isso hoje, depois de diversas brassagens e um pouco mais con ante,
achei que era um bom momento para resgatar e executar alguma daquelas
experiências, escolhi aproximar os deliciosos aromas e sabores da Tailândia do
mundo da cerveja artesanal.

Apesar de ter ganhado fama mundial através da


culinária tailandesa o limão Ka r é nativo da
Indonésia e esta presente na cozinha de diversos
outros países do sudeste asiático. Conheci a culinária
tailandesa quando mochilei por aquelas bandas e
quei tão apaixonado pelos aromas e sabores locais
que até z um curso rápido numa escola de Bangkok.
Uma das coisas que mais me impressionou durante o
curso foi descobrir que o fantástico e singular aroma
presente em diversos pratos tailandeses vinha das
folhas do limão Ka r.

Fiquei bastante decepcionado quando percebi a


enorme di culdade de encontrar esse ingrediente
por aqui, em especial fresco, já que as folhas
desidratas podem ser encontradas em algumas
mercearias da Liberdade em São Paulo. Procurando
mais informações a respeito descobri em um blog de
culinária que era possível comprar uma muda do Detalhe da folha limão Ka r

raro limoeiro com um vendedor de plantas exóticas


no interior de São Paulo. Para minha felicidade, algum tempo depois fui
presenteado com uma muda pelos pais de um amigo que provavelmente ouviu
muito das minhas lamentações sobre o problema. Como vocês podem ver nas
fotos, o limoeiro em meu jardim é demasiadamente pequeno para fornecer as
folhas que serão utilizadas nessa receita, por isso o toque tailandês da nova versão
dessa cerveja de trigo foi feito utilizando folhas desidratas de limão Ka r.

A adição na já testada e aprovada receita ca por conta do limão Ka r,


inicialmente pretendia colocar mais alguma outro ingrediente, como o capim-
limão por exemplo, mas achei que seria mais interessante observar o impacto do
limão Ka r na cerveja, depois de analisar os resultados volto a avaliar essa
questão. Como a minha intenção é obter o delicioso aroma das folhas do limão
Ka r na cerveja belga, optei por adicionar o novo ingrediente apenas
nos últimos minutos de fervura.

Uma pequena alteração foi feita nas rampas de mosturação visando contornar o
problema com a retenção de espuma, a parada proteica (50C) teve seu tempo
reduzido de 30 para 15mins.

Receita para uma cerveja de trigo caseira, belga e tailandesa ao mesmo tempo, a
nova versão da Witbier Monstro (20 litros):

2,5kg Malte Pilsner


2,5kg Trigo não maltado
0,2kg Aveia em ocos
7g de lúpulo Halllertau Herkules ( rst wort)
7g de lúpulo Perle (20 mins)
25g de sementes de coentro moídas
35g de raspas de laranja
15g de folhas desidratadas de limão Ka r (5 mins) [UPDATE: não use essa
quantidade! veja mais aqui ]
Levedura Fermentis Safbrew T58

As rampas de mosturação foram:
15 mins a 50C
50 mins a 63C
10 mins a 76C

A primeira adição de lúpulo foi feita logo após a primeira etapa da ltragem ( rst
wort) e a segunda nos 20 minutos para o m da fervura. As folhas de limão Ka r
e as demais especiarias são adicionadas durante os 5 minutos nais de fervura
utilizando uma hopbag (algo bem parecido com aqueles saquinhos de chá). A OG
estimada é de 1049 e a temperatura de fermentação 19C.

Mal posso esperar para conhecer o resultado.

ดูคณ
ุ เร็ว ๆ นี

Um abraço,
Cerveja Monstro.

março 26, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja belga, cerveja
caseira, Cerveja de trigo, coentro, folha de limão Kaf r, homebrew, kaf r lime, laranja, receita,
retenção de espuma, Tailândia, thai, witibier / 3 comentários

English Pale Ale (ESB)

English Pale Ale é um popular estilo inglês de cerveja de alta fermentação, na


terra da rainha é mais conhecido como “Bitter” (amargo), é feito
predominantemente com maltes claros, tem amargor médio e a agradável
presença do malte tanto no sabor quanto no aroma. Fizemos uma leva de cerveja
artesanal desse estilo no nal do ano passado, mas não durou muito tempo, a
cerveja sumiu do postmix e para contar história só restaram a receita e a imagem
abaixo. Como o resultado dessa ale foi bom, decidimos repetir a receita e a
compartilhar com vocês.

Cerveja Monstro – English Pale Ale

Acredita-se que termo Pale Ale foi utilizado pela primeira vez por volta de 1703
para designar cervejas produzidas com os maltes claros (pale), esse tipo de malte
foi criado com o auxilio de uma nova técnica de produção desenvolvida em torno
do ano de 1642. Com a utilização do malte pale o resultado obtido foi uma cerveja
mais clara que as populares da época, como a Brown Ale por exemplo. O termo
Pale Ale é abrangente e pode causar confusão, alguns defendem que estilos como
Amber Ale, English Bitter, American Pale Ale, Biérre de Garde, Blonde, Irish Red
Ale, entre outros podem ser classi cados como Pale Ale. O estilo abordado nesse
post está dentro da família English Bitter (ou English Pale Ale) que é dividida em
três diferentes tipos de cerveja que são: Standard / Ordinary Bitter, Special / Best /
Premium Bitter e o Extra Special / Strong Bitter (English Pale Ale), para evitar
qualquer confusão faremos um recorte mais preciso, a cerveja caseira desse post é
do estilo English Pale Ale (ESB).
A English Pale Ale é uma cerveja de corpo médio, sua cor varia entre o dourado e o
cobre, carbonatação baixa (por isso tem pouca espuma), o destaque ca para o
equilíbrio entre malte e lúpulo tanto no aroma quanto no sabor, eventualmente
pode tender para o amargo do lúpulo. Além disso, o caramelo pode ser
ligeiramente perceptível no aroma e ter mais força no sabor, mas isso não e
mandatório.
Pensando nos atributos acima comecei a desenhar a receita e para atribuir mais
corpo e cor a cerveja utilizei malte Caramel / Crystal 60L, para o sabor e aroma de
malte utilizei o malte Aromatic, a aveia foi utilizada para contribuir no corpo da
cerveja, e os maltes base são Pilsner e Pale Ale. O lúpulo inglês utilizado foi o East
Kent Goldings, possui característica  oral / spicy e é usado com grande frequência
nas ales inglesas. A levedura utilizada foi a London Ale (White Labs #WLP013)
também comumente utilizada para British Pale Ales e Bitters, me chamou a
atenção por sua característica maltada.

Nossa receita foi desenvolvida para 20litros e OG estimada de 1051SG, cou assim:
3 kg de malte Pilsner
2 kg de malte Pale Ale
0,25 kg de malte Caramel / Crystal – 60L
0,20 kg de malte Aromatic
0,20 kg de aveia em ocos
20g de lúpulo Hallertau Herkules ( rst wort)
20g de lúpulo East Kent Goldings (15mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
20g de lúpulo East Kent Goldings (1min)
Levedura White Labs London Ale #WLP013

Para a mosturação foi utilizada apenas uma rampa de sacari cação em 68C até o
nal da conversão, em seguida 10 minutos a 76C para o mash out.

A adição do lúpulo começa logo após o término da primeira parte da ltragem


( rst wort), enquanto a segunda adição foi feita junto com o whirl oc faltando 15
minutos para o nal da fervura e a última adição do East Kent Goldings foi feita a
1 minuto do nal, focando aroma. A temperatura de fermentação foi de 19C com
uma variação de 0,5C para mais ou para menos, com redução gradativa da
temperatura após duas semanas para ajudar a decantar a levedura e demais
partículas sólidas, auxiliando a clari car a cerveja.
Em breve a segunda versão será engarrafada, logo posto os resultados aqui.
[UPDATE: conheça os resultados aqui]

Um abraço,
Cerveja Monstro.

março 15, 2013 / Geral, Receitas / ale, bitter, bitter beer, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, english extra strong bitter, English Pale Ale, homebrew, levedura, lúpulo,
malte, pale ale / 8 comentários

Brown Porter – receita

Cerveja Monstro – Brown Porter


Brown Porter é uma típica e agradável ale inglesa, uma cerveja leve, escura e com
a presença do malte e de um torrado sutil tanto no aroma quanto no sabor, pode
ainda apresentar um caráter de caramelo ou nozes em alguns exemplares. Foi
com isso em mente que comecei a pesquisar mais informações e criei minha
primeira receita para uma cerveja artesanal escura, apesar de já ter passado
algum tempo desde que a z acho que vale a pena compartilhar minha breve
experiência nesse estilo, mesmo porque essa cerveja feita em casa cou bem
bacana.
Porter é um estilo de cerveja desenvolvido em Londres durante o século XVIII,
ganhou esse nome graças a popularidade alcançada entre os trabalhadores
portuários. A Brown Porter é um dos tipos de cerveja Porter, existem outros dois
que são: Robust Porter e Baltic Porter, esses são relativamente mais fortes,
densos e com teor alcoólico maior. A Porter foi precursora da Stout, ainda no
século XVIII os exemplares mais fortes eram conhecidos como “Stout Porters” e
só depois de algum tempo tornaram-se Stouts, um bom exemplo dessa relação
entre os estilos é a cerveja Guinness que originalmente ostentava a alcunha de
“Extra Superior Porter” e por volta de 1840 passou a ser chamada de “Extra
Stout”.

Depois de alguma pesquisa descobri


que, ao contrário do que imaginava,
não era necessário grande
quantidade de malte escuro para se
obter uma cerveja mais escura, por Cevada maltada – Cevada maltada –
Caramunich II Carafa III
isso parti para apenas 250g do malte
carafaIII, adicionei malte
Caramunich II para realçar o aroma de malte e contribuir no corpo da cerveja,
além disso, incluí também aveia para atribuir um pouco de cremosidade.
Como o estilo pede discrição do lúpulo no aroma e no sabor o escolhido foi o
Northern Brewer por ser mais neutro, a levedura utilizada foi uma autentica
levedura de Londres, a London Ale (#WLP013). Bom, a minha receita para a
Brown Porter (20 Litros) cou assim:

4 kg de Malte Pale Ale


0,5 kg de aveia em ocos
0,25 kg de Malte Caramunich II
0,25 kg de Malte Carafa III
20g de lúpulo Northern Brewer ( rst wort)
10g de lúpulo Northern Brewer (15 mins)
1 tablete de Whirl oc
Levedura White Labs London Ale (#WLP013)

Gravidade inicial estimada em 1.047SG.

As rampas de temperatura durante a mosturação foram:


30 min a 50C
40 min a 69C
10 min a 76C

A adição da primeira parte do lúpulo é feita logo após o término da primeira parte
da ltragem, enquanto o restante foi adicionado durante a fervura junto com o
whirl oc. A temperatura de fermentação foi de 19C com uma variação de 0,5C
para cima e para baixo. A cerveja cou no fermentador / maturador
aproximadamente 2 meses, sendo que nas ultimas semanas maturou a baixa
temperatura antes de ser engarrafada com uma solução de açúcar fermentável
para a carbonatação.

Em breve mostro e comento o resultado dessa Brown Porter.

Um abraço,
Cerveja Monstro.

março 5, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / ale, Brown Porter, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja inglesa, cevada, homebrew, lúpulo, malte, porter, receita / 8 comentários

Nova India Pale Ale (IPA)


Cerveja Artesanal India Pale Ale feita pela Cerveja Monstro

A nova versão da nossa cerveja inglesa India Pale Ale nalmente está carbonatada
e prontinha para ser degustada, alguém quer provar? A presença do lúpulo é
marcante no sabor e levemente percebida no aroma, o corpo médio e a presença
do malte ajudam no equilíbrio dessa cerveja artesanal que tem teor alcoólico de
6,1% e aproximadamente 59 IBUs. Essa é a quarta leva desse estilo feita por aqui,
nessa ultima versão a receita foi completamente alterada, já que agora me sinto
mais con ante para elaborar minha própria receita, as primeiras levas foram
feitas algum tempo atrás e na época eu estava mais preocupado em chegar ao
nal do processo de fabricação com sucesso do que em criar algo novo, por isso
usei a primeira receita que encontrei na internet.

Depois de alguma pesquisa, cheguei a essa receita, a nova India Pale Ale da
Cerveja Monstro:
5kg de malte Pale Ale
0,8kg de trigo maltado
0,4kg de malte Munich
0,4kg de malte Crystal 60L
25g de lúpulo Hallertau Herkules ( rst wort)
20g de lúpulo East Kent Goldings (20mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
20g de lúpulo East Kent Goldings (1min)
Levedura Lallemand Nottingham Yeast
30g de lúpulo East Kent Goldings (Dry hop – 5 dias)

As rampas de mosturação foram:


20 mins a 50C
50 mins a 64C
10 mins a 76C

Logo após o término da primeira etapa da ltragem, antes de lavar os grãos, foi
feita a primeira adição de lúpulo ( rst wort) as outras adições foram feitas
durante a fervura, respeitando os tempos indicados na receita. O Dry hop foi feito
após o término da fermentação, os 30g de lúpulo East Kent Goldings foram
colocados em uma hop bag (algo semelhante ao um saquinho de chá) e em
seguida adicionados ao maturador para permanecer em contato com a cerveja
durante 5 dias. A cerveja foi engarrafada no dia 14 de Janeiro utilizando solução
de açúcar para o priming, a nova fermentação / maturação realizada na garrafa
demorou mais de 4 semanas para atingir o nível desejado.

A receita acima foi elaborada para uma leva de 20 litros, sendo que a e ciência do
processo foi baixa, a OG obtida foi de 1.063SG e a FG 1.017SG. Eu gostaria que a
atenuação tivesse sido um pouco maior, não sei se foi uma característica da
levedura ou se utilizei menos do que deveria, o fato é que a previsão da FG era de
1.011SG, um pouco abaixo do que obtive. Acredito que essa diferença tem impacto
em alguns pontos no resultado nal, além do teor alcoólico mais alto, o
retrogosto seria mais seco do que é. Um outro ponto foi o resultado do dry hop, eu
esperava algo mais marcante, o aroma obtido foi sutil, não sei sei por algo
durante o processo ou quantidade insu ciente de lúpulo. Esses são pontos que
quero alterar nas próximas versões e mesmo com esses pontos a aprimorar para a
próxima leva, essa IPA é uma ótima cerveja artesanal. Adoraria ouvir
outras opiniões, alguém disponível?

Acho que essa busca constante por aprimoramento é uma das partes mais legais
de se fazer cerveja em casa, então agora é apreciar essa IPA com toda atenção que
ela merece e já ir pensando em como concretizar as alterações para as próximas
brassagens. Cheers!

Um abraço,
Cerveja Monstro.

fevereiro 22, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / amargor, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, dry hop, east kent goldings, hop bag, India Pale Ale, IPA, lúpulo, malte / 16
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Witbier – Cerveja de trigo belga

A Cerveja Monstro produziu duas levas do elegante estilo belga Witbier e um dos
pontos que mais me chamou atenção nessas experiências é o quão bem essa
cerveja artesanal é recebida pelo público feminino, mesmo entre pessoas que
alegavam não gostar de cerveja ou a rmavam tomar apenas “malzibier”, no geral
a resposta tem sido uma expressão de surpresa seguida de alguma variação de
“nossa, gostei!”. Tradicionalmente feita com malte de cevada, trigo não maltado
e algumas especiarias essa cerveja é leve, refrescante, possui agradável aroma
frutado cítrico, perfume de coentro, sabor ligeiramente doce com uma sútil acidez
e colarinho denso e cremoso. A Witbier é uma cerveja de alta fermentação e
também é conhecida como “white beer” e “bière blanche” pela sua turbidez e
aparência branca, essas características tem origem na suspensão de levedura e
nas proteínas do trigo contidos na cerveja e podem ser facilmente notados ao
olhar para o copo.

Esse estilo tem mais de de 400 anos, provavelmente derivado da tradição dos
monastérios belgas,  tornou-se bastante popular nos séculos XVIII e XIX nas
cidades a leste de Bruxelas, em especial nas cidades de Louvain e Hoegaarden
onde eram produzidos os exemplares mais conhecidos. Com a popularização das
cervejas Lagers a Witbier perdeu espaço e no ano de 1957 literalmente
desapareceu depois que a última cervejaria belga faliu. Dez anos depois um
grande homem chamado Pierre Celis levantou dinheiro com os familiares para
abrir uma cervejaria a fabricar a tradicional Witbier, ele a batizou com o nome
Hoegaarden e anos depois a cerveja tornou-se mundialmente conhecida.

Grãos de trigo não maltado utilizados na receita da cerveja de trigo


belga Witbier

A “Witbier Monstro” mantém a mesma base desde que nasceu, a única diferença
é que a segunda versão foi aprimorada com uma quantidade maior das especiarias
(coentro e raspas de laranja) e o resultado foi ótimo, em especial no aroma, por
isso as alterações foram mantidas na receita da terceira leva de cerveja artesanal
que está maturando agora.

Receita para uma Witbier Monstro (20 litros)

2,5kg Malte Pilsner


2,5kg Trigo não maltado
0,2kg Aveia em ocos
7g de lúpulo Halllertau Herkules ( rst wort)
7g de lúpulo Perle (20 mins)
25g de sementes de coentro moídas
35g de raspas de laranja
Levedura Fermentis Safbrew T58
As rampas de mosturação foram:
30 mins a 50C
50 mins a 63C
10 mins a 76C

A primeira adição de lúpulo foi feita logo após a primeira etapa da ltragem, e as
especiarias foram adicionadas durante os 5 minutos nais de fervura utilizando
uma hopbag (algo bem parecido com aqueles saquinhos de chá) A OG estimada é
de 1049 e a temperatura de fermentação 19C. Notaram que há pouco lúpulo nessa
receita? o lúpulo é discreto nesse estilo, tanto no aroma quanto no amargor, o
destaque ca por conta das especiarias e talvez esse seja um dos motivos dessa
cerveja ser tão bem recebida pelas mulheres.

Que que claro que em hipótese alguma a Cerveja Monstro considera que Witbier
é “cerveja de mulher”, pelo contrário, diversos amigos provaram e adoraram,
esse recorte foi dado apenas porque tradicionalmente em nosso país (tão
maltratado pelas grandes industrias cervejeiras) a maior parte do mercado de
cerveja é composta por homens e é bem legal ver que isso está mudando, um bom
exemplo disso é a mãe desse que vos escreve, ela que “nunca bebeu cerveja
apenas Malzibier” hoje não hesita em dizer que a witbier é uma de suas
prediletas. Alguém ai quer provar?

Um abraço,
Cerveja Monstro.

fevereiro 7, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / aroma, bière blanche, Cerveja, Cerveja artesanal,
cerveja belga, Cerveja de trigo, cevada, coentro, laranja, lúpulo, malte, Pierre Celis, refrescante,
white beer, Witbier / 83 comentários

American Wheat Pé Grande

Uma das primeiras coisas que li enquanto coletava informações sobre como fazer
cerveja artesanal foi que as cervejas de trigo demandavam um pouco mais de
cuidado para serem feitas. Diferente da cevada o trigo utilizado nas receitas não
possui casca, que é importante pois atua como uma espécie de elemento ltrante
ajudando a clarear o mosto que ao término de todo o processo se tornará cerveja.
Em Junho do ano passado após ter conseguido fazer minha primeira cerveja de
trigo (uma Weiss) sem maiores problemas, apenas um pouco mais de trabalho
para ltrar, decidi produzir uma American Wheat, o processo de produção
ocorreu novamente sem  grandes problemas, e o mais importante, quei
satisfeito com o o resultado quando degustei essa cerveja de trigo.

Existem algumas características que diferenciam os refrescantes estilos de


cerveja American Wheat e Weiss, uma delas é que a versão americana tem maior
presença do lúpulo, uma outra é o aroma/sabor de cravo e banana tradicionais nas
cervejas de trigo do sul da Alemanha estão ausentes na versão Americana.
Motivado por dias quentes de verão e pela curiosidade em relação a como caria
minha American Wheat com um carga maior de lúpulo, decidi fazer uma nova
versão de minha receita, mudando exatamente a quantidade e o tempo em que o
lúpulo cará em contato com a cerveja.

Já disse a vocês que adoro lúpulo? esse foi um motivos para eu ter aumentado a
quantidade de lúpulo da receita original e ter subido o nível de amargor de 20 para
27 IBU’s em um máximo permitido para esse estilo de 30 IBU’s (International
Bitterness Units é a escala que mede o amargor na cerveja). Pensando nessa força
maior do lúpulo e em algo tipicamente americano, decidi nomear essa American
Wheat de Pé Grande, monstro que esteve presente na minha infância através dos
desenhos animados americanos exibidos pela nossa tv.

A American Wheat Pé Grande foi feita com a seguinte receita para 20 litros:

2,5kg de malte Pilsner


2,5kg de malte de trigo
10g de lúpulo Halllertau Herkules (60 mins)
20g de lúpulo Saphir (20 mins)
1 tablete de whirl oc (15 mins)
10g de lúpulo Saphir (1 min)
Levedura Safale American (US-05)

As rampas de mosturação foram:


30 mins a 50C
50 mins a 64C
10 mins a 76C

Os lúpulos e o Whirl oc foram adicionados a receita respeitando seus respectivos


tempos de fervura. A OG estimada é de 1,047 e a temperatura de fermentação foi
de 19C.

Em breve saberemos qual é o resultado dessa nova versão da American Wheat,


quero aproveitar que tenho a Monstro do lago Weiss embarrilada e fazer uma
comparação direta entre as duas, vai ser interessante.

Um abraço,
Cerveja Monstro

janeiro 16, 2013 / Criaturas, Receitas / amargor, American wheat, Cerveja, Cerveja artesanal,
Cerveja de trigo, homebrew, IBU, lúpulo, malte, Pé Grande, receita, white beer / 4 comentários

Dry Stout Monstro


Dry Stout – Homebrew – Monstro Cerveja Artesanal

Existem muitos estilos de cerveja, são tantas variações que nem sempre é fácil
escolher em qual delas será a minha próxima aventura. Me recordo que desde que
comecei a fazer cerveja eu já tinha em mente que um dia faria uma Stout, primeiro
porque o estilo me agrada e segundo porque dois dos meus amigos e
incentivadores moraram na Irlanda e são grandes fãs da cerveja Guinness. Como
uma das melhores partes de fazer cerveja é compartilhar com os amigos, decidi
que já era hora de fazer minha primeira Stout, mais precisamente uma Dry Stout
também conhecida como Irish Stout, o estilo da cerveja Guinness.
Esse estilo de cerveja é encorpado e cremoso, sua cor varia entre o preto e marrom
escuro, a espuma é espessa, cremosa, persistente e varia entre bege e marrom. O
aroma é de cevada torrada, café e malte torrado e em alguns casos pode haver
chocolate ou cacau, mas não há aroma de lúpulo. O sabor é moderadamente
tostado com amargor de lúpulo de médio a alto e nal seco.

A Stout tem uma história curiosa que começa por volta de 1730 quando as cervejas
Porters começaram a ser vendidas em Londres e pouco tempo depois tornaram-
se bastante populares em todo o Reino Unido e Irlanda. Ainda nesse mesmo século
o termo “Stout Porter” foi amplamente usado para designar uma Porter mais
forte (segundo a wikipedia, originalmente o termo Stout signi cava “orgulhoso”
ou “valente” e só no século XIV ganhou a conotação de “forte”).

Ao longo do século XIX o termo “Stout” continuava a ser usado para designar
cervejas fortes, não só as Porter mas também Ales, inclusive naquela época era
possível encontrar uma “Stout Pale Ale” por exemplo. Curiosamente neste
mesmo período a “Stout Porter” passou a ser reconhecida como uma bebida
fortalecedora e saudável e por isso era usada por atletas e lactantes, sendo
inclusive recomendada por médicos para auxiliar no processo de
recuperação. Somente no nal do século XX o termo “Stout” passou a ser
comumente associado apenas as Porters, passando a ser sinônimo de cervejas
escuras.

As Stouts mais tradicionais do inicio do século XVIII e XIX eram bem diferentes
das versões modernas que conhecemos, pois a cevada tostada que atribui o
sabor característico ao estilo que conhecemos hoje só passou a ser amplamente
utilizada a partir da metade do século passado.

Desenvolvi minha receita para uma OG estimada de 1,047


Ingredientes:
62,5% de malte Pale Ale
10,4% de malte Pilsner
8,3% de malte de trigo
8,3% de aveia em ocos
5,2% de malte Carafa I
5,2% de cevada torrada
1 Whirl oc
Lúpulo East Kent Goldings (34 IBUs)
Levedura Irish Ale (Wyeast Labs #1084)

As rampas de temperatura foram:


30 min a 50C
40 min a 69C
10 min a 76C

A adição de lúpulo é feita a 60 min do nal da fervura e a temperatura de


fermentação é feita em 19C. Após 3 semanas de fermentação / maturação a cerveja
pode ser engarrafada para uma segunda fermentação na garrafa e 3 semanas
depois estará pronta para ser degustada. Cheers!

um abraço,
Cerveja Monstro

dezembro 18, 2012 / Criaturas, Receitas / Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira, cerveja preta,
cevada, Dry Stout, Guinness, homebrew, Irish Stout, irlanda, lúpulo, malte, malte torrado, Stout / 21
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Pumpkin Ale Pesadelo


Pumpkin Ale Pesadelo – Monstro Cerveja Artesanal

É curioso ver a reação das pessoas ao ouvirem que você fez uma cerveja com
abóbora, no geral demonstram certo ceticismo mas sempre se interessam em
provar. Obviamente as reações se dividem entre os que torcem ou não o nariz e
isso me parece estar diretamente ligado ao fato de gostar ou não de abóbora.
Depois das primeiras reações relacionadas a equação: “cerveja + abóbora = (?)”,
notei que é ainda pior quando menciono os outros ingredientes especiais
adicionados a receita (canela, noz moscada e pimenta da Jamaica), a partir desse
momento quase ninguém deixa de fazer cara de interrogação “oi? pimenta da
Jamaica?”
Essa história de misturar cerveja e abóbora não é invenção minha, alguns
cervejeiros aqui do Brasil já fazem esse tipo de cerveja, mas minha inspiração veio
dos Estados Unidos, país em que a cultura homebrewer é mais difundida e que a
meu ver tem uma ligação com abóbora maior que a nossa, o Halloween é um bom
exemplo disso.

Pumpkin Ale é uma cerveja sazonal, tipicamente feita com ingredientes que visam
atribuir um sabor semelhante ao de torta de abóbora (sobremesa típica dos EUA),
por isso pouco lúpulo é utilizado em sua receita, tanto para amargor quanto para
aroma, já que o ideal é que a abóbora e as especiarias utilizadas se destaquem.
Boa parte do que pesquisei para criar minha versão foi em blogs e fóruns gringos,
mas também recebi alguma ajuda de cervejeiros daqui. Como não existe
unanimidade em processos e até mesmo nos ingredientes utilizados, desencanei e
decidi tentar fazer e ver no que ia dar.
Lá fora alguns usam abóbora in natura enquanto outros usam o purê de abóbora
enlatado, como não me recordo de alguma vez ter visto essas latas em gôndolas
por aqui, não me restou outra opção, usei abóbora fresca. Precisei pedir ajuda para
minha mãe, eu nunca comprei uma abóbora, poucos dias depois de conversarmos
ela apareceu com uma pesando pouco mais de 4kg, exatamente o que precisava.

Uma das poucas informações que convergiam a respeito da brassagem dessa


receita eram os problemas relacionados a ltragem, alguns cervejeiros tiveram
seus sistemas de ltragem completamente entupidos e por isso recomendavam
fortemente a utilização de palha de arroz para agir como elemento ltrante ou até
mesmo adicionar a abóbora somente na fervura. Mesmo ciente disso decidi
encarar sem palha de arroz, já que também tinha lido muitos relatos sobre as
di culdades de se produzir cervejas de trigo e não tive grandes problemas quando
as z.
O primeiro passo foi colocar a abóbora para assar, a cortei em 8 pedaços e deixei
em fogo médio/baixo por cerca de duas horas, até que a poupa estivesse macia o
bastante para se soltar da casca (com a ajuda de uma colher) e formar um purê,
enquanto isso fui buscar canela, noz moscada e pimenta da jamaica na feira-livre
e z a moagem dos grãos.
A mosturação ocorreu conforme planejado, e com um delicioso cheiro de doce de
abóbora, em seguida comecei a ltragem, e foi aqui que começaram os meus
problemas. Quando comecei a recircular o mosto notei que a vazão começou a
diminuir, então decidi passar mais rápido por essa etapa, não rolou! demorei
muito tempo para conseguir tirar o mosto da panela, cerca de duas vezes o tempo
normal de toda a ltragem e ainda faltava a lavagem dos grãos que, para o meu
desalento, literalmente se tornou caótica, o purê de abóbora ao se misturar com o
mosto formou uma gosma algo viscoso que entupiu completamente o fundo falso,
travando a ltragem.
A solução foi mexer vigorosamente os grãos junto de toda a água da lavagem,
esquecer a recirculação, usar um peneira de inox (dessas de cozinha) para evitar
que alguma partícula maior fosse levada para a fervura e torcer para que eu
tivesse conseguido extrair açucares o bastante para que pudesse obter cerveja no
nal de todo o processo.

Depois de ter assimilado a ideia de que a ltragem praticamente não existiu e uma
das consequências disso seria uma cerveja completamente turva, iniciei a fervura
normalmente, adicionei os lupúlos, whirl oc e especiarias conforme o
programado e mais uma vez fui surpreendido por um aroma delicioso, que mal
pude aproveitar porque estava completamente esgotado, nenhuma outra cerveja
tinha demandado tanto trabalho.

Quando pensei essa receita decidi incluir aveia para atribuir certa cremosidade
além de fazer a sacari cação em temperatura alta para que a cerveja fosse bem
encorpada. Minha OG estimada era de 1,053 e pós fervura obtive 1,046,
sinceramente esperava algo pior, e após 3 semanas de fermentação / maturação a
engarrafei utilizando açúcar mascavo.
Depois de todo o trabalho e a ligação de abóbora com o Halloween, decidi que
Pesadelo seria um ótimo nome para essa cerveja.

Pumpkin Ale Pesadelo (receita para 20 litros)

4kg de malte Pilsner


0,5Kg de aveia em ocos
0,35Kg de malte Vienna
4Kg de abóbora
15g Hallertau Herkules (60 mins)
10g Saphir (20 mins)
1 whirl oc (15 mins)
15g Canela em pó (1 min)
10g Noz moscada moída (1 min)
10 pimenta da jamaica moída (1 min)
Levedura Lallemand Nottingham Yeast

As rampas foram:
30min a 50C
45min a 67C
10min a 76C

Os lúpulos, whirl oc e as especiarias foram adicionados durante a fervura,


respeitando seus respectivos tempos, sendo que as especiarias foram adicionadas
ao mosto utilizando uma “hop bag”. A temperatura de fermentação foi de 19C.

As festas de nal de ano já estão chegando e acho que esse é um bom momento
para degustar a Pesadelo.

Um abraço,
Cerveja Monstro

dezembro 11, 2012 / Receitas / abóbora, canela, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira, cerveja
de abóbora, homebrew, noz moscada, pimenta da jamaica, pumpkin ale, receita / 19 comentários

Monstro do lago Weiss – Cerveja de


trigo alemã
Monstro do lago Weiss – Monstro Cerveja Artesanal

Há muitos anos atrás, quando pela primeira vez provei uma cerveja de trigo, eu a
conheci como “Weiss”, e apesar de usarem outros termos como Weissbier e
Weizen, tenho a impressão de que Weiss é a forma como a maioria das pessoas se
referem a esse tipo de cerveja por aqui. Weissbier é a palavra alemã para “cerveja
branca” e Weizen é a palavra para “trigo”, esse é um estilo de cerveja da
Baviera, sul da Alemanha, e que segundo as leis alemãs deve ser produzido com
pelo menos 50% de malte de trigo, o restante é malte de cevada, do contrário ela
não pode ser caracterizada como uma cerveja desse estilo.
Essa cerveja tem corpo leve, cor que varia entre o amarelo palha e o dourado,
espuma branca e cremosa, é refrescante e comumente consumida no verão. O
aroma e sabor geralmente remetem a cravo e banana, por vezes
ligeiramente cítrica e com notas de tuti-fruti. Dada essa complexidade o lúpulo é
utilizado de forma moderada, seu sabor é muito leve, por vezes ausente. Os
exemplos comerciais mais fáceis de encontrar são: Erdinger Weissbier, Paulaner
Hefe-Weizen, Colorado Appia, Bohemia Weiss e Eisenbahn Weizenbier.

Nesse exato instante as leveduras estão trabalhando na cerveja que z no ultimo


dia 07, uma cerveja de trigo do tipo Weissbier ou Weizen. Esse estilo de cerveja
demanda pouco tempo de maturação, quanto mais jovem melhor, portanto
espero estar degustando essa cerveja em breve.
Essa é a terceira vez que faço uma cerveja desse estilo, as primeiras versões foram
produzidas em Maio e Julho desse ano e estavam boas, mas como de lá pra cá
aprimorei alguns processos e aprendi um pouquinho mais sobre como fazer
cerveja, acho que essa versão cará ainda melhor.
A receita é exatamente a mesma, as mudanças estão no processo e no melhor
controle da temperatura de fermentação, essa leva foi nomeada “Monstro do lago
Weiss”.

Esta é a receita que utilizei: (OG estimada 1050 SG)


50,5% de malte de trigo
46,6% de malte Pale Ale
2,9% de malte Munique II
Lúpulo Hallertauer Hersbrucker (12,2 IBUs)
Levedura Safbrew Wheat (WB 06)

As rampas foram:
15 min a 40C
15 min a 45C
15 min a 50C
45 min a 67C
10 min a 76C
A adição de lúpulo foi feita a 60min do nal da fervura e a temperatura de
fermentação é de 19C.

Assim que provar atualizo esse post.

(atualizado com foto da Monstro do lago Weiss).


Um abraço,
Cerveja Monstro

dezembro 11, 2012 / Criaturas, Receitas / Cerveja, cerveja alemã, Cerveja artesanal, Cerveja de trigo,
fermento, hefe weizen, homebrew, lúpulo, malte, receita, trigo maltado, Weiss, weissbier, white
beer / 85 comentários

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