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Categoria: Receitas
Bom, enquanto o carbonatação não termina vamos falar sobre a receita. Além dos
maltes de trigo e de cevada utilizamos um pouco de açúcar para aumentar a
graduação alcoólica da cerveja sem aumentar o corpo e deixa-la mais seca.
Gostaríamos que o lúpulo tivesse um papel bem discreto, por isso focamos em 13
IBU’s e uma única adição no início da fervura, apenas para amargor. Por último,
decidimos por utilizar fermento belga pelas suas características frutadas e
condimentadas que poderiam combinar com o maracujá.
A receita para 20 litros da nossa cerveja de trigo com maracujá cou assim:
1,9Kg de malte de trigo
1,9Kg de malte Pilsner
0,27kg de açúcar (5 mins)
14g de lúpulo Perle (60 mins)
1/2 tablete de whirl oc
Levedura White Labs – WLP570 (fermentação a 20C)
A mosturação foi feita com 11 litros de água, em uma única rampa de sacari cação
a 65C por 60 minutos e depois a inativação das enzimas a 76C por 10 minutos. Na
lavagem dos grãos usamos mais 19 litros de água.
Um abraço,
Cerveja Monstro
março 25, 2014 / Geral, Receitas / beer, Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de trigo, cerveza,
cevada, craft beer, embarrilamento, fruit beer, homebrew, levedura, lúpulo, malte, maracujá,
passion fruit, receita / 38 comentários
Sim, 2014 é o ano das experimentações por aqui. Decidimos utilizar alguns novos
ingredientes para fazer uma nova brassagem da nossa cerveja artesanal de trigo
do estilo American Wheat. Dessa vez a Pé Grande foi feita com uma combinação
de lúpulos dos EUA e Austrália, além da levedura American Ale da BIO4.
A base da receita (grãos) é a mesma usada na última versão, 50% malte Pilsner e
50% malte de trigo para atingirmos uma densidade original de 1.049SG. Para os
lúpulos decidimos usar pela primeira vez duas variedades, mantendo o nosso
target original de amargor (30 IBUs), o lúpulo australiano Topaz para amargor e o
norte americano Willamette para aroma. Por m, a fermentação cou sob a
responsabilidade da cepa SYO25 – American Ale.
Utilizamos 12,5 litros de água para a mosturação e 18,5 litros para a lavagem dos
grãos. A fervura foi feita por 60 mins sendo que o lúpulo de amargor foi
adicionado logo no inicio. Nos últimos 15 minutos de fervura adicionamos o
whirl oc e em seguida as duas adições de lúpulo de aroma conforme a receita.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 6, 2014 / Criaturas, Geral, Receitas / ale, american ale, American wheat, cerveja americana,
Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de trigo, craftbeer, homebrew, IBU, levedura, lúpulo,
malte, Pé Grande, receita, trigo / 2 comentários
Um abraço,
Cerveja Monstro
dezembro 18, 2013 / Geral, Receitas / cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja caseira, Cerveja de
trigo, craftbeer, decocção, fermentação, fermento, homebrew, homebrewing, levedura, receita,
Weiss, weizen / 7 comentários
Sim, voltamos a fazer uma lager! E dessa vez preparamos nossa primeira cerveja
artesanal do estilo Bock, um dos estilos clássicos da escola alemã de cerveja. Essa
é uma lager forte, fácil de beber, escura e com destaque para o malte. Sua
graduação alcoólica é de no mínimo 6,3% e em nossas mentes ela está de alguma
forma conectada aos dias frios. Alguém ai se lembra do baixinho e da Kaiser Bock?
Fizemos a mosturação com uma parada protéica a 50C e a sacari cação a 67C, a
decoção foi feita durante a sacari cação, retiramos um terço do mosto ( a parte
mais “grossa”, com os grãos) e levamos a fervura por 15mins, com uma pausa de
cerca de 15 mins a 67C para sacari cação antes do mosto começar a ferver.
O lúpulo e o whirl oc foram adicionados ao mosto a 60 mins e 15 mins do nal da
fervura, respectivamente. Fermentamos a 11C por 12 dias e depois zemos o
descanso para a redução diacetil (é só elevar em 4 graus a temperatura por dois ou
três dias), em seguida baixamos gradativamente a temperatura até atingir 0C e
seguimos com a maturação até atingirmos o nível que gostaríamos.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
dezembro 9, 2013 / Geral, Receitas / beer, Bock, cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja escura, cerveza, cevada, craftbeer, decocção, Einbeck, german beer, Germany, homebrew,
homebrewing, lager, levedura, lúpulo, malte, mosturação, receita / 26 comentários
Um abraço,
Cerveja Monstro.
novembro 6, 2013 / Geral, Receitas / Cerveja, cerveja amarga, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, craftbeer, decocção, English Pale Ale, homebrew, homebrewing, levedura,
lúpulo, malte, Ordinary Bitter, receita, Standar Bitter / 2 comentários
Com tudo pronto chegou a hora de ir pro fogão e testar o novo setup, passamos a
utilizar um brewstand, trocamos o fundo falso pelo manifold para ltragem e
também inauguramos três queimadores xos que substituíram nosso bom, velho
e pequeno fogão de alta pressão. Enquanto tentávamos nos adaptar ao novo
equipamento, começamos a brassagem com a mosturação dos grãos já moídos, a
primeira rampa foi feita a 67C e durou 80 mins, depois zemos o mash-out a 76C
por 10 mins antes de partir para a ltragem e clari cação.
Após a ltragem e clari cação ter sido concluída iniciamos a fervura e logo
adicionamos a maior carga de lúpulo (35,6 IBUs) responsável por boa parte do
amargor da cerveja, que ferveu junto com o mosto todos os 90 mins. Depois
adicionamos as outras cargas de lúpulo, uma a 30mins e a outra a 3mins do nal,
além do whirl oc, sempre adicionado 15 mins antes do fogo ser apagado. No nal
do dia tivemos uma e ciência muito maior do que o planejado e acabamos com
uma gravidade inicial de 1.063SG ante os 1.049SG esperados. Resfriamos o mosto,
agitamos bem para oxigena-lo e adicionamos a levedura previamente hidratada.
outubro 9, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Cerveja, cerveja alemã, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja simples, cevada, cevada maltada, euro lager, fermentação, German Pilsner, lager,
lúpulo, malte, malte Pilsner, receita, single hop, single malt / 6 comentários
Hidromel
Ao abrir o fermentador senti um aroma meio bizarro, algo parecido com aquelas
conservas de legumes meio passadas, quei com medo de ter dado algo errado,
mas com o melhor espirito homebrewer decidi provar a bebida e apesar do
estranho aroma inicial o sabor era agradável, seco, de alguma forma lembrava
vinho e obviamente o mel. Para minha surpresa, ao fazer a leitura do açúcar na
solução, veri quei que a levedura já havia consumido tudo o que havia para
consumir transformando a solução inicial de água e mel em um hidromel bem
seco, com cerca de 12,7% de álcool.
Agora é esperar o tempo fazer a parte dele, depois disso eu volto com um novo
update.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
setembro 13, 2013 / Geral, Receitas / álcool, champgne, dry mead, fermentação, hidromel,
hidromel seco, homebrew, levedura, mead, mel / 16 comentários
Finalmente de volta! tem uma porção de coisas novas para contar, mas vou tentar
fazer isso por partes, para começar quero falar das novas cervejas, nossa primeira
Belgian Strong Ale, uma Dubbel com rapadura é uma delas e foi mais ou menos
assim que ela nasceu: depois de algum tempo sendo completamente displicente
com a escola belga de cerveja (só tinha feito witbier), decidi me redimir e tentar
algo novo, “por quê não fazer uma Dubbel?” uma ale pouco amarga, encorpada,
complexa e com cerca de 7% de álcool, gostei da ideia e lendo sobre o estilo
descobri que as versões tradicionais dessa cerveja utilizam açúcar caramelizado e
outros açucares não re nados na receita e foi nesse momento que pensei “pera,
por quê não colocar rapadura nisso?”, então, aproveitei a viagem da minha avó
para o nordeste e pouco tempo depois estava a rapadura em mãos, pronto para
moer os grãos e ir para as panelas.
Impossível pensar na receita sem olhar para onde se quer chegar, por isso foi
importante conhecer as características de uma Dubbel. É uma ale encorpada com
colarinho persistente, possui graduação alcoólica entre 6,5 e 8%, sua cor varia do
âmbar escuro ao cobre, é maltada, de baixo amargor e com esteres frutados. Na
minha receita utilizei o malte pale ale como base e adicionei os maltes Aroma e
Melanoidina para obter a característica maltada, o malte special B para contribuir
com os esteres frutados. Também usei aveia para ajudar na formação e retenção
de espuma e a rapadura, para mais esteres frutados e para elevar a quantidade de
açúcar fermentável e consequentemente a graduação alcoólica.
O lúpulo deve ser discreto, por isso utilizei o Hallertauer Herkules para amargor e
o Styrian Goldings no meio da fervura, a fermentação cou a cargo da levedura
WLP570 da White Labs, que lida muito bem com cervejas com alta graduação
alcoólica além de contribuir para um per l frutado.
A sacari cação foi feita a 67C e a fervura feita por uma hora, os lúpulos e o
whirlfoc foram adicionados em seus respectivos tempos. A gravidade inicial
estimada é de 1.066SG e a nal é 1.011SG (o que totalizaria 7,4% de álcool. A
fermentação deve ser feita entre 20C e 24C para depois ser engarrafada para a
carbonatação.
Estou ansioso para conhecer o resultado, alguns dias atrás fui checar como estava
a fermentação e a gravidade estava em 1.020SG com um delicioso aroma saindo do
fermentador, agora é aguardar o termino da fermentação, engarrafar e
nalmente provar.
um abraço,
Cerveja Monstro.
agosto 19, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / beer, Belgian Dubbel, Belgian Strong Ale, Belgium,
Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja belga, cerveja caseira, cerveja com rapadura, cevada, Dubbel,
fermentação, homebrew, levedura, lúpulo, malte, rapadura, trapista, trappist beer / 72
comentários
Ordinary Bitter
Ordinary Bitter – Monstro Cerveja Artesanal
Eu ainda não manipulo as características da água que uso, mas gostaria de fazer
isso em breve, preciso encontrar um tempo para estudar o tema. Bom, mesmo
sem manipular a água como muitos mestres cervejeiros fazem, decidi criar minha
receita para uma cerveja caseira do estilo Ordinary Bitter.
3 Kg de malte Pilsner
1 Kg de malte Pale Ale
20 g de lúpulo Northern Brewer ( rst wort)
1 tablete de Whirlfoc (15 mins)
10 g de lúpulo Northern Brewer (3 mins)
Levedura Wyeast Labs #1318 London Ale III
Cheers!
Um abraço,
Cerveja Monstro.
abril 6, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / bitter, British beer, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja inglesa, cevada, English Pale Ale, fermento, levedura, lúpulo, malte, Ordinary Bitter,
standard Bitter / 8 comentários
Bohemian Pilsner
Todos os que provaram cervejas como Czechvar, Pilsen Urquell ou a 1795 sabem o
quão agradável uma verdadeira Bohemian Pilsner pode ser, essas cervejas são
produzidas da mesma forma desde 1842 e são conhecidas por serem refrescantes
e pela sua complexidade de aroma e sabor que é gerada pela feliz combinação do
malte claro, água, levedura e lúpulo tcheco. Foi pensando em todas as
características positivas desse estilo que nalmente decidi fazer minha primeira
cerveja artesanal do tipo lager, uma Bohemian Pilsner para fazer bonito e
apresentar aos amigos que ainda não conhecem a grande diferença que existe
entre cervejas desse estilo e as que encontramos nos supermercados e botecos por
ai com a palavra “Pilsen” no rótulo.
As cervejas lagers são feitas com levedura (fermento) de baixa fermentação e essa
levedura trabalha em temperaturas mais baixas (por volta de 12C), por isso tive
que postergar a minha primeira receita até adquirir um refrigerador extra e um
controlador de temperatura. Depois disso foi só procurar informações adicionais
em relação a fermentação das lagers (nova pra mim) e conseguir uma receita,
optei por utilizar uma receita clone da Pilsner Urquell como base e seguir adiante.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
abril 2, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Bohemian Pilsner, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja tcheca, cevada, euro lager, fermento, lager, levedura, lulpulo, malte, pilsen, receita,
refrescante, saaz / 57 comentários
Categoria: Receitas
Dessa receita me recordo que substitui o Irish Moss pelo tablete de Whirl oc e a
levedura Wyeast’s 1098 British Ale pela SafAle English Ale #S-04, a gravidade
inicial foi de 1.055SG.
Gostaria de repetir essa receita, mas antes preciso fazer as adaptações necessárias
na lista de maltes, já que não tenho acesso aos maltes ingleses listados, mas
certamente devo encontrar bons maltes compatíveis por aqui. Em breve volto
para publicar o resultado.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 29, 2013 / Geral, Receitas / beer image, bottle, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, craftbeer, English Brown Ale, homebrew, lúpulo, malte, Newcastle Brown
Ale, Northern Brown Ale, pint, receita / 14 comentários
Uma pequena alteração foi feita nas rampas de mosturação visando contornar o
problema com a retenção de espuma, a parada proteica (50C) teve seu tempo
reduzido de 30 para 15mins.
Receita para uma cerveja de trigo caseira, belga e tailandesa ao mesmo tempo, a
nova versão da Witbier Monstro (20 litros):
As rampas de mosturação foram:
15 mins a 50C
50 mins a 63C
10 mins a 76C
A primeira adição de lúpulo foi feita logo após a primeira etapa da ltragem ( rst
wort) e a segunda nos 20 minutos para o m da fervura. As folhas de limão Ka r
e as demais especiarias são adicionadas durante os 5 minutos nais de fervura
utilizando uma hopbag (algo bem parecido com aqueles saquinhos de chá). A OG
estimada é de 1049 e a temperatura de fermentação 19C.
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ุ เร็ว ๆ นี
Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 26, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja belga, cerveja
caseira, Cerveja de trigo, coentro, folha de limão Kaf r, homebrew, kaf r lime, laranja, receita,
retenção de espuma, Tailândia, thai, witibier / 3 comentários
Acredita-se que termo Pale Ale foi utilizado pela primeira vez por volta de 1703
para designar cervejas produzidas com os maltes claros (pale), esse tipo de malte
foi criado com o auxilio de uma nova técnica de produção desenvolvida em torno
do ano de 1642. Com a utilização do malte pale o resultado obtido foi uma cerveja
mais clara que as populares da época, como a Brown Ale por exemplo. O termo
Pale Ale é abrangente e pode causar confusão, alguns defendem que estilos como
Amber Ale, English Bitter, American Pale Ale, Biérre de Garde, Blonde, Irish Red
Ale, entre outros podem ser classi cados como Pale Ale. O estilo abordado nesse
post está dentro da família English Bitter (ou English Pale Ale) que é dividida em
três diferentes tipos de cerveja que são: Standard / Ordinary Bitter, Special / Best /
Premium Bitter e o Extra Special / Strong Bitter (English Pale Ale), para evitar
qualquer confusão faremos um recorte mais preciso, a cerveja caseira desse post é
do estilo English Pale Ale (ESB).
A English Pale Ale é uma cerveja de corpo médio, sua cor varia entre o dourado e o
cobre, carbonatação baixa (por isso tem pouca espuma), o destaque ca para o
equilíbrio entre malte e lúpulo tanto no aroma quanto no sabor, eventualmente
pode tender para o amargo do lúpulo. Além disso, o caramelo pode ser
ligeiramente perceptível no aroma e ter mais força no sabor, mas isso não e
mandatório.
Pensando nos atributos acima comecei a desenhar a receita e para atribuir mais
corpo e cor a cerveja utilizei malte Caramel / Crystal 60L, para o sabor e aroma de
malte utilizei o malte Aromatic, a aveia foi utilizada para contribuir no corpo da
cerveja, e os maltes base são Pilsner e Pale Ale. O lúpulo inglês utilizado foi o East
Kent Goldings, possui característica oral / spicy e é usado com grande frequência
nas ales inglesas. A levedura utilizada foi a London Ale (White Labs #WLP013)
também comumente utilizada para British Pale Ales e Bitters, me chamou a
atenção por sua característica maltada.
Nossa receita foi desenvolvida para 20litros e OG estimada de 1051SG, cou assim:
3 kg de malte Pilsner
2 kg de malte Pale Ale
0,25 kg de malte Caramel / Crystal – 60L
0,20 kg de malte Aromatic
0,20 kg de aveia em ocos
20g de lúpulo Hallertau Herkules ( rst wort)
20g de lúpulo East Kent Goldings (15mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
20g de lúpulo East Kent Goldings (1min)
Levedura White Labs London Ale #WLP013
Para a mosturação foi utilizada apenas uma rampa de sacari cação em 68C até o
nal da conversão, em seguida 10 minutos a 76C para o mash out.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 15, 2013 / Geral, Receitas / ale, bitter, bitter beer, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, english extra strong bitter, English Pale Ale, homebrew, levedura, lúpulo,
malte, pale ale / 8 comentários
A adição da primeira parte do lúpulo é feita logo após o término da primeira parte
da ltragem, enquanto o restante foi adicionado durante a fervura junto com o
whirl oc. A temperatura de fermentação foi de 19C com uma variação de 0,5C
para cima e para baixo. A cerveja cou no fermentador / maturador
aproximadamente 2 meses, sendo que nas ultimas semanas maturou a baixa
temperatura antes de ser engarrafada com uma solução de açúcar fermentável
para a carbonatação.
Um abraço,
Cerveja Monstro.
março 5, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / ale, Brown Porter, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja
caseira, cerveja inglesa, cevada, homebrew, lúpulo, malte, porter, receita / 8 comentários
A nova versão da nossa cerveja inglesa India Pale Ale nalmente está carbonatada
e prontinha para ser degustada, alguém quer provar? A presença do lúpulo é
marcante no sabor e levemente percebida no aroma, o corpo médio e a presença
do malte ajudam no equilíbrio dessa cerveja artesanal que tem teor alcoólico de
6,1% e aproximadamente 59 IBUs. Essa é a quarta leva desse estilo feita por aqui,
nessa ultima versão a receita foi completamente alterada, já que agora me sinto
mais con ante para elaborar minha própria receita, as primeiras levas foram
feitas algum tempo atrás e na época eu estava mais preocupado em chegar ao
nal do processo de fabricação com sucesso do que em criar algo novo, por isso
usei a primeira receita que encontrei na internet.
Depois de alguma pesquisa, cheguei a essa receita, a nova India Pale Ale da
Cerveja Monstro:
5kg de malte Pale Ale
0,8kg de trigo maltado
0,4kg de malte Munich
0,4kg de malte Crystal 60L
25g de lúpulo Hallertau Herkules ( rst wort)
20g de lúpulo East Kent Goldings (20mins)
1 tablete de whirl oc (15mins)
20g de lúpulo East Kent Goldings (1min)
Levedura Lallemand Nottingham Yeast
30g de lúpulo East Kent Goldings (Dry hop – 5 dias)
Logo após o término da primeira etapa da ltragem, antes de lavar os grãos, foi
feita a primeira adição de lúpulo ( rst wort) as outras adições foram feitas
durante a fervura, respeitando os tempos indicados na receita. O Dry hop foi feito
após o término da fermentação, os 30g de lúpulo East Kent Goldings foram
colocados em uma hop bag (algo semelhante ao um saquinho de chá) e em
seguida adicionados ao maturador para permanecer em contato com a cerveja
durante 5 dias. A cerveja foi engarrafada no dia 14 de Janeiro utilizando solução
de açúcar para o priming, a nova fermentação / maturação realizada na garrafa
demorou mais de 4 semanas para atingir o nível desejado.
A receita acima foi elaborada para uma leva de 20 litros, sendo que a e ciência do
processo foi baixa, a OG obtida foi de 1.063SG e a FG 1.017SG. Eu gostaria que a
atenuação tivesse sido um pouco maior, não sei se foi uma característica da
levedura ou se utilizei menos do que deveria, o fato é que a previsão da FG era de
1.011SG, um pouco abaixo do que obtive. Acredito que essa diferença tem impacto
em alguns pontos no resultado nal, além do teor alcoólico mais alto, o
retrogosto seria mais seco do que é. Um outro ponto foi o resultado do dry hop, eu
esperava algo mais marcante, o aroma obtido foi sutil, não sei sei por algo
durante o processo ou quantidade insu ciente de lúpulo. Esses são pontos que
quero alterar nas próximas versões e mesmo com esses pontos a aprimorar para a
próxima leva, essa IPA é uma ótima cerveja artesanal. Adoraria ouvir
outras opiniões, alguém disponível?
Acho que essa busca constante por aprimoramento é uma das partes mais legais
de se fazer cerveja em casa, então agora é apreciar essa IPA com toda atenção que
ela merece e já ir pensando em como concretizar as alterações para as próximas
brassagens. Cheers!
Um abraço,
Cerveja Monstro.
fevereiro 22, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / amargor, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira,
cerveja inglesa, cevada, dry hop, east kent goldings, hop bag, India Pale Ale, IPA, lúpulo, malte / 16
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A Cerveja Monstro produziu duas levas do elegante estilo belga Witbier e um dos
pontos que mais me chamou atenção nessas experiências é o quão bem essa
cerveja artesanal é recebida pelo público feminino, mesmo entre pessoas que
alegavam não gostar de cerveja ou a rmavam tomar apenas “malzibier”, no geral
a resposta tem sido uma expressão de surpresa seguida de alguma variação de
“nossa, gostei!”. Tradicionalmente feita com malte de cevada, trigo não maltado
e algumas especiarias essa cerveja é leve, refrescante, possui agradável aroma
frutado cítrico, perfume de coentro, sabor ligeiramente doce com uma sútil acidez
e colarinho denso e cremoso. A Witbier é uma cerveja de alta fermentação e
também é conhecida como “white beer” e “bière blanche” pela sua turbidez e
aparência branca, essas características tem origem na suspensão de levedura e
nas proteínas do trigo contidos na cerveja e podem ser facilmente notados ao
olhar para o copo.
Esse estilo tem mais de de 400 anos, provavelmente derivado da tradição dos
monastérios belgas, tornou-se bastante popular nos séculos XVIII e XIX nas
cidades a leste de Bruxelas, em especial nas cidades de Louvain e Hoegaarden
onde eram produzidos os exemplares mais conhecidos. Com a popularização das
cervejas Lagers a Witbier perdeu espaço e no ano de 1957 literalmente
desapareceu depois que a última cervejaria belga faliu. Dez anos depois um
grande homem chamado Pierre Celis levantou dinheiro com os familiares para
abrir uma cervejaria a fabricar a tradicional Witbier, ele a batizou com o nome
Hoegaarden e anos depois a cerveja tornou-se mundialmente conhecida.
A “Witbier Monstro” mantém a mesma base desde que nasceu, a única diferença
é que a segunda versão foi aprimorada com uma quantidade maior das especiarias
(coentro e raspas de laranja) e o resultado foi ótimo, em especial no aroma, por
isso as alterações foram mantidas na receita da terceira leva de cerveja artesanal
que está maturando agora.
A primeira adição de lúpulo foi feita logo após a primeira etapa da ltragem, e as
especiarias foram adicionadas durante os 5 minutos nais de fervura utilizando
uma hopbag (algo bem parecido com aqueles saquinhos de chá) A OG estimada é
de 1049 e a temperatura de fermentação 19C. Notaram que há pouco lúpulo nessa
receita? o lúpulo é discreto nesse estilo, tanto no aroma quanto no amargor, o
destaque ca por conta das especiarias e talvez esse seja um dos motivos dessa
cerveja ser tão bem recebida pelas mulheres.
Que que claro que em hipótese alguma a Cerveja Monstro considera que Witbier
é “cerveja de mulher”, pelo contrário, diversos amigos provaram e adoraram,
esse recorte foi dado apenas porque tradicionalmente em nosso país (tão
maltratado pelas grandes industrias cervejeiras) a maior parte do mercado de
cerveja é composta por homens e é bem legal ver que isso está mudando, um bom
exemplo disso é a mãe desse que vos escreve, ela que “nunca bebeu cerveja
apenas Malzibier” hoje não hesita em dizer que a witbier é uma de suas
prediletas. Alguém ai quer provar?
Um abraço,
Cerveja Monstro.
fevereiro 7, 2013 / Criaturas, Geral, Receitas / aroma, bière blanche, Cerveja, Cerveja artesanal,
cerveja belga, Cerveja de trigo, cevada, coentro, laranja, lúpulo, malte, Pierre Celis, refrescante,
white beer, Witbier / 83 comentários
Uma das primeiras coisas que li enquanto coletava informações sobre como fazer
cerveja artesanal foi que as cervejas de trigo demandavam um pouco mais de
cuidado para serem feitas. Diferente da cevada o trigo utilizado nas receitas não
possui casca, que é importante pois atua como uma espécie de elemento ltrante
ajudando a clarear o mosto que ao término de todo o processo se tornará cerveja.
Em Junho do ano passado após ter conseguido fazer minha primeira cerveja de
trigo (uma Weiss) sem maiores problemas, apenas um pouco mais de trabalho
para ltrar, decidi produzir uma American Wheat, o processo de produção
ocorreu novamente sem grandes problemas, e o mais importante, quei
satisfeito com o o resultado quando degustei essa cerveja de trigo.
Já disse a vocês que adoro lúpulo? esse foi um motivos para eu ter aumentado a
quantidade de lúpulo da receita original e ter subido o nível de amargor de 20 para
27 IBU’s em um máximo permitido para esse estilo de 30 IBU’s (International
Bitterness Units é a escala que mede o amargor na cerveja). Pensando nessa força
maior do lúpulo e em algo tipicamente americano, decidi nomear essa American
Wheat de Pé Grande, monstro que esteve presente na minha infância através dos
desenhos animados americanos exibidos pela nossa tv.
A American Wheat Pé Grande foi feita com a seguinte receita para 20 litros:
Um abraço,
Cerveja Monstro
janeiro 16, 2013 / Criaturas, Receitas / amargor, American wheat, Cerveja, Cerveja artesanal,
Cerveja de trigo, homebrew, IBU, lúpulo, malte, Pé Grande, receita, white beer / 4 comentários
Existem muitos estilos de cerveja, são tantas variações que nem sempre é fácil
escolher em qual delas será a minha próxima aventura. Me recordo que desde que
comecei a fazer cerveja eu já tinha em mente que um dia faria uma Stout, primeiro
porque o estilo me agrada e segundo porque dois dos meus amigos e
incentivadores moraram na Irlanda e são grandes fãs da cerveja Guinness. Como
uma das melhores partes de fazer cerveja é compartilhar com os amigos, decidi
que já era hora de fazer minha primeira Stout, mais precisamente uma Dry Stout
também conhecida como Irish Stout, o estilo da cerveja Guinness.
Esse estilo de cerveja é encorpado e cremoso, sua cor varia entre o preto e marrom
escuro, a espuma é espessa, cremosa, persistente e varia entre bege e marrom. O
aroma é de cevada torrada, café e malte torrado e em alguns casos pode haver
chocolate ou cacau, mas não há aroma de lúpulo. O sabor é moderadamente
tostado com amargor de lúpulo de médio a alto e nal seco.
A Stout tem uma história curiosa que começa por volta de 1730 quando as cervejas
Porters começaram a ser vendidas em Londres e pouco tempo depois tornaram-
se bastante populares em todo o Reino Unido e Irlanda. Ainda nesse mesmo século
o termo “Stout Porter” foi amplamente usado para designar uma Porter mais
forte (segundo a wikipedia, originalmente o termo Stout signi cava “orgulhoso”
ou “valente” e só no século XIV ganhou a conotação de “forte”).
Ao longo do século XIX o termo “Stout” continuava a ser usado para designar
cervejas fortes, não só as Porter mas também Ales, inclusive naquela época era
possível encontrar uma “Stout Pale Ale” por exemplo. Curiosamente neste
mesmo período a “Stout Porter” passou a ser reconhecida como uma bebida
fortalecedora e saudável e por isso era usada por atletas e lactantes, sendo
inclusive recomendada por médicos para auxiliar no processo de
recuperação. Somente no nal do século XX o termo “Stout” passou a ser
comumente associado apenas as Porters, passando a ser sinônimo de cervejas
escuras.
As Stouts mais tradicionais do inicio do século XVIII e XIX eram bem diferentes
das versões modernas que conhecemos, pois a cevada tostada que atribui o
sabor característico ao estilo que conhecemos hoje só passou a ser amplamente
utilizada a partir da metade do século passado.
um abraço,
Cerveja Monstro
dezembro 18, 2012 / Criaturas, Receitas / Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira, cerveja preta,
cevada, Dry Stout, Guinness, homebrew, Irish Stout, irlanda, lúpulo, malte, malte torrado, Stout / 21
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É curioso ver a reação das pessoas ao ouvirem que você fez uma cerveja com
abóbora, no geral demonstram certo ceticismo mas sempre se interessam em
provar. Obviamente as reações se dividem entre os que torcem ou não o nariz e
isso me parece estar diretamente ligado ao fato de gostar ou não de abóbora.
Depois das primeiras reações relacionadas a equação: “cerveja + abóbora = (?)”,
notei que é ainda pior quando menciono os outros ingredientes especiais
adicionados a receita (canela, noz moscada e pimenta da Jamaica), a partir desse
momento quase ninguém deixa de fazer cara de interrogação “oi? pimenta da
Jamaica?”
Essa história de misturar cerveja e abóbora não é invenção minha, alguns
cervejeiros aqui do Brasil já fazem esse tipo de cerveja, mas minha inspiração veio
dos Estados Unidos, país em que a cultura homebrewer é mais difundida e que a
meu ver tem uma ligação com abóbora maior que a nossa, o Halloween é um bom
exemplo disso.
Pumpkin Ale é uma cerveja sazonal, tipicamente feita com ingredientes que visam
atribuir um sabor semelhante ao de torta de abóbora (sobremesa típica dos EUA),
por isso pouco lúpulo é utilizado em sua receita, tanto para amargor quanto para
aroma, já que o ideal é que a abóbora e as especiarias utilizadas se destaquem.
Boa parte do que pesquisei para criar minha versão foi em blogs e fóruns gringos,
mas também recebi alguma ajuda de cervejeiros daqui. Como não existe
unanimidade em processos e até mesmo nos ingredientes utilizados, desencanei e
decidi tentar fazer e ver no que ia dar.
Lá fora alguns usam abóbora in natura enquanto outros usam o purê de abóbora
enlatado, como não me recordo de alguma vez ter visto essas latas em gôndolas
por aqui, não me restou outra opção, usei abóbora fresca. Precisei pedir ajuda para
minha mãe, eu nunca comprei uma abóbora, poucos dias depois de conversarmos
ela apareceu com uma pesando pouco mais de 4kg, exatamente o que precisava.
Depois de ter assimilado a ideia de que a ltragem praticamente não existiu e uma
das consequências disso seria uma cerveja completamente turva, iniciei a fervura
normalmente, adicionei os lupúlos, whirl oc e especiarias conforme o
programado e mais uma vez fui surpreendido por um aroma delicioso, que mal
pude aproveitar porque estava completamente esgotado, nenhuma outra cerveja
tinha demandado tanto trabalho.
Quando pensei essa receita decidi incluir aveia para atribuir certa cremosidade
além de fazer a sacari cação em temperatura alta para que a cerveja fosse bem
encorpada. Minha OG estimada era de 1,053 e pós fervura obtive 1,046,
sinceramente esperava algo pior, e após 3 semanas de fermentação / maturação a
engarrafei utilizando açúcar mascavo.
Depois de todo o trabalho e a ligação de abóbora com o Halloween, decidi que
Pesadelo seria um ótimo nome para essa cerveja.
As rampas foram:
30min a 50C
45min a 67C
10min a 76C
As festas de nal de ano já estão chegando e acho que esse é um bom momento
para degustar a Pesadelo.
Um abraço,
Cerveja Monstro
dezembro 11, 2012 / Receitas / abóbora, canela, Cerveja, Cerveja artesanal, cerveja caseira, cerveja
de abóbora, homebrew, noz moscada, pimenta da jamaica, pumpkin ale, receita / 19 comentários
Há muitos anos atrás, quando pela primeira vez provei uma cerveja de trigo, eu a
conheci como “Weiss”, e apesar de usarem outros termos como Weissbier e
Weizen, tenho a impressão de que Weiss é a forma como a maioria das pessoas se
referem a esse tipo de cerveja por aqui. Weissbier é a palavra alemã para “cerveja
branca” e Weizen é a palavra para “trigo”, esse é um estilo de cerveja da
Baviera, sul da Alemanha, e que segundo as leis alemãs deve ser produzido com
pelo menos 50% de malte de trigo, o restante é malte de cevada, do contrário ela
não pode ser caracterizada como uma cerveja desse estilo.
Essa cerveja tem corpo leve, cor que varia entre o amarelo palha e o dourado,
espuma branca e cremosa, é refrescante e comumente consumida no verão. O
aroma e sabor geralmente remetem a cravo e banana, por vezes
ligeiramente cítrica e com notas de tuti-fruti. Dada essa complexidade o lúpulo é
utilizado de forma moderada, seu sabor é muito leve, por vezes ausente. Os
exemplos comerciais mais fáceis de encontrar são: Erdinger Weissbier, Paulaner
Hefe-Weizen, Colorado Appia, Bohemia Weiss e Eisenbahn Weizenbier.
As rampas foram:
15 min a 40C
15 min a 45C
15 min a 50C
45 min a 67C
10 min a 76C
A adição de lúpulo foi feita a 60min do nal da fervura e a temperatura de
fermentação é de 19C.
dezembro 11, 2012 / Criaturas, Receitas / Cerveja, cerveja alemã, Cerveja artesanal, Cerveja de trigo,
fermento, hefe weizen, homebrew, lúpulo, malte, receita, trigo maltado, Weiss, weissbier, white
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