Você está na página 1de 8

A JUSTIFICAÇÃO ÉTICA

DA ALTERIDADE A PARTIR
DE EMMANUEL LEVINAS
Luiz Carlos Do Arte*

Crítica à ontologia e o retorno à metafísica

O pensamento filosófico de Emmanuel Levinas desenvolve-se por meio


de uma nova linguagem ética. Esta — linguagem — provém da relação face-a
-face com o outro. Ele utiliza-se de conceitos gregos, mas com sentido não
mais grego, expressando assim a ética por meio de uma linguagem que vai a-
lém da sua significação, que extravasa o conceito e conduz para a exteriorida-
de, que é a alteridade.
Levinas critica a ontologia que engloba a pessoa num conceito, no ser,
na totalidade. Ele procura resgatar a alteridade que escapa da linguagem ego-
lógica do mesmo e propõe o dizer que está aberto para o que é novo, à exterio-
ridade. Estabelecendo assim a saída da racionalidade solipsista para o huma-
nismo do outro homem. ―O saber ou a teoria significa, em primeiro lugar, uma
relação tal com o ser que o ser cognoscente deixa o ser conhecido menifestar-
se, respeitando a sua alteridade e sem o marcar, seja no que for, pela relação
de conhecimento‖ (TI, p. 29). Neste sentido, a reflexão filosófica deve estar
voltada para a vida humana, mais que fazer grandes lucubrações conceituais.
Percebemos que a filosofia levinasiana ocupa-se da concretude antropo-

*
Estudante de filosofia no Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE), Extrato do Trabalho
Monográfico de Conclusão do Curso (2006), orientado pelo Prof. Me. José André da Costa.

Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p. 213


lógica do ser humano, mas não se restringe à facticidade, procura demonstrar
a transcendência, a busca do infinito.

‗A verdadeira vida está ausente‘. Mas nós estamos no mundo. A meta-


física surge e mantém-se neste álibi. Está voltada para o ‗outro lado‘,
para o ‗doutro modo‘, para o ‗outro‘. Sob a forma mais geral, que reves-
tiu na história do pensamento, ela aparece, de fato, como um movi-
mento que parte de um mundo que nos é familiar, de uma ‗nossa casa‘
que habitamos, para um fora-de-si, para o estrangeiro, para um além
(TI, p. 21).

Levinas propõe o retorno à metafísica como filosofia primeira, para tan-


to, ele critica racionalidade da ontologia e da totalidade. Nestas, o autor per-
cebe que os conceitos ficam fechados e neutros às novidades. Assim sendo, há
o aniquilamento da alteridade, de toda a diferença. Contemporâneos a Levi-
nas certos filósofos pensaram a questão da intersubjetividade, entre eles Hei-
degger. Mas, na compreensão de Levinas Heidegger pensa a subjetividade e a
intersubjetividade em função do ser, onde substitui as pessoas pelas idéias, e,
neste sentido, o projeto da intersubjetividade não passa de uma busca do fun-
damento ontológico do conhecimento. Para Emmanuel Levinas a metafísica
surge e se mantém do outro modo de ser. ―É fora da totalidade e de seus fins que
se anuncia a novidade do outro‖ (SOUZA, 1999, p. 106).
A teoria de Levinas difere também do pensamento husserliano no que
concerne a questão da consciência. Para Levinas, a consciência se manifesta
como atos concretos, isto é, estando no mundo a consciência transcende o
mundo. Tornar-se consciente é assumir o ser, mas com plena possibilidade de
evadir-se do ser. Assim afirma o autor:

A consciência não consiste em igualar o ser pela representação, em


tender para a plena luz em que essa adequação se procura, mas em ul-
trapassar esse jogo de luzes — essa fenomenologia — e em realizar a-
contecimentos cuja significação última não consegue desvelar (TI, p.
15).

A consciência para Husserl é sempre consciência de alguma coisa. É


aquela que põe o mundo entre parênteses e diz o que são as coisas, um ego
que sai de si e retorna a si mesmo, troca a pessoa por coisa e a coisa por pesso-
a, isto é, ―objetificação‖ da pessoa e ―subjetivação‖ das coisas. Neste sentido a
consciência, então, é um modo de ser de si-mesmo. A anterioridade metafísica
como filosofia primeira que é a proposta levinasiana recusa a concepção hus-

214 Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p.


serliana de intencionalidade da consciência e aponta para o infinito, à trans-
cendência do sujeito que se dá na relação ética da alteridade. Para melhor
explicitarmos a crítica à ontologia e o retorno à metafísica citamos:

A metafísica, a transcendência, o acolhimento do outro pelo mesmo,


de outrem por mim produz-se concretamente como a impugnação do
Mesmo pelo Outro, isto é, como a ética que cumpre a essência crítica
do saber. E tal como a crítica precede o dogmatismo, a metafísica pre-
cede a ontologia (TI, p. 30).

Para tratar da questão da transcendência Levinas propõe estabelecer a


relação face-a-face que é a relação com a exterioridade que é o outro. Esta
relação requer a abertura ao infinito. Ela não é uma relação sujeito-objeto ou
de reciprocidade, mas uma relação assimétrica. ―A transcendência é um movi-
mento no qual o sujeito só se descobre como sujeito a partir da exterioridade
do Outro‖ (MELO, 2003, p. 72). Eis a relação ética que vai além, faz a experi-
ência da transcendência, do infinitamente outro que se aproxima e me questi-
ona mostrando assim os limites do eu penso e do eu posso. Neste sentido o
outro é pré-sença, é revelação antes de ser invocação.

A epifania do rosto e seu sentido ético

A epifania do rosto pode ser compreendida como: manifestação, apari-


ção e apresentação do outro a mim. É um convite para a responsabilidade éti-
ca e a abertura ao infinito, visto que o rosto vem por detrás de sua aparência
fenomenológica. O rosto é o modo como o outro se apresenta e ao mesmo
tempo ultrapassa a idéia que tenho dele, visto que o rosto tem sentido próprio.

Manifestar-se como rosto é impor-se para além da forma, manifestada e


puramente fenomenal, é apresentar-se de uma maneira irredutível à
manifestação, como a própria retidão do frente a frente, sem mediação
de nenhuma imagem na sua nudez, ou seja, na sua miséria e na sua
fome... O rosto tem significado próprio, o rosto fala, já as coisas não
têm rosto (TI, p. 178).

A epifania do rosto, tal como a ética, ultrapassa meus poderes, escapa


da minha capacidade de aprendê-lo num conceito, ele é fundamento dos fun-
damentos. Na tentativa de dizer sinteticamente o que é o rosto, nada mais
poderíamos afirmar do que o modo como o outro se apresenta e escapa da
idéia que eu posso ter dele. Assim afirma Levinas: ―O modo como o outro se

Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p. 215


apresenta, ultrapassando a idéia do Outro em mim, chamamo-lo, de fato, ros-
to‖ (TI, p. 37). A originalidade do rosto não se reduz à percepção, ou seja, ele
não é da ordem sensível, perceptível, mas as ultrapassa: tem um sentido meta-
físico. Devido ao seu sentido próprio, ele não é determinado pelas mediações
lógico-semânticas e referenciais. O rosto é a alteridade que vai questionar a
autonomia do sujeito, questionar o em-si e o para-si do eu, conduzindo-o à
experiência da heteronomia. A heteronomia é uma lei que vem do infinito,
que é o outro, e adentra no discurso filosófico que envolve uma proposta de
vivência ética como filosofia primeira. Dentre todas as partes do corpo, o rosto
é o mais exposto, tanto ao perigo quanto à carícia; nu e transparente, o rosto é
completa exterioridade, inteira relação e comunicação, sinceridade e abertura
ao infinitamente outro. Portanto, o rosto é a manifestação da alteridade por
excelência, e a alteridade compreendida como: o outro enquanto rosto e o rosto
enquanto outro. Ele é a visibilidade concreta e indescritível que vai além dos
sentidos.

O rosto não é uma agregação de um nariz, de uma fronte, dos olhos,


etc., ele é tudo isso, mas toma significado de um rosto pela dimensão
nova que ele abre na percepção de um ser. Pelo rosto, o ser não é so-
mente fechado na sua forma e à disposição — ele é aberto, instala-se
em profundidade e, em todo caso, nessa abertura, apresenta-se pessoal-
mente. O rosto é um modo irredutível segundo o qual o ser pode se
apresentar (LEVINAS apud MELO, 2003, p. 88-89).

A epifania do rosto não se concentra no perceptivo quando considera-


do e respeitado como estatuto da relação ética. O rosto não é um fenômeno,
uma oferta de dados a serem considerados, compreendidos dentro de uma
lógica e concebido dentro da dimensão conceitual, ele se manifesta e fala, mas
ele também é o silêncio que gera vigilância e intriga na relação ética. É o rosto
que põe o sujeito rumo ao inatingível sem poder retornar tranquilamente a si
mesmo. É a interpelação ética da alteridade que desperta o desejo do infinito.
Perguntamo-nos: o que é o infinito? De onde o infinito procede? Não é
um conceito criado pelo sujeito que se percebe finito no mundo? Para Emma-
nuel Levinas o infinito é a própria transcendência, o transbordamento de uma
idéia adequada. Se a totalidade não pode constituir-se é porque o infinito não
se deixa integrar num conceito. Não é a insuficiência do sujeito que impede a
totalização, mas o infinitude do outro, visto que o totalmente outro é infinito.
―O infinito é característica própria de um ser transcendente, o infinito é o ab-
solutamente outro‖ (TI, p. 36). Esta categoria vai além daquilo que eu expres-

216 Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p.


so nas palavras, tem um significado inexprimível por conceitos. A idéia de
Infinito é assim a única que aborda o que se ignora. Ela não é uma reminiscên-
cia, mas foi posta em nós, vem do outro, do seu pôr-se a minha frente e me
chamar para a responsabilidade ética. Eis a experiência no sentido radical des-
se termo: uma relação com o que é exterior, com o Outro, sem que essa exte-
rioridade se possa integrar ao Mesmo. Neste sentido, o infinito surge na rela-
ção com a exterioridade, pois o outro é infinito. Segundo Souza (1999, p. 91-
92), a concepção de infinito surge na relação com a alteridade, escapando
assim da totalidade fechada. Ela vem do outro, na relação que não integra
num conceito, justamente por ser uma aproximação entre duas realidades
vivas que é a relação intersubjetiva pautada pela ética da alteridade.
O desejo do infinito como que chama à responsabilidade, chama à a-
tenção tão fortemente que chega a ressoar no interior da totalidade e da pró-
pria história, indicando que a responsabilidade de cada ser humano vai além
do mero anonimato do ser. Abordar o desejo do infinito é opor-se ao conceito
de totalidade. Enquanto o conceito que forma a totalidade é pura teoria, a
idéia de infinito é ética.

O infinito no finito, o mais no menos que se realiza pela idéia do Infini-


to, produz-se como Desejo. Não como um Desejo que a posse do Dese-
jável apazigua, mas como o Desejo do infinito que o desejável suscita,
em vez de satisfazer. Desejo perfeitamente desinteressado (TI, p. 37).

O desejo diz da essência da subjetividade eminentemente atraída pela


intersubjetividade. Este é incompreensível cognoscitivamente e insatisfeito
que não se adequa à consciência moral, mas estabelece a atração pelo outro,
isto é, o desejo do infinito é pautado por uma responsabilidade ética provinda
da alteridade. Pensamos que a abordagem acerca do infinito quer explicitar a
passagem do ontológico para o ético. Nesta relação com o infinitamente outro
se dá a passagem da ontologia à metafísica, para a alteridade onde a responsa-
bilidade ética tem primazia e neste sentido afirmamos que no lugar do ser Le-
vinas coloca o outro.

Na relação face-a-face, a ética da alteridade

Compreendemos que a relação face-a-face diz respeito à relação pri-


mordial da pessoa com o absolutamente outro. É a posição por excelência que
oportuniza a relação original com a exterioridade e se firma como produção de

Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p. 217


sentido, situação concreta capaz de dar a linguagem dos conteúdos éticos.
Uma linguagem que vai para além do sentido expresso, visto que é uma lin-
guagem que vem do rosto do outro. A estrutura do face-a-face não se deixa
configurar numa totalidade, nem mesmo inscrever-se num sistema conceitual.
Ela é anterior aos conceitos por nós formulados.
Na relação face-a-face, Levinas vê uma nova linguagem ética. Esta rela-
ção não se adapta a uma relação com o pensamento na fórmula sujeito/objeto.
Mas é a linguagem que possibilita uma relação de proximidade entre os inter-
locutores. A linguagem desempenha uma relação de tal forma que os termos
não são limítrofes nessa relação, que o outro, apesar da relação com o mesmo,
permanece transcendente ao mesmo.

A conjuntura entre o Mesmo e o Outro, onde já se mantém a sua pro-


ximidade verbal, é o acolhimento de frente e de lado do Outro por
mim. Conjuntura irredutível à totalidade, por que a posição ‗frente a
frente‘ não é uma modificação do ‗ao lado de‘ [...]. Mesmo quando tiver
ligado Outrem a mim pela conjunção ‗e‘, esse Outrem continua a fazer-
me frente, a revelar-se no seu rosto (TI, p. 67).

A relação face-a-face expressada por esta nova linguagem é essencial-


mente ética. Ela estabelece a distinção entre tematização e comunicação, isto
é, a linguagem articula um ―falar de‖ e um ―falar à‖. Enquanto ―falar de‖ a
linguagem identifica coisas e fenômenos, já o ―falar à‖ diz respeito à exteriori-
dade, é falar ao outro. E neste sentido, falar pressupõe a presença do outro.
A relação ética da alteridade é uma ação infinda entre ―eu e o outro‖,
entre ―eu e a obra‖, entre ―eu e o texto‖, num jogo que implica sempre uma
resposta para a interpelação do outro, uma abertura em forma de ação, de a-
colhida, de pensamento e de interpretação. O outro, que me precede, põe-se à
minha frente e me chama à responsabilidade ética. A responsabilidade irrecu-
sável e itinerante pelo humano do outro homem. Visto que, a relação ética
não é conseqüência de uma relação casual, mas é a relação entre o eu e o ou-
tro totalmente outro. O outro não é propriedade minha, mas é meu próximo,
meu mestre, que me pede a máxima deferência de não matar, o próximo para
o qual tiro da boca o único pedaço de pão para saciar a sua fome, pois sou in-
teiramente responsável por ele.

A relação entre o eu e o outro começa na desigualdade de termos,


transcendentes um em ralação ao outro, onde a alteridade não determi-
na o outro formalmente como a alteridade de B em relação a A que
resulta simplesmente da identidade de B, distinta da identidade de A.

218 Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p.


A alteridade do Outro, aqui, não resulta de sua identidade, mas consti-
tui-a: o Outro é Outrem, Outrem enquanto outrem situa-se numa di-
mensão da altura e do abaixamento — glorioso abaixamento; tem o
semblante do pobre, do estrangeiro, da viúva e do órfão [...] (TI, p.
229).

O outro que se manifesta como rosto é solicitação irrecusável para a


responsabilidade ética. A responsabilidade é uma estrutura essencial, primeira
e fundamental da subjetividade. É uma subjetividade pensada como responsa-
bilidade imediata na relação com o outro, o totalmente outro. Assim sendo, a
ética da alteridade é bondade e hospitalidade com o outro que me precede na
relação. Por fim, ser ético é ser inteiramente responsável pelo outro, visto que
o outro é a fonte dos meus direitos e dos meus deveres.

Considerações finais

No contexto de uma sociedade onde a lei e a justiça fazem violência


aos fracos, aos desempregados, aos trabalhadores, aos deficientes, aos negros,
aos asiáticos, aos latino-americanos, às mulheres, aos migrantes e a todos os
empobrecidos, o estatuto ético da alteridade é um discurso que fere os ouvidos
castos da justiça surda e cega ao clamor humano. A alteridade é um modo de
ser da ética que não se conforma com a ‗boa consciência‘ da justiça e do direi-
to, mas torna incômoda a razão adequada, mensurada e guiada por princípios
interesseiros. Opondo-se à filosofia do ser solipsista (ontologia), que por mui-
tas vezes, esqueceu e esquece daqueles tantos que morrem em nossa história,
que são esquecidos da condição humana, devorados por uma razão egológica e
marcados pelo interesse econômico, Emmanuel Levinas propõe a ética da al-
teridade como filosofia primeira. A relevância de estudar a teoria ética filosófi-
ca de Emmanuel Levinas está no fato que ele pensa um humanismo do outro
homem e dá a prioridade à pessoa do outro, do diferente e no lugar do ser ele
coloca o outro.

Referências bibliográficas

LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Trad. José Pinto Ribeiro. Lisboa:


Edições 70, 1980.
COSTA, Márcio Luis. Levinas: uma introdução. Trad. J. Thomaz Filho. Petró-
polis: Vozes, 2000. (Coleção Ética e Intersubjetividade).

Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p. 219


DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São
Paulo: Paulus, 1995.
LEVINAS, Emmanuel. Ética e infinito: diálogo com Philippe Nemo. Trad. João
Gama. Lisboa: Edições 70, 1982.
______. Humanismo do outro homem. Trad. Pergentino S. Pivatto. Petrópolis:
Vozes, 1993.
MELO, Nélio Vieira de. A ética da alteridade em Emmanuel Levinas. Porto Ale-
gre: EDIPUCRS, 2003. (Coleção Filosofia, 163).
PELIZZOLI, Marcelo Luiz. A relação ao outro em Husserl e Levinas. Porto Ale-
gre: EDIPUCRS, 1994. (Coleção Filosofia, 20).
______. Levinas: a reconstrução da subjetividade. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2002. (Coleção Filosofia, 136).
SOUZA, Ricardo Timm de. Sentido e alteridade: dez ensaios sobre o pensa-
mento de Emmanuel Levinas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000. (Coleção Fi-
losofia, 120).
______. Sujeito, ética e história: Levinas, o traumatismo infinito e a crítica da
filosofia ocidental. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. (Coleção Filosofia, 92).
SUSIN, Luiz Carlos. O homem messiânico: uma interpretação ao pensamento
de Emmanuel Levinas. Porto Alegre: EST, 1984.

220 Filosofazer. Passo Fundo, n. 30, jan./jun. 2007, p.

Você também pode gostar