CURSO SUPERIOR DE

TECNOLOGIA EM ANÁLISE E
DESENVOLVIMENTO DE
SISTEMAS

DISCIPLINA : METODOLOGIA
DA PESQUISA
ASSUNTO: MORAL E ÉTICA

PROFESSOR : Romilson Lopes Sampaio

 MORAL E ÉTICA
Etimologia
Ética é originada do grego ethos, que significa
modo de ser, caráter;
Moral vem do latim mos (ou no plural mores), que
significa costumes.

Significado
Ética significa estudo dos juízos de apreciação
referentes à conduta humana, do ponto de vista do
bem e do mal;
Moral é designado como conjunto de regras de
conduta ou hábitos julgados válidos, quer de modo
absoluto, quer para grupo ou pessoa determinada.
 MORAL E ÉTICA
Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto
a moral é normativa, a ética é teórica e busca
explicar e justificar os costumes de uma
determinada sociedade, bem como fornecer
subsídios para a solução de seus dilemas mais
comuns;

Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o

indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui
para estabelecer a natureza de deveres no
relacionamento indivíduo - sociedade.
 RESUMINDO...
“a moral consiste no conjunto de prescrições que
orienta a conduta de indivíduos e grupos nas
sociedades, a ética se apresenta como um olhar
crítico sobre a moral, perguntando pelos
fundamentos dos valores que a sustentam” (RIOS,
2007, p. 49).
A ética é uma reflexão filosófica que possui um
caráter universalista. Julgamento de valor, tendo
como parâmetro a distinção entre o bem e o mal;
A moral se constitui no certo e no errado dos
costumes vigentes. A moral tem um caráter
relativista.
 A ÉTICA NO FAZER CIÊNCIA
A ética está presente tanto na aplicação e utilização
dos resultados da ciência quanto na postura do
investigador;

A postura do investigador diante do objeto de estudo

não é neutra nem está livre de conotações
valorativas. (SANCHEZ GAMBOA, 2008);

Os valores, a moral e a consciência estão presentes

no próprio processo de construção da ciência e no
percurso das decisões que a elaboração do
conhecimento exige.
O PESQUISADOR , A ÉTICA E A CIÊNCIA

O pesquisador deve apresentar uma série de

qualidades morais que garantam o objetivo
essencial de sua atividade, a saber: a busca da
verdade, a honestidade intelectual, a crítica à
falsidade, etc. (Sánchez Vásquez, 1986);

Portanto, é necessário pensar em uma ética dos

processos científicos, com as técnicas, os métodos,
as abordagens epistemológicas utilizadas durante a
pesquisa.
O PESQUISADOR E O TEXTO ALHEIO
Um material escrito é uma propriedade intelectual,
portanto é crime a prática do plágio quando da
redação de teses, monografias, artigos e outros
textos por parte de alunos e outros membros de
suas comunidades.

“Além da prática ilegal de apropriar-se da obra de

terceiros sem autorização e sem a referência
devida, o procedimento nefasto infecciona
pesquisa, produzindo danos irreparáveis”
(OAB/Ceará , n.2010.19.07379-01/2010).
O PESQUISADOR E O SEU TEXTO

Você pode se plagiar?

• Reuso de até 30% de um artigo científico
anterior é o limite máximo aceitável para um novo
artigo
• Artigo em conferência pode ser aproveitado
para revista
• Partes de um artigo científico podem também
ser reusadas para um artigo de divulgação
SAMUELSON ,1994
ÉTICA /SUJEITOS DA PESQUISA
A realização de pesquisas que envolve seres
humanos requer a avaliação dos projetos de
pesquisa antes da sua fase de execução,
objetivando avaliar, do ponto de vista ético,
garantindo aos participantes da pesquisa
integridade e dignidade.

A história da pesquisa envolvendo seres humanos

percorreu caminhos perversos e duvidosos, apesar
das tentativas de estabelecer padrões adequados
para o estudo em humanos.
HISTÓRIA – LEGISLAÇÕES – ÉTICA
Código de Nuremberg (após julgamentos das
atrocidades de guerra na cidade alemã de
Nuremberg 1947) ;

Declaração de Helsinque (reformulação do código

de Nuremberg,1964), declaração foi reformulada em
75, 83, 86, 89, 2000;

Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para

Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos
(1982 e 1993).
 ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO BRASIL
N° 01 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) no ano
de 1988. Em seguida, com a inserção do Brasil no
Mercosul, foi elaborada a Resolução N° 129/96;

Resolução 196/96 criada pela sociedade civil

organizada, comunidade científica, sujeitos de
pesquisa e Estado, tendo como base os seguintes
documentos internacionais: Código de Nuremberg
(1947), Declaração dos Direitos do Homem (1948);
Declaração de Helsinque (1964); Acordo Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos (1966); Propostas de
Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas
Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (1982 e
1993).
 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
ENVOLVENDO SERES HUMANOS
Autonomia - consentimento livre e esclarecido e
proteção aos vulneráveis;

Beneficência – compromisso com o máximo

benefício e o mínimo risco;

Não maleficência – evitar danos;

Justiça - seleção dos sujeitos da pesquisa, garantia

de igual consideração dos interesses envolvidos com
vantagem significativa para o sujeito da pesquisa e
mínimo ônus para os vulneráveis.
(Resolução Nº 466 de 2012)
 QUEM REGULAMENTA AS DIRETRIZES
E/OU NORMAS?

• Conselho Nacional de Saúde;

• Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP);

• Conselho de Ética em Pesquisa (CEP).

 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP
Revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo
seres humanos, inclusive os multicêntricos, cabendo-
lhe a responsabilidade primária pelas decisões sobre a
ética da pesquisa a ser desenvolvida na instituição, de
modo a garantir e resguardar a integridade e os direitos
dos voluntários participantes nas referidas pesquisas.
(Resolução 196/96, VII,13);

CEP do IFBA -
http://www.ead.ifba.edu.br/course/view.php?id=178

Artigo http://www.efdeportes.com/efd78/etica.htm
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os princípios éticos têm caráter universal, portanto,
independente do lugar em que se realize a
pesquisa;

Por fim, a ética é:

área do saber à qual corresponde o estudo dos

juízos de valor referentes à conduta humana, seja
tomando por referência as regras de conduta
vigentes numa determinada sociedade, seja tomada
de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar.
 REFERÊNCIAS
DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo.
2ª. Ed., São Paulo: Cortez, 1991.

SAMUELSON PAMELA. Self-Plagiarism or Fair Use,

Communications of the ACM, August 1994. Disponível
em
http://people.ischool.berkeley.edu/~pam/papers/SelfPl
agiarism.pdf. Acesso em 31-07-2015.

SANCHEZ GAMBOA. S. Pesquisa em educação:

métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2008.

SÁNCHEZ VASQUEZ, A. Ética. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1986.