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JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
RECURSO ORDINÁRIO
Contrarrazões da reclamada.
É o relatório.
VOTO
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: DAVI FURTADO MEIRELLES
http://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112311014701600000005719755
Número do documento: 15112311014701600000005719755 Num. 55f2885 - Pág. 1
Conheço do recurso, por preenchidos os pressupostos legais de
admissibilidade.
1. Vínculo de emprego
Dispõe o art. 3º da CLT que empregado é toda pessoa física que presta
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Assim, o
objeto do contrato de trabalho é a prestação de serviço subordinado e não eventual, de empregado a
empregador, mediante pagamento de salário.
Contudo, deste ônus a recorrida não se desonerou a contento, uma vez que
dispensou a oitiva da testemunha e não trouxe qualquer prova documental em seu favor (id 1d6f648).
Neste aspecto, não há uma única prova nos autos de que a reclamante
podia ser substituída em seus afazeres por outra pessoa, como aventado na defesa; pelo contrário, a tese
da contestação deixa implícito que a contratação da autora foi realizada intuito personae, até porque a
demandada alegou tê-la contratado para "ajudar": "resolveu a primeira que deveria ajudar a segunda,
para tanto disse que iria lhe dar uma ajuda de custo a fim de auxiliar na mantença familiar" (id 8b6687b,
pág. 3).
O horário de trabalho cumprido pela obreira, por sua vez (se ininterrupto
das 6h00 às 19h00 ou se intermitente ao longo do dia), também pouco importa no que tange à prova da
efetiva relação havida entre as partes, eis que mesmo o labor prestado em jornada diária restrita não
obsta o vínculo empregatício, já que a CLT prevê horário máximode trabalho diário, e não mínimo (8
horas, art. 58 da CLT), prevendo, inclusive, o art. 58-A da CLT, o trabalho em regime de tempo parcial.
Reformo.
(30 dias), saldo salarial (20 dias), férias proporcionais + 1/3 (12/12), 13º
salário proporcional de 2013 e 2014 (11/12 e 1/12, respectivamente) e FGTS + multa de 40% (quarenta
por cento). Não há que se falar em dobra das férias, posto que não ultrapassado o período concessivo.
Defiro.
Rejeito.
Rejeito.
Assim, faz jus a reclamante à indenização por danos morais, que arbitro
em R$ 600,00 (seiscentos reais), importância que se afigura capaz de bem compor o binômio formado
pela natureza do agravo e a capacidade econômica do ofensor.
Defiro.
Indefiro.
Indefiro.
3. Litigância de má-fé
Reformo.
Defiro.
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VOTOS
Divergência
Desembargador do Trabalho