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LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO DO IRPJ

O IRPJ sobre o Lucro Presumido será pago sobre a base de cálculo presumida,
à alíquota de 15%.

Exemplo:

Base de cálculo no 1º trimestre: R$ 50.000,00

IRPJ = 15% x R$ 50.000,00 = R$ 7.500,00.

ADICIONAL

A parcela do Lucro Presumido (ou seja, a base de cálculo) que exceder ao valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do
respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à
alíquota de 10% (dez por cento).

Exemplo:

Base de cálculo no 1º trimestre: R$ 100.000,00

IRPJ = 15% x 100.000,00 = R$ 15.000,00

IRPJ Adicional = 10% x (R$ 100.000,00 - 3 meses x R$ 20.000,00, ) = 10% x (R$


100.000,00 - R$ 60.000,00) = R$ 4.000,00

Total do IRPJ = R$ 15.000,00 + R$ 4.000,00 = R$ 19.000,00.

BASE DE CÁLCULO

PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO SOBRE A RECEITA


BRUTA

A base de cálculo do imposto e do adicional, decorrente da receita bruta, em


cada trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8%
(oito por cento) sobre a receita bruta auferida no período de apuração,
obedecidas as demais disposições (Lei 9.249/1995, artigo 15, e Lei
9.430/1996, artigos 1° e 25, inciso I).

Nas seguintes atividades, o percentual será de (Lei 9.249/1995, artigo 15, §


1°):

Espécies de atividades Percentuais sobre a


receita
Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6%
Venda de mercadorias ou produtos 8%

Transporte de cargas

Atividades imobiliárias (compra, venda, loteamento,


incorporação e construção de imóveis)

Serviços hospitalares

Serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia


clínica, imagenologia, anatomia patológica e
citopatologia, medicina nuclear e análises e
patologias clínicas, a partir de 01.01.2009 - ver nota
(3)

Atividade Rural

Industrialização com materiais fornecidos pelo


encomendante

Outras atividades não especificadas (exceto


prestação de serviços)
Serviços de transporte (exceto o de cargas) 16%

Serviços gerais com receita bruta até R$


120.000/ano – ver nota (1)
Serviços profissionais (médicos, dentistas, 32%
advogados, contadores, auditores, engenheiros,
consultores, economistas, etc.)

Intermediação de negócios

Administração, locação ou cessão de bens


móveis/imóveis ou direitos

Serviços de construção civil, quando a prestadora


não empregar materiais de sua propriedade nem se
responsabilizar pela execução da obra (ADN Cosit
6/1997).

Serviços em geral, para os quais não haja previsão


de percentual específico
Comercialização de veículos usados ver nota (2)
No caso de exploração de atividades diversificadas, será 1,6 a 32%
aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o
respectivo percentual
Operação de empréstimo, de financiamento e de 38,4%
desconto de títulos de crédito realizadas por Empresa
Simples de Crédito (ESC) – Lei Complementar
167/2019

Exemplo 1:

Uma empresa comercial teve as seguintes receitas com a revenda de mercadorias:

Mês/ano Valor R$
Janeiro 55.000,00
Fevereiro 75.000,00
Março 50.000,00
TOTAL DO 1o TRIMESTRE 180.000,00

A base de cálculo do trimestre será de R$ 180.000,00 x 8% (percentual aplicável para


revenda de mercadorias) = R$ 14.400,00.

Exemplo 2:

Uma clínica de médicos obteve receitas no 1o trimestre de R$ 75.000,00. Seu valor para
base de cálculo do IR a recolher será de R$ 75.000,00 x 32% (percentual aplicável aos
serviços profissionais) = R$ 24.000,00.

Exemplo 3:

Uma empresa obteve receitas no 4o trimestre de R$ 100.000,00, decorrentes das


seguintes atividades:

Vendas de serviços de caráter profissional R$ 80.000,00

Revenda de produtos R$ 20.000,00

Seu valor para base de cálculo do IR a recolher será:

R$ 80.000,00 x 32% (percentual aplicável aos serviços profissionais) = R$ 25.600,00.

R$ 20.000,00 x 8% (percentual aplicável a revenda de produtos) = R$ 1.600,00

Total R$ 25.600,00 + R$ 1.600,00 = R$ 27.200,00

NOTAS IMPORTANTES À TABELA:

(1) As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita


bruta anual seja de até R$ 120.000,00, podem utilizar, para determinação da base de
cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 16% (dezesseis por cento).

Esta regra não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de
transporte, bem como às sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente
regulamentadas (Lei 9.250/95, artigo 40, parágrafo único). As empresas de serviços de
profissões regulamentadas são aquelas sujeitas a fiscalização e controle profissional,
como Advogados, Médicos, Dentistas, Músicos, Contabilistas, Auditores, Consultores,
Administradores, Economistas, Engenheiros, etc.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% para apuração da base de
cálculo do imposto trimestral, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do
ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita
ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado pelo percentual de 32% em
relação a cada trimestre transcorrido. A diferença deverá ser paga até o último dia útil
do mês subsequente ao do trimestre em que ocorreu o excesso, sem acréscimos legais.

As sociedades prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões


legalmente regulamentada, como por exemplo, as escolas, inclusive as
creches, mesmo com receita bruta anual de até R$ 120.000,00, não podem
aplicar o percentual de 16% sobre a receita bruta para fins de determinação do
Lucro Presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32%,
conforme Ato Declaratório Normativo COSIT 22/2000.

(2) A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos
constitutivos, a compra de venda de veículos automotores, que pratique as
vendas em consignação, terá como base de cálculo o valor da diferença entre o
valor de venda e o da compra.

(3) Consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades


desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados
pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas
nas atribuições 1 a 4 da RDC Anvisa nº 50, de 2002. Para fazer jus ao percentual de
presunção de 8%, a prestadora dos serviços hospitalares deve, ainda, estar organizada,
de fato e de direito, como sociedade empresária e atender às normas da Anvisa.
Base: Solução de Consulta Cosit 36/2016.

(4) Os serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia,


anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas,
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA,
serão tributados, a partir de 01.01.2009, à base de cálculo de 8% (oito por cento).
Base: art. 29 da Lei 11.727/2008.

Nos termos da Solução Divergência Cosit 11/2012, a partir de 01.01.2009, pode


ser aplicado o percentual de 8% (oito por cento), para apuração da base de
cálculo do IRPJ, em relação à prestação de serviços médicos de
ultrassonografia, bem como para a atividade de ecocardiograma, tendo em
vista estarem, a primeira compreendida na atividade 4.2 - Imagenologia, e a
segunda compreendida na atividade 4.3 - Métodos Gráficos, da Resolução
RDC nº 50/2002, da Anvisa, observando-se, entretanto, o disposto no § 2º do
artigo 15 da Lei nº 9.249/1995, caso as pessoas jurídicas desenvolvam outras
atividades não compreendidas nos artigos 30 e 31 da Instrução Normativa
RFB 1.234/2012.

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA


Para efeitos de determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as pessoas
jurídicas tributadas com base no Lucro Presumido, consideram-se industrialização as
operações definidas no art. 4º do Decreto 7.212/2010 (Regulamento do IPI), observadas
as disposições do art. 5º c/c o art. 7º do referido Decreto.

A operação de desbobinamento, endireitamento, corte e dobra dos rolos de ferro (aço)


em que o produto final seja um artefato de ferro, bem como, a confecção de carcaça de
ferro para concreto armado, configura industrialização (beneficiamento), e,
consequentemente, aplicam-se à receita bruta decorrente dessa operação os percentuais
de 8% (oito por cento) e 12% (doze por cento), para determinação da base de cálculo
do IRPJ e da CSLL, respectivamente, para as pessoas jurídicas tributadas com base
no Lucro Presumido.

Base: Ato Declaratório Interpretativo 1/2015.

EMPREITADA

Aplica-se o percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal


auferida nas atividades de construção, obra civil e parte elétrica, somente no
caso de contrato de empreitada na modalidade total, ou seja, quando o
empreiteiro fornece todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo
tais materiais incorporados à obra.

Aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento) quando a empreitada


for parcial, com fornecimento de parte do material, ou exclusivamente de
mão-de-obra (empreitada de lavor).

Bases: Solução de Consulta Cosit 76/2016 e Solução de Consulta Disit/SRRF


3.008/2016.

CONCEITO DE RECEITA BRUTA

A Partir de 01.01.2015

A Lei 12.973/2014 estipula que, a partir de 01.01.2015, a receita bruta, para efeitos da
sistemática de tributação do Lucro Presumido, compreende:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

* Nota: o resultado auferido nas operações de conta alheia decorre de comissões obtidas
sobre representação de bens ou serviços de terceiros.
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendido
nos itens I a III.

Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente,


do comprador ou contratante, pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na
condição de mero depositário, como, por exemplo, o IPI destacado em Nota Fiscal e o
ICMS cobrado como Substituição Tributária.

Por outro lado, na receita bruta, incluem-se os tributos sobre ela incidentes de eventuais
ajustes a valor presente (inciso VIII do caput do artigo 183 da Lei 6.404/1976) de
valores relacionados à receita bruta.

Até 31.12.2014

Até 31.12.2014 a receita bruta compreendia:

o produto da venda de bens nas operações de conta própria

o preço dos serviços prestados e

o resultado auferido nas operações de conta alheia* (Lei 8.541/1992, art. 14, §
3°).

* Nota: o resultado auferido nas operações de conta alheia decorre de comissões obtidas
sobre representação de bens ou serviços de terceiros.

RECEITA BRUTA NA REVENDA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES USADOS

A partir de 30.10.1998, as pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado
em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, nas vendas de
veículos, adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preço de venda de
veículos novos ou usados, será computada como receita a diferença entre o valor pelo
qual o veículo usado houver sido alienado (constante na nota fiscal de venda), e o seu
custo de aquisição (constante da nota fiscal de entrada) - Lei 9.716/1998, art. 5.

Assim, somente a diferença entre o preço de venda e o custo da aquisição do veículo


automotor usado é que fará parte da receita bruta.

As operações de venda de aeronaves usadas, adquiridas para revenda, não poderão ser
equiparadas, para efeitos tributários, a operações de consignação (Solução de Consulta
Cosit 56/2015).

Exemplo:

Uma revendedora de veículos usados adquire um veículo para revenda por R$


17.000,00. Posteriormente, vende o mesmo por R$ 18.000,00.

A receita bruta, para fins de base de cálculo, será de R$ 18.000,00 - R$


17.000,00 = R$ 1.000,00.
RECEITA BRUTA NAS ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS

Considera-se receita bruta nas atividades imobiliárias o montante efetivamente recebido


em cada período de apuração, relativo às unidades imobiliárias vendidas.

Receitas Financeiras de Contratos Imobiliários

A partir de 01.01.2006, por força do artigo 34 da Lei 11.196/2005, as receitas


financeiras da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento
de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem
como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, será considerada
para recolhimentos do lucro presumido como receita da operação.

Portanto, para fins de IRPJ Presumido, a base de cálculo será de 8% da respectiva


receita financeira, e 12% para fins de CSLL Presumida.

Só podem receber este tratamento as receitas financeiras decorrente da comercialização


de imóveis e quando for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em
contrato.

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Na receita bruta não se incluem (Lei 8.541/1992, art. 14, § 4°).

1. as vendas canceladas;

2. os descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal de venda dos bens


ou da fatura de serviços e não dependentes de evento posterior á emissão desses
documentos);

3. os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante


dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário.
Estes impostos são: o IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido por
substituição tributária.

DEDUÇÕES DE DESPESAS

Não é possível a dedução de quaisquer despesas na apuração do Lucro


Presumido por falta de previsão legal.

Como o próprio nome diz, o lucro sobre o qual incidirá o IRPJ é calculado por
percentuais de presunção sobre as receitas obtidas.

Base: Solução de Consulta Cosit 23/2019.

RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE CAIXA

É admissível a tributação da receita bruta somente por ocasião do recebimento da


mesma (“regime de caixa”).
A tributação somente por ocasião do recebimento da receita está sujeita às seguintes
condições:

1) emissão da nota fiscal por ocasião da entrega do bem ou da conclusão do serviço;

2) caso seja mantida escrituração somente do Livro Caixa, neste deverá ser indicada, em
registro individual, a nota fiscal a que corresponder a cada recebimento;

3) caso seja mantida escrituração contábil, os recebimentos das receitas deverão ser
controlados em conta específica, na qual, em cada lançamento, deverá ser indicada a
nota fiscal a que corresponder o recebimento.

EXEMPLOS DE APURAÇÃO DE RECEITA BRUTA:

Exemplo 1:

Descrição Valor R$
Vendas de mercadorias 100.000,00
Vendas de serviços 50.000,00
Comissões recebidas ("conta alheia") 5.000,00
Total da Receita Bruta 155.000,00

Exemplo 2:

Descrição Valor R$
Vendas de Produtos Industrializados c/IPI 110.000,00
Vendas de Outros Produtos 20.000,00
IPI destacado em Notas Fiscais (10.000,00)
Total da Receita Bruta 120.000,00

Exemplo 3:

Descrição Valor R$
Vendas de Produtos + Serviços 90.000,00
Notas Fiscais Canceladas (20.000,00)
ICMS Substituição Tributária Destacado em NF (5.000,00)
Total da Receita Bruta 65.000,00

OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER ADICIONADAS A BASE DE


CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO

1. GANHOS DE CAPITAL E OUTRAS RECEITAS

Os ganhos de capital, os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa (CDB,


FIF, etc.) e ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda variável (ações,
mercados futuros, etc.), as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de
receitas não abrangidas pela receita bruta, integrarão a base de cálculo para efeito de
incidência do imposto e do adicional (Lei 9.430/1996, artigo 25, inciso II).
Os rendimentos de aplicações financeiras, independente do regime de reconhecimento
da receita bruta, deverão ser oferecidos à tributação por ocasião do efetivo resgate ou
alienação dos investimentos.

Não são tributáveis:

a) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas, e cujas


perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em anos anteriores;

b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;

c) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias, caso refiram-se a


períodos em que os mesmos sejam isentos de imposto de renda (a partir de 1996).

O ganho de capital nas alienações de bens do ativo imobilizado e de aplicações em ouro


não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva verificada entre o
valor da alienação e o respectivo valor contábil.

Exemplo:

Venda de um veículo por R$ 10.000,00, cujo valor contábil de aquisição foi de R$


18.000,00, havendo uma depreciação acumulada de R$ 11.000,00, o cálculo do ganho
de capital corresponderá a:

1. Valor da Venda do Veículo 10.000,00


2. Valor Contábil da Aquisição 18.000,00
2A) - Valor da Depreciação Acumulada 11.000,00
2B) = Valor Contábil do Veículo (2 - 2A) 7.000,00
= Ganho de Capital Apurado (1 – 2B) 3.000,00

Pagamento em Separado do IRPJ - Ganhos Líquidos

Os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas nas bolsas de valores, de


mercadorias, de futuros e assemelhadas será pago em separado nos dois meses
anteriores ao do encerramento do período de apuração.

Exemplo:

Os ganhos líquidos relativos ao trimestre encerrado em 30.09.20X1 serão pagos


separadamente:

1. até 31.08.20X1, relativamente aos ganhos ocorridos em julho/20X1 e

2. até 30.09.20X1, relativamente aos ganhos ocorridos em agosto/20X1.

Desde 20.08.2007, o recolhimento deverá ser realizado com o código de receita 0231 -
IRPJ - Ganhos Líquidos em Operações na Bolsa - Lucro Presumido ou Arbitrado -
Pagamento em Separado, instituído pelo Ato Declaratório CODAC 60/2007.
CORREÇÃO MONETÁRIA DO CUSTO DE AQUISIÇÃO DE BENS OU
DIREITOS

Para os fins de apuração do ganho de capital, observar os seguintes procedimentos (Lei


9.249/1995, artigo 17):

I – tratando-se de bens e direitos cuja aquisição tenha ocorrido até o final de 1995, o
custo de aquisição poderá ser atualizado monetariamente até 31 de dezembro desse ano,
tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 1° de janeiro de 1996 – R$ 0,8287,
não se lhe aplicando qualquer atualização monetária a partir dessa data;

II – tratando-se de bens e direitos adquiridos após 31 de dezembro de 1995, ao custo de


aquisição dos bens e direitos não será atribuída qualquer atualização monetária.

Exemplo:

1. Valor da Venda de um Imóvel Adquirido em 1994 15.000,00


2. Valor Original Contábil da Aquisição 10.000,00
2A) + Valor da Correção Monetária até 1995 4.019,62
2B) = Valor Contábil do Imóvel Vendido (2 + 2A) 14.019,62
= Ganho de Capital Apurado (1 - 2B) 980,38

Se o Ganho de Capital Apurado for negativo, não ocorrerá tributação.

Se houver um ou mais ganhos de capital no período de apuração trimestral, não se


somam os resultados negativos e positivos. Somente os resultados positivos serão
tributados, sem se compensar os negativos.

Exemplo:

1. Ganho de Capital na Venda de um Veículo 4.000,00


2. Perda de capital na Venda de Ações -1.000,00
3. Perda de capital na Venda de um Terreno -5.000,00
4. Ganho de Capital para Fins de Base de Cálculo do Lucro 4.000,00
Presumido

2. PARCELA DE REAVALIAÇÃO DE BENS OU DIREITOS

Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação


somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos
bens e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na
determinação da base de cálculo do imposto (Lei 9.430/1996, artigo 52). Os valores
reavaliados são aqueles que, por força de Laudo de Reavaliação, foram acrescidos ao
valor contábil dos bens ou direitos.

3. VALORES DIFERIDOS NO LALUR

A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no
lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto, correspondente ao primeiro
período de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro
presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, controlados na parte
"B" do Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, corrigidos monetariamente até
31.12.1995 (Lei 9.430/1996, artigo 54).

Exemplo:

Uma empresa tem R$ 45.000,00 de saldo na Parte B do seu LALUR, ainda não
tributados, em 31.12.20X0. Sabe-se que apurou o IRPJ pelo Lucro Real, no ano de
20x0. Optando pelo Lucro Presumido em 2.0X1, deverá proceder a adição deste valor
em 31.03.20X1:

Descrição Valor R$
Base de cálculo apurada sobre as receitas normais 50.000,00
Saldo da Parte B do LALUR 45.000,00
Total da Base de Cálculo 95.000,00

Ressalta-se, ainda, que a depreciação acelerada incentivada não deve ser adicionada de
imediato na apuração do lucro presumido, mas sim à medida em que a depreciação
normal for adicionada ao lucro líquido, conforme dispõe a solução de consulta nº 71, da
10ª Região Fiscal, de 09.05.2001:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 71 (10ª Região Fiscal), DE 9 DE MAIO DE


2001
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ
Ementa: LUCRO PRESUMIDO – BASE DE CÁLCULO – DEPRECIAÇÃO
ACELERADA INCENTIVADA
Dos valores controlados na parte B do LALUR, a serem adicionados à base
de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de
opção pelo regime de lucro presumido, excluem-se os de depreciação
acelerada incentivada. O saldo dos valores correspondentes à depreciação
acelerada incentivada deve ser atualizado até dezembro de 1995 e
permanecerá registrado no LALUR. Havendo mudança na forma de
tributação, do lucro presumido para o lucro real, em anos-calendários
subseqüentes, os valores que compõe o saldo deverão ser baixados na medida
em que os valores da depreciação normal forem adicionados ao lucro líquido,
para fins de determinação do lucro real, e sua conseqüente tributação.
Dispositivos legais: Lei nº 8.383, de 1991, art. 46; Lei nº 8.643, de 1993, art.
2º; Lei nº 9.430, de 1996, art. 54; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 313;
Parecer Normativo CST nº 19, de 1982.
(DT 10ª RF – Vera Lúcia Ribeiro Conde – Chefe da divisão – DOU
25.06.2001 – p. 47)

4. RESULTADO DOS PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA

Serão somadas, ainda, as seguintes receitas, relativamente ao 4º trimestre de apuração


de cada ano:
A. O resultado da aplicação dos percentuais de incidência sobre as receitas auferidas nas
exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder
ao valor já apropriado na escrituração da empresa.

Nota: esta regra refere-se aos "preços de transferência". Exemplo: exportação


de produtos para país considerado paraíso fiscal, cujo cálculo do preço de
transferência resultou em R$ 100.000,00. Será acrescido á base de cálculo R$
100.000,00 x 8% (percentual do Lucro Presumido para venda de produtos) =
R$ 8.000,00.

B. A parcela dos juros pagos ou creditados ás pessoas vinculadas ou domiciliadas em


países com tributação favorecida, que exceder ao limite calculado com base na taxa
Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis
meses, acrescido de três por cento anuais a título de spread, proporcionalizados em
função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou creditados a pessoa
vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do Brasil.

C. A diferença de receita, correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se


refere o inciso anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato,
não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuária definida como
pessoa vinculada domiciliada no exterior.

Nota: os valores mencionados em A, B e C serão apurados com base nas exportações


realizadas e nos encargos ou nas receitas financeiras incorridos durante o ano-
calendário.

5. VARIAÇÕES CAMBIAIS

As variações monetárias ativas (positivas) dos direitos de crédito e das obrigações do


contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de
determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ),
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o
PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins),
quando da liquidação da correspondente operação, segundo o regime de caixa.

Ajustes a Valor Presente

Observe-se que, por força da Lei 12.973/2014, as receitas financeiras relativas às


variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função
da taxa de câmbio, originadas dos saldos de valores a apropriar decorrentes de ajuste a
valor presente não integrarão a base de cálculo do imposto sobre a renda.

OPÇÃO PELO REGIME DE COMPETÊNCIA

À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas


na determinação da base de cálculo dos tributos antes referidos, segundo o
regime de competência, de maneira uniforme para todo o ano-calendário e
alcançando todos os tributos antes referidos.
O direito de alteração do regime de competência para o regime de caixa, no
reconhecimento das variações monetárias, no decorrer do ano-calendário é
restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio.

Veja maiores detalhamentos no tópico Variações Cambiais de Direitos e


Obrigações.

OBRIGAÇÃO DE COMUNICAR NA DCTF

A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de


competência somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do
início de atividades, devendo a opção ser comunicada à Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB) por intermédio da Declaração de Débitos e Créditos
Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de adoção do regime.

DEDUÇÕES DO IMPOSTO

Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no


período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a
base de cálculo, bem como o imposto de renda pago indevidamente em períodos
anteriores (artigo 10 da Lei 9.532/1997).

Exemplo:

No encerramento do trimestre, a empresa apurou um Imposto de Renda de R$ 5.500,00.


Mas teve retenção na fonte, sobre seus rendimentos financeiros, de R$ 1.000,00. O
valor do IRPJ a Recolher será calculado conforme segue:

Imposto de Renda calculado 5.500,00


- Retenção na Fonte 1.000,00
= Valor a Recolher 4.500,00

LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO DA CSLL

Para as empresas não obrigadas à adoção do Lucro Real é facultada a opção


pela sistemática do Lucro Presumido para a determinação da CSLL.

Convém destacar que não é possível, por exemplo, a empresa optar por
recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido.

Escolhida a opção, deverá proceder à tributação, tanto do IRPJ quanto da


CSLL, pela forma escolhida.

BASE DE CÁLCULO
A partir de 01.09.2003, por força do artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de
cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro
presumido corresponderá a:

12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços


hospitalares e de transporte;

32% para:

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de


transporte;

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de


qualquer natureza.

EMPRESA SIMPLES DE CRÉDITO (ESC)

A partir de 25.04.2019, a base de cálculo da CSLL será de 38,4% (trinta e oito inteiros e
quatro décimos por cento), para as receitas decorrentes das atividades de operação de
empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito realizadas por
Empresa Simples de Crédito (ESC) – conforme definição dada pela Lei Complementar
167/2019.

Veículos Usados

As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos
constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar,
para efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda
de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como
parte do preço da venda de veículos novos ou usados.

Os veículos usados serão objeto de Nota Fiscal de Entrada e, quando da


venda, de Nota Fiscal de Saída, sujeitando-se ao respectivo regime fiscal
aplicável às operações de consignação.

Considera-se receita bruta a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado
tiver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de
aquisição, constante da nota fiscal de entrada.

Exemplo:

Valor da venda do veículo usado R$ 100.000,00

Valor do custo de aquisição do respectivo veículo: R$ 85.000,00


Receita bruta a ser considerada: R$ 100.000,00 - R$ 85.000,00 = R$
15.000,00.

Na determinação da base de cálculo estimada e do resultado presumido ou


arbitrado, aplicar-se-á o percentual de 12% (doze por cento) sobre a receita
bruta, conforme definida, auferida nos períodos de apuração ocorridos até 30
de agosto de 2003, e o percentual de 32% (trinta e dois por cento) para os
períodos ocorridos a partir de 1º de setembro de 2003.

Base: art. 242 da Instrução Normativa RFB 1.700/2017.

Conceito de Serviços Hospitalares

Consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades


desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde,
prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as
atividades previstas nas atribuições 1 a 4 da RDC Anvisa nº 50, de 2002.

Para fazer jus ao percentual de presunção referido, a prestadora dos serviços


hospitalares deve, ainda, estar organizada, de fato e de direito, como
sociedade empresária e atender às normas da Anvisa.

Base: Solução de Consulta Cosit 36/2016.

Serviços de Imagenologia

Admite-se, desde 1º de janeiro de 2009, que, para fins de apuração da CSLL


da pessoa jurídica organizada sob a forma de sociedade empresária,
cumpridora das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
e prestadora de serviços de “imagenologia” voltados para a área odontológica,
a sua base de cálculo seja determinada mediante a aplicação do percentual de
12% (oito por cento) sobre a receita proveniente desses serviços.

Base: Solução de Consulta Cosit 150/2014.

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Da receita bruta poderão ser deduzidas:

- as vendas canceladas,

- os descontos incondicionalmente concedidos e

- os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou


contratante, e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja
mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária).
A partir da publicação da Instrução Normativa SRF 104/1998 (26.08.1998), a
receita bruta pode ser considerada pelo regime de caixa.

DEDUÇÕES DE DESPESAS

Não é possível a dedução de quaisquer despesas na apuração do Lucro


Presumido por falta de previsão legal.

Como o próprio nome diz, o lucro sobre o qual incidirá a CSLL é calculado
por percentuais de presunção sobre as receitas obtidas.

Base: Solução de Consulta Cosit 23/2019.

ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO

Deverão, ainda, ser somadas á base de cálculo:

1. Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos


decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:

a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas


jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a
mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;

b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias


permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

c) os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em


bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

d) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da


pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da mesma;

e) os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou


compensados;

f) as variações monetárias ativas;

Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações


monetárias dos direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de
câmbio, serão consideradas, para efeitos da base de cálculo, entre uma das
seguintes opções:
1. no momento da liquidação da operação correspondente ("regime de
caixa"); ou

2. pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para todo o


ano-calendário.

g) juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por sociedade


da qual a empresa seja sócia ou acionista.

2. Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de


renda fixa e renda variável.

3. O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de operações


externas de exportação ou mútuo com empresas vinculadas ou domiciliadas
em países com tributação favorecida. Nesta hipótese, será somada 12% da
diferença da receita de exportações e o valor integral da receita com mútuo
apurados segundo as regras do IRPJ.

Observação:

A partir de 01.01.2006, a base de cálculo da CSLL será determinada mediante


a aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre a Receita Financeira
da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento
de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à
venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a
revenda, quando decorrente de comercialização de imóveis e for apurada por
meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei
11.196/2005, que acresceu o § 2º, ao artigo 20, da Lei 9.249/1995).

Exemplo 1:

Uma administradora de imóveis obteve uma receita de serviços, no trimestre,


de R$ 15.000,00.

A base de cálculo da CSLL será de R$ 15.000,00 x 32% = R$ 4.800,00.

Exemplo 2:

Uma indústria obteve uma Receita Bruta de Vendas R$ 50.000,00 no


trimestre.

No mesmo período, recebeu juros de aplicações financeiras de R$ 5.000,00.

A base de cálculo será:

R$ 50.000,00 x 12% (base de cálculo das vendas de bens) = R$ 6.000,00


+ R$ 5.000,00 (juros recebidos)

= R$ 11.000,00

VALORES NÃO INTEGRANTES DA BASE DE CÁLCULO

Não integram a base de cálculo:

a) as recuperações de créditos que não representem o ingresso de novas


receitas;

Exemplo: a recuperação de um crédito junto a um cliente, de R$ 5.000,00, que


tinha sido considerado como perda não deve integrar a base de cálculo da
CSLL. No entanto, eventuais acréscimos cobrados (multa, juros e
atualizações) representam novas receitas, sendo, portanto, tributáveis.

b) reversão do saldo de provisões anteriormente constituídos;

c) lucros e dividendos lançados como receitas;

d) ganhos com equivalência patrimonial;

Nota: recuperações de créditos ou reversão de provisões que reduziram a


CSLL em períodos anteriores, em face de eventual opção pelo Lucro Real,
devem ser adicionados à base de cálculo.

ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

A partir de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento).

Exemplo:

Base de cálculo de R$ 10.000,00 no 2º trimestre/2019.

Valor da CSLL: R$ 10.000,00 x 9% = R$ 900,00.

Instituições Financeiras e Assemelhadas

A partir de 01.01.2019, a alíquota em relação às pessoas jurídicas listadas a


seguir foi fixada em 15% (quinze por cento) conforme previsto no artigo 17
da Lei 11.727/2008 e no art. 1º da Lei 13.169/2015:

a) seguros privados;

b) capitalização;
c) bancos de qualquer espécie até 29.02.2020 (a partir de 01.03.2020 a alíquota dos
bancos será de 20%, conforme art. 32 da Emenda Constitucional 103/2019);

d) distribuidoras de valores mobiliários;

e) corretoras de câmbio e de valores mobiliários;

f) sociedades de crédito, financiamento e investimentos;

g) sociedades de crédito imobiliário;

h) administradoras de cartões de crédito;

i) sociedades de arrendamento mercantil;

j) associações de poupança e empréstimo;

k) agências de fomento;

l) cooperativas de crédito.

No período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, a


alíquota em relação às pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização e às
referidas nos incisos I a VII e X do § 1º do art. 1º da Lei Complementar
105/2001 (instituições financeiras) era de 20% (vinte por cento), conforme previsto
na MP 675/2001, convertida com alterações na Lei 13.169/2015.

No período compreendido entre 1º de outubro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, a


alíquota era de 17% (dezessete por cento) para as Cooperativas de Crédito.

De 01.05.2008 a 31.08.2015, a alíquota para as referidas instituições foi


fixada em 15% (quinze por cento) conforme previsto no artigo 17 da Lei
11.727/2008.

Nota: apesar de tais instituições não poderem optar pelo Lucro Presumido,
apenas é mencionado tais alíquotas nesta seção por questões de eventual
tributação pela aplicação do lucro arbitrado.

RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE


CAIXA VINCULADO A OPÇÃO DA TRIBUTAÇÃO DO IRPJ

Se, em decorrência da Instrução Normativa 104/1998, a empresa apurar o


IRPJ no lucro presumido segundo o regime de caixa sobre a receita bruta,
deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime de
caixa.

No caso de ter optado pelo tributação do IRPJ pelo regime de competência,


fará a apuração da CSLL segundo este regime.
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ,
vincula a forma de apuração da CSLL.

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