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O que é mentalismo?
Você vai encontrar diversas definições para o mentalismo. O que se
acredita é que o mentalismo surgiu por volta dos anos de 1800 e 1900
quando sessões espíritas começaram a ser desmascaradas. Houdi-
ni foi o mágico que liderou esse movimento para mostrar que havia
pessoas utilizando truques simulando sessões espirituais. Baseando-
-se nessa história, muitos mágicos defendem que o mentalismo é
uma vertente da mágica que utiliza efeitos específicos para simular
habilidades psíquicas.
No entanto, existe uma outra definição que vai além. Em uma época
mais recente o mentalismo começou a ser conectado com outras
áreas do comportamento, como a hipnose e a linguagem corporal.
Derren Brown foi o mentalista britânico que popularizou essa nova vi-
são do mentalismo, onde ele não simula poderes sobrenaturais, mas
é alguém que domina áreas importantes do comportamento se tor-
nando um mestre da influência e da manipulação de pensamentos.
LEITURA FRIA
A Leitura Fria inicialmente era utilizada por videntes e médiuns para
criar falsas leituras espirituais, posteriormente foi aderida por men-
talistas como Tony Corinda e Richard Osterlind, considerados verda-
deiros pais do mentalismo. Leitura Fria é um conjunto de técnicas psi-
cológicas totalmente embasadas na ciência que, quando utilizadas
da maneira correta, são capazes de criar leituras ultra específicas de
personalidade, de passado e de futuro, além de criar uma ilusão de
comunicação com os mortos como videntes e médiuns costumam
fazer.
HIPNOSE
Hipnose pode ser definida como o uso da comunicação para criar
novas realidades, essa definição foi criada por Alberto Dell’isola, re-
ferência em hipnose no Brasil. O mentalista deve ser capaz de utilizar
tanto a hipnose clássica, que se resume em induções e sugestões
para alterar a realidade do sujeito, quanto usar a hipnose conversa-
cional, que são comandos embutidos na conversa, capazes de in-
fluenciar o outro a tomar uma decisão.
3º PILAR
LINGUAGEM VERBAL
& NÃO VERBAL
Nossa comunicação vai muito além das palavras. Podemos dividir
nossa comunicação em duas camadas: A comunicação verbal, que
é subdividida em tonalidade vocal, velocidade e volume. E comu-
nicação não verbal que é subdividida em microexpressões faciais,
proxêmica, (distância entre as pessoas) gestos e postura.
PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA
A PNL é um conjunto de técnicas que foram modeladas da psico-
logia, principalmente da abordagem humanista. Richard Bandler e
John Grinder dedicaram suas vidas estudando os principais tera-
peutas de sucesso. A PNL é uma caixa de ferramentas de persuasão
e influência, entre elas está o espelhamento, ancoragem, metamo-
delo entre outras que estudaremos separadamente mais tarde.
5º PILAR
ILUSIONISMO
PSICOLÓGICO
Essa base é a cereja do bolo do mentalista. Através de efeitos de má-
gica específicos, o mentalista consegue obter o controle da atenção
das pessoas sempre que ele quiser. Seja em um evento corporativo,
em um show profissional ou em uma roda de amigos, as técnicas de
ilusionismo fazem de você o centro das atenções sempre que dese-
jar, além impactar as pessoas com suas performances.
6º PILAR
INTELIGÊNCIA
SOCIAL &
EMOCIONAL
O mentalista é um player habilidoso nas relações sociais, ele sabe
conduzir uma conversa, sabe demonstrar ser uma pessoa de alto
valor social. A inteligência social se resume em saber aplicar a teoria
de forma natural e efetiva. Não basta saber a teoria, você se torna
bom naquilo que você pratica, e a única forma de se obter inteligên-
cia social e emocional é praticando.
PERFORMANCE
DE PALCO
O mentalista precisa ser um comunicador efetivo, aqui o mentalista
sabe se apresentar de maneira profissional e artística. Aqui estão
envolvidas técnicas de palco, de teatro, controle emocional e até
mesmo neurociência. É uma base que apenas mentalistas em nível
avançado dominam. Mais tarde voltaremos a falar sobre ela.
Os 5 níveis do Mentalismo
Mentalista iniciante
Mentalista Intermediário
Mentalista Expert
O que você vai aprender aqui será seu ponto de partida, estude as
técnicas a seguir e você será considerado um mentalista iniciante.
Você diz para a B, que está de olhos fechados, pensar em uma me-
mória intensa e positiva de sua última semana, e que preste aten-
ção em sensações diferentes que possam surgir. Você fala para ela
manter os olhos fechados a todo momento, e só responder quando
você perguntar.
“B, você que está de olhos fechados, se você sentiu alguma coisa
balance a cabeça”
Ela irá responder que sim. Aí você pergunta: “O que você sentiu?”
Ela responderá que sentiu um toque nas costas. Peça para ela abrir
os olhos e nesse momento a garota A que estava de olhos abertos
deve estar impressionada, já que você nunca tocou a garota B.
“Ana, quando você viajou sozinha, qual foi o momento mais incrível
que você se lembra?”
Sempre que a pessoa conta uma história, ela traz de volta as emo-
ções vividas inicialmente, quando você perceber que ela está se
emocionando, toque sutilmente o pulso dela, um toque leve e dis-
creto. Faça isso no mínimo três vezes no mesmo ponto durante sua
interação, sempre que perceber que ela está no ápice da emoção.
Se ela coçar o pescoço, você não precisa fazer igual, leve a mão no
pescoço de forma muito mais sutil do que ela inicialmente fez. É im-
portante que você copie movimentos que sejam congruentes com
você! Se ela ajeitar o cabelo que está no rosto e você não tem cabelo,
não faz sentido fazer o movimento.
Tome cuidado com gírias e sotaque, jamais imite gírias que você
nunca falaria no seu cotidiano, isso poderá parecer forçado demais.
E mais uma vez te digo: se ela perceber estará tudo acabado.
Ela apresenta algum tique nervoso? Durante sua fala ela apresenta
ser uma pessoa questionadora ou alguém com o crítico mais baixo?
(influenciável)
Você está conversando com uma mulher e logo percebe que ela tem
o tom de voz firme, e fez algumas perguntas que te levaram a deduzir
que ela tem o um perfil mais questionador.
Então você se pergunta onde ela pode ter repetido esse comporta-
mento no passado, e você chega a algumas possíveis conclusões:
“Eu olho para você e te vejo numa sala de aula, você gostava de
fazer perguntas, mesmo que às vezes só na sua cabeça. Não esta-
va preocupada se iria incomodar, você nunca foi de aceitar logo de
cara as informações que os professores passavam, você sempre foi
muito curiosa.”
ou…
“As pessoas costumam dizer que você é muito parecida com o seu
pai, não é verdade? Vocês dois tem o mesmo ‘gênio’”.
Exercício:
Faça um toque firme, durante sua interação esse toque pode ser re-
forçado algumas vezes, analise o contexto e veja qual dos toques é
mais apropriado (cotovelo, joelhos ou ombros).
“E se...”
“E se a gente se encontrasse no próximo fim de semana?”
“E se eu te dissesse que você vai se surpreender comigo?”
O padrão “e se” pressupõe que algo vai acontecer, e faz a pessoa
imaginar-se na cena como se já fosse verdade.
Um erro que cometi por anos foi acreditar que apenas entender
como essas técnicas funcionavam me trariam resultados. Agora te
pergunto:
Você já esteve na situação em que tentou utilizar uma técnica de
persuasão que aprendeu, mas simplesmente sentiu que estava mais
atrapalhando do que ajudando? Sentiu que a interação se tornou ro-
bótica?
Eu me senti assim muitas vezes, e isso leva muitas pessoas a desisti-
rem de estudar essas técnicas.
Acontece que por trás de qualquer técnica de influência precisa ter
uma intenção positiva genuína.
Quais são suas intenções com o outro? Se suas intenções forem ne-
gativas é provável que seu cérebro trabalhe para que você não faça
aquilo, então em algum momento você apresentará incongruências.
Para que a persuasão aconteça você precisa ter uma real intenção
positiva, acreditar que o que está fazendo agregará na vida do outro.
Dessa forma, quando utilizar a técnica, será muito mais natural, e o
efeito será claramente notável.
Te vejo em breve!
Bruno Cossalter