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Para ligar um enrolamento trifásico em estrela, reunem-se, num ponto neutro comum, ou os
inícios, deixando livres os fins, ou os seus três fins, deixando livres os inícios (Fig. 1.15(a)).
Seguindo um dos três circuitos formados pela estrela, por exemplo, o circuito (A X ) -
(Y B) , percorremos o enrolamento A, desde o seu início A até ao seu fim X e, o enrolamento
B, desde o seu fim Y até ao seu início B, ou seja, percorremos o enrolamento B em sentido
oposto ao do enrolamento A.
Neste caso, os valores instantâneos das f.e.m. compostas serão:
e AB e A e B (1.10)
eBC eB eC (1.11)
eCA eC e A (1.12)
1
4 4
eCA eC e A 3 Em1 sen(t ) 3 Em5 sen(5t ) 3
6 3 6 3
4 ) ...
Em7 sen(7t (1.15)
6 3
Das equações 1.13, 1.14 e 1.15 resulta que, para uma ligação em estrela:
1 2
Es ( E m1 E m2 3 E m2 5 E m2 7 ...) (1.17)
2
3 2
Ec ( E m1 E m2 5 E m2 7 ...) (1.18)
2
Concluindo,
em que
E mk E k
k en (1.20)
E m1 E1
Uma vez que, nas ligações em estrela, a corrente em cada fase do enrolamento é igual à corrente
na linha correspondente, teremos:
Ic Is
2
Admitindo que i AX , i BY e iCZ são os valores instantâneos das correntes nos enrolamentos A,
B e C; i A, iB, e iC os valores instantâneos das correntes nas linhas ligadas aos inícios dos mesmos
enrolamentos A, B e C. Para o esquema representado na Fig.1.16(b), teremos:
i A i AX i BY (1.22)
i B i BY iCZ (1.23)
iC iCZ i AX (1.24)
Vemos que o fasor da corrente composta está em avanço de 30º relativamente ao fasor da
corrente simples, sendo:
I c1 3I s1 (1.25)
Pode-se medir a f.e.m. dada na Eq. 1.26 se abrirmos um qualquer nó no triângulo, por exemplo,
o nó B-Z (Fig. 1.17) e aí colocarmos um voltímetro.
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Fig. 1.17 Harmónicas de terceira ordem da f.e.m. e da corrente numa ligação em triângulo.
Actuando no circuito fechado do triângulo, a f.e.m. E3 cria uma corrente I 3 , que podemos
medir se substituirmos o voltímetro por um amperímetro. Nas tensões compostas, a f.e.m. E3
não aparece, pois é inteiramente utilizada para compensar a queda de tensão devida à corrente
I3 .
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Fig. 1.18 Ligação em zigue-zague.
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Fig. 1.19 Ângulo de desfasamento dos fasores de f.e.m. em função do sentido do enrolamento
e das designações dos terminais.
Considerando o fasor OA da tensão primária como fasor de referência, podemos dizer que o
fasor Oa da tensão secundária de um transformador monofásico ou está em fase com OA , ou
em oposição de fase. No primeiro caso o ângulo entre os dois fasores é de 0º e no segundo caso
de 180º.
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Fig.1.20 Designação horária de um grupo de ligação.
No lugar de exprimirmos a desfasagem entre os fasores em graus, utilizemos o método horário
de designação de ângulos. Para isso o fasor OA , da tensão composta primário, é feito coincidir
com o ponteiro dos minutos e colocado na posição 12 do mostrador, e o fasor Oa , da tensão
composta secundária, como sendo o ponteiro das horas. Se os fasores OA e Oa estão em fase,
tal como na Fig.1.19(b) devemos colocar os ponteiros no mesmo valor 12 (Fig.1.20). O ângulo
de desfasamento entre os dois ponteiros é igual a zero ou, o que é o mesmo, 360º = 30ºx12.
O ângulo de 30º representa o ângulo entre duas divisões sucessivas do mostrador e é adoptado
como unidade de desfasamento horário. O valor 12 determina o grupo ao qual pertence o
transformador considerado. O valor 12 determina o grupo de ligação do transformador.